Mariana Inglez CORR

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 354

Universidade de São Paulo

Instituto de Biociências

MARIANA INGLEZ DOS REIS

Morfologia craniana híbrida em populações humanas:


uma análise morfométrica de crânios brasileiros de
brancos, negros e pardos.

Hybrid cranial morphology in human populations: a morphometric analysis of


Brazilian skulls of whites, blacks and browns.

São Paulo

2015
MARIANA INGLEZ DOS REIS

Morfologia craniana híbrida em populações humanas:


uma análise morfométrica de crânios brasileiros de
brancos, negros e pardos.

Hybrid cranial morphology in human populations: a morphometric analysis of


Brazilian skulls of whites, blacks and browns.

Exemplar revisado

Dissertação apresentada ao Instituto de


Biociências da Universidade de São
Paulo, para a obtenção de Título de
Mestre em Ciências, na Área de
Genética e Biologia Evolutiva.

Orientador: Walter Alves Neves

São Paulo

2015
Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio
convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada a fonte.

Ficha Catalográfica

Inglez, Mariana.
Morfologia craniana híbrida em populações humanas: uma análise
morfométrica de crânios brasileiros de brancos, negros e pardos /
Mariana Inglez ; orientador Walter Alves Neves. -- São Paulo, 2015.

358 f.

Dissertação (Mestrado) – Instituto de Biociências da Universidade


de São Paulo. Departamento de Genética e Biologia Evolutiva.

1. Morfologia híbrida. 2. Fluxo Gênico. 3. Craniometria. 4.


Bioantropologia. I. Neves, Walter Alves. II. Universidade de São
Paulo. Instituto de Biociências. Departamento de Genética e Biologia
Evolutiva. III. Título.
INGLEZ, Mariana. Morfologia craniana híbrida em populações humanas: uma análise
morfométrica de crânios brasileiros de brancos, negros e pardos.

Dissertação apresentada ao Instituto de


Biociências da Universidade de São Paulo
para obtenção do título de Mestre em
Ciências, na Área de Genética e Biologia
Evolutiva.

Aprovado(a) em:

Comissão Julgadora

Prof(a). Dr(a).: ____________________ Instituição: ______________________


Julgamento: ______________________ Assinatura: ______________________

Prof(a). Dr(a).: ____________________ Instituição: ______________________


Julgamento: ______________________ Assinatura: ______________________

Prof(a). Dr(a).: ____________________ Instituição: ______________________


Julgamento: ______________________ Assinatura: ______________________
À minha mãe,

quem sempre esteve ao meu lado.


Agradecimentos
Ao meu orientador, Prof. Dr. Walter Alves Neves, por seu exemplo como cientista e
por ter possibilitado minha iniciação na carreira acadêmica. Agradeço ainda, por sempre ter
sido compreensivo nas ocasiões em que não pude dedicar-me exclusivamente às atividades do
Laboratório de Estudos Evolutivos Humanos, especialmente nos intervalos entre as bolsas de
pesquisa.

Ao Prof. Dr. Danilo Vicensotto Bernardo por suas críticas e contribuições na


elaboração do projeto dessa pesquisa e em especial quanto as análises multivariadas utilizadas
neste trabalho. Agradeço também por sua orientação assim que iniciei meus estudos acadêmicos
e por com seu exemplo inicial, ter me inspirado a continuar.

Ao Prof. Dr. Gabriel Marroig pelo gentil empréstimo do MicroScribe utilizado para a
tomada dos landmarks cranianos, sem o qual o presente trabalho não seria possível e ao Dr.
Alex Hubbe, pelas dicas sobre a utilização do MicroScribe e por me ajudar na compreensão da
localização de alguns landmarks.

Ao Prof. Dr. Luís Garcia Alonso, quem autorizou meu acesso à coleção de crânios do
Departamento de Morfologia e Genética da UNIFESP, e a secretária Elenice, quem sempre
organizou as datas de visita. Ao Museu de Anatomia Humana da Universidade de São Paulo
(MAH-USP), ao qual tive acesso à coleção de crânios.

À Profª. Dra. Mercedes Okumura, por suas contribuições e dicas especialmente quanto
a métodos estatísticos e por suas palavras de estímulo em meus momentos de dificuldade.

Ao Prof. Dr. Rui Murrieta, por seu humor único, por suas aulas e conversas sempre
enriquecedoras e ao Prof. Dr. Waldir Stefano, que desde a graduação acredita em meu potencial
como pesquisadora.

Ao Dr. André Strauss, por suas dicas e orientações essenciais na etapa final dessa
pesquisa e por me incluir em alguns de seus projetos. Suas palavras de motivação foram
imprescindíveis.

Ao Dr. Pedro Da-Glória, por contribuir com sugestões após a leitura de alguns
capítulos e por seus conselhos acadêmicos nas mais diversas instâncias.

Ao CNPq, pela concessão da bolsa que fomentou essa pesquisa (Processo


161567/2011-8).

Aos amigos e colegas do Laboratório de Estudos Evolutivos Humanos, que de maneira


direta ou indireta me acompanharam e tornaram meu mestrado possível: a Max Ernani, Elver
Mayer, Marina Gratão, Rodrigo Elias de Oliveira, Suelen Bueno, Mônica Yamaguchi, Job
Carvalho e especialmente a João Carlos Moreno de Souza, sempre solícito e presente nas mais
diversas circunstâncias.

Aos amigos-irmãos, dessa vida e das próximas, que torcem por minhas conquistas e
que sempre estiveram ao meu lado: Verônica Marques, Lívia Hora, Rafael da Motta, Thalita
Tomazi, Marina Wertzner e àqueles que de forma direta contribuíram com a presente
dissertação, com sugestões, revisões ou auxílio na resolução de problemas: Emerson Barão,
Jennifer Caroline de Souza e Fabián Núñez. Poder compartilhar minhas vivências com pessoas
tão especiais é um privilégio.

À Scientia Consultoria, nas pessoas do Dr. Renato Kipnis e Dra. Maria do Carmo
Santos, que me permitiram ter os recursos necessários para continuar estudando mesmo após
ao término de minha bolsa, e principalmente, por terem me possibilitado conhecer o contexto,
não apenas arqueológico, mas sócio-ambiental, de um trecho do rio Xingu e da Amazônia e
pessoas incríveis na cidade de Altamira-PA, numa experiência que me transformou
profundamente. Não posso deixar de agradecer aos inesquecíveis amigos, que me fazem falta,
especialmente àqueles com quem mais pude trabalhar e que tantas vezes me salvaram, me
ensinaram novos saberes, ou simplesmente ouviram meus desabafos ou continuam torcendo
por mim: Elenildo Lins, Ronério Santos, Elielson Lima, Edivaldo Santos (Negão), Edicley
Ferreira, Carlos Adriano, Adriano Sousa, Anderson Augusto (Sirene), Robson Mendonça
(Biscoito), Reginaldo, Jocimar Martins (Ligeirinho), Doegnes, Silvano e todos os outros
auxiliares aos quais só tenho a agradecer. À minha colega de quarto Márcia Bonfim, à Alquizia
Dorcas, ao casal Evania Barros e Gilcimar Barbosa, Francisco, Alexandre e Carlão, pelas
amizade e companhia diárias. Por fim, a Adriano Maia, quem tantas vezes me fez sorrir e me
confortou, tornando meus dias no Norte mais doces e a saudade do verde amazônico ainda
maior.

Aos colegas de trabalho do GTP-Perus, que compreenderam tantas vezes minha


ausência para finalização da presente pesquisa e que me fazem ter orgulho de pertencer a
equipe: Rafael Abreu, Patrícia Fischer, Márcia Hattori, Luana Alberto, Marina DiGiusto, Aline
Oliveira, Ana Tauhyl, Felipe Quadrado, Douglas Mansur e Jacob Gelwan.

À minha mãe, Claudia Inglez, por seu exemplo como mulher, mãe e professora, por
sua companhia, por seus conselhos, por sempre me apoiar e a quem devo grande parte do que
sou. Ao meu irmão, Lucas Inglez, meu parceiro e meu orgulho. Finalmente, ao meu gato Órion,
por confiar em mim e me alegrar sempre.
“No one is born hating another person because of the
color of his skin, or his background, or his religion.
People must learn to hate, and if they can learn to hate,
they can be taught to love, for love comes more
naturally to the human heart than its opposite.”

Nelson Mandela

“No one is born hating another person because of the


color of his skin, or his background, or his religion.
People must learn to hate, and if they can learn to hate,
they can be taught to love, for love comes more
naturally to the human heart than its opposite.”

Nelson Mandela
Resumo
A caracterização fenotípica representa uma temática clássica na biologia evolutiva e o
modo como diferentes caracteres respondem aos processos evolutivos tem sido problemática
frequente em estudos envolvendo as mais diversas espécies. O presente trabalho visou
investigar justamente como determinado fenótipo se comporta mediante o fluxo gênico.
Primeiramente, explorou-se a possibilidade de se identificar e distinguir a partir de análises de
traços craniométricos indivíduos anteriormente separados quanto a cor em três grupos: brancos,
negros e pardos. Em um segundo momento, testou-se se a morfologia craniana expressa por
indivíduos classificados como pardos seria intermediária em comparação com a expressa por
brancos e negros. As análises estatísticas uni e multivariadas empregadas sobre os diferentes
bancos de dados (dados brutos, dados das parcelas masculina e feminina separadamente, dados
corrigidos para tamanho e também corrigidos para normalidade) apontaram ser possível
discriminar os indivíduos previamente classificados de acordo com a cor em brancos, negros e
pardos. Estes últimos, por sua vez, apresentam morfologia intermediária entre os grupos
considerados parentais. Tais resultados permitem inferir que traços craniométricos, além de
bons marcadores para a compreensão das relações histórico-biológicas populacionais, também
seguiram o esperado como resposta ao fluxo gênico para um modelo de genética aditiva clássica
segundo o qual a população híbrida apresenta frequências médias entre as populações parentais.
Apesar de cor da pele e morfologia craniana representarem fenótipos com diferentes histórias
evolutivas, observou-se correlação entre os dois caracteres para esta amostra, evidenciando-se
que ambos representaram bons marcadores de mistura entre duas populações.

Palavras-chave: Morfologia híbrida; Fluxo Gênico; Craniometria; Bioantropologia.


Abstract
Phenotypic characterization is a classic theme in evolutionary biology. The way
different characters respond to evolutionary processes has been a frequent issue in studies
involving a diverse number of species. This study aimed to investigate how a particular
phenotype behaves by gene flow. First, it was explored the possibility to use analysis of
craniometric traits to identify and distinguish individuals previously sorted by color into three
groups: white, black and brown. Secondly, it was tested whether the cranial morphology
expressed by individuals classified as brown would be intermediate compared to that expressed
by whites and blacks. The univariate and multivariate statistical analysis used for the different
databases (raw databases, data from male and female portions separately, data ajusted regarding
size factor and normality) pointed out to be possible to discriminate individuals previously
classified as white, black and brown, the latter being presented as an intermediate morphology
between the considered parental groups. These results indicate that craniometric traits, besides
being good markers for understanding the historical-biological population relationships, also
followed as expected in response to gene flow for a classic additive genetic model, in which the
hybrid population has medium frequencies between parental populations. Although skin color
and cranial morphology represent phenotypes with different evolutionary histories, it was
observed a correlation between the two characters for this sample, indicating that both represent
good markers for mixture between two populations.

Key words: Hybrid morphology; Gene flow; Craniometry; Bioanthropology.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1. Landmarks coletados – Crânio em vista frontal ...................................................... 80

Figura 2. Landmarks coletados – Crânio em vista lateral esquerda. ....................................... 81

Figura 3. Landmarks coletados – Crânio em vista inferior. .................................................... 82

Figura 4. Gráfico comparativo de frequências de medidas estatisticamente distintas. ......... 152

Figura 5. Gráfico comparativo de frequências de medidas neurocranianas e faciais


estatisticamente distintas ........................................................................................................ 153

Figura 6. Gráfico comparativo de frequências de valores superiores para medidas distintas


................................................................................................................................................ 154

Figura 7. Gráfico comparativo das frequências das posições das médias de pardos em relação
às medias de brancos e negros ................................................................................................ 155

Figura 8. Gráfico comparativo das frequências com que as médias de pardos estiveram mais
próximas das médias de brancos ou de negros ....................................................................... 156

Figura 9. Dendograma gerado sobre a Matriz de Distâncias de Mahalanobis – Critério da média


dos grupos. Dados brutos, ambos os sexos, 62 medidas. Brancos, pardos e negros. ............. 168

Figura 10. Dendograma gerado sobre a Matriz de Distâncias de Mahalanobis – Método de


Ward. Dados brutos, ambos os sexos, 62 medidas. Brancos, pardos e negros. ...................... 168

Figura 11. Gráfico bidimensional produzido por Escalonamento Multidimensional sobre a


matriz de Distâncias de Mahalanobis, dados brutos, ambos os sexos, 62 medidas. Brancos,
pardos e negros. ...................................................................................................................... 169

Figura 12. Dendograma gerado sobre a Matriz de Distâncias de Mahalanobis – Critério da


média dos grupos. Dados brutos, ambos os sexos, 28 medidas do neuro-crânio. Brancos, pardos
e negros. .................................................................................................................................. 170

Figura 13. Dendograma gerado sobre a Matriz de Distâncias de Mahalanobis – Método de


Ward. Dados brutos, ambos os sexos, 28 medidas do neuro-crânio. Brancos, pardos e negros.
................................................................................................................................................ 170

Figura 14. Gráfico bidimensional produzido por Escalonamento Multidimensional sobre a


matriz de Distâncias de Mahalanobis, dados brutos, ambos os sexos, 28 medidas do neuro-
crânio. Brancos, pardos e negros. ........................................................................................... 171
Figura 15. Dendograma gerado sobre a Matriz de Distâncias de Mahalanobis – Critério da
média dos grupos. Dados brutos, ambos os sexos, 34 medidas da face. Brancos, pardos e negros.
................................................................................................................................................ 172

Figura 16. Dendograma gerado sobre a Matriz de Distâncias de Mahalanobis – Método de


Ward. Dados brutos, ambos os sexos, 34 medidas da face. Brancos, pardos e negros. ......... 172

Figura 17. Gráfico bidimensional produzido por Escalonamento Multidimensional sobre a


matriz de Distâncias de Mahalanobis, dados brutos, ambos os sexos, 34 medidas da face.
Brancos, pardos e negros. ....................................................................................................... 173

Figura 18. Dendograma gerado sobre a Matriz de Distâncias de Mahalanobis – Critério da


média dos grupos. Dados brutos, 62 medidas. Brancos, pardos e negros. Parcela masculina.
................................................................................................................................................ 174

Figura 19. Dendograma gerado sobre a Matriz de Distâncias de Mahalanobis – Método de


Ward. Dados brutos, 62 medidas. Brancos, pardos e negros. Parcela masculina. ................. 175

Figura 20. Gráfico bidimensional produzido por Escalonamento Multidimensional sobre a


matriz de Distâncias de Mahalanobis, dados brutos, 62 medidas. Brancos, pardos e negros.
Parcela masculina. .................................................................................................................. 175

Figura 21. Dendograma gerado sobre a Matriz de Distâncias de Mahalanobis – Critério da


média dos grupos. Dados brutos, 28 medidas do neuro-crânio. Brancos, pardos e negros. Parcela
masculina. ............................................................................................................................... 176

Figura 22. Dendograma gerado sobre a Matriz de Distâncias de Mahalanobis – Método de


Ward. Dados brutos, 28 medidas do neuro-crânio. Brancos, pardos e negros. Parcela masculina.
................................................................................................................................................ 177

Figura 23. Gráfico bidimensional produzido por Escalonamento Multidimensional sobre a


matriz de Distâncias de Mahalanobis, dados brutos, 28 medidas do neuro-crânio. Brancos,
pardos e negros. Parcela masculina ........................................................................................ 177

Figura 24. Dendograma gerado sobre a Matriz de Distâncias de Mahalanobis – Critério da


média dos grupos. Dados brutos, 34 medidas da face. Brancos, pardos e negros. Parcela
masculina ................................................................................................................................ 178

Figura 25. Dendograma gerado sobre a Matriz de Distâncias de Mahalanobis – Método de


Ward. Dados brutos, homens e mulheres, 34 medidas da face. Brancos, pardos e negros. Parcela
masculina. ............................................................................................................................... 179
Figura 26. Gráfico bidimensional produzido por Escalonamento Multidimensional sobre a
matriz de Distâncias de Mahalanobis, dados brutos, 34 medidas da face. Brancos, pardos e
negros. Parcela masculina....................................................................................................... 179

Figura 27. Dendograma gerado sobre a Matriz de Distâncias de Mahalanobis – Critério da


média dos grupos. Dados brutos, 62 medidas. Brancos, pardos e negros. Parcela feminina. 181

Figura 28. Dendograma gerado sobre a Matriz de Distâncias de Mahalanobis – Método de


Ward. Dados brutos, 62 medidas. Brancos, pardos e negros. Parcela feminina..................... 181

Figura 29. Gráfico bidimensional produzido por Escalonamento Multidimensional sobre a


matriz de Distâncias de Mahalanobis, dados brutos, 62 medidas. Brancos, pardos e negros.
Parcela feminina. .................................................................................................................... 182

Figura 30. Dendograma gerado sobre a Matriz de Distâncias de Mahalanobis – Critério da


média dos grupos. Dados brutos, 28 medidas do neuro-crânio. Brancos, pardos e negros. Parcela
feminina. ................................................................................................................................. 183

Figura 31. Dendograma gerado sobre a Matriz de Distâncias de Mahalanobis – Método de


Ward. Dados brutos, 28 medidas do neuro-crânio. Brancos, pardos e negros. Parcela feminina.
................................................................................................................................................ 183

Figura 32. Gráfico bidimensional produzido por Escalonamento Multidimensional sobre a


matriz de Distâncias de Mahalanobis, dados brutos, 28 medidas do neuro-crânio. Brancos,
pardos e negros. Parcela feminina .......................................................................................... 184

Figura 33. Dendograma gerado sobre a Matriz de Distâncias de Mahalanobis – Critério da


média dos grupos. Dados brutos, 34 medidas da face. Brancos, pardos e negros. Parcela
feminina. ................................................................................................................................. 185

Figura 34. Dendograma gerado sobre a Matriz de Distâncias de Mahalanobis – Método de


Ward. Dados brutos, 34 medidas da face. Brancos, pardos e negros. Parcela feminina. ....... 185

Figura 35. Gráfico bidimensional produzido por Escalonamento Multidimensional sobre a


matriz de Distâncias de Mahalanobis, dados brutos, 34 medidas da face. Brancos, pardos e
negros. Parcela feminina......................................................................................................... 186

Figura 36. Dendograma gerado sobre a Matriz de Distâncias de Mahalanobis – Critério da


média dos grupos. Dados corrigidos quanto a tamanho, 62 medidas. Brancos, pardos e negros.
................................................................................................................................................ 187
Figura 37. Dendograma gerado sobre a Matriz de Distâncias de Mahalanobis – Método de
Ward. Dados corrigidos quanto a tamanho, 62 medidas. Brancos, pardos e negros. ............. 188

Figura 38. Gráfico bidimensional produzido por Escalonamento Multidimensional sobre a


matriz de Distâncias de Mahalanobis, dados corrigidos quanto a tamanho, 62 medidas. Brancos,
pardos e negros. ...................................................................................................................... 188

Figura 39. Dendograma gerado sobre a Matriz de Distâncias de Mahalanobis – Critério da


média dos grupos. Dados corrigidos quanto a tamanho, 28 medidas do neuro-crânio. Brancos,
pardos e negros. ...................................................................................................................... 189

Figura 40. Dendograma gerado sobre a Matriz de Distâncias de Mahalanobis – Método de


Ward. Dados corrigidos quanto a tamanho, 28 medidas do neuro-crânio. Brancos, pardos e
negros. .................................................................................................................................... 190

Figura 41. Gráfico bidimensional produzido por Escalonamento Multidimensional sobre a


matriz de Distâncias de Mahalanobis, dados corrigidos quanto a tamanho, 28 medidas do neuro-
crânio. Brancos, pardos e negros. ........................................................................................... 190

Figura 42. Dendograma gerado sobre a Matriz de Distâncias de Mahalanobis – Critério da


média dos grupos. Dados corrigidos quanto a tamanho, 34 medidas da face. Brancos, pardos e
negros. .................................................................................................................................... 191

Figura 43. Dendograma gerado sobre a Matriz de Distâncias de Mahalanobis – Método de


Ward. Dados corrigidos quanto a tamanho, 34 medidas da face. Brancos, pardos e negros. 192

Figura 44. Gráfico bidimensional produzido por Escalonamento Multidimensional sobre a


matriz de Distâncias de Mahalanobis, dados corrigidos quanto a tamanho, 34 medidas da face.
Brancos, pardos e negros. ....................................................................................................... 192

Figura 45. Dendograma gerado sobre a Matriz de Distâncias de Mahalanobis – Critério da


média dos grupos. Dados corrigidos quanto a tamanho e sem outliers, 62 medidas. Brancos,
pardos e negros. ...................................................................................................................... 194

Figura 46. Dendograma gerado sobre a Matriz de Distâncias de Mahalanobis – Método de


Ward. Dados corrigidos quanto a tamanho e sem ouliers, 62 medidas. Brancos, pardos e negros.
................................................................................................................................................ 194

Figura 47. Gráfico bidimensional produzido por Escalonamento Multidimensional sobre a


matriz de Distâncias de Mahalanobis, dados corrigidos quanto a tamanho e sem outliers, 62
medidas. Brancos, pardos e negros. ........................................................................................ 195
Figura 48. Dendograma gerado sobre a Matriz de Distâncias de Mahalanobis – Critério da
média dos grupos. Dados corrigidos quanto a tamanho e sem outlieres, 28 medidas do neuro-
crânio. Brancos, pardos e negros. ........................................................................................... 196

Figura 49. Dendograma gerado sobre a Matriz de Distâncias de Mahalanobis – Método de


Ward. Dados corrigidos quanto a tamanho e sem outliers, 28 medidas do neuro-crânio. Brancos,
pardos e negros. ...................................................................................................................... 196

Figura 50. Gráfico bidimensional produzido por Escalonamento Multidimensional sobre a


matriz de Distâncias de Mahalanobis, dados corrigidos quanto a tamanho e sem outliers, 28
medidas do neuro-crânio. Brancos, pardos e negros. ............................................................. 197

Figura 51. Dendograma gerado sobre a Matriz de Distâncias de Mahalanobis – Critério da


média dos grupos. Dados corrigidos quanto a tamanho e sem outliers, 34 medidas da face.
Brancos, pardos e negros. ....................................................................................................... 198

Figura 52. Dendograma gerado sobre a Matriz de Distâncias de Mahalanobis – Método de


Ward. Dados corrigidos quanto a tamanho e sem outliers, 34 medidas da face. Brancos, pardos
e negros. .................................................................................................................................. 198

Figura 53. Gráfico bidimensional produzido por Escalonamento Multidimensional sobre a


matriz de Distâncias de Mahalanobis, dados corrigidos para tamanho, 34 medidas da face.
Brancos, pardos e negros. ....................................................................................................... 199

Figura 54. Gráfico de decaimento da porcentagem de variância condensada em cada


Componente Principal. 62 medidas. Dados brutos, ambos os sexos. ..................................... 202

Figura 55. Projeção das variáveis no morfo-espaço definido pelos dois primeiros Componentes
Principais. 62 medidas. Dados brutos, ambos os sexos. ......................................................... 205

Figura 56. Projeção dos indivíduos e elipses de dispersão dos grupos de cor no morfoespaço
definido pelos dois primeiros Componentes Principais. 62 medidas. Dados brutos, ambos os
sexos. ...................................................................................................................................... 206

Figura 57. Gráfico de decaimento da porcentagem de variância condensada em cada


Componente Principal. 28 medidas do neuro-crânio. Dados brutos, ambos os sexos. .......... 208

Figura 58. Projeção das variáveis no morfo-espaço definido pelos dois primeiros Componentes
Principais. 28 medidas do neuro-crânio. Dados brutos, ambos os sexos. .............................. 210
Figura 59. Projeção dos indivíduos e elipses de dispersão dos grupos de cor no morfoespaço
definido pelos dois primeiros Componentes Principais. 28 medidas do neuro-crânio.Dados
brutos, ambos os sexos. .......................................................................................................... 211

Figura 60. Gráfico de decaimento da porcentagem de variância condensada em cada


Componente Principal. 34 medidas da face. Dados brutos, ambos os sexos. ........................ 213

Figura 61. Projeção das variáveis no morfoespaço definido pelos dois primeiros Componentes
Principais. 34 medidas da face. Dados brutos, ambos os sexos. ........................................... 215

Figura 62. Projeção dos indivíduos e elipses de dispersão dos grupos de cor no morfo-espaço
definido pelos dois primeiros Componentes Principais. 34 medidas da face. Dados brutos,
ambos os sexos. ...................................................................................................................... 216

Figura 63. Gráfico de decaimento da porcentagem de variância condensada em cada


Componente Principal. 62 medidas. Dados brutos, parcela masculina. ................................. 219

Figura 64. Projeção das variáveis no morfoespaço definido pelos dois primeiros Componentes
Principais. 62 medidas. Dados brutos, parcela masculina. ..................................................... 222

Figura 65. Projeção dos indivíduos e elipses de dispersão dos grupos de cor no morfoespaço
definido pelos dois primeiros Componentes Principais. 62 medidas. Dados brutos, parcela
masculina. ............................................................................................................................... 223

Figura 66.Gráfico de decaimento da porcentagem de variância condensada em cada


Componente Principal. 28 medidas do neuro-crânio. Dados brutos. Parcela masculina. ...... 225

Figura 67. Projeção das variáveis no morfoespaço definido pelos dois primeiros Componentes
Principais. 28 medidas do neuro-crânio. Dados brutos, parcela masculina. .......................... 227

Figura 68. Projeção dos indivíduos e elipses de dispersão dos grupos de cor no morfoespaço
definido pelos dois primeiros Componentes Principais. 28 medidas do neuro-crânio. Dados
brutos, parcela masculina. ...................................................................................................... 228

Figura 69. Gráfico de decaimento da porcentagem de variância condensada em cada


Componente Principal. 34 medidas da face. Dados brutos, parcela masculina...................... 230

Figura 70. Projeção das variáveis no morfoespaço definido pelos dois primeiros Componentes
Principais. 34 medidas da face. Dados brutos, parcela masculina. ....................................... 232
Figura 71. Projeção dos indivíduos e elipses de dispersão dos grupos de cor no morfoespaço
definido pelos dois primeiros Componentes Principais. 34 medidas da face. Dados brutos,
parcela masculina. .................................................................................................................. 233

Figura 72. Gráfico de decaimento da porcentagem de variância condensada em cada


Componente Principal. 62 medidas. Dados brutos, parcela feminina. ................................... 236

Figura 73. Projeção das variáveis no morfoespaço definido pelos dois primeiros Componentes
Principais. 62 medidas. Dados brutos, parcela feminina. ....................................................... 239

Figura 74. Projeção dos indivíduos e elipses de dispersão dos grupos de cor no morfoespaço
definido pelos dois primeiros Componentes Principais. 62 medidas. Dados brutos, parcela
feminina. ................................................................................................................................. 240

Figura 75. Gráfico de decaimento da porcentagem de variância condensada em cada


Componente Principal. 28 medidas do neuro-crânio. Dados brutos, parcela feminina.......... 242

Figura 76. Projeção das variáveis no morfoespaço definido pelos dois primeiros Componentes
Principais. 28 medidas do neuro-crânio. Dados brutos, parcela feminina. ............................ 244

Figura 77. Projeção dos indivíduos e elipses de dispersão dos grupos de cor no morfoespaço
definido pelos dois primeiros Componentes Principais. 28 medidas do neuro-crânio. Dados
brutos, parcela feminina. ........................................................................................................ 245

Figura 78. Gráfico de decaimento da porcentagem de variância condensada em cada


Componente Principal. 34 medidas da face. Dados brutos, parcela feminina........................ 247

Figura 79. Projeção das variáveis no morfoespaço definido pelos dois primeiros Componentes
Principais. 34 medidas da face. Dados brutos, parcela feminina. ......................................... 249

Figura 80. Projeção dos indivíduos e elipses de dispersão dos grupos de cor no morfoespaço
definido pelos dois primeiros Componentes Principais. 34 medidas da face. Dados brutos.
Parcela masculina. .................................................................................................................. 250

Figura 81. Gráfico de decaimento da porcentagem de variância condensada em cada


Componente Principal. 62 medidas. Dados corrigidos para tamanho e sem outliers. ............ 253

Figura 82. Projeção das variáveis no morfo-espaço definido pelos dois primeiros Componentes
Principais. 62 medidas. Dados corrigidos para tamanho e sem outlieres............................... 256
Figura 83. Projeção dos indivíduos e elipses de dispersão dos grupos de cor no morfoespaço
definido pelos dois primeiros Componentes Principais. 62 medidas. Dados corrigidos para
tamanho e sem outliers. .......................................................................................................... 257

Figura 84. Gráfico de decaimento da porcentagem de variância condensada em cada


Componente Principal. 28 medidas do neuro-crânio. Dados corrigidos para tamanho e sem
outliers. ................................................................................................................................... 259

Figura 85. Projeção das variáveis no morfo-espaço definido pelos dois primeiros Componentes
Principais. 28 medidas do neuro-crânio. Dados corrigidos pra tamaanho e sem outliers. ..... 261

Figura 86. Projeção dos indivíduos e elipses de dispersão dos grupos de cor no morfoespaço
definido pelos dois primeiros Componentes Principais. 28 medidas do neuro-crânio. Dados
corrigidos para tamanho e sem outliers. ................................................................................. 262

Figura 87. Gráfico de decaimento da porcentagem de variância condensada em cada


Componente Principal. 34 medidas da face. Dados corrigidos e sem outliers. ...................... 264

Figura 88. Projeção das variáveis no morfoespaço definido pelos dois primeiros Componentes
Principais. 34 medidas da face. Dados corrigidos para tamanho e sem outliers. .................. 266

Figura 89. Projeção dos indivíduos e elipses de dispersão dos grupos de cor no morfo-espaço
definido pelos dois primeiros Componentes Principais. 34 medidas da face. Dados corrigidos
para tamanho e sem outliers. .................................................................................................. 267
LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Landmarks craniométricos adotados, suas definições e referências. ....................... 73

Tabela 2. Definições das distâncias lineares utilizadas. .......................................................... 83

Tabela 3. Estatísticas descritivas para as 62 variáveis dentro de cada grupo de indivíduos


classificados quanto à cor da pele. Ambos os sexos................................................................. 98

Tabela 4. Valores de p para o teste ANOVA aplicado sobre os grupos de brancos, negros e
pardos em conjunto. Em destaque, valores de p inferiores a 0,05. Ambos os sexos. ............. 101

Tabela 5. Variáveis com médias significativamente distintas (p<0.05) de acordo com o teste
ANOVA, com diferença entre as médias e indicação do grupo com média superior ou inferior
para cada par. Ambos os sexos. .............................................................................................. 103

Tabela 6. Posição das médias de pardos em relação às médias de brancos e negros, para cada
uma das 62 variáveis. Ambos os sexos. ................................................................................. 105

Tabela 7. Frequência dos posicionamentos das médias de pardos em relação às médias de


brancos e negros. Ambos os sexos. ........................................................................................ 107

Tabela 8. Valores de p obtidos com o teste T2 de Hotelling aplicado sobre as 62 medidas


cranianas disponíveis, para os diferentes pares de grupos de cor. .......................................... 108

Tabela 9. Valores de p obtidos com o teste T2 de Hotelling aplicado sobre as 28 medidas


neurocranianas, para os diferentes pares de grupos de cor. .................................................... 108

Tabela 10. Valores de p obtidos com o teste T2 de Hotelling aplicado sobre as 34 medidas
faciais, para os diferentes pares de grupos de cor................................................................... 108

Tabela 11. Estatísticas descritivas para as 62 variáveis dentro de cada grupo de indivíduos
classificados quanto à cor da pele. Parcela masculina............................................................ 109

Tabela 12. Valores de p para o teste ANOVA aplicado sobre os grupos de brancos, negros e
pardos em conjunto. Em destaque, valores de p inferiores a 0,05. Parcela masculina ........... 111

Tabela 13. Variáveis com médias significativamente distintas (p<0.05) de acordo com o teste
ANOVA, com diferença entre as médias e indicação do grupo com média superior ou inferior
para cada par. Parcela masculina. ........................................................................................... 114

Tabela 14. Posição das médias de pardos em relação às médias de brancos e negros, para cada
uma das 62 variáveis. Parcela masculina................................................................................ 116
Tabela 15. Frequência dos posicionamentos das médias de pardos em relação às médias de
brancos e negros. Parcela masculina. ..................................................................................... 118

Tabela 16. Valores de p obtidos com o teste T2 de Hotelling aplicado sobre as 62 medidas
cranianas disponíveis, para os diferentes pares de grupos de cor. Parcela masculina. ........... 118

Tabela 17. Valores de p obtidos com o teste T2 de Hotelling aplicado sobre as 28 medidas
neurocranianas, para os diferentes pares de grupos de cor. Parcela masculina. ..................... 119

Tabela 18. Valores de p obtidos com o teste T2 de Hotelling aplicado sobre as 34 medidas
faciais, para os diferentes pares de grupos de cor. Parcela masculina.................................... 119

Tabela 19. Estatísticas descritivas para as 62 variáveis dentro de cada grupo de indivíduos
classificados quanto à cor da pele. Parcela feminina.............................................................. 120

Tabela 20. Valores de p para o teste ANOVA aplicado sobre os grupos de brancos, negros e
pardos em conjunto. Em destaque, valores de p inferiores a 0,05. Parcela feminina. ............ 122

Tabela 21. Variáveis com médias significativamente distintas (p<0.05) de acordo com o teste
ANOVA, com diferença entre as médias e indicação do grupo com média superior ou inferior
para cada par. Parcela feminina. ............................................................................................. 125

Tabela 22. Posição das médias de pardos em relação às médias de brancos e negros, para cada
uma das 62 variáveis. Parcela feminina.................................................................................. 126

Tabela 23. Frequência dos posicionamentos das médias de pardas em relação às médias de
brancas e negras. Parcela feminina ......................................................................................... 128

Tabela 24. Valores de p obtidos com o teste T2 de Hotelling aplicado sobre as 62 medidas
cranianas disponíveis, para os diferentes pares de grupos de cor. Parcela feminina. ............. 128

Tabela 25. Valores de p obtidos com o teste T2 de Hotelling aplicado sobre as 28 medidas
neurocranianas, para os diferentes pares de grupos de cor. Parcela feminina. ....................... 129

Tabela 26. Valores de p obtidos com o teste T2 de Hotelling aplicado sobre as 34 medidas
faciais, para os diferentes pares de grupos de cor. Parcela feminina...................................... 129

Tabela 27. Estatísticas descritivas para as 62 variáveis dentro de cada grupo de indivíduos
classificados quanto à cor da pele. Dados corrigidos para tamanho. Ambos os sexos. ......... 130

Tabela 28. Valores de p para o teste ANOVA aplicado sobre os grupos de brancos, negros e
pardos em conjunto. Em destaque, valores de p inferiores a 0,05. Dados corrigidos para
tamanho. Ambos os sexos. ..................................................................................................... 133
Tabela 29. Variáveis com médias significativamente distintas (p<0.05) de acordo com o teste
ANOVA, com diferença entre as médias e indicação do grupo com média superior ou inferior
para cada par. Dados corrigidos para tamanho. Ambos os sexos. .......................................... 135

Tabela 30. Posição das médias de pardos em relação às médias de brancos e negros, para cada
uma das 62 variáveis............................................................................................................... 137

Tabela 31. Frequência dos posicionamentos das médias de pardos em relação às médias de
brancos e negros. Dados corrigidos para tamanho. Ambos os sexos em conjunto. ............... 139

Tabela 32. Valores de p obtidos com o teste T2 de Hotelling aplicado sobre as 62 medidas
cranianas disponíveis, para os diferentes pares de grupos de cor. Dados corrigidos para
tamanho. Ambos os sexos em conjunto. ................................................................................ 140

Tabela 33. Valores de p obtidos com o teste T2 de Hotelling aplicado sobre as 28 medidas
neurocranianas, para os diferentes pares de grupos de cor. Dados corrigidos para tamanho.
Ambos os sexos em conjunto. ................................................................................................ 140

Tabela 34. Valores de p obtidos com o teste T2 de Hotelling aplicado sobre as 34 medidas
faciais, para os diferentes pares de grupos de cor. Dados corrigidos para tamanho. Ambos os
sexos em conjunto. ................................................................................................................. 140

Tabela 35. Estatísticas descritivas para as 62 variáveis dentro de cada grupo de indivíduos
classificados quanto à cor da pele. Dados corrigidos para tamanho. Ambos os sexos. Sem
outliers. ................................................................................................................................... 142

Tabela 36. Valores de p para o teste ANOVA aplicado sobre os grupos de brancos, negros e
pardos em conjunto. Em destaque, valores de p inferiores a 0,05. Dados corrigidos para
tamanho. Ambos os sexos. Sem outliers ................................................................................ 144

Tabela 37. Variáveis com médias significativamente distintas (p<0.05) de acordo com o teste
ANOVA, com diferença entre as médias e indicação do grupo com média superior ou inferior
para cada par. Dados corrigidos para tamanho. Dados corrigidos para tamanho. Ambos os
sexos. Sem outliers. ................................................................................................................ 147

Tabela 38 Posição das médias de pardos em relação às médias de brancos e negros, para cada
uma das 62 variáveis. Dados corrigidos para tamanho e sem outliers. .................................. 149

Tabela 39. Frequência dos posicionamentos das médias de pardos em relação às médias de
brancos e negros. Dados corrigidos para tamanho e sem outliers. Ambos os sexos em conjunto.
................................................................................................................................................ 151
Tabela 40. Valores de p obtidos com o teste T2 de Hotelling aplicado sobre as 62 medidas
cranianas disponíveis, para os diferentes pares de grupos de cor. Dados corrigidos para tamanho
e sem outliers. Ambos os sexos em conjunto ......................................................................... 151

Tabela 41. Valores de p obtidos com o teste T2 de Hotelling aplicado sobre as 28 medidas
neurocranianas, para os diferentes pares de grupos de cor. Dados corrigidos para tamanho sem
outliers. Ambos os sexos em conjunto. .................................................................................. 151

Tabela 42. Valores de p obtidos com o teste T2 de Hotelling aplicado sobre as 34 medidas
faciais, para os diferentes pares de grupos de cor. Dados corrigidos para tamanho sem outliers.
Ambos os sexos em conjunto ................................................................................................. 152

Tabela 43. Valores de p obtidos com os testes T2 de Hotelling e MANOVA para os diferentes
bancos de dados. ..................................................................................................................... 157

Tabela 44. Matriz de Classificação por Funções Discriminantes – dados brutos, ambos os
sexos, 62 medidas. .................................................................................................................. 157

Tabela 45. Matriz de Classificação por Funções Discriminantes – dados brutos, ambos os
sexos, 62 medidas. Brancos e negros ..................................................................................... 158

Tabela 46. Matriz de Classificação por Funções Discriminantes – dados brutos, ambos os
sexos, 28 medidas do neuro-crânio......................................................................................... 158

Tabela 47. Matriz de Classificação por Funções Discriminantes – dados brutos, ambos os
sexos, 34 medidas da face....................................................................................................... 159

Tabela 48. Matriz de Classificação por Funções Discriminantes – dados brutos, 62 medidas.
Parcela masculina. .................................................................................................................. 159

Tabela 49. Matriz de Classificação por Funções Discriminantes – dados brutos, 62 medidas.
Brancos e negros. Parcela masculina. ..................................................................................... 159

Tabela 50. Matriz de Classificação por Funções Discriminantes – dados brutos, 28 medidas do
neuro-crânio. Parcela masculina. ............................................................................................ 160

Tabela 51. Matriz de Classificação por Funções Discriminantes – dados brutos, 34 medidas da
face. Parcela masculina........................................................................................................... 160

Tabela 52. Matriz de Classificação por Funções Discriminantes – dados brutos, 62 medidas.
Parcela feminina. .................................................................................................................... 161
Tabela 53. Matriz de Classificação por Funções Discriminantes – dados brutos, 62 medidas.
Brancas e negras. Parcela feminina. ....................................................................................... 161

Tabela 54. Matriz de Classificação por Funções Discriminantes – dados brutos, 28 medidas do
neuro-crânio. Parcela feminina. .............................................................................................. 162

Tabela 55. Matriz de Classificação por Funções Discriminantes – dados brutos, 34 medidas da
face. Parcela feminina............................................................................................................. 162

Tabela 56. Matriz de Classificação por Funções Discriminantes – dados corrigidos para
tamanho, 62 medidas. ............................................................................................................. 163

Tabela 57. Matriz de Classificação por Funções Discriminantes – dados corrigidos para
tamanho, 62 medidas. Brancos e negros. ............................................................................... 163

Tabela 58. Matriz de Classificação por Funções Discriminantes – dados corrigidos para
tamanho, 28 medidas do neuro-crânio. ................................................................................... 164

Tabela 59. Matriz de Classificação por Funções Discriminantes – dados corrigidos para
tamanho, 34 medidas da face .................................................................................................. 164

Tabela 60. Matriz de Classificação por Funções Discriminantes – dados corrigidos para
tamanho e sem outliers, 62 medidas. ...................................................................................... 165

Tabela 61. Matriz de Classificação por Funções Discriminantes – dados corrigidos para
tamanho e sem outliers, 62 medidas. Brancos e negros. ........................................................ 165

Tabela 62. Matriz de Classificação por Funções Discriminantes – dados corrigidos para
tamanho e sem outliers, 28 medidas do neuro-crânio. ........................................................... 165

Tabela 63. Matriz de Classificação por Funções Discriminantes – dados corrigidos para
tamanho e sem outliers, 34 medidas da face. ......................................................................... 166

Tabela 64. Distâncias de Mahalanobis – 62 medidas, dados brutos, ambos os sexos. .......... 167

Tabela 65. Distâncias de Mahalanobis – 28 medidas do neuro-crânio, dados brutos, ambos os


sexos. ...................................................................................................................................... 169

Tabela 66. Distâncias de Mahalanobis – 34 medidas da face, dados brutos, ambos os sexos.
................................................................................................................................................ 171

Tabela 67. Distâncias de Mahalanobis – 62 medidas, dados brutos. Parcela masculina. ...... 174
Tabela 68. Distâncias de Mahalanobis – 28 medidas do neuro-crânio, dados brutos. Parcela
masculina. ............................................................................................................................... 176

Tabela 69. Distâncias de Mahalanobis – 34 medidas da face, dados brutos. Parcela masculina.
................................................................................................................................................ 176

Tabela 70. Distâncias de Mahalanobis – 62 medidas, dados brutos, parcela feminina. ........ 180

Tabela 71. Distâncias de Mahalanobis – 28 medidas do neuro-crânio, dados brutos. Parcela


feminina. ................................................................................................................................. 182

Tabela 72. Distâncias de Mahalanobis – 34 medidas da face, dados brutos. Parcela feminina.
................................................................................................................................................ 184

Tabela 73. Distâncias de Mahalanobis – 62 medidas, dados corrigidos quanto a tamanho. . 187

Tabela 74. Distâncias de Mahalanobis – 28 medidas do neuro-crânio, dados corrigidos quanto


a tamanho................................................................................................................................ 189

Tabela 75. Distâncias de Mahalanobis – 34 medidas da face, dados corrigidos quanto a


tamanho. ................................................................................................................................. 191

Tabela 76. Distâncias de Mahalanobis – 62 medidas, dados corrigidos quanto a tamanho e sem
outliers .................................................................................................................................... 193

Tabela 77. Distâncias de Mahalanobis – 28 medidas do neuro-crânio, dados corrigidos quanto


a tamanho e sem outliers. ....................................................................................................... 195

Tabela 78. Distâncias de Mahalanobis – 34 medidas da face, dados corrigidos quanto a tamanho
e sem outliers. ......................................................................................................................... 197

Tabela 79. Autovalores da matriz de covariância e porcentagens de variância explicadas por


cada Componente Principal. 62 medidas. Dados brutos, ambos os sexos.............................. 200

Tabela 80. Correlação entre as variáveis originais e os Componentes Principais extraídos da


matriz de covariância. 62 medidas. Dados brutos, ambos os sexos. ...................................... 203

Tabela 81. Autovalores da matriz de covariância e porcentagens de variância explicadas por


cada Componente Principal. 28 medidas do neuro-crânio. Dados brutos, ambos os sexos. .. 207

Tabela 82. Correlação entre as variáveis originais e os Componentes Principais extraídos da


matriz de covariância. 28 medidas do neuro-crânio. Dados brutos, ambos os sexos. ............ 208
Tabela 83. Autovalores da matriz de covariância e porcentagens de variância explicadas por
cada Componente Principal. 34 medidas da face. Dados brutos, ambos os sexos. ................ 212

Tabela 84. Correlação entre as variáveis originais e os Componentes Principais extraídos da


matriz de covariância. 34 medidas da face. Dados brutos, ambos os sexos. .......................... 213

Tabela 85. Autovalores da matriz de covariância e porcentagens de variância explicadas por


cada Componente Principal. 62 medidas. Dados brutos, parcela masculina. ......................... 217

Tabela 86. Correlação entre as variáveis originais e os Componentes Principais extraídos da


matriz de covariância. 62 medidas. Dados brutos, parcela masculina. .................................. 219

Tabela 87. Autovalores da matriz de covariância e porcentagens de variância explicadas por


cada Componente Principal. 28 medidas do neuro-crânio. Dados brutos, parcela masculina.
................................................................................................................................................ 224

Tabela 88. Correlação entre as variáveis originais e os Componentes Principais extraídos da


matriz de covariância. 28 medidas do neuro-crânio. Dados brutos, parcela masculina. ........ 225

Tabela 89. Autovalores da matriz de covariância e porcentagens de variância explicadas por


cada Componente Principal. 34 medidas da face. Dados brutos, parcela masculina. ............ 224

Tabela 90. Correlação entre as variáveis originais e os Componentes Principais extraídos da


matriz de covariância. 34 medidas da face. Dados brutos, parcela masculina. ...................... 230

Tabela 91. Autovalores da matriz de covariância e porcentagens de variância explicadas por


cada Componente Principal. 62 medidas. Dados brutos, parcela feminina ............................ 234

Tabela 92. Correlação entre as variáveis originais e os Componentes Principais extraídos da


matriz de covariância. 62 medidas. Dados brutos, parcela feminina. .................................... 236

Tabela 93. Autovalores da matriz de covariância e porcentagens de variância explicadas por


cada Componente Principal. 28 medidas do neuro-crânio. Dados brutos, parcela feminina. 241

Tabela 94. Correlação entre as variáveis originais e os Componentes Principais extraídos da


matriz de covariância. 28 medidas do neuro-crânio. Dados brutos, parcela feminina. .......... 242

Tabela 95. Autovalores da matriz de covariância e porcentagens de variância explicadas por


cada Componente Principal. 34 medidas da face. Dados brutos, parcela feminina. .............. 246

Tabela 96. Correlação entre as variáveis originais e os Componentes Principais extraídos da


matriz de covariância. 34 medidas da face. Dados brutos, parcela feminina. ........................ 247
Tabela 97. Autovalores da matriz de covariância e porcentagens de variância explicadas por
cada Componente Principal. 62 medidas. Dados corrigidos para tamanho e sem outliers. ... 251

Tabela 98. Correlação entre as variáveis originais e os Componentes Principais extraídos da


matriz de covariância. 62 medidas. Dados corrigidos para tamanho e sem outliers. ............. 253

Tabela 99. Autovalores da matriz de covariância e porcentagens de variância explicadas por


cada Componente Principal. 28 medidas do neuro-crânio. Dados corrigidos para tamanho e sem
outliers. ................................................................................................................................... 258

Tabela 100. Correlação entre as variáveis originais e os Componentes Principais extraídos da


matriz de covariância. 28 medidas do neuro-crânio. Dados corrigidos para tamanho e sem
outliers. ................................................................................................................................... 259

Tabela 101. Autovalores da matriz de covariância e porcentagens de variância explicadas por


cada Componente Principal. 34 medidas da face. Dados corrigidos para tamanho e sem outliers.
................................................................................................................................................ 263

Tabela 102. Correlação entre as variáveis originais e os Componentes Principais extraídos da


matriz de covariância. 34 medidas da face. Dados corrigidos para tamanho e sem outliers. . 264
SUMÁRIO

Introdução ............................................................................................................................... 28

Capítulo 1. Antropologia Biológica ....................................................................................... 32

Capítulo 2. A Abordagem Craniométrica ............................................................................ 36

2.1. Breve histórico ............................................................................................................... 36


2.2. Craniometria e o estudo de populações híbridas ou miscigenadas ................................ 40
Capítulo 3. Cor da Pele .......................................................................................................... 47

Capítulo 4. Revisão histórica sobre o conceito de raça e variabilidade ............................. 55

4.1. No início... ..................................................................................................................... 55


4.2. Mudanças após o século XIX?....................................................................................... 60
4.3. Estudos atuais sobre a variabilidade biológica humana................................................. 66
Capítulo 5. Material e Métodos ............................................................................................. 71

5.1. Material .......................................................................................................................... 71


5.2. Métodos ......................................................................................................................... 72
5.2.1. Abordagem craniométrica....................................................................................... 72
5.2.2. Tratamento dos dados ............................................................................................. 89
5.2.3. Análises Estatísticas ................................................................................................ 90
5.2.3.1. Estatísticas descritivas e Análises de Variância ............................................... 91
5.2.3.2. Análise de Funções Discriminantes .................................................................. 92
5.2.3.3. Distâncias de Mahalanobis, Análise de Agrupamentos e Escalonamento
Multidimensional ........................................................................................................... 93
5.2.3.4. Análise de Componentes Principais ................................................................. 95
Capítulo 6. Resultados............................................................................................................ 98

6.1. Estatísticas descritivas e análises univariadas................................................................ 98


6.1.1. Dados brutos ........................................................................................................... 98
6.1.1.1. Parcelas masculina e feminina, indiscriminadamente ...................................... 98
6.1.1.2. Parcela masculina ........................................................................................... 109
6.1.1.3. Parcela feminina ............................................................................................. 119
6.1.2. Análises dos dados corrigidos para tamanho ....................................................... 130
6.1.3. Análises dos dados corrigidos para tamanho, sem outliers ................................. 141
6.2. Análise por Funções Discriminantes ........................................................................... 157
6.2.1. Dados brutos ......................................................................................................... 157
6.2.1.1. Parcelas masculina e feminina, indiscriminadamente .................................... 157
6.2.1.2. Parcela masculina ........................................................................................... 159
6.2.1.3. Parcela feminina ............................................................................................. 161
6.2.2. Dados corrigidos para tamanho ........................................................................... 162
6.2.3. Dados corrigidos para tamanho e com outliers removidos .................................. 164
6.3. Distâncias de Mahalanobis, Análises de Agrupamento e Escalonamento
Multidimensional ................................................................................................................ 167
6.3.1. Dados brutos, parcelas masculina e feminina, indiscriminadamente .................. 167
6.3.2. Dados Brutos: parcela masculina ......................................................................... 174
6.3.3. Dados brutos: parcela feminina ............................................................................ 180
6.3.4. Dados corrigidos quanto ao fator tamanho .......................................................... 186
6.3.5. Dados corrigidos para tamanho e sem outliers .................................................... 193
6.4. Análise de Componentes Principais ............................................................................ 200
6.4.1. Dados brutos, parcelas masculina e feminina, indiscriminadamente .................. 200
6.4.2. Dados brutos: parcela masculina ......................................................................... 217
6.4.3. Dados brutos: parcela feminina ............................................................................ 233
6.4.4. Dados corrigidos para tamanho e sem outliers .................................................... 251
Capítulo 7. Discussão e Considerações Finais .................................................................... 270

7.1. Discussão ..................................................................................................................... 270


7.2. Considerações finais .................................................................................................... 281
8. Referências ........................................................................................................................ 283

9. Anexos ................................................................................................................................ 292


28

Introdução

A evolução fenotípica representa uma temática clássica na biologia evolutiva. Como


diferentes caracteres respondem aos processos evolutivos tem sido problemática frequente em
estudos envolvendo as mais diversas espécies. O presente trabalho visa investigar justamente
como determinado fenótipo se comporta mediante fluxo gênico.

