O Homem Bíblico Stuart Scott - 1-15

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Título Original em Inglês: Biblical M anhood - Masculinity, Leadership and

Decision M aking
Copyright: © 2009, 2011 by Stuart Scott - Parts excerpted from The Exemplary
Husband: A Biblical Perspective © 2000 by Stuart Scott - Published originally by
Focus Publishing, Bemidji, M N, USA

Todos os direitos em Língua Portuguesa reservados p or NUTRA Publicações Ltda.


N enhum a porção deste livro poderá ser reproduzida, arm azenada em sistema de
recuperação ou transm itida de qualquer form a - eletrônica, mecânica, fotocópia,
gravação ou outras - sem perm issão prévia de N U TRA Publicações Ltda., Rua
Alfeu Tavares, 217, São Bernardo do Campo, SP, 09641-000, exceção feita a breves
citações para fins de resenha ou comentário.

Coordenação Editorial: Jayro M alm egrin Cáceres


Tradução: Enrico Pasquini
Revisão: Gabriela C hristina D. Pinheiro dos Santos
Capa: A nderson Alvarenga de Alcântara
Projeto de miolo e composição: Jonatas Belan
Coordenação de produção: Jayro M alm egrin Cáceres
Impressão e acabamento: Im prensa d a Fé

Ia Edição - 2014 (Tiragem: 3000 exemplares)


Reimpressão - agosto de 2015 (Tiragem: 3000 exemplares)

Textos Bíblicos: Alm eida Revista e Atualizada


As citações bíblicas contidas nesta obra são provenientes da versão
João Ferreira de Almeida, ©1993 da Sociedade Bíblica do Brasil.
Q ualquer citação de outra versão será indicada.

f \
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Scott, Stuart
O homem bíblico: masculinidade, liderança e decisões / Stuart Scott;
[tradução Enrico Pasquini]. - São Paulo : NUTRA Publicações, 2014.

Título original: Biblical manhood: masculinity, leadership and decision making.


ISBN 978-85-61867-22-5

1. Homem-mulher - Relacionamento - Ensino bíblico 2. Homens (Teologia


cristã) - Ensino bíblico 3. Papel sexual - Aspectos religiosos - Cristianismo 4.
Papel sexual - Ensino bíblico I. Título.

14-04467 CDD-220.92081

índices para catálogo sistemático:


1. Homens: Ensino bíblico: Teologia cristã 220.92081
V_______________________________
S T U A R T S C O T T

BÍBLICO
MASCULINIDADE, LIDERANÇA E DECISÕES

São Paulo
Ia Edição, 2015
Dedicado ao
meu filho, Marc Scott
meu genro, Travis Goldstein
e ao meu neto, River Ray Goldstein
SUMÁRIO

Introdução à Edição Brasileira 9

1. Começando pelo Fundamental:


A Provisão Divina para o Homem 11
2. O Perfil da Masculinidade Cristã 19
3. A Base para a Masculinidade Bíblica no Casamento:
Compreenda o Papel do Marido 41
4. Compreendendo a Liderança no Casamento 51
5. As Características Distintivas da
Liderança no Casamento 69
6. A Tomada de Decisão Bíblica 85

APÊNDICES
I. Um Inimigo da Masculinidade Bíblica: A Cobiça 109
I I . Planilhas de Liderança 131
I I I . Enganos Comuns na Mente dos Homens 141
IV . O Homem não é uma Vítima 145
INTRODUÇÃO À
EDIÇÃO BRASILEIRA

ste é um livro muito oportuno. Em dias em que os gêneros

E tendem a não ser mais simplesmente homem e mulher,


como estabelecido por Deus, o Dr. Stuart Scott, alicerçado
na eterna e perfeita Palavra de Deus, apresenta o conceito
de masculinidade bíblica, identificando o perfil do homem
conforme designado por Deus. Identificar as características
bíblicas do homem é importante porque os meninos estão
crescendo com um conceito deformado de masculinidade,
seja realçando, por um lado, a aspereza e a brutalidade, seja,
por outro lado, enfatizando aspectos e trejeitos próprios da
feminilidade. A masculinidade bíblica não está situada em
nenhum desses extremos.
O homem bíblico ama a Deus e Sua Palavra, cultiva uma
vida de genuína devoção a Deus, reconhece sua condição de
dependente de Deus e está continuamente examinando seu
coração, a exemplo do salmista (SI 139.23,24) que pede ao
próprio Deus que o sonde para ver se seus caminhos estão
de acordo com a vontade desejada de Deus. Esse homem está
pronto para reconhecer os seus pecados, arrepender-se deles
e desenvolver novos caminhos santos. Ele se alegra por ser
homem e por ter as qualidades de homem, e não se mostra
rebelde para com Deus desejando ser aquilo para o qual não
foi criado.
O livro focará três áreas da vida do homem: sua masculini­
dade, sua liderança e sua tomada de decisões. Embora não seja

