TCC Ana Lívia

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ASSISTÊNCIA DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE AOS INDIVÍDUOS COM

TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA NA ATENÇÃO SECUNDÁRIA À


SAÚDE: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Ana Lívia Lopes dos Santos1


Hévila Ferreira Gomes Medeiros Braga2
Emanuella Silva Joventino Melo3

RESUMO
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição caracterizada por problemas do
neurodesenvolvimento, o qual diante do aumento no número de diagnósticos faz-se premente
aprofundar os conhecimentos sobre como os profissionais de saúde buscam cuidar deste
público. Desse modo, o objetivo deste estudo foi sintetizar como ocorre a assistência prestada
por profissionais de saúde a uma criança e a sua família diante do diagnóstico de TEA no
âmbito da atenção secundária à saúde. Revisão integrativa realizada por meio da consulta em
quatro bases científicas de dados e com apoio da plataforma Rayyan®. Como critérios de
inclusão adotou-se artigos que versassem sobre o cuidado a crianças de até 12 anos, nos
idiomas inglês, português e espanhol, sem limitação temporal. Foram identificados 618
artigos, os quais foram lidos, inicialmente títulos e resumos e após análise 66 foram lidos na
íntegra. Por fim, a amostra final foi composta por 12 artigos. Foram identificados métodos
terapêuticos de médicos, nutricionistas, psicólogos, fonoaudiólogos e educadores físicos.
Essas estratégias combinam várias abordagens terapêuticas, ferramentas de avaliação, e a
colaboração entre profissionais de saúde e cuidadores para fornecer um cuidado abrangente e
personalizado. Portanto, o cuidado de uma criança com autismo requer a colaboração de uma
equipe multidisciplinar, onde cada profissional desempenha um papel vital na promoção do
desenvolvimento e bem-estar da criança, e lacunas de conhecimento foram identificadas
dentre os profissionais da enfermagem.

1 Acadêmica de Enfermagem da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira


(UNILAB). E-mail: [email protected]
2 Coorientadora. Doutoranda em Enfermagem da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-
Brasileira (UNILAB). E-mail: [email protected]
3 Orientadora. Doutora em Enfermagem Docente da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia
Afro-Brasileira (UNILAB). E-mail: [email protected]
Data de submissão e aprovação:
2

Descritores: Atenção secundária; Estratégias terapêuticas; Transtorno do Espectro Autista;


Profissionais de saúde.

1 INTRODUÇÃO

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição caracterizada por


problemas de neurodesenvolvimento, incluindo dificuldade de aprendizagem, estereotipias e
déficits de interação social. Sua prevalência tem sido notória nos últimos anos, evidenciada
pelo aumento dos estudos e tecnologias em saúde, o que vem facilitando o diagnóstico do
TEA. Diante disso, o aumento no número de diagnósticos levanta questões importantes sobre
fatores de risco, diagnóstico precoce e intervenções eficazes (Viana et al., 2020).
A primeira pessoa a descrever o TEA foi o médico austríaco Leo Kanner, em 1943, e
seu estudo foi importante porque diferenciou o TEA de esquizofrenia ou outras psicoses
infantis. Seu contemporâneo Asperger (1944) apresentou o perfil clínico de quatro meninos
com idades entre 7 e 11 anos. Embora compartilhassem semelhanças com os casos de Kanner,
Asperger delineou um quadro clínico distinto, anteriormente conhecido como síndrome de
Asperger, cuja terminologia já caiu em desuso (Tsai; Lin, 2019). A terminologia "síndrome de
Asperger" entrou em decadência principalmente devido a mudanças nos critérios de
diagnóstico e classificação dos transtornos do espectro autista (TEA). Anteriormente, a
síndrome de Asperger era considerada uma condição separada dentro do espectro autista,
caracterizada por dificuldades na interação social, padrões de comportamento repetitivos e
interesses restritos, mas sem atrasos significativos na fala ou no desenvolvimento cognitivo
(Tsai; Lin, 2019).
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), uma em cada 160 crianças
tem TEA, e de acordo com dados publicados pelo Centers for Disease Control and
Prevention (CDCP), a prevalência global de TEA por 1.000 crianças com 8 anos de idade foi
de 27,6, ou seja, uma em 36, e a prevalência entre crianças de raça negra chegou a ser 30%
maior em 2020, quando comparado com o mesmo estudo realizado em 2018. Desse modo, é
notório que o TEA está sendo melhor diagnosticado e acompanhado nestas populações
historicamente desfavorecidas (Maenner, 2023).

