Captura de Ecrã 2022-09-16 À(s) 12.13.58
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DE
PORTUGUÊS
CONCURSO
2022
➢ Encontros consonantais.
➢ Dígrafos.
➢ Ortografia
➢ Estrutura das palavras – raiz, radical, palavras primitivas e derivadas, palavras simples e
➢ Classificação e flexão das palavras - substantivo, artigo, adjetivo, numeral, pronome, verbo,
➢ Sinais de Pontuação – emprego da vírgula, ponto-e-vírgula, dois pontos, ponto final, ponto de
asterisco
Uma das características principais do texto narrativo é a presença de um narrador. Uma narração tem
por objetivo contar o enredo que envolve tempo, espaço, personagem e ação.
Os elementos que compõem uma narração são:
-Narrador-personagem,observador,onisciente
-Enredo - o que é e como as coisas aconteceram. Os fatos também podem ser reais ou imaginários.
-Conflito gerador
-Desfecho
São classificados como textos narrativos: romances, contos, fábulas, depoimentos, relatos, crônicas,
novelas, piadas.
Texto descritivo
A característica principal do texto descritivo é descrever algo ou alguém detalhadamente, de forma
que o leitor consiga criar uma imagem mental do que é descrito. Para uma melhor compreensão e
estruturação do texto descritivo são utilizados adjetivos, verbos de ligações, metáforas e
comparações.
• Introdução – a parte na qual se faz a apresentação do que será descrito para que o leitor volte sua
atenção a esse ser ou objeto.
• Desenvolvimento – nessa parte ocorre a descrição propriamente dita do objeto ou ser que está
sendo descrito, nela os detalhes são apresentados.
• Conclusão – a conclusão acontece quando a caracterização do que está sendo descrito terminar.
O texto descritivo pode ser encontrado dentro de outros textos, em passagens nas quais se quer
caracterizar um objeto, um lugar ou uma pessoa. São exemplos textos descritivos: classificados,
folhetos turísticos, cardápios, anúncios e, ainda, descrição de personagens dentro de textos
narrativos.
Texto dissertativo
O texto dissertativo é classificado em dissertativo-argumentativo e dissertativo-expositivo. O texto
dissertativo-argumentativo apresenta um ponto de vista e tem como objetivo persuadir e convencer o
leitor a concordar com a ideia defendida.
Já um texto dissertativo-expositivo busca expor um ponto de vista sem a necessidade de convencer
o leitor. Um texto dissertativo possui uma ideia central a ser trabalhada, a fundamentação do tema e
o fechamento da ideia desenvolvida no decorrer do texto.
A estrutura básica do texto argumentativo é a seguinte:
• Introdução – parte onde se apresenta o assunto e a tese sobre ele que será defendida no texto.
• Desenvolvimento – no desenvolvimento se explora os argumentos que sustentam a tese. Os
argumentos devem ser embasados com exemplos e fatos a fim de comprová-los e validá-los.
• Conclusão – é o desfecho do assunto no qual se retoma à tese inicial. Pode ocorrer a apresentação
de soluções viáveis ou de propostas de intervenção.
Encontros vocálicos ditongo, tritongo, hiato
Encontros vocálicos são encontros de vogais ou semivogais, sem consoantes intermediárias.
Eles acontecem na mesma ou em outra sílaba e são classificados em: ditongo, tritongo e hiato.
Isso quer dizer que quando vogais ou semivogais (sons vocálicos ditos com menor força) aparecem
umas ao lado das outras numa palavra, acontece um encontro vocálico. Se uma consoante aparecer
entre as vogais ou semivogais, elas deixam de estar juntas e não ocorre o encontro vocálico.
Nos hiatos, ocorre apenas o encontro de vogais (nunca de semivogais), e quando fazemos a
separação das suas sílabas, cada vogal fica numa sílaba diferente. Exemplos: álcool (ál-co-ol),
navio (na-vi-o), saída (sa-í-da).
Nos ditongos, ocorre o encontro de uma vogal com uma semivogal, e quando fazemos a separação
das suas sílabas, as duas ficam na mesma sílaba. Exemplos: papai (pa-pai), oi (a palavra "oi" não
se separa), sabão (sa-bão).
Nos tritongos, ocorre o encontro semivogal, vogal e semivogal (sempre nessa ordem), e quando
fazemos a separação das suas sílabas, as três ficam na mesma sílaba. Exemplos: iguais (i-guais),
saguão (sa-guão), uruguaio (u-ru-guai-o).
Encontros consonantais
Por encontros consonantais entende-se que são palavras que contêm duas ou mais consoantes
juntas, sem intervenção de vogal. São exemplos de encontros consonantais as palavras: prato, fraco,
trio, psicose e ritmo. Por consoantes entende-se que são letras pertencentes à fonética da Língua
Portuguesa que necessitam de um esforço vocal para serem ditas.
Nas sílabas, as consoantes precisam estar acompanhadas de, pelo menos, uma vogal e quando
ocorre de duas consoantes aparecerem juntas, classifica-as de encontro consonantal.
Os encontros consonantais podem ocorrer em uma mesma sílaba ou em sílabas consecutivas, o que
determinará a sua classificação. No encontro consonantal, o som de cada letra é mantido, sendo
possível distinguir a pronúncia. Portanto, cada consoante da palavra representa um fonema diferente.
Perfeitos:Quando uma sílaba apresenta duas ou mais consoantes juntas são classificadas como
encontro consonantal perfeito. Geralmente esse encontro é feito por uma consoante seguida pela letra
“l” ou “r”. Atleta (a-tle-ta)
Imperfeitos:Quando uma palavra possui duas ou mais consoantes juntas, mas que ficam em sílabas
separadas na separação silábica. Advogado (Ad-vo-ga-do)
Dígrafo é o encontro de duas letras para representar um único som na fala, ou seja, as letras não
representam seus sons individuais, e sim um único som resultante do encontro entre elas. Como os
dígrafos “nh” e “lh”.Outros dígrafos, porém, representam sons equivalentes ao som de outras letras,
como os dígrafos “sc”, “sç” e “ss”, que têm o mesmo som que a letra “s” em algumas palavras, o
dígrafo “rr”, que tem o mesmo som que a letra “r” tem em início de palavra, e o dígrafo “ch”, que tem
A sílaba tônica é a sílaba emitida com mais intensidade, sendo que em cada palavra há apenas
uma sílaba tônica.
