Captura de Ecrã 2022-09-16 À(s) 12.13.58

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 48

APOSTILA

DE

PORTUGUÊS

CONCURSO

2022

Professora: Leila Peres


Conteúdo programático
LÍNGUA PORTUGUESA – NÍVEL SUPERIOR

➢ Leitura e interpretação de textos descrição, narração, dissertação

➢ Figuras e vícios de linguagem

➢ Fonética: Encontros vocálicos ditongo, tritongo, hiato.

➢ Encontros consonantais.

➢ Dígrafos.

➢ Classificação das palavras quanto ao acento tônico oxítonas, paroxítonas, proparoxítonas

➢ Ortografia

➢ Acentuação Gráfica e Crase

➢ Estrutura das palavras – raiz, radical, palavras primitivas e derivadas, palavras simples e

compostas, sufixos, prefixos.

➢ Formação das palavras derivação, composição, redução, hibridismos.

➢ Classificação e flexão das palavras - substantivo, artigo, adjetivo, numeral, pronome, verbo,

advérbio, preposição, conjunção, interjeição.

➢ Semântica. Análise sintática frase, oração e período.

➢ Termos Essenciais da Oração - sujeito, predicado.

➢ Termos integrantes e acessórios da oração - objeto direto, objeto indireto, complemento

nominal, agente da passiva, adjunto adnominal, adjunto adverbial, aposto, vocativo.

➢ Classificação das orações: principal, coordenadas, subordinadas, reduzidas.

➢ Sinais de Pontuação – emprego da vírgula, ponto-e-vírgula, dois pontos, ponto final, ponto de

interrogação, ponto de exclamação, reticências, parênteses, travessão, aspas, colchetes,

asterisco

➢ Sintaxe de concordância nominal e verbal.

➢ Regência nominal e verbal

➢ Conjugação dos verbos. Modos e tempos verbais


Leitura e interpretação de textos descrição, narração, dissertação
Texto narrativo

Uma das características principais do texto narrativo é a presença de um narrador. Uma narração tem
por objetivo contar o enredo que envolve tempo, espaço, personagem e ação.
Os elementos que compõem uma narração são:

-Narrador-personagem,observador,onisciente

-Personagens - quem vive a história. Os personagens podem ser reais ou imaginários

-Enredo - o que é e como as coisas aconteceram. Os fatos também podem ser reais ou imaginários.

-Espaço/ Tempo – onde e quando se passam as ações.

-Conflito gerador

-Desfecho

São classificados como textos narrativos: romances, contos, fábulas, depoimentos, relatos, crônicas,
novelas, piadas.

Texto descritivo
A característica principal do texto descritivo é descrever algo ou alguém detalhadamente, de forma
que o leitor consiga criar uma imagem mental do que é descrito. Para uma melhor compreensão e
estruturação do texto descritivo são utilizados adjetivos, verbos de ligações, metáforas e
comparações.
• Introdução – a parte na qual se faz a apresentação do que será descrito para que o leitor volte sua
atenção a esse ser ou objeto.
• Desenvolvimento – nessa parte ocorre a descrição propriamente dita do objeto ou ser que está
sendo descrito, nela os detalhes são apresentados.
• Conclusão – a conclusão acontece quando a caracterização do que está sendo descrito terminar.
O texto descritivo pode ser encontrado dentro de outros textos, em passagens nas quais se quer
caracterizar um objeto, um lugar ou uma pessoa. São exemplos textos descritivos: classificados,
folhetos turísticos, cardápios, anúncios e, ainda, descrição de personagens dentro de textos
narrativos.

Texto dissertativo
O texto dissertativo é classificado em dissertativo-argumentativo e dissertativo-expositivo. O texto
dissertativo-argumentativo apresenta um ponto de vista e tem como objetivo persuadir e convencer o
leitor a concordar com a ideia defendida.
Já um texto dissertativo-expositivo busca expor um ponto de vista sem a necessidade de convencer
o leitor. Um texto dissertativo possui uma ideia central a ser trabalhada, a fundamentação do tema e
o fechamento da ideia desenvolvida no decorrer do texto.
A estrutura básica do texto argumentativo é a seguinte:
• Introdução – parte onde se apresenta o assunto e a tese sobre ele que será defendida no texto.
• Desenvolvimento – no desenvolvimento se explora os argumentos que sustentam a tese. Os
argumentos devem ser embasados com exemplos e fatos a fim de comprová-los e validá-los.
• Conclusão – é o desfecho do assunto no qual se retoma à tese inicial. Pode ocorrer a apresentação
de soluções viáveis ou de propostas de intervenção.
Encontros vocálicos ditongo, tritongo, hiato
Encontros vocálicos são encontros de vogais ou semivogais, sem consoantes intermediárias.

Eles acontecem na mesma ou em outra sílaba e são classificados em: ditongo, tritongo e hiato.

Isso quer dizer que quando vogais ou semivogais (sons vocálicos ditos com menor força) aparecem
umas ao lado das outras numa palavra, acontece um encontro vocálico. Se uma consoante aparecer
entre as vogais ou semivogais, elas deixam de estar juntas e não ocorre o encontro vocálico.

Exemplos: lua, madeira, Uruguai.

Nos hiatos, ocorre apenas o encontro de vogais (nunca de semivogais), e quando fazemos a
separação das suas sílabas, cada vogal fica numa sílaba diferente. Exemplos: álcool (ál-co-ol),
navio (na-vi-o), saída (sa-í-da).

Nos ditongos, ocorre o encontro de uma vogal com uma semivogal, e quando fazemos a separação
das suas sílabas, as duas ficam na mesma sílaba. Exemplos: papai (pa-pai), oi (a palavra "oi" não
se separa), sabão (sa-bão).

Nos tritongos, ocorre o encontro semivogal, vogal e semivogal (sempre nessa ordem), e quando
fazemos a separação das suas sílabas, as três ficam na mesma sílaba. Exemplos: iguais (i-guais),
saguão (sa-guão), uruguaio (u-ru-guai-o).

Encontros consonantais
Por encontros consonantais entende-se que são palavras que contêm duas ou mais consoantes
juntas, sem intervenção de vogal. São exemplos de encontros consonantais as palavras: prato, fraco,
trio, psicose e ritmo. Por consoantes entende-se que são letras pertencentes à fonética da Língua
Portuguesa que necessitam de um esforço vocal para serem ditas.
Nas sílabas, as consoantes precisam estar acompanhadas de, pelo menos, uma vogal e quando
ocorre de duas consoantes aparecerem juntas, classifica-as de encontro consonantal.

Os encontros consonantais podem ocorrer em uma mesma sílaba ou em sílabas consecutivas, o que
determinará a sua classificação. No encontro consonantal, o som de cada letra é mantido, sendo
possível distinguir a pronúncia. Portanto, cada consoante da palavra representa um fonema diferente.

Classificações dos encontros consonantais

Perfeitos:Quando uma sílaba apresenta duas ou mais consoantes juntas são classificadas como
encontro consonantal perfeito. Geralmente esse encontro é feito por uma consoante seguida pela letra
“l” ou “r”. Atleta (a-tle-ta)

Imperfeitos:Quando uma palavra possui duas ou mais consoantes juntas, mas que ficam em sílabas
separadas na separação silábica. Advogado (Ad-vo-ga-do)

Mistos:Quando uma palavra possui na separação gramatical apresenta consoantes perfeitas e


imperfeitas, tem-se um caso de encontro consonantal misto. Displicente (dis–pli-cen-te)

Dífonos:Classifica-se como dífonos os encontros consonantais fonéticos, em que a letra X perde o


seu som e passa a ter o som de duas letras: CS. Oxigênio (“Ocsigênio” = 9 fonemas e 8 letras)
Dígrafos

Dígrafo é o encontro de duas letras para representar um único som na fala, ou seja, as letras não

representam seus sons individuais, e sim um único som resultante do encontro entre elas. Como os

dígrafos “nh” e “lh”.Outros dígrafos, porém, representam sons equivalentes ao som de outras letras,

como os dígrafos “sc”, “sç” e “ss”, que têm o mesmo som que a letra “s” em algumas palavras, o

dígrafo “rr”, que tem o mesmo som que a letra “r” tem em início de palavra, e o dígrafo “ch”, que tem

o mesmo som que a letra “x”."

Classificação das palavras em oxítonas, paroxítonas, proparoxítonas

A sílaba tônica é a sílaba emitida com mais intensidade, sendo que em cada palavra há apenas
uma sílaba tônica.

A sílaba átona é a que possui menor intensidade numa palavra.

Exemplos :te-le-fo-ne: fo é a sílaba tônica; as outras são átonas.

Nos exemplos acima, podemos notar que nem sempre a sílaba tônica é acentuada. Portanto, é
importante estar atento às regras de acentuação das palavras para não cometer o erro de colocar
acento onde não há.

Oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas

De acordo com a posição da sílaba tônica, as palavras podem ser classificadas em: oxítonas,
paroxítonas e proparoxítonas.

Oxítonas: palavras cuja última sílaba é tônica. Exemplos: me-trô, su-flê, su-por.

Paroxítonas: palavras cuja penúltima sílaba é tônica. Exemplos: ca-rá-ter, ca-va-lei-ro, pa-pa-gai-o.

Proparoxítonas: palavras cuja antepenúltima sílaba é tônica. Exemplos: es-tá-di-o, sí-la-ba, sub-sí-
di-o.

Acentuação Gráfica
As regras de acentuação estão relacionadas com o posicionamento da sílaba tônica (a sílaba
pronunciada com maior intensidade). Há regras específicas para palavras oxítonas, paroxítonas e
proparoxítonas.

Regras de acentuação das palavras oxítonas

As oxítonas, palavras onde a última sílaba é tônica, devem ser acentuadas graficamente em
alguns casos específicos. Confira, a seguir, as regras de acentuação de oxítonas.
1. Sílaba tônica terminada em vogal tônica -a, -e e -o
Oxítonas com sílaba tônica terminada em vogal tônica -a, -e e -o, seguidas ou não de -s, são
acentuadas. Ex. café, sofá, cipó

2. Ditongo nasal -em ou -ens


Oxítonas com sílaba tônica terminada em ditongo nasal -em ou -ens são acentuadas.

Exemplos: amém-parabéns

3. Ditongo aberto -éu, -éi ou -ói, seguido ou não de -s


Oxítonas com sílaba tônica terminada em ditongo aberto -éu, -éi ou -ói, seguido ou não de -s, são
acentuadas.Ex. chapéu-heróis-fiéis

Regras de acentuação de palavras paroxítonas

O que define a acentuação de uma paroxítona, palavra onde a penúltima sílaba é tônica, é a sua
terminação. Veja abaixo as regras de acentuação de paroxítonas.

1. Paroxítonas terminadas em -r, -l, -n, -x e -ps


As palavras paroxítonas terminadas em -r, -l, -n, -x e -ps são acentuadas.

Exemplos: caráter-réptil-líquen-tórax-bíceps

2. Paroxítonas terminadas em -ã e -ão


Paroxítonas terminadas em -ã e -ão, seguidas ou não de -s, são acentuadas.

Exemplos: órfã-órgãos-bênção

3. Paroxítonas terminadas em -um e -uns


São acentuadas todas as palavras paroxítonas terminadas em -um e -uns.

Exemplos:fórum-álbuns

4. Paroxítonas terminadas em -om e -ons


Recebem acento gráfico todas as paroxítonas que têm terminação -om ou -ons.

Exemplos:Iândom-prótons-elétrons-nêutrons

5. Paroxítonas terminadas em -us


São acentuadas as palavras paroxítonas terminadas em -us.