Em populações humanas os efeitos da mistura têm sido mais amplamente estudados


por meio de marcadores sorológicos e moleculares, com o desenvolvimento de técnicas que se
utilizam de marcadores genéticos, distâncias genéticas ou com estimativa da proporção de
genes derivados dos grandes grupos de ancestralidade geográfica.

Por outro lado, poucos esforços têm sido empreendidos para a análise de traços
quantitativos e, portanto, a morfologia craniofacial expressa em situações de miscigenação
permanece amplamente inexplorada. Dentre os estudos já realizados, têm-se percebido que
abordagens multivariadas morfométricas para a variação craniofacial permitem a reconstrução
dos padrões genéticos e microevolutivos subjacentes às populações.

Independente da abordagem e metodologia escolhidas, os estudos sobre mistura em


poulações humanas têm buscado melhor entendimento do processo de colonização, maior
conhecimento sobre as populações nativas e sobre as relações entre os grupos de diferentes
ancestralidades. Considerando as características do continente americano, em especial da
América Latina, onde durante cinco séculos, três populações mais ou menos diversas
(ameríndios, europeus e africanos) entraram em contato, interagiram e se misturaram, pode-se
considerar tal contexto como um experimento natural para estudos em antropologia e biologia
evolutiva.

As coleções dos museus paulistas, mais especificamente os acervos de crânios do


Museu de Anatomia Humana da Universidade de São Paulo (MAH-USP) e do Museu de
Anatomia da Universidade Federal do Estado de São Paulo (UNIFESP), somadas, apresentam
mais de 800 crânios e disponibilizam, da mesma maneira, diferentes dados sobre os mesmos,
como identificação quanto ao sexo, à idade, à data e à causa de morte, e à cor da pele.

A presente dissertação parte justamente de tais considerações e questiona inicialmente


se haveria relação entre os grupos de cor nos quais os indivíduos foram classificados e a
morfologia craniana dos mesmos.
29

Como será apresentado a seguir, o atual conhecimento sobre a determinação da cor da


pele em nossa espécie ainda está longe de ser completo, mas o que se tem observado é que o
cruzamento de indivíduos de pele mais clara com indivíduos de pele mais escura, resulta em
uma prole com tom de pele intermediário. Nos museus, os indivíduos com os diferentes tons de
pele, mais claros, mais escuros e intermediários, estão classificados como brancos, negros e
pardos.

A divisão da humanidade em grupos biológicos fechados já foi tópico amplamente


discutido e sabe-se atualmente que não se trata da interpretação adequada para explicar a
distribuição da variabilidade em nossa espécie. Ressalta-se, portanto, que a presente pesquisa
considera a subjetividade da classificação dos indivíduos nos grupos de cor, já que seus limites
não são claros mas contínuos e que tal classificação ainda foi dependente da avaliação de
diferentes médicos com influências sócio-culturais variadas. Ainda assim, é possível explorar
a relação entre morfologia craniana e a cor da pele dos indivíduos, na busca de entendimento
do processo de fluxo gênico.

Considerando tais classificações e os acervos paulistas de crânios humanos que


representam um bom cenário para o estudo da morfologia de populações miscigenadas, foram
definidos os objetivos dessa pesquisa, quais sejam: 1º) Verificar se é possível distinguir os
grupos de brancos, negros e pardos, previamente classificados de acordo com a cor da pele, por
meio de análise da morfologia craniana e 2º) Identificar como se apresenta a morfologia
craniana de indivíduos considerados pardos (híbridos) em relação à morfologia craniana de
indivíduos classificados como brancos e negros.

A partir dos objetivos acima, foram elaboradas as duas hipóteses a serem testadas.

Hipótese Nula: Não é possível a partir de análises de traços craniométricos identificar e


distinguir os crânios separados nos três grupos de cor: brancos, negros e pardos.

Hipótese de trabalho: A morfologia expressa pelos crânios de indivíduos classificados como


pardos é intermediária em comparação com a expressa por brancos e negros, seguindo o modelo
tradicional de fluxo gênico previsto pela genética de populações.

Para atender os objetivos definidos e testar as hipóteses acima descritas, realizou-se


uma revisão teórica sobre a temática central e os tópicos a ela relacionados e definiu-se como
metodologia de estudo a abordagem craniométrica com análises estatísticas uni e multivariadas
a partir dos dados coletados.
30

Os capítulos que se seguem apresentam o que foi realizado tanto no que se refere à
teoria estudada, quanto à coleta, tratamento e análise dos dados. Inicia-se com a apresentação
de uma revisão histórica da Antropologia Biológica como disciplina, área de estudo dentro da
qual se enquadra a presente pesquisa. Dando sequência, um breve histórico da abordagem
craniométrica e os estudos atuais em craniometria, com destaque para o estudo de populações
híbridas ou miscigenadas. Em seguida, uma revisão sobre o que se sabe sobre determinação da
cor da pele e por fim, uma revisão sobre o conceito de raça para nossa espécie, com as
implicações de sua utilização e a visão atual dos bioantropólogos, tema diretamente relacionado
com este trabalho já que a cor da pele e a morfologia craniana foram aspectos biológicos muito
utilizados para a definição dos grupos raciais e ainda hoje importantes para estudos relacionados
a ancestralidade. Na segunda parte do trabalho os capítulos referem-se à descrição dos materiais
e métodos utilizados, à apresentação dos resultados obtidos, à discussão dos mesmos e as
considerações finais.
31

Capítulo 1

Antropologia Biológica
__________________________________
32

Capítulo 1. Antropologia Biológica

Pessoas de diferentes padrões físicos, línguas e comportamentos puderam ser


conhecidas com o início das viagens transoceânicas e transcontinentais. As descrições dos
diferentes povos observados e o desenvolvimento de novas ideias sobre outros grupos humanos,
nas universidades, resultaram na disciplina denominada Antropologia (Larsen, 2008).

Pode-se definir Antropologia como o estudo da humanidade, sob a perspectiva de


todos os povos em todos os períodos, o que exige considerar ciências humanas e biológicas e o
que torna a Antropologia um estudo inter e multidisciplinar (Jurmain & Nelson, 1994; Larsen,
2008).

De acordo com a escola norte americana, inicialmente, mas espalhando-se para outros
países, foram estipulados quatro ramos para as pesquisas antropológicas: a Antropologia
Sociocultural, a Arqueologia, a Linguística e a Antropologia Física ou Biológica (Stein &
Rowe, 1996).

O presente trabalho é característico desse último ramo, interessado na biologia humana


do passado e do presente, considerando a evolução e a variação em nossa espécie, formas de
vida e relações passadas, além da interação entre os aspectos biológicos e os aspectos culturais
(Larsen, 2008).

A Antropologia Física começou a definir-se de como disciplina no início do século


XIX, muitas vezes reconhecida como ciência a partir da data da formação da Société
d’Anthropologie de Paris, em 1859, mas com os antropólogos físicos se autodenominando dessa
maneira apenas a partir de 1930 (Poirier et al., 1994).

Sua origem se deu no perído da Revolução Industrial, de diversas revoluções políticas


e ainda sobre os pilares do Iluminismo iniciado no século anterior. O século XIX ainda foi
marcado por expansões geográficas com programas de pesquisa em ciências naturais ou de
cunho cartográfico, como a do H.M.S. Beagle1, a partir das quais diversos naturalistas tiveram
contato não apenas com novas espécies de animais e plantas, mas com grupos humanos de
diferentes tipos físicos e culturas (Hoyme, 1953).

1
Com início em 7 de dezembro de 1831, a expedição do H.M.S. Beagle tornou-se popularmente conhecida pois
contou com a presença de Charles Robert Darwin (1809-1882). Grande parte das observações realizadas por
Darwin enquanto esteve nessa viagem em particular, puderam ser articuladas para embasar sua Teoria da
Evolução por meio da Seleção Natural (Fernandes & Morais, 2008).
33

A interdisciplinaridade de teorias e métodos no desenvolvimento da Antropologia


Física como disciplina culminou no estudo sistemático do aspecto físico da humanidade por
meio de medidas, sua mais antiga e distintiva marca. Tal abordagem foi possível por meio da
utilização de uma série de instrumentos antropométricos que constituem a história dos últimos
duzentos anos dessa ciência e a partir dos quais algumas inferências podem ser feitas sobre a
própria ciência em questão (Hoyme, 1953; Sá et al., 2008).

Na revisão de Hoyme (1953), o primeiro grupo interessado na métrica humana teria


sido formado por artistas. O “anthropometron”, por sua vez, é apontado como o primeiro
instrumento projetado para tomada de medidas do homem, nesse caso para determinação da
altura, descrito por Johann Sigismund Elsholtius (1623-1688), um artista alemão, em 1663.
Hoyme (1953) descreve ainda o desenvolvimento de paquímetros obstétricos e de diferentes
procedimentos para estudos anatômicos com o avançar dos anos, ressaltando que com a
Frenologia 2 inicia-se o uso de instrumentos para medições do crânio, assim como foram
definidas as porções anatômicas cranianas a serem mensuradas e pontos de referência usados
inclusive para os estudos recentes em Antropologia Física, apesar da mudança de muitas
nomenclaturas.

Com a chegada do século XIX, foram dois os principais enfoques da Bioantropologia


ou Antropologia Física. As questões a respeito da origem e da antiguidade da espécie humana,
respondidas em especial pelo estudo dos registros fósseis, compõe a maior subdivisão da
Antropologia Física, denominada Paleoantropologia. E, por outro lado, como já evidenciado,
questões referentes à variação humana, em especial relativa ao conceito de “raças humanas”,
originando técnicas métricas, denominadas técnicas antropométricas, muito utilizadas
atualmente não apenas em grupos viventes, mas da mesma maneira, em grupos do passado
(Jurmain & Nelson, 1994).

Para Porier et al. (1994), o período compreendido entre o final do século XIX até
aproximadamente 1950 foi marcado por duas categorias de pesquisa, a Osteometria (medidas

2
Edificando alguns dos elementos da Fisiognômica de Aristóteles, o médico Franz Joseph Gall (1758-1828) lança
a Frenologia considerando que uma vez que o cérebro é o órgão do pensamento e que certas áreas podem ser
associadas com capacidades específicas, seria possível descobrir muito sobre as habilidades de uma determinada
pessoa por meio da observação do desenvolvimento relativo das várias áreas do cérebro representadas pelas
nuances na forma do crânio (Brace, 2005). Para Sá et al. (2008), a Frenologia pretendia explicar diferenças étnicas
e de gênero em termos de grau de inteligência, de aptidão para atividades específicas, de saúde física e mental
e até mesmo de personalidade, pautando-se no estudo detalhado das características cranianas e das
circunvoluções cerebrais, prática que se notabilizou pela análise de cérebros e de crânios de indivíduos
considerados “geniais” e de pessoas com comportamento tido como desviante (prostitutas, assassinos,
homossexuais).
34

ósseas) e a Antropometria (medidas corpóreas dos humanos vivos), ambas ainda utilizadas na
atualidade, mas hoje com maior concentração no significado funcional de tais medições.

Ainda na segunda metade do século XX, surgiram os primeiros trabalhos sobre


variação não métrica dos ossos humanos, na esperança de que seriam mais eficientes como
marcadores antropológicos informativos da biologia e da genética do esqueleto do que a
variação métrica. Isso não foi comprovado, observando-se uma retomada dos estudos de
variação métrica, em especial na Antropologia Física pré-histórica, em virtude da introdução
de métodos estatísticos multivariados aplicados à morfologia, especialmente relacionados às
distâncias biológicas (Neves, 1988).

Além das análises estatísticas possíveis por meio do uso de computadores e dos
avanços tecnológicos que permitiram o processamento de dados de forma comparada e de
amostras grandes de medidas (Howells, 1973; Neves, 1988), Baker (1996) salienta ainda o
advento do sequenciamento de alguns genes e o entendimento de suas funcionalidades como as
grandes bases para a mudança nos estudos bioantropológicos de populações humanas viventes
e do passado.

Porier et al. (1994) apontam a importância do discurso de Sherwood Washburn (1911-


2000) para a mudança nas pesquisas em Antropologia Física. De acordo com Washburn (1951),
a Antropologia Física do passado resumia-se primariamente a técnicas de medidas e de cálculo
de estatísticas enquanto as tendências mais modernas estariam mudando tais características, sob
influência da teoria sintética da evolução, e de forma interdisciplinar, também levando em
consideração a abordagem de cientistas sociais, ecólogos, anatomistas e paleontólogos. A partir
de então, observa-se maior interesse por questões relacionadas à hereditariedade, processos
evolutivos, aspectos ecológicos e anatomia de forma integrada, falando-se em Antropologia
Biológica no lugar de Antropologia Física.

Pode-se dizer em resumo que a Antropologia Biológica ocupa uma posição única como
ciência, sendo responsável pela produção da história de quem somos e de onde viemos,
utilizando-se de diferentes abordagens e métodos para a produção de tal conhecimento (Marks,
2012). A craniometria tem sido frequentemente utilizada na Antropologia Física / Biológica
desde o século XIX (Gould, 2003), desde então vinculando-se aos estudos que visavam explicar
a variabilidade humana observável em nossa espécie. Sendo a abordagem craniométrica a
escolhida para o presente projeto, que tenta entender a variação da morfologia craniana em
grupos humanos, o capítulo que se segue refere-se a esse tipo de análise.
35

Capítulo 2

A abordagem craniométrica
__________________________________
36

Capítulo 2. A Abordagem Craniométrica

2.1. Breve histórico

A tomada de medidas do crânio e portanto, o desenvolvimento da craniometria, foi


concomitante ao desenvolvimento da Antropologia Física / Biológica como um todo, tendo
como intuito descrever e entender a variação biológica humana (Hoyme, 1953).

Dentre os primeiros trabalhos de destaque da Antropologia Física com o intuito de


comparações craniométricas e que inspiraram trabalhos posteriores, estão os de Samuel George
Morton (1799-1851)3. Morton mediu crânios de populações modernas e antigas de diferentes
“raças” e a partir de tais medições acreditava comprovar claramente as diferenças raciais
(Anemone, 2011).

Ainda de acordo com Anemone (2011) e com Dewbury (2007), Morton foi o primeiro
praticante da craniometria na América, concebendo um método para medir a caixa cerebral
preenchendo-a com sementes de mostarda e assumindo que diferenças no tamanho do cérebro
seriam preditivas de diferentes níveis de inteligência entre os seres humanos. Seus dois maiores
trabalhos em Antropologia Física foram Crania Americana (1839) e Crania Aegyptica (1844),
baseados em medidas de aproximadamente 1000 crânios. Tais estudos apoiavam a ideia de
poligenia 4 , popular no século XIX, e enfatizavam a existência de uma hierarquia racial de
tamanho cerebral e inteligência, na qual os africanos teriam os menores cérebros e os europeus
do norte, os maiores.

Na Europa, Paul Broca (1824-1880)5 fundou em 1859 a Société d’Anthropologie de


Paris e estudou exaustivamente todos os métodos anteriores aos seus para determinar a
capacidade craniana, contribuindo expressivamente para a craniometria através do
desenvolvimento de novos instrumentos para tomada de medidas. Em seu Instructions
Craniologiques et Craniométriques de la Société dÁnthropologie de Paris, apresentou

3
Nascido em 1799 na Filadélfia, Pensilvânia, onde se graduou em 1820 e foi professor entre os anos de 1839 e
1843. Defendia que a espécie humana dividia-se em raças e que podia inferir a habilidade intelectual das
diferentes raças a partir da capacidade craniana (Dewbury, 2007 e Anemone, 2011).
4
Poligenia ou poligenismo refere-se à premissa de que as diferentes “raças” humanas haviam sido criadas
separadamente por Deus, tendo sido a caucasóide a mais antiga e portanto mais evoluída, opunha-se ao
monogeísmo de acordo com o qual todos os grupos humanos descenderiam de Adão e Eva (DiGangi & Hefner,
2013).
5
Nascido em 1824 em Sainte-Foy-la-Grande, Gironde, é conhecido por sua pesquisa sobre a Área de Broca,
região do lobo frontal responsável pela linguagem articulada. Tinha interesse em estudos comparativos sobre
capacidade craniana e inteligência e além do Société d'Anthropologie de Paris que fundou em 1859, fundou o
Revue d'Anthropologie em 1872, e a Escola de Antropologia de Paris em 1876.
37

procedimentos fundamentais da prática craniológica e normatizou a utilização dos aparelhos de


medição, popularizando o uso do índice craniano (quociente entre a largura e comprimento), a
partir do qual determinou dois tipos raciais: os dolicocéfalos, comuns às “raças” consideradas
superiores e os braquicéfalos, comuns às “raças” consideradas inferiores (Gould, 2003;
Bernardo, 2007; Sá et al., 2008).

Quando Ales Hrdlicka (1869-1943) 6 fundou o American Journal of Physical


Anthropology em 1918, o qual incluía poderosos representantes do movimento eugênico que
defendiam uma antropologia racial aplicada nas linhas do que ocorria na Europa, fica clara a
influência das propostas de Paul Broca e de Samuel Morton (Caspari, 2009).

De acordo com Caspari (2009) e com Digangi & Hefner (2013), uma ciência da raça
predominou até a primeira metade do século XIX nos Estados Unidos e, além de Hrdlicka,
Earnest Hooton (1887-1954)7 também fazia parte das discussões sobre o tema, assim como
Franz Boas (1858-1942)8 que por sua vez se opunha aos propósitos classificatórios e tipológicos
defendidos pelos dois pesquisadores anteriores e buscava uma aproximação não-racial para
explicar a variação em nossa espécie, rejeitando explicitamente o determinismo racial da cultura
(Caspari, 2009).

Uma importante contribuição de Boas para a Antropologia foi a utilização de métodos


estatísticos para estudar a variação humana, aplicados aos estudos que incluíam aspectos do
crescimento e do desenvolvimento, de variação geográfica, e o papel do ambiente em ambos.
Durante sua carreira, usou seu entendimento sobre a distribuição e as causas da variação para
criticar a ideia de tipos raciais, não questionando a existência de raças, mas interessando-se
pelos processos que causavam as variações observadas, e recusando-se a permitir que a

6
Hrdlicka nasceu em Humpolec, Bohemia (hoje na República Tcheca) e tornou-se o primeiro cientista a identificar
e documentar a teoria da colonização humana do continente americano a partir da Ásia, para ele há apenas cerca
de 3.000 anos atrás. Raça era um conceito fundamental em sua disciplina de Antropologia Física e em sua visão
sobre a história da Antropologia Física na América, o destaque vai para a raça relativa aos Nativos Americanos.
7
Nascido em Clemansville, Wisconsin, Hooton graduou-se na Universidade Lawrence, em Appleton, Wisconsin.
Continuou seus estudos até complementar sua pós-graduação em Oxford, onde se interessou por Antropologia.
Foi contratado pela Universidade de Harvard, onde lecionou até sua morte, em 1954. Durante este tempo
também foi curador de Somatologia no Museu Peabody de Arqueologia e Etnologia. Fundou o Departamento de
Antropologia da Universidade de Harvard e trabalhou junto ao Museu Americano de História Natural.
8
Franz Boas nasceu em Minden, Westphalia, Alemanha, mudando-se para os EUA apenas em 1887, onde em
1892 passou a lecionar na Universidade de Clark, em Worcester. Em 1896, foi indicado curador assistente de
Etnologia e Somatologia do Museu Americano de História Natural. Foi promovido a professor de Antropologia
em 1899, na Universidade Columbia. Criou o programa de PhD em Antropologia da Universidade Columbia, o
primeiro da América. Foi pioneiro nas ideias de igualdade racial que resultaram nos estudos de Antropologia
Cultural da atualidade. Como orientador de antropólogos notáveis como Margaret Mead, Melville Herkovits,
Ruth Benedict, Boas ficou conhecido posteriormente como pai da Antropologia americana.
38

realidade da variação biológica fosse obscurecida por tipos arbitrariamente idealizados


(Stocking,1968).

Percebe-se que desde a definição da Antropologia Física como ciência, a craniometria


e os estudos sobre variação humana caminharam juntos, tendo-se por um longo período um
enfoque em classificações raciais. O enfoque modificou-se ao longo do tempo, passando a
buscar entender outras questões, como por exemplo, as respostas observadas na morfologia
craniana submetida a diferentes contextos ambientais, a diferentes dietas e afinidades biológicas
entre populações pretéritas e atuais (Stocking,1968; Caspari 2009; Anemone, 2011).

A craniometria continuou como metodologia freqüentemente utilizada para responder


diferentes questões bioantropológicas até que foi praticamente abandonada com o
desenvolvimento e popularização de técnicas de manipulação de polimorfismos protéicos e a
adoção de caracteres cranianos não-métricos, na década de 1960 (Bernardo, 2007). De acordo
com o mesmo autor, foi nessa mesma época que surgiram trabalhos como o de Marshall
Newmann e as questões de herdabilidade passaram a inquirir a validade dos estudos
bioantropológicos.

Na década de 1970, um pesquisador de destaque foi Howells (1908-2005), discípulo


de Hooton. Para Howells (1973) o crânio pode estar sujeito a várias respostas adaptativas, assim
como ressalta que aspectos importantes da morfologia craniana são geneticamente persistentes
ao longo de consideráveis períodos de tempo. Como as medidas são variáveis contínuas e
correlacionadas, são passíveis de serem utilizadas em métodos de análise multivariada,
fornecendo dados objetivos em comparações populacionais e em estimativas de distâncias.

Em seus estudos, Howells (1973, 1989) utilizou distâncias lineares como as utilizadas
desde o século XIX, mas processou tais dados por meio de análises estatísticas multivariadas
que possibilitam a comparação de muitas medidas entre amostras de crânios também
significativamente representativas.

Alguns trabalhos discutem a plasticidade craniana humana como resposta às


diferenças ambientais (Lieberman, 1997). Estudos mais localizados e menos abrangentes
quanto a áreas geográficas, demonstram um papel importante da plasticidade ambiental para a
variação da morfologia craniana (Relethford, 2004). Nesse sentido, sugere-se que algumas
medidas e porções anatômicas do crânio devem estar sob influência de seleção de longo prazo
em resposta a condições climáticas, especialmente em populações adaptadas a ambientes
extremos (Hubbe et al., 2009; Harvati & Weaver, 2006). Correlações entre medidas cranianas
39

específicas e fatores ambientais ou de estilo de vida, também têm sido descritas (Gonzalés-Jose
et al., 2005). Ainda assim, tal plasticidade não obscureceria o componente genético e a
possibilidade de utilização do crânio para entender relações biológicas entre populações (Sparks
& Jantz, 2002). Relethford (2004) ainda reforça que dependendo da população estudada e das
variáveis observadas, os dados craniométricos podem ser utilizados para entender padrões de
adaptação ambiental ao longo do tempo, além de modelos de estrutura e história populacional
que refletem um modelo evolutivo neutro.

O maior argumento a favor dos crânios como bons marcadores da estrutura e da


história genética de uma população vem da observação do particionamento, ou distribuição, da
variação em nossa espécie. São identificados níveis hierárquicos de variabilidade entre regiões
geográficas, populações e indivíduos. O trabalho de Lewontin (1972) utilizando marcadores
sanguíneos e proteínas demonstrou, de maneira geral, que 10% da variação observada em nossa
espécie encontra-se dentro das populações das diferentes regiões geográficas, 5% em
populações locais e 85% entre indivíduos de uma mesma população. Os mesmos valores foram
encontrados por Brown & Armelagos (2001) com base em análise de DNA. Relethford (2002)
aplicou a técnica a traços cranianos e concluiu que os dados de Howells apresentavam o mesmo
padrão. Uma vez que traços craniométricos expressam maioritariamente a deriva genética, é
possível aplicar perspectivas ou abordagens histórico-biológicas para tais medidas.

A semelhança entre os resultados obtidos com marcadores genéticos neutros e


morfologia craniana tem sido evidenciada em estudos envolvendo amplas áreas geográficas e
amostras numerosas, como o realizado por Harvati & Weaver (2006) e Roseman (2004).

Manica et al. (2007) demonstraram que a variabilidade morfológica craniana diminui


de acordo com a distância da África, o que além de também acordar com o observado para
marcadores genéticos neutros, suporta uma origem única para humanos modernos.

Assim sendo, a morfologia craniana tem sido amplamente utilizada para acessar as
afinidades biológicas em populações humanas em decorrência de seu claro padrão de
organização geográfica (Howells, 1973 e 1989; Hanihara, 1996; Manica, et al. 2007;
Relethford, 2002) e do fato de que distâncias genéticas e fenotípicas tendem a ser similares ou
pelo menos proporcionais quando o fenótipo em questão é neutro ou predominantemente neutro
(Roseman & Weaver, 2007). Apesar disso, questões básicas sobre a origem da variação
craniana em humanos modernos e os processos por detrás disso permanecem não esclarecidos
em totalidade (Strauss & Hubbe, 2010).
40

2.2. Craniometria e o estudo de populações híbridas ou miscigenadas

Uma das formas de entender a variação fenotípica craniana é justamente explorando


como o crânio responde às predições da genética quantitativa clássica e dos processos
microevolutivos (Martinez-Abadías et al., 2006).

De acordo com a teoria da genética quantitativa clássica, o fluxo gênico – processo


evolutivo diretamente relacionado com o presente estudo - tem o efeito de homogeneizar a
composição genética, não importando qual o modelo de estrutura utilizado (Chakraborty,
1986). Se o fluxo gênico fosse o único processo microevolutivo atuante entre duas populações,
essas tenderiam a convergir para uma mesma frequência alélica, geralmente a média em relação
às frequências alélicas iniciais (Futuyama, 1986).

Sobre um único locus gênico, o efeito do fluxo gênico sobre traços quantitativos pode
ser descrito como reduzindo as diferenças entre os grupos, mas aumentando a variância dentro
da população. Além disso, pode-se dizer que um grupo miscigenado apresentará valores
fenotípicos que caem entre os valores apresentados pelos grupos parentais (Ridley, 2004).

Em humanos, a troca de genes entre populações (separadas por algum período por
grandes distâncias, além de barreiras culturais e políticas) tem ocorrido há pelo menos 500 anos.
Ainda assim, existem diferenças morfológicas, físicas e genéticas consideráveis para que o
fenômeno de mistura continue sendo um foco de estudo para antropólogos físicos e geneticistas
na busca por entendimento dos pradrões de estrutura populacional e dos mecanismos que
mantém a variação biológica dentro das populações e entre elas (Chakraborty, 1986). Esse
mesmo autor explica que uma vez que populações miscigenadas derivam seus “pools” gênicos
de diferentes populações, são geneticamente tratadas como híbridas.

De acordo com Martinez-Abadías et al. (2006), quando o fenótipo analisado se trata


de uma estrutura complexa como o crânio, os testes para as predições da genética quantitativa
não são tão simples.

Apesar dos estudos que usam traços antropométricos para estimar proporções de
mistura em populações híbridas basearem-se na premissa de que os traços métricos da prole se
aproximariam dos valores médios entre os parentais, isso vem sendo questionado por estudos
recentes já que só seria verdadeiro quando o traço é controlado por efeitos genéticos poligênicos
e aditivos, sem qualquer interação epistática ou de dominância (Chakraborty, 1986).
41

Muitos fatores como integração morfológica (Marroig & Cheverud, 2001), restrições
funcionais e do desenvolvimento (Lieberman, 1997) e diferentes níveis de plasticidade
interagem ao longo da ontogenia até que se chegue à expressão da morfologia adulta.

Como resultado da integração morfológica, que pode ser definida como a


conectividade ou a relação intrínseca entre as partes que constituem uma estrutura, espera-se
que caracteres morfológicos com funções relacionadas ou cujo desenvolvimento esteja
relacionado sejam herdados juntos. É válido ressaltar que o ambiente também desempenha um
importante papel na integração de traços, já que a seleção natural atua sobre traços relacionados
que evoluem conjuntamente como uma unidade (Cheverud, 1984).

A complexidade desse tipo de mecanismo visto no crânio deixa claro que o mesmo é
considerado uma estrutura biológica complexa já que sua morfologia é determinada por
diversas interações gênicas epistáticas e pleiotrópicas, influenciadas por fatores ambientais
(internos e externos ao organismo), e por mecanismos como integração morfológica e
plasticidade fenotípica, processos que por sua vez afetam as diferentes porções anatômicas da
estrutura craniana (Strauss & Hubbe, 2010; Bernardo, 2012).

Esse conjunto torna difícil explorar a expressão fenotípica esperada sob o efeito de um
dado agente microevolutivo, como a miscigenação / fluxo gênico a ser estudado na presente
pesquisa. Atenção para as diferentes regiões do crânio com estruturas relacionadas permite a
verificação de quais estruturas se encaixam bem na predição da genética quantitativa e quais
fogem do padrão esperado (Martinez-Abadías et al., 2006). Martinez-Abadías et al. (2006)
realizaram tais observações em seu estudo sobre o fenômeno de mistura a partir de uma análise
morfométrica craniana dos híbridos entre Espanhóis e Ameríndios.

Sobre tal complexidade de caracteres fenotípicos como a morfologia craniana,


Chakraborty (1990) também afirma que esses são usualmente influenciados por diferenças
genéticas em muitos loci em combinação com outros fatores não-genéticos (ambientais). Ou
seja, identificar uma estrutura populacional por traços quantitativos representa geralmente algo
afetado por um processo mais complexo do que aquele que produz diferenças inter-individuais
ou inter-populacionais num único traço gênico.

Apesar disso, verifica-se que os efeitos da mistura em populações humanas têm sido
mais amplamente estudados por meio de marcadores sorológicos e moleculares, com o
desenvolvimento de técnicas que se utilizam de marcadores genéticos, distâncias genéticas ou
42

com estimativa da proporção de genes derivados dos grandes grupos étnicos (Chakraborty,
1986).

Alguns exemplos são o trabalho de Crawford & Devor (1980) que buscou entender os
efeitos do fluxo gênico e mistura a partir da distribuição alélica, observando frequências nos
sitemas ABO, Rh, MN, Kell e Duffy. Tais frequências refletiram a história das comunidades
híbridas Tlaxcaltecan. Relethford & Lees (1981) também estudaram a população Tlaxcaltecan,
com o objetivo de comparar essa população e as parentais perante à cor da pele, comparando
ainda os dados obtidos com dados sorológicos em termos de distância genética e estimativas de
mistura. Nesse estudo, a estimativa de mistura a partir da cor da pele refletiu tendências de
afinidade populacional já demonstradas pela etnohistória e por análises sorológicas, sendo
ainda condizentes com os resultados obtidos por análises de grupos sanguíneos e
imunoglobulinas.

Enquanto isso, poucos esforços têm sido empreendidos para a análise de traços
quantitativos e, portanto, a morfologia craniofacial expressa em situações de miscigenação
permanece amplamente inexplorada. Dentre os estudos já realizados (Jantz, 1974; Key & Jantz,
1981; Ross et al., 2004), têm-se percebido que abordagens multivariadas morfométricas para a
variação craniofacial permitem a reconstrução dos padrões genéticos e microevolutivos
subjacentes às populações (Martinez-Abadías et al., 2006).

É interessante ressaltar que quando diferentes métodos são aplicados aos mesmos
dados para a observação dos efeitos da mistura, os resultados podem não refletir as mesmas
estimativas (Chakraborty, 1986), assim como se tem evidenciado que a diversidade humana
não é sempre consistente entre traços (Strauss & Hubbe, 2010). Isso é exposto no trabalho de
Wijsman & Neves (1986). Nesse trabalho, os autores compararam dados sorológicos de
brancos, negros e mulatos com dados não métricos cranianos. Enquanto em mulatos, todos os
loci estudados apresentaram padrão intermediário em relação a brancos e negros, raros traços
não-métricos cranianos apresentaram o mesmo fenômeno.

Apesar dos avanços nas análises genéticas e moleculares, os traços morfológicos


quantitativos são importantes para o entendimento das implicações de diferentes fatores
evolutivos em modular o padrão e a extensão da variação genética dentro das populações e entre
estas (Chakraborty, 1990). Esse autor ainda nos diz que os dados morfológicos foram a fonte
primária de estudos evolutivos e antropológicos, podendo nos fornecer uma riqueza de
informações para populações bem definidas e que portanto, não devem ser ignorados, mas
reconhecidas suas limitações e possibilidades de uso e interpretação.
43

Independente da abordagem e da metodologia escolhidas, os estudos sobre mistura em


poulações humanas têm buscado um melhor entendimento do processo de colonização, maior
conhecimento sobre as populações nativas e sobre as relações entre os grupos de diferentes
ancestralidades. Considerando as características do continente americano, em especial da
América Latina, onde durante cinco séculos, três populações mais ou menos diversas
(ameríndios, europeus e africanos) entraram em contato, interagiram e se misturaram, pode-se
considerar tal contexto como um experimento natural para estudos em epidemiologia genética
e antropologia (Sans, 2000).

Sans (2000) realizou uma revisão a respeito dos estudos sobre mistura realizados na
America Latina, apresentando as características que favorecem esse tipo de enfoque. As
populações que se relacionam em nosso continente referem-se primeiramente às de ameríndios,
cuja estimativa de tamanho varia muito, talvez em torno de 3,6 milhões para o Brasil e 1,5
milhões para a América Espanhola.

Em sequência, também se pode dizer que é incerto o número de escravos que chegaram
a partir do século XVI até meados do século XVIII, talvez algo em torno de 4 milhões (Alves-
Silva et al., 2000 e Carvalho-Silva et al., 2001). No Brasil, os escravos provinham de colônias
portuguesas na África, pertencendo principalmente a três culturas: Sudanesa (Yoruba, Ewe,
Fanti e Ashanti), Sudanesa-Muçulmanas (Hausa, Tapa, Mandingo e Fulah) e Bantu (Angola,
Congo e Moçambique) (Sans, 2000).

Quanto ao número de europeus, é da mesma maneira difícil de ser precisamente


estimado já que o influxo foi contínuo até recentemente. Infere-se contudo que, pelo menos
durante o período de 1500 a 1808, cerca de 500.000 portugueses, em sua maioria homens,
chegaram ao Brasil e a partir de 1808, com a abertura dos portos, especialmente entre 1820 e
1975 mais de 5 milhões de imigrantes aqui chegaram (70% destes eram portugueses e italianos,
seguidos por espanhóis, alemães, sírios, libaneses e japoneses) (Alves-Silva et al., 2000 e
Carvalho-Silva et al., 2001).

É preciso considerar ainda que ao contrário dos ameríndios que se mantiveram isolados
antes da chegada de africanos e de europeus, estes últimos já haviam tido contato prévio.
Espanhóis e portugueses tem longo histórico de mistura com grupos da África e da Ásia. De
que maneira essa mistura prévia é refletida na mistura observada na América Latina ainda não
é claro (Sans, 2000).
44

De acordo com a mesma autora, o nível de diferenciação entre as três populações


citadas é outra questão a ser entendida. Sabe-se que a variação intrapopulacional é muito maior
que a interpopulacional e além disso, que o conceito de raça não mais se aplica9. Contudo,
seguindo o argumento de Salzano (1997, p.225): “ideias erradas sobre raça e atitudes racistas
não devem nos levar a deixar de considerar a importância das diferenças interpopulacionais, só
porque seria politicamente incorreto. A heterogeneicidade humana deve ser estudada em
diferentes níveis e em diferentes graus de diferenciação populacional”. O simples
reconhecimento da variação interpopulacional justificaria os estudos sobre mistura e a America
Latina e seu contexto representam um bom cenário para tais pesquisas (Sans, 2000).

Quando são observados estudos de hibridação também em primatas não-humanos,


mesmo sabendo-se que o fluxo gênico ocorre com freqüência entre vários níveis taxonômicos,
inclusive entre aqueles cuja divergência se deu há mais tempo, e que tal processo tem papel
importante em estruturar a diversidade entre a ordem primata, pode-se dizer que o
conhecimento sobre os efeitos da hibridação em modular a diversidade fenotípica e genotípica
ainda é pobre (Ackermann & Bishop, 2010).

Ackermann et al. (2006) realizaram um estudo com o intuito de observar se e como a


morfologia híbrida diferenciava-se da morfologia parental, estudando traços quantitativos e
qualitativos em crânios de babuínos. Foi observada heterose, ou seja, aumento do tamanho
craniano dos híbridos em relação ao observado nas populações parentais, mas os resultados
mais significativos foram os obtidos com os traços qualitativos, que apresentaram variações
importantes. Tais resultados demonstraram que a morfologia dos primatas híbridos não é
necessariamente uma mistura balanceada de traços parentais, podendo apresentar variações que
se assemelham a um ou a outro parental, ou com morfologia intermediária, dependendo das
interações epistáticas e de dominância entre os alelos fixados ou predominantes nas populações
parentais.

Outro estudo realizado com primatas (Ackermann & Bishop, 2010), mais
especificamente sobre o fluxo gênico entre gorilas em todos os níveis taxonômicos - atualmente
existem 4, duas espécies, cada uma com duas subespécies, também ficou evidenciado que a
mistura entre linhagens geneticamente distintas resulta em alta incidência de traços não-
métricos diferentes dos parentais, o que tem sido frequente para mamíferos em geral.

9
Ver capítulo 4.
45

Ackermann & Bishop (2010) analisaram traços métricos, não-métricos e genéticos e


observaram principalmente alta freqüência de variantes crânio-dentais raras. Tais variantes, de
acordo com os autores, podem indicar uma quebra na coordenação do desenvolvimento recente
associada à mistura de genótipos / fenótipos divergentes numa perspectiva evolutiva. Seriam o
resultado da mistura de dois complexos conjuntos gênicos separados e co-adaptados. As
evidências moleculares confirmaram e complementaram os dados morfológicos e os autores
defendem que análises coordenadas e multifacetadas, envolvendo diferentes metodologias e
considerando o contexto geográfico, podem esclarecer aspectos evolutivos como a hibridação.

Bynum (2002) observou, da mesma maneira, a variação morfológica dentro de uma


zona híbrida de macacos (Macaca tonkeana, M. becki e seus híbridos). Os dados obtidos
demonstraram que a zona híbrida não é morfologicamente uniforme, com diferenças inclusive
entre machos e fêmeas: essas últimas são mais parecidas com a espécie M. becki que os machos,
o que poderia refletir uma diferente dispersão. Junto a esse dado observou-se que apenas
machos solitários são encontrados e a partir disso sugere-se que a direção primária do
movimento parece ter sido de machos parecidos com o tipo Macaca tonkeana indo para os
grupos híbridos. Esses são ligeiramente maiores que os machos M. becki, o que poderia levar a
uma vantagem competitiva. Os autores ressaltam que as análises de DNAmt são consistentes
com a hipótese acima e reforçam que as zonas híbridas são laboratórios naturais para estudos
evolutivos.

Considerando-se que o presente estudo visa identificar como se apresenta a morfologia


craniana de indivíduos considerados pardos em relação à morfologia de indivíduos classificados
como brancos e negros, ou seja, como se apresenta a morfologia interpretada como híbrida,
trata-se de um bom cenário para testar a mistura ou fluxo gênico como agente microevolutivo
na evolução fenotípica da morfologia craniana humana.

Tratando-se de um estudo craniométrico de grupos de indivíduos previamente


classificados quanto a cor da pele, o capítulo que se segue apresenta uma revisão do que se sabe
sobre a determinação biológica desse fenótipo.
46

Capítulo 3

Cor da pele
__________________________________
47

Capítulo 3. Cor da Pele

O critério utilizado para classificação dos grupos humanos analisados no presente


trabalho foi a cor da pele, que de maneira geral tem sido o caracter mais empregado
historicamente para a discriminação de grupos geográficos supostamente distintos, ou como se
costumava categorizar as “raças”. Assim sendo, considerou-se importante o entendimento de
tal característica, ou seja, o entendimento dos fatores que a determinam e as implicações
evolutivas da cor da pele, atributo físico mais óbvio do corpo.

De acordo com Jablonski (2004), uma avaliação objetiva e reproduzível da


pigmentação da pele foi por muito tempo uma meta da antropologia e da dermatologia. Existem
registros sobre pessoas com diferentes tons de pele desde o século XV, com mapas expondo a
distribuição de tal variação sendo lentamente elaborados desde então.