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No Brasil, ainda não houve estudos com uma amostra populacional satisfatória que
identificasse a prevalência do transtorno no país. Segundo Ribeiro (2022, p.28), os estudos
brasileiros apresentaram diversas limitações, as quais primeiramente, a representatividade da
amostra levantada pode ser questionada, uma vez que certos grupos específicos podem não ter
sido adequadamente incluídos. Além disso, os instrumentos utilizados na pesquisa não foram
validados, e suas propriedades psicométricas não são conhecidas, o que pode comprometer a
confiabilidade dos resultados. Outra questão relevante é a possível existência de vieses na
seleção inicial dos casos, como a exclusão de uma instituição importante, como a Associação
de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), que poderia fornecer casos graves para a
identificação de suspeitas. Além disso, pode ter havido perda de crianças que estavam em
tratamento em outras áreas, o que pode ter impactado os resultados (Ribeiro, 2022).
Diante do aumento no número de diagnósticos, despreparo da rede pública de saúde e
maior esclarecimento acerca de procedimentos e cuidados que devem se concentrar nessas
populações com TEA, torna-se necessário enfatizar a importância de aprimorar o cuidado
prestado por profissionais de saúde, especialmente os enfermeiros, que são normalmente o
primeiro contato dos pais. Sendo assim, é fundamental que a equipe multiprofissional
aprofunde seus conhecimentos acerca da temática para que sejam alcançadas a compreensão e
aceitação das pessoas que estão no espectro (Frye, 2016). Além disso, contribui para que a
sociedade seja mais inclusiva e acolhedora e para que a pessoa com autismo seja valorizada
por suas habilidades e contribuições únicas (Kong et al., 2019).
No Brasil, crianças com TEA precisam de suporte por parte da família, educadores e
das equipes de saúde da família, que por estarem envolvidos no cuidado à criança e seu
desenvolvimento são elementos-chave neste diagnóstico e acompanhamento. Frente ao
exposto, a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro
Autista sancionada pela lei nº 12.764 institui que a pessoa com TEA é uma pessoa com
deficiência, pode usar por identificação a fita quebra-cabeça para identificar-se tal qual e
conseguir seu atendimento prioritário. Além disso, garante o atendimento e acesso à equipe
multiprofissional de saúde e cria a CipTea; a Carteira de Identificação da Pessoa com
Transtorno do Espectro Autista. Em teoria, o fluxograma para acompanhamento deveria
iniciar-se nas escolas e nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e, diante de uma suspeita de
TEA, a criança entra em tratamento e tem direito ao seu diagnóstico, mesmo que não seja
definitivo (Xie., et al 2020).

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Frente ao exposto, ao entender as características do autismo, os profissionais de saúde,


educadores, familiares e amigos podem fornecer um apoio mais eficaz e individualizado às
pessoas no espectro. Isso inclui adaptar estratégias de ensino, terapias e intervenções para
atender às necessidades específicas de cada indivíduo. O estudo sobre a temática de autismo
impulsiona a pesquisa científica e a inovação em áreas como neurociência, genética,
psicologia e educação. Assim, pode levar a novas descobertas sobre as causas, métodos de
diagnóstico mais precisos e tratamentos mais eficazes. Considerando que o aumento de novos
diagnósticos seja devido ao avanço da ciência, imprescindível que ele continue a ocorrer para
alcançar o bem-estar e o correto tratamento de toda a população sob suspeita de TEA (Costa-
Cordella et al., 2023).
Em vista disso, a presente pesquisa visa investigar como ocorre a assistência dos
profissionais de saúde a uma criança e sua família diante do diagnóstico de TEA, ao se
encaminhar ao atendimento secundário de saúde, devido à sua relevância e impacto na
qualidade de vida e desenvolvimento infantil. Além disso, a carência de estudos específicos
sobre a assistência na rede de atenção secundária à saúde voltada ao Transtorno do Espectro
Autista é notável na literatura atual. Embora existam algumas pesquisas prévias sobre o
assunto, há uma lacuna considerável no que diz respeito a protocolos, atuação e seguimento
do cuidado que é dever de profissionais atuantes em Unidades de Atenção Secundária, como
os Centros de Atenção Psicossocial Infantis (CAPSi) e semelhantes.
Portanto, é importante ressaltar que a realização deste estudo contribuirá não apenas
para a academia, mas também para a sociedade como um todo. Ao avançar nosso
entendimento sobre o cuidado prestado ao paciente pediátrico com TEA, estaremos melhor
preparados para enfrentar os desafios atuais e futuros, promovendo assim o progresso e o
bem-estar destas famílias (De La Torre-Ubieta et al., 2016). Dessa forma, considerando todos
os aspectos mencionados, fica evidente a relevância e necessidade de realizar esta pesquisa
sobre o tema, buscando contribuir de forma significativa para o conhecimento científico e
para a melhoria da sociedade como um todo.
O objetivo desta revisão é sintetizar como ocorre a assistência prestada por
profissionais de saúde a uma criança e a sua família diante do diagnóstico de TEA no âmbito
da atenção secundária à saúde.