Exemplos:vírus-Vênus

6. Paroxítonas terminadas em -i e -is


As palavras paroxítonas terminadas em -i seguido ou não de -s, são graficamente acentuadas.

Exemplos:lápis-táxi

7. Paroxítonas terminadas em -ei e -eis


Recebem acento gráfico as palavras paroxítonas cuja terminação é -ei ou -eis.

Exemplos: hóquei-jóquei-pônei-saudáveis-amásseis
Regras de acentuação de palavras proparoxítonas

As regras de acentuação das proparoxítonas, palavras onde a antepenúltima sílaba é tônica,


instituem que elas sejam sempre acentuadas.

Assim, toda proparoxítona é acentuada.

Exemplos:

• líquido
• lâmpada
• ácaro
• pássaro
• trânsito
• tática
• exército
• médico
• bárbaro
• árvore

Novas regras de acentuação após o Acordo Ortográfico( Perderam o acento)

Em 2009, quando o Acordo Ortográfico de 1990 entrou em vigor no Brasil, a acentuação gráfica de
algumas palavras foi suprimida.

Confira abaixo casos que perderam o acento de acordo com a nova ortografia.

1. Ditongos abertos -oi e -ei em palavras paroxítonas


Em palavras paroxítonas, os ditongos abertos -oi e -ei deixaram de ser acentuados.

Exemplos:

• jóia > joi-a


• andróide > an-droi-de
• ideia > i-dei-a
• assembléia > as-sem-blei-a

2. Vogais -i e -u precedidas de ditongo em paroxítonas


Em palavras paroxítonas, as vogais -i e -u precedidas de ditongo deixaram de ser acentuadas.

Exemplos:

• feiúra > fei-u-ra


• baiúca > bai-u-ca
• bocaiúva > bo-cai-u-va

3. Vogal tônica fechada -o de -oo em paroxítonas


Nas palavras paroxítonas, a vogal tônica fechada -o de -oo deixa de ser acentuada.

Exemplos:

• enjôo > enjoo


• vôo > voo
• magôo > magoo
4. Hiato de paroxítona cuja terminação é -em
Deixam de ser acentuadas as palavras paroxítonas cuja terminação é -em, e que possuem -e tônico
em hiato. Isso ocorre com a terceira pessoa do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo.

Exemplos:

• vêem > veem


• lêem > leem
• crêem > creem
• dêem > deem
• desdêem > desdeem
• revêem > reveem
• relêem > releem

5. Paroxítonas homógrafas
O acento diferencial deixou de ser usado em paroxítonas homógrafas.

As homógrafas são palavras que têm a mesma grafia, mas apresentam significados diferentes.

Exemplos:

• (verbo parar) pára > para


• (substantivo) pêlo > pelo

Antes do Acordo Ortográfico, a flexão do verbo “parar” era acentuada para que fosse diferenciada da
preposição “para”. Depois do Acordo, ambas são escritas sem acento.

Exemplos:

• Antes do Acordo Ortográfico: Ele sempre pára nessa loja para comprar chiclete.
• Depois do Acordo Ortográfico: Ele sempre para nessa loja para comprar chiclete.

No caso do substantivo “pelo”, a acentuação aplicada antes do Acordo Ortográfico estabelecia a


diferença em relação à palavra “pelo”, que tem função de preposição. Confira abaixo.

Exemplos:

• Antes do Acordo Ortográfico: Passei a mão pelo pêlo do cachorro.


• Depois do Acordo Ortográfico: Passei a mão pelo pelo do cachorro.

6. Palavras com trema


O uso do trema foi suprimido em palavras portuguesas ou aportuguesadas.

Exemplos:

• lingüiça > linguiça


• enxágüe > enxágue
• eqüino > equino
• freqüência > frequência
• lingüística > linguística
• bilíngüe > bilíngue
O trema mantém-se apenas em nomes próprios estrangeiros ou em palavras deles derivadas.

Exemplos:

• Müller
• mülleriano

Crase
A crase, marcada pelo acento grave (`), é vista como a vilã. Mas a coitada é tão simplesmente a + a,
ou seja, a soma do artigo definido "a" com a preposição "a".

Quando usar crase

Antes de palavras femininas

• Fui à escola.
• Fomos à praça.

Quando acompanham verbos que indicam destino (ir, voltar, vir)

• Vou à padaria.
• Fomos à praia.

Nas locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas

• Saímos à noite.
• À medida que o tempo passa as amizades aumentam.

Exemplos de locuções: à medida que, à noite, à tarde, às pressas, às vezes, em frente a, à moda
de.

Antes dos Pronomes demonstrativos aquilo, aquela, aquele

• No verão, voltamos àquela praia.


• Refere-se àquilo que aconteceu ontem na festa.

Antes da locução "à moda de" quando ela estiver subentendida

• Veste roupas à (moda de) Luís XV.


• Dribla à (moda de) Pelé.

Uso da crase na indicação das horas


Utiliza-se a crase antes de numeral cardinal que indicam as horas exatas:

• Termino meu trabalho às cinco horas da tarde.


• Saio da escola às 12h30.

Por outro lado, quando acompanhadas de preposições (para, desde, após, perante, com), não se
utiliza a crase, por exemplo:

• Ficamos na reunião desde as 12h.


• Chegamos após as 18h.
• O congresso está marcado para as 15h.
Estrutura das palavras: raiz, radical, primitivas e derivadas, sufixos, prefixos.

Palavras primitivas são aquelas que não se originam de nenhuma outra do próprio idioma, enquanto

as palavras derivadas surgem de outra palavra da própria língua.

As palavras são formadas por elementos, como o radical, os afixos (prefixos e sufixos)
"Palavras primitivas e derivadas
É possível classificar as palavras como primitivas ou derivadas. As palavras primitivas não são
formadas de outra palavra já existente na própria língua, ou seja, são primárias no idioma. Muitas
vezes, elas podem originar outras palavras no idioma. As palavras derivadas são aquelas que se
originam de outras da própria língua. Podem surgir de uma palavra primitiva ou mesmo de outra
palavra derivada.

sol => protetor solar

A palavra “sol” é um exemplo de palavra primitiva, já que não se origina de nenhuma outra palavra da
língua portuguesa. É, na verdade, uma palavra primária. Com base nela, surge a palavra “solar”,
derivada, portanto, de “sol”."
Raiz e radical
A raiz é o elemento básico, originário e irredutível da palavra. Nesse elemento, há o núcleo do
significado da palavra, considerando o aspecto histórico. Muitas palavras da língua portuguesa
apresentam raiz oriunda do latim, a língua da qual se originou o português. Ex.: a raiz “noc”, que vem
do latim, nocere (“prejudicar”), aparece em palavras como “nocivo”.

O radical, por sua vez, também é o elemento básico da palavra, no qual há o núcleo do significado
dela. Porém esse não é um elemento irredutível, e é considerado um aspecto gramatical dentro da
língua portuguesa atual. Ex.: cafeicultor."
Afixos
Afixos são elementos que se ligam ao radical para modificar o significado dele. Podem ser subdivididos
em prefixos e sufixos.

Os prefixos aparecem antes do radical, modificando seu significado. Ex.: infeliz.

Os sufixos aparecem depois do radical, também modificando seu significado. Ex.: felicidade."
Formação das palavras derivação, composição, redução, hibridismo.

Palavras primitivas:

São aquelas que não vieram de outras palavras e que fazem parte de tantas outras.

• Exemplo: pedra, raiz;


Derivação:

É o processo de criação de palavras em que a palavra primitiva ganha diversos tipos de afixos.

• Exemplo: pedreira, enraizada.

Derivação prefixal:

É quando o afixo vem antes do radical

Exemplo: desumano, desfazer

Derivação sufixal:

É quando o afixo vem depois do radical

Exemplo: pedregulho, raízes

Derivação parassintética:

É quando o radical recebe o prefixo e o sufixo ao mesmo tempo -

Exemplo: apedrejamento, enraizar

Composição:

Quando uma palavra é feita de mais de um radical e existem dois tipos de composição:

Composição por justaposição:

Quando não é feita nenhuma mudança nas palavras.

• Exemplo: guarda-chuva, lança-perfume

Composição por aglutinação:

Quando pelo menos uma das palavras passa por mudanças.

• Exemplo: planalto = plano + alto, embora= em+boa+hora

Hibridismo:Quando uma palavra é formada por dois termos de idiomas diferentes.

• Exemplo: tele (grego) visão (latim)


Classificação e flexão das palavras

Substantivo

Os substantivos são palavras utilizadas para nomear seres, objetos, sentimentos, cores, entre outras
coisas. Costumam ser variáveis e são subdivididos em algumas categorias:

• Comum: é o nome genérico que se dá a uma mesma categoria de seres ou de coisas. É


escrito em letra minúscula:

“O meu gato dorme muito.”

• Próprio: é o nome específico que se dá a um indivíduo particular de uma categoria de seres


ou de coisas. É escrito em letra maiúscula:

“O meu gato Tomás dorme muito.”

• Concreto: é aquele cuja existência independe do pensamento de outro ser. Pode ser real
ou imaginário, no entanto apresenta existência própria.

“O portão é azul.”

“Imagino um dragão azul.”

• Abstrato: é aquele cuja existência depende de outro ser concreto, sem o qual não é
possível produzir o substantivo abstrato.

“Qual será a verdade?”

“O amor desses dois é lindo.”

• Simples: possui apenas um radical, ou seja, é formado por apenas um elemento.

“Parece que teremos chuva.”

“A planta precisa de Sol.”

• Composto: possui mais de um radical, formando uma única palavra a partir da junção de
mais de uma palavra.

“É melhor levar um guarda-chuva.”

“Você tem um girassol?”

• Primitivo: é o substantivo cujo nome não se origina de outro nome, ou seja, é sua própria
origem.

“Não ponha muito açúcar.”

“Ele toca piano muito bem.”

• Derivado: é o nome que tem origem (deriva) em outro substantivo, estando normalmente
relacionado a ele.

“Traga-me o açucareiro, por favor.”


“Ele é um ótimo pianista.”

• Coletivo: são nomes dados para um grupo muito grande de seres ou de objetos de uma
mesma categoria.

“Ele viu um enxame se aproximando de nós.”

Artigo

O artigo é a palavra que costuma anteceder o substantivo, sendo adjunto adnominal. Varia em gênero
e número de acordo com o substantivo a que se refere. Pode ser classificado em:

• Artigo definido: usado para indicar um ser ou coisa já conhecido ou específico.

“O homem veio aqui.”

“As garças estão imóveis.”

• Artigo indefinido: usado para indicar um ser ou coisa não específico e não mencionado
anteriormente.

“Um homem veio aqui.”

“Umas garças estão imóveis.”

Veja também: Diferença entre artigo indefinido e numeral

Adjetivo

O adjetivo é usado para caracterizar o substantivo, atribuindo qualidades a ele. É uma palavra
variável que concorda em gênero e número com o substantivo a que se refere. Pode ainda variar em
grau.

“O meu filho é bonitinho.”

“As minhas filhas são bonitonas.”

• Adjetivos pátrios: estão relacionados à origem geográfica.

“Eu sou paulista e ela é goiana. Nós somos brasileiros.”

• Adjetivos primitivos: não se originam de substantivos.

“Ela tem um espírito livre.”

• Adjetivos compostos: possuem mais de uma raiz.

“Meu boné é verde-escuro.”

• Locução adjetiva: ocorre quando há junção de uma preposição e um substantivo (ou


equivalente) com valor de adjetivo.

