Diretrizes Projeto Instalacao Res 127 2023
Diretrizes Projeto Instalacao Res 127 2023
Diretrizes Projeto Instalacao Res 127 2023
ELABORAÇÃO DO PROJETO
DE INSTALAÇÃO DE
ESTAÇÕES HIDROLÓGICAS
República Federativa do Brasil
Luiz Inácio Lula da Silva
Presidente da República
Diretoria Colegiada
Veronica Sánchez da Cruz Rios (Diretora-Presidente)
Maurício Abijaodi
Ana Carolina Argolo
Filipe de Mello Sampaio Cunha
Luis André Muniz
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico
Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima
DIRETRIZES PARA
ELABORAÇÃO DO PROJETO DE
INSTALAÇÃO DE ESTAÇÕES
HIDROLÓGICAS
BRASÍLIA – DF
ANA
2023
© 2023 Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).
Setor Policial Sul, Área 5, Quadra 3, Edifício Sede, Bloco M
CEP: 70610-200, Brasília/DF
PABX: (61) 2109-5400 / 5252
Endereço eletrônico: www.gov.br/ana/pt-br
Comitê de Editoração
Joaquim Gondim (Coordenador)
Humberto Cardoso Gonçalves
Felipe de Sá Tavares
Nazareno Araújo (Secretário-Executivo)
Equipe editorial
Elaboração
Leny Simone Tavares Mendonça
Alexandre do Prado
Francisco Vicente da Silva Oliveira
CDU 621.311.17
Apresentação 2
1 Introdução 4
2 Etapas de Implantação da Resolução Conjunta 5
3 Projeto de Instalação de Estações Hidrológicas 6
3.1 Capa ........................................................................................................... 7
3.2 Contracapa ................................................................................................. 7
3.3 Introdução .................................................................................................. 7
3.4 Caracterização da Bacia Hidrográfica do Empreendimento Hidrelétrico ... 8
3.5 Rede Hidrológica Existente na Bacia Hidrográfica...................................... 8
3.6 Definição do Quantitativo de Estações Hidrológicas .................................. 9
3.7 Proposta de Rede Hidrológica .................................................................. 16
3.8 Cronograma de Atividades ....................................................................... 21
3.9 Conclusões ............................................................................................... 23
3.10 Anexos ...................................................................................................... 23
4 Conclusões e Recomendações 24
ANEXO A - ARQUIVOS DE APOIO PARA ELABORAÇÃO DO
PROJETO DE INSTALAÇÃO DE ESTAÇÕES HIDROLÓGICAS 25
1
Apresentação
A ANA tem buscado a excelência técnica e o rigor científico para a produção contínua
de dados confiáveis e representativos das águas no país no âmbito da Rede
Hidrometeorológica Nacional. Para tanto, tem realizado diversos treinamentos e parcerias
para o aperfeiçoamento da hidrologia operacional. Também com esse intuito, a norma
conjunta prevê a edição de manuais e guias para a realização das atividades requeridas aos
agentes do setor elétrico para o monitoramento hidrológico, a análise dos dados gerados e o
levantamento topobatimétrico.
2
Esta publicação apresenta as diretrizes para elaboração de projetos de instalação de
estações para monitoramento hidrológico associadas a empreendimentos hidrelétricos, em
conformidade com o art. 4º da Resolução Conjunta ANA/ANEEL nº 127, de 26 de julho de
2022. Além da ANA, participaram de sua concepção operadores, entidades representativas do
setor elétrico e demais interessados, por meio de tomada de subsídios conduzida no Sistema
de Participação Social nas Decisões da ANA.
Boa leitura!
3
1 Introdução
A Resolução Conjunta ANA ANEEL nº 127, de 26 de julho de 2022 estabelece as condições e
os procedimentos a serem observados pelos titulares de empreendimentos hidrelétricos com
potência instalada superior a 1.000 kW para a instalação e operação de estações hidrológicas,
visando ao monitoramento pluviométrico, limnimétrico, defluência, fluviométrico,
sedimentométrico e de qualidade da água, e para o acompanhamento do assoreamento de
reservatórios.
A ANA, com a publicação desta nova Resolução, amplia a rede de monitoramento hidrológico
nacional com a inclusão das redes do Setor Elétrico, além de reiterar seu compromisso na
função de orientar os agentes envolvidos nos processos de coleta, tratamento e
armazenamento dos dados hidrológicos objetos daquele normativo, bem como sobre a forma
de envio dessas informações em formato compatível com o Sistema Nacional de Informações
sobre Recursos Hídricos (SNIRH), o que permitirá a difusão dos dados hidrológicos em
intervalo horário. Assim, se beneficiam dos resultados desta Resolução próprio Setor Elétrico
e a sociedade.