Nos exemplos acima, podemos notar que nem sempre a sílaba tônica é acentuada. Portanto, é
importante estar atento às regras de acentuação das palavras para não cometer o erro de colocar
acento onde não há.
De acordo com a posição da sílaba tônica, as palavras podem ser classificadas em: oxítonas,
paroxítonas e proparoxítonas.
Oxítonas: palavras cuja última sílaba é tônica. Exemplos: me-trô, su-flê, su-por.
Paroxítonas: palavras cuja penúltima sílaba é tônica. Exemplos: ca-rá-ter, ca-va-lei-ro, pa-pa-gai-o.
Proparoxítonas: palavras cuja antepenúltima sílaba é tônica. Exemplos: es-tá-di-o, sí-la-ba, sub-sí-
di-o.
Acentuação Gráfica
As regras de acentuação estão relacionadas com o posicionamento da sílaba tônica (a sílaba
pronunciada com maior intensidade). Há regras específicas para palavras oxítonas, paroxítonas e
proparoxítonas.
As oxítonas, palavras onde a última sílaba é tônica, devem ser acentuadas graficamente em
alguns casos específicos. Confira, a seguir, as regras de acentuação de oxítonas.
1. Sílaba tônica terminada em vogal tônica -a, -e e -o
Oxítonas com sílaba tônica terminada em vogal tônica -a, -e e -o, seguidas ou não de -s, são
acentuadas. Ex. café, sofá, cipó
Exemplos: amém-parabéns
O que define a acentuação de uma paroxítona, palavra onde a penúltima sílaba é tônica, é a sua
terminação. Veja abaixo as regras de acentuação de paroxítonas.
Exemplos: caráter-réptil-líquen-tórax-bíceps
Exemplos: órfã-órgãos-bênção
Exemplos:fórum-álbuns
Exemplos:Iândom-prótons-elétrons-nêutrons
Exemplos:vírus-Vênus
Exemplos:lápis-táxi
Exemplos: hóquei-jóquei-pônei-saudáveis-amásseis
Regras de acentuação de palavras proparoxítonas
Exemplos:
• líquido
• lâmpada
• ácaro
• pássaro
• trânsito
• tática
• exército
• médico
• bárbaro
• árvore
Em 2009, quando o Acordo Ortográfico de 1990 entrou em vigor no Brasil, a acentuação gráfica de
algumas palavras foi suprimida.
Confira abaixo casos que perderam o acento de acordo com a nova ortografia.
Exemplos:
Exemplos:
Exemplos:
Exemplos:
5. Paroxítonas homógrafas
O acento diferencial deixou de ser usado em paroxítonas homógrafas.
As homógrafas são palavras que têm a mesma grafia, mas apresentam significados diferentes.
Exemplos:
Antes do Acordo Ortográfico, a flexão do verbo “parar” era acentuada para que fosse diferenciada da
preposição “para”. Depois do Acordo, ambas são escritas sem acento.
Exemplos:
• Antes do Acordo Ortográfico: Ele sempre pára nessa loja para comprar chiclete.
• Depois do Acordo Ortográfico: Ele sempre para nessa loja para comprar chiclete.
Exemplos:
Exemplos:
Exemplos:
• Müller
• mülleriano
Crase
A crase, marcada pelo acento grave (`), é vista como a vilã. Mas a coitada é tão simplesmente a + a,
ou seja, a soma do artigo definido "a" com a preposição "a".
• Fui à escola.
• Fomos à praça.
• Vou à padaria.
• Fomos à praia.
• Saímos à noite.
• À medida que o tempo passa as amizades aumentam.
Exemplos de locuções: à medida que, à noite, à tarde, às pressas, às vezes, em frente a, à moda
de.
Por outro lado, quando acompanhadas de preposições (para, desde, após, perante, com), não se
utiliza a crase, por exemplo:
Palavras primitivas são aquelas que não se originam de nenhuma outra do próprio idioma, enquanto
As palavras são formadas por elementos, como o radical, os afixos (prefixos e sufixos)
"Palavras primitivas e derivadas
É possível classificar as palavras como primitivas ou derivadas. As palavras primitivas não são
formadas de outra palavra já existente na própria língua, ou seja, são primárias no idioma. Muitas
vezes, elas podem originar outras palavras no idioma. As palavras derivadas são aquelas que se
originam de outras da própria língua. Podem surgir de uma palavra primitiva ou mesmo de outra
palavra derivada.
A palavra “sol” é um exemplo de palavra primitiva, já que não se origina de nenhuma outra palavra da
língua portuguesa. É, na verdade, uma palavra primária. Com base nela, surge a palavra “solar”,
derivada, portanto, de “sol”."
Raiz e radical
A raiz é o elemento básico, originário e irredutível da palavra. Nesse elemento, há o núcleo do
significado da palavra, considerando o aspecto histórico. Muitas palavras da língua portuguesa
apresentam raiz oriunda do latim, a língua da qual se originou o português. Ex.: a raiz “noc”, que vem
do latim, nocere (“prejudicar”), aparece em palavras como “nocivo”.
O radical, por sua vez, também é o elemento básico da palavra, no qual há o núcleo do significado
dela. Porém esse não é um elemento irredutível, e é considerado um aspecto gramatical dentro da
língua portuguesa atual. Ex.: cafeicultor."
Afixos
Afixos são elementos que se ligam ao radical para modificar o significado dele. Podem ser subdivididos
em prefixos e sufixos.
Os sufixos aparecem depois do radical, também modificando seu significado. Ex.: felicidade."
Formação das palavras derivação, composição, redução, hibridismo.
Palavras primitivas:
São aquelas que não vieram de outras palavras e que fazem parte de tantas outras.
É o processo de criação de palavras em que a palavra primitiva ganha diversos tipos de afixos.