9
um tratado exaustivo acerca de cada um desses tópicos, este
livro se constitui uma ferramenta útil para aqueles homens que
desejam estar alinhados com os propósitos divinos, expres­
sando a masculinidade bíblica, exercitando os traços de um
líder bíblico bem como aperfeiçoando sua habilidade para
tom ar decisões de acordo com as orientações de Deus em
Sua Palavra.
Nosso desejo é que este livro contribua para que os homens
sejam cada dia mais modelados pela Palavra de Deus e sejam
homens de verdade, isto é, homens como designados por
Deus. Que o Senhor abençoe ricamente a sua leitura.

Ja y r o M. Cáceres
Pastor da Igreja Batista Pedras Vivas
Coordenador do NUTRA - Núcleo de Treinamento,
Recursos e Aconselhamento Bíblico

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C A P Í T U L O UM

COMEÇANDO PELO
FUNDAM ENTAL
A Provisão Divina para o Homem

e você for um homem e resolveu abrir este livro, é possí­

S vel que tenha pensado: “Aqui está um livro que pode ser
usado por homens!” ou “Que bom, o livro me ajudará nas
três áreas que sempre me colocam em apuros!”. De fato, esta­
remos em apuros se não formos o tipo de “homem verdadeiro”
que Deus espera que sejamos. Ser esse tipo de homem certa­
mente implica ter uma perspectiva santa das três qualidades
mencionadas no título. Entretanto, uma coisa é certa: jamais
obteremos entendimento sobre essas qualidades ou poder
para praticá-las como nosso Criador planejou sem contarmos
com Sua provisão para nossas maiores necessidades. Primei­
ramente, precisamos ter um relacionamento alinhado e real
com Deus, e assim, receber um novo coração. Precisamos
reconhecer nossa necessidade do próprio Deus, do perdão e
do Seu poder em nossa vida.
Deus, de forma graciosa, proveu especificamente tudo de
que precisamos como homens. Proveu um caminho para a
nossa salvação, nossa santificação e nossa glorificação. Se
você participar dessas três provisões, será capaz de se tornar
o homem que foi criado para ser.

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I. A provisão divina da salvação
Deus proveu um Salvador na pessoa de Jesus Cristo. De forma
surpreendente, Ele se dispôs a pagar a penalidade do pecado
que nos era devida. Isso significa que mesmo que Jesus tenha
vivido uma vida sem pecado, Ele, o Deus Todo-Poderoso, dei­
xou o céu e a adoração que merece para passar por dificulda­
des neste mundo, sofrer vergonha, ser rejeitado pelos homens,
sofrer a morte cruel de um criminoso, carregar a culpa pelos
nossos pecados, ser dolorosamente rejeitado pelo Pai (com
quem Ele desfrutava tão somente de amor e harmonia), e
sofrer o castigo que tão claramente nós merecemos (Fp 2.6-8).
Somente Cristo poderia fazer o que era necessário para nos
conduzir a Deus.

Porque também Cristo morreu uma só vez pelos pecados,


o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; sendo, na ver­
dade, morto na carne, mas vivificado no espírito. (1 Pe 3.18)
[ênfase minha]

Foi por meio do sofrimento e da rejeição de Cristo na cruz


que a justa ira de Deus contra o pecado foi satisfeita e assim foi
criada uma forma de se obter o perdão (Rm 5.9). Esse perdão
nos é possível porque Deus está disposto a trocar a justiça de
Cristo por nossa pecaminosidade (2 Co 5.21). Para que essa
troca aconteça, um marido precisa expressar a fé salvadora.
Tal fé abrange:

• Reconhecer o verdadeiro motivo da nossa existência e o


direito pleno de Deus sobre nossa vida e sobre como a vive­
mos (Mt 16.24-26; Rm 11.36; 1 Co 6.20)
• Aproximar-se de Deus com uma atitude humilde, reconhe­
cendo que você não tem nada para apresentar a Deus em
sua defesa (Tg 4.6)