Na antropologia, descrições verbais dos tons de pele como branco, amarelo, vermelho,
marrom e preto foram substituídas por métodos de “cor-correspondente” durante o início do
século XX, sendo o método mais popular a escala de von Luchan, baseada em quadros de
diferentes cores e tons a serem pareados com a pele a ser classificada (Jablonski, 2004).
Segundo a mesma autora, métodos como este foram abandonados quando o espectrofotômetro
de refletância foi introduzido no início de 1950. A luz incidente e a distância entre luz e objeto,
no caso, a pele, são invariáveis, excluindo-se nessa abordagem, fatores subjetivos inerentes ao
método de correspondência visual, o que a torna mais precisa. A superfície medial da porção
superior do braço passou então a ser o padrão de escolha em estudos de determinação da cor da
pele por ser uma região frequentemente não exposta ao sol.

A pigmentação da pele deriva de dois tipos de melanina encontrados em todos os


mamíferos, a eumelanina (com pigmentos de tons marrom e preto) encontrada em maiores
concentrações em indivíduos de pele escura e a pheomelanina (com pigmentos de tons
vermelho e amarelo), que varia muito de indivíduo para indivíduo, mas é comum em maior
frequência entre os europeus do norte ruivos, assim como entre os leste-asiáticos e nativo-
americanos (Rees, 2003)

Os dois tipos de melanina acima descritos são sintetizados em organelas denominadas


melanossomos e localizadas nos melanócitos, células dendríticas especializadas do estrato basal
da epiderme, encontrados na posição matricial do bulbo capilar. A produção de melanina é
48

regulada por genes de pigmentação, hormônios e UVR (ultraviolet radiation), sendo necessário
um balanço entre os muitos fatores regulatórios (Rees, 2003; Costin & Hearing, 2007).

De acordo com os mesmos autores, as diferenças na pigmentação entre populações


humanas devem-se a 2 fatores: a quantidade e o tipo de melanina sintetizada (em outras palavras
a razão entre eumelanina e pheomelanina) e a forma e distribuição dos melanossomos (em peles
escuras por exemplo, há mais eumelanina, com melanossomos mais pigmentados, maiores e
distribuidos como unidades).

Estamos começando a entender agora as bases genéticas da variação na pigmentação


normal em nossa espécie. Hoje são conhecidos 11 genes que influenciam em diferentes níveis
dentro das populações e entre estas. Em estudos que utilizam ratos como modelo já estão
catalogados 350 loci de pigmentação, mas o papel desempenhado pelos genes de tais loci
permace desconhecido (Jablonski, 2004; Parra, 2007).

Dentre as muitas mutações que afetam a função dos melanócitos em populações


humanas estão as que ocorrem entre os P-genes e membros das famílias TYRD e SILV.
Recentemente, iniciaram-se pesquisas com o intuito de demonstrar se há correlação entre
polimorfismos desses genes e diferenças na pigmentação entre populações humanas (Jablonski,
2004).

O gene mais importante envolvido na determinação de cor de pele e de cabelos em


humanos é responsável pela síntese da proteína receptora de melanocortina 1 (MC1R),
envolvida com a produção de eumelanina. Um polimorfismo típico do norte da Europa nesse
gene resulta em cabelos vermelhos e pele clara com baixa capacidade de bronzeamento, além
de alto risco de câncer de pele. Constatou-se ainda que esse gene é altamente polimórfico em
indivíduos de pele clara fora da África, havendo pouca variação entre indivíduos de pele escura
na África. Aparentemente, o MC1R teria sido objeto de seleção purificadora e diversificadora
para respostas adaptativas em diferentes ambientes, tendo desempenhado importante papel na
manutenção de pele mais escura entre africanos (Rees, 2003; Jablonski, 2004).

As propriedades ópticas da melanina in vivo relacionam-se à sua capacidade de


absorver, espalhar e refletir a luz de diferentes comprimentos de onda, justamente o que torna
esse pigmento capaz de nos proteger contra queimaduras causadas pelo sol. O papel foto-
protetor da melanina em peles mais escuras pode ainda ser aumentado por sua habilidade de
“limpar” radicais derivados do oxigênio que são componentes citotóxicos gerados pela
interação de fótons de UV com a membrana lipídica e outros componentes celulares. Já no nível
49

fisiológico o papel protetor da melanina contra UVR deve-se à sua capacidade de prevenir direta
e indiretamente danos ao DNA nos comprimentos de onda nos quais este é mais vulnerável
(Westerhof et al., 1990; Jablonski & Chaplin, 2000).

Considera-se a pigmentação por melanina na pele humana em duas categorias, a


constitutiva, ou seja, a pigmentação cultânea geneticamente determinada, gerada sem qualquer
influência da luz solar, e a facultativa, que constitui as reações de curta duração e imediatas de
bronzeamento que ocorrem por exposição a UVR (Westerhof et al., 1990; Jablonski & Chaplin,
2000; Jablonski, 2004). Quanto à categoria facultativa, ressalta-se que exposição da pele aos
UVR causa profunda alteração do metabolismo, estrutura e função das células epidérmicas:
ocorre aumento da ativação dos melanócitos, aumento da produção de melanossomos, aumento
do tamanho dos complexos melanossômicos incorporados dentro dos keratinócitos e inicia-se
a síntese de vitamina D. A reação à queimadura solar ainda relaciona-se à cor da pele
constitutiva, uma vez que indivíduos de pele mais escura toleram mais tempo de exposição ao
sol (Westerhof et al., 1990; Jablonski, 2004).

Tendo em vista a importância desempenhada pela pigmentação da pele, questiona-se


em que momento de nossa linhagem evolutiva nos tornamos dependentes da melanina. De
acordo com Jablonski (2004), os altos níveis de atividade durante dias mais longos que
caracterizou o estilo de vida dos primeiros membros do gênero Homo, tornou adaptativa uma
pele sem pêlos, além do aumento da densidade de glândulas sudoríparas, levando à uma maior
perda de calor. Por outro lado, surgia um novo desafio fisiológico para a pele humana, a
proteção desse tegumento nu aos raios UV. A resposta adaptativa ao problema exposto foi um
aumento da melanização já entre esses primeiros membros do gênero Homo, a partir dos quais
todos os outros humanos evoluíram.

Além da resistência à queimadura por sol, degeneração solar e câncer de pele como
explicações para uma pele profundamente melanizada, ainda há a questão da vitamina D, já que
a pele escura evita a produção de doses tóxicas dessa vitamina, enquanto que em indivíduos de
pele mais clara é possível ocorrer a biossíntese dessa vitamina mesmo com baixos níveis de
UVR em localizações distantes dos trópicos. Ao mesmo tempo, peles mais claras sofreriam
menor injúria pelo frio, enquanto em florestas tropicais peles mais escuras poderiam ajudar na
camuflagem. Ainda existem estudos sobre doenças e parasitas de ambientes tropicais que
alguns acreditam seriam forças seletivas mais poderosas que o clima para a evolução da
pigmentação em humanos (Jablonski & Chaplin, 2000; Jablonski, 2004).
50

Considera-se a cor da pele como produto pleiotrópico da seleção natural em outras


funções de genes da pigmentação, ocorrendo ademais, como demonstram algumas pesquisas, a
influência da seleção sexual como processo evolutivo na evolução da cor da pele em humanos,
uma vez que em todas as populações humanas as fêmeas são mais claras que os machos
(Jablonski, 2004).

Para Jablonski (2004), qualquer explicação adaptativa para qualquer fenótipo exigiria
a demonstração de que o traço aumentaria o sucesso reprodutivo do organismo, o que é difícil
de ser traçado e no caso da cor da pele, ainda não foi demonstrado.

Nesse sentido existem críticas quanto à ideia de que a pigmentação mais escura pode
não ter evoluído primariamente como uma proteção adaptativa contra câncer de pele, já que
esse tipo de câncer não causa morte nos anos de pico reprodutivo. Por outro lado, bastante aceita
é a ideia de que a pigmentação por melanina teria evoluído para regular a penetração de UVR
na pele, permitindo fotólise de componentes foto-instáveis e permitindo a síntese de outros.
Isso é observado, por exemplo, no folato da vitamina B que é destruído por um comprimento
de onda UVR (UVA) longo e nesse caso o que corrobora uma explicação adaptativa é o fato de
que deficiências no folato podem reduzir o sucesso reprodutivo individual por afetar a divisão
celular. O mesmo pode ser dito em relação à vitamina D, sintetizada pela pele em curtos
comprimentos de onda UVR (UVB), já que deficiências em sua produção também afetam o
sucesso reprodutivo por interferir no correto metabolismo do cálcio.

Se atentarmos para a distribuição global da cor da pele em humanos, percebemos a


clara correlação ambiental existente, uma vez que peles mais escuras ocorrem em ambientes
mais tropicais, havendo um gradiente menos intenso no Novo Mundo do que o observado no
Velho Mundo. Mesmo na África, maior massa de terra equatorial, observa-se variação na cor
da pele, com as tonalidades mais escuras ocorrendo nas savanas abertas e não nas latitudes mais
baixas. Análises de correlação e regressão tentando entender a relação entre cor da pele e fatores
ambientais como latitude, temperatura e umidade têm demonstrado uma associação dominante
entre refletância da pele e latitude, deduzindo-se uma efetiva relação com intensidade de UVR
(Jablonski & Chaplin, 2000; Jablonski, 2004).

De fato há uma determinação multifatorial da pigmentação da pele, sendo o fator


seletivo de maior peso o regime de UVR no ambiente. Comportamentos culturais que
caracterizam a humanidade, como a utilização de abrigos e roupas, afetam a evolução da cor da
pele em algumas populações por reduzirem a exposição individual ao UVR. É válido ressaltar
que o tempo que uma dada população leva para atingir o tom de pele ideal às condições de UVR
51

de uma área recém-ocupada depende da intensidade da seleção natural, que com os avanços
tecnológicos e diferenças culturais pode ser atenuada (Jablonski, 2004).

A dieta ainda é outro fator de influência, como por exemplo o que ocorre entre os
esquimós, que apresentam coloração de pele mais escura do que a esperada para a latitude que
habitam. Consumidores de dieta rica em vitamina D relaxam a seleção para pele mais clara que
sintetizaria mais dessa vitamina. Em contrapartida, pele mais escura acaba sendo selecionada
para proteção contra UVA constante e alta reflexão da luz pela neve e pelo gelo.

Como sugerem os achados desde os primeiros Homo, as populações movimentaram-


se dentro e fora de regiões com diferentes regimes de UVR ao longo de milhares de anos, o que
resultou numa evolução independente de fenótipos de pele mais clara e mais escura, envolvendo
possivelmente episódios recorrentes de repigmentação e despigmentação. É esperado ainda que
tal processo tenha sido mais pronunciado no início da história de nosso gênero e espécie, quando
atenuantes culturais contra o ambiente eram menos efetivos e sofisticados (Jablonski, 2004,
Jablonski & Chaplin, 2010).

De acordo com a mesma autora, sendo um caracter adaptativo, a cor da pele está
sujeita a homoplasia, ou seja, ao paralelismo ou evolução convergente. Em outras palavras, tons
de pele similares podem ter evoluído independentemente em populações que habitavam
ambientes semelhantes, o que faz com que tal característica nos informe sobre o tipo de
ambiente no qual viveu uma população no passado, mas seja inútil como marca indicativa de
um único grupo ou raça, apesar de ter se tornado a característica primária para definição dos
grupos raciais.

Alguns estudos têm sido realizados com o intuito de se comparar cor da pele e
ancestralidade ou em estimativas de mistura, como o trabalho de Relethford & Lee (1981), no
qual a estimativa de mistura a partir da cor da pele refletiu tendências de afinidade
populacional10.

No Brasil, Parra et al. (2003) questionaram-se em que grau a aparência física


(considerando cor da pele, cor dos olhos e cabelos e forma de nariz e lábios) de indivíduos
brasileiros seria preditiva de ancestralidade genômica africana a partir da análise de alelos-
população-específicos que indicam o índice de ancestralidade africana em duas amostras. A
primeira delas consistiu em 173 indivíduos do interior de Minas Gerais, classificados
sistematicamente em brancos, negros ou “intermediários” e como resultados observou-se

10
Maiores detalhes e mais exemplos no Capítulo 4.
52

grande variância e sobreposição entre as três categorias de cor. Como exemplo, dentro do grupo
de indivíduos classificados como negros há grande proporção de ancestralidade não africana
(48%). A segunda amostra consistiu em 200 indivíduos auto classificados como brancos de
quatro regiões do Brasil, obtendo-se valores intermediários entre europeus e africanos para o
índice de ancestralidade africana. Tais resultados indicariam que para o Brasil, no nível dos
indivíduos, a cor determinada por uma avaliação física é um pobre indicador de ancestralidade
genômica africana, estimada por marcadores moleculares.

Para Parra et al. (2003), e em concordância com os trabalhos citados nesse capítulo,
isso ocorre porque a cor da pele seria geneticamente determinada por um pequeno número de
genes evolutivamente selecionados. Em um sistema de identificação racial social
primariamente baseado em fenótipos como a cor da pele, como acontece no Brasil,
classificamos as pessoas pela presença de alelos contidos em um pequeno número de genes que
tem impacto na aparência física e ignoramos todo o resto do genoma. Como exemplo, para
Parra et al. (2003), do cruzamento de um pai colonizador europeu e de mãe africana, as crianças
com mais características africanas seriam consideradas negras enquanto aquelas com mais
características europeias seriam consideradas brancas mesmo que na prática tenham as mesmas
proporções de alelos africanos e europeus, o que ao longo das gerações gerou grupos de brancos
e negros com as mesmas proporções de ancestralidade africana.

No estudo recente de Silva et al. (2014) em contrapartida, os autores encontraram uma


clara correlação entre cor da pele e ancestralidade geográfica na análise de alelos-população-
específico de 522 residentes de Salvador e 620 residentes de Fortaleza cuja cor foi auto-
declarada. Para os autores, uma questão metodológica como a inclusão ou exclusão de
diferentes populações africanas, pode resultar em incapacidade de demonstrar uma correlação
entre cor da pele e da ancestralidade genética.

Conforme evidenciado nos capítulos até aqui apresentados, um dos principais


enfoques da Antropologia Biológica tem sido a variação em nossa espécie, o que diretamente
esteve correlacionado com conceitos de “raça” elaborados e aceitos ao longo de nossa história.
Os grupos raciais muitas vezes foram definidos com base em análises cranianas ou da cor pele.
Sendo assim, o capítulo que se segue visa justamente entender como se deram a construção e
as mudanças no conceito de “raça”, suas consequências e como se compreende a diversidade
em nossa espécie atualmente já que o presente trabalho aborda justamente as relações entre
categorias de cor e morfologia craniana, temáticas diretamente relacionadas às classificações
53

raciais mais frequentemente empregadas, as quais não se objetiva fomentar na presente


pesquisa.
54

Capítulo 4

Revisão histórica sobre o conceito de


raça e variabilidade
__________________________________
55

Capítulo 4. Revisão histórica sobre o conceito de raça e variabilidade

4.1. No início...

Diferenças biológicas visíveis como cor da pele, cor e textura dos cabelos, tipo e
tamanho corporal, têm sido utilizadas para justificar a existência de diferentes grupos ou “raças”
para nossa espécie, cujo número os bioantropólogos por muito tempo tentaram determinar
(Parra et al., 2003). Apesar das novas técnicas científicas evidenciarem que a diversidade
biológica vai além dos diferentes tons de pele e que muita variação existe entre pessoas e
populações quando se observam os tipos sanguíneos, enzimas e outros traços bioquímicos e
genéticos, os bioantropólogos não estão mais próximos hoje do que estavam no século XVIII
de chegar a um consenso sobre quantas raças humanas afinal existem e se existem (Anemone,
2011).

Tendo isso em mente, apresenta-se neste capítulo uma revisão das diferentes maneiras
pelas quais se definiu “raça” e as mudanças históricas e ideológicas que influenciaram os
cientistas na interpretação da variabilidade humana. A partir de agora, define-se que será
utilizado o termo “raça” para a discussão histórica do conceito utilizado para classificação da
humanidade em grupos. O termo “ancestralidade” será utilizado em referência ao pensamento
moderno sobre a variação humana.

O conceito de raça atrelado a aspectos biológicos não é tão antigo e intrínseco ao


pensamento humano quanto se imagina, com registros indicando sua origem nesse sentido, por
volta de 500 anos atrás, quando ocorreram os primeiros contatos com os povos espalhados por
todo o globo (O’Flaherty & Shapiro, 2002; Anemone, 2011; Digangi & Hefner, 2013). Nesse
momento começa a se delinear a noção de raça biológica a partir de crenças e conhecimentos
populares sobre a natureza das pessoas de diferentes partes do mundo, também surgindo a ideia
de superioridade europeia, primeiro sustentada pela religião e depois pela ciência (Anemone,
2011).

Nos séculos que se seguiram, em especial a partir do século XVIII, tornou-se vigente
a “visão racial do mundo”, assim denominada por Smedley (2007) e de acordo com o qual um
conjunto de crenças ou ideias sobre o significado das classificações raciais influencia a forma
como vemos o mundo.
56

Raça surgiu como termo utilizado para uma divisão taxonômica nos trabalhos de 1758
de Carolus Linneaus (1707-1778) 11 , a fim de organizar a variabilidade biológica existente
(Tishkoff & Kidd, 2004). Além dos sete níveis de classificação obrigatórios (de reino à espécie),
Linnaeus criou o nível opcional de classificação para variações geográficas dentro das espécies,
nível chamado por ele de variedades e hoje conhecido por raça ou subespécie. A distinção de
raças ou subespécies se dá por alguns traços morfológicos ou físicos próprios de diferentes
regiões geográficas. Raças humanas poderiam então ser entendidas como variantes geográficas
dentro da espécie Homo sapiens ou mais formalmente como populações humanas
biologicamente distintas de diferentes partes do globo, classificadas no nível subespecífico na
hierarquia proposta por Linnaeus (Linnaei, 1758, p.20-24; Anemone, 2011).

Nos trabalhos de Linnaeus, percebe-se a existência de um pensamento tipológico


seguindo o proposto por Platão, de acordo com o qual o mundo seria composto por elementos
que refletem um modelo ideal, puro e fixo, e as variações entre esses elementos seriam apenas
desvios ou imperfeições do tipo ideal (O’Flaherty & Shapiro, 2002). O’Flaherty & Shapiro
(2002), ainda citam a presença de um segundo conceito, o da Grande Cadeia dos Seres, que foi
derivado do pensamento de Aristóteles, para quem o universo estava cheio de elementos
bióticos ordenados de acordo com gradações contínuas imperceptíveis. Todas as formas de vida
ocupariam posições fixas ou fileiras ao longo de uma cadeia linear dos seres, assim como por
muito tempo pensou-se nas raças como ocupando um esquema hierárquico linear, com
caucasianos / europeus no topo e negros / africanos na base.

Uma das primeiras propostas para a questão de quantas raças ou subespécies existiriam
em nossa espécie também partiu do próprio Linnaeus em seu Systema Naturae, edição de 1740,
que sugere quatro diferentes variedades: Homo sapiens afer, H. s. asiaticus, H. s. europaeus e
H. s. americanus (Linnaei, 1758, p.20-24). Tal classificação foi baseada em relatos de viajantes,
missionários, soldados, comerciantes de escravos e outros, já que Linnaeus nunca saiu da
Europa (Anemone, 2011). Além disso, baseava-se não apenas em traços morfológicos, mas
também em traços comportamentais, psicológicos e sociais (Linnaei, 1758, p.20-24).

11
Nascido na Suíça, desde cedo apresentou interesse por plantas. Entrou para a Universidade de Lund em 1727
para estudar medicina, mas transferiu-se para Universidade de Uppsala. Na época, o treinamento em botânica
fazia parte do currículo em medicina já que todo médico deveria preparar e prescrever remédios derivados de
plantas medicinais, e foi para esse treinamento que Linnaeus dedicou seus esforços. Saiu em expedição de cunho
botânico e etnográfico em 1734, publicando a primeira edição de Sistema Naturae no ano seguinte. Continuou
seus estudos, revisando Sistema Naturae até sua décima edição, desenvolvendo os sistemas de classificação
existentes e fazendo com que seu trabalho se tornasse um guia para a taxonomia e nomenclatura dos organismos
(Bragg, 2007).
57

No século XVIII na França, Georges-Louis Lecierc, Comte de Buffon (1707-1788)12,


popularizou o uso do termo raça para as variedades dentro de uma mesma espécie conforme
proposto por Linnaeus, seguindo a noção de que as diferenças ambientais ao longo do mundo
seriam responsáveis pelas variações físicas entre as populações humanas (Hudson, 1996).

Buffon também acreditava em uma única origem para nossa espécie com uma
diferenciação regional ocorrendo algum tempo depois da expansão populacional para todo o
globo, não sugerindo, contudo, um mecanismo evolutivo para tais mudanças, que acreditava
ocorrer apenas no nível de raças geográficas e não no nível de espécies, divinamente criadas.
Tal explicação ambiental para a variação humana remonta à proposta de Hipócrates, segundo a
qual as diferenças tanto físicas quanto comportamentais seriam resultantes de diversos
fenômenos ambientais (O’Flaherty & Shapiro, 2002; Doron, 2012).

Enquanto Linnaeus esteve mais interessado em responder qual seria o número de raças
em nossa espécie, o que foi realmente o maior enfoque até meados do século XX, o interesse
de Buffon esteve em explorar a natureza das diferenças e similaridades entre as pessoas do
mundo a fim de entender as relações biológicas e históricas entre elas, o que é seguido pela
maioria dos bioantropólogos atuais (Gould, 2003; Brace, 2005; Anemone, 2011).

Já em 1775, Johann Friedrich Blumenbach (1752-1840) 13 propôs a influente


classificação racial bastante semelhante a de Linnaeus, com a adição de uma quinta raça, a
Malaia (da Oceania) (Tishkoff & Kidd, 2004), evitando o uso de traços que descrevessem
personalidade, temperamento e moral de indivíduos ou grupos e incluindo tamanho e forma do
crânio à lista de traços morfológicos que caracterizariam os grupos raciais (DiGangi & Hefner,
2013).

Também foi Blumenbach quem criou o termo “Caucasiano” em 1795, na terceira


edição de seu trabalho De Humani Generis Varietate Nativa (Variedade Natural da
Humanidade), para as populações brancas da Europa, Norte da África e Oriente Médio, baseado
no que considerou ser um crânio representativo da região do Cáucaso, próxima ao que hoje
seria a Armênia e a Geórgia (Gould, 1994; DiGangi & Hefner, 2013). Acreditava ainda que as
diferenças raciais seriam resultado da degeneração de uma população humana ancestral que ele

12
Nasceu ma Borgonha e mudou-se para Paris em 1732 onde construiu seu legado em história natural e
diferentemente de seu contemporâneo, Linneaus, hoje se pode dizer que apresentava em sua abordagem uma
noção de ecologia e adaptação (Brace, 2005).
13
Um dos maiores cientistas do Iluminismo passou toda sua carreira na Universidade de Göttingen, Alemanha.
Apresentou pela primeira vez o De Humani Generis Varietate Nativa como uma tese de doutoramento para
Faculdade de Medicina de Göttingen.
58

identificou como a Caucasiana (degeneração no sentido de mudança a partir da origem, o que


hoje poderia ser interpretado como “evolução” e não como “deterioração”, como
posteriormente passa a ser empregado o termo), que também representaria a mais perfeita
morfologia humana (Brace, 2005). Para Blumenbach, as características ambientais levavam às
variações raciais com o passar das gerações. Estava convencido da superficialidade das
variações raciais e opunha-se à ideia de diferenças na moral ou na capacidade mental entre as
raças (Gould, 1994; Gould, 2003; Anemone, 2011).

De acordo com Gould (1994), Blumenbach defendeu a unidade da espécie humana


contra a visão alternativa e em popularidade crescente de que cada raça principal tinha sido
criada separadamente14. Como seu principal argumento para a unidade, Blumenbach observou
que todas as características raciais poderiam ser descritas continuamente de uma população para
outra e não se poderia definir qualquer grupo completamente separado ou limitado. Para
Anemone (2011), Blumenbach parece reconhecer a natureza contínua da variação biológica
entre as diferentes raças e a relativa arbitrariedade das classificações raciais, quando reconhece
em sua publicação que “passamos” de uma a outra variedade do tipo humano através de uma
gradação, o que torna difícil estabelecer os limites entre as mesmas, pensamento este que é
predominante entre os antropólogos atuais.

Na primeira metade do século XIX, em especial nos Estados Unidos, o principal debate
foi justamente relativo à origem das raças humanas, ou seja, entre as escolas do monogeísmo e
do poligenismo (Gould, 2003). Nos EUA, os principais defensores do poligenismo foram Louis
Agassiz (professor de zoologia da Universidade de Harvard, 1807-1873) e Samuel George
Morton (médico da Filadélfia, 1799-1851) (Gould, 2003; Anemone, 2011, DiGangi & Hefner,
2013).

De acordo com Gould (2003), Agassiz estudou a distribuição geográfica de animais e


plantas e desenvolveu sua teoria sobre os “centros de criação”, segundo a qual os seres vivos
teriam sido criados em seus devidos lugares e não migrariam desses centros. Quando observava
variações ou raças geográficas, tendia a falar em espécies separadas, aplicando a mesma ideia
para o H. sapiens. Samuel George Morton, da mesma maneira, foi um dos líderes poligenistas,
tendo apresentado diversos trabalhos 15 para defender o caráter particular e hierárquico das
raças, utilizando sua coleção de crânios para embasar seus estudos (Gould, 2003, Brace 2005).

14
Ver nota 4 sobre poligenismo e monogenismo.
15
Ver capítulo 2 referente à craniometria.
59

Com a publicação do Origem das Espécies, em 1859, o debate entre monogenistas e


poligenistas teve fim pela sugestão de uma origem única para nossa espécie, agora explicada
por uma teoria evolutiva coerente aplicada a todos os seres vivos. O interessante é que apesar
da proposta da teoria evolutiva representar um divisor de águas no pensamento de todas as áreas
da biologia, a questão racial permaneceu como principal foco na antropologia até pelo menos a
primeira metade do século XX, assim como permaneceu frequente a ideia de superioridade e
inferioridade entre as raças (Ridley, 2004; Anemone, 2011).

De acordo com Anemone (2011), por um lado, algumas medidas começaram a ser
tomadas em direção ao pensamento de igualdade racial nos EUA. Em 1863, Abranham Lincoln
assinou a Proclamação de Emancipação 16 e a partir daí outras grandes mudanças foram
conquistadas. Em contrapartida, a partir de 1877 os governos do sul (EUA) promoveram a
segregação entre brancos e negros em todos os espaços públicos, com a Suprema Corte
aprovando o ideal “separados mas iguais” em 1896, o que tornava constitucional a segregação
racial forçada, política praticada até a década de 1960.

De acordo com Brace (2005), ainda no final do século XIX surgiu a proposta do
movimento eugênico para promover o “acasalamento criterioso” em nossa espécie, a fim de dar
às raças ou linhagens mais adequadas, mais chance de prevalecerem. Eugenia também pode ser
definida como uma tentativa de desenvolver uma ciência de cruzamento para humanos para
melhorar o pool gênico de nossa espécie (DiGangi & Hefner, 2013). Tal movimento não apenas
assume a existência de raças humanas como pressupõe que umas são mais adequadas que
outras.

A palavra eugenia foi proposta por Sir Francis Galton (1822-1911) em seu livro
“Inquiries into Human Faculty and its development” de 1883, mas em seu livro de 1869, “An
Inquiry into its laws and consequences”, Galton já havia proposto uma hierarquia para as
populações do mundo. O movimento caracterizou-se pelo favorecimento ao cruzamento entre
tipos considerados superiores e pela recomendação de diminuição ou impedimento efetivo da
produção de famílias que pudessem gerar crianças degeneradas (termo aplicado com sentido
negativo, pejorativo, de inferioridade). Se não falou em casamento compulsório dos

16
A Proclamação garantia a liberdade dos escravos dos estados rebelados na confederação (Lincoln, 1893). Em
1865 é aprovada a 13ª Emenda, que garante a liberdade de todos os escravos. Durante a “Era da Reconstrução”
(1865-1877) entram em vigor a 14ª e 15ª emendas, garantindo sucessivamente os direitos civis dos negros (1868)
e o direito ao voto, ainda exclusivo ao sexo masculino (1870) (Anemone, 2011).
60

considerados geneticamente superiores, fala em evitar a propagação livre daqueles


considerados inaptos (Brace, 2005; DiGangi & Hefner, 2013).

4.2. Mudanças após o século XIX?

Apesar do movimento eugênico e suas políticas estenderem-se até meados do século


XX, já no início desse século surgiu entre os antropólogos o questionamento sobre a realidade
biológica e a utilidade do conceito de raça em nossa espécie (Anemone, 2011).

Evidenciando a importância da temática envolvendo raças para o período, entre os dias


26 a 29 de julho de 1911 em Londres, realizou-se o Primeiro Congresso Universal de Raças
(Souza & Santos, 2012).

Predominou a presença de participantes que assumiam uma posição anti-racista ou


mais crítica sobre a maneira como as relações raciais e conflitos nacionais vinham sendo geridos
no sistema colonialista (Souza & Santos, 2012, DiGangi & Hefner, 2013).

O Congresso Universal de Raças contou com a presença de pesquisadores da África,


da Ásia e representantes da questão indígena norte-americana. Também estiveram presentes
pensadores da América Latina, com o Brasil representado por Edgard Roquette-Pinto (1884-
1954) e João Baptista Lacerda (1846-1915) (Souza & Santos, 2012).

No final do século XIX e início do século XX a teoria do “branqueamento” 17 era


amplamente aceita no Brasil e relacionava-se à mistura das raças oriundas da imigração,
partindo do pressuposto de que a raça branca seria superior às demais (Neves, 2008).

Após a implementação da República (1889) em nosso país, percebe-se a importância


do tema da identidade nacional, dentro do qual o problema da raça aparece como elemento
central para projetar o futuro do país e nesse processo, as questões da imigração, da
miscigenação, da herança européia, indígena e africana, bem como a influência do clima e do
meio na constituição das raças foram os temas mais abordados (Souza, 2012).

Lacerda, um dos participantes brasileiros no Congresso, tratou da miscigenação racial,


ressaltando que em nosso país tal questão teria uma “importância excepcional” uma vez que a

17
A ideia de formar um povo mais branco, presente em nosso país desde a proclamação da República, fazia parte
do pensamento da elite que acreditava na “extinção” dos elementos “inferiores” através da mescla progressiva
com imigrantes selecionados. Um decreto que tratava das questões de imigração para o Brasil foi promulgado
em 1890 e considerava entre outras coisas, a livre a entrada de imigrantes com capacidade para o trabalho, que
não estivessem sendo processados por crime, que não fossem oriundos da África ou da Ásia (Neves, 2008).
61

mistura entre brancos e negros era aceita aqui. Defendia que os mestiços não apresentariam
qualidade inferior e que a miscigenação levaria ao branqueamento da população com o passar
das gerações, e chamou a atenção dos antropólogos de todo o mundo (Maio, 2010; Souza &
Santos, 2012). Já Roquette-Pinto foi um dos intelectuais mais dedicados ao estudo das raças,
acionando a antropologia física como uma ferramenta de ação política principalmente para
refutar a ideia de que a formação racial brasileira seria a responsável pelos problemas do país.
Destacou que o Brasil seria um imenso “laboratório de raças”18 e que a miscigenação racial
teria possibilitado adaptação aos diferentes meios e a formação de tipos eugenicamente
favoráveis (Souza, 2012).

No mesmo ano do congresso, 1911, Charles Benedict Davenport (1866-1944),


publicou seu livro Heredity in Relation to Eugenics, defendendo que o comportamento, e não
somente as características físicas, era hereditário. Advogou a proibição de casamentos inter-
raciais, a diminuição da imigração de tipos considerados inferiores para os Estados Unidos
(Brace, 2005), deixando claro que qualquer consenso sobre as questões raciais ainda estava
longe de existir. Foi fundador do Eugenic Record Office, ou ERO, que operou até 31 de
dezembro de 1939 e pode ser considerado um dos maiores entusiastas do movimento eugênico
nos EUA, país que tem em sua história famosos casos de esterilização compulsória, em especial
na década de 1920 (DiGangi & Hefner, 2013).

No Brasil, em 1918 foi fundada a Sociedade Eugênica de São Paulo. Os principais


representantes desse movimento em nosso país foram o médico Renato Ferraz Kehl (1889-
1974) e o agrônomo Octávio Domingues (1897-1972). Antes desses entusiastas, contudo, as
contribuições de Raimundo Nina Rodrigues (1862-1906) 19 já estavam dentro dessa mesma
temática. Esse último pesquisador compartilhava da preocupação da República pela descrição
dos integrantes da população e do interesse pela política de branqueamento, que partia do
pressuposto da superioridade da raça branca e, com a abolição da escravatura a caminho e a

18
Roquete-Pinto classificou os “tipos antropológicos” em quatro grupos principais aos quais deu nomenclatura
própria: brancos seriam Leucodermos, mestiços do cruzamento entre brancos e negros seriam Phaiodermos,
mestiços de brancos e índios seriam Xanthodermos e os negros seriam Melanodermos. Apesar da referência à
cor da pele, esta não era o principal caracter de avaliação (considerava ainda índices cefálico e nasal, estatura,
perímetro torácico e outros). Apesar de atribuir “caráter psicológico” para cada tipo antropológico, não defendia
uma hierarquia racial, o que o diferenciava de outros pesquisadores, como Nina Rodrigues (Souza, 2012).
19
Nascido no Maranhão, ingressou na Faculdade de Medicina da Bahia em 1882, vindo a concluir seu curso em
1886 já no Rio de Janeiro.
62

necessidades de trabalhadores, procurou-se favorecer a entrada de imigrantes europeus 20


(Neves, 2008; Ramos & Maio, 2010).

Ainda nesta primeira década do século XX, nos EUA, políticas específicas foram
implementadas pelo Estado, dentre elas, as que visavam à diminuição da imigração (lei de 1924
que restringe imigrantes do leste e sul da Europa, considerados menos capazes intelectualmente
a partir de testes de QI) e o controle do cruzamento das pessoas com menor capacidade mental
que já estavam no país (milhares de pessoas, especialmente mulheres foram esterilizadas
compulsoriamente – 36 mil apenas em 1941) (Anemone, 2011; DiGangi & Hefner, 2013).

Na Europa, também houve grande adesão de políticas com base nas propostas
eugênicas, com realização de esterilizações compulsórias e posteriormente de eutanásia,
primeiro em crianças consideradas inaptas, ou com diagnóstico de problemas mentais (muitas
vezes feitos nos primeiros meses de vida), procedimento empregado em seguida em adultos
epiléticos, com deficiências mentais ou físicas ou com qualquer distúrbio ou característica que
os fizessem não ser considerados normais de diferentes formas. O ponto mais extremo foi a
aplicação de tais métodos em todo um grupo étnico considerado racialmente inferior – os judeus
(Brace, 2005; DiGangi & Hefner, 2013).

No Brasil, dando sequência aos trabalhos antropológicos de Nina Rodrigues, Lacerda


e Roquette-Pinto, José Bastos de Ávila realizou estudos sobre raça e mestiçagem entre as
décadas de 1920 e 1930, diferenciando-se por interessar-se pela antropometria de crianças.
Ávila ressalta em seus trabalhos que os problemas do país não residiam em suas dimensões
raciais, mas nas más condições de saúde, higiene e educação da população (Gonçalves et al.,
2012).

Ainda no mesmo período, Álvaro Froés da Fonseca (1890-1988) publicou no Boletim


do Museu Nacional estudos nos quais visava a simplificação e a padronização do serviço
antropométrico de todo o Brasil. Em razão da crescente importância da dissecação de cadáveres,
as fichas utilizadas nesses casos foram adaptadas para melhor caracterização dos indivíduos,
passando-se a coletar, por exemplo, algumas medidas antropométricas e alguns índices, peso

20
EM 1890, Nina Rodrigues publicou uma série intitulada “Os mestiços brasileiros” na qual apresentou uma
classificação racial da população brasileira, propondo seis grupos baseados em caracteres morfológicos: branco,
negro, mulato, mameluco ou caboclo (resultantes do cruzamento de branco com índio), cafuzo ou curiboca
(mulato claro ou branco com índio) e pardo (mestiços complexos que associavam as características das três
raças). Acreditava que as raças mestiças estavam em transição e poderiam desaparecer, apresentando a
concepção de diluição dos caracteres antropológicos no cruzamento entre raças. Também deixa explícito seu
posicionamento contra a mestiçagem e sua visão de inferioridade da raça negra em relação à branca.
63

do crânio e do cérebro quando possível, indicações relativas à profissão, causa mortis e até
mesmo impressões digitais e fotografia frontal do cadáver (Keuller, 2012). O interessante
quanto a tais aspectos consiste no fato de que os crânios estudados no presente trabalho foram
preparados entre as décadas de 1930 e 1960, constando algumas dessas informações na
catalogação dos mesmos.

Froés da Fonseca considerava que todas as populações da Terra eram mestiças em


vários graus e, portanto, não tratava a mestiçagem brasileira como a causa da degradação do
país, mas, como Roquette-Pinto, acreditava que os mestiços em condições de saúde eram
fisicamente fortes, diferentes daqueles que privados de educação moral e com falhas de higiene
viciavam-se em álcool ou tornavam-se vítimas da sífilis, da opilação e da malária. Criticou os
trabalhos de Madison Grant (1865-1937), nos Estados Unidos, e de Renato Kehl (1889-1974)
no Brasil, reafirmando que a eugenização em nosso país não seria um problema racial, mas de
educação em geral e de higiene em particular (Keuller, 2012).

Na década de 1940, Franz Weindenreich (1873-1948)21, baseado no estudo de fósseis,


propôs que diferentes linhagens evolutivas surgiram em várias regiões do Velho Mundo, todas
originando separadamente as variantes geográficas dos humanos modernos. Carlton S. Coon
(1904-1981), baseado na proposta de Weinderenreich, defendeu em seu livro “The Origin of
Races” de 1962 que as diferenças raciais seriam muito antigas e que algumas raças teriam
“alcançado” o estágio moderno de H. sapiens primeiro, o que explicaria o maior tamanho
cerebral e a maior inteligência que essas apresentariam (Wolpoff, 1993; Lewin, 1999).

É justamente a partir desse mesmo período, entre as décadas de 1940 e 1960, que a
abordagem antropométrica frequente em todo mundo perdeu espaço para os dados genéticos
nos estudos raciais, com especial destaque para variações em frequências gênicas nos diferentes
tipos sanguíneos (Bernardo, 2007).

Apresentando uma abordagem mais comum à genética de populações, uma das mais
influentes respostas ao trabalho de Coon foi feita com a publicação de Frank Livingstone (1928-

21
Milford Wolpoff e colaboradores (Alan G. Thorne; Wu Xinzhi; John Hawks; Rachel Caspari) retomaram a
proposta de Weidenreich, agora reformulada como Hipótese de Evolução Multiregional. De acordo com essa
hipótese, uma vez que o Homo erectus surge e se espalha pelo Velho Mundo, ocorre um isolamento parcial com
evolução de formas mais arcaicas para formas mais modernas levando ao surgimento de diferenças morfológicas
de acordo com região geográfica que podem ser observadas por continuidade regional. Como o isolamento foi
apenas parcial, o fluxo gênico entre as diferentes populações permitiu uma evolução conjunta para o ser humano
moderno e suas diferentes raças. Tal hipótese baseia-se especialmente nos achados fósseis (Wolpoff, 1993).
64

2005) em 1962, entitulada “On the Non-Existence of Human Races”. Livingstone defende que
ao longo da distribuição geográfica das espécies, incluindo a nossa, ocorreu uma mudança
gradual em traços morfológicos ou genéticos, o que poderia ser denominado de padrão de
variação clinal e, uma vez tratando-se de uma variação contínua, a criação de qualquer unidade
racial discreta seria necessariamente arbitrária – “There are no races, there are only clines”.

Além disso, Livingstone também reforça que quando a classificação racial é feita com
base em um conjunto de características morfológicas ou de frequências gênicas, muitas vezes
tais classificações não são concordantes quando outros traços são levados em conta
(Livingstone & Dobzhansky, 1962). Tal proposta, ainda aceita largamente nos dias de hoje, foi
comentada na mesma publicação por Theodosius Dobzhansky (1900-1975), que também
criticou a publicação de Coon, dizendo ser improvável sua proposta de origem múltipla para
nossa espécie (Dobzhansky, 1963).

Dobzhansky concorda que raças não existem se forem interpretadas como unidades
discretas, inválidas como a explicação para a variabilidade humana. Defende por outro lado, a
ideia de raças como sistemas geneticamente abertos, surgindo como resultado do ordenamento
da variabilidade genética pela seleção natural em conformidade com as condições ambientais
dos diferentes territórios. Para o pesquisador, as diferenças raciais são determinadas por
fenômenos biológicos e “raça” seria portanto, uma categoria de classificação. Como as
populações humanas diferem na frequência de muitas variáveis genéticas, seriam racialmente
distintas.

Em trabalho anterior, Dobzhansky (1944) já havia se posicionado quanto à discussão


sobre raças, as quais definiu como populações distintas na incidência de determinados genes,
mas que trocam ou são potencialmente capazes de trocar genes através das fronteiras que as
separam, sendo tal definição evidentemente baseada em critérios biológicos mais
particularmente genéticos. Reconhece que a maioria das espécies viventes diferencia-se em
raças geográficas, cada uma ocupando uma porção da área de distribuição da espécie. Também
denominadas de sub-espécies, as raças podem ser conectadas por transições em zonas
geográficas intermediárias ou podem estar separadas por barreiras de migração e deixam de
mostrar elos morfológicos de ligação, sendo consideradas raças independente da magnitude das
diferenças morfológicas.

Tendo em vistas as definições que aponta, Dobzhansky (1944) conclui que o homem
vivente trata-se de uma única espécie, dividida em raças tão mal delimitadas que seu número
estimado varia de duas a cerca de cem, já que a civilização humana reverteu o processo de
65

divergência das raças por meio da troca gênica inicialmente gradual e hoje muito acelerada, que
tende eventualmente à fusão das raças em uma única população variável. Para o autor, entender
o significado adaptativo (ou não) das características que distinguem as raças humanas seria a
maior lacuna em nossa compreensão da evolução dos hominídeos, ressaltando ainda que
qualquer termo em ciência, incluindo “raça” e “espécie”, significa apenas o que nós fazemos
significar.

Para Anemone (2011), outros antropólogos influentes no debate quanto ao conceito de


raça foram Loring Brace, quem reconhecia as raízes tipológicas no conceito de raça e defendia
uma abordagem evolutiva e adaptativa para o estudo da diversidade humana, e Ashley
Montagu, autor do livro “Man’s Most Dangerous Myth: The Fallacy of Race”, de 1942, no qual
popularizou a noção de que raças humanas funcionavam mais como construções sociais do que
como um fato biológico, diferentemente do defendido por Dobzhansky (1944).

Em dezembro de 1949, antropólogos e pesquisadores de diferentes áreas participaram


de uma reunião proposta pela UNESCO com o objetivo de apresentar uma homologação sobre
raça, devido ao receio da ideologia racial pós 2ª Guerra. Em julho do ano seguinte foi publicado
o “Statement on Race” documento discutido e reformulado nos anos de 1951, 1964 e 1967 em
que novos encontros ocorreram com o mesmo objetivo e permitiu o entendimento do debate
sobre a natureza de raça e racismo que caracterizaram os anos pós guerra (Maio & Santos, 2010;
Anemone, 2011).

Em 1996, a AAPA (American Association of Physical Anthropologists) revisou o


documento “Statement on Race” de 1964 formulando o “Statement on Biological Aspects of
Race”, no qual a AAPA posiciona-se sobre o tema.

Em onze tópicos define resumidamente que: todos os humanos viventes hoje


pertencem a uma única espécie; que as diferenças entre populações resultam de fatores
hereditários, ambientais e sociais; que não faz sentido atribuir graus de inferioridade ou
superioridade a uma ou outra raça; que todos os humanos modernos têm o mesmo potencial
biológico para assimilar qualquer cultura; que não existem raças puras; que a humanidade não
pode ser dividida em categorias geográficas discretas com limites absolutos e finalmente, que
não há necessariamente concordância entre caracteres biológicos e culturais (AAPA, 1996).
66

4.3. Estudos atuais sobre a variabilidade biológica humana

Desde a publicação de Washburn (1951) 22 , os estudos bioantropológicos foram


tomando novos rumos, distanciando-se da aplicação de ideias tipológicas e focando em
examinar mudanças evolutivas, genética de populações e variação humana. O pensamento
moderno dos bioantropólogos passou a focar o estudo de populações, sob um ponto de vista
evolutivo.

Nesse sentido, para DiGangi e Hefner (2013), população pode ser definida como um
grupo de indivíduos contemporâneos vivendo relativamente na mesma área geográfica e que
compartilham uma mesma cultura que inclui língua, tradições, sistemas de crenças e que
tendam a encontrar parceiros pertencentes ao mesmo grupo.

Os pontos de comum acordo atualmente reconhecem que há variação dentro das


populações e entre essas; que o ambiente, incluindo cultura e geografia, tem exercido
considerável influência na variação humana; que raça não é um conceito correto para a
descrição das populações e que as pesquisas sobre variação humana têm implicações para a
sociedade e outros campos como forenses e médicos (Edgar & Hunley, 2009).

De acordo com os mesmos autores, em contrapartida, as discordâncias referem-se a


como os padrões de variação observados geograficamente são organizados. Uma escola de
pensamento defende que a variação humana distribui-se de forma clinal e que há maior variação
genética dentro das populações do que entre elas (Linvigstone, 1962; Lewontin, 1972). Outra
escola explica a variação como resultado de fatores complexos que contribuem com as forças
evolutivas e que interrompem o fluxo gênico conforme populações maiores se separam, com
enfoque para o efeito fundador e deriva genética (Hunley et al., 2009; Long et al., 2009). A
diversidade de uma população seria um subconjunto da diversidade encontrada em outra, e
assim sucessivamente, não fazendo sentido da mesma maneira pensar em categorias discretas
para explicar tal variabilidade.