4
2 Etapas de Implantação da Resolução Conjunta
As etapas de implantação da Resolução Conjunta estão detalhadas no documento “Etapas de
Implantação da Resolução Conjunta ANA ANEEL 127/2022” e o "Fluxograma de Implantação
da Resolução Conjunta ANA ANEL 127/2022"
Etapa 6 - Projeto para Atualização das Tabelas Cota x Área x Volume (Usinas
Hidrelétricas despachadas centralizadamente pelo ONS)
Etapa 7 - Relatório para atualização das Tabelas Cota Área Volume (Usinas
Hidrelétricas despachadas centralizadamente pelo ONS)
5
3 Projeto de Instalação de Estações Hidrológicas
O Projeto de Instalação de Estações Hidrológicas é a Etapa 2 do atendimento à Resolução
Conjunta ANA ANEEL nº 127/2022 e deve ser enviado conforme as orientações detalhadas
neste documento a fim de dar cumprimento aos artigos 2°, 3° e 4° da norma, conforme
detalhado a seguir:
Para as Centrais Geradoras Hidrelétricas com potência instalada maior que 1 MW e que já
possuem outorga dos Órgãos Estaduais de Recursos Hídricos, registro, autorização ou
concessão da ANEEL ou MME, o prazo para envio do Projeto é 30/6/2023.
6
3.1 Capa
A capa do Projeto deverá conter:
3.2 Contracapa
A contracapa do Projeto deverá conter o sumário e lista de anexos do Projeto (Figuras, Mapas,
Croquis, Tabelas).
3.3 Introdução
Neste tópico deve ser apresentado um resumo sobre as características físicas construtivas e
de produção energética do empreendimento hidrelétrico em tela, bem como a identificação
da empresa titular daquele empreendimento, contendo, no mínimo, as seguintes
informações:
7
3.4 Caracterização da Bacia Hidrográfica do Empreendimento
Hidrelétrico
Descrição suscinta das características da bacia hidrográfica onde será ou está implantado o
empreendimento hidrelétrico, contendo, no mínimo, os seguintes tópicos:
a) Nomes da bacia e sub bacia;
b) Localização do barramento, devendo ser explicitadas minimamente o seu
posicionamento geográfico (Latitude, Longitude e Sistema de Referência), Estado
(s) e Município(s) da margem direita e esquerda. Para as Usinas Hidrelétricas que
não possuem barramento deve-se adotar como referência a posição da sua casa
de força informando no Projeto;
c) Identificação do(s) Estado(s) e Município(s) – margem direita e esquerda -
atingidos pelo reservatório do empreendimento hidrelétrico em tela;
d) Área de drenagem da bacia hidrográfica com a identificação dos seus principais
cursos d'água;
e) Áreas de drenagem à montante e incremental do empreendimento hidrelétrico
com a identificação dos principais cursos d'água que drenam para o reservatório;
f) Usinas hidrelétricas existentes na bacia hidrográfica (apresentar esquema
esquemático unifilar das usinas hidrelétricas na bacia hidrográfica; e
g) Outras informações consideradas relevantes pelo titular do empreendimento
hidrelétrico.
Além dos elementos textuais, deverão ser utilizadas apresentações em mapas, tabelas ou
gráficos para facilitar a visualização das informações sobre a bacia hidrográfica e os
empreendimentos hidrelétricos existentes na mesma.
9
Art. 2º Na definição do quantitativo de estações hidrológicas a serem implantadas por
empreendimento hidrelétrico serão consideradas:
I- a área de drenagem incremental do empreendimento hidrelétrico para o monitoramento
pluviométrico, limnimétrico, defluência, fluviométrico e sedimentométrico;
II- a área inundada do reservatório no nível d´água máximo normal para o monitoramento da
qualidade da água.
§1º A área de drenagem incremental de um empreendimento hidrelétrico corresponde a diferença
entre a sua área de drenagem e a área de drenagem dos múltiplos empreendimentos hidrelétricos
localizados imediatamente à montante que sejam alcançados por esta Resolução.
§2º No caso de empreendimento hidrelétrico localizado em bacias hidrográficas que se estendam a
outros países, a área incremental a ser considerada, é aquela compreendida dentro do território
nacional.