“Eu sou uma mulher de fibra.” (ou seja, uma mulher forte)
Numeral

O numeral é a classe de palavras utilizada para quantificar algo, definindo valor numérico.

• Cardinal: indica a quantidade de seres ou coisas.

“Eu preciso de sete tomates.”

“Este prédio tem mais de vinte andares.”

• Ordinal: indica a ordenação, hierarquia, entre seres ou coisas em uma série.

“Pegue o terceiro livro da estante.”

“Fui a primeira colocada.”

• Multiplicativo: exprime a multiplicidade dos seres ou coisas. Os mais comuns são “dobro”,
“duplo” e “triplo”.

“Tinha o dobro da idade e o triplo da disposição.”

• Fracionário: indica a fração de seres ou coisas. Os mais comuns são “meio”, “metade” e
“terço”.

“Pediu metade do valor adiantado.”

• Coletivo: é o substantivo que indica um número exato de seres ou coisas de determinada


categoria.

“Eu gostaria de uma dúzia de ovos, por favor.”

“Havia algumas centenas de pessoas no evento.”

Pronome

Pronome é a classe de palavra que representa ou acompanha um substantivo. Pode ser


classificado em:

• Pessoal: refere-se às pessoas do discurso, podendo ser do caso reto, do caso oblíquo
tônico ou átono, ou de tratamento.

“Ele era um grande amigo.”

“Não se fez de rogada.”

• Possessivo: indica posse ou relação de afeto, estando associado ao pronome pessoal.

“Meu caro amigo, me perdoe por favor.” (Chico Buarque)

“Todas as nossas meias estão espalhadas pela casa.”

• Demonstrativo: indica algo ou alguém que se aproxima ou se distancia no tempo e no


espaço.

“Lia coisas incríveis para aquele lugar e aquele tempo.” (Augusto dos Anjos)
• Indefinido: aplica-se especificamente à 3ª pessoa quando há efeito vago ou indeterminado.

“Ninguém me viu entrando.”

“Há algo a ser feito?”

“Está ciente de tudo.”

• Interrogativo: é usado para fazer uma pergunta de maneira direta ou indireta.

“Quantos anos você tem?”

“Quem vem lá?”

• Relativo: refere-se ao antecedente, ou seja, ao termo anterior no enunciado. Pode ser


variável ou invariável.

“Fui eu que escrevi essa história.”

“Passeias onde não ando.” (Fernando Pessoa)

Advérbio

Os advérbios são palavras que complementam o sentido de verbos, adjetivos e de advérbios.

• Lugar: serve para complementar o sentido de lugar ao qual o verbo se refere.

“Eu venho de longe.”

• Tempo: complementa o sentido de tempo ou de período referido pelo verbo.

“Nós nos veremos amanhã.”

• Intensidade: serve para tornar a ação do verbo mais ou menos intensa.

“Eles falam demais.”

• Modo: ajuda a transmitir o modo ou a maneira como a ação do verbo ocorreu.

“Elas se arrumaram rapidamente.”

• Afirmação: complementa ou reforça o sentido de afirmação do verbo.

“Certamente tentou de tudo”

• Negação: complementa ou reforça o sentido de negação do verbo.

“Não quis nenhum.”

• Dúvida: complementa ou reforça o sentido de dúvida do verbo.

“Talvez eu volte.”
Preposição

Palavra invariável, a preposição serve para relacionar dois termos em um enunciado, gerando sentido
entre eles. São elas:

a – ante – após – até – com – contra – de – desde – em – entre – para – per – perante – por – sem –
sob – sobre – trás

“Voltei para casa cedo.”

“Estive em algumas praias.”

• Locução prepositiva: ocorre quando há junção de duas ou mais preposições.

“Passou por trás de uma igreja.”

Conjunção

Conjunções são palavras invariáveis que reúnem dois ou mais elementos ou orações no mesmo
enunciado, estabelecendo sentido. Quando os elementos conectados criam relação de dependência,
ou seja, precisam estar juntos para o discurso fazer sentido, dizemos que há subordinação entre eles.
Nesse caso, as conjunções que ligam esses elementos são chamadas de conjunções
subordinativas e podem ser classificadas como:

• Causal: inicia uma oração subordinada dando sentido de causa.

“Ele não sabia o conteúdo, porque faltou naquela aula.”

• Concessiva: inicia uma oração subordinada dando sentido de oposição à ação principal
(sendo, porém, incapaz de impedi-la).

“Eles não se davam bem, embora fossem da mesma família.”

• Condicional: inicia uma oração subordinada que é condição ou hipótese para a realização
da ação da oração principal.

“Nós iremos se for perto daqui.”

• Final: inicia uma oração subordinada indicando finalidade.

“Arrumou-se por horas para ser o destaque da festa.”

• Temporal: inicia uma oração subordinada que indica circunstância de tempo.

“Parava de fazer qualquer coisa quando ficava cansado.”

• Consecutiva: inicia uma oração subordinada estabelecendo relação de consequência.

“A fila demorou tanto que eu desisti de comer.”

• Comparativa: estabelece comparação entre dois elementos.

“O projeto delas foi mais premiado do que fora previsto.”

• Integrante: inicia uma oração que tem função de sujeito, objeto direto, objeto indireto,
predicativo, complemento nominal ou aposto da oração principal.
“Eu pensei que nós iríamos sair logo.”

Caso os elementos conectados sejam independentes, ou seja, o discurso continua compreensível


mesmo que os elementos apareçam isoladamente, as conjunções que os conectam são chamadas
de conjunções coordenadas e podem ser classificadas como:

• Aditivas: estabelecem sentido de adição, soma entre elementos ou orações.

“Era uma companhia agradável e divertida.”

• Alternativas: estabelecem sentido de alternância entre elementos ou orações.

“Podia ser uma companhia agradável ou divertida.”

• Adversativas: estabelecem sentido de oposição entre elementos ou orações.

“Era uma companhia agradável, mas não divertida.”

• Conclusivas: estabelecem sentido de conclusão e/ou consequência entre orações.

“Podia ser uma companhia divertida e, portanto, agradável.”

• Explicativas: ligam uma oração que explica ou justifica outra.

“Era uma companhia agradável, porque era muito divertida.”

Interjeição

Interjeições são expressões autônomas que, por si só, tendem a ser consideradas enunciados
completos, muitas vezes exclamativos. Traduzem estados emocionais ou desejos, podendo ser
apenas sons vocálicos espontâneos, palavras isoladas ou locuções interjetivas:

“Ai! Está doendo muito!”

“Psiu! Silêncio!”

“Viva! Que maravilha essa notícia!”

“Ai de mim!”

Verbo

O verbo expressa uma ação, um estado, um desejo, um acontecimento ou um fenômeno natural. Ele
é dividido em modo e tempo, isto é, os modos verbais (indicativo, subjuntivo e imperativo) e os tempos
verbais (passado, presente ou futuro em relação ao momento da fala).

• Indicativo: verbos no modo indicativo correspondem a ações tidas como reais ou certas de
se acontecer ou de terem acontecido. Podem ser conjugados no presente, no passado
(pretérito perfeito, pretérito imperfeito e pretérito mais-que-perfeito) e no futuro (futuro do
presente e futuro do pretérito).

• Subjuntivo: verbos no modo subjuntivo são aqueles cuja ação verbal não é tida como certa,
isto é, não temos certeza se a ação ocorreu ou ocorrerá. Podem ser conjugados no
presente, no passado (pretérito imperfeito) e no futuro.
• Imperativo: verbos no modo imperativo são usados para expressar ordem ou conselho,
tanto no afirmativo como no negativo.

Os verbos são classificados de acordo com a conjugação, podendo ser regulares, irregulares,
anômalos, defectivos ou abundantes.

• Regular: apresenta conjugação que segue o mesmo padrão que a maioria dos outros
verbos.

Eu estudo
Tu estudas
Ele estuda
Nós estudamos
Vós estudais
Eles estudam

• Irregular: apresenta conjugação irregular, ou seja, que não segue o padrão mais frequente
dos outros verbos.

Eu venho
Tu vens
Ele vem
Nós vimos
Vós vindes
Eles vêm

• Anômalo: apresenta conjugação que modifica profundamente o verbo, inclusive no próprio


radical.

Eu vou
Tu vais
Ele vai
Nós vamos
Vós ides
Eles vão

• Defectivo: não pode ser conjugado em todas as formas existentes para a maioria dos
outros verbos; portanto, não é regular e nem irregular. O verbo falir, por exemplo, só
apresenta conjugação nas pessoas a seguir:

Nós falimos
Vós falis

• Abundante: algumas de suas conjugações apresentam mais de uma forma aceita na


norma-padrão da língua portuguesa. É o caso do particípio passado do verbo imprimir:
imprimido ou impresso (as duas formas existem).

Conjugação do verbo

O que são as conjugações dos verbos?

Conjugação verbal é a flexão de um verbo em todos os seus modos, tempos, pessoas, números e
vozes. Aparece estruturada numa ordem convencionada. Existem três conjugações principais:
a 1.ª conjugação para verbos terminados em -ar,

a 2.ª conjugação para verbos terminados em -er

a 3.ª conjugação para verbos terminados em -ir.

Tempos verbais

Os tempos verbais indicam o momento em que ocorre a ação transmitida pelo verbo. Indicam,
principalmente, três momentos: o passado, o presente e o futuro. Os tempos verbais podem ser
simples ou compostos.

Os tempos verbais (presente, pretérito e futuro) indicam quando ocorre a ação, estado ou fenômeno
expressado pelo verbo, em suma:

Presente - não só indica o momento atual, mas ações regulares ou situações permanentes.
Exemplos:

• Tomo medicamentos.
• Estou aqui!
• Lá, neva muito.

Pretérito - indica momentos anteriores, decorridos ou acabados. Exemplos:

• Eles fizeram mesmo isso?


• Eu não acreditava no que meus olhos viam.
• Trovejou a noite toda!

Futuro - indica acontecimentos que se realizarão. Exemplos:

• Dormirei o dia todo se for preciso.


• Ficarei aqui!
• Ventará durante o dia.

Os tempos verbais (presente, pretérito e futuro) se unem aos modos verbais (indicativo, subjuntivo e
imperativo) para indicar a forma como ocorrem as ações, estados ou fenômenos expressados pelo
verbo.

O modo indicativo expressa certezas. Exemplo: O aluno entendeu.

O modo subjuntivo expressa desejos e possibilidades. Exemplo: Tomara que o aluno entenda.

O modo imperativo expressa ordens, pedidos. Exemplo: Por favor, entenda!

Tempos do modo indicativo

Os tempos do indicativo são: presente, pretérito (perfeito, imperfeito e pretérito mais-que-perfeito),


futuro (do presente e do pretérito).
Presente
O presente do indicativo exprime uma ação na atualidade. Exemplo: Leio o jornal todos os dias pela
manhã.

Conjugação do verbo ler no presente do indicativo: (eu) leio, (tu) lês, (ele) lê, (nós) lemos, (vós)
ledes, (eles) leem.

Pretérito
O pretérito indica passado e, no modo indicativo, ele é usado para situações acabadas, para
situações inacabadas ou para situações anteriores a outras já passadas.

Assim, existem três tipos de pretérito: pretérito perfeito, pretérito imperfeito e pretérito mais-que-
perfeito.

1. Pretérito perfeito - o pretérito perfeito do indicativo exprime uma ação concluída. Exemplo:
Porém, ontem não li o jornal.

Conjugação do verbo ler no pretérito perfeito: (eu) li, (tu) leste, (ele) leu, (nós) lemos, (vós) lestes,
(eles) leram.