Para DiGangi & Hefner (2013), sobre a variação humana, objetiva-se agora entender
qual a verdadeira natureza de nossa história populacional que conduziu à variação existente,
como os padrões geográficos explicam a variação em nossa espécie e como a geografia e os
processos evolutivos contribuem para os padrões de variação fenotípica e genotípica. Além

22
Mais detalhes no capítulo sobre Bioantropologia.
67

disso, continua sendo um problema forense identificar a ancestralidade de indivíduos, terceiro


componente na construção de um perfil biológico.

Assim sendo, diferentes estudos têm tentado entender e estimar a ancestralidade de


indivíduos ou grupos populacionais, por meio de técnicas variadas.

Uma das abordagens possíveis parte da ideia apresentada por Neel (1973) de que
existem marcadores genéticos em uma população que não existem em outras.

As diferenças em marcadores físicos e fisiológicos observadas entre as diferentes


ancestralidades geográficas são resultantes de um período de adaptação às condições ecológicas
únicas, deriva genética e seleção sexual (Shriver et al., 1997).

De acordo com Shriver et al. (1997), os alelos mais usados para estudos forenses, de
mistura ou de mapeamento, são aqueles com alta diferença de frequência entre populações, e
por isso denominados Population-Specific Alleles (PSA) ou “alelos-população-específicos” em
tradução literal. Os mesmos autores identificaram em sua pesquisa, um painel de marcadores
genéticos dimórficos e micro-satélites que permitem uma estimativa de ancestralidade
confiante em afro-americanos, euro-americanos e hispano-americanos. Além disso, tornam
possível estimar a mistura individual e a identificação apropriada de indivíduos.

Tal estimativa de ancestralidade pode auxiliar, por exemplo, na estimativa de outras


características como sexo, idade, altura, além de aumentar a precisão na descrição física. No
caso da antropologia forense tais dados são necessários para a identificação de indivíduos. As
melhores estimativas de ancestralidade são obtidas ainda pelo uso de medidas de comprimentos
e ângulos do crânio e muitos ossos longos, usados para estimar os coeficientes de funções
discriminantes que categorizam corretamente os indivíduos com uma margem de 80-90% de
acerto (Shriver et al., 1997).

O trabalho de Parra et al. (1998) representa outro exemplo da utilização de PSAs para
definir a contribuição genética de diferentes populações na constituição de outras. Os autores
objetivaram descrever a contribuição européia em populações afro-descendentes dos EUA e da
Jamaica usando marcadores de DNA autossômico população-específicos. Também estimaram
a contribuição européia masculina e feminina para os afro-americanos com base em DNA
mitocondrial e em marcadores polimórficos AluY. Os resultados indicaram um viés quanto ao
sexo no fluxo gênico vindo dos europeus, com a contribuição masculina sendo
substancialmente maior.
68

Nesse mesmo sentido, o estudo de Carvalho-Silva et al. (2001) indicou que a maior
parte dos cromossomos Y em homens brasileiros brancos, independentemente de sua região
geográfica de origem, tem origem europeia, com baixa frequência de contribuição subsaariana
africana e ausência de contribuição ameríndia. Tais resultados configuram um cenário de forte
“acasalamento” direcional no Brasil, envolvendo homens europeus e mulheres ameríndias e
africanas. Paralelamente, em concordância com os resultados anteriores, a análise da
ancestralidade a partir de linhagens de DNA mitocondrial em amostra aleatória de brasileiros
brancos revelou alta contribuição matrilinear de ameríndias e africanas, em quantidades
próximas à contribuição europeia, com diferenças entre as regiões do Brasil. Enquanto na região
norte há maior porcentagem de contribuição ameríndia, no nordeste há maior porcentagem de
contribuição africana, por exemplo (Alves-Silva et al., 2000).

Esse tipo de estudo revela que além de implicações forenses, é possível estabelecer
relações com o contexto histórico de cada população, além de evidenciar a importância do
estudo de populações miscigenadas como recurso para mapear traços de prevalência diferente
nas populações parentais (Parra et al., 1998).

A abordagem que considera traços fenotípicos e não exclusivamente traços


genotípicos, também continua presente em especial em casos forenses (Sauer (1992); Ousley et
al., 2009), mas não de forma estrita a essa linha da antropologia.

Relethford (2009), por exemplo, buscou entender a melhor maneira de descrever e


analisar a variação humana e quão bem isso é atingido pelo conceito de raça, estudando traços
craniométricos e cor de pele. Observou que embora nem todos os traços craniométricos sejam
neutros, o sinal referente à história populacional não é apagado. Utilizando as medidas de
Howells o autor obteve classificação correta dos crânios para as seis regiões geográficas de
origem em 96% dos casos. Agrupando ou subdividindo as regiões em cinco e sete, manteve-se
a precisão, indicando que com um grande número de marcadores é possível assignar a origem
geográfica mas que não há justificativa para estipular um número rígido para estes, tratando-se
de uma subdivisão subjetiva.

Nesse mesmo trabalho o autor demonstra que existem padrões geográficos para a
variação biológica humana, tanto para traços muito afetados pela seleção natural – como a cor
da pele –, quanto para traços que na média tendem a ser mais neutros – como traços
craniométricos e marcadores genéticos polimórficos. Sendo assim, raças seriam rótulos crus e
culturalmente construídos para a estruturação geográfica da variação, mas baseados em uma
realidade de distribuição da variação. Em alguns casos, ainda de acordo com Relethford (2009),
69

as divisões cruas em regiões geográficas podem ser úteis, como em contextos forenses nos quais
se objetiva identificar a ancestralidade dos indivíduos, mas em outros casos, isso pode
obscurecer a variação que seria mais bem entendida falando-se em populações locais.

Seguindo o mesmo pensamento, Sauer (1992) explica porque para o contexto forense
os indivíduos são classificados em grupos raciais ou de ancestralidade geográfica. Para o autor,
pelo menos nos EUA há uma concordância entre as raças sociais e a distribuição da variação
biológica esqueletal, em especial da morfologia craniana de brancos e negros, o que não valida
o conceito de raça biológica.

Para testar tal premissa, Ousley et al. (2009) analisaram dados craniométricos e
observaram diferenças de fato significantes entre brancos e negros norte-americanos. Para esses
grupos percebeu-se forte concordância entre raça como conceito socialmente construído e
variação biológica. Os autores explicam o observado pelo fato de os dois grupos terem
diferentes continentes de origem, submetendo-se a diferentes forças evolutivas por dezenas de
milhares de anos antes de migrarem para os EUA. Além disso, o racismo e o acasalamento
dentro dos grupos sociais teriam evitado fluxo gênico significativo entre estes, o que os teria
tornado mais similares.

Estes são apenas alguns exemplos de como a variação biológica em nossa espécie vem
sendo estudada e a importância de um melhor entendimento da mesma. No capítulo 2, referente
às abordagens craniométricas, outras pesquisas com intuito de entender a variabilidade
fenotípica humana ou em outras espécies também foram apresentadas.
70

Capítulo 5

Materiais e métodos
__________________________________
71

Capítulo 5. Material e Métodos

5.1. Material

O material a ser analisado é representado por crânios secos identificados quanto ao


sexo, à idade, à data de morte, e obviamente quanto à cor da pele. Foram incluídos apenas os
crânios de indivíduos adultos de ambos os sexos classificados brancos, negros, mulatos e
pardos. Apesar de considerar-se inicialmente apenas a análise da morfologia de mulatos, nas
classificações quanto à cor encontradas nos catálogos a frequência com que o termo “pardo”
aparece é muito superior à frequência de uso do termo “mulato”, cujo número amostral foi
pequeno e discrepante. Assim sendo, optou-se por considerar como constintuintes de um único
grupo definido como pardos, os indivíduos classificados como mulatos e pardos.

Tal material encontra-se nas coleções do Museu de Anatomia Humana da


Universidade de São Paulo (MAH-USP) e do Museu de Anatomia da Universidade Federal do
Estado de São Paulo (UNIFESP), que somadas apresentam mais de 800 crânios.

Obtida a autorização dos responsáveis pelos museus para a realização da presente


pesquisa, partiu-se para o contato com as coleções. Em ambos os casos não havia uma listagem
digitalizada do material, o que se realizou para os dois museus. A listagem da coleção do MAH-
USP foi elaborada a partir das fichas de catalogação existentes para cada crânio, enquanto que
a listagem da coleção do Museu de Anatomia da UNIFESP foi elaborada a partir dos dados
contidos nos livros de registro dos crânios (Anexos 1 e 2, respectivamente). Anexadas, da
mesma forma, encontram-se as listagens dos crânios do MAH-USP e da coleção do Museu de
Anatomia da UNIFESP (Anexos 3 e 4), com as informações presentes referentes aos mesmos,
informações estas mais detalhadas para a segunda coleção.

No total foram mensurados 592 crânios, 404 de homens e 184 de mulheres e 4 sem
sexo definido. Desses, após a etapa de tratamento dos dados que será apresentada a seguir,
apenas 544 foram de fato utilizados no presente estudo, número este que compreende 376
homens, 167 mulheres e 1 indivíduo de sexo indefinido.

Se os sexos forem considerados conjuntamente, tem-se 267 crânios de indivíduos


considerados brancos, 167 crânios de negros, 23 de mulatos, 86 de pardos e 1 de indivíduo
classificado como pardo / mulato (e portanto, 110 mulatos/pardos).

Considerando apenas o sexo feminino, foram mensurados 167 crânios: 61 crânios de


mulheres classificadas como brancas, 72 de mulheres classificadas como negras, 4 de mulatas,
72

29 de pardas e 1 de mulher classificada como parda / mulata (e portanto, 34 mulatas/pardas).


Quanto ao sexo masculino, a amostra contém 376 crânios: 206 de indivíduos classificados como
brancos, 94 de negros, 19 de mulatos e 57 de pardos (76 mulatos/pardos).

5.2. Métodos

5.2.1. Abordagem craniométrica

Conforme dito anteriormente, os crânios dos indivíduos apresentados nas tabelas


anteriores foram analisados por meio de uma abordagem métrica.

De acordo com Buikstra & Ubelaker (1994) e assim como o já descrito no tópico
referente à craniometria, as medidas têm sido uma importante abordagem na biologia do
esqueleto.

Ainda segundo os mesmos autores, medidas cranianas e do esqueleto pós-craniano têm


sido tipicamente usadas para descrever indivíduos e para comparação entre grupos. Antes de
1960 as comparações eram usualmente baseadas em medidas isoladas, avaliadas
independentemente ou em índices que combinavam duas dimensões como um indicador da
forma. A atual disponibilidade de computadores tem facilitado o uso de estatísticas
multivariadas e encorajado o desenvolvimento de pesquisas com designs cada vez mais
sofisticados.

Para Howells (1973), apesar de reconhecermos há algum tempo diferenças cranianas


entre populações, não sabíamos como fazer declarações realmente objetivas quanto ao grau de
variação, excetuando-se o uso de índices para mostrar que crânios podem ser mais longos ou
mais largos, por exemplo. Apenas recentemente descobriu-se como comparar, com
confiabilidade, as diferenças de forma entre fósseis humanos mais antigos, ou como avaliar tais
diferenças em termos de variação entre populações modernas.

Tanto no caso dos estudos realizados a partir de medidas lineares clássicas tomadas
com paquímetros (Howells, 1973) quanto no caso da tomada de coordenadas de pontos por
braços digitalizadores utilizados em morfometria geométrica, faz-se necessário o entendimento
dos pontos cranianos, internacionalmente denominados de “landmarks”, definidos como
referências baseadas em porções ou estruturas ósseas a partir das quais as medidas podem ser
tomadas (Slice, 2005).
73

A tradição e o desenvolvimento dos protocolos de medição que visam diferentes tipos


de investigação remotam às convenções propostas no Congresso de Craniometria de Munique
de 1877, e depois consolidadas no Congresso Internacional de Antropólogos, realizado em
Frannkfurt em 1884. Em tais encontros estabeleceram-se as referências da antropometria, com
definições de conceitos fundamentais de técnicas utilizadas até hoje, como o Plano Horizontal
de Frankfurt23 e o estabelecimento de dois tipos de landmarks24, os pareados e os não pareados
(Bass, 2005; Bernardo, 2012).

Para definição dos “landmarks” tomados, foi realizado um estudo sistemático e


comparativo dos pontos utilizados por Howells (1973), também apresentados por Buikstra e
Ubelaker (1994), por Cheverud (1996), por Bass (2005), por White & Folkens (1991) e por
Craumon-Taubadel (2009), alguns aparecendo em apenas uma das obras citadas. A Tabela 1
abaixo apresenta as definições dos pontos coletados no presente estudo.

Tabela 1. Landmarks craniométricos adotados, suas definições e referências.

Sigla Landmark Definição Referências


Pontos não pareados
- Ponto alveolar superior. Representa o ápice do septo
entre os incisivos centrais superiores. Trata-se do
Bass (2005);
Alveolare landmark mais baixo para a medida da altura da face.
White & Folkens
ids (infradentale - É o ponto mediano na ponta inferior do septo ósseo entre
(1991);
superius) os incisivos centrais superiores.
Cheverud (1996).
- Correspondente ao ponto IS em landmarks de crânios
faunísticos.
- Ponto mais profundo visto no perfil, abaixo da espinha
ss Subspinale Howells (1973).
nasal anterior.
Continua

23
Plano imaginário traçado a partir de três pontos: porion esquerdo, porion direito e orbitale esquerdo. O crânio
é normalmente orientado nesse plano quando representado com finalidade comparativa. Quando os olhos estão
fixados no horizonte, o crânio está normalmente posicionado de modo que os três pontos de referência estejam
num plano horizontal (Bass, 2005).
24
As melhores traduções para o termo em inglês “landmarks” seriam pontos de referência ou pontos
craniométricos. Contudo, como o termo landmark é utilizado mesmo entre autores falantes de outras línguas
que não o inglês, optou-se por manter o padrão de utilização do mesmo termo, sem traduzi-lo para o português.
Os landmarks não pareados são aqueles que ocorrem no plano sagital médio, como por exemplo o Prosthion. Já
os landmarks pareados são aqueles que ocorrem em duplicata, de maneira equidistante de ambos os lados do
plano sagital médio, como por exemplo o Porion (Bass, 2005 e Bernardo, 2012).
74

Continuação

- Ponto onde uma linha desenhada entre as margens mais


baixas das aberturas nasais esquerda e direita está
intersectada pelo plano sagital. É o ponto mais baixo para
a tomada da medida da altura nasal. Bass (2005);
- Ponto onde uma linha desenhada entre os dois pontos Buikstra &
ns Nasospinale mais inferiores (piriformes) da abertura nasal, cruzam o Ubelaker (1994);
plano sagital, não sendo necessariamente localizado na White & Folkens
ponta da espinha nasal. (1991).
- Ponto onde uma linha tangente aos dois pontos mais
inferiores das duas curvas da margem da abertura nasal
inferior, cruza a linha média.
- Ponto na linha media sagital na extremidade inferior
White & Folkens
livre da sutura internasal.
rhi Rhinion (1991).
- Corresponde ao ponto NSL em landmarks de crânios
Cheverud (1996).
faunísticos.
- Intersecção da sutura fronto-nasal com o plano mediano Bass (2005),
sagital. É o ponto mais alto para a tomada da medida da Buikstra &
altura nasal. Ubelaker (1994) e
n Nasion - Ponto médio onde os dois ossos nasais e o osso frontal Howells (1973);
se intersectam. White & Folkens
- Corresponde ao ponto NA em landmarks de crânios (1991);
faunísticos. Cheverud (1996).
- O ponto mais projetado para a frente, no plano médio Bass (2005);
sagital do osso frontal, ao nível das cristas supra-orbitais Buikstra &
g Glabella e acima da sutura naso-frontal. Ubelaker (1994) e
- Ponto mais anterior na linha média no osso frontal, White & Folkens
usualmente acima da sutura fronto-nasal. (1991).
White & Folkens
- Instrumentalmente determinado, é um ponto mediano
(1991) &
m Metopion ectocraniano no osso frontal, onde a elevação do frontal
Craumon-
acima da corda do Nasion ao Bregma é maior.
Taubadel (2009).
- Intersecção entre as suturas coronal e sagital, na linha
Bass (2005);
sagital média.
Howells (1973);
- Definido pela borda posterior do osso frontal no plano
Buikstra &
sagital médio.
b Bregma Ubelaker (1994) e
- Ponto ectocraniano mediano localizado onde as suturas
White & Folkens
coronal e sagital se intersectam.
(1991);
- Corresponde ao ponto BR em landmarks de crânios
Cheverud (1996).
faunísticos.
- Ponto mais alto no contorno da linha sagital média,
Bass (2005) e
como é visto na norma lateral (vista lateral no plano
Howells (1973);
v Vertex Horizontal de Frankfurt), quando o crânio está em FH.
White & Folkens
- Determinado instrumentalmente quando o crânio está
(1991).
em FH. É o ponto ectocraniano mais alto na linha média.
- Ponto mediano ectocraniano localizado onde uma linha
White & Folkens
ob Obelion conectando o forame parietal de ambos os lados (quando
(1991).
presentes) intersecta a linha sagital média.
Continua
75

Continuação

- Intersecção das suturas sagital e lambdoidal na linha


média.
Bass (2005);
- Ápice do osso occipital na junção com os parietais, na
Howells (1973);
linha média sagital.
Buikstra &
- Se a localização deste ponto for dificultada pela
l Lambda Ubelaker (1994) e
presença de ossos womerianos (ossos suturais), localize
White & Folkens
o ponto onde projeções das suturas sagital e lambdóide
(1991);
poderiam se encontrar.
Cheverud (1996).
- Corresponde ao ponto LD em landmarks de crânios
faunísticos.
Bass (2005),
- Ponto mais posterior no crânio não localizado na Howells (1973),
protuberância occipital externa. É o ponto final posterior Buikstra &
op Opisthocranion do comprimento craniano máximo medido a partir da Ubelaker (1994) e
glabela. Não é um ponto fixo, sendo instrumentalmente White & Folkens
determinado. (1991).

- Ponto na base da protuberância occipital externa, sendo


a intersecção do plano sagital médio com uma linha
desenhada que tangencia a convexidade mais superior da
Bass (2005);
linha nucal esquerda e direita.
i Inion White & Folkens
- A anatomia óssea nessa região é altamente variável,
(1991).
com cristas, caroços. Normalmente o inion é definido
como o ponto no qual a linha nucal superior se funde à
protuberância occipital externa.
Bass (2005),
- Ponto mediano da margem posterior do forame magno. Buikstra &
- Localizado na crista inferior da borda posterior do Ubelaker (1994) e
o Opisthion forame magno, no plano médio sagital. White & Folkens
- Corresponde ao ponto OPI em landmarks de crânios (1991);
faunísticos. Howells (1973);
Cheverud (1996).
- Ponto mediano da margem anterior do forame magno,
mais distante do bregma. Ponto utilizado na medida da Bass (2005),
altura do crânio. Buikstra &
- É o ponto localizado na borda anterior do forame Ubelaker (1994) e
ba Basion magno, exatamente na posição sagital média, na posição White & Folkens
destacada pelo ápice da superfície triangular na base dos (1991);
côndilos. Howells (1973);
- Corresponde ao ponto BA em landmarks de crânios Cheverud (1996).
faunísticos.
- Ponto onde o plano médio sagital intersecta a sutura White & Folkens
sphba Sphenobasion
esfeno-occipital. (1991).
White & Folkens
ho Hormion - Ponto na linha mediana mais posterior no vômer.
(1991).
- Ponto localizado exatamente nesse marco anatômico,
espinha nasal posterior, na linha média, no ponto mais
Spina nasalis M.I.;
pns posterior.
posterior Cheverud (1996).
- Corresponde ao ponto PNS em landmarks de crânios
faunísticos.
- Ponto na linha média da sutura interpalatal onde esta é
Bass (2005) e
cruzada por uma linha desenhada tangentemente às
sta Staphylion White & Folkens
curvas da margem posterior do palato (parte mais
(1991).
profunda das fendas da parte traseira do palato).
Continua
76

Continuação

- Ponto de intersecção entre os ossos maxilares e


Craumon-
palatinos.
plm Palatomaxillare Taubadel (2009);
- Ponto de intersecção entre as suturas palatina transversa
M.I.
e palatina mediana.
Craumon-
inv Incisivon - Ponto mais inferior no forame (fossa) incisivo.
Taubadel (2009).
- Ponto onde uma linha desenhada tangentemente às
Bass (2005) e
curvas na margem alveolar posterior dos dois incisivos
ol Orale White & Folkens
centrais cruza a linha média. Está do lado oposto do ponto
(1991).
alveolare.
Pontos Cranianos Pareados
- Ponto mais inferior na sutura zigomatico-maxilar. White & Folkens
zm Zygomaxillare - Corresponde ao ponto ZI em landmarks de crânios (1991);
faunísticos. Cheverud (1996).
- Localiza-se na intersecção da sutura zigo-maxilar e o
Zygomaxillare
zm:a limite da posição de inserção do músculo masseter, na Howells (1973).
anterior
superfície facial em ambos os lados.
- Ponto instrumentalmente determinado como sendo o Bass (2005) e
mais lateral da margem abertura nasal tomado White & Folkens
al Alare perpendicularmente à altura nasal. (1991);
- Pontos mais laterais no plano transverso da abertura Buikstra &
nasal, sendo instrumentalmente determinados. Ubelaker (1994);
- Ponto mais inferior da abertura nasal, utilizado para
nh Nasal height tomada da medida referente a altura nasal (utilizada por M.I.
Howells, 1973).
- Ponto médio mais superior da margem orbital, em Cramon-Taubadel
ors Orbitale Superior
ambos os lados. (2009).
Bass (2005) e
- Ponto mais baixo na margem orbital, sendo um dos
or Orbitale White & Folkens
pontos utilizados para a determinação do plano FH.
(1991).
Bass (2005),
Buikstra &
- Ponto localizado na máxima extensão da superfície do
zy Zygion Ubelaker (1994) e
arco zigomático, sendo instrumentalmente determinado.
White & Folkens
(1991).
- Ponto localizado na profundidade do corte / entalhe White & Folkens
ju Jugale
entre os processos frontal e temporal do arco zigomático. (1991).
- Ponto mais inferior na sutura temporo-zigomática. Cramon-Taubadel
zti Zygotemporale (inf) - Corresponde ao ponto ZYGO em landmarks de crânios (2009);
faunísticos. Cheverud (1996).
Cramon-Taubadel
zts Zygotemporale (sup) - Ponto mais superior na sutura temporo-zigomática.
(2009).
Mandibular fossa - Ponto mais lateral na fossa mandibular, em ambos os Cramon-Taubadel
mfl
(lat) lados. (2009).
- Extremidade posterior da sutura entre esquamosal e Hubbe
Temporo-sphenoidal alisfenóide. (comunicação
ts
junction - Corresponde ao ponto TS em landmarks de crânios pessoal);
faunísticos. Cheverud (1996).
Continua
77

Continuação

- Ponto onde a linha de comprimento da orbita, paralela a


borda superior, encontra a outra borda. É o ponto da
Bass (2005);
largura máxima na parede lateral da órbita ocular.
Buikstra &
- A intersecção da superfície mais anterior da borda
Ubelaker (1994) e
ek Ectoconchion lateral da órbita e uma linha bissectando a órbita ao longo
Howells (1973);
de seu maior eixo. O ponto a ser marcado encontra-se na
White & Folkens
margem anterior.
(1991).
- Ponto instrumentalmente determinado como o mais
lateral na margem orbital.
- Ponto de intersecção entre as suturas frontonasal, Cramon-Taubadel
in Infranasion
nasomaxilar e frontomaxilar. (2009).
- Ponto na parede medial da órbita na junção da sutura
lacrimo-maxilar com o osso frontal. Bass (2005) e
- Localiza-se na borda medial da órbita, na qual há a White & Folkens
intersecção entre frontal, lacrimal e maxila (intersecção (1991);
dk Dacryon
na sutura lacrimo-maxilar com o osso frontal) havendo Buikstra &
frequentemente um pequeno forame nesse ponto. Ubelaker (1994);
- Delimitado pelo ápice da fossa lacrimal, invadindo o Howells (1973).
osso frontal.
- Ponto no qual a margem orbital intersecta a sutura zigo- White & Folkens
maxilar. (1991) e Howells
zyo Zygoorbitale
- Corresponde ao ponto ZS em landmarks de crânios (1973);
faunísticos. Cheverud (1996).
- Ponto onde a sutura fronto-zigomática cruza o aro
Frontomalare orbital anterior. White & Folkens
fmo/ orbitale ou - Encontra-se na posição mais anterior da sutura fronto- (1991);
fm:a Frontomalare malar, em ambos os lados. Howells (1973);
anterior - Corresponde ao ponto FM em landmarks de crânios Cheverud (1996).
faunísticos.
- Ponto mais lateral posicionado na sutura fronto-malar
Buikstra &
Frontomalare (fronto-zigomática).
fmt Ubelaker (1994);
temporale - Ponto onde a sutura fronto-zigomática cruza a linha
White & Folkens
temporal (ou margem orbital externa).
(1991).
Howells (1973);
- Definido pela intersecção da sutura coronal e o limite
White & Folkens
st Stephanion do músculo temporal, em ambos os lados.
(1991).
- Ponto onde a sutura coronal cruza a linha temporal.
- Trata-se de uma região mais do que de um ponto que
designa o final superior da grande asa do esfenóide com Bass (2005) e
as bordas dos ossos frontal, parietal e temporal. O Padrão White & Folkens
pt Pterion
de contato da sutura nessa área é altamente variável. (1991);
- Corresponde ao ponto PT em landmarks de crânios Cheverud (1996).
faunísticos.
Craumon-
- Ponto na extensão mais posterior da sutura
Taubadel (2009);
esfenoparietal, em ambos os lados.
Cheverud (1996);
- Corresponde ao ponto TSP em landmarks de crânios
kt Krotaphion Hubbe
faunísticos.
(comunicação
- Ponto localizado entre suturas esquamosal, alisfenóide
pessoal)
e parietal.
- Ponto na sutura coronal onde há a maior largura do White & Folkens
co Coronale
frontal. (1991).
Continua
78

Continuação

- Dois pontos dos lados opostos do crânio que formam as Bass (2005) e
linhas terminais da largura máxima, também entendidos Howells (1973);
como os pontos mais distantes um do outro no crânio, Buikstra &
eu Euryon sendo instrumentalmente determinados. No geral Ubelaker (1994) e
encontra-se na região superior dos parietais. White & Folkens
- Pontos instrumentalmente determinados como os (1991).
pontos de maior largura craniana.
- Ponto lateral mais alto na margem do meato auditivo Bass (2005) e
externo. O porion do lado direito e esquerdo, juntos com White & Folkens
po Porion
o orbitale direito, definem o Plano Horizontal de (1991).
Frankfurt (FH).
- Ponto mais posterior na margem do meato auditivo
Craumon-
Posterior Ext. Aud. externo.
peam Taubadel (2009);
Meatus - Corresponde ao ponto PEAM em landmarks de crânios
Cheverud (1996).
faunísticos.
Inferior Ext. Aud. - Ponto mais inferior na margem do meato auditivo Craumon-
ieam
Meatus externo. Taubadel (2009).
- Ponto mais anterior na margem do meato auditivo
Anterior Ext. Aud. externo. Craumon-
aeam
Meatus - Corresponde ao ponto EAM em landmarks de crânios Taubadel (2009);
faunísticos. Cheverud (1996).
- Definido como um ponto no aspecto lateral na raiz do
processo zigomático na “incurvatura” mais profunda,
Buikstra &
aonde quer que seja, não sendo considerado um marco
Ubelaker (1994);
au Auriculare padrão.
White & Folkens
- Verticalmente acima do centro do meato auditivo
(1991).
externo na raiz do processo zigomático, poucos
milímetros acima do Porion.
- Ponto de encontro comum entre os ossos temporal,
parietal e occipital, em ambos os lados. Howells (1973);
- Ponto de encontro entre as suturas lambdoidal, White & Folkens
ast Asterion
parietomastóidea e occiptomastóidea. (1991);
- Corresponde ao ponto AS em landmarks de crânios Cheverud (1996).
faunísticos.
Bass (2005),
Howells (1973) e
ms Mastoidale - Ponto mais baixo do processo mastóide.
White & Folkens
(2005).
- Ponto mais alto do processo mastóide, utilizado para se
mh Mastoid height medir a máxima altura do mastóide descrita por Howells M.I.
(1973).
- Ponto mais anterior do processo mastóide, em sua base,
msat Mastoid anterior utilizado para medida da largura do processo tomada por M.I.
Howells (1973).
- Ponto mais posterior do processo mastóide, em sua base,
mspt Mastoid posterior utilizado para medida da largura do processo tomada por M.I.
Howells (1973).
- Ponto mais pronfundo na depressão da curva entre a Craumon-
mmc Max maxillare curve
sutura zigomaxilar e o processo alveolar. Taubadel (2009).
- Em crânios humanos não existem as suturas pré-maxilar
e maxilar no alvéolo, conforme descrito para o ponto PM
sie Sutura Inciva Cheverud (1996);
em Cheverud (1996), mas entende-se que tal ponto
(PM) Externa M.I.
corresponderia ao ponto entre os incisivos superiores
laterais e os caninos, em ambos os lados, no alvéolo.
Continua
79

Continuação

Bass (2005),
- Ponto mais lateral localizado na superfície externa da
Buikstra &
margem alveolar, normalmente opondo-se ao meio do
ecm Ectomolare Ubelaker (1994) e
segundo molar superior. Usado para tomada da largura
White & Folkens
maxilar.
(1991).
- Ponto mais medial na superfície interna da borda/crista Bass (2005) e
enm Endomolare alveolar oposta ao meio do segundo molar superior, White & Folkens
usado para tomada da largura do palato. (1991).
- Ponto mais lateral na sutura palatina transversa, em Craumon-
plml Palatomaxillare (lat)
ambos os lados. Taubadel (2009).
- Ponto posterior mais inferior no alvéolo maxilar externo Craumon-
mp Molar (pos)
(posterior ao terceiro molar), em ambos os lados. Taubadel (2009).
- Ponto na superfície posterior da maxila que denota o
External palate Craumon-
epl ponto mais posterior do processo alveolar, em ambos os
length Taubadel (2009).
lados
- Corresponde ao ponto MT em landmarks de crânios
Cheverud (1996);
faunísticos.
Hubbe
mt Maxillary tuberosity - Extremidade ventro-posterior da sutura entre maxilar e
(comunicação
palatino (Ponto onde a sutura palatina encontra a maxila,
pessoal).
sendo o ponto mais posterior, na curva da maxila).
- Ponto mais posterior no forame ovale, em ambos os Craumon-
fop Forame ovale (pos)
lados. Taubadel (2009).
- Ponto mais anterior no forame ovale, em ambos os Craumon-
foa Forame ovale (ant)
lados. Taubadel (2009).
Craumon-
sf Styloid foramen - Ponto inferior mais anterior no forame stylóide.
Taubadel (2009).
- Corresponde ao ponto JP em landmarks de crânios
Cheverud (1996);
faunísticos.
Hubbe
jp Jugular process - Extremidade ventral da sutura entre baseoccipital e
(comunicação
esquamosal no foramen jugular (ponto localizado onde a
pessoal).
sutura occipital encontra o forame).
Occipitocondyle Craumon-
oca - Ponto inferior mais anterior no côndilo occpital.
(ant) Taubadel (2009).
Craumon-
ocl Occipitocondyle (lat) - Ponto inferior mais lateral no côndilo occpital.
Taubadel (2009).
Occipitocondyle
ocp - Ponto mais inferior no côndilo occpital. M.I.
(pos)
- Ponto inferior mais lateral na sincondrose
Craumon-
sphenooccipital.
spbl Sphenobasion (lat) Taubadel (2009);
- Corresponde ao ponto APET em landmarks de crânios
Cheverud (1996).
faunísticos.
Foramen magnum - Ponto mais lateral na margem do forame magno, em Craumon-
fml
(lat) ambos os lados. Taubadel (2009).
Minimum cranial - Ponto para tomada da medida da mínima largura
wcb M.I.
breadth craniana, descrita por Howells (1973).

No total, portanto, foram adotados 74 landmarks por crânio. A localização e a


dispersão dos mesmos pelo crânio podem ser visualizadas nas ilustrações realizadas e
apresentadas abaixo.
80

Figura 1. Landmarks coletados – Crânio em vista frontal


81

Figura 2. Landmarks coletados – Crânio em vista lateral esquerda.


82

Figura 3. Landmarks coletados – Crânio em vista inferior.


83

Tais “landmarks” foram coletados utilizando-se o sistema Immersion ® MicroScribe


MX, que se comunica com o computador por um cabo USB, incluindo ainda um braço
digitalizador articulado, um dispositivo (pedal ou coletor manual de pontos), pontas e um
suporte fixo para calibrar as pontas. Tal sistema é considerado uma poderosa ferramenta para
performar uma inspeção tridimensional e digitalizações (Immersion Corporation, San José,
California, EUA).

Os dados obtidos com o aparelho acima descrito foram diretamente transferidos para
uma planilha do programa Excel (Microsoft Office 2007).

Uma vez coletadas as coordenadas dos pontos, as medidas usuais de distâncias lineares
podem ser calculadas (Rohlf & Marcus, 1993), conforme o realizado por Howells (1973, 1989),
Cheverud (1996), Ackermann & Cheverud (2002), Marroig & Cheverud (2005). O cálculo de
tais distâncias para explorar a variação morfológica nos grupos estudados e entre estes foi o
método escolhido para o presente estudo.

Pode-se dizer que as distâncias lineares representam uma abordagem sistêmica do


crânio, permitindo a análise deste como um todo. Da mesma maneira, as análises estatísticas
utilizadas com as medidas obtidas são as mesmas aplicadas a dados morfogeométricos, ou tão
eficientes quanto estas seriam para responder o problema do presente trabalho, ou seja,
permitem a comparação das morfologias dos diferentes grupos. Além disso, a escolha por
distâncias lineares permite uma interpretação comparativa dos resultados obtidos no presente
estudo com a vasta e estruturada literatura construída a partir de extensos bancos de dados
existentes com esse tipo de medida (Howells, 1973 e 1989; Bass, 2005)

As distâncias lineares utilizadas estão descritas na Tabela 2 e foram apresentadas nos


trabalhos de Howells (1973 e 1989), com alguns detalhes melhor esclarecidos por Walter Neves
(comunicação pessoal) e nos trabalhos de Cheverud (1996).

Tabela 2. Definições das distâncias lineares utilizadas.

Associação
Nome Descrição Referência
Desenvolvimental
Maior comprimento a partir da glabela no plano
sagital. Com o crânio apoiado sobre sua base,
Howells
GOL: Glabello- colocar o lado esquerdo do calibre na região da
Neuro-Crânio (1973 e
occipital length glabela e passar o lado direito do calibre na região
1989)
occipital na linha média até o máximo comprimento
(até o opisthocranion).
Continua
84

Continuação

Maior comprimento craniano no plano médio


sagital, medida a partir do nasion. Na mesma Howells
NOL: Nasio-
Neuro-Crânio posição que na tomada do GOL, fazer o mesmo, (1973 e
Occipital length
mas agora com o calibre esquerdo no nasion, indo 1989)
até o opisthocranion.
Comprimento direto entre o basion e o nasion.
Howells
BNL: Basion- Colocar o crânio deitado na lateral, ou na mesma
Face (1973 e
nasion length posição que para a tomada do GOL, colocar o
1989)
calibre esquerdo no nasion e o direito no basion.
Distância do bregma ao basion. Com o crânio
apoiado sobre a base occipital, com o lado direito Howells
BBH: Basion-
Neuro-Crânio para o observador, colocar o calibre esquerdo no (1973 e
bregma height
bregma e encontrar cuidadosamente o basion com o 1989)
calibre direito.
Máxima largura craniana perpendicular ao plano
médio sagital (acima da crista supramastoidal).
Apoiar o crânio sobre sua base com o occipital para
o observador. Colocar o dedo anelar livre e o
Howells
XCB: Maximum dedinho na região do mastóide para garantir que a
Neuro-Crânio (1973 e
cranial breadth posição das pontas do paquímetro esteja simétrica.
1989)
Tentar encontrar o ponto de máxima largura nos
parietais, se por acaso estiver nos temporais, tenha
certeza de que está acima das cristas
supramastoidais. Medida de um eurion ao outro.
Maior largura na sutura coronóide, perpendicular ao
plano médio. Com o crânio sobre sua base a face
para o observador, colocar as pontas do paquímetro Howells
XFB:Maximum
Neuro-Crânio sobre a sutura coronóide, em ambos os lados, (1973 e
frontal breadth
garantindo que esteja simetricamente colocada até 1989)
encontrar a máxima largura. Medida de um coronale
ao outro.
Largura entre as intersecções em ambos os lados da
sutura coronal com a linha temporal inferior
marcando a origem do músculo temporal (medida Howells
STB:Bistephanic
Neuro-Crânio entre os pontos stephanion). Com o crânio sobre sua (1973 e
breadth
base a face para o observador, caso a linha temporal 1989)
inferior não esteja presente, pegar essa largura pela
linha temporal superior.
Máxima largura entre os arcos zigomáticos,
perpendicular ao plano mediano. Com a face
Howells
ZYB:Bizygomatic voltada para o observador, manter o paquímetro
Face (1973 e
breadth perpendicular ao plano sagital nos arcos
1989)
zigomáticos e procurar maior largura. Medida entre
um zygion e outro.
A largura menos exterior entre as raízes do processo
zigomático. Com a base do crânio para o observador
Howells
AUB:Biauricular e o crânio sobre o occipital medir as raízes do
Neuro-Crânio (1973 e
breadth processo zigomático no ponto de mais profunda
1989)
curvatura, geralmente um pouco anterior ao meato.
Medida de um auriculare ao outro.
Continua
85

Continuação

Largura entre o esfenóide na base da fossa temporal,


na crista infratemporal. Com a face voltada para
cima encontrar a crista infratemporal que separa o
temporal da superfície basal do esfenóide, O ponto
mais medial, mais profundo da curva deve estar na
superfície temporal. Com a base do crânio voltada Howells
WCB:Minimum
Neuro-Crânio para cima e o occipital voltado para o observador, (1973 e
cranial breadth
medir a mínima distância entre essas linhas. Pode 1989)
ajudar olhar do limite interno da fossa glenóide para
a fissura orbital na junção zigomaxilar. Para Walter,
é o ponto mais invadente, a ser tomado com o crânio
em vista anterior (face ligeiramente voltada para
cima e para o observador).
Diretamente medido de um asterion ao outro. Com Howells
ASB:Biasterionic
Neuro-Crânio o occipital voltado para o observador, medir a (1973 e
breadth
distância de um ponto ao outro. 1989)
Comprimento facial do prosthion ao basion. Com a
face para a esquerda e o crânio de lado, medir de um Howells
BPL:Basion-
Face ponto ao outro; se os incisivos estiverem presentes (1973 e
prosthion length
talvez seja necessário usar o paquímetro de 1989)
espessura.
Altura facial superior tomada do nasion ao
Howells
NPH: Nasion- prosthion. Com a face voltada para cima, o
Face (1973 e
prosthion height prosthion é tomado apoiando-se a ponta do calibre
1989)
no alvéolo.
Howells
Altura média do nasion ao ponto mais baixo (nh) na
NLH: Nasal height Face (1973 e
borda da abertura nasal em ambos os lados.
1989)
Altura entre as bordas superior e inferior da órbita
Howells
OBH: Orbit height, esquerda, perpendicular ao eixo longo da orbita.
Face (1973 e
left Para Walter Neves seria bem no meio da orbita.
1989)
Medida entre o orbitale superior e orbitale.
Largura do ectoconchion ao dacryon, aproximando
o eixo longitudinal que bissecta a orbita em partes
Howells
OBB: Orbit breadth, iguais superiores e inferiores. Para Walter Neves,
Face (1973 e
left extender a margem superior até a sutura e puxar a
1989)
medida para o outro lado, de forma perpendicular a
altura.
Largura externa entre malares na jugália, isto é, nos
Howells
JUB: Bijugal pontos mais profundos na curvatura entre o frontal
Face (1973 e
breadth e o processo temporal dos malares. Medida de um
1989)
jugale ao outro.
Distância entre as bordas anteriores da abertura Howells
NLB: Nasal breadth Face nasal na sua extensão máxima. Medida de um alare (1973 e
ao outro. 1989)
Maior largura entre as bordas alveolares,
perpendicular ao plano mediano. Enquadrar a Howells
MAB: Palate
Face região alveolar no paquímetro, encostando nos (1973 e
breadth, external
incisivos (W.N). Medida de um ectomolare ao 1989)
outro.
Continua
86

Continuação

Comprimento do processo mastóide abaixo e


perpendicular ao plano “olho-ouvido”, no plano
vertical. Imaginar o plano de Frankfurt, colocar o Howells
MDH: Mastoid
Neuro-Crânio paquímetro acima do porion para medir a altura do (1973 e
height
mastóide por meio de uma projeção até o 1989)
paquímetro (W.N.). Medida do mastoidale ao
mastoid height.
Largura do processo mastóide em sua base, ao
londo do seu eixo transverso. Medir da incisura
mastóidea, ou do sulco diagastrico, ao nivel
correspondente na superfície externa do processo,
transversalmente com referência no próprio Howells
MDB: Mastoide
Neuro-Crânio processo e não no crânio. Tirar a média das medidas (1973 e
width
de ambos os lados. Com o crânio voltado para baixo 1989)
em vista posterior para o observador, procurar o
centro do mastóide, usando o paquímetro de
espessura (W.N.). Medida entre os pontos mastoid
anterior e mastoid posterior.
Largura ao longo da maxila, de um zigomaxilare
anterior ao outro. Com o crânio voltado para cima,
Howells
ZMB: Bimaxillary colocar cada braço do paquímetro de coordenadas
Face (1973 e
breadth pequenas sobre cada zigomaxillare anterior (Já
1989)
parafusar o paquímetro nessa largura para a
próxima medida).
Largura do osso frontal entre o frontomalare
anterior de cada lado, isto é, o ponto mais anterior
da sutura fronto-malar (local onde a sutura Howells
FMB: Bifrontal
Face intersepta a órbita (W.N.). Com a face do crânio (1973 e
breadth
voltada para cima, colocar cada ponta do calibre de 1989)
coordenadas sobre os pontos indicados e travar a
largura para a tomada do próximo ponto (NAS).
Largura entre as órbitas, de um ectoconchion ao
outro. Com a face voltada para cima, colocar as
Howells
EKB: Biorbital pontas do paquímetro de corrediça no ectoconchion
Face (1973 e
breadth de cada lado (seriam os pontos mais extremos das
1989)
órbitas, já travar o paquímetro para a próxima
medida (W.N.)).
Largura do espaço nasal entre dacryon dos lados Howells
DKB: Interorbital
Face direito e esquerdo (já travar o paquímetro para a (1973 e
breadth
tomada do subtense da próxima medida). 1989)
Distância direta a partir do zigomaxillare anterior ao
Howells
IML: Malar length, ponto mais baixo da sutura zygo-temporal, ou seja,
Face (1973 e
inferior ao zygotemporale (inf), na superfície externa do
1989)
lado esquerdo.
Comprimento total do malar em direção diagonal do
ponto mais baixo da sutura zygo-temporal na face
Howells
XML: Malar length, lateral do osso a partir do zygoorbitale, a junção da
Face (1973 e
maximum sutura zygo-maxillary com a borda mais baixa da
1989)
orbita, do lado esquerdo. Distância entre os pontos
zygoorbitale e zygotemporale (inf).
Continua
87

Continuação

Distância mínima, em qualquer direção, da borda


mais baixa da orbita, até a margem mais baixa da
Howells
WMH: Cheek maxila, mesial a união com o masseter, do lado
Face (1973 e
height esquerdo. Borda mais para dentro em linha reta com
1989)
a orbita (W.N.). Distância entre os pontos orbitale e
max maxillare curve.
Howells
FOL: Foramen Comprimento do basion ao opisthion (mais para a
Neuro-Crânio (1973 e
magnum length borda – W.N.).
1989)
Corda frontal ou distância direta do nasion ao
FRC: Nasion- bregma tomada no plano médio da superfície Howells
bregma chord Neuro-Crânio externa. Caminhar aste do paquímetro de forma (1973 e
(Frontal chord) antero-posterior e marcar o ponto onde chegar na 1989)
maior medida primeiro (W.N.).
PAC: Bregma- Corda externa ou distância direta do bregma ao Howells
lambda chord Neuro-Crânio lambda, tomada no plano médio da superfície (1973 e
(Parietal chord) externa. Mesmo procedimento da tomada do FRC. 1989)
Corda occipital externa ou distância direta do
OCC: Lambda- Howells
lambda ao opisthion tomada no plano médio da
opisthion chord Neuro-Crânio (1973 e
superfície externa. O ponto no occipital deve ser
(Occipital chord) 1989)
tomado antes da saliência do inion (W.N.).
Cheverud
IDS-SIE (IS-PM) Face Distância do Alveolare à Sutura Incisiva Externa.
(1996)
Cheverud
IDS-RHI (IS-NSL) Face Distância do Alveolare ao Rhinion
(1996)
Cheverud
IDS-PNS (IS-PNS) Face Distância do Alveolare à Spina Nasalis Posterior
(1996)
Face Distância da Sutura incisiva externa ao Cheverud
SIE-ZYO (PM-ZS)
Zygoorbitale (1996)
Face Distância da Sutura incisiva externa ao Cheverud
SIE-ZM (PM-ZI)
Zygomaxillare (1996)
Face Distância da Sutura incisiva externa à Maxillary Cheverud
SIE-MT (PM-MT)
tuberosity (1996)
Cheverud
RHI-N (NSL-NA) Face Distância do Rhinion ao Nasion
(1996)
RHI-ZYO (NSL- Cheverud
Face Distância do Rhinion ao Zygoorbitale
ZS) (1996)
Cheverud
RHI-ZM (NSL-ZI) Face Distância do Rhinion ao Zygomaxillare
(1996)
Distância do Nasion ao Bregma. Equivale a
Cheverud
N-B (NA-BR) Face distância descrita por Howells (1973 e 1989) como
(1996)
FRC.
Cheverud
N-FM:A (NA-FM) Face Distância do Nasion ao Frontomalare anterior
(1996)
Cheverud
N-PNS (NA-PNS) Face Distância do Nasion ao Spina nasalis posterior
(1996)
Cheverud
B-PT (BR-PT) Neuro-Crânio Distância do Bregma ao Pterion
(1996)
B-SPBL (BR- Cheverud
Neuro-Crânio Distância do Bregma ao Sphenobasion (lat)
APET) (1996)
Cheverud
PT-FM:A (PT-FM) Face Distância do Pterion ao Frontomalare anterior
(1996)
PT-SPBL (PT- Cheverud
Neuro-Crânio Distância do Pterion ao Sphenobasion (lat)
APET) (1996)
Continua
88

Continuação

Cheverud
PT-BA Neuro-Crânio Distância do Pterion ao Basion
(1996)
PT-AEAM (PT- Cheverud
Neuro-Crânio Distância do Pterion ao Anterior Ext. Aud. Meatus
EAM) (1996)
PT-ZTI (PT- Cheverud
Face Distância do Pterion ao Zygotemporale (inf)
ZYGO) (1996)
Cheverud
PT-KT (PT-TSP) Neuro-Crânio Distância do Pterion ao Krotaphion
(1996)
FM:A-ZYO (FM- Cheverud
Face Distância do Frontomalare anterior ao Zygoorbitale
ZS) (1996)
FM:A-MT (FM- Distância do Frontomalare anterior à Maxillary Cheverud
Face
MT) tuberosity (1996)
Cheverud
ZYO-ZM (ZS-ZI) Face Distância do Zygoorbitale ao Zygomaxillare
(1996)
Cheverud
ZM-MT (ZI-MT) Face Distância do Zygomaxillare à Maxillary tuberosity
(1996)
ZM-ZTI (ZI- Cheverud
Face Distância do Zygomaxillare ao Zygotemporale (inf)
ZYGO) (1996)
Cheverud
ZM-KT (ZI-TSP) Face Distância do Zygomaxillare ao Krotaphion
(1996)
Distância do Maxillary tuberosity à Spina nasalis Cheverud
MT-PNS Face
posterior (1996)
PNS-SPBL (PNS- Distância do Spina nasalis posterior ao Cheverud
Neuro-Crânio
APET) Sphenobasion (lat) (1996)
SPBL-BA (APET- Cheverud
Neuro-Crânio Distância do Sphenobasion (lat) ao Basion
BA) (1996)
SPBL-TS (APET- Distância do Sphenobasion (lat) ao Temporo- Cheverud
Neuro-Crânio
TS) sphenoidal junction (1996)
BA-AEAM (BA- Cheverud
Neuro-Crânio Distância do Basion ao Anterior Ext. Aud. Meatus
EAM) (1996)
AEAM-ZTI (EAM- Distância do Anterior Ext. Aud. Meatus ao Cheverud
Face
ZYGO) Zygotemporale (inf) (1996)
ZTI-KT (ZYGO- Cheverud
Face Distância do Zygotemporale (inf) ao Krotaphion
TSP) (1996)
Cheverud
L-AST (LD-AS) Neuro-Crânio Distância do Lambda ao Asterion
(1996)
Distância do Bregma ao Lambda. Equivale a
Cheverud
B-L (BR-LD) Neuro-Crânio distância descrita por Howells (1973 e 1989) como
(1996)
PAC.
Distância do Opisthion ao Lambda. Equivale a
Cheverud
O-L (OPI-LD) Neuro-Crânio distância descrita por Howells (1973 e 1989) como
(1996)
OCC.
Cheverud
PT-AST (PT-AS) Neuro-Crânio Distância do Pterion ao Asterion
(1996)
Cheverud
JP-AST (JP-AS) Neuro-Crânio Distância do Jugular Process ao Asterion
(1996)
Distância do Basion ao Opisthion. Equivale a
Cheverud
BA-O (BA-OPI) Neuro-Crânio distância descrita por Howells (1973 e 1989) como
(1996)
FOL.
* Apesar da diferente denominação, algumas medidas utilizadas por Cheverud (1996) são correspondentes às
medidas utilizadas por Howells (1973; 1989), conforme mencionado na descrição das mesmas.