10
A empresa importante ao realizar a proposta de revisão da Rede Hidrológica deve observar a
norma em seus Art. 3°, §1º e Art. 5°, §4º, que a alteração da Rede Hidrológica poderá ser
reduzido, à critério da ANA e desde que a estação esteja regular (todo o monitoramento
hidrológico na vigência da Resolução Conjunta ANA ANEEL 3/2010, medições e transmissão de
dados horários foram completamente realizados) e mantendo o envio dos dado horários:
Art. 3° §1º O quantitativo de monitoramento definido para o empreendimento hidrelétrico poderá ser
reduzido, a critério da ANA, caso haja alteração da área de drenagem incremental em função da
implantação de um novo empreendimento hidrelétrico à montante e com potência instalada superior
a 1.000 kW.
A ANA avaliará a proposta de ajuste à Rede Hidrológica e definirá, em conjunto com a titular
do empreendimento hidrelétrico, qual estação hidrológica poderá ser desativada, em função
de sua importância para o monitoramento na região de influência do empreendimento
hidrelétrico, desde que a estação proposta para ser desativada esteja regular na transmissão
dos dados em tempo real, bem como que tenham sido realizadas todas as 4 medições anuais
de descarga líquida e sólida (suspensão e de fundos) durante toda a operação da estação
hidrológica.
Conforme estabelece o §2° do artigo 3º, mesmo que os empreendimentos hidrelétricos que
possuam potência instalada entre 1.000 e 5.000 kW, e que tenham uma área de drenagem
incremental maior que 500 km2, poderá ser implantado o monitoramento exigido na Faixa 1
da Tabela 1 da Resolução Conjunta ANA ANEEL nº 127/2022
§2° Os empreendimentos hidrelétricos com potência instalada entre 1.000kW e 5.000kW serão
enquadrados na Faixa 1 da Tabela 1, mesmo que sua área incremental seja maior que 500 km2.
Conforme estabelecem os §3°, §4º e §5º do artigo 3º da Resolução Conjunta, devem ser
verificadas as regras para o monitoramento limnimétrico e defluência da Usina Hidrelétrica.
11
Para o caso do monitoramento limnimétrico localizado no barramento do empreendimento
hidrelétrico, que objetiva monitorar o nível d’água do reservatório, a norma estabeleceu
regras que devem ser seguidas na elaboração do Projeto de Instalação de Estações
Hidrológicas. Tanto o monitoramento de nível d’água quanto a vazão defluente devem ser
enviadas em intervalo horário, podendo ser utilizado o sistema supervisório da Usina
Hidrelétrica.
A vazão defluente deve ser obtida com base no somatório das vazões turbinada, vertida no
vertedouro (quando ocorrer) e ecológica que é liberada para que o curso d´ água assegure a
manutenção e conservação dos ecossistemas aquáticos naturais, conforme preconizado no
§5º do artigo 3º da Resolução Conjunta e já estabelecida pelo órgão de recursos hídricos em
sua outorga.
Com base no §5º do artigo 3º, caso exista a estação de jusante associada ao empreendimento
hidrelétrico, monitorando nível d’água e descarga líquida, a defluência também poderá ser
dispensada pela ANA, mas, por opção da empresa, ela poderá ser transmitida.
§5º O monitoramento da defluência poderá ser dispensado nos casos em que exista uma estação
fluviométrica de jusante que totalize as vazões turbinada, vertida e ecológica.
12
Por critério desta Agência, os empreendimentos hidrelétricos que possuem uma barragem
com altura de até 4 metros, medidas do encosto do pé do talude de jusante com o nível do
solo até sua crista, poderão ser dispensados de implantar a estação limnimétrica no
barramento, não necessitando desta estação e o envio dos dados de nível do reservatório e
vazão defluente, conforme §4º do artigo 3º.
Nesse caso, para a dispensa de instalação da estação de barramento, tal informação deve vir
acompanhada de fotos comprobatórias para o caso de usinas já construídas ou de
informações do Projeto Básico para os empreendimentos que ainda não possuam a barragem.
Para o monitoramento da qualidade da água, houve alterações significativas que devem ser
seguidas com a nova norma com base nos §8°, §9°, §10°, §11° onde são delimitadas as
obrigações que devem ser observadas pelo titular do empreendimento hidrelétrico para este
tipo de monitoramento, cuja implantação deve ocorrer a partir de 1 de janeiro de 2023.
13
Ressalta-se que, mediante fundamentação técnica, a ANA poderá determinar que o
monitoramento de qualidade de água seja executada em até 3 (três) locais distintos dentro
daquele corpo hídrico.