2. Pretérito imperfeito - o pretérito imperfeito do indicativo exprime uma ação anterior ao presente,
mas ainda não concluída. Exemplo: Antes não lia nenhum tipo de publicação.

Conjugação do verbo ler no pretérito imperfeito do indicativo: (eu) lia, (tu) lias, (ele) lia, (nós) líamos,
(vós) líeis, (eles) liam.

3. Pretérito mais-que-perfeito - o pretérito mais-que-perfeito exprime uma ação anterior a outra já


concluída. Exemplo: Quando saí para trabalhar, já lera o jornal de hoje.

Esse tempo está em desuso, porém embora não seja empregado, é importante conhecê-lo. É mais
comum combinar dois ou mais verbos que transmitam o mesmo sentido. Exemplo: Quando saí para
trabalhar, já tinha lido o jornal de hoje.

Conjugação do verbo ler no pretérito mais-que-perfeito: (eu) lera, (tu) leras, (ele) lera, (nós) lêramos,
(vós) lêreis, (eles) leram.

Futuro
O futuro indica algo que se realizará e, no modo indicativo, ele e é usado para situações que se
realizarão depois do momento em que falamos ou para situações que se realizariam, se não fossem
interrompidas por uma situação passada.

1. Futuro do presente - o futuro do presente exprime uma ação que irá se realizar. Exemplo:
Amanhã lerei o jornal na hora do almoço.

Conjugação do verbo ler no futuro do presente: (eu) lerei, (tu) lerás, (ele) lerá, (nós) leremos, (vós)
lereis, (eles) lerão.

2. Futuro do pretérito - o futuro do pretérito exprime uma ação futura em relação a outra já
concluída. Exemplo: Leria mais se houvera (ou se tivesse havido) tempo.

Conjugação do verbo ler no futuro do pretérito: (eu) leria, (tu) lerias, (ele) leria, (nós) leríamos, (vós)
leríeis, (eles) leriam.

Tempos do modo subjuntivo


Os tempos do subjuntivo são: presente, pretérito (imperfeito) e futuro.

Presente
O presente do subjuntivo exprime uma ação na atualidade que é incerta ou duvidosa. Exemplo:
Que eles leiam!

Conjugação do verbo ler no futuro do subjuntivo: (que eu) leia, (que tu) leias, (que ele) leia, (que nós)
leiamos, (que vós) leiais, (que eles) leiam.

Pretérito
O pretérito imperfeito do subjuntivo exprime um verbo no passado dependente de uma ação
também já passada. Exemplo: Se eles lessem estariam informados.

Conjugação do verbo ler no pretérito imperfeito do subjuntivo: (se eu) lesse, (se tu) lesses, (se ele)
lesse, (se nós) lêssemos, (se vós) lêsseis, (se eles) lessem.

Futuro
O futuro do subjuntivo exprime uma ação que irá se realizar dependendo de outra ação futura.
Exemplo:
Quando eles lerem ficarão informados.

Conjugação do verbo ler no futuro do subjuntivo: (quando eu) ler, (quando tu) leres, (quando ele) ler,
(quando nós) lermos, (quando vós) lerdes, (quando eles) lerem.

Leia também: Pretérito imperfeito do indicativo e do subjuntivo

Tempos do modo imperativo

O modo imperativo se apresenta apenas no presente, e pode ser afirmativo ou negativo.

Modo imperativo afirmativo


O imperativo afirmativo expressa uma ordem na forma positiva. Exemplo:
Eu estou cansada. Leia ele o relatório.

Conjugação do verbo ler no imperativo afirmativo: lê (tu), leia (você), leiamos (nós), lede (vós), leiam
(vocês).

Modo imperativo negativo


O imperativo negativo expressa uma ordem na forma negativa. Exemplo:
Precisamos de uma apresentação natural. Não leia ele o trabalho.

Conjugação do verbo ler no imperativo negativo: não leias (tu), não leia (você), não leiamos (nós),
não leiais (vós), não leiam (vocês).

Conjugação do verbo Ler

O verbo ler é um verbo irregular que pertence à 2.ª conjugação. Vejamos sua conjugação em todos
os modos e tempos estudados acima:

• Presente do indicativo: (eu) leio, (tu) lês, (ele) lê, (nós) lemos, (vós) ledes, (eles) leem.
• Pretérito perfeito: (eu) li, (tu) leste, (ele) leu, (nós) lemos, (vós) lestes, (eles) leram.
• Pretérito imperfeito do indicativo: (eu) lia, (tu) lias, (ele) lia, (nós) líamos, (vós) líeis, (eles)
liam.
• Pretérito mais-que-perfeito: (eu) lera, (tu) leras, (ele) lera, (nós) lêramos, (vós) lêreis, (eles)
leram.
• Futuro do presente: (eu) lerei, (tu) lerás, (ele) lerá, (nós) leremos, (vós) lereis, (eles) lerão.
• Futuro do pretérito: (eu) leria, (tu) lerias, (ele) leria, (nós) leríamos, (vós) leríeis, (eles)
leriam.
• Presente do subjuntivo: (que eu) leia, (que tu) leias, (que ele) leia, (que nós) leiamos, (que
vós) leiais, (que eles) leiam.
• Pretérito imperfeito do subjuntivo: (se eu) lesse, (se tu) lesses, (se ele) lesse, (se nós)
lêssemos, (se vós) lêsseis, (se eles) lessem.
• Futuro do subjuntivo: (quando eu) ler, (quando tu) leres, (quando ele) ler, (quando nós)
lermos, (quando vós) lerdes, (quando eles) lerem.
• Imperativo afirmativo: lê (tu), leia (você), leiamos (nós), lede (vós), leiam (vocês).
• Imperativo negativo: não leias (tu), não leia (você), não leiamos (nós), não leiais (vós), não
leiam (vocês).

Observe que nos imperativos afirmativo e negativo a 1.ª pessoa do singular (eu) não é conjugada,
uma vez que não damos ordens a nós próprios.

Tempos Simples e Compostos

Os tempos simples e os tempos compostos são a forma como os verbos exprimem ação, estado,
mudança de estado ou fenômeno da natureza.

Se são expressos por apenas um verbo são tempos simples, mas se são expressos por uma
combinação de verbos são tempos compostos.

Exemplos:

• Lerei o livro até que o sono chegue. (tempo simples)


• Teria lido o livro, mas o sono chegou. (tempo composto)

Análise sintática frase, oração e período

O que é frase?

Frase é todo o enunciado linguístico que tem sentido completo e termina com uma pausa pontuada.

Não é necessário haver verbo para a formação de uma frase quando o que foi enunciado tem
sentido completo.

Exemplos de frases:

• Silêncio!
• E agora, José?
• Choveu.
• Não sei o que dizer ...

As frases são marcadas por entonação que, na escrita, ocorrem com o recurso dos sinais de
pontuação. Sem a pontuação, as palavras são apenas vocábulos soltos.

Tipos de frases

1. Frases declarativas: o emissor da mensagem constata algum fato de maneira afirmativa ou


negativa. Exemplos: O curso termina esse ano (afirmativa); O curso não termina esse ano
negativa).
2. Frases interrogativas: o emissor da mensagem interroga sobre algo direta ou indiretamente.
Exemplos: — Você quer comer? (pergunta direta); Gostaria de saber se você quer comer
(pergunta indireta).
3. Frases exclamativas: o emissor da mensagem manifesta emoção, surpresa. Exemplos: Que
lindo!; Puxa vida!
4. Frases imperativas: o emissor da mensagem emite uma ordem, conselho ou pedido, seja de
maneira afirmativa ou negativa. Exemplos: Faça o almoço (afirmativa); Não faça o almoço
(negativa).
5. Frases optativas: o emissor da mensagem expressa o desejo sobre algo. Exemplo: Que
Deus te acompanhe!; Muitas felicidades nessa nova fase!

O que é oração?

A oração é o enunciado que se organiza em torno de um verbo ou de uma locução verbal. Elas
podem ou não ter sentido completo.

Exemplos de oração:

• Acabamos, finalmente!
• Levaram tudo.
• É provável.
• Estamos indo ...

Tipos de oração
Dependendo da relação sintática estabelecida, as orações são classificadas de duas maneiras:

1. Orações coordenadas: são orações independentes onde não existe relação sintática entre
elas e, por isso, possuem um sentido completo. Exemplo: Fomos para o Congresso e
apresentamos o artigo. (Oração 1: Fomos ao Congresso; Oração 2: apresentamos o artigo.).
2. Orações subordinadas: são orações dependentes onde uma está subordinada à outra e, por
isso, sozinhas não possuem um sentido completo. Exemplo: É possível que Juliana não faça
a prova. (Oração 1: É possível; Oração 2: que Juliana não faça a prova.).

Os termos essenciais da oração


As orações são estruturadas em torno de um sujeito e de um predicado que, por isso, são chamados
de termos essenciais da oração.

O sujeito é o elemento da oração sobre o qual se declara algo, enquanto predicado é a declaração
feita sobre o sujeito.

Exemplo: Os alunos homenagearam o professor.

Sujeito: Os alunos (de quem está sendo declarado algo)


Predicado: homenagearam o professor.( o que está sendo declarado)

Há outros termos que completam o sentido de outros (termos integrantes da oração) e termos
presentes na oração que poderiam ser retirados da mesma sem que o seu sentido fosse afetado
(termos acessórios da oração).

O que é período?

Período é frase organizada em uma ou mais orações. O período pode ser simples ou composto.
Tipos de período
1. Período Simples
O período simples é formado por somente uma oração agrupada em torno de um único verbo ou de
uma única locução verbal. Quando isso ocorre, o período é denominado oração absoluta.

Exemplos de período simples:

• Estamos felizes com os resultados.


• Faltam apenas alguns dias.
• Talvez eu vá.

2. Período Composto
O período composto é formado por mais de uma oração. Nesse caso, a quantidade de orações é
sujeita ao número de verbos ou de locuções verbais.

Exemplos de período composto:

• Faça como eu pedi.


• Não sei se tenho coragem.

Termos integrantes e acessórios da oração

Os termos integrantes da oração são o complemento nominal, o complemento verbal (objeto direto
e objeto indireto) e o agente da passiva.

Complemento nominal

O complemento nominal é o termo da oração que é ligado ao sujeito, predicativo, objeto direto, o
objeto indireto, o agente da passiva, o adjunto adverbial, o aposto ou ao vocativo.

O complemento nominal liga-se ao substantivo, adjetivo ou advérbio por intermédio de uma


preposição.

Exemplo 1:

A mulher tinha necessidade de medicamentos.


Nome (substantivo): necessidade.
Complemento nominal: de medicamentos.

Exemplo 2:

Esta conduta é prejudicial à saúde.


Nome (adjetivo): prejudicial.
Complemento nominal: à saúde.

Exemplo 3:

Decidiu favoravelmente ao acusado.


Nome (advérbio): favoravelmente.
Complemento nominal: ao acusado.

O núcleo do complemento nominal, em geral, é representado por um substantivo ou palavra com


valor de substantivo. O pronome oblíquo também pode representar um complemento nominal
deixando a preposição implícita no pronome.
Exemplo 4:

Andar a pé lhe era agradável. (era agradável a ele)


Complemento nominal: lhe.

Quando houver um período composto, a função do complemento nominal pode agir na oração com
valor de substantivo. Nos casos em que isso ocorre, a denominação é de oração substantiva
completiva nominal.

Exemplo 5:

Tinha a necessidade de que o socorressem.