2 MÉTODO

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Trata-se de uma revisão integrativa, que é um método de pesquisa que tem como
objetivo sintetizar a literatura existente sobre um determinado tema ou questão de pesquisa,
oferecendo uma compreensão mais abrangente e profunda do tema, destacando padrões,
lacunas na literatura, e informando a tomada de decisões, a prática, a pesquisa e a formulação
de políticas (Souza; Silva; Carvalho, 2010).
Para a elaboração do estudo, foram seguidas as seguintes etapas: 1) Elaboração da
pergunta da norteadora; 2) Busca e seleção dos estudos primários; 3) Extração de dados dos
estudos; 4) Análise dos estudos incluídos na revisão; 5) Síntese dos resultados da revisão e 6)
Apresentação da revisão (Mendes, Silveira, Galvão, 2019).
A formulação da questão de pesquisa foi orientada pela estratégia mnemônica PCC
(População (P): profissionais de saúde; Conceito (C): atuação dos profissionais de saúde à
criança com transtorno do espectro autista; e Contexto (C): atenção secundária à saúde.
Portanto, a questão norteadora deste estudo foi: quais as evidências científicas sobre a atuação
dos profissionais de saúde à criança com transtorno do espectro autista na Atenção Secundária
à Saúde?
A busca dos estudos foi realizada em março e abril de 2024 nas bases de dados:
Medical Literature Analysis and Retrievel System Online (MEDLINE) via PubMed, Literatura
Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) via Scielo, SCOPUS e Web
of Science. Ressalta-se que as bases de dados foram acessadas por meio da Comunidade
Acadêmica Federada (CAFe) que pertence ao portal de periódicos da Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Superior (CAPES).
Para esta revisão serão utilizados os descritores Transtorno do Espectro Autista AND
Criança AND Atenção Secundária à Saúde ((Autism Spectrum Disorder) AND (Child) AND
(Secondary Care)) indexados nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e no Medical
Subject Headings (MeSH). Estes foram combinados utilizando o operador booleano AND.
Realizou-se uma pesquisa inicial no portal Pubmed para identificar os principais descritores
utilizados nos estudos que versassem a temática de interesse, a partir da combinação MeSH,
identificados a partir do mnemônico da pesquisa. Para cada base de dados, foi usada a mesma
estratégia de busca com a combinação similar dos descritores e palavras chaves: “Autism
Spectrum Disorder” AND “Child” AND “Secondary Care”.
Para esta revisão, foram consideradas crianças de até 12 anos. Como critérios de
inclusão foram considerados o idioma, incluindo inglês, português e espanhol, sem limitação
temporal que abordassem a atuação e estratégias dos profissionais de saúde no cuidado de

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crianças diagnosticadas com TEA em nível de atenção secundária, considerados locais de


cuidados especializados e diagnósticos mais complexos. Os critérios de exclusão foram:
estudos não originais e que não respondessem à pergunta norteadora, estudos que se
concentram em outros transtornos ou condições de saúde mental, e que tratam de cuidados
terciários, hospitais ou ambientes não relacionados e estudos. Estudos que não tratam da
atuação de profissionais de saúde na assistência a indivíduos com TEA, como estudos sobre
sistemas de apoio familiar ou educação ou estudos de rastreio e tipo de publicação, como não
disponibilizados na íntegra ou livros e capítulos de livro.
Os artigos foram selecionados e incluídos no software Rayyan® (Ouzzani, 2016), para
a remoção das duplicidades, para a leitura de títulos e resumo e seleção de artigos para a
leitura completa conforme os critérios de inclusão e exclusão já descritos. Os artigos
selecionados em cada base foram examinados na íntegra por duas pesquisadoras de forma
independente. Qualquer discrepância ou dúvida quanto à inclusão ou exclusão do estudo foi
resolvida por consenso entre as duas pesquisadoras responsáveis pela busca e seleção. A
seleção foi estruturada conforme as recomendações do Preferred Reporting Items for
Systematic Reviews and Meta-Analysis (PRISMA).
Após esta seleção, os artigos incluídos foram tabulados no software Microsoft Office
Excel 2019 e os dados extraídos incluíram título, autor, anos, base de dados, tipo de
publicação, idioma, país link para acesso e a decisão de incluir ou não na amostra final. A
análise das informações foi realizada de forma descritiva e organizada em quadros, com o
objetivo de reunir os achados acerca da temática.
Por ser um estudo com dados de domínio público, não houve necessidade de avaliação
pelo Comitê de Ética em Pesquisa.