§8° O monitoramento da qualidade da água para empreendimento hidrelétrico com área inundada
pelo reservatório superior a 3 km2, deverá ser realizado preferencialmente em um local do
reservatório, considerando os parâmetros Fósforo Total, Nitrogênio Amoniacal Total, Nitrato,
Clorofila A, Transparência, pH e Temperatura, sendo que, mediante fundamentação, a ANA poderá
determinar o monitoramento em até três locais distintos.
§9° A ANA, mediante fundamentação, poderá determinar o monitoramento da qualidade da água, nos
moldes exigidos por esta Resolução, para empreendimento hidrelétrico com área inundada pelo
reservatório de até 3 km2.
§10 O monitoramento da qualidade da água poderá ser realizado em local já considerado para o
atendimento de condicionante da licença ambiental ou da outorga de uso da água.
§11 A relação dos pontos monitorados para atendimento ao licenciamento ambiental ou da outorga
de uso da água e o histórico dos dados de qualidade de água deverá ser encaminhada à ANA, conforme
diretrizes indicadas em seu endereço virtual.
Caso não exista o código identificador da estação hidrológica, basta que seja enviado, no
âmbito de um Relatório de Instalação simplificado, em forma tabular, a descrição do ponto de
monitoramento, com as suas respectivas coordenadas geográficas, a data do início de cada
monitoramento e a sua frequência de monitoramento, bem como os parâmetros coletados,
para que a ANA providencie o devido cadastro.
14
No sentido da manter o quantitativo mínimo de estações hidrológicas e atender à exigência
de monitoramento presente na Tabela 1 do normativo em tela, e caso seja identificado a total
inviabilidade técnica para instalação de alguma estação hidrológica no curso d´água do
barramento da Usina Hidrelétrica ou nos seus afluentes, a ANA, em conjunto com a empresa
titular do empreendimento hidrelétrico, poderá propor a substituição do tipo de
monitoramento ou aumento da frequência em outras estações hidrológicas das seguintes
formas e em conformidade com o §12° do artigo 3º:
a) Na inviabilidade de se implantar o monitoramento de nível d´água e descarga
líquida, em função da existência do efeito de remanso de um reservatório,
estrutura hidráulica existente à jusante do local da estação, ou quaisquer
outros fatores, os monitoramentos de nível d´água e descarga líquida podem
ser substituídos pela vazão defluente no barramento (sistema supervisório) e
um ponto de monitoramento de qualidade da água no reservatório;
b) Na inviabilidade de se realizar o monitoramento de nível d´água, descarga
líquida e descarga sólida (sedimento de fundo e suspensão), por efeito de
remanso de um reservatório, estrutura hidráulica existente à jusante do local
da estação, ou quaisquer outros fatores, serão avaliadas as seguintes
possibilidades:
i. Substituir os referidos monitoramentos pela implantação da defluência no
barramento e da qualidade da água no reservatório, sendo o
monitoramento da descarga sólida transferido para outra estação da Rede
Hidrológica associada à Usina;
ii. Na inviabilidade de transferência do monitoramento da descarga sólida para
outra estação da Rede Hidrológica, deve ser proposto um segundo ponto de
qualidade da água no reservatório;
iii. Caso também não seja possível as duas hipóteses anteriores, serão
avaliadas, de forma conjunta entre a ANA e o titular do empreendimento, as
seguintes possibilidades:
• o aumento da frequência de monitoramento das descargas líquida e
sólida para 6 vezes ao ano, em outras estações da Rede Hidrológica
associada à Usina, o que permitirá o rápido desenvolvimento da curva
chave daquela estação, ou
• a operação conjunta de estações hidrológicas de responsabilidade direta
da ANA.
§12 A impossibilidade de instalação de qualquer tipo de monitoramento por inviabilidade técnica
não desobriga o cumprimento do quantitativo estabelecido na Tabela 1, podendo ser adotado, a
critério da ANA ou em consulta ao Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS ou aos Órgãos
Estaduais de Recursos Hídricos, o procedimento de substituição de tipos de monitoramento ou
ampliação na frequência de medições, conforme diretrizes indicadas pela ANA no seu endereço
virtual.
15
Na impossibilidade de instalar a estação hidrológica de jusante do barramento do
empreendimento hidrelétrico, com monitoramento de nível d’água e de descarga líquida,
subsidiado pelas necessidades do Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS, a ANA exigirá
a manutenção de uma estação fluviométrica, medindo apenas o nível d’água à jusante
daquela estrutura civil. Este ponto será tratado como ponto adicional ao quantitativo exigido
pela Tabela 1 do artigo 3º da Resolução Conjunta ANA ANEEL nº 127/2022.