A partir das tabelas acima evidencia-se que foram coletados mais landmarks do que os
necessários para os cálculos das distâncias utilizadas no presente trabalho. Uma vez que se teve
89

acesso aos crânios optou-se por já realizar a coleta do maior número de pontos estudados para
contruir um banco de dados mais completo, inclusive para próximos estudos.

Encerrada a coleta das coordenadas dos “landmarks” e calculadas as distâncias acima


descritas, criou-se uma matriz de dados que passou por uma etapa de tratamento. Tal matriz
constitui-se por linhas nas quais estão alocados os indivíduos e colunas nas quais constam as
distâncias lineares (Anexo 5) de 62 medidas cranianas (após a exclusão das medidas repetidas
ou com muitos valores faltantes).

5.2.2. Tratamento dos dados

A matriz criada a partir dos dados originais foi formulada no programa Excel
(Microsoft Office 2007). Optou-se por explorar a matriz de dados brutos e posteriormente,
realizar os mesmos testes já com tratamentos dos dados tal matriz original.

O primeiro tratamento refere-se à seleção de indivíduos e de variáveis. Os indivíduos


com 20% ou mais de valores faltantes (missing values) foram excluídos, assim como as
variáveis com 20% ou mais de missing values. Também foram excluídos os indivíduos com
dúvidas na classificação quanto à cor da pele presente nos catálogos.

Tal seleção se fêz necessária já que muitas análises estatísticas não permitem a
presença de valores faltantes.

Mesmo após a exclusão de indivíduos e variáveis acima descrita, alguns missing values
permaneceram. Tais missing values restantes foram substituídos pelo valor médio calculado
para cada medida.

Os testes realizados com dados brutos já passaram por essa etapa de seleção de
indivíduos e variáveis.

Outro aspecto a ser considerado refere-se ao fato de que as amostras são constituidas
por crânios de indivíduos do sexo masculino e do sexo feminino e é preciso atentar para o fato
de que portanto, as amostras são afetadas pelo dimorfismo sexual (Bernardo, 2012).

De acordo com Ruff (2002) as populações humanas atuais apresentam dimorfismo


sexual médio de 15% na massa corpórea, porcentagem baixa se comparada com a observada
entre outros hominídeos mas ainda assim importante, já que existem diferenças significativas
principalmente relacionadas ao tamanho e à robustez (Frayer & Wolpoff, 1985; Park, 1996 e
Kimmerle et al., 2008).
90

O número amostral da parcela feminina para as diferentes classificações quanto a cor


é muito reduzido em comparação com a masculina, o que pode enviesar algumas inferências
estatísticas e o que torna preferível trabalhar também com os dados coletados sem distinguir os
indivíduos quanto ao sexo. Admitindo que o dimorfismo sexual expresso em esqueletos
humanos relaciona-se especialmente a diferenças de estatura e robustez, a estratégia neste
trabalho foi a de apenas minimizar o fator “tamanho”, sem distinguir os crânios em parcelas
masculinas e femininas em alguns testes (exemplos de resultados de testes estatísticos que
avaliam a decisão de tratar as duas parcelas conjuntamente podem ser encontrados em
Bernardo, 2012).

De acordo com Corruccini (1973), a correção para tamanho já se faz necessária uma
vez que diferentes fatores ambientais influenciam no tamanho do crânio e objetiva-se que a
forma e não o tamanho do mesmo, seja o fator responsável pelas diferenças genético-
morfológicas encontradas entre os grupos analisados (Okumura, 2008; Bernardo, 2012).

A correção do fator tamanho foi feita por meio da divisão do valor de cada uma das
variáveis pela média geométrica de todas as variáveis de cada indivíduo ou amostra (Darroch
& Mosimann, 1985).

Algumas análises estatísticas partem da premissa de distribuição normal das variáveis


analisadas e assim sendo, também foram feitos testes com exclusão dos outliers. Em um
conjunto de dados pode acontecer de uma ou mais observações serem tão diferentes das demais
que gerem dúvidas se de fato fariam parte da amostra. Isso pode acontecer por erros do
observador ou simplesmente porque um dado muito distante da média é possível de ser
amostrado (Zar, 2010). Para comparar os três grupos (brancos, pardos e negros), a padronização
na tentativa de garantir normalidade das três amostras foi realizada a partir do Z-score: cálculo
baseado no valor de cada variável de cada indivíduo subtraído da média de todos os indivíduos
para essa variável e dividido por seu desvio padrão. Depois, valores maiores que 3,9 ou menores
que -3,9 são considerados outliers e os indivíduos que apresentaram valores assim identificados
para qualquer variável, foram excluídos (Okumura, 2008).

5.2.3. Análises Estatísticas

Conforme já apresentado, o presente trabalho testa duas hipóteses. A hipótese nula


prevê que não seria possível identificar e distinguir os crânios separados nos três grupos de cor:
91

brancos, negros e mulatos/pardos a partir de análises de traços craniométricos e a hipótese de


trabalho prevê que a morfologia expressa pelos crânios de indivíduos classificados como
mulatos/pardos é intermediária em comparação com a expressa por brancos e negros, seguindo
o modelo tradicional de fluxo gênico previsto pela genética de populações.

As análises estatísticas apresentadas a seguir foram realizadas utilizando-se os


programas SPSS (Statistical Package for Social Sciences. Software distribuído pela IBM) e
STATISTICA 10.0 (StaSoft 10, 2010).

5.2.3.1. Estatísticas descritivas e Análises de Variância

As primeiras análises realizadas referem-se a estatísticas descritivas básicas para o


início de uma comparação entre os grupos quanto às médias que apresentam para as variáveis
disponíveis.

As médias das variáveis foram comparadas entre os diferentes grupos, utilizando-se


testes de significância variados com o intuito de definir entre quais grupos quais variáveis
apresentavam médias significativamente diferentes. Para avaliar a diferença de médias de uma
variável entre mais de dois grupos, concomitantemente, o teste aplicado foi a Análise
Univariada de Variância (ANOVA). Para avaliar as diferenças de médias entre todas as
variáveis para os pares de grupos, utilizou-se o teste T2 de Hotteling e para todoas as variáveis
nos três grupos simultaneamente, realizou-se a Análise Multivariada de Variância (MANOVA)
(French et al., 2010; SPSS Base, 1998).

A significância das diferenças entre as médias dos grupos já permite responder à


hipótese nula de pesquisa na medida que se os grupos classificados quanto à cor da pele não
forem de fato diferentes quanto à morfologia craniana, suas médias não serão
significativamente distintas. Em outras palavras permite observar o quanto os mesmos grupos
diferenciam-se quanto seus centróides / médias. Se a hipótese de trabalho apresentada estiver
incorreta, as médias de brancos e negros seriam as mais distantes enquanto que o valor centróide
dos indivíduos pardos apresentaria-se intermediário em relação aos valores de brancos e negros.
O trabalho de Ackerman et al. (2006) é um dos exemplos da utilização de análises de variância
para comparar populações parentais e híbridas.
92

5.2.3.2. Análise de Funções Discriminantes

Tal análise visa alocar indivíduos isolados em grupos de referência a partir de um


conjunto de variáveis fornecidas, no caso, as distâncias lineares dos crânios. Em outras palavras
e em relação à primeira hipótese de pesquisa, tal teste permite confirmar ou refutar a premissa
de que os crânios de brancos, negros e pardos são discrimináveis ou diferentes o suficiente para
serem reconhecidos como pertencentes aos seus respectivos grupos.

Uma das soluções para o problema da discriminação envolve alocar cada indivíduo ao
grupo que está mais próximo a ele em termos de Distância de Mahalanobis. Essa distância pode
ser pensada como uma medida de quão longe a observação de um valor está do centro da
distribuição de todos os valores, considerando todas as variáveis e suas covariâncias. A
discriminação nesse caso se dá pelas Distâncias de Mahalanobis dos casos individuais aos
centros dos grupos e cada indivíduo pode ser alocado ao grupo ao qual está mais próximo. Esse
pode ou não ser o grupo do qual o indivíduo de fato provém e assim, a porcentagem de alocações
corretas é uma indicação de quão bem podem ser separados os grupos, usando as variáveis
disponíveis (Manly, 2008).

Outra possibilidade é encontrar a combinação linear das variáveis independentes que


permite diferenciar (discriminar) os grupos. Uma vez encontrada essa combinação, que é a
própria função discriminante, essa pode ser utilizada para classificar os indivíduos, assim como
primeiro sugerido por Fisher (1936) e descrito em Manly (2008).

As medidas de cada indivíduo são comparadas com os 92entroide92 de cada série,


levando-se em consideração tanto a variância das séries quanto o número de indivíduos em cada
uma delas. A variância é utilizada para estabelecer, dentro de cada série, o limiar de dispersão
dos valores observados de cada variável. Dessa forma, cada indivíduo possui uma probabilidade
diferente de classificação em cada uma das séries. As probabilidades obtidas são ponderadas de
acordo com o número de indivíduos de cada série, já que há maior probabilidade de um
indivíduo ser classificado nas séries maiores devido ao acaso (Van Vark & Schafsma, 1992;
Manly, 2008; Okumura, 2008).

Ressalta-se ainda que a Análise de Funções Discriminantes parte das premissas de que
as variáveis seguem um padrão de distribuição normal e de que as matrizes de covariância são
iguais entre os grupos (Manly, 2008).

Neste trabalho, tais análises também contribuíram para o teste da hipótese de trabalho
uma vez que as matrizes de classificação geradas apresentam, além das porcentagens de
93

assignações corretas para cada grupo de cor, as porcentagens de indivíduos classificados de


forma incorreta dentro de cada um dos outros grupos. Por exemplo, dentre os indivíduos
classificados como pardos a partir da cor da pele, é possível visualizar qual a porcentagem
desses foi de fato classificada como pardos a partir da morfologia craniana e quais as
porcentagens de classificações desses indivíduos nos grupos de brancos ou negros. Se a hipótese
de que a morfologia craniana de pardos é intermediária em relação à de brancos e negros for
correta, as porcentagens com que pardos são classificados erroneamente como brancos e negros
deveriam ser próximas.

5.2.3.3. Distâncias de Mahalanobis, Análise de Agrupamentos e Escalonamento


Multidimensional

A análise de agrupamentos, também denominada de análise de clusters, divide os


elementos de uma amostra em grupos de acordo com as variáveis disponibilizadas. Tal
agrupamento faz com que elementos de um mesmo grupo sejam mais semelhantes em relação
às variáveis medidas, enquanto que os elementos de grupos diferentes, heterogêneos em relação
a essas mesmas variáveis (Reis, 2001; Bernardo, 2012).

De acordo com Reis (2001), a análise descrita depende da definição de uma medida
de distância ou de semelhança entre as amostras e da definição de critérios de agregação ou
desagregação das mesmas.

A Distância de Mahalanobis mencionada no tópico anterior foi a medida de


dissimilaridade escolhida para este trabalho.

Além do já descrito sobre a referida medida, pode-se complementar dizendo que ela
representa uma ferramenta frequentemente utilizada para medir distâncias biológicas, uma vez
que é útil para identificar o quanto dois ou mais subconjuntos de uma amostra podem associar-
se (Mainly, 2008; Bernardo, 2007).

Para cada grupo em uma dada análise pode-se determinar a localização do ponto que
representa a média de todas as variáveis no espaço multivariado. Tais pontos são denominados
93entroide93. A Distância de Mahalanobis é a distância de um caso para o 93entroide no espaço
multidimensional, definido pelas variáveis independentes correlacionadas. A probabilidade de
um indivíduo pertencer a um grupo relaciona-se portanto à Distância de Mahalanobis até o
93entroide desse determinado grupo (Mahalanobis, 1936; Bernardo 2007).
94

No presente trabalho, calcular as Distâncias de Mahalanobis entre os grupos de cor a


partir das variáveis craniométricas nos permitirá visualizar o quanto cada grupo se distancia um
do outro e dessa forma, auxiliar na compreensão de como se apresenta a morfologia de pardos
em relação a de brancos e negros. Exemplificando, caso a hipótese de morfologia intermediária
de pardos seja verdadeira, espera-se que o grupo de pardos esteja equidistante de brancos e
negros, que por sua vez apresentariam maior distância entre si.

Uma vez calculadas as Distâncias de Mahalanobis entre os grupos, suas matrizes são
utilizadas para as análises de agrupamento. Os critérios de agregação ou desagregação
escolhidos foram: o critério das médias dos grupos (UPGMA) e o método de Ward.

No critério das médias dos grupos (em inglês “unweighted pair-group method using
arithmetic averages” de onde se deriva a sigla UPGMA), define-se a distância entre dois grupos
como sendo a média entre todos os pares de indivíduos constituídos por elementos dos
diferentes grupos. Tal critério evita valores extremos já que utiliza como critério de agregação
a distância mínima entre todos os indivíduos de um mesmo grupo (StatSof. 10, 2010).

O método de Ward, por sua vez, diferencia-se por utilizar a análise de variância como
abordagem para avaliar as distâncias entre os agrupamentos. Em suma, esse método tenta
minimizar a soma dos quadrados de quaisquer dois clusters (hipotéticos) que podem ser
formados. Em geral, esse método é considerado como muito eficiente, apesar de tender a criar
aglomerados de tamanho pequeno (StatSof. 10, 2010).

Tais análises de agrupamento elaboradas a partir das matrizes de Distâncias


Mahalanobis geradas com as variáveis craniométricas, em conjunto, permitirão uma melhor
compreensão das relações entre os grupos de cor, testando, portanto, a segunda hipótese deste
trabalho, que prevê que a morfologia expressa pelos crânios de indivíduos classificados como
pardos é intermediária em comparação com a expressa por brancos e negros, seguindo o modelo
tradicional de fluxo gênico.

Da mesma forma, a análise por Escalonamento Multidimensional torna possível a


observação de distâncias num espaço multidimensional, a partir de mapas perceptuais com a
posição relativa dos objetos. Tal posição é definida pela distância entre pares de objetos em
relação aos outros objetos da análise, mantendo os mais semelhantes mais próximos entre si do
que de qualquer outro objeto (Hair et al., 2005). Tal análise foi realizada a partir das Distâncias
de Mahalanobis.
95

5.2.3.4. Análise de Componentes Principais

Primeiramente descrita por Karl Pearson em 1901, mas cuja aplicação prática foi
possível a partir da Harold Hotelling em 1933, trata-se de uma técnica redutiva pois há a
condensação da informação contida em um grupo de variáveis correlacionadas em eixos
ortogonais ou fatores independentes (Componentes Principais) que expressam porcentagens
cumulativas da variância contida na matriz de dados original, neste trabalho constituída por
medidas craniométricas (Bernardo, 2007; Manly, 2008 e Okumura, 2008).

Em outras palavras, os Componentes Principais são combinações lineares das


variáveis originais e são deduzidos em ordem decrescente de importância, de modo que o
primeiro componente contém o máximo possível da variação dos dados originais. Pode-se dizer
que a idéia por trás da análise é condensar a informação contida em um número grande de
variáveis em poucos autovetores e autovalores, que representam graficamente relações de
proximidade biológica entre grupos ou amostras (Manly, 2008; Okumra, 2008). Sendo assim,
espera-se que quanto à distribuição no morfoespaço, brancos e negros estejam mais distantes
enquanto pardos apresentem-se em posição intermediária aos dois anteriores, o que confirmaria
a hipótese de que pardos apresentariam morfologia intermediária a de brancos e negros, a ser
testada. Tal análise ainda permite entender as tendências morfológicas cranianas por meio da
visualização da dispersão dos indivíduos no morfoespaço.

Sabe-se que os melhores resultados de tal análise são obtidos quando as variáveis
originais são altamente correlacionadas positiva ou negativamente (o que também é um
indicativo de redundância), pois nesse caso, um grande número de variáveis originais pode ser
adequadamente representado por um pequeno número de componentes principais (Manly,
2008).

Além de compreender o siginificado dos grupos de cor a partir da morfologia craniana


e as relações entre os mesmos, optou-se por explorar o banco de dados original de forma a
possibilitar também o entendimento das hipóteses do estudo considerando as variações que
podem surgir quando se analisam os dados brutos ou corrigidos com tratamentos específicos,
além de possíveis variações para as parcelas masculina e feminina separadamente. Sendo assim,
as análises acima descritas foram aplicadas sobre as seguintes matrizes:

1) matrizes de dados brutos : 1ª. sexos masculino e feminino em conjunto; 1b. apenas
parcela masculina e 1c. apenas parcela feminina;
96

2) matriz de dados corrigidos para tamanho: o que permite que se trabalhe com as parcelas
masculina e feminina em conjunto;
3) matriz de dados corrigidos para tamanho e normatizada: garantindo que valores
discrepantes (outliers) não estejam influenciando as análises.

Ressalta-se, contudo, que se tratando de testes estatísticos paramétricos, os resultados


mais confiáveis referem-se aos obtidos com a terceira matriz, na qual os requerimentos
estatísticos exigidos estão garantidos.
97

Capítulo 6

RESULTADOS
__________________________________
98

Capítulo 6. Resultados

6.1. Estatísticas descritivas e análises univariadas

6.1.1. Dados brutos

6.1.1.1. Parcelas masculina e feminina, indiscriminadamente

As tabelas 3, 4 e 5 visam um melhor entendimento das variáveis craniométricas


utilizadas e suas relações com os grupos classificados quanto à cor da pele.

A primeira dessas tabelas (Tabela 3), apresenta as estatísticas descritivas para cada
uma das 62 medidas craniométricas utilizadas.

A Tabela 4, em seguida, apresenta os valores de p para a Análise Univariada de


Variância (ANOVA) aplicada sobre cada variável, para os grupos de brancos, pardos e negros
em conjunto.

Tabela 3. Estatísticas descritivas para as 62 variáveis dentro de cada grupo de indivíduos classificados quanto à
cor da pele. Ambos os sexos.

Brancos (n=267) Pardos (n=110) Negros (n=167)

variável média mediana d.p.1 Variância média mediana d.p.1 variância média mediana d.p.1 variância

GOL 179,22 179,31 7,69 59,11 178,16 177,53 8,15 66,46 179,04 179,36 7,24 52,48

NOL 175,84 175,70 7,45 55,48 175,01 174,71 7,64 58,33 176,06 176,55 6,95 48,29

BNL 99,54 99,78 5,39 29,01 99,09 98,87 4,64 21,54 98,79 98,99 4,42 19,56

BBH 132,39 132,32 6,69 44,69 131,58 131,20 6,77 45,86 129,92 129,84 6,38 40,70

XCB 139,54 139,12 6,57 43,22 139,40 138,73 7,05 49,77 136,55 136,53 5,60 31,39

XFB 118,74 118,36 6,31 39,76 118,19 117,88 6,09 37,05 116,38 116,54 5,25 27,58

STB 117,15 116,66 6,85 46,94 115,22 115,68 6,55 42,93 113,92 114,33 6,19 38,31

ZYB 126,98 127,31 6,54 42,81 128,77 128,94 6,98 48,71 127,32 126,91 6,07 36,83

AUB 122,33 122,10 6,29 39,61 123,70 123,55 6,34 40,25 121,10 121,31 5,16 26,59

WCB 69,29 68,94 4,50 20,23 69,16 68,54 5,05 25,50 68,42 68,18 4,55 20,69

ASB 110,52 110,40 5,93 35,21 109,44 109,10 5,64 31,84 108,02 107,75 5,42 29,35

Continua
99

Continuação

BPL 94,56 95,25 6,81 46,38 96,52 96,45 6,04 36,54 99,41 100,00 6,15 37,86

NPH 66,96 67,12 6,02 36,23 67,27 67,60 5,38 28,95 67,26 67,12 5,43 29,49

NLH 51,04 51,07 3,26 10,60 50,93 51,03 3,08 9,52 49,95 49,99 3,09 9,52

OBH 35,15 35,06 2,42 5,87 35,29 35,21 2,28 5,20 35,49 35,47 2,03 4,14

OBB 39,21 39,20 1,93 3,71 39,14 39,19 1,84 3,40 39,16 38,99 1,74 3,01

JUB 109,88 110,10 5,31 28,24 112,00 111,98 5,83 33,97 111,64 111,48 5,48 30,02

NLB 24,72 24,55 2,90 8,42 25,48 25,42 2,31 5,34 26,33 26,47 2,19 4,80

MAB 60,07 61,24 4,50 20,29 61,90 61,55 4,46 19,88 62,69 62,02 4,68 21,90

MDH 27,75 27,76 3,00 9,03 27,72 27,06 5,93 35,20 27,59 27,50 2,84 8,07

MDB 28,33 28,41 3,38 11,45 28,31 28,62 3,33 11,07 27,51 27,40 3,14 9,89

ZMB 81,74 81,56 4,95 24,48 83,07 82,34 5,19 26,98 82,72 82,56 4,89 23,93

FMB 97,03 97,33 4,57 20,92 97,85 97,56 4,52 20,45 98,41 98,00 4,73 22,40

EKB 95,84 96,07 4,18 17,46 97,03 96,45 4,25 18,09 97,81 97,15 4,32 18,66

DKB 21,77 21,49 2,55 6,51 22,70 22,45 2,84 8,05 22,87 22,68 2,70 7,29

IML 38,76 38,73 3,72 13,84 40,44 40,37 4,54 20,62 41,92 41,91 4,21 17,69

XML 50,83 50,85 4,27 18,25 51,25 51,07 4,62 21,33 51,97 51,89 4,19 17,57

WMH 25,81 25,18 8,46 71,55 25,05 25,02 2,25 5,05 24,17 24,13 2,61 6,83

FOL 36,43 36,35 2,77 7,67 36,09 35,91 2,73 7,46 36,40 36,29 2,71 7,35

FRC 111,24 111,15 5,50 30,26 110,21 109,88 5,79 33,47 109,82 109,67 5,11 26,16

PAC 112,33 111,92 6,75 45,52 111,34 111,59 6,99 48,81 111,01 111,73 8,21 67,35

OCC 96,08 96,03 6,06 36,73 95,80 95,49 6,02 36,25 96,29 96,09 6,48 42,00

IDS-PNS 53,28 53,71 5,38 28,94 54,38 54,30 5,31 28,22 55,86 55,03 5,49 30,09

RHI-N 21,82 21,94 3,47 12,05 22,44 22,25 3,34 11,14 21,80 21,94 3,33 11,08

RHI-ZYO 36,25 36,12 2,91 8,45 36,07 35,89 3,24 10,49 35,95 36,12 2,73 7,44

RHI-ZM 64,04 63,32 3,91 15,32 63,36 63,32 3,53 12,45 62,15 62,23 3,20 10,24

N-FM:A 51,88 51,86 2,66 7,05 51,91 51,83 2,59 6,71 52,20 52,02 2,56 6,55

N-PNS 68,68 68,73 3,76 14,13 67,56 67,53 3,59 12,89 66,53 66,68 3,49 12,20

B-PT 95,27 95,05 4,79 22,92 94,40 94,31 4,74 22,44 93,12 93,00 4,71 22,21

B-SPBPL 113,34 113,65 5,43 29,51 112,05 111,71 5,38 28,94 111,66 111,71 5,17 26,69

Continua
100

Continuação

PT-FM:A 32,45 32,43 3,84 14,73 32,18 32,23 3,69 13,62 32,52 32,38 5,48 30,05

PT-SPBL 64,76 64,49 3,74 13,98 63,93 63,73 3,28 10,76 63,28 63,13 3,67 13,48

PT-BA 91,44 91,06 4,57 20,87 90,92 90,71 4,05 16,41 90,27 90,35 4,36 19,04

PT-
60,51 60,48 3,72 13,80 60,09 59,97 3,38 11,41 59,95 59,38 3,45 11,88
AEAM

PT-ZTI 46,65 46,84 3,84 14,71 46,94 46,93 3,44 11,85 47,07 46,46 4,15 17,18

PT-KT 12,66 12,70 4,26 18,13 12,02 11,69 4,49 20,18 11,36 11,04 3,92 15,35

FM:A-
32,36 32,26 1,89 3,58 32,16 32,07 1,62 2,62 32,06 32,13 2,20 4,84
ZYO

FM:A-MT 63,71 63,86 3,25 10,58 63,61 63,54 2,98 8,89 62,95 62,70 3,13 9,78

ZYO-ZM 29,66 29,19 3,71 13,73 29,42 29,57 3,21 10,29 28,41 28,22 3,62 13,13

ZM-MT 34,46 34,43 2,62 6,87 34,88 34,76 2,51 6,30 34,08 34,01 2,42 5,86

ZM-ZTI 31,54 31,48 3,54 12,55 32,51 33,09 4,14 17,16 34,49 34,39 3,82 14,61

ZM-KT 68,41 68,47 5,42 29,37 68,72 68,15 4,96 24,65 68,39 67,98 5,44 29,63

MT-PNS 22,45 22,55 1,87 3,51 22,58 22,70 1,93 3,74 23,11 22,74 2,01 4,04

PNS-
35,34 35,41 2,95 8,69 35,90 35,64 2,93 8,61 35,95 35,91 2,89 8,35
SPBL

SPBL-BA 28,35 28,04 3,25 10,57 28,65 28,55 2,70 7,27 28,58 28,32 2,71 7,34

SPBL-TS 26,62 26,60 2,08 4,32 27,02 26,90 2,32 5,37 26,36 26,39 1,80 3,23

BA-
54,28 54,21 3,18 10,09 54,88 54,89 3,04 9,24 54,12 54,43 2,68 7,20
AEAM

AEAM-
37,91 37,74 2,87 8,21 37,77 37,65 3,12 9,73 36,64 36,98 3,00 8,98
ZTI

ZTI-KT 46,69 46,68 4,17 17,36 46,97 46,98 4,19 17,54 46,48 46,04 4,14 17,13

L-AST 85,34 85,24 5,26 27,63 84,60 84,88 5,16 26,60 85,12 84,39 5,64 31,86

PT-AST 96,66 96,29 4,97 24,72 96,69 96,66 4,65 21,63 96,46 96,65 3,90 15,22

JP-AST 50,95 50,96 3,68 13,51 52,13 51,90 3,47 12,04 52,20 52,37 3,59 12,87
1
d.p.= desvio padrão.
101

Tabela 4. Valores de p para o teste ANOVA aplicado sobre os grupos de brancos, negros e pardos em conjunto.
Em destaque, valores de p inferiores a 0,05. Ambos os sexos.

ANOVA
Variável BPN
GOL 0,463353

NOL 0,479473

BNL 0,300123

BBH 0,000864

XCB 0,000006

XFB 0,000315

STB 0,000004

ZYB 0,049116

AUB 0,001936

WCB 0,151197

ASB 0,000068

BPL 0,000000

NPH 0,822208

NLH 0,001722

OBH 0,321598

OBB 0,925974

JUB 0,000260

NLB 0,000000

MAB 0,000000

MDH 0,903776

MDB 0,030781

ZMB 0,028858

FMB 0,008595

EKB 0,000012

DKB 0,000039

IML 0,000000
Continua
102

Continuação

XML 0,027923

WMH 0,026681

FOL 0,525964

FRC 0,022147

PAC 0,152822

OCC 0,813511

IDS-PNS 0,000010

RHI-N 0,218793

RHI-ZYO 0,551270

RHI-ZM 0,000001

N-FM:A 0,436217

N-PNS 0,000000

B-PT 0,000035

B-SPBPL 0,003355

PT-FM:A 0,808518

PT-SPBL 0,000194

PT-BA 0,027523

PT-AEAM 0,242096

PT-ZTI 0,524715

PT-KT 0,007553

FM:A-ZYO 0,263877

FM:A-MT 0,041866

ZYO-ZM 0,001583

ZM-MT 0,038124

ZM-ZTI 0,000000

ZM-KT 0,860174

MT-PNS 0,002576
Continua
103

Continuação

PNS-SPBL 0,064370

SPBL-BA 0,599995

SPBL-TS 0,030109

BA-AEAM 0,104249

AEAM-ZTI 0,000049

ZTI-KT 0,627002

L-AST 0,475382

PT-AST 0,885937

JP-AST 0,000450
Frequência de Médias
59,7%
Significativamente
(n=37)
diferentes

Conforme apresentado na Tabela 4, dentre as 62 medidas cranianas, em relação à


ANOVA, 37 medidas (ou 59,7%) apresentaram valor de p inferior a 0.05, limite utilizado para
considerar as médias dos grupos de brancos, pardos e negros, em conjunto, significativamente
diferentes quanto às médias da variável analisada.

A Tabela 5 apresenta a diferença entre as médias de cada par de grupos comparados,


com indicação de qual grupo apresenta a maior média dentro dessa comparação par a par, para
cada uma das variáveis que tiveram médias significativamente apontadas pelo teste ANOVA.

Tabela 5. Variáveis com médias significativamente distintas (p<0.05) de acordo com o teste ANOVA, com
diferença entre as médias e indicação do grupo com média superior ou inferior para cada par. Ambos os sexos.

Variável Brancos x Negros Negros x Pardos Brancos x Pardos


Neuro- Descrição da medida ≠ ≠ ≠
B N N P B P
crânio (mm) (mm) (mm)
BBH altura craniana 2,5 + - 1,7 - + 0,8 + -
XCB máxima largura craniana 3,0 + - 2,9 - + 0,1 + -
XFB máxima largura do frontal 2,3 + - 1,8 - + 0,6 + -
largura entre os pontos stephanion
STB 3,3 + - 1,3 - + 1,9 + -
de ambos os lados
largura entre as raízes do processo
AUB 1,2 + - 2,6 - + 1,4 - +
zigomático de ambos os lados
ASB distância de um asterion ao outro 2,3 + - 1,4 - + 1,1 + -
MDB largura do processo mastoide 0,8 + - 0,8 - + 0,02 + -
Continua
104

Continuação

FRC distância entre o nasion e o bregma 1,4 + - 0,4 - + 1,0 + -


B-PT distância do bregma ao pterion 2,2 + - 1,3 - + 0,9 + -
distância do bregma ao
B-SPBL 1,7 + - 0,4 - + 1,3 + -
sphenobasion
distância do pterion ao
PT-SPBL 1,5 + - 0,7 - + 0,8 + -
sphenobasion
PT-BA distância do pterion ao basion 1,1 + - 0,7 - + 0,5 + -
PT-KT distância do pterion ao krotaphion 1,3 + - 0,7 - + 0,6 + -
distância do sphenobasion à junção
SPBL-TS 0,3 + - 0,7 - + 0,4 - +
temporo-esfeinoidal
distância entre o processo jugular e
JP-AST 1,3 - + 0,1 + - 1,2 - +
o asterion
Face
ZYB Largura entre os arcos zigomáticos 1,8 - + 1,5 - + 1,8 - +
BPL distância do basion ao prosthion 4,8 - + 2,9 + - 2,0 - +
NLH altura do nasal 1,0 - - 1,0 - + 0,1 + -
JUB largura externa dos malares 1,7 - + 0,4 - + 2,1 - +
NLB largura da abertura nasal 1,6 - + 0,9 + - 0,8 - +
MAB largura do palato 2,6 - + 0,8 + - 1,8 - +
ZMB largura da maxila 1,0 - + 0,3 - + 1,3 - +
FMB largura do osso frontal 1,4 - + 0,6 + - 0,8 - +
EKB largura entre as órbitas 2,0 - + 0,8 + - 1,2 - +
DKB largura do espaço nasal 1,1 - + 0,2 + - 0,9 - +
IML comprimento malar inferior 3,1 - + 1,5 + - 1,7 - +
XML máxima largura malar 1,2 - + 0,7 + - 0,4 - +
WMH largura da face 0,3 + - 0,9 - + 0,8 + -
distância entre o alveolare e a
IDS-PNS 2,6 - + 1,5 + - 1,1 - +
espinha nasal posterior
distância do rhinion ao
RHI-ZM 1,8 + - 1,2 - + 0,7 + -
zygomaxillare
distância do nasion até a espinha
N-PNS 2,2 + - 1,0 - + 1,1 + -
nasal posterior
distância entre os pontos
FM:A-MT frontomalare anterior e a 0,8 + - 0,7 - + 0,1 + -
tuberosidade maxilar
distância do zygoorbitalale ao
ZYO-ZM 1,3 + - 1,0 - + 0,2 + -
zygomaxillare
distância do zygomaxillare até a
ZM-MT 0,4 + - 0,8 - + 0,4 - +
tuberosidade maxilar
distância do zygomaxillare ao
ZM-ZTI 3,0 - + 2,0 + - 1,0 - +
zygotemporalle inferior
distância da tuberosidade maxilar à
MT-PNS 0,6 - + 0,5 + - 0,1 - +
espinha nasal posterior
distância do ponto anterior do
AEAM-ZTI meato auditivo externo e do 1,3 + - 1,0 - + 1,2 - +
zygotemporale inferior
≠ : indica a diferença entre as médias dos grupos pareados em milímetros. “+”: para o grupo com a média superior
e “-“: para o grupo com a média inferior.

De acordo com a Tabela 5, para os grupos de brancos, pardos e negros em conjunto,


das 37 medidas significativamente diferentes quanto às suas médias, 15 (40,5%) são variáveis
105

do neuro-crânio e 22 (59,5%) são variáveis da face. Apenas 1 das 15 medidas neurocranianas


apresentaram médias maiores para negros (93,3% maior para brancos). Em contrapartida, há
uma certa predominância de médias maiores para negros (19 medidas dentre as 22, ou 86,4%)
quando se observam as medidas que englobam a face dos indivíduos.

Ainda a partir da mesma tabela, percebe-se na comparação do par “negros e pardos”


que esses últimos apresentam o neuro-crânio como um todo ligeiramente maior que o de negros
(apenas 1 medida foi maior para negros, ou 6,7%). Em contrapartida, quando se observam as
medidas que englobam a face dos indivíduos, das 22 medidas, 11 medidas apresentaram médias
de negros maiores (50%), exatamente a mesma quantidade que apresentou maiores médias para
pardos.

Assim como o que ocorre na comparação de brancos e negros, e o contrário do que


ocorre para negros e pardos, percebe-se agora para o par “brancos e pardos” que 16 das 22
médias significativamente diferentes para medidas da face, ou 72,7%, foram superiores para
pardos. Em contrapartida, 12 das 15 médias apontatas como significativamente diferentes do
neuro-crânio, ou 80,0%, foram maiores em brancos do que em pardos. Tais resultados
evidenciam tendência intermediária para pardos.

Se apenas atentarmos para as posições de pardos, independentemente das médias


serem significativamente diferentes, há ainda uma tendência para médias com valores
intermediários, conforme evidenciado na Tabela 6. Tal tabela foi construída a partir das médias
dos grupos apresentadas na Tabela 3.

Tabela 6. Posição das médias de pardos em relação às médias de brancos e negros, para cada uma das 62
variáveis. Ambos os sexos.
Associação Posição de
Variáveis
Desenvolvimental Pardos
neuro-crânio GOL -
neuro-crânio NOL -
face BNL I
neuro-crânio BBH I
neuro-crânio XCB I
neuro-crânio XFB I
neuro-crânio STB I
face ZYB +
neuro-crânio AUB +
neuro-crânio WCB I
neuro-crânio ASB I
face BPL I
face NPH +
face NLH I
Continua
106

Continuação

face OBH I
face OBB -
face JUB +
face NLB I
face MAB I
neuro-crânio MDH I
neuro-crânio MDB I
face ZMB +
face FMB I
face EKB I
face DKB I
face IML I
face XML I
face WMH I
neuro-crânio FOL -
neuro-crânio FRC I
neuro-crânio PAC I
neuro-crânio OCC -
face IDS-PNS I
face RHI-N +
face RHI-ZYO I
face RHI-ZM I
face N-FM:A I
face N-PNS I
neuro-crânio B-PT I
neuro-crânio B-SPBPL I
face PT-FM:A -
neuro-crânio PT-SPBL I
neuro-crânio PT-BA I
neuro-crânio PT-AEAM I
face PT-ZTI I
neuro-crânio PT-KT I
face FM:A-ZYO I
face FM:A-MT I
face ZYO-ZM I
face ZM-MT +
face ZM-ZTI I
face ZM-KT +
face MT-PNS I
neuro-crânio PNS-SPBL I
neuro-crânio SPBL-BA +
neuro-crânio SPBL-TS +
neuro-crânio BA-AEAM +
face AEAM-ZTI I
face ZTI-KT +
neuro-crânio L-AST -
neuro-crânio PT-AST +
neuro-crânio JP-AST I
“I”, “-” e “+” indicam, respectivamente, que o valor da média é
intermediário, menor ou maior que aos valores de brancos e negros.

De acordo com a Tabela 6, portanto, a frequência com a qual as médias de pardos


aparecem como intermediárias em relação às de brancos e negros é equivalente a 67,7% (42
medidas de um total de 62). Para 21% das medidas (ou seja, 13 variáveis de 62), pardos tem
107

médias superiores às apresentadas por brancos e negros e aparecem com médias inferiores às
dos grupos considerados parentais com frequência de 11,3% (7 medidas das 62 disponíveis).
Se observarmos apenas as medidas compreendidas pelo neuro-crânio, das 28 medidas, 64,3%
(18 medidas) estão em posição intermediária, 17,9% (5 medidas) superam a média de brancos
e negros e 17,9% (5 medidas) tem médias inferiores. Considerando-se as variáveis do conjunto
desenvolvimental que compreende a face, das 34 medidas, 70,6% (24 medidas) estão em
posição intermediária, 23,5% (8 medidas) superam as médias dos grupos parentais e 5,9% (ou
2 medidas) tem médias inferiores. Pode-se dizer, portanto, que tanto para as medidas em
conjunto, quanto para medidas do neuro-crânio, ou medidas da face, as médias de pardos são
predominantemente intermediárias, apesar de em todos os conjuntos de variáveis ocorrem
desvios desse padrão, com aumento ou diminuição das médias de pardos em relação às de
brancos e negros.

Visando explorar ainda as relações entre as médias de cada uma das variáveis em
pardos em relação às médias de brancos e negros, a Tabela 7 apresenta as frequências com que
as médias de pardos estiveram mais próximas das médias de brancos ou negros.

Tabela 7. Frequência dos posicionamentos das médias de pardos em relação às médias de brancos e negros.
Ambos os sexos.
média de pardos média de pardos
Nº de medidas mais próxima da mais próxima da
de brancos de negros
Crânio todo (n=62) 56,5% (n=35) 43,6% (n=27)
Neuro-crânio
57,1% (n=16) 42,9% (n=12)
(n=28)
Face (n=34) 55,9% (n=19) 44,1% (n=15)

Observando-se a quantificação das médias de pardos que se aproximam mais das


médias de brancos e das mais próximas das de negros, novamente percebe-se uma tendência de
padrão intermediário, com ligeira inclinação para proximidade às médias de brancos.
Considerando tais resultados, optei por explorar se as médias de todas as 62 medidas entre
diferentes combinações dos grupos de cor são estatisticamente diferentes, obtendo-se os valores
de p (T2 de Hotteling) apresentados na Tabela 8.
108

Tabela 8. Valores de p obtidos com o teste T 2 de Hotelling aplicado sobre as 62 medidas cranianas disponíveis,
para os diferentes pares de grupos de cor.
62 medidas B-N B-P N-P

pvalue 0,00000 0,000001 0,002965

A partir da Tabela 8, portanto, pode-se dizer que se comparando as médias das 62


medidas dos grupos, brancos e negros, brancos e pardos, e negros e pardos, são
significativamente diferentes quanto às suas médias (pvalue <0.05). A Análise Multivariada de
Variância (MANOVA) aplicada sobre todas as medidas e os três grupos concomitantemente
também indica que suas médias em conjunto são significativamente diferentes (pvalue <0.05).

A Tabela 9 apresenta a comparação entre as médias nas diferentes combinações dos


grupos de cor a partir dos valores de p (T2 de Hotteling), utilizando apenas as medidas do neuro-
crânio e a Tabela 10 apresenta os mesmos testes realizados a partir das medidas da face.

Tabela 9. Valores de p obtidos com o teste T2 de Hotelling aplicado sobre as 28 medidas neurocranianas, para
os diferentes pares de grupos de cor.
28 medidas B-N B-P N-P

pvalue 0,000000 0,000009 0,005965

Tabela 10. Valores de p obtidos com o teste T 2 de Hotelling aplicado sobre as 34 medidas faciais, para os
diferentes pares de grupos de cor.
34 medidas B-N B-P N-P

pvalue 0,000000 0,000003 0,000041

Tanto considerando apenas medidas neurocranianas (Tabela 9) quanto considerando


apenas medidas faciais (Tabela 10), as médias das variáveis em conjunto são diferentes para
todos os pares de grupos. Os valores de p obtidos para a Análise Multivariada de Variância
(MANOVA) de todas as variáveis do neuro-crânio e da face separadamente, indicam diferença
significativa das médias entre os grupos (pvalue < 0.05)

Os resultados apresentados nesta seção são indicativos de que 1) existem diferenças


craniométricas significativas entre os grupos estudados e que 2) existe uma tendência de pardos
apresentarem valores médios intermediários em relação aos grupos hipoteticamente parentais.
109

Ao mesmo tempo, observou-se que para muitas medidas não houve significância estatística no
teste de diferença das médias, o que nos leva a entender que apesar das diferenças observadas,
esses grupos ainda assim são semelhantes e as diferenças aqui descritas são pequenas.

6.1.1.2. Parcela masculina

Os testes realizados para as parcelas masculina e feminina em conjunto foram também


realizados para os sexos separadamente com o intuito de entender se os padrões observados se
diferenciam, o que pode ocorrer já que existem diferenças entre os sexos.

Para o sexo masculino, a Tabela 11 apresenta as estatísticas descritivas para cada uma
das 62 medidas craniométricas disponíveis. A Tabela 12 apresenta os valores de p para a
Análise Univariada de Variância (ANOVA) aplicada sobre cada variável, para os grupos de
brancos, pardos e negros em conjunto.

Tabela 11. Estatísticas descritivas para as 62 variáveis dentro de cada grupo de indivíduos classificados quanto à
cor da pele. Parcela masculina.