3 RESULTADOS

Foram identificadas 618 produções, somando todas as bases de dados. Após a


exclusão de duplicatas, e análise de títulos e resumos, restaram 66 artigos para a leitura e
análise completa. Após a análise restaram 12 para compor a amostra final. Para facilitar este
processo, foi utilizado o fluxograma PRISMA, o qual envolve buscas em bases de dados,
protocolos e outras fontes conforme demonstrado na Figura 1.

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Todos os estudos relevantes foram analisados com base nos critérios de inclusão e
exclusão estabelecidos, o que envolveu análise de título e resumo. As sínteses dos resultados
desta revisão foram apresentadas por meio de quadro.

Figura 1 – Fluxograma do processo de seleção dos estudos da revisão, adaptado do PRISMA,


Fortaleza, CE, Brasil, 2024

Em relação às características dos estudos, eles foram publicados entre os anos 2016-
2022, nos Estados Unidos da América (n=5), na Inglaterra (n=2), e um em cada um dos
seguintes países: no Brasil, Suécia, China e Japão. Os estudos em sua maioria eram de ensaios
clínicos randomizados (n=4), um estudo de caso, e uma análise qualitativa observacional
transversal.
Sobre os participantes dos estudos, alguns foram só crianças, outros foram crianças
junto a seus cuidadores na qual a faixa etária variou de zero a 12 anos. Sobre os profissionais
envolvidos, da área médica foram identificados psiquiatras, pediatras e oftalmologistas. Das
demais categorias, fonoaudiólogos, nutricionistas, odontologistas e educadores físicos.

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A partir dos resultados dos estudos, foi possível identificar os métodos empregados
pelos profissionais de saúde frente a condição do TEA. Os resultados achados foram
sintetizados e tabelados. A Figura 2 apresenta a síntese das evidências dos estudos incluídos.

ESTRATÉGIAS DE CUIDADO À
AUTORES/ANO/
CRIANÇA/ADOLESCENTE COM CONCLUSÃO
PAÍS/TÍTULO
TEA
Floríndez LI et al., 2021,
EUA
Fatores como sociais
Explorando os desafios podem influenciar o
alimentares e a que os pais e
seletividade alimentar cuidadores Latinx
Atividade de diário alimentar e entrevista
para crianças latinas com sabem sobre saúde
de elicitação de foto
e sem transtorno do bucal e como seus
espectro do autismo filhos vivenciam o
usando metodologia atendimento
visual qualitativa: odontológico.
implicações para a saúde
bucal
Jonsson, U. et al. 2015, O programa combina terapia cognitivo-
Suécia comportamental, treinamento cognitivo três meses depois. A
por computador, ativação comportamental estimativa sugere um
Treinamento em grupo de e psicoeducação, envolvendo pais e efeito
habilidades sociais de aplicando diversos formatos de consideravelmente
longo prazo para crianças tratamento. As sessões de 60 minutos maior em comparação
e adolescentes com focam em regras sociais, abertura social, com programas mais
transtorno do espectro do habilidades de conversação, interpretação curtos de treinamento
autismo: um ensaio de sinais sociais, gestão de conflitos e em habilidades sociais.
clínico randomizado. estratégias de comunicação.
Ma C-h, et al., 2022, Utilizaram o Learning Style Profile (LSP) Os resultados sugerem
China para identificar características individuais que o treinamento LSP
de aprendizagem e orientar a criação de pode efetivamente