Art. 4º O Projeto de Instalação de Estações Hidrológicas deverá ser encaminhado à ANA no prazo de
até 6 meses contados da data do registro, autorização ou concessão, conforme diretrizes indicadas
pela ANA no seu endereço virtual.
§ 1º Na definição dos locais onde serão instaladas as estações hidrológicas deve-se evitar
sobreposições com estações existentes da Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN), sob
responsabilidade da ANA ou de outras entidades, sendo preferíveis locais inéditos, ainda não
monitorados na bacia hidrográfica em que se localiza o empreendimento hidrelétrico.
§ 2º Por interesse sistêmico, o ONS ou os Órgãos Estaduais de Recursos Hídricos poderão sugerir à ANA
os locais de instalação de estações hidrológicas de que trata o § 1º deste artigo.
§ 3º Os locais onde serão instaladas as estações hidrológicas serão avaliados e aprovados pela ANA.
§ 4º O prazo para atendimento ao disposto no caput deste artigo inicia-se com a vigência dessa
Resolução para os empreendimentos hidrelétricos existentes que tiverem o quantitativo de estações
hidrológicas alterado em função do disposto na Tabela 1 ou que não possuem pontos de
monitoramento instalados.
17
e) Para um ponto de monitoramento de qualidade de água, a sua nomenclatura é
formada pelo trinômio supracitado e o nome do empreendimento hidrelétrico
(nessa ordem), acrescidos do termo “Reservatório”. Em casos, que aquele
monitoramento se dê em mais de um ponto distribuído no reservatório, deve-se
aplicar um número natural sequencial a contar de jusante para montante (mesma
lógica adotada para as estações hidrológicas de montante).
Esta padronização, conforme explicitado acima e apresentada na Tabela a seguir, visa auxiliar
tanto a ANA quanto os usuários da localização da estação hidrológica em relação à Usina
Hidrelétrica.
18
CÓDIGOS PLU COORDENADAS
TIPOS DE
/ FLU NOME DA ESTAÇÃO GEOGRÁFICAS
MONITORAMENTO ORIENTAÇÕES ANA
(Apresentar HIDROLÓGICA (Não apresentar
(PFDSQT)
se houver) em UTM)
O monitoramento da qualidade da água é
realizado preferencialmente no
reservatório. Caso o local escolhido no
CGH/PCH/UHE
Q reservatório esteja a uma distância de até
___Reservatório
500 metros da barragem, esse
monitoramento será cadastrado na estação
de barramento
Os monitoramentos fluviométrico,
sedimentométrico e pluviométrico são
CGH/PCH/UHE ____ localizados nas mesmas coordenadas
PFDST
Rio Verde geográficas, em rio afluente ao curso d’água
do barramento do empreendimento
hidrelétrico
Legenda: P – Pluviométrico; F – Fluviométrico (nível do rio ou do reservatório para o caso da estação limnimétrica); D –
Descarga Líquida; S – Descarga Sólida (Suspensão e Fundo); Q = Qualidade da Água; T – estação com transmissão remota de
dados (Telemetria).
É importante que, na definição dos locais onde serão instaladas as estações hidrológicas,
devem ser escolhidos, preferencialmente, locais ainda não monitorados, evitando a
sobreposição com estações da Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN). Não sendo possível
a condição supracitada, o titular do empreendimento hidrelétrico poderá indicar a realização
do monitoramento em locais próximos às estações hidrológicas pré-existentes, desde que
essa situação seja devidamente justificada e aprovada pela ANA.
Art. 4º § 1º Na definição dos locais onde serão instaladas as estações hidrológicas deve-se evitar
sobreposições com estações existentes da Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN), sob
responsabilidade da ANA ou de outras entidades, sendo preferíveis locais inéditos, ainda não
monitorados na bacia hidrográfica em que se localiza o empreendimento hidrelétrico.
19
A medição da descarga líquida e sólida deve ser proposta em local com facilidade de acesso,
de modo a permitir a utilização de barcos motorizados, passagem e fixação de cabos de aço,
bem como o emprego de outros artifícios para a execução daquelas medições hidrológicas.
Ressalta-se que a seção transversal de rio indicada deve contemplar as diversas condições de
vazão, por meio de medições indiretas para a obtenção da relação cota-vazão (curva-chave).