Derivação prefixal:
Derivação sufixal:
Derivação parassintética:
Composição:
Quando uma palavra é feita de mais de um radical e existem dois tipos de composição:
Substantivo
Os substantivos são palavras utilizadas para nomear seres, objetos, sentimentos, cores, entre outras
coisas. Costumam ser variáveis e são subdivididos em algumas categorias:
• Concreto: é aquele cuja existência independe do pensamento de outro ser. Pode ser real
ou imaginário, no entanto apresenta existência própria.
“O portão é azul.”
• Abstrato: é aquele cuja existência depende de outro ser concreto, sem o qual não é
possível produzir o substantivo abstrato.
• Composto: possui mais de um radical, formando uma única palavra a partir da junção de
mais de uma palavra.
• Primitivo: é o substantivo cujo nome não se origina de outro nome, ou seja, é sua própria
origem.
• Derivado: é o nome que tem origem (deriva) em outro substantivo, estando normalmente
relacionado a ele.
• Coletivo: são nomes dados para um grupo muito grande de seres ou de objetos de uma
mesma categoria.
Artigo
O artigo é a palavra que costuma anteceder o substantivo, sendo adjunto adnominal. Varia em gênero
e número de acordo com o substantivo a que se refere. Pode ser classificado em:
• Artigo indefinido: usado para indicar um ser ou coisa não específico e não mencionado
anteriormente.
Adjetivo
O adjetivo é usado para caracterizar o substantivo, atribuindo qualidades a ele. É uma palavra
variável que concorda em gênero e número com o substantivo a que se refere. Pode ainda variar em
grau.
“Eu sou uma mulher de fibra.” (ou seja, uma mulher forte)
Numeral
O numeral é a classe de palavras utilizada para quantificar algo, definindo valor numérico.
• Multiplicativo: exprime a multiplicidade dos seres ou coisas. Os mais comuns são “dobro”,
“duplo” e “triplo”.
• Fracionário: indica a fração de seres ou coisas. Os mais comuns são “meio”, “metade” e
“terço”.
Pronome
• Pessoal: refere-se às pessoas do discurso, podendo ser do caso reto, do caso oblíquo
tônico ou átono, ou de tratamento.
“Lia coisas incríveis para aquele lugar e aquele tempo.” (Augusto dos Anjos)
• Indefinido: aplica-se especificamente à 3ª pessoa quando há efeito vago ou indeterminado.
Advérbio
“Talvez eu volte.”
Preposição
Palavra invariável, a preposição serve para relacionar dois termos em um enunciado, gerando sentido
entre eles. São elas:
a – ante – após – até – com – contra – de – desde – em – entre – para – per – perante – por – sem –
sob – sobre – trás
Conjunção
Conjunções são palavras invariáveis que reúnem dois ou mais elementos ou orações no mesmo
enunciado, estabelecendo sentido. Quando os elementos conectados criam relação de dependência,
ou seja, precisam estar juntos para o discurso fazer sentido, dizemos que há subordinação entre eles.
Nesse caso, as conjunções que ligam esses elementos são chamadas de conjunções
subordinativas e podem ser classificadas como:
• Concessiva: inicia uma oração subordinada dando sentido de oposição à ação principal
(sendo, porém, incapaz de impedi-la).
• Condicional: inicia uma oração subordinada que é condição ou hipótese para a realização
da ação da oração principal.
• Integrante: inicia uma oração que tem função de sujeito, objeto direto, objeto indireto,
predicativo, complemento nominal ou aposto da oração principal.
“Eu pensei que nós iríamos sair logo.”
Interjeição
Interjeições são expressões autônomas que, por si só, tendem a ser consideradas enunciados
completos, muitas vezes exclamativos. Traduzem estados emocionais ou desejos, podendo ser
apenas sons vocálicos espontâneos, palavras isoladas ou locuções interjetivas:
“Psiu! Silêncio!”
“Ai de mim!”
Verbo
O verbo expressa uma ação, um estado, um desejo, um acontecimento ou um fenômeno natural. Ele
é dividido em modo e tempo, isto é, os modos verbais (indicativo, subjuntivo e imperativo) e os tempos
verbais (passado, presente ou futuro em relação ao momento da fala).
• Indicativo: verbos no modo indicativo correspondem a ações tidas como reais ou certas de
se acontecer ou de terem acontecido. Podem ser conjugados no presente, no passado
(pretérito perfeito, pretérito imperfeito e pretérito mais-que-perfeito) e no futuro (futuro do
presente e futuro do pretérito).
• Subjuntivo: verbos no modo subjuntivo são aqueles cuja ação verbal não é tida como certa,
isto é, não temos certeza se a ação ocorreu ou ocorrerá. Podem ser conjugados no
presente, no passado (pretérito imperfeito) e no futuro.
• Imperativo: verbos no modo imperativo são usados para expressar ordem ou conselho,
tanto no afirmativo como no negativo.
Os verbos são classificados de acordo com a conjugação, podendo ser regulares, irregulares,
anômalos, defectivos ou abundantes.
• Regular: apresenta conjugação que segue o mesmo padrão que a maioria dos outros
verbos.
Eu estudo
Tu estudas
Ele estuda
Nós estudamos
Vós estudais
Eles estudam
• Irregular: apresenta conjugação irregular, ou seja, que não segue o padrão mais frequente
dos outros verbos.
Eu venho
Tu vens
Ele vem
Nós vimos
Vós vindes
Eles vêm
Eu vou
Tu vais
Ele vai
Nós vamos
Vós ides
Eles vão
• Defectivo: não pode ser conjugado em todas as formas existentes para a maioria dos
outros verbos; portanto, não é regular e nem irregular. O verbo falir, por exemplo, só
apresenta conjugação nas pessoas a seguir:
Nós falimos
Vós falis
Conjugação do verbo
Conjugação verbal é a flexão de um verbo em todos os seus modos, tempos, pessoas, números e
vozes. Aparece estruturada numa ordem convencionada. Existem três conjugações principais:
a 1.ª conjugação para verbos terminados em -ar,
Tempos verbais
Os tempos verbais indicam o momento em que ocorre a ação transmitida pelo verbo. Indicam,
principalmente, três momentos: o passado, o presente e o futuro. Os tempos verbais podem ser
simples ou compostos.
Os tempos verbais (presente, pretérito e futuro) indicam quando ocorre a ação, estado ou fenômeno
expressado pelo verbo, em suma:
Presente - não só indica o momento atual, mas ações regulares ou situações permanentes.