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Tratamento de crianças
pré-escolares com intervenções adequadas. O LSP tenta
transtorno do espectro do descrever uma variedade de padrões, melhorar o
autismo: um ensaio para estratégias e preferências para mostrar comportamento social
avaliar um programa de como as crianças com TEA podem estar e reduzir a gravidade
intervenção com perfil de aprendendo e adquirindo informações do dos sintomas do TEA
estilo de aprendizagem na ambiente ao seu redor.
China.
Caplan B et al., 2021,
Os resultados destacam
EUA
Os cuidadores foram entrevistados sobre o fatores associados ao
Uso de medicamentos uso de medicamentos psicotrópicos pelas uso de medicamentos
psicotrópicos por crianças crianças, além de preencher questionários psicotrópicos para uma
com autismo atendidas sobre demografia, comportamento infantil população
clinicamente
em configurações de e níveis de estresse dos cuidadores.
complexa.
saúde mental financiadas
publicamente.
Ford, T. et al.,2019,EUA
A Avaliação de Desenvolvimento e Bem-
O acordo entre o Estar (DAWBA) é uma ferramenta O DAWBA
referenciador, o padronizada de avaliação diagnóstica que demonstrou ter altos
profissional e o combina perguntas altamente estruturadas níveis de sensibilidade
diagnóstico de pesquisa que se relacionam diretamente com os com o diagnóstico de
das condições do espectro critérios de diagnóstico de pesquisa do pesquisa de melhor
autista entre crianças DSM E CID 10 com comentários estimativa de bem-
atendidas em serviços de semiestruturados sobre quaisquer estar
saúde mental infanto- dificuldades relatadas.
juvenil
Gordon K, et al, 2014, O PEGASUS é um programa evidências da eficácia
Inglaterra psicoeducacional de grupo que visa do PEGASUS para
aumentar a autoconsciência de jovens com aumentar o
Um ensaio clínico TEA, ensinando-lhes sobre seu conhecimento e a
randomizado do diagnóstico. O objetivo do PEGASUS é autoconsciência sobre

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fornecer informações sobre o TEA


PEGASUS, um programa
(psicoeducação de nível um) e ajudar os
psicoeducacional para o TEA em jovens com
jovens a fazer uso dessas informações
jovens com transtorno do TEA de alto
para obter informações sobre seu conjunto
espectro do autismo de funcionamento
único de pontos fortes e dificuldades
alto funcionamento
autistas.
A intervenção envolveu dois tipos de
Ketcheson L, et al.2021, instrutores: treinadores de educação física
em formação que trabalharam A intervenção foi
Promoção de resultados individualmente com os participantes, eficaz na melhoria das
positivos de saúde em introdução de novas habilidades em habilidades motoras
uma intervenção urbana grupo, prática em pequenos grupos de fundamentais e da
de atividade física acordo com a proficiência, atividades em aptidão física
comunitária para crianças grande grupo com metas específicas de relacionada à saúde em
em idade pré-escolar no tempo, revisão das lições e um crianças com TEA
espectro do autismo relaxamento com posturas de ioga para
fortalecimento muscular.
Adaptação de uma escala usada para
Kamio Yet al,. 2015,
diagnosticar crianças aos 18 meses. A Os resultados desta
Japão
nova escala continha seis itens com os análise secundária
maiores coeficientes discriminantes sugerem que, como
Breve relatório: Melhores
padronizados (“apontamento primeiro passo no
discriminadores para
protoimperativo”, “imitação de ação”, rastreio de TEA aos 18
identificar crianças com
“brincadeira de faz de conta”, “seguir meses de idade em
transtorno do espectro do
pontos”, “compreensão da linguagem”, ambientes de cuidados
autismo em um check-up
“traz objetos para mostrar”) foram primários a escala foi
de saúde de 18 meses no
escolhidos como os melhores eficaz.
Japão
discriminadores.

Lee et al, 2016, EUA Paciente 1: No pós-operatório o paciente Os oftalmologistas


usou óculos de segurança. Ele também envolvidos no cuidado
Catarata secundária a passou por avaliação psiquiátrica e de crianças com SIB
trauma contuso começou a tomar escitalopram que é um devem estar cientes do
autoinfligido em crianças fármaco antidepressivo inibidor da potencial de danos
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recaptação de serotonina. Paciente 2:


oculares resultantes
Após a cirurgia de catarata, ela foi
deste comportamento.
com transtorno do colocada com capacete e talas de cotovelo
O exame oftalmológico
espectro do autismo para evitar automutilação. Paciente 3: O
frequente é fortemente
paciente foi internado em um programa
recomendado para este
comportamental de internação para
grupo de pacientes.
controlar a autolesão na cabeça.
Auberry K. 2020, EUA Os funcionários participantes fornecem
cuidados diários, estratégias de
Educando clínicos modificação de comportamento como Pode existir uma
comportamentais em um mudanças no ambiente, incluindo também possível lacuna na
centro comunitário de linguagem e comunicação, habilidades de educação relacionada à
cuidados vida diária, habilidades de jogo e orientam administração de
comportamentais para objetivos específicos de parentalidade e medicamentos e ao
crianças com transtorno comunidade e administração e conhecimento do
do espectro do autismo: gerenciamento de medicamentos para as gerenciamento de
administração de crianças do centro, conforme determinado medicamentos.
medicamentos, um estudo pela ordem médica de cada criança e pela
piloto nos Estados Unidos avaliação do nível de cuidado.
O Jogo Simbólico pode