Complemento nominal: de que o socorressem.
Oração: tinha a necessidade.

Complemento verbal

Objeto direto
O objeto direto é o complemento de um verbo transitivo direto sem preposição obrigatória. Ele indica
o ser para a qual se dirige a ação verbal. Pode ser apresentado por substantivo, pronome, numeral,
palavra ou expressão substantivada ou oração substantiva.

Exemplo:

Algumas pessoas tomam vinho.


Sujeito: algumas pessoas.
Verbo transitivo direto: tomam.
Objeto direto: vinho.

Objeto direto preposicionado


Ocorre quando o objeto direto vem regido por preposição.

Exemplo:

Nunca enganaram a mim.


Verbo transitivo direto: enganaram.
Objeto direto preposicionado: a mim.

Objeto indireto
O objeto indireto completa a significação de um verbo e vem sempre acompanhado de preposição.
Pode ser representado por substantivo ou palavra substantivada, pronome, numeral, expressão
substantivada ou oração substantiva.

Exemplo:

Amélia acredita em discos voadores.


Sujeito: Amélia.
Verbo transitivo direto: acredita.
Objeto indireto: em discos voadores.

Pronomes oblíquos como complementos verbais


Há casos em que os pronomes oblíquos assumem a função de complementos verbais.

Exemplo:
A proposta interessava-lhe.
Verbo transitivo indireto: interessava.
Objeto indireto: lhe.

Agente da passiva

O agente da passiva é o complemento preposicionado que representa o ser que pratica a ação
expressa por um verbo na voz passiva.

Exemplo:

A criança foi orientada pelo professor.


Sujeito: a criança.
Verbo na voz passiva: foi orientada.
Agente da passiva: professor.

Transposição da voz ativa para a voz passiva


O agente da passiva é o sujeito na voz ativa. O objeto direto da voz ativa passa a sujeito da voz
passiva.

Exemplo de oração na VOZ ATIVA:

O jardineiro colheu as flores.


Sujeito: o jardineiro.
Verbo transitivo: colheu.
Objeto direto: as flores.

Exemplo de oração na VOZ PASSIVA:

As flores foram colhidas pelo jardineiro.


Sujeito: as flores.
Locução verbal: foram colhidas.
Agente da passiva: pelo jardineiro.

Adjunto adnominal, adjunto adverbial

Adjunto adnominal é o termo acessório da oração que tem a função de caracterizar ou determinar
um substantivo. Isso pode ser feito através de artigos, adjetivos e outros elementos que
desempenhem a função adjetiva.

Exemplo:
As melhores receitas foram deixadas pelos nossos avós.

Sujeito: As melhores receitas


Núcleo do sujeito: receitas

As (artigo), melhores (adjetivo) são os adjuntos adnominais do substantivo receita.


Predicado: foram deixadas pelos nossos avós
Agente da passiva: pelos nossos avós
Núcleo do agente da passiva: avós

Os (artigo) da contração por + os é adjunto adnominal de avós. O mesmo acontece com nossos
(pronome adjetivo): os e nossos referem-se aos avós.

Como vemos, um único substantivo pode ser caracterizado ou determinado por vários adjuntos
adnominais. Neste caso: as, melhores, os e nossos são todos adjuntos adnominais.

Adjunto adnominal e Complemento nominal

O adjunto adnominal se refere somente a substantivos, enquanto o complemento nominal, a nomes


(substantivos, adjetivos e advérbios).

A melhor forma de afastar a dúvida quanto se um termo é adjunto adnominal ou complemento


nominal é através dos sentidos ativo e passivo que carregam.

ativo: adjunto adnominal


passivo: complemento nominal

Exemplo:
Os elogios da diretora aos estudantes.

Adjunto adnominal: os, da diretora.


Complemento nominal: aos estudantes.

Isso porque a diretora fez os elogios (sentido ativo), enquanto os alunos os receberam (sentido
passivo).

Saiba mais sobre Adjunto adnominal e complemento nominal: qual a diferença?

Adjunto adnominal e Predicativo

Por vezes, também é comum confundir o adjunto adnominal com o predicativo.

Neste caso, substitua o substantivo (núcleo do termo) por um pronome substantivo. Se o elemento
que caracteriza esse substantivo for retirado, esse elemento é adjunto adnominal.

Exemplo:
O recente método de avaliação beneficia os alunos irresponsáveis.

Sujeito: O recente método de avaliação


Predicado: beneficia os alunos irresponsáveis

Ele os beneficia.
Sujeito: Ele
Predicado: os beneficia
Adjuntos adnominais: o, recente, de avaliação, os, irresponsáveis

Adjunto adverbial é o termo que tem a função de advérbio nas orações. Ele indica circunstâncias,
como tempo, modo e finalidade.

Exemplos: Estudarei AMANHÃ; Estudo COM CONCENTRAÇÃO; Estudei PARA A PROVA.


O adjunto adverbial é um termo acessório, porque apesar de não ser indispensável para a
construção da oração, ele transmite ideias importantes à comunicação.

A classificação dos adjuntos adverbiais depende das circunstâncias que eles indicam.

Há adjuntos adverbiais de: tempo, modo, finalidade, intensidade, causa, companhia, lugar,
circunstância, assunto, concessão, conformidade, instrumento, negação, afirmação, dúvida, matéria,
meio, argumento.

Adjunto adverbial de tempo

Os adjuntos adverbiais de tempo fornecem à oração uma ideia temporal, tal como: hoje, amanhã,
ontem, cedo, tarde, ainda, agora, no inverno.

Exemplos de orações com adjunto adverbial de tempo:

• Ontem jantamos juntos.


• Ele ainda está aqui?
• Costuma ficar doente no inverno.

Adjunto adverbial de modo

Os adjuntos adverbiais de modo fornecem à oração a ideia de modo, maneira, tal como: bem, mal,
melhor, pior, assim, diferente, igual, felizmente, e quase todos os adjuntos terminados em "mente".

Exemplos de orações com adjunto adverbial de modo:

• Felizmente, a criança chegou.


• Fomos depressa.
• Ela canta bem.

Adjunto adverbial de finalidade

Os adjuntos adverbiais de finalidade fornecem à oração a ideia de finalidade, tal como: a fim de,
para, por.

Exemplos de orações com adjunto adverbial de finalidade:

• Eu me esforcei para a prova.


• Estudei a fim de ser alguém na vida.
• Faço tudo por você.

Adjunto adverbial de intensidade

Os adjuntos adverbiais de intensidade fornecem à oração a ideia de intensidade, força, tal como:
muito, pouco, mais, menos, bastante, extremamente, intensamente.

Exemplos de orações com adjunto adverbial de intensidade:

• Gostamos muito da apresentação.


• A palestra foi bastante motivadora.
• Eles são tão complicados!

Adjunto adverbial de causa


Os adjuntos adverbiais de causa fornecem à oração a ideia de causa, razão, tal como: porque, pois,
por causa de, com o.

Exemplos de orações com adjunto adverbial de causa:

• Me molhei por causa da chuva.


• Com o atraso, perdi o ônibus.
• A festa acabou com o incidente.

Adjunto adverbial de companhia

Os adjuntos adverbiais de companhia fornecem à oração a ideia de companhia, acompanhamento,


tal como: com, junto com, na companhia de.

Exemplos de orações com adjunto adverbial de companhia:

• Vá junto com eles.


• Jogou com os vizinhos.
• Jantou na companhia dos parentes.

Adjunto adverbial de lugar

Os adjuntos adverbiais de lugar fornecem à oração a ideia de lugar, espaço, tal como: aqui, ali, lá,
acolá, acima, abaixo, embaixo, dentro, fora, longe, perto, em cima, em casa.

Exemplos de orações com adjunto adverbial de lugar:

• Ficamos em casa.
• É aqui perto.
• Vou ali e volto.

Adjunto adverbial de assunto

Os adjuntos adverbiais de assunto indicam assunto, tema, tal como: sobre, de, a respeito de.

Exemplos de orações com adjunto adverbial de assunto:

• Discutimos sobre inovação.


• Falamos a respeito da sua viagem.
• O livro fala de costumes regionais.

Adjunto adverbial de concessão

Os adjuntos adverbiais de concessão fornecem à oração a ideia de concessão, autorização, tal


como: todavia, contudo, se bem que, apesar de, mesmo que.

Exemplos de orações com adjunto adverbial de concessão:

• Saímos, apesar da neve.


• Fiz, todavia não comi.
• Mesmo que ele convide, não vou.

Adjunto adverbial de conformidade


Os adjuntos adverbiais de conformidade fornecem à oração a ideia de conformidade, concordância,
tal como: conforme, segundo, de acordo.

Exemplos de orações com adjunto adverbial de conformidade:

• Fizemos conforme a receita.


• Ligue a aparelho segundo as instruções.
• Agimos de acordo com as regras.

Adjunto adverbial de instrumento

Os adjuntos adverbiais de instrumento dão a indicação de instrumento, tal como: a lápis, com a faca,
de colher.

Exemplos de orações com adjunto adverbial de instrumento:

• Preencheu o documento a lápis.


• Comeu o arroz de colher.
• Cortou o pacote com a faca.

Adjunto adverbial de negação

Os adjuntos adverbiais de negação expressam a ideia de recusa, tal como: não, nunca, jamais, de
jeito nenhum.

Exemplos de orações com adjunto adverbial de negação:

• Não estamos na mesma classe.


• Eu nunca agiria assim.
• Jamais voltarei a fazer isso.

Adjunto adverbial de afirmação

Os adjuntos adverbiais de afirmação expressam a ideia de afirmação, confirmação, tal como: sim,
certamente, realmente, com certeza.

Exemplos de orações com adjunto adverbial de afirmação:

• Sim, eu vou contigo.


• Certamente faremos o curso.
• Realmente, ele está dizendo a verdade.

Adjunto adverbial de dúvida

Os adjuntos adverbiais de dúvida expressam a ideia de suspeita, receio, tal como: talvez, acaso,
provavelmente, quem sabe.

Exemplos de orações com adjunto adverbial de dúvida:

• Talvez eu consiga ir.


• Provavelmente chegarei atrasada.
• Quem sabe eles façam as pazes.

Adjunto adverbial de matéria


Os adjuntos adverbiais de matéria dão a indicação de material de fabricação, tal como: de, a partir
de, com.

Exemplos de orações com adjunto adverbial de matéria:

• O caderno é feito de papel reciclado.


• O etanol pode ser produzido a partir de milho, cana-de-açúcar ou beterraba.
• Aquela receita é feita com maisena.

Adjunto adverbial de meio

Os adjuntos adverbiais de meio indicam o meio utilizado, tal como: de carro, a pé, pelo correio.

Exemplos de orações com adjunto adverbial de meio:

• Viajamos de carro.
• Vamos a pé?
• A encomenda será enviada pelo correio.

Adjunto adverbial de argumento

Os adjuntos adverbiais de argumento expressam a ideia de razão, tal como: chega de, basta de.

Exemplos de orações com adjunto adverbial de argumento:

• Chega de brigas.
• Chega de fofocas!
• Basta de gritos.

Diferença entre advérbio e adjunto adverbial

A diferença entre advérbio e adjunto adverbial é que o advérbio é uma classe de palavras e, sendo
assim, ele é estudado de forma isolada na oração.

. Aposto, vocativo

O aposto é o nome que se dá ao termo que exemplifica ou específica melhor outro de valor
substantivo ou pronominal, já mencionado anteriormente na oração.

Geralmente, a pausa entre um termo e outro vem separado dos demais termos da oração por
vírgula, dois pontos, parênteses ou travessão.