Exemplos:
• Tomo medicamentos.
• Estou aqui!
• Lá, neva muito.
Os tempos verbais (presente, pretérito e futuro) se unem aos modos verbais (indicativo, subjuntivo e
imperativo) para indicar a forma como ocorrem as ações, estados ou fenômenos expressados pelo
verbo.
O modo subjuntivo expressa desejos e possibilidades. Exemplo: Tomara que o aluno entenda.
Conjugação do verbo ler no presente do indicativo: (eu) leio, (tu) lês, (ele) lê, (nós) lemos, (vós)
ledes, (eles) leem.
Pretérito
O pretérito indica passado e, no modo indicativo, ele é usado para situações acabadas, para
situações inacabadas ou para situações anteriores a outras já passadas.
Assim, existem três tipos de pretérito: pretérito perfeito, pretérito imperfeito e pretérito mais-que-
perfeito.
1. Pretérito perfeito - o pretérito perfeito do indicativo exprime uma ação concluída. Exemplo:
Porém, ontem não li o jornal.
Conjugação do verbo ler no pretérito perfeito: (eu) li, (tu) leste, (ele) leu, (nós) lemos, (vós) lestes,
(eles) leram.
2. Pretérito imperfeito - o pretérito imperfeito do indicativo exprime uma ação anterior ao presente,
mas ainda não concluída. Exemplo: Antes não lia nenhum tipo de publicação.
Conjugação do verbo ler no pretérito imperfeito do indicativo: (eu) lia, (tu) lias, (ele) lia, (nós) líamos,
(vós) líeis, (eles) liam.
Esse tempo está em desuso, porém embora não seja empregado, é importante conhecê-lo. É mais
comum combinar dois ou mais verbos que transmitam o mesmo sentido. Exemplo: Quando saí para
trabalhar, já tinha lido o jornal de hoje.
Conjugação do verbo ler no pretérito mais-que-perfeito: (eu) lera, (tu) leras, (ele) lera, (nós) lêramos,
(vós) lêreis, (eles) leram.
Futuro
O futuro indica algo que se realizará e, no modo indicativo, ele e é usado para situações que se
realizarão depois do momento em que falamos ou para situações que se realizariam, se não fossem
interrompidas por uma situação passada.
1. Futuro do presente - o futuro do presente exprime uma ação que irá se realizar. Exemplo:
Amanhã lerei o jornal na hora do almoço.
Conjugação do verbo ler no futuro do presente: (eu) lerei, (tu) lerás, (ele) lerá, (nós) leremos, (vós)
lereis, (eles) lerão.
2. Futuro do pretérito - o futuro do pretérito exprime uma ação futura em relação a outra já
concluída. Exemplo: Leria mais se houvera (ou se tivesse havido) tempo.
Conjugação do verbo ler no futuro do pretérito: (eu) leria, (tu) lerias, (ele) leria, (nós) leríamos, (vós)
leríeis, (eles) leriam.
Presente
O presente do subjuntivo exprime uma ação na atualidade que é incerta ou duvidosa. Exemplo:
Que eles leiam!
Conjugação do verbo ler no futuro do subjuntivo: (que eu) leia, (que tu) leias, (que ele) leia, (que nós)
leiamos, (que vós) leiais, (que eles) leiam.
Pretérito
O pretérito imperfeito do subjuntivo exprime um verbo no passado dependente de uma ação
também já passada. Exemplo: Se eles lessem estariam informados.
Conjugação do verbo ler no pretérito imperfeito do subjuntivo: (se eu) lesse, (se tu) lesses, (se ele)
lesse, (se nós) lêssemos, (se vós) lêsseis, (se eles) lessem.
Futuro
O futuro do subjuntivo exprime uma ação que irá se realizar dependendo de outra ação futura.
Exemplo:
Quando eles lerem ficarão informados.
Conjugação do verbo ler no futuro do subjuntivo: (quando eu) ler, (quando tu) leres, (quando ele) ler,
(quando nós) lermos, (quando vós) lerdes, (quando eles) lerem.
Conjugação do verbo ler no imperativo afirmativo: lê (tu), leia (você), leiamos (nós), lede (vós), leiam
(vocês).
Conjugação do verbo ler no imperativo negativo: não leias (tu), não leia (você), não leiamos (nós),
não leiais (vós), não leiam (vocês).
O verbo ler é um verbo irregular que pertence à 2.ª conjugação. Vejamos sua conjugação em todos
os modos e tempos estudados acima:
• Presente do indicativo: (eu) leio, (tu) lês, (ele) lê, (nós) lemos, (vós) ledes, (eles) leem.
• Pretérito perfeito: (eu) li, (tu) leste, (ele) leu, (nós) lemos, (vós) lestes, (eles) leram.
• Pretérito imperfeito do indicativo: (eu) lia, (tu) lias, (ele) lia, (nós) líamos, (vós) líeis, (eles)
liam.
• Pretérito mais-que-perfeito: (eu) lera, (tu) leras, (ele) lera, (nós) lêramos, (vós) lêreis, (eles)
leram.
• Futuro do presente: (eu) lerei, (tu) lerás, (ele) lerá, (nós) leremos, (vós) lereis, (eles) lerão.
• Futuro do pretérito: (eu) leria, (tu) lerias, (ele) leria, (nós) leríamos, (vós) leríeis, (eles)
leriam.
• Presente do subjuntivo: (que eu) leia, (que tu) leias, (que ele) leia, (que nós) leiamos, (que
vós) leiais, (que eles) leiam.
• Pretérito imperfeito do subjuntivo: (se eu) lesse, (se tu) lesses, (se ele) lesse, (se nós)
lêssemos, (se vós) lêsseis, (se eles) lessem.
• Futuro do subjuntivo: (quando eu) ler, (quando tu) leres, (quando ele) ler, (quando nós)
lermos, (quando vós) lerdes, (quando eles) lerem.
• Imperativo afirmativo: lê (tu), leia (você), leiamos (nós), lede (vós), leiam (vocês).
• Imperativo negativo: não leias (tu), não leia (você), não leiamos (nós), não leiais (vós), não
leiam (vocês).