Pedruzzi et al 2018, Brasil As habilidades trabalhadas no início da promover intenção

terapia foi a interação social, uso de comunicativa,


O jogo simbólico na estímulo visual e pintura, resolução de problemas
auditivo,
intervenção desenho e estimulação sensorial; e uso de e facilitar o

fonoaudiológica de brinquedos e materiais confeccionados desenvolvimento da

crianças com transtorno para a estimulação de tal habilidade (Jogo linguagem e interação
do espectro autístico Simbólico) social nessas crianças.

Figura 2 – Principais resultados dos estudos. Fortaleza, CE, Brasil, 2024

Foram identificadas diferentes estratégias para o manejo da criança autista com a


finalidade de promover resultados efetivos na assistência, tais como atividades com diário,
terapia cognitivo-comportamental, uso de medicações clássicas, ferramentas para avaliação de
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bem-estar e softwares para o ensino e capacitação da própria pessoa com TEA, como por
exemplo para educá-los quanto as suas capacidades e desafios.
Como estratégia para acompanhamento sobre os hábitos alimentares das crianças com
TEA, identificou-se um estudo sobre uma atividade de diário alimentar. Assim, esta atividade
envolve registrar tudo o que a criança consome, enquanto a entrevista de elicitação de foto
utiliza imagens para facilitar a comunicação e a expressão de preferências e aversões
alimentares (Florindèz, 2021).
Já a terapia cognitivo-comportamental (TCC) associada ao treinamento cognitivo com
o computador incluiu elementos de TCC, ativação de comportamento, psicoeducação,
aprendizagem observacional e envolvimento dos pais (MA et al., 2022). Essas estratégias
visam melhorar a compreensão de regras sociais, habilidades de conversação, interpretação de
sinais sociais e estratégias de enfrentamento (Jonsson, 2019). Já as sessões com educadores
físicos as sessões de treinamento, promovidas pelos educadores físicos, incluíam:
identificação de metas individuais, discussões em grupo, dramatizações sociais e treinamento
de processamento de emoções (Ketcheson et al., 2021).
Os médicos psiquiatras ao fazerem a avaliação inicial e prescrever medicamentos
prosseguiam primeiramente com uma avaliação padronizada para sintomas de TEA,
condições concomitantes e funcionamento cognitivo, pois muitos deles possuem
comorbidades e questionários sobre problemas de comportamento infantil e tensão dos
cuidadores. Estes primeiros passos são cruciais para iniciar qualquer medicação para o manejo
do TEA (Caplan, 2021).
Já os instrumentos e programas usados foram tanto para avaliar as condições de bem-
estar dos pacientes como para fornecer educação. A DAWBA, por exemplo, combina
perguntas estruturadas e comentários semiestruturados para diagnóstico de acordo com o
DSM e CID 10 (Ford, 2019). O Programa PEGASUS fornece: psicoeducação sobre TEA
(nível um). Ajuda aos jovens para utilizarem essas informações para identificar seus pontos
fortes e dificuldades (nível dois). Essas estratégias combinam várias abordagens terapêuticas,
ferramentas de avaliação, e a colaboração entre profissionais de saúde e cuidadores para
fornecer um cuidado abrangente e personalizado a crianças e adolescentes com TEA na
atenção secundária (Gordon et al., 2014).

4 DISCUSSÃO

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As estratégias de terapia desempenham um papel crucial no suporte e