Exemplos:

• Maria, irmã de Bernadete, vendeu todos seus bordados.


• Gosto de tudo o que servem no restaurante: os peixes, as carnes e as sobremesas.
• A Semana Santa de Sevilla (maior festa religiosa da Europa) é um dos eventos mais
procurados pelos turistas na época das celebrações pascais.
• Chico Buarque — um dos maiores compositores da música brasileira — lançou outra
obra literária.

Tipos de aposto

Segundo a intenção do discurso o aposto pode ser classificado em:


1. Explicativo
Oferece uma explicação sobre o termo anterior:

A geografia, estudo da terra, é uma disciplina fundamental do currículo escolar.


Júlia, dos Recursos Humanos, pediu para você preencher essas fichas.

2. Distributivo
Retoma as explicações sobre os termos, contudo, de maneira separada na oração:

Vitória e Luís foram os vencedores, aquela na corrida e este no atletismo.


Adoro João e Maria, um exemplo de calma e a outra, de agitação.

3. Enumerativo
Enumera as explicações sobre o termo, sendo separado por vírgulas:

Na bolsa levava o que precisava: roupas, biquínis e toalhas.


O programa de hoje é: praia, pizza e cinema.

4. Comparativo
Compara o termo da oração:

A garota, que parecia desacordada, foi levada para o hospital.


Do doce, manjar dos deuses, não tinha sobrado nada.

5. Resumidor ou recapitulativo
Resume os termos anteriores do enunciado:

Saúde, educação e acesso à cultura, tudo isso são prioridades para a melhoria de um país.
Paz e sossego, esses são os meus desejos para as férias.

6. Especificativo
Especifica um termo da oração:

A aluna Joana continua se nos surpreender.


A avenida Paulista é lindíssima.

7. Aposto de oração
Consiste numa oração que depende da outra em termos sintáticos:

Os bolos ficaram lindos e saborosos, fruto da sua técnica e dedicação.


As coisas correram mal, desfecho inevitável.

Aposto e Vocativo

Muito comum haver confusão entre o aposto e o vocativo. Porém, enquanto o aposto explica um
termo anterior dito no enunciado, o vocativo, é um chamamento, uma invocação ou pode
caracterizar uma pessoa que chama pela outra no enunciado.

Além disso, o vocativo corresponde a um termo que não possui relação sintática com outro termo da
oração de forma que não faz parte nem do sujeito e nem do predicado. Enquanto isso, o aposto
mantém relação sintática com outros termos da oração.

Exemplos:
Moisés, venha jantar! (Vocativo)
Moisés, o profeta religioso, é considerado o grande libertador dos judeus. (Aposto)

Classificação das orações: principal, coordenadas, subordinadas, reduzidas

Orações reduzidas são aquelas que não são introduzidas por conjunções e que possuem verbos
nas suas formas nominais: infinitivo, gerúndio e particípio.

São, assim, diferentes das orações desenvolvidas, que são introduzidas por um pronome ou
conjunção e que são formadas por um verbo no indicativo ou no subjuntivo.

Orações reduzidas de infinitivo

No infinitivo impessoal, os verbos da 1.ª conjugação terminam em -ar, os da 2.ª conjugação


terminam em -er e os da 3.ª conjugação terminam em -ir. Nas orações reduzidas, os verbos podem
aparecer também no infinitivo pessoal, sendo flexionados em número e pessoa.

As orações reduzidas de infinitivo podem ser ou não iniciadas por uma preposição.

Oração subordinada substantiva subjetiva

Reduzida: É essencial comparecer no evento.


Desenvolvida: É essencial que você compareça no evento.

Oração subordinada substantiva objetiva direta

Reduzida: Os alunos não sabiam ser dia de prova.


Desenvolvida: Os alunos não sabiam que era dia de prova.

Oração subordinada substantiva objetiva indireta

Reduzida: O médico insistiu em fazermos uma dieta.


Desenvolvida: O médico insistiu em que nós fizéssemos uma dieta.

Oração subordinada substantiva completiva nominal

Reduzida: Eu tenho esperança de conseguirem o emprego.


Desenvolvida: Eu tenho esperança de que consigam o emprego.

Oração subordinada substantiva predicativa

Reduzida: O melhor é ser sempre feliz!


Desenvolvida: O melhor é que eu seja sempre feliz!

Oração subordinada substantiva apositiva

Reduzida: Apenas quero uma coisa: encontrar o meu próprio caminho.


Desenvolvida: Apenas quero uma coisa: que eu encontre o meu próprio caminho.
Oração subordinada adverbial causal

Reduzida: Por ser sempre assim, já ninguém dá atenção!


Desenvolvida: Porque é sempre assim, já ninguém dá atenção!

Oração subordinada adverbial condicional

Reduzida: Sem arrumarem o quarto, não iremos ao cinema.


Desenvolvida: Caso não arrumem o quarto, não iremos ao cinema.

Oração subordinada adverbial concessiva

Reduzida: Sem saber nada sobre você, eu acredito na sua honestidade.


Desenvolvida: Embora eu não saiba nada sobre você, eu acredito na sua honestidade.

Oração subordinada adverbial temporal

Reduzida: Ao entrar em casa, vi que tinha sido assaltada.


Desenvolvida: Quando entrei em casa, vi que tinha sido assaltada.

Oração subordinada adverbial final

Reduzida: Para poder descansar, decidi ceder e esquecer o assunto.


Desenvolvida: Para que eu pudesse descansar, decidi ceder e esquecer o assunto.

Oração subordinada adverbial consecutiva

Reduzida: Ela comeu tanto, ao ponto de vomitar tudo.


Desenvolvida: Ela comeu tanto, ao ponto que vomitou tudo.

Oração subordinada adjetiva

Reduzida: A patinadora, a rodopiar no meio do palco, era a minha filha.


Desenvolvida: A patinadora, que rodopiava no meio do palco, era a minha filha.

Orações reduzidas de gerúndio

No gerúndio, os verbos da 1.ª conjugação terminam em -ando, os da 2.ª conjugação terminam em -


endo e os da 3.ª conjugação terminam em -indo.

Oração subordinada adverbial causal

Reduzida: Não sendo honesta, só arrumou confusão.


Desenvolvida: Como não foi honesta, só arrumou confusão.

Oração subordinada adverbial condicional

Reduzida: Precisando de ajuda, fale comigo.


Desenvolvida: Caso precise de ajuda, fale comigo.
Oração subordinada adverbial concessiva

Reduzida: Respeitando o combinado, outros acordos serão necessários.


Desenvolvida: Ainda que respeitem o combinado, outros acordos serão necessários.

Oração subordinada adverbial temporal

Reduzida: Chegando à entrada do prédio, ele ligou-me.


Desenvolvida: Quando chegou à entrada do prédio, ele ligou-me.

Oração subordinada adjetiva

Reduzida: Vi cinco atletas da seleção correndo no calçadão.


Desenvolvida: Vi cinco atletas da seleção que corriam no calçadão.

Orações reduzidas de particípio

No particípio regular, os verbos da 1.ª conjugação terminam em -ado e os verbos da 2.ª e da 3.ª
conjugação terminam em -ido. Caso os verbos possuam particípio irregular, estes terminam
habitualmente em -to ou -do.

Oração subordinada adverbial causal

Reduzida: Arrependido, tentou resolver a situação.


Desenvolvida: Uma vez que se arrependeu, tentou resolver a situação.

Oração subordinada adverbial condicional

Reduzida: Cumprida a sua promessa, poderá fazer como entender


Desenvolvida: Desde que cumpra a sua promessa, poderá fazer como entender

Oração subordinada adverbial concessiva

Reduzida: Resolvido este problema, outras dificuldades virão.


Desenvolvida: Mesmo que resolvam este problema, outras dificuldades virão.

Oração subordinada adverbial temporal

Reduzida: Chegada a casa, o telefone tocou.


Desenvolvida: Assim que cheguei a casa, o telefone tocou.

Oração subordinada adjetiva

Reduzida: Já foi usado o material comprado por mim.


Desenvolvida: Já foi usado o material que eu comprei.

Como reconhecer orações reduzidas?


A forma mais fácil de reconhecer uma oração reduzida é pelo seu desenvolvimento. Introduz-se na
frase uma conjunção ou um pronome adequado ao sentido da frase e substitui-se o verbo na forma
nominal por um tempo verbal do modo indicativo ou do modo subjuntivo.

As orações reduzidas mantêm as mesmas características sintáticas das orações desenvolvidas.


Podem também possibilitar mais do que uma forma de desenvolvimento.

Sintaxe de concordância nominal e verbal

Concordância verbal e nominal é relação que garante que as palavras concordem umas com as
outras.

A concordância verbal garante que os verbos concordem com os sujeitos, enquanto


a concordância nominal garante que os substantivos concordem com adjetivos, artigos, numerais
e pronomes.

Exemplo: Nós estudaremos regras e exemplos complicados juntos.

Neste exemplo, quando concordamos o sujeito (nós) com o verbo (estudaremos) estamos fazendo a
concordância verbal.

Por sua vez, quando concordamos os substantivos (regras e exemplos) com o adjetivo
(complicados) estamos fazendo concordância nominal.

Regras de concordância verbal

Para garantir a concordância verbal, precisamos respeitar as relações de número e pessoa entre
verbo e sujeito. Vejamos algumas regras.

1. Concordância de sujeito composto antes do verbo

Quando o sujeito é composto e vem antes do verbo, esse verbo deve estar sempre no plural.
Exemplos:

• Maria e José conversaram até de madrugada.


• Construção e pintura ficarão prontas amanhã.

2. Concordância de sujeito composto depois do verbo

Quando o sujeito composto vem depois do verbo, o verbo tanto pode ficar no plural como pode
concordar com o sujeito mais próximo. Exemplos:

• Discursaram diretor e professores.


• Discursou diretor e professores.

3. Concordância de sujeito formado por pessoas gramaticais diferentes

Quando o sujeito é composto, mas as pessoas gramaticais são diferentes, o verbo deve ficar no
plural. No entanto, ele concordará com a pessoa que, a nível gramatical, tem prioridade.

Isso quer dizer que 1.ª pessoa (eu, nós) tem prioridade em relação à 2.ª (tu, vós) e a 2.ª tem
prioridade em relação à 3.ª (ele, eles). Exemplos:

• Nós, vós e eles vamos à festa.


• Tu e ele falais outra língua?

Regras de concordância nominal

Para garantir a concordância nominal, precisamos respeitar as relações de gênero e número entre
substantivos, adjetivos, artigos, numerais e pronomes. Vejamos algumas regras.

1. Concordância entre substantivo e mais do que um adjetivo

Quando há mais do que um adjetivo para um substantivo, há duas formas de concordar:

Colocar o artigo antes do último adjetivo. Exemplos:

• A língua francesa e a italiana são encantadoras.


• A música clássica e a popular são manifestações artísticas.

Colocar o substantivo e o artigo que o acompanha no plural. Exemplos:

• As línguas francesa e italiana são encantadoras.


• As músicas clássica e popular são manifestações artísticas.

2. Concordância entre substantivos e um adjetivo

Quando há mais do que um substantivo e apenas um adjetivo, há duas formas de concordar:

Se o adjetivo vem ANTES dos substantivos, o adjetivo deve concordar com o substantivo mais
próximo. Exemplos:

• Linda filha e bebê.


• Querido filho e filha.

Se o adjetivo vem DEPOIS dos substantivos, o adjetivo deve concordar com o substantivo mais
próximo ou com todos os substantivos. Exemplos:

• Pronúncia e vocabulário perfeito.