Observe que nos imperativos afirmativo e negativo a 1.ª pessoa do singular (eu) não é conjugada,
uma vez que não damos ordens a nós próprios.
Os tempos simples e os tempos compostos são a forma como os verbos exprimem ação, estado,
mudança de estado ou fenômeno da natureza.
Se são expressos por apenas um verbo são tempos simples, mas se são expressos por uma
combinação de verbos são tempos compostos.
Exemplos:
O que é frase?
Frase é todo o enunciado linguístico que tem sentido completo e termina com uma pausa pontuada.
Não é necessário haver verbo para a formação de uma frase quando o que foi enunciado tem
sentido completo.
Exemplos de frases:
• Silêncio!
• E agora, José?
• Choveu.
• Não sei o que dizer ...
As frases são marcadas por entonação que, na escrita, ocorrem com o recurso dos sinais de
pontuação. Sem a pontuação, as palavras são apenas vocábulos soltos.
Tipos de frases
O que é oração?
A oração é o enunciado que se organiza em torno de um verbo ou de uma locução verbal. Elas
podem ou não ter sentido completo.
Exemplos de oração:
• Acabamos, finalmente!
• Levaram tudo.
• É provável.
• Estamos indo ...
Tipos de oração
Dependendo da relação sintática estabelecida, as orações são classificadas de duas maneiras:
1. Orações coordenadas: são orações independentes onde não existe relação sintática entre
elas e, por isso, possuem um sentido completo. Exemplo: Fomos para o Congresso e
apresentamos o artigo. (Oração 1: Fomos ao Congresso; Oração 2: apresentamos o artigo.).
2. Orações subordinadas: são orações dependentes onde uma está subordinada à outra e, por
isso, sozinhas não possuem um sentido completo. Exemplo: É possível que Juliana não faça
a prova. (Oração 1: É possível; Oração 2: que Juliana não faça a prova.).
O sujeito é o elemento da oração sobre o qual se declara algo, enquanto predicado é a declaração
feita sobre o sujeito.
Há outros termos que completam o sentido de outros (termos integrantes da oração) e termos
presentes na oração que poderiam ser retirados da mesma sem que o seu sentido fosse afetado
(termos acessórios da oração).
O que é período?
Período é frase organizada em uma ou mais orações. O período pode ser simples ou composto.
Tipos de período
1. Período Simples
O período simples é formado por somente uma oração agrupada em torno de um único verbo ou de
uma única locução verbal. Quando isso ocorre, o período é denominado oração absoluta.
2. Período Composto
O período composto é formado por mais de uma oração. Nesse caso, a quantidade de orações é
sujeita ao número de verbos ou de locuções verbais.
Os termos integrantes da oração são o complemento nominal, o complemento verbal (objeto direto
e objeto indireto) e o agente da passiva.
Complemento nominal
O complemento nominal é o termo da oração que é ligado ao sujeito, predicativo, objeto direto, o
objeto indireto, o agente da passiva, o adjunto adverbial, o aposto ou ao vocativo.
Exemplo 1:
Exemplo 2:
Exemplo 3:
Quando houver um período composto, a função do complemento nominal pode agir na oração com
valor de substantivo. Nos casos em que isso ocorre, a denominação é de oração substantiva
completiva nominal.
Exemplo 5:
Complemento verbal
Objeto direto
O objeto direto é o complemento de um verbo transitivo direto sem preposição obrigatória. Ele indica
o ser para a qual se dirige a ação verbal. Pode ser apresentado por substantivo, pronome, numeral,
palavra ou expressão substantivada ou oração substantiva.
Exemplo:
Exemplo:
Objeto indireto
O objeto indireto completa a significação de um verbo e vem sempre acompanhado de preposição.
Pode ser representado por substantivo ou palavra substantivada, pronome, numeral, expressão
substantivada ou oração substantiva.
Exemplo:
Exemplo:
A proposta interessava-lhe.
Verbo transitivo indireto: interessava.
Objeto indireto: lhe.
Agente da passiva
O agente da passiva é o complemento preposicionado que representa o ser que pratica a ação
expressa por um verbo na voz passiva.
Exemplo:
Adjunto adnominal é o termo acessório da oração que tem a função de caracterizar ou determinar
um substantivo. Isso pode ser feito através de artigos, adjetivos e outros elementos que
desempenhem a função adjetiva.
Exemplo:
As melhores receitas foram deixadas pelos nossos avós.
Os (artigo) da contração por + os é adjunto adnominal de avós. O mesmo acontece com nossos
(pronome adjetivo): os e nossos referem-se aos avós.
Como vemos, um único substantivo pode ser caracterizado ou determinado por vários adjuntos
adnominais. Neste caso: as, melhores, os e nossos são todos adjuntos adnominais.
Exemplo:
Os elogios da diretora aos estudantes.
Isso porque a diretora fez os elogios (sentido ativo), enquanto os alunos os receberam (sentido
passivo).
Neste caso, substitua o substantivo (núcleo do termo) por um pronome substantivo. Se o elemento
que caracteriza esse substantivo for retirado, esse elemento é adjunto adnominal.
Exemplo:
O recente método de avaliação beneficia os alunos irresponsáveis.
Ele os beneficia.
Sujeito: Ele
Predicado: os beneficia
Adjuntos adnominais: o, recente, de avaliação, os, irresponsáveis
Adjunto adverbial é o termo que tem a função de advérbio nas orações. Ele indica circunstâncias,
como tempo, modo e finalidade.
A classificação dos adjuntos adverbiais depende das circunstâncias que eles indicam.
Há adjuntos adverbiais de: tempo, modo, finalidade, intensidade, causa, companhia, lugar,
circunstância, assunto, concessão, conformidade, instrumento, negação, afirmação, dúvida, matéria,
meio, argumento.
Os adjuntos adverbiais de tempo fornecem à oração uma ideia temporal, tal como: hoje, amanhã,
ontem, cedo, tarde, ainda, agora, no inverno.
Os adjuntos adverbiais de modo fornecem à oração a ideia de modo, maneira, tal como: bem, mal,
melhor, pior, assim, diferente, igual, felizmente, e quase todos os adjuntos terminados em "mente".