desenvolvimento de indivíduos com TEA, proporcionando uma abordagem personalizada que
pode abranger desde intervenções comportamentais até modalidades mais especializadas.
Essas estratégias são fundamentais porque se adaptam às necessidades únicas de cada criança,
levando em consideração suas habilidades, desafios e preferências individuais (Huber, 2022).
Os resultados encontrados neste estudo estão em sintonia com a literatura, pois
destacam a importância de uma abordagem personalizada e multifacetada no manejo do
autismo. Dentre as estratégias específicas, como o uso de diários alimentares e entrevistas de
elicitação de fotos para coletar informações supervisionadas e a aplicação de terapia
cognitivo-comportamental para melhorar habilidades sociais e de enfrentamento, a
metodologia da Análise Comportamental Aplicada (ABA) se destaca como intervenção
recomendada para começar na primeira infância, público incluído nesta revisão. Segundo
Brito et al. (2021), esta é uma das técnicas mais eficazes no tratamento do TEA por abordar
comportamentos disfuncionais e ajudar na adaptação da criança através de um treinamento em
etapas, que substitui comportamentos inadequados por comportamentos apropriados.
As estratégias de terapia com ABA são essenciais no suporte e desenvolvimento de
indivíduos com TEA, pois possuem abordagens que enfatizam a personalização dos cuidados,
considerando as habilidades, desafios e preferências de cada criança, o que é fundamental
para proporcionar uma assistência eficaz e a educação dos indivíduos com TEA, conduzindo-
os ao autoconhecimento. (DONG et al., 2024).
Um aspecto central das terapias para TEA é a promoção do desenvolvimento de
habilidades sociais e de comunicação. Terapias como a terapia comportamental aplicada
(Brito et al. 2021) podem ser usadas para ensinar e reforçar habilidades sociais, incentivando
interações positivas e a compreensão de pistas sociais. Além disso, as estratégias terapêuticas
ajudam a melhorar a capacidade de enfrentamento e a reduzir comportamentos
problemáticos.
Isso pode incluir técnicas de gestão de comportamento, como reforço positivo,
modificação de ambiente e estruturação de rotinas, que são projetadas para reduzir a
ansiedade. Isto pode ser obtido através de um dos cuidados identificados neste estudo, o Jogo
simbólico. Este recurso pode ajudar as crianças com TEA a desenvolver uma forma essencial
de expressão na infância, permitindo que revele seu mundo interior, expressando desejos e
sentimentos e adaptando-se ao ambiente.

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Segundo a perspectiva cognitivista, o jogo simbólico mostra as principais aquisições


da criança e é importante para a formação do seu caráter social já que no TEA pode haver
dificuldade em simbolizar, resultando em brincadeiras de "faz-de-conta" restritas e repetitivas,
além de limitações na aquisição de metáforas. Há uma correlação entre o atraso em algumas
áreas do desenvolvimento no TEA e dificuldades em simbolizar, sendo assim a criança autista
pode ter grande dificuldade na capacidade simbólica, o que impede o desenvolvimento de
habilidades de reciprocidade social (Pedruzzi, 2018).
Outro benefício das terapias é o suporte na melhoria da autonomia e independência.
Estratégias focadas no desenvolvimento de habilidades funcionais, como autocuidado,
habilidades acadêmicas e habilidades de vida diária, capacitam as pessoas com TEA a
alcançar maior independência e participação em diversas atividades cotidianas (Gordon et al.,
2014). Ademais, as terapias podem oferecer suporte não apenas ao indivíduo com TEA, mas
também à sua família e cuidadores. Isso pode incluir orientação educacional e emocional,
fornecendo estratégias para lidar com desafios específicos e promovendo um ambiente de
apoio que favoreça o desenvolvimento positivo e bem-estar geral.
Em resumo, as estratégias terapêuticas são fundamentais para pessoas com TEA
porque oferecem um suporte individualizado e abrangente que visa melhorar a qualidade de
vida, promover habilidades essenciais e facilitar a inclusão social e educacional. Ao adaptar
essas estratégias às necessidades específicas de cada indivíduo, é possível maximizar o
potencial e o desenvolvimento ao longo da vida. (Gill et al., 2020).
Apesar disso, também foi identificado que existem desafios ao tratar crianças com
TEA, como exemplo as estereotipias, ou comportamentos repetitivos e ritualísticos
frequentemente observados em crianças com autismo, representam um desafio significativo
no tratamento dessas crianças. Esses comportamentos, que podem incluir movimentos
corporais repetitivos como balançar, bater palmas ou girar, bem como a repetição de palavras
ou frases, impactam profundamente a capacidade de intervenção terapêutica e educacional,
dificultando o progresso em várias áreas do desenvolvimento (Cardona et al., 2016)..
A persistência desses comportamentos pode exigir abordagens mais individualizadas e
inovadoras, aumentando a complexidade e o custo do tratamento. Movimentos repetitivos
podem levar a lesões, como feridas na pele devido ao esfregar constante ou dor nas
articulações por movimentos repetitivos. Isso adiciona uma camada adicional de preocupação
e necessidade de cuidados médicos, que pode desviar ainda mais a atenção das intervenções

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terapêuticas focadas no desenvolvimento cognitivo e comportamental. (Edelstein; Pogue;