Brancos (n=206) Pardos (n=76) Negros (n=94)

variável média mediana d.p.1 variância média mediana d.p.1 variância média mediana d.p.1 variância

GOL 181,07 181,07 6,90 47,64 179,64 179,04 7,48 55,92 181,85 181,90 6,89 47,52

NOL 177,44 177,33 6,88 47,28 176,28 175,37 7,17 51,38 178,71 178,44 6,59 43,40

BNL 100,26 100,55 4,68 21,90 100,36 100,55 4,49 20,13 100,21 100,26 4,06 16,51

BBH 133,28 133,40 6,60 43,52 133,02 131,55 6,82 46,56 131,09 131,47 6,61 43,68

XCB 140,67 140,20 6,44 41,43 141,23 141,07 7,01 49,16 137,71 137,53 5,53 30,60

XFB 119,63 119,32 6,06 36,78 119,69 118,63 6,01 36,10 117,27 117,74 4,98 24,81

STB 117,81 117,28 6,85 46,90 116,15 116,25 6,60 43,49 114,08 114,68 6,42 41,18

ZYB 128,74 128,89 5,55 30,83 131,07 130,92 6,21 38,62 130,05 130,15 5,48 29,99

AUB 123,60 123,24 5,90 34,78 125,22 124,92 6,13 37,55 122,21 122,38 5,10 26,01

WCB 69,95 69,72 4,40 19,32 70,39 70,45 4,61 21,26 69,84 69,64 4,43 19,61

ASB 111,57 111,30 5,72 32,76 110,73 110,81 5,64 31,82 109,03 108,93 5,67 32,13

BPL 95,25 96,45 6,24 38,94 97,05 96,84 6,02 36,28 100,73 100,98 5,77 33,28

NPH 67,80 67,12 6,26 39,24 68,39 68,28 4,01 16,08 68,79 67,78 5,25 27,60

Continua
110

Continuação

NLH 51,54 51,57 3,16 10,01 51,79 51,78 2,80 7,86 50,82 50,59 3,08 9,50

OBH 35,35 35,27 2,45 6,02 35,18 35,11 2,32 5,40 35,78 35,70 2,12 4,49

OBB 39,58 39,58 1,77 3,12 39,53 39,36 1,72 2,97 39,44 39,21 1,77 3,12

JUB 111,14 111,07 4,75 22,60 113,45 113,53 5,61 31,45 113,87 113,93 5,12 26,21

NLB 24,78 24,73 2,18 4,75 25,70 25,59 2,37 5,62 26,72 26,72 2,15 4,61

MAB 60,24 61,24 4,49 20,19 62,36 62,56 4,61 21,29 63,79 63,24 4,94 24,37

MDH 28,06 28,00 2,85 8,13 28,43 27,75 6,88 47,30 28,42 28,39 2,68 7,19

MDB 28,97 29,10 3,40 11,59 28,99 28,92 2,89 8,34 28,41 28,65 2,94 8,66

ZMB 82,85 82,41 4,54 20,59 84,24 84,27 4,84 23,47 84,21 84,39 4,94 24,43

FMB 98,15 98,13 3,89 15,12 98,84 98,31 4,20 17,64 99,90 100,06 4,56 20,83

EKB 96,69 96,70 3,80 14,48 97,85 97,69 4,10 16,80 99,16 99,04 4,46 19,86

DKB 22,08 22,13 2,53 6,41 22,81 22,34 2,98 8,87 23,40 23,32 2,77 7,66

IML 39,26 39,29 3,65 13,32 41,07 41,47 4,77 22,74 42,89 43,45 4,20 17,67

XML 51,71 51,83 4,03 16,26 52,34 52,97 4,58 20,97 53,25 53,81 4,47 19,95

WMH 25,56 25,43 2,69 7,25 25,60 25,40 2,09 4,38 24,78 25,02 2,49 6,20

FOL 36,84 36,64 2,54 6,45 36,42 36,44 2,87 8,21 36,91 37,08 2,56 6,53

FRC 112,03 111,52 5,38 28,94 111,19 110,94 5,91 34,95 111,35 110,71 5,24 27,41

PAC 113,60 113,21 6,56 42,99 112,48 111,93 6,56 43,03 112,49 112,47 8,58 73,68

OCC 96,56 96,30 5,95 35,39 96,15 95,66 6,26 39,18 96,46 96,09 7,31 53,37

IDS-PNS 53,97 54,30 5,38 28,94 54,39 54,31 3,99 15,92 56,47 56,00 4,62 21,37

RHI-N 21,97 21,94 3,54 12,56 22,53 21,94 3,29 10,80 22,27 22,05 3,35 11,21

RHI-ZYO 36,59 36,12 2,92 8,52 36,40 36,10 3,38 11,45 36,11 36,12 2,71 7,33

RHI-ZM 64,81 64,24 3,76 14,11 64,21 64,03 3,49 12,20 63,20 63,31 2,86 8,18

N-FM:A 52,50 52,54 2,30 5,27 52,50 52,20 2,39 5,70 53,04 52,82 2,48 6,15

N-PNS 69,34 69,77 3,57 12,72 68,43 68,46 3,46 11,96 67,70 67,79 3,18 10,10

B-PT 96,12 95,68 4,43 19,61 95,59 95,32 4,58 20,95 94,11 94,26 4,48 20,04

B-SPBPL 114,00 114,16 5,47 29,89 112,86 112,34 5,66 32,04 112,54 112,57 5,36 28,73

PT-FM:A 32,57 32,42 3,62 13,13 32,45 32,23 3,41 11,60 33,34 33,49 5,34 28,57

PT-SPBL 65,10 64,95 3,61 13,00 64,09 63,92 3,12 9,73 63,83 63,36 3,75 14,04

Continua
111

Continuação

PT-BA 91,95 91,82 4,16 17,28 91,63 91,02 3,99 15,91 91,25 91,43 4,37 19,08

PT-
60,97 60,82 3,58 12,80 60,62 60,26 3,22 10,34 60,75 60,57 3,51 12,31
AEAM

PT-ZTI 47,02 47,13 3,90 15,21 47,30 47,29 3,32 11,03 47,98 47,75 4,28 18,33

PT-KT 12,79 12,70 4,24 18,01 12,81 12,63 4,42 19,50 11,82 11,46 3,75 14,06

FM:A-
32,65 32,49 1,81 3,27 32,32 32,11 1,67 2,80 32,51 32,48 1,95 3,80
ZYO

FM:A-MT 64,47 64,43 2,74 7,50 64,24 64,08 2,77 7,67 63,96 64,12 2,88 8,30

ZYO-ZM 30,18 29,78 3,82 14,60 30,05 29,95 3,04 9,27 29,48 28,83 3,84 14,77

ZM-MT 34,79 34,70 2,51 6,29 35,33 34,93 2,44 5,95 34,53 34,53 2,54 6,45

ZM-ZTI 32,11 32,24 3,39 11,48 33,08 33,81 4,37 19,13 35,67 35,96 3,79 14,35

ZM-KT 69,18 69,32 5,27 27,73 69,73 69,17 4,88 23,84 70,53 71,33 5,03 25,34

MT-PNS 22,55 22,67 1,71 2,92 22,99 22,86 1,80 3,26 23,55 23,40 2,23 4,98

PNS-
35,70 35,59 2,64 6,95 36,49 36,28 2,65 7,03 36,29 36,04 3,25 10,55
SPBL

SPBL-BA 28,47 28,29 2,51 6,31 29,03 28,96 2,87 8,22 29,14 29,28 2,40 5,76

SPBL-TS 26,97 26,91 2,00 3,98 27,47 27,25 2,28 5,18 26,86 26,93 1,80 3,26

BA-
54,86 55,07 2,62 6,87 55,67 56,26 2,83 8,03 54,84 55,05 2,68 7,19
AEAM

AEAM-
38,13 38,13 2,84 8,08 38,19 37,89 3,04 9,26 37,03 37,49 3,13 9,80
ZTI

ZTI-KT 47,05 47,20 4,17 17,39 47,64 47,54 4,23 17,88 47,71 47,92 4,02 16,16

L-AST 85,75 85,60 5,00 24,95 85,04 85,04 5,46 29,84 85,80 85,06 5,95 35,44

PT-AST 97,81 97,82 4,68 21,90 97,71 97,90 4,49 20,14 97,69 97,75 3,87 15,00

JP-AST 51,57 51,55 3,12 9,73 52,87 52,33 3,20 10,21 52,78 53,26 3,71 13,77
1
d.p.= desvio padrão.

Tabela 12. Valores de p para o teste ANOVA aplicado sobre os grupos de brancos, negros e pardos em
conjunto. Em destaque, valores de p inferiores a 0,05. Parcela masculina

ANOVA
Variável BPN
GOL 0,120439

NOL 0,070750
Continua
112

Continuação

BNL 0,977325

BBH 0,027461

XCB 0,000203

XFB 0,002910

STB 0,000049

ZYB 0,006018

AUB 0,003428

WCB 0,696099

ASB 0,001829

BPL 0,000000

NPH 0,343387

NLH 0,085856

OBH 0,212038

OBB 0,815499

JUB 0,000009

NLB 0,000000

MAB 0,000000

MDH 0,672516

MDB 0,337340

ZMB 0,019938

FMB 0,003155

EKB 0,000006

DKB 0,000302

IML 0,000000

XML 0,014857

WMH 0,032873

FOL 0,414496

FRC 0,405147
Continua
113

Continuação

PAC 0,321054

OCC 0,894966

IDS-PNS 0,000251

RHI-N 0,447442

RHI-ZYO 0,426947

RHI-ZM 0,001202

N-FM:A 0,162424

N-PNS 0,000501

B-PT 0,001589

B-SPBPL 0,064333

PT-FM:A 0,254818

PT-SPBL 0,006955

PT-BA 0,404384

PT-AEAM 0,720724

PT-ZTI 0,137762

PT-KT 0,144283

FM:A-ZYO 0,402659

FM:A-MT 0,329694

ZYO-ZM 0,305775

ZM-MT 0,108572

ZM-ZTI 0,000000

ZM-KT 0,105775

MT-PNS 0,000122

PNS-SPBL 0,061026

SPBL-BA 0,067323

SPBL-TS 0,104809

BA-AEAM 0,061372
Continua
114

Continuação

AEAM-ZTI 0,007102

ZTI-KT 0,340433

L-AST 0,572458

PT-AST 0,972704

JP-AST 0,001368
Frequência de Médias
43,5%
Significativamente
(n=27)
diferentes

Conforme apresentado na Tabela 12, dentre as 62 medidas cranianas, quanto à


ANOVA, 27 medidas apresentaram valor de p inferior a 0.05.

A Tabela 13 apresenta a diferença entre as médias dentro do par de grupos, com


indicação de qual grupo apresenta a maior média dentro dessa comparação par a par, para cada
uma das variáveis que tiveram médias significativamente diferentes de acordo com o ANOVA.

Tabela 13. Variáveis com médias significativamente distintas (p<0.05) de acordo com o teste ANOVA, com
diferença entre as médias e indicação do grupo com média superior ou inferior para cada par. Parcela masculina.

Variável Brancos x Negros Negros x Pardos Brancos x Pardos


Neuro- Descrição da medida ≠ ≠ ≠
B N N P B P
crânio (mm) (mm) (mm)
BBH altura craniana 2,2 + - 1,9 - + 0,1 + -
XCB máxima largura craniana 3,0 + - 3,5 - + 0,6 - +
XFB máxima largura do frontal 2,4 + - 2,4 - + 0,1 - +
largura entre os pontos stephanion
STB 3,7 + - 2,1 - + 1,7 + -
de ambos os lados
largura entre as raízes do processo
AUB 1,4 + - 3,0 - + 1,6 - +
zigomático de ambos os lados
ASB distância de um asterion ao outro 2,5 + - 1,7 - + 0,8 + -
B-PT distância do bregma ao pterion 2,0 + - 1,5 - + 0,5 + -
distância do pterion ao
PT-SPBL 1,3 + - 0,3 - + 1,0 + -
sphenobasion
distância entre o processo jugular e
JP-AST 1,2 - + 0,9 - + 1,3 - +
o asterion
Face
ZYB largura entre os arcos zigomáticos 1,3 - + 1,0 - + 2,3 - +
BPL distância do basion ao prosthion 5,5 - + 3,7 + - 1,8 - +
JUB largura externa dos malares 2,7 - + 0,4 + - 2,3 - +
NLB largura da abertura nasal 1,9 - + 1,0 + - 0,9 - +
MAB largura do palato 3,6 - + 1,4 + - 2,1 - +
ZMB largura da maxila 1,4 - + 0,03 - + 1,4 - +
Continua
115

Continuação

FMB largura do osso frontal 1,8 - + 1,1 + - 0,1 - +


EKB largura entre as órbitas 2,5 - + 1,3 + - 1,8 - +
DKB largura do espaço nasal 1,3 - + 0,6 + - 0,7 - +
IML comprimento malar inferior 3,6 - + 1,8 + - 1,8 - +
XML máxima largura malar 1,5 - + 1,8 + - 1,8 - +
WMH largura da face 0,8 + - 0,8 - + 0,04 - +
distância entre o alveolare e a
IDS-PNS 2,5 - + 2,0 + - 0,42 - +
espinha nasal posterior
distância do rhinion ao
RHI-ZM 1,6 + - 1,0 - + 0,6 + -
zygomaxillare
distância do nasion até a espinha
N-PNS 1,7 + - 0,7 - + 0,9 + -
nasal posterior
distância do zygomaxillare ao
ZM-ZTI 3,6 - + 2,6 + - 1,0 - +
zygotemporalle inferior
distância da tuberosidade maxilar à
MT-PNS 1,0 - + 0,5 + - 0,4 - +
espinha nasal posterior
distância do ponto anterior do
AEAM-ZTI meato auditivo externo e do 1,1 + - 1,2 - + 0,1 - +
zygotemporale inferior
≠ : indica a diferença entre as médias dos grupos pareados em milímetros. “+”: para o grupo com a média superior
e “-“: para o grupo com a média inferior.

De acordo com a Tabela 13, das 27 medidas significativamente diferentes quanto às


suas médias, 9 são variáveis do neuro-crânio (33,3%) e 18 são variáveis da face (66,7%).

Depreende-se das diferenças quanto às médias de tais medidas que para a parcela
masculina também há a tendência de brancos apresentarem o neuro-crânio como um todo
minimamente maior que o de negros, já que apenas 1 das 9 medidas (11,1%) apresentou média
maior para negros. Em contrapartida, há uma certa predominância de médias minimamente
maiores para negros (14 medidas dentre as 18, ou 77,8%) quando se observam as medidas que
englobam a face dos indivíduos. Em conjunto, essas análises parecem nos levar a crer numa
tendência de crânios com neuro-crânios ligeiramente maiores para brancos e crânios com
medidas envolvendo a face ligeiramente maiores para negros.

Percebe-se na comparação do par “negros e pardos” que há a tendência de pardos


apresentarem o neuro-crânio ligeiramente maior que o de negros (todas as 9 medidas). Quando
se observam as medidas que englobam a face dos indivíduos, 12 das 18 medidas (ou 66,7%)
são ligeiramente maiores em negros (ocorrendo apenas em 6 casos, ou 33,3% das medidas para
pardos). Considerando-se apenas a parcela masculina, essas análises parecem nos levar a crer
numa tendência de crânios com neuro-crânios ligeiramente maiores para pardos do que para
negros e crânios com medidas faciais minimamente maiores para negros, mas sem um padrão
tão claro.
116

Para o par “brancos e pardos”, dentre as medidas do neuro-crânio, brancos


apresentaram maiores médias apenas para 5 medidas (55,6%), em oposição a 4 maiores médias
para pardos (45,4%). Para as medidas envolvendo a face, 16 das 18 medidas (88,9%)
apresentaram maiores médias para pardos.

Se apenas atentarmos para as posições de pardos, independentemente das médias


serem significativamente diferentes, evidencia-se uma tendência para médias com valores
intermediários, conforme apresentado na Tabela 14. Tal tabela foi construída a partir das médias
dos grupos apresentadas na Tabela 11.

Tabela 14. Posição das médias de pardos em relação às médias de brancos e negros, para cada uma das 62
variáveis. Parcela masculina.
Associação Posição de
Variáveis
Desenvolvimental Pardos
neuro-crânio GOL -
neuro-crânio NOL -
Face BNL +
neuro-crânio BBH I
neuro-crânio XCB +
neuro-crânio XFB +
neuro-crânio STB I
Face ZYB +
neuro-crânio AUB +
neuro-crânio WCB +
neuro-crânio ASB I
Face BPL I
Face NPH I
Face NLH I
Face OBH -
Face OBB I
Face JUB I
Face NLB I
Face MAB I
neuro-crânio MDH +
neuro-crânio MDB +
Face ZMB +
Face FMB I
Face EKB I
Face DKB I
Face IML I
Face XML I
Face WMH +
neuro-crânio FOL -
neuro-crânio FRC I
neuro-crânio PAC -
neuro-crânio OCC -
Face IDS-PNS I
Face RHI-N +
Face RHI-ZYO I
Face RHI-ZM I
Face N-FM:A I
Continua
117

Continuação

Face N-PNS I
neuro-crânio B-PT I
neuro-crânio B-SPBPL I
Face PT-FM:A -
neuro-crânio PT-SPBL I
neuro-crânio PT-BA I
neuro-crânio PT-AEAM -
Face PT-ZTI I
neuro-crânio PT-KT +
Face FM:A-ZYO -
Face FM:A-MT I
Face ZYO-ZM I
Face ZM-MT +
Face ZM-ZTI I
Face ZM-KT I
Face MT-PNS I
neuro-crânio PNS-SPBL +
neuro-crânio SPBL-BA I
neuro-crânio SPBL-TS +
neuro-crânio BA-AEAM +
Face AEAM-ZTI +
Face ZTI-KT I
neuro-crânio L-AST -
neuro-crânio PT-AST I
neuro-crânio JP-AST +
“I”, “-” e “+” indicam, respectivamente, que o valor da média é
intermediário, menor ou maior que aos valores de brancos e negros.

De acordo com a Tabela 14, a frequência com a qual as médias de pardos aparecem
como intermediárias em relação às de brancos e negros é equivalente à 54,8% (34 medidas de
um total de 62). Para 29,0% das medidas (ou seja, 18 variáveis de 62), pardos tem médias
superiores às apresentadas por brancos e negros e aparecem com médias inferiores às dos
grupos considerados parentais com frequência de 16,1% (10 medidas das 62 disponíveis).
Observando-se apenas as medidas compreendidas pelo neuro-crânio, das 28 medidas, 35,7%
(10 medidas) estão em posição intermediária, 39,3% (11 medidas) superam a média de brancos
e negros e 25,0% (7 medidas) tem médias inferiores. Considerando-se as variáveis do conjunto
desenvolvimental que compreende a face, das 34 medidas, 70,6% (24 medidas) estão em
posição intermediária, 20,6% (7 medidas) superam as médias dos grupos parentais e 8,8% (ou
3 medidas) tem médias inferiores. Pode-se dizer que para as medidas em conjunto e
especialmente para medidas da face, as médias de pardos são predominantemente
intermediárias, apesar de em todos os conjuntos de variáveis ocorrem desvios desse padrão,
principalmente com aumento, mas também com diminuição das médias de pardos em relação
às de brancos e negros.
118

A Tabela 15 apresenta as frequências com que as médias de pardos estiveram mais


próximas das médias de brancos ou de negros, para a parcela masculina.

Tabela 15. Frequência dos posicionamentos das médias de pardos em relação às médias de brancos e negros.
Parcela masculina.
média de pardos média de pardos
Nº de medidas mais próxima da mais próxima da
de brancos de negros
Crânio todo (n=62) 64,5% (n=40) 35,5% (n=22)
Neuro-crânio
60,7% (n=17) 39,3% (n=11)
(n=28)
Face (n=34) 67,6% (n=23) 32,4% (n=11)

Observando-se a quantificação das médias de pardos que se aproximam mais das


médias de brancos ou das médias de negros, percebe-se uma tendência de maior proximidade
às médias de brancos.

Os valores de p (T2 de Hotteling) apresentados na Tabela 16 indicam se, para a parcela


masculina, as médias de todas as 62 medidas entre diferentes combinações dos grupos de cor
são estatisticamente diferentes.

Tabela 16. Valores de p obtidos com o teste T 2 de Hotelling aplicado sobre as 62 medidas cranianas disponíveis,
para os diferentes pares de grupos de cor. Parcela masculina.
62 medidas B-N B-P N-P

pvalue 0,00000 0,000035 0,007802

Pode-se dizer que se comparando as médias das 62 medidas dos grupos, brancos e
negros, brancos e pardos, e negros e pardos, são significativamente diferentes quanto às suas
médias (pvalue <0.05). A Análise Multivariada de Variância (MANOVA) aplicada sobre todas
as medidas e os três grupos concomitantemente também indica que suas médias em conjunto
são significativamente diferentes (com pvalue equivalente a 0,000000, ou seja, <0.05).

A Tabela 17 apresenta a comparação entre as médias nas diferentes combinações dos


grupos de cor a partir dos valores de p (T2 de Hotteling), utilizando apenas as medidas do neuro-
crânio e a Tabela 18 apresenta os mesmos testes realizados a partir das medidas da face.
119

Tabela 17. Valores de p obtidos com o teste T 2 de Hotelling aplicado sobre as 28 medidas neurocranianas, para
os diferentes pares de grupos de cor. Parcela masculina.
28 medidas B-N B-P N-P

pvalue 0,000000 0,000002 0,001332

Tabela 18. Valores de p obtidos com o teste T2 de Hotelling aplicado sobre as 34 medidas faciais, para os
diferentes pares de grupos de cor. Parcela masculina.
34 medidas B-N B-P N-P

pvalue 0,000000 0,002093 0,000215

Para ambos os grupos de medidas (do neuro-crânio e da face), as médias das variáveis
em conjunto são diferentes para todos os pares de grupos (Tabelas 17 e 18). Os valores de p
obtidos para a Análise Multivariada de Variância (MANOVA) de todas as variáveis do neuro-
crânio e da face separadamente, indicam diferença significativa das médias entre os grupos
(pvalue < 0.05).

Os resultados indicam também para a parcela masculina que 1) existem diferenças


craniométricas entre os grupos estudados e que 2) existe uma tendência de pardos apresentarem
valores médios intermediários em relação aos grupos hipoteticamente parentais.

6.1.1.3. Parcela feminina

Para o sexo feminino, a Tabela 19 apresenta as estatísticas descritivas para cada uma
das 62 medidas craniométricas disponíveis. A Tabela 20 apresenta os valores de p para a
Análise Univariada de Variância (ANOVA) aplicada sobre cada variável, para os grupos de
brancos, pardos e negros em conjunto, exatamente como o realizado para a parcela masculina
e para ambos os sexos em conjunto.
120

Tabela 19. Estatísticas descritivas para as 62 variáveis dentro de cada grupo de indivíduos classificados quanto à
cor da pele. Parcela feminina.

Brancas (n=61) Pardas (n=34) Negras (n=72)

variável média mediana d.p.1 variância média mediana d.p.1 variância média mediana d.p.1 variância

GOL 172,99 173,34 6,94 48,10 175,82 175,50 8,21 67,34 175,40 174,87 6,04 36,50

NOL 170,41 171,54 6,75 45,60 173,10 174,39 7,33 53,67 172,61 172,07 5,89 34,68

BNL 97,08 96,79 6,77 45,86 96,55 96,39 3,75 14,10 96,83 96,45 4,07 16,60

BBH 129,37 129,25 6,12 37,44 129,04 129,35 5,15 26,57 128,36 128,05 5,79 33,56

XCB 135,73 135,22 5,56 30,88 135,75 134,98 5,28 27,88 135,04 134,62 5,41 29,24

XFB 115,73 115,25 6,22 38,65 115,49 115,58 4,61 21,28 115,26 115,26 5,44 29,61

STB 114,93 113,71 6,43 41,34 113,89 113,21 5,80 33,62 113,78 113,45 5,93 35,19

ZYB 121,01 120,59 6,13 37,60 123,97 123,40 6,16 37,99 123,59 123,56 4,60 21,13

AUB 118,03 118,53 5,70 32,45 120,19 120,55 5,76 33,19 119,57 119,74 4,85 23,54

WCB 67,04 66,78 4,13 17,02 66,89 65,86 5,02 25,17 66,55 66,41 4,05 16,42

ASB 106,95 106,97 5,24 27,44 107,11 106,92 4,62 21,30 106,58 106,04 4,69 21,96

BPL 92,22 91,94 8,08 65,36 95,72 95,38 6,20 38,39 97,68 96,45 6,29 39,56

NPH 64,13 64,28 4,00 15,98 64,90 66,91 7,35 54,06 65,27 65,91 5,07 25,68

NLH 49,35 49,11 3,00 9,00 49,03 49,32 2,83 7,99 48,80 48,97 2,73 7,43

OBH 34,46 34,15 2,20 4,86 35,40 35,39 2,14 4,59 35,12 35,15 1,88 3,54

OBB 37,98 37,71 1,95 3,79 38,23 38,40 1,78 3,16 38,75 38,71 1,61 2,59

JUB 105,61 105,26 4,90 23,96 109,31 110,40 5,14 26,46 108,61 108,94 4,36 19,04

NLB 24,54 24,25 4,59 21,07 25,13 24,77 2,05 4,20 25,82 25,82 2,17 4,72

MAB 59,48 61,24 4,53 20,52 61,31 61,24 3,90 15,18 61,20 61,24 3,91 15,27

MDH 26,71 26,36 3,29 10,80 26,59 26,86 1,84 3,38 26,48 26,31 2,70 7,28

MDB 26,17 26,38 2,24 5,02 27,04 27,01 3,90 15,22 26,32 26,14 3,04 9,25

ZMB 77,99 78,49 4,43 19,63 80,85 80,95 5,27 27,73 80,71 80,42 4,08 16,61

FMB 93,23 92,98 4,71 22,16 96,02 95,97 4,58 21,01 96,37 96,42 4,15 17,21

EKB 92,99 92,25 4,15 17,18 95,69 95,45 4,06 16,49 95,99 95,63 3,39 11,51

DKB 20,75 20,36 2,36 5,58 22,91 23,02 2,38 5,65 22,16 22,29 2,47 6,12

IML 37,09 37,33 3,48 12,14 39,21 39,51 3,80 14,46 40,59 40,86 3,87 14,94

Continua
121

Continuação

XML 47,86 47,73 3,71 13,75 49,10 49,32 3,94 15,55 50,19 49,87 2,92 8,53

WMH 26,66 24,07 17,07 291,46 24,15 24,00 1,85 3,44 23,34 23,42 2,57 6,61

FOL 35,07 35,16 3,08 9,51 35,35 35,76 2,30 5,27 35,73 35,30 2,80 7,81

FRC 108,57 107,76 5,09 25,86 108,39 107,75 4,86 23,64 107,83 108,19 4,26 18,11

PAC 108,05 108,42 5,55 30,76 109,71 111,11 6,91 47,80 109,11 109,55 7,37 54,33

OCC 94,45 94,31 6,20 38,42 95,81 96,09 5,31 28,17 96,11 96,09 5,29 28,03

IDS-PNS 50,98 50,59 4,74 22,47 54,76 54,30 8,03 64,43 55,06 54,30 6,42 41,21

RHI-N 21,30 21,94 3,19 10,17 22,29 22,39 3,54 12,54 21,18 21,40 3,24 10,52

RHI-ZYO 35,12 35,53 2,59 6,68 35,38 35,28 2,74 7,50 35,73 36,00 2,78 7,71

RHI-ZM 61,47 61,78 3,31 10,94 61,74 61,15 2,94 8,66 60,72 60,75 3,07 9,40

N-FM:A 49,79 49,54 2,73 7,47 50,80 50,73 2,61 6,84 51,05 50,98 2,17 4,69

N-PNS 66,42 65,90 3,53 12,47 65,87 64,86 3,24 10,50 64,92 65,18 3,21 10,34

B-PT 92,38 93,08 4,86 23,65 92,22 92,55 3,90 15,23 91,82 92,09 4,76 22,63

B-SPBPL 111,13 111,04 4,71 22,20 110,80 111,66 4,17 17,41 110,49 110,06 4,73 22,33

PT-FM:A 32,03 32,54 4,50 20,23 31,66 32,18 4,50 20,22 31,51 31,36 5,54 30,72

PT-SPBL 63,61 63,60 3,98 15,83 63,77 63,43 3,82 14,60 62,61 62,74 3,49 12,17

PT-BA 89,73 89,34 5,44 29,60 89,41 90,18 3,85 14,83 89,03 88,82 4,07 16,61

PT-
58,97 58,21 3,78 14,30 58,89 58,54 3,76 14,10 58,94 58,49 3,12 9,74
AEAM

PT-ZTI 45,42 45,91 3,36 11,28 46,05 45,77 3,87 14,98 45,91 45,64 3,69 13,61

PT-KT 12,22 12,51 4,31 18,60 10,26 9,52 4,16 17,33 10,83 10,58 4,07 16,55

FM:A-
31,41 31,47 1,88 3,52 31,96 32,04 1,43 2,03 31,43 31,42 2,35 5,53
ZYO

FM:A-MT 61,16 61,25 3,56 12,66 62,51 62,28 3,10 9,60 61,54 61,59 2,84 8,08

ZYO-ZM 27,93 28,00 2,65 7,02 28,29 28,73 3,19 10,17 26,94 26,39 2,71 7,32

ZM-MT 33,32 33,14 2,70 7,28 34,05 34,33 2,52 6,37 33,47 33,66 2,13 4,53

ZM-ZTI 29,63 29,96 3,40 11,59 31,46 31,87 3,46 11,95 32,91 33,07 3,30 10,89

ZM-KT 65,84 66,47 5,17 26,70 66,61 66,80 4,43 19,65 65,70 65,84 4,69 22,04

MT-PNS 22,12 22,11 2,34 5,46 21,58 21,87 2,03 4,12 22,54 22,65 1,53 2,34

Continua
122

Continuação

PNS-
34,13 34,41 3,58 12,85 34,82 34,51 3,20 10,26 35,52 35,64 2,32 5,37
SPBL

SPBL-BA 27,94 27,36 5,01 25,06 27,78 27,91 2,10 4,43 27,85 27,44 2,94 8,67

SPBL-TS 25,43 25,24 1,92 3,68 26,13 25,57 2,21 4,87 25,68 25,48 1,57 2,47

BA-
52,30 52,09 4,01 16,11 53,13 53,31 2,79 7,76 53,16 53,39 2,40 5,77
AEAM

AEAM-
37,20 36,81 2,85 8,14 37,16 37,03 3,20 10,26 36,10 35,97 2,75 7,56
ZTI

ZTI-KT 45,50 45,59 3,96 15,66 45,35 44,72 3,88 15,08 44,92 44,97 3,78 14,27

L-AST 83,96 84,11 5,89 34,74 83,99 84,02 4,33 18,78 84,25 84,20 5,16 26,61

PT-AST 92,81 92,58 3,89 15,12 94,39 93,34 4,37 19,13 94,86 94,72 3,36 11,31

JP-AST 48,85 48,90 4,57 20,84 50,70 50,31 3,64 13,26 51,40 51,28 3,29 10,85
1
d.p.= desvio padrão.

Tabela 20. Valores de p para o teste ANOVA aplicado sobre os grupos de brancos, negros e pardos em
conjunto. Em destaque, valores de p inferiores a 0,05. Parcela feminina.

ANOVA
Variável BPN
GOL 0,130591

NOL 0,153425

BNL 0,754601

BBH 0,559844

XCB 0,769720

XFB 0,751400

STB 0,349989

ZYB 0,013859

AUB 0,098721

WCB 0,722532

ASB 0,891039

BPL 0,000069

NPH 0,451315
Continua
123

Continuação

NLH 0,544171

OBH 0,039207

OBB 0,044319

JUB 0,000399

NLB 0,075893

MAB 0,053463

MDH 0,635166

MDB 0,609609

ZMB 0,001301

FMB 0,000280

EKB 0,000050

DKB 0,000753

IML 0,000001

XML 0,000544

WMH 0,171989

FOL 0,395227

FRC 0,659930

PAC 0,659550

OCC 0,235109

IDS-PNS 0,000572

RHI-N 0,272702

RHI-ZYO 0,429167

RHI-ZM 0,309203

N-FM:A 0,014369

N-PNS 0,036988

B-PT 0,723488

B-SPBPL 0,610861
Continua
124

Continuação

PT-FM:A 0,818429

PT-SPBL 0,235522

PT-BA 0,677091

PT-AEAM 0,995287

PT-ZTI 0,590699

PT-KT 0,055645

FM:A-ZYO 0,608213

FM:A-MT 0,289213

ZYO-ZM 0,064788

ZM-MT 0,570052

ZM-ZTI 0,000000

ZM-KT 0,744264

MT-PNS 0,097277

PNS-SPBL 0,027186

SPBL-BA 0,983099

SPBL-TS 0,311290

BA-AEAM 0,252875

AEAM-ZTI 0,083372

ZTI-KT 0,639460

L-AST 0,840566

PT-AST 0,006468

JP-AST 0,000895
Frequência de Médias
29,0%
Significativamente
(n=18)
diferentes

Conforme apresentado na Tabela 20, dentre as 62 medidas cranianas, 18 medidas


apresentaram-se significativamente diferentes quanto às suas médias de acordo com o teste
ANOVA.
125

A Tabela 21 apresenta a diferença entre as médias dentro do par de grupos, indicando


qual grupo apresenta a maior média dentro dessa comparação par a par, para cada uma das
variáveis que tiveram médias significativamente de acordo com o ANOVA.

Tabela 21. Variáveis com médias significativamente distintas (p<0.05) de acordo com o teste ANOVA, com
diferença entre as médias e indicação do grupo com média superior ou inferior para cada par. Parcela feminina.

Variável Brancos x Negros Negros x Pardos Brancos x Pardos


Neuro- Descrição da medida ≠ ≠ ≠
B N N P B P
crânio (mm) (mm) (mm)
distância da espinha nasal posterior
PNS-SPBL 1,4 - + 0,7 + - 0,7 - +
ao sphenobasion (lat)
PT-AST distância do pterion ao asterion 2,1 - + 0,5 + - 1,6 - +
distância do processo jugular ao
JP-AST 2,6 - + 0,7 + - 1,9 - +
asterion
Face
ZYB largura entre os arcos zigomáticos 2,6 - + 0,4 - + 3,0 - +
BPL distância do basion ao prosthion 5,5 - + 2,0 + - 3,5 - +
OBH altura da órbita 0,7 - + 0,3 - + 0,9 - +
OBB largura da órbita 0,8 - + 0,5 + - 0,3 - +
JUB largura externa dos malares 3,0 - + 0,7 - + 3,7 - +
ZMB largura da maxila 2,7 - + 0,1 - + 2,9 - +
FMB largura do osso frontal 3,1 - + 0,4 + - 2,8 - +
EKB largura entre as órbitas 3,0 - + 0,3 + - 2,7 - +
DKB largura do espaço nasal 1,4 - + 0,8 - + 2,2 - +
IML comprimento malar inferior 3,5 - + 1,4 + - 2,1 - +
XML máxima largura malar 2,3 - + 1,1 + - 1,2 - +
distância entre o alveolare e a
IDS-PNS 4,1 - + 0,3 + - 3,8 - +
espinha nasal posterior
distância do nasion ao
N-FM:A 1,3 - + 0,3 + - 1,0 - +
frontomallare anterior
distância do nasion até a espinha
N-PNS 1,5 + - 1,0 - + 0,6 + -
nasal posterior
distância do zygomaxillare ao
ZM-ZTI 3,3 - + 1,4 + - 1,8 - +
zygotemporalle inferior
≠ : indica a diferença entre as médias dos grupos pareados em milímetros. “+”: para o grupo com a média superior
e “-“: para o grupo com a média inferior.

Das 18 medidas significativamente diferentes quanto às suas médias de acordo com o


ANOVA, 3 são variáveis do neuro-crânio (16,7%) e 15 são variáveis da face (83,3%).

Para o sexo feminino, comparando-se brancas e negras, depreende-se que tanto para
as 3 medidas do neuro-crânio quanto para 14 de 15 medidas da face (93,3%), brancas
apresentaram médias inferiores às de negras.
126

Na comparação do par “negras e pardas”, as 3 medidas do neurocrânio tiveram maior


média em negras, e em 9 medidas da face (60%), as médias de mulheres negras foram maiores
do que a de mulheres pardas.

Por fim, em relação ao par de mulheres classificadas como “brancas e pardas”, as 3


medidas do neurocrânio tiveram maior média em pardas, e apenas 1 medida facial (6,7%)
apresentou maior média para brancas.

Se apenas atentarmos para as posições de pardos, independentemente das médias


serem significativamente diferentes, há ainda uma tendência para médias com valores
intermediários, conforme evidenciado na Tabela 22. Tal tabela foi construída a partir das
médias dos grupos apresentadas na Tabela 19.

Tabela 22. Posição das médias de pardos em relação às médias de brancos e negros, para cada uma das 62
variáveis. Parcela feminina.
Associação Posição de
Variáveis
Desenvolvimental Pardas
neuro-crânio GOL +
neuro-crânio NOL +
face BNL -
neuro-crânio BBH I
neuro-crânio XCB +
neuro-crânio XFB I
neuro-crânio STB I
face ZYB +
neuro-crânio AUB +
neuro-crânio WCB I
neuro-crânio ASB +
face BPL I
face NPH I
face NLH I
face OBH +
face OBB I
face JUB +
face NLB I
face MAB +
neuro-crânio MDH I
neuro-crânio MDB +
face ZMB +
face FMB I
face EKB I
face DKB +
face IML I
face XML I
face WMH I
neuro-crânio FOL I
neuro-crânio FRC I
neuro-crânio PAC +
neuro-crânio OCC I
face IDS-PNS I
Continua
127

Continuação

face RHI-N +
face RHI-ZYO I
face RHI-ZM +
face N-FM:A I
face N-PNS I
neuro-crânio B-PT I
neuro-crânio B-SPBPL I
face PT-FM:A I
neuro-crânio PT-SPBL +
neuro-crânio PT-BA I
neuro-crânio PT-AEAM -
face PT-ZTI +
neuro-crânio PT-KT -
face FM:A-ZYO +
face FM:A-MT +
face ZYO-ZM +
face ZM-MT +
face ZM-ZTI I
face ZM-KT +
face MT-PNS -
neuro-crânio PNS-SPBL I
neuro-crânio SPBL-BA -
neuro-crânio SPBL-TS +
neuro-crânio BA-AEAM I
face AEAM-ZTI I
face ZTI-KT I
neuro-crânio L-AST I
neuro-crânio PT-AST I
neuro-crânio JP-AST I
“I”, “-” e “+” indicam, respectivamente, que o valor da média é
intermediário, menor ou maior que aos valores de brancos e negros.

A Tabela 22 demonstra que as médias de mulheres classificadas como pardas


aparecem como intermediárias em relação às de brancas e negras em 54,8% das medidas (34
medidas de um total de 62). Para 37,1% das medidas (23 variáveis), mulheres pardas têm
médias superiores às apresentadas por brancas e negras, aparecendeo com médias inferiores às
dos grupos considerados parentais com frequência de 8,1% (5 medidas).

Se observarmos apenas as medidas compreendidas pelo neuro-crânio, das 28 medidas,


57,1% (16 medidas) estão em posição intermediária, 32,1% (9 medidas) superam a média de
brancos e negros e 10,8% teve médias inferiores. Considerando-se as variáveis do conjunto
desenvolvimental que compreende a face, das 34 medidas, 52,9% (ou 18 medidas) estão em
posição intermediária, 41,2% (ou 14 medidas) superam as médias dos grupos parentais e 5,9%
(ou 2 medidas) tem médias inferiores.

Pode-se dizer que para as medidas em conjunto ou do neuro-crânio e face


separadamente, as médias de pardas tendem a ser intermediárias, apesar de ocorrerem desvios
128

desse padrão, principalmente com aumento das médias de mulheres classificadas como pardas
em relação às médias das classificadas como brancas e negras.

A Tabela 23 apresenta as frequências com que as médias de pardas estiveram mais


próximas das médias de brancas ou negras, para a parcela feminina.

Tabela 23. Frequência dos posicionamentos das médias de pardas em relação às médias de brancas e negras.
Parcela feminina
média de pardos média de pardos
Nº de medidas mais próxima da mais próxima da
de brancos de negros
Crânio todo (n=62) 33,9% (n=21) 66,1% (n=41)
Neuro-crânio
35,7% (n=10) 64,3% (n=18)
(n=28)
Face (n=34) 32,4% (n=11) 67,6% (n=23)

Observando-se a quantificação das médias de pardas que se aproximam mais das


médias de brancas ou das médias de negras, percebe-se uma tendência de maior proximidade
às médias de negras com porcentagens que seguem um padrão exatamente oposto ao observado
para o sexo masculino.

Os valores de p (T2 de Hotteling) apresentados na Tabela 24 indicam que para a parcela


feminina, as médias de todas as 62 medidas entre diferentes combinações dos grupos de cor são
estatisticamente diferentes.

Tabela 24. Valores de p obtidos com o teste T 2 de Hotelling aplicado sobre as 62 medidas cranianas disponíveis,
para os diferentes pares de grupos de cor. Parcela feminina.
62 medidas B-N B-P N-P

pvalue 0,009902 0,764040 0,298854

Pode-se dizer que na comparação das médias das 62 medidas dos grupos, brancas e
negras são significativamente diferentes quanto às suas médias (pvalue <0.05). Brancas e
pardas e negras e pardas, contudo, não apresentaram médias significativamente distintas para
as 62 medidas em conjunto. A Análise Multivariada de Variância (MANOVA) aplicada sobre
todas as medidas e os três grupos concomitantemente indica que suas médias em conjunto são
significativamente diferentes (com p-value equivalente a 0,010471, ou seja, <0.05).
129

A Tabela 25 apresenta a comparação entre as médias nas diferentes combinações dos


grupos de cor a partir dos valores de p (T2 de Hotteling), utilizando apenas as medidas do neuro-
crânio e a Tabela 26 apresenta os mesmos testes realizados a partir das medidas da face.

Tabela 25. Valores de p obtidos com o teste T 2 de Hotelling aplicado sobre as 28 medidas neurocranianas, para
os diferentes pares de grupos de cor. Parcela feminina.
28 medidas B-N B-P N-P

pvalue 0,000769 0,602692 0,581695

Tabela 26. Valores de p obtidos com o teste T2 de Hotelling aplicado sobre as 34 medidas faciais, para os
diferentes pares de grupos de cor. Parcela feminina.
34 medidas B-N B-P N-P

pvalue 0,000019 0,039998 0,222026

Para ambos os grupos de medidas (do neuro-crânio e da face), as médias das variáveis
em conjunto são diferentes para brancas e negras e não apresentam diferenças significativas
entre negras e pardas (Tabelas 25 e 26). Já as médias das variáveis da face em conjunto
apresentam-se significativamente diferentes entre brancas e pardas, o que não ocorre para as
variáveis do neuro-crânio. Os valores de p obtidos para a Análise Multivariada de Variância
(MANOVA) de todas as variáveis do neuro-crânio e da face, separadamente, indicam diferença
significativa das médias entre os grupos (pvalue < 0.05).

Tais resultados indicam que para a parcela feminina também existem diferenças
craniométricas entre os grupos estudados e que existe uma tendência de pardas apresentarem
valores médios intermediários em relação aos grupos hipoteticamente parentais. Além disso,
percebe-se o oposto do observado para a parcela masculina, já que pardas apresentam suas
médias mais próximas às médias de negras, enquanto pardos apresentaram-se mais próximos
de brancos. Enquanto no caso do sexo masculino, para todas as medidas e para medidas do
neuro-crânio e da face separadamente, todos os pares de grupo apresentaram diferença
significativa para o conjunto de médias, isso ocorre para o sexo feminino apenas para brancas
e negras e para brancas e pardas no caso de medidas da face.
130

6.1.2. Análises dos dados corrigidos para tamanho

Conforme descrito no capítulo referente aos materiais e métodos, a correção para


tamanho a partir da média geométrica possibilita a análise das parcelas masculina e feminina
em conjunto, o que se mostra válido no presente trabalho considerando as diferenças amostrais
para cada sexo e os objetivos da presente pesquisa.

Os resultados abaixo, portanto, permitirão identificar se ao trabalharmos com ambos


os sexos em conjunto, com os dados corrigidos para tamanho, os padrões identificados para
dados brutos serão mantidos.

A Tabela 27 apresenta as estatísticas descritivas para cada uma das 62 medidas


craniométricas disponíveis e a Tabela 28 apresenta os valores de p para a Análise Univariada
de Variância (ANOVA) aplicada sobre cada variável, para os grupos de brancos, pardos e
negros em conjunto.

Tabela 27. Estatísticas descritivas para as 62 variáveis dentro de cada grupo de indivíduos classificados quanto à
cor da pele. Dados corrigidos para tamanho. Ambos os sexos.