Os adjuntos adverbiais de finalidade fornecem à oração a ideia de finalidade, tal como: a fim de,
para, por.
Os adjuntos adverbiais de intensidade fornecem à oração a ideia de intensidade, força, tal como:
muito, pouco, mais, menos, bastante, extremamente, intensamente.
Os adjuntos adverbiais de lugar fornecem à oração a ideia de lugar, espaço, tal como: aqui, ali, lá,
acolá, acima, abaixo, embaixo, dentro, fora, longe, perto, em cima, em casa.
• Ficamos em casa.
• É aqui perto.
• Vou ali e volto.
Os adjuntos adverbiais de assunto indicam assunto, tema, tal como: sobre, de, a respeito de.
Os adjuntos adverbiais de instrumento dão a indicação de instrumento, tal como: a lápis, com a faca,
de colher.
Os adjuntos adverbiais de negação expressam a ideia de recusa, tal como: não, nunca, jamais, de
jeito nenhum.
Os adjuntos adverbiais de afirmação expressam a ideia de afirmação, confirmação, tal como: sim,
certamente, realmente, com certeza.
Os adjuntos adverbiais de dúvida expressam a ideia de suspeita, receio, tal como: talvez, acaso,
provavelmente, quem sabe.
Os adjuntos adverbiais de meio indicam o meio utilizado, tal como: de carro, a pé, pelo correio.
• Viajamos de carro.
• Vamos a pé?
• A encomenda será enviada pelo correio.
Os adjuntos adverbiais de argumento expressam a ideia de razão, tal como: chega de, basta de.
• Chega de brigas.
• Chega de fofocas!
• Basta de gritos.
A diferença entre advérbio e adjunto adverbial é que o advérbio é uma classe de palavras e, sendo
assim, ele é estudado de forma isolada na oração.
. Aposto, vocativo
O aposto é o nome que se dá ao termo que exemplifica ou específica melhor outro de valor
substantivo ou pronominal, já mencionado anteriormente na oração.
Geralmente, a pausa entre um termo e outro vem separado dos demais termos da oração por
vírgula, dois pontos, parênteses ou travessão.
Exemplos:
Tipos de aposto
2. Distributivo
Retoma as explicações sobre os termos, contudo, de maneira separada na oração:
3. Enumerativo
Enumera as explicações sobre o termo, sendo separado por vírgulas:
4. Comparativo
Compara o termo da oração:
5. Resumidor ou recapitulativo
Resume os termos anteriores do enunciado:
Saúde, educação e acesso à cultura, tudo isso são prioridades para a melhoria de um país.
Paz e sossego, esses são os meus desejos para as férias.
6. Especificativo
Especifica um termo da oração:
7. Aposto de oração
Consiste numa oração que depende da outra em termos sintáticos:
Aposto e Vocativo
Muito comum haver confusão entre o aposto e o vocativo. Porém, enquanto o aposto explica um
termo anterior dito no enunciado, o vocativo, é um chamamento, uma invocação ou pode
caracterizar uma pessoa que chama pela outra no enunciado.
Além disso, o vocativo corresponde a um termo que não possui relação sintática com outro termo da
oração de forma que não faz parte nem do sujeito e nem do predicado. Enquanto isso, o aposto
mantém relação sintática com outros termos da oração.
Exemplos:
Moisés, venha jantar! (Vocativo)
Moisés, o profeta religioso, é considerado o grande libertador dos judeus. (Aposto)
Orações reduzidas são aquelas que não são introduzidas por conjunções e que possuem verbos
nas suas formas nominais: infinitivo, gerúndio e particípio.
São, assim, diferentes das orações desenvolvidas, que são introduzidas por um pronome ou
conjunção e que são formadas por um verbo no indicativo ou no subjuntivo.
As orações reduzidas de infinitivo podem ser ou não iniciadas por uma preposição.
No particípio regular, os verbos da 1.ª conjugação terminam em -ado e os verbos da 2.ª e da 3.ª
conjugação terminam em -ido. Caso os verbos possuam particípio irregular, estes terminam
habitualmente em -to ou -do.
Concordância verbal e nominal é relação que garante que as palavras concordem umas com as
outras.
Neste exemplo, quando concordamos o sujeito (nós) com o verbo (estudaremos) estamos fazendo a
concordância verbal.
Por sua vez, quando concordamos os substantivos (regras e exemplos) com o adjetivo
(complicados) estamos fazendo concordância nominal.
Para garantir a concordância verbal, precisamos respeitar as relações de número e pessoa entre
verbo e sujeito. Vejamos algumas regras.
Quando o sujeito é composto e vem antes do verbo, esse verbo deve estar sempre no plural.
Exemplos:
Quando o sujeito composto vem depois do verbo, o verbo tanto pode ficar no plural como pode
concordar com o sujeito mais próximo. Exemplos:
Quando o sujeito é composto, mas as pessoas gramaticais são diferentes, o verbo deve ficar no
plural. No entanto, ele concordará com a pessoa que, a nível gramatical, tem prioridade.
Isso quer dizer que 1.ª pessoa (eu, nós) tem prioridade em relação à 2.ª (tu, vós) e a 2.ª tem
prioridade em relação à 3.ª (ele, eles). Exemplos:
Para garantir a concordância nominal, precisamos respeitar as relações de gênero e número entre
substantivos, adjetivos, artigos, numerais e pronomes. Vejamos algumas regras.
Se o adjetivo vem ANTES dos substantivos, o adjetivo deve concordar com o substantivo mais
próximo. Exemplos:
Se o adjetivo vem DEPOIS dos substantivos, o adjetivo deve concordar com o substantivo mais
próximo ou com todos os substantivos. Exemplos:
A regência verbal e a regência nominal ocorrem entre os diferentes termos de uma oração. Ocorre
regência quando há um termo regente que apresenta um sentido incompleto sem o termo regido, ou
seja, sem o seu complemento.
O que é regência verbal?
A regência verbal indica a relação que um verbo (termo regente) estabelece com o seu
complemento (termo regido) através do uso ou não de uma preposição. Na regência verbal os
termos regidos são o objeto direto (sem preposição) e o objeto indireto (preposicionado).
O que é regência nominal?