• Vocabulário e pronúncia perfeita.
• Pronúncia e vocabulário perfeitos.
• Vocabulário e pronúncia perfeitos.

Regência nominal e verbal

A regência verbal e a regência nominal ocorrem entre os diferentes termos de uma oração. Ocorre
regência quando há um termo regente que apresenta um sentido incompleto sem o termo regido, ou
seja, sem o seu complemento.
O que é regência verbal?
A regência verbal indica a relação que um verbo (termo regente) estabelece com o seu
complemento (termo regido) através do uso ou não de uma preposição. Na regência verbal os
termos regidos são o objeto direto (sem preposição) e o objeto indireto (preposicionado).
O que é regência nominal?
A regência nominal indica a relação que um nome (termo regente) estabelece com o seu
complemento (termo regido) através do uso de uma preposiçãoExemplos de regência verbal
preposicionada
• assistir a;
• obedecer a;
• avisar a;
• agradar a;
• morar em;
• apoiar-se em;
• transformar em;
• morrer de;
• constar de;
• sonhar com;
• indignar-se com;
• ensaiar para;
• apaixonar-se por;
• cair sobre.

Exemplos de regência nominal

• favorável a;
• apto a;
• livre de;
• sedento de;
• intolerante com;
• compatível com;
• interesse em;
• perito em;
• mau para;
• pronto para;
• respeito por;
• responsável por.

Regência verbal sem preposição


Os verbos transitivos diretos apresentam um objeto direto como termo regido, não sendo necessária
uma preposição para estabelecer a regência verbal.
Exemplos de regência verbal sem preposição:

• Você já fez os deveres?


• Eu quero um carro novo.
• A criança bebeu o suco.

O objeto direto responde, principalmente, às perguntas o quê? e quem?, indicando o elemento que
sofre a ação verbal.
Regência verbal com preposição
Os verbos transitivos indiretos apresentam um objeto indireto como termo regido, sendo obrigatória
a presença de uma preposição para estabelecer a regência verbal.
Exemplos de regência verbal com preposição:

• O funcionário não se lembrou da reunião.


• Ninguém simpatiza com ele.
• Você não respondeu à minha pergunta.

O objeto indireto responde, principalmente, às perguntas de quê? para quê? de quem? para quem?
em quem?, indicando o elemento ao qual se destina a ação verbal.
Preposições usadas na regência verbal
As preposições usadas na regência verbal podem aparecer na sua forma simples, bem como
contraídas ou combinadas com artigos e pronomes.
Preposições simples: a, de, com, em, para, por, sobre, desde, até, sem,...
Contração e combinação de preposições: à, ao, do, das, destes, no, numa, nisto, pela, pelo,...
As preposições mais utilizadas na regência verbal são: a, de, com, em, para e por.

• Preposição a: perdoar a, chegar a, sujeitar-se a,...


• Preposição de: vangloriar-se de, libertar de, precaver-se de,...
• Preposição com: parecer com, zangar-se com, guarnecer com,...
• Preposição em: participar em, teimar em, viciar-se em,...
• Preposição para: esforçar-se para, convidar para, habilitar para,...
• Preposição por: interessar-se por, começar por, ansiar por,...

Veja também: Outros exemplos de regência verbal preposicionada.


Regência nominal com preposição
A regência nominal ocorre quando um nome necessita obrigatoriamente de uma preposição para se
ligar ao seu complemento nominal.
Exemplos de regência nominal com preposição:

• Sempre tive muito medo de baratas.


• Seu pai está furioso com você!
• Sinto-me grato a todos.

Preposições usadas na regência nominal


Também na regência nominal as preposições podem ser usadas na sua forma simples e contraídas
ou combinadas com artigos e pronomes.
As preposições mais utilizadas na regência nominal são, também: a, de, com, em, para, por.

• Preposição a: anterior a, contrário a, equivalente a,...


• Preposição de: capaz de, digno de, incapaz de,...
• Preposição com: impaciente com, cuidadoso com, descontente com,...
• Preposição em: negligente em, versado em, parco em,...
• Preposição para: essencial para, próprio para, apto para,...
• Preposição por: admiração por, ansioso por, devoção por,.

Sinais de Pontuação

Sinais de Pontuação são sinais gráficos que contribuem para a coerência e a coesão de textos, bem
como têm a função de desempenhar questões de ordem estilística.

São eles: o ponto (.), a vírgula (,), o ponto e vírgula (;), os dois pontos (:), o ponto de exclamação (!),
o ponto de interrogação (?), as reticências (...), as aspas (“”), os parênteses ( ( ) ) e o travessão (—).

Ponto (.)

O ponto, ou ponto final, é utilizado para terminar a ideia ou discurso e indicar o final de um período.
O ponto é, ainda, utilizado nas abreviações.

Exemplos do uso de ponto final:

• Acordei e logo pensei nela e na discussão que tivemos. Depois, saí para trabalhar e resolvi
ligar e pedir perdão.
• O filme recebeu várias indicações para o Oscar.
• Esse acontecimento remonta ao ano 300 a.C., segundo afirmam os nossos historiadores.
• Sr. João, lamentamos informar que o seu voo foi cancelado.

Vírgula (,)

O uso da vírgula não é tão simples como parece, mas não tão complicado ao ponto de não ser
aprendido após conhecermos suas regras e truques.

Diariamente surgem dúvidas acerca desse sinal gráfico cuja omissão ou uso incorreto pode alterar
completamente o sentido do discurso.

Exemplos:

• Essa, mãe, nunca limpa a casa.


• Essa mãe nunca limpa a casa.

• Não, quero saber o que se passa.


• Não quero saber o que se passa.

Em suma, a vírgula tem a função de separar elementos dentro de uma mesma frase ou oração.

Quando Usar a Vírgula

1. Para separar elementos


A vírgula serve para separar, dentro da mesma oração, elementos que têm a mesma função
sintática e que, regra geral, não sejam ligados pelas conjunções e, nem, ou.

Exemplo:
Objetivos, conteúdo, método e recursos didáticos compõem um plano.

Truque: Se você estiver listando várias coisas, vai precisar usar vírgula!

2. Depois do vocativo
A vírgula é usada para separar a invocação de alguém.

Exemplo:
Ana, atenda a campainha!

Truque: Está chamando alguém? Use vírgula depois!

3. Entre o aposto
Frequentemente o aposto aparece entre vírgulas.

Exemplo:
João, professor do Ensino Médio, está de licença.

Truque: Introduziu uma explicação ou clarificação no meio da oração? Use vírgula.

4. Depois dos advérbios “sim” e “não”


A vírgula é usada após esses advérbios quando eles iniciam uma oração que atue como resposta.

Exemplo:
Sim, estamos satisfeitos com os resultados.

Truque: Depois de sim ou não iniciais em respostas, coloque sempre vírgula.


5. Na intercalação de texto
A vírgula é utilizada para inserir expressões intercaladas dentro de uma oração, bem como orações
intercaladas dentro de outras orações.

Exemplos:
Vi, porém, as opções que eu tinha.
Ele não vai, de forma alguma, obedecer.
A atriz, disse o público, atuou com brilhantismo.

Truque: Coloque entre vírgulas aquilo que estiver "quebrando" uma frase que por si só já tem
sentido.

6. Nas orações subordinadas adverbiais


A vírgula deve estar presente na separação de orações subordinadas adverbiais, especialmente
quando elas iniciam a oração.

Exemplo:
Embora estivesse mau tempo, foram à praia.

Truque: Quando uma oração com função de advérbio estiver antes da oração principal, use vírgula.
Se aparecer depois, a vírgula é dispensada.

7. Nas orações subordinadas adjetivas explicativas


A vírgula deve ser utilizada em informações acessórias, que ampliam ou esclarecem uma
informação, mas que podem ser retiradas da frase..

Exemplo:
Gregório de Matos, que é a principal expressão do barroco no Brasil, era conhecido como “boca de
inferno”.

Truque: Nem sempre que usamos "que", significa que usamos vírgula, mas quando a informação
introduzida é acessória, coloque vírgula.

Existem casos em que a informação depois do "que" é essencial para entendermos a mensagem.
Veja mais abaixo quando não usar a vírgula nesses casos.

8. Na omissão de verbos
A vírgula é usada para assinalar a omissão de palavras, sendo maioritariamente utilizada na
omissão do verbo.

Exemplo:
Vamos de carro; eles, de ônibus.

Truque: A vírgula é usada em alguns casos para substituir uma palavra que já tenha sido usada na
frase. Mas atenção, é uma forma pouco usual de escrever e pode levar ao erro. O melhor truque é
não tentar escrever dessa forma.

9. Acompanhando local e data


Emprega-se a vírgula para separar o topônimo da data.

Exemplo:
Brasil, 24 de julho de 2015.

Truque: Fácil: Local, Data. Sempre.


Quando não Usar a Vírgula

A vírgula não pode ser usada nas seguintes situações:

1) Para separar o sujeito do predicado

2) Para separar o verbo do complemento

Exemplos:

• O professor, finalizará o plano de aula durante esta semana. (errado)


• O professor finalizará o plano de aula durante esta semana. (certo)
• Professores, pais e alunos se reuniram, no auditório da escola. (errado)
• Professores, pais e alunos se reuniram no auditório da escola. (certo)

Também não é usada na seguinte situação:

3) Oração Subordinada Adjetiva Restritiva

Exemplo:
Os relatórios que ele preparou estão sob a mesa.

Truque: "Que ele preparou": Esta informação é essencial para sabermos que relatórios são! Não
coloque vírgula.

Dúvidas frequentes do uso da vírgula

Quando o assunto é vírgula, as dúvidas mais frequentes quanto ao seu uso são:

1. Antes do “e”
Geralmente a vírgula não é empregada antes da conjunção e, bem como das conjunções nem e ou,
exceto nas seguintes situações: quando há repetição da conjunção com objetivo enfático, quando os
sujeitos das orações são diferentes e quando a conjunção e transmite um valor de diferença e não
de adição.

Exemplos:

• Fiz, e fiz, e mais fiz por todos eles.


• Mariana cursou medicina, e Marília jornalismo.
• Correu o mais que pode, e ainda assim não pegou o ônibus

Ponto e Vírgula (;)

O ponto e vírgula serve para separar várias orações dentro de uma mesma frase e para separar
uma relação de elementos.

É um sinal que muitas vezes gera confusão nos leitores, já que ora representa uma pausa mais
longa que a vírgula e ora mais breve que o ponto.

Exemplos do uso de ponto e vírgula:

• Os empregados, que ganham pouco, reclamam; os patrões, que não lucram, reclamam
igualmente.
• Joaquim celebrou seu aniversário na praia; não gosta do frio e nem das montanhas.
• Os conteúdos da prova são: Geografia; História; Português.

Dois Pontos (:)

Esse sinal gráfico é utilizado antes de uma explicação, para introduzir uma fala ou para iniciar uma
enumeração.

Exemplos do uso de dois pontos:

• Na matemática, as quatro operações essenciais são: adição, subtração, multiplicação e


divisão.
• Joana explicou: — Não devemos pisar na grama do parque.
• Descobri onde estava o livro: na mochila.

Ponto de Exclamação (!)

O ponto de exclamação é utilizado para exclamar. Assim, é colocado em frases que denotam
sentimentos como surpresa, desejo, susto, ordem, entusiasmo, espanto.

Exemplos do uso de ponto de exclamação:

• Que horror!
• Ganhei!
• Quieto!

Ponto de Interrogação (?)