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• Clamar por Sua misericórdia e por Seu perdão em lugar
daquilo que merecemos (Lc 18.9-14)
• Crer em Quem Cristo é e em Seu pagamento por nossos
pecados (1 Co 15.3)
• Crer que Cristo ressuscitou dentre os mortos como Senhor
sobre todas as coisas e que Se assenta à destra do Pai como
advogado de defesa de todo aquele que nEle crê (1 Co 15.4;
Fp 2.9-11; Hb 7.25)

Cristo também ensinou que para entrar no reino de Deus


é necessário ser tal qual uma criança. Isso possivelmente vai
contra nosso orgulho masculino, mas Cristo se referia às
importantes atitudes do coração. A criança conhece seu lugar
e possui uma fé humilde. Ela é dependente e necessitada. Pre­
cisamos nos achegar a Deus com esse tipo de fé para receber
dEle a dádiva da salvação.

Em verdade vos digo que qualquer que não receber o reino


de Deus como criança, de maneira nenhuma entrará nele.
(Mc 10.15)

Se realmente contemplamos a fé salvadora, somos capazes


de compreender porque Cristo disse estas palavras para os que
Lhe vinham escutar:

Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espa­


çoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os
que entram por ela; e porque estreita é a porta, e apertado
o caminho que conduz à vida, e poucos são os que a encon­
tram. (Mt 7.13,14) [ênfase minha]

Não se engane. Uma oração ou uma profissão de fé feita


no passado não garante sua salvação. Você possui hoje a fé

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salvadora? Você crê em Cristo hoje? Uma fé contínua (obe­
diente e perseverante) é o que dem onstra que você é um
filho de Deus. Cristo fez o seguinte alerta para aqueles que
O ouviam:

Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino


dos céus. (Mt 7.21a)

Se você jamais se rendeu ao plano de Deus de ser perdoado


e caminhar com Ele, eu lhe recomendo que separe um tempo
agora e converse com Ele a respeito dessas coisas. Peça que Ele
seja misericordioso com você, não porque você mereça, mas
porque você sabe que Ele é o Senhor Deus que criou o universo.
Confesse seus pecados (de motivações, pensamentos, palavras
ou ações) a Deus e busque o perdão com base no pagamento
que Cristo fez por seu pecado. Se você se achegar a Deus com
humildade e com fé salvadora, Ele lhe concederá a salvação.

Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de


maneira nenhuma o lançarei fora. (Jo 6.37)

2. A provisão divina da santificação


A salvação não nos torna imediatamente aquilo que devería­
mos ser. Nem de perto! Entretanto, ela significa que mergulha­
remos completamente num esforço dependente de Deus rumo
à mudança para nos tornar parecidos com Cristo (Fp 3.12-14;
2 Pe 3.18). Fazemos isso passo a passo, por causa e por meio
do poder do evangelho. Em nosso dia a dia, devemos nos
lembrar das verdades do evangelho (a vida de Cristo, a morte
de Cristo por nossos pecados, Cristo em nós, Cristo por nós,
etc.) e aplicá-las em nossa vida.
Por vezes temos a tendência de crer que pouco pode ser
feito para mudar nossos caminhos, mas isso obviamente não

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é verdade. Uma vez salvos, Deus inicia o processo de santifi­
cação e de crescimento. O próprio Deus nos provê Sua Palavra,
Seu Espírito, a oração, e Sua Igreja para nosso crescimento
(2 Pe 1.2-11). Sem tais provisões não conseguiríamos a menor
das mudanças. Por outro lado, Deus ordena: “exercita-te a ti
mesmo na piedade” (1 Tm 4.7-9). O que isso significa? O termo
grego “exercita-te” igymnazo) dá origem aos termos ginásio e
ginástica. Isso significa que ao orar por ajuda divina, devemos
nos esforçar diligentemente para que nos tornemos mais pare­
cidos com Cristo. Quando fazemos nossa parte, precisamos
confiar na obra e nas promessas de Deus, com base no que
Cristo fez por nós na cruz.

Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós come­
çou a boa obra a aperfeiçoará até o dia de Cristo Jesus.
(Fp 1:6)

Quando fazemos nossa parte como cristãos, estamos coo­


perando com Deus no processo de crescimento. Em primeiro
lugar, fazemos nossa parte dedicando nossa vida a amar a
Deus e a viver para Ele, em lugar de vivermos para nós mesmos.
Quando uma pessoa confia verdadeiramente em Cristo ela terá
uma nova paixão: Cristo.

E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam
mais para si, mas para aquele que por eles morreu e res­
suscitou. (2 Co 5.15)

Nossa devoção ao Criador deve ser tamanha a ponto de


nos esforçarmos para agradá-Lo com cada parte de nosso
ser. Nosso amor pelo Deus que nos criou e nos salvou deve
ser tal que andar com Ele será para nós mais importante que
qualquer outra coisa.