A regência nominal indica a relação que um nome (termo regente) estabelece com o seu
complemento (termo regido) através do uso de uma preposiçãoExemplos de regência verbal
preposicionada
• assistir a;
• obedecer a;
• avisar a;
• agradar a;
• morar em;
• apoiar-se em;
• transformar em;
• morrer de;
• constar de;
• sonhar com;
• indignar-se com;
• ensaiar para;
• apaixonar-se por;
• cair sobre.
• favorável a;
• apto a;
• livre de;
• sedento de;
• intolerante com;
• compatível com;
• interesse em;
• perito em;
• mau para;
• pronto para;
• respeito por;
• responsável por.
O objeto direto responde, principalmente, às perguntas o quê? e quem?, indicando o elemento que
sofre a ação verbal.
Regência verbal com preposição
Os verbos transitivos indiretos apresentam um objeto indireto como termo regido, sendo obrigatória
a presença de uma preposição para estabelecer a regência verbal.
Exemplos de regência verbal com preposição:
O objeto indireto responde, principalmente, às perguntas de quê? para quê? de quem? para quem?
em quem?, indicando o elemento ao qual se destina a ação verbal.
Preposições usadas na regência verbal
As preposições usadas na regência verbal podem aparecer na sua forma simples, bem como
contraídas ou combinadas com artigos e pronomes.
Preposições simples: a, de, com, em, para, por, sobre, desde, até, sem,...
Contração e combinação de preposições: à, ao, do, das, destes, no, numa, nisto, pela, pelo,...
As preposições mais utilizadas na regência verbal são: a, de, com, em, para e por.
Sinais de Pontuação
Sinais de Pontuação são sinais gráficos que contribuem para a coerência e a coesão de textos, bem
como têm a função de desempenhar questões de ordem estilística.
São eles: o ponto (.), a vírgula (,), o ponto e vírgula (;), os dois pontos (:), o ponto de exclamação (!),
o ponto de interrogação (?), as reticências (...), as aspas (“”), os parênteses ( ( ) ) e o travessão (—).
Ponto (.)
O ponto, ou ponto final, é utilizado para terminar a ideia ou discurso e indicar o final de um período.
O ponto é, ainda, utilizado nas abreviações.
• Acordei e logo pensei nela e na discussão que tivemos. Depois, saí para trabalhar e resolvi
ligar e pedir perdão.
• O filme recebeu várias indicações para o Oscar.
• Esse acontecimento remonta ao ano 300 a.C., segundo afirmam os nossos historiadores.
• Sr. João, lamentamos informar que o seu voo foi cancelado.
Vírgula (,)
O uso da vírgula não é tão simples como parece, mas não tão complicado ao ponto de não ser
aprendido após conhecermos suas regras e truques.
Diariamente surgem dúvidas acerca desse sinal gráfico cuja omissão ou uso incorreto pode alterar
completamente o sentido do discurso.
Exemplos:
Em suma, a vírgula tem a função de separar elementos dentro de uma mesma frase ou oração.
Exemplo:
Objetivos, conteúdo, método e recursos didáticos compõem um plano.
Truque: Se você estiver listando várias coisas, vai precisar usar vírgula!
2. Depois do vocativo
A vírgula é usada para separar a invocação de alguém.
Exemplo:
Ana, atenda a campainha!
3. Entre o aposto
Frequentemente o aposto aparece entre vírgulas.
Exemplo:
João, professor do Ensino Médio, está de licença.
Exemplo:
Sim, estamos satisfeitos com os resultados.
Exemplos:
Vi, porém, as opções que eu tinha.
Ele não vai, de forma alguma, obedecer.
A atriz, disse o público, atuou com brilhantismo.
Truque: Coloque entre vírgulas aquilo que estiver "quebrando" uma frase que por si só já tem
sentido.
Exemplo:
Embora estivesse mau tempo, foram à praia.
Truque: Quando uma oração com função de advérbio estiver antes da oração principal, use vírgula.
Se aparecer depois, a vírgula é dispensada.
Exemplo:
Gregório de Matos, que é a principal expressão do barroco no Brasil, era conhecido como “boca de
inferno”.
Truque: Nem sempre que usamos "que", significa que usamos vírgula, mas quando a informação
introduzida é acessória, coloque vírgula.
Existem casos em que a informação depois do "que" é essencial para entendermos a mensagem.
Veja mais abaixo quando não usar a vírgula nesses casos.
8. Na omissão de verbos
A vírgula é usada para assinalar a omissão de palavras, sendo maioritariamente utilizada na
omissão do verbo.
Exemplo:
Vamos de carro; eles, de ônibus.
Truque: A vírgula é usada em alguns casos para substituir uma palavra que já tenha sido usada na
frase. Mas atenção, é uma forma pouco usual de escrever e pode levar ao erro. O melhor truque é
não tentar escrever dessa forma.
Exemplo:
Brasil, 24 de julho de 2015.
Exemplos:
Exemplo:
Os relatórios que ele preparou estão sob a mesa.
Truque: "Que ele preparou": Esta informação é essencial para sabermos que relatórios são! Não
coloque vírgula.
Quando o assunto é vírgula, as dúvidas mais frequentes quanto ao seu uso são:
1. Antes do “e”
Geralmente a vírgula não é empregada antes da conjunção e, bem como das conjunções nem e ou,
exceto nas seguintes situações: quando há repetição da conjunção com objetivo enfático, quando os
sujeitos das orações são diferentes e quando a conjunção e transmite um valor de diferença e não
de adição.
Exemplos:
O ponto e vírgula serve para separar várias orações dentro de uma mesma frase e para separar
uma relação de elementos.
É um sinal que muitas vezes gera confusão nos leitores, já que ora representa uma pausa mais
longa que a vírgula e ora mais breve que o ponto.
• Os empregados, que ganham pouco, reclamam; os patrões, que não lucram, reclamam
igualmente.
• Joaquim celebrou seu aniversário na praia; não gosta do frio e nem das montanhas.
• Os conteúdos da prova são: Geografia; História; Português.
Esse sinal gráfico é utilizado antes de uma explicação, para introduzir uma fala ou para iniciar uma
enumeração.