Esta, por sua vez, será bem definida e confiável caso a seção transversal da estação hidrológica
possua as seguintes condições favoráveis ao monitoramento:
A ANA sugere que o monitoramento pluviométrico seja sempre implantado no mesmo local
do monitoramento fluviométrico, visando a otimização da Rede Hidrológica e economicidade
na aquisição dos equipamentos automáticos, bem como que sejam cumpridas as normas de
instalação dos pluviométricos que serão devidamente detalhados nas “Diretrizes para
Elaboração do Relatório de Instalação das Estações Hidrológicas.”
O monitoramento das descargas sólidas não pode ser dissociado do monitoramento das
descargas líquidas, tendo em vista que, quando se objetiva determinar a descarga sólida total
do curso d’água (descarga em suspensão somada a descarga do leito) é necessário equacionar
matematicamente a medição de descarga líquida com as concentrações amostradas de
sedimento em suspensão e de material do leito. As inviabilidades de monitoramento da
descarga líquida de fundo serão devidamente tratadas nas Diretrizes para Elaboração do
Relatório de Instalação das Estações Hidrológicas.
Art. 5º O Relatório de Instalação das Estações Hidrológicas deverá ser encaminhado à ANA, no prazo
de até 2 meses após o início da operação das estações hidrológicas, conforme diretrizes indicadas no
seu endereço virtual.
§1º O início da operação das estações hidrológicas deve seguir o prazo disposto na Tabela 2 a seguir:
21
Tabela 2 – Cronograma de Implantação das Estações Hidrológicas
Tipo de Prazo para novos empreendimentos Prazo para empreendimentos
monitoramento existentes
Pluviométrico,
Fluviométrico até 180 dias após o início da construção
Sedimentométrico
Limnimétrico até 180 dias após aprovação do Projeto
até 30 dias antes do início do
de Instalação
Defluência enchimento do reservatório
Caso o Projeto de Instalação das Estações Hidrológicas seja de regularização para as Usinas
Hidrelétricas que já se encontravam em operação comercial e não atendiam a Resolução
Conjunta ANA ANEEL nº 3/2010, as empresas têm até o dia 30 de junho de 2023 para
apresentá-lo e 180 dias corridos, após a sua aprovação pela ANA, para realizar a instalação
das estações hidrológicas propostas. Após a instalação delas, as empresas deverão, em até 2
(dois) meses, enviar à ANA do Relatório de Instalação de Estações Hidrológicas. Portanto, o
Relatório de Instalação das Estações Hidrológicas deve ser enviado em até 8 (oito) meses
após a aprovação daquele Projeto pela ANA.
22
3.9 Conclusões
Neste item do Projeto de Instalação das Estações Hidrológicas devem ser apresentadas as
considerações gerais descritas ao longo de sua elaboração, eventuais solicitações diversas
encaminhadas e que devem ser observadas pela ANA no processo de análise deste
documento.
3.10 Anexos
Neste tópico devem ser inseridos todos os anexos referentes ao Projeto de Instalação das
Estações Hidrológicas, tais como: mapas, croquis, tabelas, entre outros. Esses elementos
devem permitir uma melhor compreensão do Projeto de Instalação das Estações Hidrológicas
por parte deste avaliador e elucidem peculiaridades existentes especificamente para a Usina
Hidrelétrica em tela.
23
4 Conclusões e Recomendações
O Projeto de Instalação das Estações Hidrológicas apresentado será objeto de análise pela
ANA, cujo resultado será informado à empresa por meio de um ofício emitido pela
Superintendência de Gestão da Rede Hidrometeorológica (SGH), que encaminhará a avaliação
realizada por um Parecer Técnico da Coordenação de Redes Hidrológicas de Setores Regulados
(COSET/SGH).
O Projeto de Instalação das Estações Hidrológicas deve ser encaminhado digitalmente para o
E-Protocolo da ANA (https://eprotocolo.ana.gov.br/default.html) sempre acompanhado de
uma Carta para o seguinte destinatário e endereço:
A ANA mantém, em seu portal da Internet, uma página específica sobre o monitoramento
hidrológico do setor elétrico, acessível pelo link:
https://www.gov.br/ana/pt-br/assuntos/monitoramento-e-eventos-
criticos/monitoramento-hidrologico/monitoramento-hidrologico-do-setor-eletrico
24
ANEXO A - ARQUIVOS DE APOIO PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO DE INSTALAÇÃO DE
ESTAÇÕES HIDROLÓGICAS
25
4