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Trabalhar de forma dependente de Deus no processo de
mudança significa também que lidaremos com qualquer pecado
conhecido à maneira de Deus. Algumas pessoas creem que a
maneira divina de lidar com o pecado é simplesmente confes­
sar e pedir perdão. A Bíblia ensina que devemos lidar com o
nosso pecado de uma maneira muito mais completa e prática.

Sempre que pecamos, Deus deseja que


tomemos os seguintes passos:
• Confessar nosso pecado a Deus e expressar a Ele nosso
desejo de mudança rumo à retidão (Pv 28.13; 1 Jo 1.9).
• Alegrarmo-nos no perdão existente por meio de Cristo
(Mt 6.12).
• Clamar a Deus por Sua graça transformadora para poder­
mos mudar (SI 25.4; Jo 15.5).
• Arrependermo-nos de acordo com o processo divino de
mudança ao:

a. Renovar nossa mente com as Escrituras (Rm 12.1,2). Isso


significa conhecer suficientemente bem as Escrituras a
respeito do pecado em questão para poder transformar
especificamente qualquer pensamento errado ou incom­
pleto em um pensamento que cumpra os princípios
divinos e as promessas de Deus. Precisamos proteger e
renovar nossa mente de forma resoluta.

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SUBSTITUINDO PENSAMENTOS PECAMINOSOS

Pensamentos pecaminosos, Pensamentos de Gratidão, de Confiança,


destituídos de Deus de Esperança

Chega! Não consigo Senhor, Tu sabes tudo a respeito desta situação difícil.
mais trabalhar assim! Agradeço por este emprego e peço que me ajudes a
(desânimo / desistência) perseverar. Peço também que o Senhor me conceda
outro emprego se isso for melhor. (Fp 2.14; 4.13)

Só quero ficar sozinho! Senhor, Tu sabes que não estou disposto a servir
(egoísmo) nesse momento, mas agradeço por ter uma
família e porque Tu me fortaleces. Ajude-me a
servir ao Senhor e ao próximo. (Fp 2.3,4)

E se eu perder meu emprego? Senhor, oro pedindo que eu não perca este emprego,
(temor) mas se isso acontecer, sei que o Senhor proverá
de alguma forma. Obrigado porque o Senhor é fiel
e está no controle. Confio em Ti. (Mt 6.25,34)

b. Despir-nos das velhas ações e nos revestir da retidão


(Ef4.20-24). Isso significa nos empenhar a: (1) planejar
como e quando um pecado em particular será evitado,
e (2) determinar maneiras específicas de aplicar as alter­
nativas justas. O arrependimento verdadeiro não acon­
tece sem essas duas ações.

Precisamos renovar nossa mente à medida que trabalha­


mos com Deus para renovar nossas ações, pois elas fluem da
nossa motivação, de nossos pensamentos e de nossas crenças.
Esse fato pode ser retratado da seguinte maneira:

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A PALAVRA
DE DEUS

ESPÍRITO
SANTO

Eu —
Eu
Eu
Eu Pensam entos | Escolhas
Sentim entos
M otivações I Sentim entos

3. A provisão divina da glorificação


Deus promete nos levar ao céu onde Ele está e nos libertar da
nossa inclinação pecaminosa (1 Co 15.50-58). Que esperança
grandiosa temos! Nossa vida não termina aqui! Nosso breve
tempo na Terra não resume o significado da vida. Tudo coo­
pera para um final maravilhoso para o povo de Deus, estando
com Ele eternamente (Ap 21.3,7).
Todo cristão precisa ter sua mente voltada para as coi­
sas do alto (Cl 3.1-3; Mt 6.33). Ansiaremos mais pelo céu se
aceitarmos completamente o fato de que esta vida não é o céu,
e nunca será. Se vivermos mantendo o céu em perspectiva,
agradaremos a Deus e dificilmente desfaleceremos por causa
das dificuldades desta vida (Hb 11.8-10; 12.1-3). Lembrar que
veremos Cristo face a face um dia também pode nos trazer
um efeito bastante purificador (1 Jo 3.2,3). Devemos batalhar
para manter uma perspectiva celestial e colocar toda a nossa
esperança em nosso futuro com Cristo.

Portanto, cingindo os lombos do vosso entendimento, sede


sóbrios, e esperai inteiramente na graça que se vos oferece
na revelação de Jesus Cristo. (1 Pe 1.13)

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