O ponto de exclamação é utilizado para exclamar. Assim, é colocado em frases que denotam
sentimentos como surpresa, desejo, susto, ordem, entusiasmo, espanto.
• Que horror!
• Ganhei!
• Quieto!
O ponto de interrogação é utilizado para interrogar, perguntar. Utiliza-se no final das frases diretas
ou indiretas-livre.
Reticências (...)
As reticências servem para suprimir palavras, textos ou até mesmo indicar que o sentido vai muito
mais além do que está expresso na frase.
É utilizado para enfatizar palavras ou expressões, bem como é usada para delimitar citações de
obras.
Parênteses ( ( ) )
Travessão (—)
O Travessão é utilizado no início de frases diretas para indicar os diálogos do texto bem como para
substituir os parênteses ou dupla vírgula.
Exemplos:
• Muito descontrolada, Paula gritou com o marido: — Por favor, não faça isso agora, pois
teremos problemas mais tarde.
• Perguntei: — Onde é o ponto de ônibus?
• Maria - funcionária da prefeitura - aconselhou-me que fizesse assim.
Figuras de linguagem
As figuras de linguagem são recursos linguísticos a que os autores recorrem para tornar a linguagem
mais rica e expressiva. Esses recursos revelam a sensibilidade de quem os utiliza, traduzindo
particularidades estilísticas do emissor da linguagem. As figuras de linguagem exprimem também o
pensamento de modo original e criativo, exploram o sentido não literal das palavras, realçam
sonoridade de vocábulos e frases e até mesmo, organizam orações, afastando-a, de algum modo, de
uma estrutura gramatical padrão, a fim de dar destaque a algum de seus elementos. As figuras de
linguagem costumam ser classificadas em figuras de som, figuras de construção e figuras de
palavras ou semânticas.
Antes de apresentarmos quais são as figuras de linguagem mais comuns, estudaremos, de modo
sintetizado, os conceitos de denotação e conotação.
Denotação
Ocorre denotação quando a palavra é empregada em sua significação usual, literal, referindo-se a
uma realidade concreta ou imaginária.
Conotação
Podemos perceber que as palavras chave e azeda ganham novos sentidos além dos quais
encontramos nos dicionários. O sentido das palavras está de acordo com a ideia que o emissor quis
transmitir. Sendo assim, a conotação é um recurso que consiste em atribuir novos significados ao
sentido denotativo da palavra.
“Boi bem bravo, bate baixo, bota baba, boi berrando...Dança doido, dá de duro, dá de dentro, dá dire
ito”. (Guimarães Rosa)
“O que o vago e incógnito desejo/de ser eu mesmo de meu ser me deu”. (Fernando Pessoa)
“Conhecer as manhas e as manhãs/ O sabor das massas e das maçãs”. (Almir Sater e Renato
Teixeira)
Onomatopeia: consiste na criação de uma palavra para imitar sons e ruídos. É uma figura que procura
imitar os ruídos e não apenas sugeri-los.
Chega de blá-blá-blá-blá!
É importante destacar que a existência de uma figura de linguagem não exclui outras. Em um mesmo
texto podemos encontrar aliteração, assonância, paronomásia e onomatopeia.
Zeugma: ocorre quando se omite um termo que já apareceu antes. Ou seja, consiste na elipse de um
termo que antes fora mencionado.
Nem ele entende a nós, nem nós a ele. (omissão do termo entendemos)
Anacoluto: consiste em deixar um termo solto na frase. Isso ocorre, geralmente, porque se inicia uma
determinada construção sintática e depois se opta por outra.
“Aquela mina de ouro, ela não ia deixar que outras espertas botassem as mãos.” (Camilo Castelo
Branco)
Os termos destacados não se ligam sintaticamente à oração. Embora esclareçam a frase, não
cumprem nenhuma função sintática nos exemplos.
Hipérbato ou Inversão: consiste no deslocamento dos termos da oração ou das orações no período.
Ou seja, é a mudança da ordem natural dos termos na frase.
Hipálage: essa figura de linguagem ocorre quando se atribui a uma palavra uma característica que
pertence a outra da mesma frase:
Esse sapato não entra no meu pé! (= Eu não entro nesse sapato!)
Essa blusa não cabe em mim. (= Eu não caibo mais nessa blusa.)
Silepse: ocorre quando a concordância se faz com a ideia subentendida, com o que está implícito e
não com os termos expressos. A silepse pode ser:
De gênero:
Vossa excelência é pouco conhecido. (concorda com a pessoa representada pelo pronome)
De número:
Corria gente de todos os lados, e gritavam. (gente dá ideia de plural, gritavam concorda com “gente”)
De pessoa
Os brasileiros somos bastante otimistas. (brasileiros dá ideia de nós (1º p. do plural) somos, 1º p. do
plural “concorda” com “somos”)
Comparação ou símile: ocorre comparação quando se estabelece aproximação entre dois elementos
que se identificam, ligados por nexos comparativos explícitos, como tal qual, assim como, que nem e
etc. A principal diferenciação entre a comparação e a metáfora é a presença dos nexos comparativos.
Metáfora: consiste em empregar um termo com significado diferente do habitual, com base numa
relação de similaridade entre o sentido próprio e o sentido figurado. Na metáfora ocorre uma
comparação em que o conectivo comparativo fica subentendido.
Catacrese: ocorre quando, por falta de um termo específico para designar um conceito, toma-se outro
por empréstimo.
Metonímia: assim como a metáfora, consiste numa transposição de significado, ou seja, uma palavra
que usualmente significa uma coisa passa a ser utilizada com outro sentido. Ou seja, é o emprego de
um nome por outro em virtude de haver entre eles algum relacionamento. A metonímia ocorre quando
se emprega:
A causa pelo efeito: vivo do meu trabalho (do produto do trabalho = alimento)
Antonomásia: É a figura de linguagem que designa uma pessoa por uma característica, feito ou fato
que a tornou notória.
Porque gado a gente marca,/ tange, ferra, engorda e mata,/ mas com gente é diferente.
Paradoxo: consiste no uso de palavras de sentido oposto que parecem excluir-se mutuamente, mas,
no contexto se completam, reforçam uma ideia e/ou expressão.
Perífrase: é uma expressão que designa um ser por meio de alguma de suas características ou
atributos.