O ponto de interrogação é utilizado para interrogar, perguntar. Utiliza-se no final das frases diretas
ou indiretas-livre.

Exemplos do uso de ponto de interrogação:

• Quer ir ao cinema comigo?


• Será que eles preferem jornais ou revistas?
• Entendeu?

Reticências (...)

As reticências servem para suprimir palavras, textos ou até mesmo indicar que o sentido vai muito
mais além do que está expresso na frase.

Exemplos do uso de reticências:

• Ana gosta de comprar sapatos, bolsas, calças…


• Não sei… Preciso pensar no assunto.
• "A vida é uma tempestade (...) Um dia você está tomando sol e no dia seguinte o mar te lança
contra as rochas." (O Conde de Monte Cristo, Alexandre Dumas)

Aspas (" ")

É utilizado para enfatizar palavras ou expressões, bem como é usada para delimitar citações de
obras.

Exemplos do uso de aspas:


• Satisfeito com o resultado do vestibular, se sentia "o bom”.
• Brás Cubas dedica suas memórias a um verme: "Ao verme que primeiro roeu as frias carnes
do meu cadáver dedico como saudosa lembrança estas memórias póstumas."
• É simplesmente "inacreditável" o que aconteceu.

Parênteses ( ( ) )

Os parênteses são utilizados para isolar explicações ou acrescentar informação acessória.

Exemplos do uso de parênteses:

• O funcionário (o mais mal-humorado que já vi) fez a troca dos artigos.


• Cheguei à casa cansada, jantei (um sanduíche e um suco) e adormeci no sofá.
• Saiu às pressas (como sempre) e esqueceu o lanche na cozinha.

Travessão (—)

O Travessão é utilizado no início de frases diretas para indicar os diálogos do texto bem como para
substituir os parênteses ou dupla vírgula.

Exemplos:

• Muito descontrolada, Paula gritou com o marido: — Por favor, não faça isso agora, pois
teremos problemas mais tarde.
• Perguntei: — Onde é o ponto de ônibus?
• Maria - funcionária da prefeitura - aconselhou-me que fizesse assim.

Figuras de linguagem

As figuras de linguagem são recursos linguísticos a que os autores recorrem para tornar a linguagem
mais rica e expressiva. Esses recursos revelam a sensibilidade de quem os utiliza, traduzindo
particularidades estilísticas do emissor da linguagem. As figuras de linguagem exprimem também o
pensamento de modo original e criativo, exploram o sentido não literal das palavras, realçam
sonoridade de vocábulos e frases e até mesmo, organizam orações, afastando-a, de algum modo, de
uma estrutura gramatical padrão, a fim de dar destaque a algum de seus elementos. As figuras de
linguagem costumam ser classificadas em figuras de som, figuras de construção e figuras de
palavras ou semânticas.

Antes de apresentarmos quais são as figuras de linguagem mais comuns, estudaremos, de modo
sintetizado, os conceitos de denotação e conotação.

Denotação

Ocorre denotação quando a palavra é empregada em sua significação usual, literal, referindo-se a
uma realidade concreta ou imaginária.

Já é a quinta vez que perco as chaves do meu armário

Aquela sobremesa estava muito azeda, não gostei.

Conotação

Ocorre a conotação quando a palavra é empregada em sentido figurado, associativo, possibilitando


várias interpretações. Ou seja, o sentido conotativo tem a propriedade de atribuir às palavras
significados diferentes de seu sentido original.
A chave da questão é você ser feliz independente do momento

Margarida é uma mulher azeda, está sempre de péssimo humor.

Podemos perceber que as palavras chave e azeda ganham novos sentidos além dos quais
encontramos nos dicionários. O sentido das palavras está de acordo com a ideia que o emissor quis
transmitir. Sendo assim, a conotação é um recurso que consiste em atribuir novos significados ao
sentido denotativo da palavra.

Principais Figuras de Linguagem

Figuras de som ou sonoras


As figuras de som ou figuras sonoras são aquelas que se utilizam de efeitos da linguagem para
reproduzir os sons presentes nos seres. São as seguintes: aliteração, assonância, paronomásia e
onomatopeia.

Aliteração: consiste na repetição ordenada de mesmos sons consonantais.

“Boi bem bravo, bate baixo, bota baba, boi berrando...Dança doido, dá de duro, dá de dentro, dá dire
ito”. (Guimarães Rosa)

Assonância: consiste na repetição ordenada de mesmos sons vocálicos.

“O que o vago e incógnito desejo/de ser eu mesmo de meu ser me deu”. (Fernando Pessoa)

Paronomásia: consiste na aproximação de palavras de sons parecidos, mas de significados distintos.

“Conhecer as manhas e as manhãs/ O sabor das massas e das maçãs”. (Almir Sater e Renato
Teixeira)

Onomatopeia: consiste na criação de uma palavra para imitar sons e ruídos. É uma figura que procura
imitar os ruídos e não apenas sugeri-los.

Chega de blá-blá-blá-blá!

É importante destacar que a existência de uma figura de linguagem não exclui outras. Em um mesmo
texto podemos encontrar aliteração, assonância, paronomásia e onomatopeia.

Figuras de construção ou sintaxe


As figuras de construção ou figuras de sintaxe são desvios que são evidenciados na construção normal
do período. Essas figuras de linguagem ocorrem na concordância, na ordem e na construção dos
termos da oração. São as seguintes: elipse, zeugma, pleonasmo, assíndeto, polissíndeto, anacoluto,
hipérbato, hipálage, anáfora e silepse.

Elipse: consiste na omissão de um termo facilmente identificável pelo contexto.

Na sala, apenas quatro ou cinco convidados. (omissão de havia)

Zeugma: ocorre quando se omite um termo que já apareceu antes. Ou seja, consiste na elipse de um
termo que antes fora mencionado.
Nem ele entende a nós, nem nós a ele. (omissão do termo entendemos)

Pleonasmo: é uma redundância cuja finalidade é reforçar a mensagem.

“E rir meu riso e derramar meu pranto....” (Vinicius de Moraes)

Assíndeto: é a supressão de um conectivo entre elementos coordenados

“Todo coberto de medo, juro, minto, afirmo, assino.” (Cecília Meireles)

Acordei, levantei, comi, saí, trabalhei, voltei.

Polissíndeto: consiste na repetição de conectivos ligando termos da oração ou elementos do período.

“...e planta, e colhe, e mata, e vive, e morre...” (Clarice Lispector)

Anacoluto: consiste em deixar um termo solto na frase. Isso ocorre, geralmente, porque se inicia uma
determinada construção sintática e depois se opta por outra.

“Eu, que me chamava de amor e minha esperança de amor.”

“Aquela mina de ouro, ela não ia deixar que outras espertas botassem as mãos.” (Camilo Castelo
Branco)

Os termos destacados não se ligam sintaticamente à oração. Embora esclareçam a frase, não
cumprem nenhuma função sintática nos exemplos.

Hipérbato ou Inversão: consiste no deslocamento dos termos da oração ou das orações no período.
Ou seja, é a mudança da ordem natural dos termos na frase.

São como cristais suas lágrimas.

Batia acelerado meu coração.

Na ordem direta, as frases dos exemplos expostos seriam:

Suas lágrimas são como cristais.

Meu coração batia acelerado.

Hipálage: essa figura de linguagem ocorre quando se atribui a uma palavra uma característica que
pertence a outra da mesma frase:

Esse sapato não entra no meu pé! (= Eu não entro nesse sapato!)

Essa blusa não cabe em mim. (= Eu não caibo mais nessa blusa.)

Anáfora: é a repetição da mesma palavra ou expressão no início de várias orações, períodos ou


versos.

“Tudo é silêncio, tudo calma, tudo mudez.” (Olavo Bilac)

Silepse: ocorre quando a concordância se faz com a ideia subentendida, com o que está implícito e
não com os termos expressos. A silepse pode ser:
De gênero:

Vossa excelência é pouco conhecido. (concorda com a pessoa representada pelo pronome)

De número:

Corria gente de todos os lados, e gritavam. (gente dá ideia de plural, gritavam concorda com “gente”)

De pessoa

Os brasileiros somos bastante otimistas. (brasileiros dá ideia de nós (1º p. do plural) somos, 1º p. do
plural “concorda” com “somos”)

Figuras de palavras ou semânticas


As figuras de palavras ou semânticas são figuras de linguagem que consistem no emprego de uma
palavra num sentido não convencional, ou seja, num sentido conotativo. São as seguintes:
comparação, metáfora, catacrese, metonímia, antonomásia, sinestesia, antítese, eufemismo,
gradação, hipérbole, prosopopeia, paradoxo, perífrase, apóstrofe e ironia.

Comparação ou símile: ocorre comparação quando se estabelece aproximação entre dois elementos
que se identificam, ligados por nexos comparativos explícitos, como tal qual, assim como, que nem e
etc. A principal diferenciação entre a comparação e a metáfora é a presença dos nexos comparativos.

“E flutuou no ar como se fosse um príncipe.” (Chico Buarque)

Metáfora: consiste em empregar um termo com significado diferente do habitual, com base numa
relação de similaridade entre o sentido próprio e o sentido figurado. Na metáfora ocorre uma
comparação em que o conectivo comparativo fica subentendido.

“Meu pensamento é um rio subterrâneo”. (Fernando Pessoa)

Catacrese: ocorre quando, por falta de um termo específico para designar um conceito, toma-se outro
por empréstimo.

Ele comprou dois dentes de alho para colocar na comida.

O pé da mesa estava quebrado.

Não sente no braço do sofá.

Metonímia: assim como a metáfora, consiste numa transposição de significado, ou seja, uma palavra
que usualmente significa uma coisa passa a ser utilizada com outro sentido. Ou seja, é o emprego de
um nome por outro em virtude de haver entre eles algum relacionamento. A metonímia ocorre quando
se emprega:

A causa pelo efeito: vivo do meu trabalho (do produto do trabalho = alimento)

O efeito pela causa: aquele poeta bebeu a morte (= veneno)

O instrumento pelo usuário: os microfones corriam no pátio = repórteres).

Antonomásia: É a figura de linguagem que designa uma pessoa por uma característica, feito ou fato
que a tornou notória.

A cidade eterna (em vez de Roma)


Sinestesia: Trata-se de mesclar, numa expressão, sensações percebidas por diferentes órgãos
sensoriais.

Um doce abraço ele recebeu da irmã. (sensação gustativa e sensação tátil)

Antítese: é o emprego de palavras ou expressões de significados opostos.

Os jardins têm vida e morte.

Eufemismo: consiste em atenuar um pensamento desagradável ou chocante.

Ele sempre faltava com a verdade (= mentia)

Gradação ou clímax: é uma sequência de palavras que intensificam uma ideia.

Porque gado a gente marca,/ tange, ferra, engorda e mata,/ mas com gente é diferente.

Hipérbole: trata-se de exagerar uma ideia com finalidade enfática.

Estou morrendo de sede!

Não vejo você há séculos!

Prosopopeia ou personificação: consiste em atribuir a seres inanimados características próprias dos


seres humanos.

O jardim olhava as crianças sem dizer nada.

Paradoxo: consiste no uso de palavras de sentido oposto que parecem excluir-se mutuamente, mas,
no contexto se completam, reforçam uma ideia e/ou expressão.

Estou cego, mas agora consigo ver.

Perífrase: é uma expressão que designa um ser por meio de alguma de suas características ou
atributos.

O ouro negro foi o grande assunto do século. (= petróleo)

Apóstrofe: é a interpelação enfática de pessoas ou seres personificados.

Você também pode gostar