Singer, 2024).
Em um dos estudos evidenciou-se a repercussão das estereotipias na vida da criança e
como o tratamento as vezes não é possível. Apesar dos esforços para eliminar o
comportamento auto abusivo, uma das crianças continuou a bater nos olhos. Sete anos depois
o olho esquerdo também desenvolveu um descolamento de retina e foi tratado com
vitrectomia, flambagem escleral e injeção de óleo de silicone. O olho direito progrediu para
phthisis bulbi, resultando na necessidade de enucleação (Lee, 2016).
Assim, pode-se perceber que as estereotipias em crianças com autismo representam
um desafio multifacetado no tratamento, afetando a capacidade de aprendizado, interação
social, desempenho escolar e resposta às intervenções terapêuticas. Superar esses desafios
requer uma abordagem compreensiva e individualizada, envolvendo uma colaboração estreita
entre pais, educadores, terapeutas e outros profissionais de saúde, sempre com o objetivo de
promover o bem-estar e o desenvolvimento pleno da criança.
Dentre os resultados, foi percebida uma ausência significativa de profissionais
enfermeiros. Sabe-se que a enfermagem desempenha um papel fundamental no atendimento a
crianças com autismo, contribuindo significativamente para o cuidado integral e
multidisciplinar necessário para abordar as complexas necessidades dessa população. A
importância da enfermagem no atendimento ao autismo começa com a avaliação inicial e o
diagnóstico precoce, e é durante as consultas de puericultura que podem ser detectados os
primeiros sinais de distúrbios infantis. Sua capacidade de reconhecer comportamentos atípicos
e suas habilidades de comunicação com os pais são essenciais para encaminhar a criança a
especialistas para uma avaliação mais aprofundada.
Além disso, são os profissionais de enfermagem que orientam os pais sobre como lidar
com os desafios diários associados ao autismo, fornecendo estratégias para melhorar a
comunicação, o comportamento e as habilidades sociais da criança. A formação dos pais é um
componente crucial do trabalho do enfermeiro, pois empodera as famílias a serem parceiras
ativas no cuidado e desenvolvimento de seus filhos. Isto é essencial, visto que para a terapia
cognitivo-comportamental usando a metodologia ABA por exemplo ser considerada adequada
e efetiva, a equipe multiprofissional precisa estar capacitada para a realização desse
tratamento. (Duch et al., 2019).
Em resumo, a enfermagem é uma peça chave no atendimento a crianças com autismo,
oferecendo uma gama de serviços que vão desde a identificação precoce e diagnóstico até a

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implementação de cuidados contínuos e personalizados. No entanto, poucos enfermeiros


possuem ferramentas, informações ou na própria graduação sobre o autismo, gerando um
grande déficit no atendimento a estes infantes, podendo acusar desconforto ao realizar
procedimentos por não saber lidar com a criança, ou lidar de forma errada com pais que não
sabem como proceder e procuram informações através da enfermagem. Em apenas um dos
estudos observou-se menção a enfermagem, e está restrita ao cuidado de administração de
medicamentos. Isso expõe a carência do aprofundamento da enfermagem no tema. Estes
autores deixam como sugestão o aprofundamento neste tema, como que intervenções a
enfermagem é capaz de implementar, seus desafios e contribuições.
Uma limitação deste estudo foi a escassez de produção científica sobre as estratégias
de cuidado a crianças com TEA no contexto da prática de enfermagem, o que pode ter
dificultado o conhecimento de outras atuações dos profissionais de saúde.

5 CONCLUSÃO

A produção científica revelou que diferentes estratégias são utilizadas no manejo a


criança com TEA na atenção secundária à saúde, como atividades com diário, terapia
cognitivo-comportamental, uso de medicações clássicas, ferramentas para avaliação de bem-
estar e softwares para o ensino e capacitação da própria pessoa com TEA. Tais estratégias são
utilizadas para potencializar o desenvolvimento da autonomia, comunicação e comportamento
das crianças.
O cuidado de uma criança com autismo requer a colaboração de uma equipe
multidisciplinar, onde cada profissional desempenha um papel vital na promoção do
desenvolvimento e bem-estar da criança. Cada profissional traz uma perspectiva única e
especializada, contribuindo para um cuidado holístico que aborda as diversas necessidades da
criança com autismo, garantindo seu desenvolvimento integral e bem-estar. As práticas
direcionadas especificamente aos autistas são necessárias, benéficas e contribuem significante
no bem-estar e autonomia destas crianças.

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