Brancos (n=267) Pardos (n=110) Negros (n=167)

variável média mediana d.p.1 variância média mediana d.p.1 variância média mediana d.p.1 variância

GOL 3,12 3,12 0,10 0,01 3,09 3,10 0,10 0,01 3,12 3,12 0,09 0,01

NOL 3,06 3,06 0,10 0,01 3,04 3,05 0,10 0,01 3,06 3,07 0,09 0,01

BNL 1,73 1,73 0,08 0,01 1,72 1,71 0,05 0,00 1,72 1,72 0,06 0,00

BBH 2,30 2,31 0,10 0,01 2,28 2,28 0,09 0,01 2,26 2,26 0,10 0,01

XCB 2,43 2,43 0,10 0,01 2,42 2,41 0,10 0,01 2,38 2,37 0,10 0,01

XFB 2,07 2,06 0,10 0,01 2,05 2,04 0,07 0,01 2,03 2,02 0,09 0,01

STB 2,04 2,03 0,11 0,01 2,00 2,01 0,09 0,01 1,98 1,98 0,11 0,01

ZYB 2,21 2,21 0,07 0,01 2,23 2,24 0,07 0,01 2,22 2,21 0,07 0,00

AUB 2,13 2,13 0,09 0,01 2,15 2,14 0,08 0,01 2,11 2,11 0,08 0,01

WCB 1,21 1,20 0,07 0,00 1,20 1,20 0,08 0,01 1,19 1,19 0,07 0,00

ASB 1,92 1,91 0,09 0,01 1,90 1,89 0,08 0,01 1,88 1,88 0,09 0,01

BPL 1,65 1,64 0,12 0,01 1,67 1,68 0,10 0,01 1,73 1,73 0,10 0,01

Continua
131

Continuação

NPH 1,16 1,17 0,10 0,01 1,17 1,17 0,08 0,01 1,17 1,17 0,08 0,01

NLH 0,89 0,89 0,05 0,00 0,88 0,88 0,04 0,00 0,87 0,87 0,04 0,00

OBH 0,61 0,61 0,04 0,00 0,61 0,62 0,04 0,00 0,62 0,62 0,04 0,00

OBB 0,68 0,68 0,03 0,00 0,68 0,68 0,03 0,00 0,68 0,68 0,03 0,00

JUB 1,91 1,91 0,07 0,00 1,94 1,94 0,07 0,00 1,94 1,94 0,06 0,00

NLB 0,43 0,43 0,05 0,00 0,44 0,44 0,04 0,00 0,46 0,46 0,04 0,00

MAB 1,05 1,05 0,08 0,01 1,07 1,07 0,07 0,01 1,09 1,09 0,07 0,01

MDH 0,48 0,48 0,05 0,00 0,48 0,47 0,10 0,01 0,48 0,48 0,05 0,00

MDB 0,49 0,49 0,05 0,00 0,49 0,49 0,05 0,00 0,48 0,48 0,05 0,00

ZMB 1,42 1,42 0,07 0,00 1,44 1,44 0,07 0,00 1,44 1,44 0,07 0,00

FMB 1,69 1,68 0,06 0,00 1,70 1,70 0,05 0,00 1,71 1,71 0,06 0,00

EKB 1,67 1,66 0,06 0,00 1,68 1,68 0,05 0,00 1,70 1,70 0,06 0,00

DKB 0,38 0,38 0,04 0,00 0,39 0,39 0,04 0,00 0,40 0,40 0,04 0,00

IML 0,67 0,68 0,06 0,00 0,70 0,71 0,07 0,00 0,73 0,73 0,07 0,00

XML 0,88 0,88 0,06 0,00 0,89 0,89 0,07 0,00 0,90 0,90 0,06 0,00

WMH 0,45 0,44 0,14 0,02 0,43 0,43 0,03 0,00 0,42 0,42 0,04 0,00

FOL 0,63 0,63 0,05 0,00 0,63 0,63 0,04 0,00 0,63 0,64 0,04 0,00

FRC 1,93 1,94 0,08 0,01 1,91 1,92 0,08 0,01 1,91 1,91 0,08 0,01

PAC 1,95 1,96 0,11 0,01 1,93 1,93 0,11 0,01 1,93 1,93 0,13 0,02

OCC 1,67 1,67 0,11 0,01 1,66 1,66 0,10 0,01 1,68 1,67 0,12 0,01

IDS-PNS 0,93 0,92 0,09 0,01 0,94 0,94 0,10 0,01 0,97 0,96 0,10 0,01

RHI-N 0,38 0,38 0,06 0,00 0,39 0,39 0,06 0,00 0,38 0,38 0,06 0,00

RHI-ZYO 0,63 0,63 0,05 0,00 0,63 0,63 0,05 0,00 0,63 0,62 0,05 0,00

RHI-ZM 1,11 1,11 0,05 0,00 1,10 1,10 0,05 0,00 1,08 1,08 0,04 0,00

N-FM:A 0,90 0,90 0,03 0,00 0,90 0,90 0,03 0,00 0,91 0,91 0,03 0,00

N-PNS 1,19 1,19 0,05 0,00 1,17 1,17 0,05 0,00 1,16 1,16 0,05 0,00

B-PT 1,66 1,66 0,08 0,01 1,64 1,64 0,07 0,00 1,62 1,62 0,08 0,01

B-SPBPL 1,97 1,97 0,09 0,01 1,94 1,95 0,08 0,01 1,94 1,94 0,08 0,01

PT-FM:A 0,56 0,56 0,06 0,00 0,56 0,56 0,06 0,00 0,57 0,56 0,09 0,01

Continua
132

Continuação

PT-SPBL 1,13 1,12 0,06 0,00 1,11 1,11 0,05 0,00 1,10 1,10 0,06 0,00

PT-BA 1,59 1,59 0,06 0,00 1,58 1,58 0,05 0,00 1,57 1,57 0,07 0,00

PT-
AEAM 1,05 1,05 0,05 0,00 1,04 1,04 0,05 0,00 1,04 1,04 0,05 0,00

PT-ZTI 0,81 0,81 0,06 0,00 0,81 0,82 0,05 0,00 0,82 0,82 0,06 0,00

PT-KT 0,22 0,22 0,07 0,01 0,21 0,20 0,08 0,01 0,20 0,19 0,07 0,00

FM:A-
ZYO 0,56 0,56 0,03 0,00 0,56 0,56 0,03 0,00 0,56 0,56 0,04 0,00

FM:A-MT 1,11 1,11 0,04 0,00 1,10 1,11 0,04 0,00 1,10 1,10 0,04 0,00

ZYO-ZM 0,52 0,51 0,06 0,00 0,51 0,51 0,05 0,00 0,49 0,49 0,06 0,00

ZM-MT 0,60 0,60 0,04 0,00 0,60 0,60 0,04 0,00 0,59 0,59 0,04 0,00

ZM-ZTI 0,55 0,55 0,06 0,00 0,56 0,57 0,07 0,00 0,60 0,60 0,06 0,00

ZM-KT 1,19 1,19 0,08 0,01 1,19 1,19 0,06 0,00 1,19 1,19 0,07 0,01

MT-PNS 0,39 0,39 0,03 0,00 0,39 0,39 0,03 0,00 0,40 0,40 0,03 0,00

PNS-
SPBL 0,61 0,61 0,05 0,00 0,62 0,62 0,04 0,00 0,63 0,63 0,05 0,00

SPBL-BA 0,49 0,49 0,05 0,00 0,50 0,50 0,04 0,00 0,50 0,49 0,04 0,00

SPBL-TS 0,46 0,46 0,03 0,00 0,47 0,46 0,03 0,00 0,46 0,46 0,03 0,00

BA-
AEAM 0,94 0,95 0,04 0,00 0,95 0,95 0,04 0,00 0,94 0,95 0,04 0,00

AEAM-
ZTI 0,66 0,66 0,05 0,00 0,66 0,65 0,05 0,00 0,64 0,64 0,05 0,00

ZTI-KT 0,81 0,81 0,06 0,00 0,81 0,81 0,06 0,00 0,81 0,81 0,06 0,00

L-AST 1,48 1,48 0,09 0,01 1,47 1,48 0,08 0,01 1,48 1,47 0,10 0,01

PT-AST 1,68 1,68 0,06 0,00 1,68 1,68 0,06 0,00 1,68 1,68 0,06 0,00

JP-AST 0,89 0,88 0,06 0,00 0,90 0,90 0,05 0,00 0,91 0,91 0,06 0,00
1
d.p.= desvio padrão.
133

Tabela 28. Valores de p para o teste ANOVA aplicado sobre os grupos de brancos, negros e pardos em
conjunto. Em destaque, valores de p inferiores a 0,05. Dados corrigidos para tamanho. Ambos os sexos.

ANOVA
Variável BPN
GOL 0,047858

NOL 0,050209

BNL 0,121088

BBH 0,000165

XCB 0,000001

XFB 0,000086

STB 0,000001

ZYB 0,007472

AUB 0,001365

WCB 0,108907

ASB 0,000017

BPL 0,000000

NPH 0,808444

NLH 0,000240

OBH 0,241773

OBB 0,661480

JUB 0,000000

NLB 0,000000

MAB 0,000000

MDH 0,923388

MDB 0,022926

ZMB 0,006063

FMB 0,000079

EKB 0,000000

DKB 0,000005

IML 0,000000
Continua
134

Continuação

XML 0,003519

WMH 0,024142

FOL 0,295274

FRC 0,004619

PAC 0,086885

OCC 0,546638

IDS-PNS 0,000006

RHI-N 0,257212

RHI-ZYO 0,512163

RHI-ZM 0,000000

N-FM:A 0,077266

N-PNS 0,000000

B-PT 0,000007

B-SPBPL 0,000738

PT-FM:A 0,670288

PT-SPBL 0,000041

PT-BA 0,005910

PT-AEAM 0,107882

PT-ZTI 0,388303

PT-KT 0,006365

FM:A-ZYO 0,191993

FM:A-MT 0,011367

ZYO-ZM 0,000488

ZM-MT 0,056280

ZM-ZTI 0,000000

ZM-KT 0,969882

MT-PNS 0,000669
Continua
135

Continuação

PNS-SPBL 0,062422

SPBL-BA 0,645688

SPBL-TS 0,034743

BA-AEAM 0,140914

AEAM-ZTI 0,000062

ZTI-KT 0,742081

L-AST 0,252787

PT-AST 0,877146

JP-AST 0,000090
Frequência de Médias
59,7%
Significativamente
(n=37)
diferentes

O resultado do ANOVA indica 60% das medidas com diferença significativa entre
brancos, pardos e negros concomitantemente.

A Tabela 29 apresenta a diferença entre as médias de cada par de grupos comparados,


com indicação de qual grupo apresenta a maior média, para cada uma das variáveis que tiveram
médias significativamente diferentes de acordo com o ANOVA.

Tabela 29. Variáveis com médias significativamente distintas (p<0.05) de acordo com o teste ANOVA, com
diferença entre as médias e indicação do grupo com média superior ou inferior para cada par. Dados corrigidos
para tamanho. Ambos os sexos.

Variável Brancos x Negros Negros x Pardos Brancos x Pardos


Neuro- Descrição da medida
≠ B N ≠ N P ≠ B P
crânio
maior comprimento a partir da
GOL 0 0 0 0,03 + - 0,03 + -
glabela ao opisthocranion.
BBH altura craniana 0,04 + - 0,02 - + 0,02 + -
XCB máxima largura craniana 0,05 + - 0,04 - + 0,01 + -
XFB máxima largura do frontal 0,04 + - 0,02 - + 0,02 + -
largura entre os pontos stephanion
STB 0,06 + - 0,02 - + 0,04 + -
de ambos os lados
largura entre as raízes do processo
AUB 0,02 + - 0,04 - + 0,02 - +
zigomático de ambos os lados
ASB distância de um asterion ao outro 0,04 + - 0,02 - + 0,02 + -
MDB largura do processo mastoide 0,01 + - 0,01 - + 0 0 0
FRC distância entre o nasion e o bregma 0,02 + - 0 0 0 0,02 + -
Continua
136

Continuação

B-PT distância do bregma ao pterion 0,04 + - 0,,02 - + 0,02 + -


distância do bregma ao
B-SPBL 0,03 + - 0 0 0 0,03 + -
sphenobasion
distância do pterion ao
PT-SPBL 0,03 + - 0,01 - + 0,02 + -
sphenobasion
PT-BA distância do pterion ao basion 0,02 + - 0,01 - + 0,01 + -
PT-KT distância do pterion ao krotaphion 0,02 + - 0,01 - + 0,01 + -
distância do sphenobasion à junção
SPBL-TS 0 0 0 0,01 - + 0,01 - +
temporo-esfeinoidal
distância entre o processo jugular e
JP-AST 0,02 - + 0,01 + - 0,01 - +
o asterion
Face Descrição da medida ≠ B N ≠ N P ≠ B P
ZYB largura entre os arcos zigomáticos 0,01 - + 0,01 - + 0,02 - +
BPL distância do basion ao prosthion 0,08 - + 0,06 + - 0,02 - +
NLH altura do nasal 0,02 + - 0,01 - + 0,01 + -
JUB largura externa dos malares 0,03 - + 0 0 0 0,03 - +
NLB largura da abertura nasal 0,03 - + 0,02 + - 0,01 - +
MAB largura do palato 0,04 - + 0,02 + - 0,02 - +
ZMB largura da maxila 0,02 - + 0 0 0 0,02 - +
FMB largura do osso frontal 0,02 - + 0,01 + - 0,01 - +
EKB largura entre as órbitas 0,03 - + 0,02 + - 0,01 - +
DKB largura do espaço nasal 0,02 - + 0,01 + - 0,01 - +
IML comprimento malar inferior 0,06 - + 0,03 + - 0,03 - +
XML máxima largura malar 0,02 - + 0,01 + - 0,01 - +
WMH largura da face 0,03 + - 0,01 - + 0,02 + -
distância entre o alveolare e a
IDS-PNS 0,04 - + 0,03 + - 0,01 - +
espinha nasal posterior
distância do rhinion ao
RHI-ZM 0,03 + - 0,02 - + 0,01 + -
zygomaxillare
distância do nasion até a espinha
N-PNS 0,03 + - 0,01 - + 0,02 + -
nasal posterior
distância entre os pontos
FM:A-MT frontomalare anterior e a 0,01 + - 0 0 0 0,01 + -
tuberosidade maxilar
distância do zygoorbitalale ao
ZYO-ZM 0,03 + - 0,02 - + 0,01 + -
zygomaxillare
distância do zygomaxillare ao
ZM-ZTI 0,05 - + 0,04 + - 0,01 - +
zygotemporalle inferior
distância da tuberosidade maxilar à
MT-PNS 0,01 - + 0,01 + - 0 0 0
espinha nasal posterior
distância do ponto anterior do
AEAM-ZTI meato auditivo externo e do 0,02 + - 0,02 - + 0 0 0
zygotemporale inferior
≠ : indica a diferença entre as médias dos grupos pareados. “+”: para o grupo com a média superior e “-“: para o
grupo com a média inferior.

A partir do banco de dados corrigidos para tamanho, a Tabela 29 evidencia novamente


o total de 37 medidas (60%) significativamente diferentes quanto às suas médias de acordo com
o Anova. Dentre essas 37 medidas, 16 fazem parte do neuro-crânio (43,2%) e 21 constituem a
face (56,8%).
137

Para brancos e negros, manteve-se a tendência de brancos apresentarem o neuro-crânio


como um todo minimamente maior que o de negros, já que das 16 medidas desse conjunto
desenvolvimental, 13 apresentaram esse padrão (81,3%). Duas medidas tiveram diferença
menor que 0,01 e foram consideradas nulas e uma medida foi maior para negros. Novamente
há relativa predominância de maiores médias para negros (14 medidas dentre as 21, ou 66,7%)
quando se observam as medidas que englobam a face dos indivíduos. As outras 7 medidas foram
maiores para brancos (33,3%).

No par “negros e pardos”, das 16 medidas do neuro-crânio, 12 (75%) apresentam-se


maiores para pardos. Duas medidas apresentaram diferença menor que 0,01 e considerada nula,
e duas foram maiores para negros. Para medidas da face, das 21 medidas, 10 (55,6%) foram
maiores para negros, 8 para pardos (38,1%) e 3 medidas não apresentaram diferença. Não há,
portanto, um padrão muito claro.

Para o par “brancos e pardos”, em 12 das 16 medidas neurocranianas, ou 75%, brancos


tiveram maiores médias. Para uma medida não houve diferença e para as outras três (18,8%),
pardos tiveram maiores médias. Já para a face, brancos apresentaram valores menores em 13
das 21 médias significativamente diferentes (61,9%). Duas medidas não tiveram médias
distintas e 6 medidas tiveram maiores médias em brancos (28,6%).

Se mais uma vez apenas atentarmos para as posições de pardos, independentemente


das médias serem significativamente diferentes, há uma tendência para médias com valores
intermediários, conforme evidenciado na Tabela 30.

Tabela 30. Posição das médias de pardos em relação às médias de brancos e negros, para cada uma das 62
variáveis.
Associação Posição de
Variáveis
Desenvolvimental Pardos
neuro-crânio GOL -
neuro-crânio NOL -
Face BNL -
neuro-crânio BBH I
neuro-crânio XCB I
neuro-crânio XFB I
neuro-crânio STB I
Face ZYB +
neuro-crânio AUB +
neuro-crânio WCB I
neuro-crânio ASB I
Face BPL I
Face NPH I
Face NLH I
Continua
138

Continuação

Face OBH I
Face OBB -
Face JUB I
Face NLB I
Face MAB I
neuro-crânio MDH I
neuro-crânio MDB I
Face ZMB +
Face FMB I
Face EKB I
Face DKB I
Face IML I
Face XML I
Face WMH I
neuro-crânio FOL -
neuro-crânio FRC I
neuro-crânio PAC -
neuro-crânio OCC -
Face IDS-PNS I
Face RHI-N +
Face RHI-ZYO -
Face RHI-ZM I
Face N-FM:A -
Face N-PNS I
neuro-crânio B-PT I
neuro-crânio B-SPBPL I
Face PT-FM:A -
neuro-crânio PT-SPBL I
neuro-crânio PT-BA I
neuro-crânio PT-AEAM -
Face PT-ZTI I
neuro-crânio PT-KT I
Face FM:A-ZYO I
Face FM:A-MT I
Face ZYO-ZM I
Face ZM-MT +
Face ZM-ZTI I
Face ZM-KT +
Face MT-PNS I
neuro-crânio PNS-SPBL I
neuro-crânio SPBL-BA I
neuro-crânio SPBL-TS +
neuro-crânio BA-AEAM +
Face AEAM-ZTI I
Face ZTI-KT +
neuro-crânio L-AST -
neuro-crânio PT-AST -
neuro-crânio JP-AST I
“I”, “-” e “+” indicam, respectivamente, que o valor da média é
intermediário, menor ou maior que aos valores de brancos e negros.

De acordo com a Tabela 30, pardos aparecem como intermediários em relação a


brancos e negros em 64,5% dos casos (40 medidas de 62). Para 14,5% das medidas pardos
139

apresentam médias superiores (9 das 62 medidas) e em 21% das medidas, apresentam médias
inferiores (13 de 62).

Observando-se apenas medidas do neuro-crânio, das 28 medidas, 60,7% apresentam


médias intermediárias (17 medidas), 10,7% apresentam médias superiores (3 medidas) e 28,6%
de médias inferiores (8 medidas).

Considerando-se as variáveis do conjunto desenvolvimental que compreende a face,


das 34 medidas, 67,6% estão em posição intermediária (ou 23 medidas); 17,6% superam as
médias dos grupos parentais (6 medidas) e 14,7% tem médias inferiores (5 medidas).
Novamente evidencia-se que tanto para as medidas em conjunto, quanto para medidas do neuro-
crânio ou da face, as médias de pardos são predominantemente intermediárias, apesar de em
todos os conjuntos de variáveis ocorrerem desvios desse padrão, com aumento ou diminuição
das médias de pardos em relação às de brancos e negros.

A Tabela 31 apresenta as frequências com que as médias de pardos estiveram mais


próximas das médias de brancos ou negros.

Tabela 31. Frequência dos posicionamentos das médias de pardos em relação às médias de brancos e negros.
Dados corrigidos para tamanho. Ambos os sexos em conjunto.
média de pardos média de pardos
Nº de medidas mais próxima da mais próxima da
de brancos de negros
Crânio todo (n=62) 51,6% (n=32) 48,4% (n=30)
Neuro-crânio
39,3% (n=11) 60,7% (n=17)
(n=28)
Face (n=34) 61,8% (n=21) 38,2% (n=13)

Observa-se tendência de padrão intermediário, com maior proximidade às médias de


negros para medidas do neuro-crânio e maior proximidade às médias de brancos para medidas
da face.

Assim como realizado para os bancos de dados anteriores, a Tabela 32 apresenta os


valores de p (T2 de Hotteling) para as médias de todas as 62 medidas entre diferentes
combinações dos grupos de cor.
140

Tabela 32. Valores de p obtidos com o teste T 2 de Hotelling aplicado sobre as 62 medidas cranianas disponíveis,
para os diferentes pares de grupos de cor. Dados corrigidos para tamanho. Ambos os sexos em conjunto.
62 medidas B-N B-P N-P

pvalue 0,00000 0,000000 0,001974

Comparando-se as médias das 62 medidas dos grupos, portanto, todos os possíveis


pares são significativamente diferentes quanto às suas médias (pvalue <0.05). A Análise
Multivariada de Variância (MANOVA) aplicada sobre todas as medidas e os três grupos
concomitantemente também indica que suas médias em conjunto são significativamente
diferentes (pvalue <0.05).

ATabela 33 apresenta a mesma comparação utilizando apenas as medidas do neuro-


crânio e a Tabela 34 apresenta os mesmos testes realizados a partir das medidas da face.

Tabela 33. Valores de p obtidos com o teste T2 de Hotelling aplicado sobre as 28 medidas neurocranianas, para
os diferentes pares de grupos de cor. Dados corrigidos para tamanho. Ambos os sexos em conjunto.
28 medidas B-N B-P N-P

pvalue 0,000000 0,000011 0,004417

Tabela 34. Valores de p obtidos com o teste T 2 de Hotelling aplicado sobre as 34 medidas faciais, para os
diferentes pares de grupos de cor. Dados corrigidos para tamanho. Ambos os sexos em conjunto.
34 medidas B-N B-P N-P

pvalue 0,000000 0,000002 0,000045

Para todos os testes as médias das variáveis em conjunto são diferentes para todos os
pares de grupos. Os valores de p obtidos para a Análise Multivariada de Variância (MANOVA)
de todas as variáveis do neuro-crânio e da face, separadamente, indicam diferença significativa
das médias entre os três grupos (pvalue < 0.05)

Os resultados apresentados nesta seção indicam que uma vez realizada a correção
quanto ao tamanho dos crânios, os resultados obtidos mantêm padrões observados a partir de
análises dos dados originais.
141

6.1.3. Análises dos dados corrigidos para tamanho, sem outliers

Considerando que podem existir observações muito discrepantes das demais, por erros
no momento da tomada de medidas ou por simplesmente porque um dado muito distante da
média dos grupos pode ter sido amostrado, considerou-se válido realizar os mesmos testes
excluindo indivíduos com valores outliers para cada um dos grupos, conforme descrito no
tópico referente aos métodos empregados.

Os resultados abaixo, portanto, permitirão identificar se ao trabalharmos com ambos


os sexos em conjunto, com os dados corrigidos para tamanho, e sem os indivíduos com outliers,
os padrões identificados para dados brutos com todos os indivíduos, serão mantidos.

Para o grupo de indivíduos classificados como brancos (n=267), 11 indivíduos (ou


4,1%) apresentaram valores apontados como outliers: 5 mulheres (4 brasileiras e 1 francesa,
com idade entre 28 e 46 anos) e 6 homens (3 brasileiros e 3 de nacionalidade desconhecida,
com idade entre 23 e 63 anos), restando 256 indivíduos. Para o grupo de indivíduos
classificados como pardos (ou mulatos) (n=110), 7 (ou 6,4%) apresentaram valores outliers: 4
mulheres (3 brasileiras e 1 de nacionalidade desconhecida, uma delas classificada como mulata,
com idade entre 21 e 63 anos) e 3 homens (brasileiros, um deles classificado como mulato, com
idade entre 28 e 42 anos), restando 103 indivíduos. Por fim, para o grupo de indivíduos
classificados como negros (n=167), 9 indivíduos (5,4%) apresentaram valores outliers: 3
mulheres (1 brasileira e 2 de nacionalidade desconhecida, com idade entre 20 e 40 anos) e 6
homens (3 brasileiros, 2 de nacionalidade desconhecida e 1 estadunidense, com idades entre 22
e 60 anos), restando 158 indivíduos. Para os testes realizados sem outliers por tanto, dos 544
indivíduos, a amostra passou a ser constituída por 517 (256 brancos, 103 pardos e 158 negros).

A Tabela 35 apresenta as estatísticas descritivas para cada uma das 62 medidas


craniométricas disponíveis e a Tabela 36 os valores de p para a Análise Univariada de Variância
(ANOVA) aplicada sobre cada variável, para os grupos de brancos, pardos e negros em
conjunto.
142

Tabela 35. Estatísticas descritivas para as 62 variáveis dentro de cada grupo de indivíduos classificados quanto à
cor da pele. Dados corrigidos para tamanho. Ambos os sexos. Sem outliers.

Brancos (n=256) Pardos (n=103) Negros (n=158)

variável média mediana d.p.1 variância média mediana d.p.1 variância média mediana d.p.1 variância

GOL 3,12 3,12 0,10 0,01 3,09 3,10 0,10 0,01 3,12 3,12 0,09 0,01

NOL 3,06 3,07 0,10 0,01 3,04 3,05 0,10 0,01 3,06 3,07 0,09 0,01

BNL 1,73 1,73 0,07 0,00 1,72 1,71 0,05 0,00 1,72 1,72 0,06 0,00

BBH 2,30 2,31 0,10 0,01 2,29 2,28 0,09 0,01 2,26 2,26 0,10 0,01

XCB 2,43 2,42 0,10 0,01 2,42 2,41 0,10 0,01 2,38 2,37 0,10 0,01

XFB 2,06 2,06 0,10 0,01 2,05 2,04 0,07 0,01 2,02 2,02 0,09 0,01

STB 2,04 2,03 0,11 0,01 2,00 2,01 0,09 0,01 1,98 1,98 0,11 0,01

ZYB 2,21 2,21 0,07 0,00 2,23 2,24 0,07 0,01 2,22 2,21 0,07 0,00

AUB 2,13 2,13 0,08 0,01 2,15 2,14 0,08 0,01 2,11 2,11 0,08 0,01

WCB 1,21 1,20 0,07 0,00 1,20 1,19 0,07 0,01 1,19 1,19 0,07 0,00

ASB 1,92 1,91 0,09 0,01 1,90 1,89 0,08 0,01 1,88 1,88 0,09 0,01

BPL 1,64 1,64 0,10 0,01 1,67 1,68 0,09 0,01 1,73 1,73 0,10 0,01

NPH 1,17 1,17 0,07 0,01 1,17 1,18 0,06 0,00 1,17 1,17 0,07 0,01

NLH 0,89 0,89 0,05 0,00 0,88 0,88 0,04 0,00 0,87 0,87 0,04 0,00

OBH 0,61 0,61 0,04 0,00 0,61 0,61 0,04 0,00 0,62 0,62 0,03 0,00

OBB 0,68 0,68 0,03 0,00 0,68 0,67 0,03 0,00 0,68 0,68 0,03 0,00

JUB 1,91 1,91 0,07 0,00 1,94 1,94 0,07 0,00 1,94 1,94 0,06 0,00

NLB 0,43 0,43 0,04 0,00 0,44 0,44 0,04 0,00 0,46 0,46 0,04 0,00

MAB 1,05 1,05 0,08 0,01 1,07 1,07 0,07 0,01 1,09 1,09 0,07 0,00

MDH 0,48 0,48 0,05 0,00 0,47 0,47 0,04 0,00 0,48 0,48 0,05 0,00

MDB 0,49 0,50 0,05 0,00 0,49 0,49 0,05 0,00 0,48 0,48 0,05 0,00

ZMB 1,42 1,42 0,07 0,00 1,43 1,42 0,07 0,00 1,44 1,44 0,07 0,00

FMB 1,69 1,69 0,05 0,00 1,69 1,70 0,05 0,00 1,72 1,71 0,05 0,00

EKB 1,67 1,66 0,05 0,00 1,68 1,68 0,04 0,00 1,70 1,70 0,05 0,00

DKB 0,38 0,38 0,04 0,00 0,39 0,39 0,04 0,00 0,40 0,40 0,04 0,00

IML 0,67 0,67 0,06 0,00 0,71 0,71 0,06 0,00 0,73 0,73 0,06 0,00

Continua
143

Continuação

XML 0,88 0,88 0,06 0,00 0,89 0,90 0,06 0,00 0,91 0,91 0,06 0,00

WMH 0,44 0,44 0,04 0,00 0,43 0,43 0,04 0,00 0,42 0,42 0,04 0,00

FOL 0,63 0,63 0,04 0,00 0,63 0,63 0,05 0,00 0,63 0,64 0,04 0,00

FRC 1,94 1,94 0,08 0,01 1,92 1,92 0,08 0,01 1,91 1,91 0,08 0,01

PAC 1,95 1,96 0,11 0,01 1,93 1,93 0,11 0,01 1,93 1,93 0,13 0,02

OCC 1,67 1,67 0,11 0,01 1,67 1,67 0,09 0,01 1,68 1,67 0,12 0,01

IDS-PNS 0,92 0,92 0,07 0,00 0,94 0,94 0,07 0,00 0,97 0,96 0,07 0,01

RHI-N 0,38 0,38 0,06 0,00 0,39 0,39 0,05 0,00 0,38 0,38 0,06 0,00

RHI-ZYO 0,63 0,63 0,05 0,00 0,62 0,62 0,05 0,00 0,63 0,62 0,05 0,00

RHI-ZM 1,11 1,11 0,05 0,00 1,10 1,10 0,05 0,00 1,08 1,08 0,04 0,00

N-FM:A 0,90 0,90 0,03 0,00 0,90 0,90 0,03 0,00 0,91 0,91 0,03 0,00

N-PNS 1,20 1,19 0,05 0,00 1,17 1,17 0,05 0,00 1,16 1,16 0,05 0,00

B-PT 1,66 1,66 0,07 0,01 1,64 1,64 0,06 0,00 1,62 1,62 0,08 0,01

B-SPBPL 1,97 1,97 0,09 0,01 1,95 1,95 0,08 0,01 1,95 1,94 0,09 0,01

PT-FM:A 0,56 0,56 0,06 0,00 0,56 0,56 0,06 0,00 0,56 0,56 0,07 0,00

PT-SPBL 1,12 1,12 0,05 0,00 1,11 1,11 0,05 0,00 1,10 1,10 0,06 0,00

PT-BA 1,59 1,59 0,06 0,00 1,58 1,58 0,05 0,00 1,57 1,57 0,06 0,00

PT-
AEAM 1,05 1,05 0,05 0,00 1,04 1,04 0,05 0,00 1,04 1,04 0,05 0,00

PT-ZTI 0,81 0,81 0,06 0,00 0,81 0,82 0,05 0,00 0,81 0,81 0,05 0,00

PT-KT 0,22 0,22 0,07 0,01 0,21 0,20 0,08 0,01 0,20 0,19 0,06 0,00

FM:A-
ZYO 0,56 0,56 0,03 0,00 0,56 0,56 0,03 0,00 0,56 0,56 0,03 0,00

FM:A-MT 1,11 1,11 0,04 0,00 1,10 1,11 0,04 0,00 1,10 1,10 0,04 0,00

ZYO-ZM 0,52 0,51 0,05 0,00 0,51 0,51 0,05 0,00 0,49 0,49 0,05 0,00

ZM-MT 0,60 0,60 0,04 0,00 0,61 0,60 0,04 0,00 0,59 0,60 0,04 0,00

ZM-ZTI 0,55 0,55 0,05 0,00 0,57 0,57 0,06 0,00 0,60 0,60 0,06 0,00

ZM-KT 1,19 1,20 0,08 0,01 1,19 1,19 0,06 0,00 1,19 1,19 0,07 0,01

MT-PNS 0,39 0,39 0,03 0,00 0,39 0,39 0,03 0,00 0,40 0,40 0,03 0,00

Continua
144

Continuação

PNS-
SPBL 0,61 0,61 0,04 0,00 0,62 0,62 0,04 0,00 0,63 0,63 0,04 0,00

SPBL-BA 0,49 0,49 0,04 0,00 0,50 0,50 0,04 0,00 0,50 0,49 0,04 0,00

SPBL-TS 0,46 0,46 0,03 0,00 0,47 0,46 0,03 0,00 0,46 0,46 0,03 0,00

BA-
AEAM 0,94 0,94 0,04 0,00 0,95 0,96 0,04 0,00 0,94 0,95 0,04 0,00

AEAM-
ZTI 0,66 0,66 0,05 0,00 0,65 0,65 0,05 0,00 0,64 0,64 0,05 0,00

ZTI-KT 0,81 0,81 0,06 0,00 0,81 0,81 0,06 0,00 0,81 0,81 0,06 0,00

L-AST 1,48 1,48 0,09 0,01 1,47 1,48 0,08 0,01 1,48 1,47 0,10 0,01

PT-AST 1,68 1,68 0,06 0,00 1,68 1,68 0,06 0,00 1,68 1,68 0,06 0,00

JP-AST 0,89 0,88 0,06 0,00 0,91 0,90 0,05 0,00 0,91 0,91 0,05 0,00
1
d.p.= desvio padrão.

Tabela 36. Valores de p para o teste ANOVA aplicado sobre os grupos de brancos, negros e pardos em
conjunto. Em destaque, valores de p inferiores a 0,05. Dados corrigidos para tamanho. Ambos os sexos. Sem
outliers

ANOVA
Variável BPN
GOL 0,053151

NOL 0,076017

BNL 0,279543

BBH 0,000772

XCB 0,000005

XFB 0,000080

STB 0,000001

ZYB 0,013965

AUB 0,003993

WCB 0,081781

ASB 0,000205

BPL 0,000000

Continua
145

Continuação

NPH 0,879017

NLH 0,000075

OBH 0,312413

OBB 0,488308

JUB 0,000000

NLB 0,000000

MAB 0,000000

MDH 0,131690

MDB 0,029845

ZMB 0,006328

FMB 0,000003

EKB 0,000000

DKB 0,000021

IML 0,000000

XML 0,000640

WMH 0,000717

FOL 0,239836

FRC 0,001652

PAC 0,045726

OCC 0,777264

IDS-PNS 0,000000

RHI-N 0,139836

RHI-ZYO 0,267758

RHI-ZM 0,000000

N-FM:A 0,025329

N-PNS 0,000000

B-PT 0,000016
Continua
146

Continuação

B-SPBPL 0,005927

PT-FM:A 0,709520

PT-SPBL 0,000037

PT-BA 0,006823

PT-AEAM 0,088584

PT-ZTI 0,878178

PT-KT 0,001544

FM:A-ZYO 0,258620

FM:A-MT 0,012839

ZYO-ZM 0,000377

ZM-MT 0,115978

ZM-ZTI 0,000000

ZM-KT 0,962120

MT-PNS 0,000186

PNS-SPBL 0,009410

SPBL-BA 0,266324

SPBL-TS 0,060758

BA-AEAM 0,045775

AEAM-ZTI 0,000258

ZTI-KT 0,733759

L-AST 0,548032

PT-AST 0,801389

JP-AST 0,000036
Frequência de Médias
62,9%
Significativamente
(n=39)
diferentes
147

O resultado da ANOVA apresenta 39 medidas (63%) com medidas estatisticamente


distintas entre os grupos.

A Tabela 37, apresenta para as variáveis que tiveram médias significativamente


diferentes de acordo com o teste ANOVA, a diferença entre as médias de cada par de grupos
com indicação de qual grupo apresenta a maior média.

Tabela 37. Variáveis com médias significativamente distintas (p<0.05) de acordo com o teste ANOVA, com
diferença entre as médias e indicação do grupo com média superior ou inferior para cada par. Dados corrigidos
para tamanho. Dados corrigidos para tamanho. Ambos os sexos. Sem outliers.

Variável Brancos x Negros Negros x Pardos Brancos x Pardos


Neuro- Descrição da medida
≠ B N ≠ N P ≠ B P
crânio
BBH altura craniana 0,04 + - 0,03 - + 0,01 + -
XCB máxima largura craniana 0,05 + - 0,04 - + 0,01 + -
XFB máxima largura do frontal 0,04 + - 0,03 - + 0,01 + -
largura entre os pontos stephanion
STB 0,06 + - 0,02 - + 0,04 + -
de ambos os lados
largura entre as raízes do processo
AUB 0,02 + - 0,04 - + 0,02 - +
zigomático de ambos os lados
ASB distância de um asterion ao outro 0,04 + - 0,02 - + 0,02 + -
MDB largura do processo mastoide 0,01 + - 0,01 - + 0 0 0
FRC distância entre o nasion e o bregma 0,03 + - 0,01 - + 0,02 + -
PAC distância do bregma ao lambda 0,02 + - 0 0 0 0,02 + -
B-PT distância do bregma ao pterion 0,04 + - 0,02 - + 0,02 + -
distância do bregma ao
B-SPBL 0,02 + - 0 0 0 0,02 + -
sphenobasion
distância do pterion ao
PT-SPBL 0,02 + - 0,01 - + 0,01 + -
sphenobasion
PT-BA distância do pterion ao basion 0,02 + - 0,01 - + 0,01 + -
PT-KT distância do pterion ao krotaphion 0,02 + - 0,01 - + 0,01 + -
distância da espinha nasal posterior
PNS-SPBL 0,02 - + 0,01 + - 0,01 - +
ao sphenobasion
distância do basion ao ponto
BA-AEAM 0 0 0 0,01 - + 0,01 - +
anterior do meato auditivo externo
distância entre o processo jugular e
JP-AST 0,02 - + 0 0 0 0,02 - +
o asterion
Face Descrição da medida ≠ B N ≠ N P ≠ B P
ZYB largura entre os arcos zigomáticos 0,01 - + 0,01 - + 0,02 - +
BPL distância do basion ao prosthion 0,09 - + 0,06 + - 0,03 - +
NLH altura do nasal 0,02 + - 0,01 - + 0,01 + -
JUB largura externa dos malares 0,03 - + 0 0 0 0,03 - +
NLB largura da abertura nasal 0,03 - + 0,02 + - 0,01 - +
MAB largura do palato 0,04 - + 0,02 + - 0,02 - +
ZMB largura da maxila 0,02 - + 0,01 + - 0,01 - +
FMB largura do osso frontal 0,03 - + 0,02 + - 0 0 0
EKB largura entre as órbitas 0,03 - + 0,02 + - 0,01 - +
DKB largura do espaço nasal 0,02 - + 0,01 + - 0,01 - +
Continua
148

Continuação

IML comprimento malar inferior 0,06 - + 0,02 + - 0,03 - +


XML máxima largura malar 0,03 - + 0,02 + - 0,01 - +
WMH largura da face 0,02 + - 0,01 - + 0,01 + -
distância entre o alveolare e a
IDS-PNS 0,05 - + 0,03 + - 0,02 - +
espinha nasal posterior
distância do rhinion ao
RHI-ZM 0,03 + - 0,02 - + 0,01 + -
zygomaxillare
distância do nasion ao
N-FM:A 0,01 - + 001 + - 0 0 0
frontomallare anterior
distância do nasion até a espinha
N-PNS 0,04 + - 0,01 - + 0,03 + -
nasal posterior
distância entre os pontos
FM:A-MT frontomalare anterior e a 0,01 + - 0 0 0 0,01 + -
tuberosidade maxilar
distância do zygoorbitalale ao
ZYO-ZM 0,03 + - 0,02 - + 0,01 + -
zygomaxillare
distância do zygomaxillare ao
ZM-ZTI 0,05 - + 0,03 + - 0,02 - +
zygotemporalle inferior
distância da tuberosidade maxilar à
MT-PNS 0,01 - + 0,01 + - 0 0 0
espinha nasal posterior
distância do ponto anterior do
AEAM-ZTI meato auditivo externo e do 0,02 + - 0,01 - + 0,01 + -
zygotemporale inferior
≠ : indica a diferença entre as médias dos grupos pareados em milímetros. “+”: para o grupo com a média superior
e “-“: para o grupo com a média inferior.

Das 39 medidas com distinção significativa quanto suas médias, 17 são medidas do
neuro-crânio e 22 da face (43,6% e 56,4%).

Em relação ao par “brancos e negros”, quanto às diferenças entre as médias, manteve-


se a tendência de brancos apresentarem o neuro-crânio como um todo minimamente maior que
o de negros, já que das 17 medidas desse conjunto desenvolvimental, 14 apresentaram esse
padrão (82,4%). Brancos apresentaram menores médias em 2 medidas (11,8%) e a diferença
foi inferior à 0,01 (considerada nula) em uma medida (5,9%). Novamente há relativa
predominância de maiores médias para negros (15 medidas dentre as 22, ou 68,2%) quando se
observam as medidas que englobam a face dos indivíduos. As demais 7 medidas (31,8%) dentre
as 22, foram maiores para brancos.

Para o par “negros e pardos”, dentre as medidas do neuro-crânio, 11 apresentam-se


maiores para pardos (64,7%), 3 medidas (17,6%) apresentaram diferença considerada nula e 1
medida teve maior média em negros (5,9%). Dentre as medidas da face, 13 foram maiores para
negros (59,1%), 7 para pardos (31,8%) e 2 tiveram diferença considerada nula (9,1%).

Para branco e pardos, assim como o que ocorre na comparação entre brancos e negros,
e o contrário do que ocorre entre negros e pardos, percebe-se agora a tendência de brancos
149

apresentarem neuro-crânio ligeiramente maior (12 das 17 medidas distintas tiveram maiores
médias em brancos, ou 70,6%, uma medida teve diferença considerada nula, ou 5,6% e 4 foram
maiores em pardos, ou 23,5%) e a face minimamente menor (12 das 22 médias, foram menores,
ou 54,5%; 7 foram maiores, ou 31,8% e 3 apresentaram diferença considerada nula, 13,6%).

A Tabela 38, construída a partir das Tabelas 35 e 36, evidencia uma tendência de
posição intermediária para médias de pardos.

Tabela 38 Posição das médias de pardos em relação às médias de brancos e negros, para cada uma das 62
variáveis. Dados corrigidos para tamanho e sem outliers.
Associação Posição de
Variáveis
Desenvolvimental Pardos
neuro-crânio GOL -
neuro-crânio NOL -
face BNL I
neuro-crânio BBH I
neuro-crânio XCB I
neuro-crânio XFB I
neuro-crânio STB I
face ZYB +
neuro-crânio AUB +
neuro-crânio WCB I
neuro-crânio ASB I
face BPL I
face NPH I
face NLH I
face OBH -
face OBB -
face JUB I
face NLB I
face MAB I
neuro-crânio MDH -
neuro-crânio MDB I
face ZMB I
face FMB I
face EKB I
face DKB I
face IML I
face XML I
face WMH I
neuro-crânio FOL -
neuro-crânio FRC I
neuro-crânio PAC -
neuro-crânio OCC -
face IDS-PNS I
face RHI-N +
face RHI-ZYO -
face RHI-ZM I
face N-FM:A -
face N-PNS I
neuro-crânio B-PT I
neuro-crânio B-SPBPL I
Continua
150

Continuação

face PT-FM:A -
neuro-crânio PT-SPBL I
neuro-crânio PT-BA I
neuro-crânio PT-AEAM I
face PT-ZTI I
neuro-crânio PT-KT I
face FM:A-ZYO -
face FM:A-MT I
face ZYO-ZM I
face ZM-MT +
face ZM-ZTI I
face ZM-KT I
face MT-PNS I
neuro-crânio PNS-SPBL I
neuro-crânio SPBL-BA +
neuro-crânio SPBL-TS +
neuro-crânio BA-AEAM +
face AEAM-ZTI I
face ZTI-KT I
neuro-crânio L-AST -
neuro-crânio PT-AST I
neuro-crânio JP-AST I
“I”, “-” e “+” indicam, respectivamente, que o valor da média é
intermediário, menor ou maior que aos valores de brancos e negros.

A Tabela 38 mostra que pardos aparecem como intermediários em relação a brancos e


negros em 67,7% dos casos (ou 42 medidas). Para 11,3% das medidas pardos apresentam
médias superiores (7 medidas) e em 21% das medidas, apresentam médias inferiores (13
medidas).

Observando-se apenas medidas do neuro-crânio, das 28 medidas, 60,7% apresentam


médias intermediárias (17 medidas), 10,7% apresentam médias superiores (3 medidas) e e
28,6% de médias inferiores (8 medidas).

Considerando-se as variáveis do conjunto desenvolvimental que compreende a face,


73,5% estão em posição intermediária (ou 25 medidas); 8,8% superam as médias dos grupos
parentais (3 medidas) e 17,6% tem médias inferiores (6 medidas). Novamente evidencia-se que
tanto para as medidas em conjunto, quanto para medidas do neuro-crânio ou da face, as médias
de pardos são predominantemente intermediárias, apesar dos desvios desse padrão, com
aumento ou diminuição das médias de pardos em relação às de brancos e negros.

A Tabela 39 apresenta as frequências com que as médias de pardos estiveram mais


próximas das médias de brancos ou de negros.
151

Tabela 39. Frequência dos posicionamentos das médias de pardos em relação às médias de brancos e negros.
Dados corrigidos para tamanho e sem outliers. Ambos os sexos em conjunto.
média de pardos média de pardos
Nº de medidas mais próxima da mais próxima da
de brancos de negros
Crânio todo (n=62) 54,8% (n=34) 45,2% (n=28)
Neuro-crânio
39,3% (n=11) 60,7% (n=17)
(n=28)
Face (n=34) 50,0% (n=17) 50,0% (n=17)

Observando-se a quantificação das médias de pardos que se aproximam mais das


médias de brancos e das mais próximas das de negros, percebe-se uma tendência de padrão
intermediário, com maior proximidade às médias de negros para medidas do neuro-crânio.

Assim como realizado para os bancos de dados anteriores, a Tabela 40 apresenta os


valores de p (T2 de Hotteling) para as médias de todas as 62 medidas entre diferentes
combinações dos grupos de cor.

Tabela 40. Valores de p obtidos com o teste T 2 de Hotelling aplicado sobre as 62 medidas cranianas disponíveis,
para os diferentes pares de grupos de cor. Dados corrigidos para tamanho e sem outliers. Ambos os sexos em
conjunto
62 medidas B-N B-P N-P

pvalue 0,00000 0,000001 0,000664

Todos os possiveis pares são significativamente diferentes quanto às suas médias


(pvalue <0.05). A Análise Multivariada de Variância (MANOVA) também indica que suas
médias em conjunto são significativamente diferentes (pvalue <0.05).

A Tabela 41 apresenta a comparação entre as médias nas diferentes combinações dos


grupos de cor a partir dos valores de p (T2 de Hotteling), utilizando apenas as medidas do neuro-
crânio e a Tabela 42 apresenta os mesmos testes realizados a partir das medidas da face.

Tabela 41. Valores de p obtidos com o teste T2 de Hotelling aplicado sobre as 28 medidas neurocranianas, para
os diferentes pares de grupos de cor. Dados corrigidos para tamanho sem outliers. Ambos os sexos em conjunto.
28 medidas B-N B-P N-P

pvalue 0,000000 0,000003 0,004348


152

Tabela 42. Valores de p obtidos com o teste T 2 de Hotelling aplicado sobre as 34 medidas faciais, para os
diferentes pares de grupos de cor. Dados corrigidos para tamanho sem outliers. Ambos os sexos em conjunto
34 medidas B-N B-P N-P

pvalue 0,000000 0,000004 0,000087

As médias das variáveis em conjunto são diferentes para todos os pares de grupos. Os
valores de p obtidos para a Análise Multivariada de Variância (MANOVA) de todas as variáveis
do neuro-crânio e da face, separadamente, indicam diferença significativa das médias entre os
grupos (pvalue < 0.05)

Os resultados apresentados nesta seção indicam que uma vez realizada a correção para
tamanho e retirados os indivíduos com valores outliers, os resultados obtidos mantém padrões
observados a partir de análises dos dados originais, sendo mais semelhantes àqueles corrigidos
para tamanho mas ainda com outliers.

Comparando os resultados apresentados para os diferentes bancos de dados explorados


nas seções anteriores, os gráficos a seguir permitem visualizar as frequências obtidas. A Figura
4 ilustra as porcentagens de medidas com médias significativamente distintas de acordo com os
valores de p dos Testes ANOVA.

Figura 4. Gráfico comparativo de frequências de medidas estatisticamente distintas.

Em resumo, a Figura 4 mostra que com o tratamento de dados, corrigindo para


tamanho e retirando-se os outliers, ocorre aumento da frequência de medidas com médias
153

estatisticamente distintas. O banco de dados referente apenas à parcela feminina é o que


apresenta menor frequência de médias significativamente distintas, mas para todos os casos
ocorrem medidas com médias significativamente diferentes entre os grupos.

A Figura 5 apresenta as porcentagens de medidas do neuro-crânio e da face


significativamente diferentes de acordo com o teste ANOVA aplicado às variações quanto aos
bancos de dados.

Frequência de medidas neurocranianas e faciais


significativamente distintas para os pares de grupos de
acordo com teste ANOVA
90,00%
80,00%
70,00%
60,00%
50,00%
40,00%
30,00%
20,00%
10,00%
0,00%
dados brutos parcela masculina parcela feminina dados corrigidos corrigidos sem
ambos os sexos para tamanho outliers

neuro-crânio face

Figura 5. Gráfico comparativo de frequências de medidas neurocranianas e faciais estatisticamente distintas

A partir da Figura 5 evidencia-se que as maiores frequências se encontram nas medidas


da face para todos os bancos de dados, o que fica mais claro para a parcela feminina e indica
que o complexo facial mais se distingue entre os grupos.

A Figura 6 apresenta ainda de forma comparativa, as porcentagens de medidas com


valores superiores entre aquelas com diferença significativa entre os pares de grupo.
154

Frequências de valores superiores para as medidas significativamente


distintas entre os pares de grupo
100,00%

90,00%

80,00%

70,00%

60,00%

50,00%

40,00%

30,00%

20,00%

10,00%

0,00%
B N B N N P N P B P B P
neuro-crânio face neuro-crânio face neuro-crânio face
B-N N-P B-P
dados brutos ambos os sexos parcela masculina parcela feminina
dados corrigidos para tamanho corrigidos sem outliers

Figura 6. Gráfico comparativo de frequências de valores superiores para medidas distintas

Para o par brancos e negros (com exceção do sexo feminino), brancos apresentam mais
frequentemente, maiores medidas neurocranianas; para medidas da face, em todos os bancos de
dados há maior frequência de maiores medidas para negros. Para negros e pardos, há maior
frequência de neuro-crânios com maiores medidas para pardos, com exceção do sexo feminino
para o qual o inverso ocorre; para medidas faciais, fica mais evidente para o sexo feminino, mas
também ocorre para os demais bancos de dados, com excessão dos dados brutos, maior
frequência de maiores medidas para negras. Para brancos e pardos, observa-se padrão oposto
para medidas do neuro-crânio no caso das parcelas masculina e feminina: enquanto mulheres
tem maior frequência de médias maiores para pardas em medidas do neuro-crânio, observa-se
o contrário para o sexo masculino. Para as parcelas em conjunto, com e sem tratamento dos
bancos, pardos têm medidas neurocranianas ligeiramente menores. Para todas as variações de
bancos de dados, a face de pardos apresenta médias ligeiramente maiores que brancos.
Configura-se a partir de tal análise, um padrão intermédio para pardos em relação ao padrão
entre brancos e negros.
155

O gráfico da Figura 7 apresenta as frequências com as quais as médias de pardos são


intermediárias, superiores ou inferiores às de brancos e negros.

Frequência da posição das médias de pardos em relação às médias de brancos e


negros: posição intermediária, superior ou inferior
100,00%
90,00%
80,00%
70,00%
60,00%
50,00%
40,00%
30,00%
20,00%
10,00%
0,00%
Interm. Sup. Inf. Interm. Sup. Inf. Interm. Sup. Inf.
todas as medidas neuro-crânio face
dados brutos ambos os sexos parcela masculina parcela feminina
dados corrigidos para tamanho corrigidos sem outliers

Figura 7. Gráfico comparativo das frequências das posições das médias de pardos em relação às medias de
brancos e negros

Observa-se que para a maior parte dos casos há maior frequência de médias em posição
intermediária e em seguida, de médias em posição superior àquelas apresentadas por brancos e
negros. Para medidas do neuro-crânio, no caso do sexo masculino, médias com valores
superiores são mais frequentes do que médias com valores intermediários.

A Figura 8 apresenta as frequências com que as médias de pardos se aproximam mais


das médias de brancos ou de negros.
156

Frequência com que as médias de pardos estiveram mais próximas das médias
de brancos ou das médias de negros.
100,00%
90,00%
80,00%
70,00%
60,00%
50,00%
40,00%
30,00%
20,00%
10,00%
0,00%
B N B N B N
todas as medidas neuro-crânio face

dados brutos ambos os sexos parcela masculina parcela feminina


dados corrigidos para tamanho corrigidos sem outliers

Figura 8. Gráfico comparativo das frequências com que as médias de pardos estiveram mais próximas das
médias de brancos ou de negros

Observa-se a tendência das médias de pardos serem mais próximas das médias de
brancos para todas as medidas em todos os bancos de dados com exceção da parcela feminina,
onde se aproximam mais das médias de negras. Para medidas do neuro-crânio, os bancos de
dados da parcela feminina, dados corrigidos para tamanho e sem outliers, houve maior
frequência de médias de pardos mais próximas das médias de negros, o que pode indicar que,
retirando-se o fator tamanho, a morfologia do neuro-crânio de pardos tende a ser mais próxima
da de negros. Para medidas da face, ocorreu maior proximidade das médias de pardos às médias
de brancos, com excessão do sexo feminino, com maior frequência de médias de pardas mais
próximas das médias de negras.

A Tabela 43 apresenta de forma comparativa os resultados para os testes de


significância quanto à diferença entre médias dos conjuntos de medidas para os grupos par a
par e para todos os grupos concomitantemente.
157

Tabela 43. Valores de p obtidos com os testes T2 de Hotelling e MANOVA para os diferentes bancos de dados.
Todas as
Neuro-crânio Face
medidas MANOVA
b-n b-p n-p b-n b-p n-p b-n b-p n-p
Dados brutos: ambos os sexos 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01 0,00 0,00 0,00 <0,05
Dados brutos: parcela masculina 0,00 0,00 0,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 <0,05
Dados brutos: parcela feminina 0,01 0,76 0,30 0,00 0,60 0,58 0,00 0,04 0,22 <0,05
Dados corrigidos para tamanho 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 <0,05
Dados corrigidos e sem outliers 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 <0,05

Com exceção da parcela femininina, cujas médias das medidas em conjunto e


neurocranianas não são estatisticamente diferentes para brancas e pardas e negras e pardas, e
para negras e pardas em medidas faciais, as demais combinações indicam existir diferenças
significativas entre as médias dos pares de grupos.

Esta seção permite concluir que existem diferenças significativas entre os grupos de cor
estudados quando se comparam as médias de suas medidas cranianas. Há uma tendência
intermediária para pardos apesar de ocorrerem variações desse padrão. Alguns padrões são
divergentes quando se observa a parcela masculina e a parcela feminina, separadamente.
Trabalhar com as parcelas em conjunto após correção de tamanho não altera o padrão observado
para dados brutos. Com a retirada dos outliers, a frequência de médias significativamente
distintas foi ainda maior e os padrões ficaram mais claros.

6.2. Análise por Funções Discriminantes

6.2.1. Dados brutos

6.2.1.1. Parcelas masculina e feminina, indiscriminadamente

Disponibilizando-se todas as 62 medidas cranianas aos dados brutos com parcelas


masculina e feminina em conjunto, a precisão de discriminação obtida está apresentada na
Tabela 44.

Tabela 44. Matriz de Classificação por Funções Discriminantes – dados brutos, ambos os sexos, 62 medidas.

Grupos de cor % de classificações corretas branca parda negra


branca 71,5 191 50 26
parda 60,0 23 66 21
negra 73,7 23 21 123
Total 69,9 237 137 170
158

Tais resultados permitem dizer que as funções discriminam melhor os indivíduos


classificados como negros, em seguida brancos e por fim, pardos. Se pensarmos que ao acaso
haveria 33% de chance dos indivíduos serem corretamente alocados aos grupos que compõem,
observa-se que a precisão de discriminação dos grupos é pelo menos duas vezes melhor e
portanto pode ser considerada relativamente boa.

Pode-se dizer que a porcentagem de classificações corretas inferior para pardos é


compatível com um cenário de morfologia intermediária, que levaria aos erros de discriminação
desse grupo, enquanto que brancos e negros, mais distintos, são melhor separados.

Optei por testar ainda, a discriminação obtida entre os grupos de indivíduos


classificados como brancos e negros, entendidos como os mais distintos. Os resultados
encontram-se na Tabela 45 abaixo.

Tabela 45. Matriz de Classificação por Funções Discriminantes – dados brutos, ambos os sexos, 62 medidas.
Brancos e negros

Grupos de cor % de classificações corretas branca negra


branca 88,02 235 32
negra 82,04 30 137
Total 85,71 265 169

Depreende-se resumidamente de tal análise que uma vez disponibilizadas todas as 62


medidas cranianas, brancos e negros são bem discriminados, o que nos permite presumir até
aqui que tais grupos, previamente definidos a partir da cor da pele, são bem distinguíveis a
partir de uma análise craniométrica.

Para variáveis do neuro-crânio, seguem os resultados na Tabela 46.

Tabela 46. Matriz de Classificação por Funções Discriminantes – dados brutos, ambos os sexos, 28 medidas do
neuro-crânio.

Grupos de cor % de classificações corretas branca parda negra


branca 62,17228 166 59 42
parda 50,90909 30 56 24
negra 61,07784 29 36 102
Total 59,55882 225 151 168
159

Apesar da referida queda, ainda pode-se dizer que a discriminação para todos os grupos
tem maior probabilidade de acerto do que o esperado ao acaso.

O mesmo ocorre para as medidas da face, quando a precisão também é inferior aos
resultados obtidos para todas as medidas, mas superior às porcentagens de classificações
corretas a partir de medidas do neuro-crânio, conforme Tabela 47.

Tabela 47. Matriz de Classificação por Funções Discriminantes – dados brutos, ambos os sexos, 34 medidas da
face.

Grupos de cor % de classificações corretas branca parda negra


branca 67,41573 180 55 32
parda 52,72727 24 58 28
negra 69,46107 26 25 116
Total 65,07353 230 138 176

6.2.1.2. Parcela masculina

A partir das 62 medidas cranianas e dos dados brutos para a parcela masculina, a
eficiência de discriminação obtida apresenta-se na Tabela 48.

Tabela 48. Matriz de Classificação por Funções Discriminantes – dados brutos, 62 medidas. Parcela masculina.

Grupos de cor % de classificações corretas branca parda negra


branca 73,8 152 33 21
parda 61,8 18 47 11
negra 77,7 13 8 73
Total 72,3 183 88 105

Para a parcela masculina há, portanto, pouca diferença em relação ao resultado obtido
para as parcelas masculina e feminina em conjunto (Tabela 44), indicando, novamente, que há
melhor discriminação de indivíduos classificados como negros, em seguida brancos e por fim,
pardos.

Assim como para os sexos em conjunto, testou-se também para o sexo masculino as
discriminações obtidas quando apenas brancos e negros são incluídos nos testes. A Tabela 49
apresenta as classificações entre os grupos de brancos e negros apenas.
160

Tabela 49. Matriz de Classificação por Funções Discriminantes – dados brutos, 62 medidas. Brancos e negros.
Parcela masculina.

Grupos de cor % de classificações corretas branca negra


Branca 88,34952 182 24
Negra 87,23404 12 82
Total 88,00000 194 106

Para homens apenas, novamente brancos e negros são bem discriminados, agora com
ligeira melhora da discriminação em especial para negros em relação ao teste para os sexos
masculino e feminino em conjunto (Tabela 45).

Utilizando-se apenas variáveis do neurocrânio para a discriminação dos grupos, a


eficiência de discriminação é inferior, conforme apresentado na Tabela 50.

Tabela 49. Matriz de Classificação por Funções Discriminantes – dados brutos, 28 medidas do neuro-crânio.
Parcela masculina.

Grupos de cor % de classificações corretas branca parda negra


branca 66,99029 138 35 33
parda 57,89474 18 44 14
negra 60,63830 15 22 57
Total 63,56383 171 101 104

Apesar da queda, ainda se pode dizer que a discriminação para todos os grupos tem
maior probabilidade de acerto do que o esperado ao acaso.

O mesmo ocorre para as medidas da face, quando a precisão também é inferior aos
resultados obtidos para todas as medidas, mas superior às porcentagens de classificações
corretas a partir de medidas do neuro-crânio, conforme Tabela 51.

Tabela 50. Matriz de Classificação por Funções Discriminantes – dados brutos, 34 medidas da face. Parcela
masculina.

Grupos de cor % de classificações corretas branca parda negra


branca 67,96117 140 45 21
parda 53,94737 19 41 16
negra 70,21277 14 14 66
Total 65,69149 173 100 103
161

Para a parcela masculina, identificamos portanto, os mesmos padrões observados para


as análises com ambos os sexos em conjunto, com ligeira melhora na assignação média de todas
as discriminações entre grupos.

6.2.1.3. Parcela feminina

A partir das 62 medidas cranianas e dados brutos para a parcela feminina, a eficiência
de discriminação obtida apresenta-se na Tabela 52.

Tabela 51. Matriz de Classificação por Funções Discriminantes – dados brutos, 62 medidas. Parcela feminina.

Grupos de cor % de classificações corretas branca parda negra


branca 80,32787 49 6 6
parda 76,47059 3 26 5
negra 87,50000 6 3 63
Total 82,63473 58 35 74

Observa-se novamente melhor discriminação de mulheres classificadas como negras,


em seguida brancas e, por fim, pardas, tendo-se obtido acurácias melhores daquelas observadas
para o sexo masculino ou para ambos os sexos em conjunto.

Mais uma vez realizou-se o teste para comparação da discriminação dos grupos de
brancas e negras, cujos resultados encontram-se na Tabela 53.

Tabela 52. Matriz de Classificação por Funções Discriminantes – dados brutos, 62 medidas. Brancas e negras.
Parcela feminina.

Grupos de cor % de classificações corretas branca negra


Branca 88,52459 54 7
Negra 88,88889 8 64
Total 88,72180 62 71

Brancas e negras são bem discriminados, com ligeira melhora da discriminação em


especial para negras em relação ao teste para os sexos masculino e feminino em conjunto e ao
teste para a parcela masculina apenas.
162

A Tabela 54 apresenta a classificação dos grupos utilizando-se apenas medidas do


neuro-crânio.

Tabela 53. Matriz de Classificação por Funções Discriminantes – dados brutos, 28 medidas do neuro-crânio.
Parcela feminina.

Grupos de cor % de classificações corretas branca parda negra


Branca 62,29508 38 13 10
Parda 50,00000 6 17 11
Negra 66,66666 9 15 48
Total 61,67665 53 45 69

Apesar da referida queda, ainda pode-se dizer que a discriminação para todos os grupos
tem maior probabilidade de acerto do que o esperado ao acaso e segue o padrão para análises
com ambos os sexos em conjunto e para a parcela masculina apemas.

O mesmo ocorre para as medidas da face, que apesar de resultarem em uma eficiência
inferior aos resultados obtidos para todas as medidas, é superior às porcentagens de
classificações corretas a partir de medidas do neuro-crânio, conforme Tabela 55.

Tabela 54. Matriz de Classificação por Funções Discriminantes – dados brutos, 34 medidas da face. Parcela
feminina.

Grupos de cor % de classificações corretas branca parda negra


branca 75,40984 46 10 5
parda 73,52941 3 25 6
negra 70,83334 9 12 51
Total 73,05389 58 47 62

Em relação à parcela feminina, identificam-se os mesmos padrões já observados para


as análises com ambos os sexos em conjunto e para o sexo masculino, ocorrendo, contudo,
maiores porcentagens de acerto de maneira geral.

6.2.2. Dados corrigidos para tamanho

As mesmas análises discriminatórias foram realizadas para os dados corrigidos quanto


ao fator tamanho, trabalhando-se com as amostras masculinas e femininas em conjunto.
163

A partir das 62 medidas, a Tabela 56 apresenta o grau de discriminação para os


diferentes grupos.

Tabela 55. Matriz de Classificação por Funções Discriminantes – dados corrigidos para tamanho, 62 medidas.

Grupos de cor % de classificações corretas branca parda negra


Branca 72,28465 193 47 27
Parda 60,90909 22 67 21
Negra 73,65269 24 20 123
Total 70,40441 239 134 171

Mais uma vez a discriminação para todos os grupos tem eficiência superior àquela
esperada para separação dos indivíduos ao acaso, novamente com melhores classificações para
brancos e negros, o que indica se tratarem dos mais distintos. Há ligeira melhora na
porcentagem de acerto quando comparamos com as classificações obtidas para dados brutos.

A Tabela 57 apresenta as porcentagens de classificação correta entre os grupos de


brancos e negros apenas.

Tabela 56. Matriz de Classificação por Funções Discriminantes – dados corrigidos para tamanho, 62 medidas.
Brancos e negros.

Grupos de cor % de classificações corretas branca negra


branca 88,01498 235 32
negra 83,23354 28 139
Total 86,17512 263 171

Brancos e negros são bem discriminados como nos testes anteriores, ocorrendo
novamente ligeira melhora na porcentagem média de acerto das classificações.

Para variáveis do neuro-crânio, os resultados estão apresentados na Tabela 58.


164

Tabela 57. Matriz de Classificação por Funções Discriminantes – dados corrigidos para tamanho, 28 medidas do
neuro-crânio.

Grupos de cor % de classificações corretas branca parda negra


Branca 62,92135 168 60 39
Parda 45,45454 35 50 25
Negra 60,47904 30 36 101
Total 58,63971 233 146 165

Observa-se queda na porcentagem média de acerto para as classificações, seguindo-se


o padrão observado nos testes anteriores.

O mesmo ocorre para as medidas da face, quando a eficiência também é inferior aos
resultados obtidos para todas as medidas, mas superior às porcentagens de classificações
corretas a partir de medidas do neuro-crânio, conforme Tabela 59.

Tabela 59. Matriz de Classificação por Funções Discriminantes – dados corrigidos para tamanho, 34 medidas da
face.

Grupos de cor % de classificações corretas branca parda negra


branca 66,29214 177 57 33
parda 56,36364 21 62 27
negra 70,05988 26 24 117
Total 65,44118 224 143 177

As análises discriminantes realizadas a partir do banco de dados corrigidos para


tamanho evidenciaram que tal tratamento não modificou os padrões identificados nos testes
anteriores, ou seja, há melhor discriminação de negros e brancos do que de pardos, que ainda
assim são classificados corretamente com porcentagens de acerto superiores àquelas esperadas
ao acaso.

6.2.3. Dados corrigidos para tamanho e com outliers removidos

Considerando-se que a presença de valores discrepantes podem alterar as inferências


de análises estatísticas como funções discriminantes que partem do pressuposto de que a
amostra apresenta uma distribuição normal, as mesmas análises foram realizadas a partir de um
banco de dados sem os indíviduos que apresentavam medidas identificadas como outliers, assim
como o realizado na seção anterior.
165

A Tabela 60 apresenta as porcentagens de acerto obtidas a partir da discriminação de


brancos, pardos e negros, realizada com as 62 medidas disponíveis.

Tabela 58. Matriz de Classificação por Funções Discriminantes – dados corrigidos para tamanho e sem outliers,
62 medidas.

Grupos de cor % de classificações corretas branca parda negra


branca 70,70313 181 51 24
parda 65,04855 20 67 16
negra 72,78481 20 23 115
Total 70,21277 221 141 155

As porcentagens de acerto obtidas, além de seguirem o padrão observado nos testes


anteriores, apresentam valores muito próximos a estes.

A eficiência de classificação corretas entre os grupos de brancos e negros apenas são


apresentadas na Tabela 61.

Tabela 59. Matriz de Classificação por Funções Discriminantes – dados corrigidos para tamanho e sem outliers,
62 medidas. Brancos e negros.

Grupos de cor % de classificações corretas branca negra


branca 88,28125 226 30
negra 81,01266 30 128
Total 85,50725 256 158

Brancos e negros são bem discriminados como nos testes anteriores. Os valores das
porcentagens de acerto são próximos dos já observados.

Para variáveis do neuro-crânio, os resultados encontram-se na Tabela 62.

Tabela 60. Matriz de Classificação por Funções Discriminantes – dados corrigidos para tamanho e sem outliers,
28 medidas do neuro-crânio.

Grupos de cor % de classificações corretas branca parda negra


branca 62,50000 160 54 42
parda 48,54369 28 50 25
negra 63,92405 26 31 101
Total 60,15474 214 135 168
166

Novamente observa-se queda no acerto médio, seguindo-se o padrão já identificado


anteriormente.

Para as medidas da face, conforme apresentado na Tabela 63, o mesmo é observado,


apesar de que mais uma vez, as porcentagens de acerto são ligeiramente maiores do que aquelas
obtidas a partir das medidas do neuro-crânio.

Tabela 61. Matriz de Classificação por Funções Discriminantes – dados corrigidos para tamanho e sem outliers,
34 medidas da face.

Grupos de cor % de classificações corretas branca parda negra


branca 71,09375 182 50 24
parda 57,28156 22 59 22
negra 71,51899 25 20 113
Total 68,47195 229 129 159

Além do tratamento quanto ao fator tamanho, a remoção de outliers não modificou os


padrões já identificados nos testes anteriores, evidenciando que valores discrepantes não
estavam influenciando as análises previamente realizadas e que os padrões observados são
consistentes.

Tais testes em conjunto reforçam novamente os resultados obtidos para os testes de


significância das diferenças entre as médias dos grupos. A hipótese nula vem se mostrando falsa
e a hipótese de trabalho vem se confirmando, já que 1) os grupos classificados de acordo com
a cor da pele estão sendo discriminados a partir de medidas cranianas com precisões superiores
àquelas esperadas para separações ao acaso, inclusive muitas vezes consideradas muito
eficientes dependendo dos grupos envolvidos na análise e 2) que brancos e negros são os grupos
melhor discriminados, indicando que seriam os mais distintos entre si; quando se objetiva a
discriminação de pardos, a eficiência de classificação é inferior, apesar de ainda ser maior do
que a esperada ao acaso.

Em outras palavras, as análises discriminantes demonstram que é possível identificar


indivíduos previamente classificados quanto à cor da pele a partir de medidas cranianas
(Hipótese nula se mostra falsa) e que pardos tendem a ter porcentagens de acerto inferiores
àquelas obtidas para brancos e negros, o que pode ser interpretado como compatível com um
cenário em que pardos apresentariam morfologia intermediária entre os grupos parentais.
167

Quando todas as 62 medidas são utilizadas, as funções têm melhor poder


discriminatório, classificando mais vezes de forma correta os indivíduos de todos os grupos.
Utilizando-se apenas medidas do neuro-crânio ou da face, os índices de acerto diminuem, já
que um menor número de medidas é fornecido. Justamente por terem sido fornecidas mais
medidas da face (34) do que do neuro-crânio (28), pode ter sido observada a porcentagem de
acerto ligeiramente maior para as funções discriminantes construídas no primeiro caso.

Todos os bancos de dados, brutos, parcelas masculina e feminina, com correção para
tamanho e sem outliers exibiram padrões de acerto aproximados, evidenciando-se a
consistência dos mesmos.

6.3. Distâncias de Mahalanobis, Análises de Agrupamento e Escalonamento


Multidimensional

6.3.1. Dados brutos, parcelas masculina e feminina, indiscriminadamente

Ainda trabalhando com os dados brutos e as parcelas masculina e feminina em


conjunto, a Tabela 64 apresenta as Distâncias de Mahalanobis obtidas a partir das 62 medidas.

Tabela 62. Distâncias de Mahalanobis – 62 medidas, dados brutos, ambos os sexos.

Cor da pele (segundo registros) branca parda negra


branca 0,000000
parda 2,004760 0,000000
negra 3,741462 2,209422 0,000000

Os resultados apresentados na Tabela 64 evidenciam uma posição de distância


intermediária de pardos, apenas ligeiramente mais próximos de brancos, enquanto brancos e
negros estão mais distantes entre si.

Nas Análises de Agrupamento apresentadas nas Figuras 9 e 10, fica evidenciado que
pardos estão ligeiramente mais próximos de brancos que por sua vez estão mais distantes de
negros. No gráfico do Escalonamento Multidimensional correspondente à Figura 11, é possível
evidenciar a posição intermediária de pardos, ligeiramente mais próximos de brancos.
168

Critério da média dos grupos (UPGMA)

branca

parda

negra

1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0


Distância de Ligação

Figura 9. Dendograma gerado sobre a Matriz de Distâncias de Mahalanobis – Critério da média dos grupos.
Dados brutos, ambos os sexos, 62 medidas. Brancos, pardos e negros.

Método de Ward

branca

parda

negra

1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0 3,2 3,4

Distância de Ligação

Figura 10. Dendograma gerado sobre a Matriz de Distâncias de Mahalanobis – Método de Ward. Dados brutos,
ambos os sexos, 62 medidas. Brancos, pardos e negros.
169

1,0

parda
0,8

0,6

0,4
Dimension 2

0,2

0,0

negra
-0,2

-0,4

branca
-0,6

-0,8
-1,0 -0,8 -0,6 -0,4 -0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2

Dimension 1

Figura 11. Gráfico bidimensional produzido por Escalonamento Multidimensional sobre a matriz de Distâncias
de Mahalanobis, dados brutos, ambos os sexos, 62 medidas. Brancos, pardos e negros.

Assim como feito para as análises estatísticas anteriores, testou-se como se apresentam
as distâncias entre os grupos considerando apenas variáveis do neuro-crânio e apenas variáveis
da face, separadamente. A Tabela 65 apresenta as distâncias obtidas a partir das medidas do
neuro-crânio.

Tabela 63. Distâncias de Mahalanobis – 28 medidas do neuro-crânio, dados brutos, ambos os sexos.

Cor da pele (segundo registros) branca parda negra


branca 0,000000
parda 1,099252 0,000000
negra 1,714473 0,919270 0,000000

Os resultados apresentados na Tabela 65 evidenciam uma posição de pardos agora


mais próximos de negros, enquanto brancos e negros estão mais distantes entre si, novamente.
As análises de agrupamento e de escalonamento multidimensional (Figuras 12, 13 e 14)
evidenciam uma maior proximidade de pardos e negros observada em relação às variáveis do
neurocrânio.
170

Critério da média dos grupos (UPGMA)

branca

parda

negra

0,8 0,9 1,0 1,1 1,2 1,3 1,4 1,5

Distância de Ligação

Figura 12. Dendograma gerado sobre a Matriz de Distâncias de Mahalanobis – Critério da média dos grupos.
Dados brutos, ambos os sexos, 28 medidas do neuro-crânio. Brancos, pardos e negros.

Método de Ward

branca

parda

negra

0,8 0,9 1,0 1,1 1,2 1,3 1,4 1,5 1,6

Distância de Ligação

Figura 13. Dendograma gerado sobre a Matriz de Distâncias de Mahalanobis – Método de Ward. Dados brutos,
ambos os sexos, 28 medidas do neuro-crânio. Brancos, pardos e negros.
171

1,0

parda
0,8

0,6

0,4
Dimension 2

0,2

0,0

branca
-0,2

-0,4

negra
-0,6

-0,8
-1,0 -0,8 -0,6 -0,4 -0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2
Dimension 1

Figura 14. Gráfico bidimensional produzido por Escalonamento Multidimensional sobre a matriz de Distâncias
de Mahalanobis, dados brutos, ambos os sexos, 28 medidas do neuro-crânio. Brancos, pardos e negros.

A partir das medidas envolvendo a face, as Distâncias de Mahalanobis obtidas


apresentam-se na Tabela 66.

Tabela 64. Distâncias de Mahalanobis – 34 medidas da face, dados brutos, ambos os sexos.

Cor da pele (segundo registros) branca parda negra


branca 0,000000
parda 1,119908 0,000000
negra 2,856080 1,415881 0,000000

Mais uma vez as distâncias apresentadas na Tabela 66 permitem dizer que brancos
estão mais distantes de negros, sendo o contrário também verdadeiro, do que estes e pardos.
Pardos por sua vez, apresentam-se agora ligeiramente mais próximos de brancos. As Figuras
15 e 16 apresentam as Análises de Agrupamento elaboradas a partir das distâncias entre os
grupos e a Figura 17, a Análise por Escalonamento Multidimensional.
172

Critério das médias dos grupos (UPGMA)

branca

parda

negra

1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2

Distância de Ligação

Figura 15. Dendograma gerado sobre a Matriz de Distâncias de Mahalanobis – Critério da média dos grupos.
Dados brutos, ambos os sexos, 34 medidas da face. Brancos, pardos e negros.

Método de Ward

branca

parda

negra

0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6
Distância de Ligação

Figura 16. Dendograma gerado sobre a Matriz de Distâncias de Mahalanobis – Método de Ward. Dados brutos,
ambos os sexos, 34 medidas da face. Brancos, pardos e negros.
173

Figura 17. Gráfico bidimensional produzido por Escalonamento Multidimensional sobre a matriz de Distâncias
de Mahalanobis, dados brutos, ambos os sexos, 34 medidas da face. Brancos, pardos e negros.

As Análises de Agrupamento apresentadas nas Figuras 15 e 16 demonstram uma maior


proximidade de pardos ao grupo de brancos e uma maior distância entre estes últimos e negros.
Na Figura 17, por sua vez, é possível visualizar um posicionamento intermediário de pardos em
relação aos grupos de brancos e negros, com maior proximidade ao grupo de indivíduos
classificados como brancos.

Em conjunto, os resultados obtidos nesta seção contribuem para a interpretação de que


a prole (pardos) de dois grupos parentais de traços craniométricos distinguíveis (brancos e
negros), apresenta morfologia craniana intermediária, tendendo a ser ligeiramente mais
próxima à de brancos, quando se analisam as 62 medidas cranianas ou para as variáveis da face.
Quando as análises utilizam as medidas do neuro-crânio, contudo, pardos apresentam-se
ligeiramente mais próximos de negros. Evidência-se portanto, uma oscilação no
posicionamento de pardos, ora mais próximos de brancos, ora mais próximos de negros.
174

6.3.2. Dados Brutos: parcela masculina

Ainda trabalhando com os dados brutos agora apenas com a parcela masculina, a
Tabela 67 apresenta as Distâncias de Mahalanobis obtidas a partir das 62 medidas.

Tabela 65. Distâncias de Mahalanobis – 62 medidas, dados brutos. Parcela masculina.

Cor da pele (segundo registros) branca parda negra


Branca 0,000000
Parda 2,707182 0,000000
Negra 5,030504 3,366946 0,000000

Os resultados apresentados na Tabela 67 evidenciam que brancos e negros estão mais


distantes entre si, do que cada um destes e pardos, que por sua vez são ligeiramente mais
próximos de brancos.

Nas Análises de Agrupamento apresentadas nas Figuras 18 e 19, fica evidenciado que
pardos estão ligeiramente mais próximos de brancos que por sua vez estão mais distantes de
negros. No gráfico do Escalonamento Multidimensional correspondente à Figura 20, é possível
evidenciar a posição intermediária de pardos, ligeiramente mais próximos de brancos. Tais
resultados são similares aos obtidos para a análise das parcelas masculina e feminina em
conjunto.

Critério da média dos grupos (UP GMA)

branca

parda

negra

2,4 2,6 2,8 3,0 3,2 3,4 3,6 3,8 4,0 4,2 4,4

Distância de Ligação

Figura 18. Dendograma gerado sobre a Matriz de Distâncias de Mahalanobis – Critério da média dos grupos.
Dados brutos, 62 medidas. Brancos, pardos e negros. Parcela masculina.
175

Método de Ward

branca

parda

negra

2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0

Distância de Ligação

Figura 19. Dendograma gerado sobre a Matriz de Distâncias de Mahalanobis – Método de Ward. Dados brutos,
62 medidas. Brancos, pardos e negros. Parcela masculina.

1,0

parda
0,8

0,6

0,4
Dimension 2

0,2

0,0

negra
-0,2

-0,4

branca
-0,6

-0,8
-1,0 -0,8 -0,6 -0,4 -0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2
Dimension 1

Figura 20. Gráfico bidimensional produzido por Escalonamento Multidimensional sobre a matriz de Distâncias
de Mahalanobis, dados brutos, 62 medidas. Brancos, pardos e negros. Parcela masculina.

A Tabela 68 apresenta as distâncias obtidas a partir das medidas do neuro-crânio


apenas.
176

Tabela 66. Distâncias de Mahalanobis – 28 medidas do neuro-crânio, dados brutos. Parcela masculina.

Cor da pele (segundo registros) branca parda negra


branca 0,000000
parda 1,639003 0,000000
negra 2,304783 1,575433 0,000000

Os resultados apresentados na Tabela 68 evidenciam novamente que brancos e negros


estão mais distantes entre si, sendo as distâncias entre pardos e brancos e entre pardos e negros,
bastante próximas. Percebe-se, portanto, que a parcela masculina manteve os padrões de
distâncias observados para as medidas do neuro-crânio quando ambos os sexos são avaliados
em conjunto.

As análises de agrupamento apresentadas nas Figuras 21 e 22 evidenciam uma maior


proximidade de pardos e negros observada em relação às variáveis do neurocrânio.

Critério da média dos grupos (UPGMA)

branca

parda

negra

1,5 1,6 1,7 1,8 1,9 2,0

Distância de Ligação

Figura 21. Dendograma gerado sobre a Matriz de Distâncias de Mahalanobis – Critério da média dos grupos.
Dados brutos, 28 medidas do neuro-crânio. Brancos, pardos e negros. Parcela masculina.
177

Método de Ward

branca

parda

negra

1,5 1,6 1,7 1,8 1,9 2,0 2,1 2,2

Distância de Ligação

Figura 22. Dendograma gerado sobre a Matriz de Distâncias de Mahalanobis – Método de Ward. Dados brutos,
28 medidas do neuro-crânio. Brancos, pardos e negros. Parcela masculina.

1,0

parda
0,8

0,6

0,4
Dimension 2

0,2

0,0

branca
-0,2

-0,4

negra
-0,6

-0,8
-1,0 -0,8 -0,6 -0,4 -0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2
Dimension 1

Figura 23. Gráfico bidimensional produzido por Escalonamento Multidimensional sobre a matriz de Distâncias
de Mahalanobis, dados brutos, 28 medidas do neuro-crânio. Brancos, pardos e negros. Parcela masculina
178

A partir das medidas envolvendo a face, as Distâncias de Mahalanobis obtidas estão


apresentadas na Tabela 69.

Tabela 69. Distâncias de Mahalanobis – 34 medidas da face, dados brutos. Parcela masculina.

Cor da pele (segundo registros) branca parda negra


branca 0,000000
parda 1,270805 0,000000
negra 3,828167 2,166217 0,000000

Mais uma vez as distâncias apresentadas permitem dizer que brancos estão mais

distantes de negros, sendo o contrário também verdadeiro, do que estes e pardos. Pardos por

sua vez, agora apresentam-se ligeiramente mais próximos de brancos. As Figuras 24 e 25

apresentam Análises de Agrupamento elaboradas a partir das distâncias entre os grupos e a

Figura 26, a Análise por Escalonamento Multidimensional.

Critério da média dos grupos (UPGMA)

branca

parda

negra

1,0 1,5 2,0 2,5 3,0

Distância de Ligação

Figura 24. Dendograma gerado sobre a Matriz de Distâncias de Mahalanobis – Critério da média dos grupos.
Dados brutos, 34 medidas da face. Brancos, pardos e negros. Parcela masculina
179

Método de Ward

branca

parda

negra

1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0

Distância de Ligação

Figura 25. Dendograma gerado sobre a Matriz de Distâncias de Mahalanobis – Método de Ward. Dados brutos,
homens e mulheres, 34 medidas da face. Brancos, pardos e negros. Parcela masculina.

1,0

parda
0,8

0,6

0,4
Dimension 2

0,2

0,0

negra
-0,2

-0,4

branca
-0,6

-0,8
-1,0 -0,8 -0,6 -0,4 -0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2
Dimension 1

Figura 26. Gráfico bidimensional produzido por Escalonamento Multidimensional sobre a matriz de Distâncias
de Mahalanobis, dados brutos, 34 medidas da face. Brancos, pardos e negros. Parcela masculina.
180

As Análises de Agrupamento apresentadas nas Figuras 24 e 25 demonstram uma maior


proximidade de pardos ao grupo de brancos e uma maior distância entre estes últimos e negros.
A Figura 26 também torna possível visualizar uma maior distância entre brancos e negros, além
da maior proximidade entre pardos e brancos.

Em conjunto, os resultados obtidos nesta seção contribuem para a interpretação de que


para a parcela masculina, os mesmos padrões são observados, ou seja, a prole (pardos) de dois
grupos parentais de traços craniométricos distinguíveis (brancos e negros), apresenta
morfologia craniana tendendo a ser ligeiramente mais próxima à de brancos, quando se
analisam as 62 medidas cranianas ou para as variáveis da face. Quando as análises utilizam as
medidas do neuro-crânio contudo, pardos apresentam-se ligeiramente mais próximos de negros.
Novamente observa-se a oscilação da posição de pardos, ora mais próximos de um grupo
parental, ora de outro.

6.3.3. Dados brutos: parcela feminina

Ainda trabalhando com os dados brutos agora apenas com a parcela feminina, a Tabela
70 apresenta as Distâncias de Mahalanobis obtidas a partir das 62 medidas.

Tabela 67. Distâncias de Mahalanobis – 62 medidas, dados brutos, parcela feminina.

Cor da pele (segundo registros) branca parda negra


branca 0,000000
parda 5,135538 0,000000
negra 5,898074 4,999866 0,000000

Os resultados apresentados na Tabela 70 demonstram novamente que brancas e negras


estão mais distantes entre si, do que cada um destes grupos e pardas, que por sua vez são
ligeiramente mais próximas de negras.

Nas Análises de Agrupamento apresentadas nas Figuras 27 e 28, fica evidenciado que
pardas estão ligeiramente mais próximos de negras que por sua vez estão mais distantes de
brancas. No gráfico do Escalonamento Multidimensional correspondente à Figura 29, é possível
evidenciar a posição intermediária de pardas, ligeiramente mais próximos de negras. Tais
resultados se diferenciam ligeiramente dos observados para a parcela masculina já que
anteriormente pardos estavam ligeiramente mais próximos de brancos.
181

Critério da média dos grupos (UPGMA)

branca

parda

negra

4,9 5,0 5,1 5,2 5,3 5,4 5,5 5,6


Distância de Ligação

Figura 27. Dendograma gerado sobre a Matriz de Distâncias de Mahalanobis – Critério da média dos grupos.
Dados brutos, 62 medidas. Brancos, pardos e negros. Parcela feminina.

Método de Ward

branca

parda

negra

4,9 5,0 5,1 5,2 5,3 5,4 5,5 5,6 5,7


Distância de Ligação

Figura 28. Dendograma gerado sobre a Matriz de Distâncias de Mahalanobis – Método de Ward. Dados brutos,
62 medidas. Brancos, pardos e negros. Parcela feminina.
182

1,0

parda
0,8

0,6

0,4
Dimension 2

0,2

0,0

branca
-0,2

-0,4

negra
-0,6

-0,8
-1,0 -0,8 -0,6 -0,4 -0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2
Dimension 1

Figura 29. Gráfico bidimensional produzido por Escalonamento Multidimensional sobre a matriz de Distâncias
de Mahalanobis, dados brutos, 62 medidas. Brancos, pardos e negros. Parcela feminina.

A Tabela 71 apresenta as distâncias obtidas a partir das medidas do neuro-crânio.

Tabela 68. Distâncias de Mahalanobis – 28 medidas do neuro-crânio, dados brutos. Parcela feminina.

Cor da pele (segundo registros) branca parda negra


branca 0,000000
parda 1,660014 0,000000
negra 2,443699 1,212884 0,000000

Evidencia-se novamente que brancas e negras estão mais distantes entre si, sendo as
distâncias entre pardas e brancas e entre pardas e negras, bastante próximas, com pardas
ligeiramente mais próximas de negras.

As análises de agrupamento (Figuras 30 e 31) evidenciam uma maior proximidade de


pardas e negras observada em relação às variáveis do neurocrânio, com maior distância entre
brancas e negras.
183

Critério da média dos grupos (UPGMA)

branca

parda

negra

1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2


Distância de Ligação

Figura 30. Dendograma gerado sobre a Matriz de Distâncias de Mahalanobis – Critério da média dos grupos.
Dados brutos, 28 medidas do neuro-crânio. Brancos, pardos e negros. Parcela feminina.

Método de Ward

branca

parda

negra

1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4


Distância de Ligação

Figura 31. Dendograma gerado sobre a Matriz de Distâncias de Mahalanobis – Método de Ward. Dados brutos,
28 medidas do neuro-crânio. Brancos, pardos e negros. Parcela feminina.

Já a análise de escalonamento multidimensional (Figura 32) evidencia um


posicionamento intermediário de pardas, ligeiramente mais próximas de negras novamente.
184

1,0

parda
0,8

0,6

0,4
Dimension 2

0,2

0,0

branca
-0,2

-0,4

negra
-0,6

-0,8
-1,0 -0,8 -0,6 -0,4 -0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2
Dimension 1

Figura 32. Gráfico bidimensional produzido por Escalonamento Multidimensional sobre a matriz de Distâncias
de Mahalanobis, dados brutos, 28 medidas do neuro-crânio. Brancos, pardos e negros. Parcela feminina

A partir das medidas envolvendo a face, as Distâncias de Mahalanobis obtidas


apresentam-se na Tabela 72.

Tabela 69. Distâncias de Mahalanobis – 34 medidas da face, dados brutos. Parcela feminina.

Cor da pele (segundo registros) branca parda negra


branca 0,000000
parda 3,071505 0,000000
negra 4,238424 2,331984 0,000000

As distâncias apresentadas na Tabela 72 permitem dizer que brancas estão mais


distantes de negras, sendo o contrário também verdadeiro, do que estas e pardas. Pardas por sua
vez, apresentam-se de novo ligeiramente mais próximos de negras. As Figuras 33 e 34
apresentam as Análises de Agrupamento elaboradas a partir das distâncias entre os grupos e a
Figura 35, a Análise por Escalonamento Multidimensional.
185

Critério da média dos grupos (UPGMA)

branca

parda

negra

2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0 3,2 3,4 3,6 3,8
Distância de Ligação

Figura 33. Dendograma gerado sobre a Matriz de Distâncias de Mahalanobis – Critério da média dos grupos.
Dados brutos, 34 medidas da face. Brancos, pardos e negros. Parcela feminina.

Método de Ward

branca

parda

negra

2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5


Distância de Ligação

Figura 34. Dendograma gerado sobre a Matriz de Distâncias de Mahalanobis – Método de Ward. Dados brutos,
34 medidas da face. Brancos, pardos e negros. Parcela feminina.
186

1,0

parda
0,8

0,6

0,4
Dimension 2

0,2

0,0

branca
-0,2

-0,4

negra
-0,6

-0,8
-1,0 -0,8 -0,6 -0,4 -0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2
Dimension 1

Figura 35. Gráfico bidimensional produzido por Escalonamento Multidimensional sobre a matriz de Distâncias
de Mahalanobis, dados brutos, 34 medidas da face. Brancos, pardos e negros. Parcela feminina.

As Análises de Agrupamento apresentadas nas Figuras 33 e 34 demonstram uma maior


distância entre brancos e negros, que por sua vez, estariam menos distantes de pardos. Na Figura
35 também é possível visualizar uma maior distância entre brancos e negros, além da maior
proximidade entre pardos e negros.

Em conjunto, os resultados obtidos nesta seção contribuem para a interpretação de que


para a parcela feminina pardas também tendem a ser intermediárias, mas ao contrário do que se
nota para a parcela masculina, são ligeiramente mais próximas de negras do que de brancas para
todas as medidas, para medidas do neuro-crânio ou para medidas da face.

6.3.4. Dados corrigidos quanto ao fator tamanho

O banco de dados foi corrigido quanto a tamanho. Assim como para os testes
anteriores, trabalhou-se com os sexos em conjunto uma vez que foi atenuado o efeito do
dimorfismo sexual. A Tabela 73 apresenta as Distâncias de Mahalanobis obtidas a partir das 62
medidas, para tal banco de dados corrigidos.
187

Tabela 70. Distâncias de Mahalanobis – 62 medidas, dados corrigidos quanto a tamanho.

Cor da pele (segundo registros) branca parda negra


branca 0,000000
parda 2,056763 0,000000
negra 3,722297 2,270556 0,000000

Os resultados apresentados na Tabela 73 evidenciam uma posição de distância


intermediária de pardos, apenas ligeiramente mais próximos de brancos, enquanto brancos e
negros estão mais distantes entre si.

Nas Análises de Agrupamento apresentadas nas Figuras 36 e 37, fica evidenciado que
pardos estão ligeiramente mais próximos de brancos que por sua vez estão mais distantes de
negros. No gráfico do Escalonamento Multidimensional correspondente à Figura 38, é possível
evidenciar a posição intermediária de pardos, ligeiramente mais próximos de brancos.

Critério da média dos grupos (UPGMA)

branca

parda

negra

1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0


Distância de Ligação

Figura 36. Dendograma gerado sobre a Matriz de Distâncias de Mahalanobis – Critério da média dos grupos.
Dados corrigidos quanto a tamanho, 62 medidas. Brancos, pardos e negros.
188

Método de Ward

branca

parda

negra

1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0 3,2 3,4


Distância de Ligação

Figura 37. Dendograma gerado sobre a Matriz de Distâncias de Mahalanobis – Método de Ward. Dados
corrigidos quanto a tamanho, 62 medidas. Brancos, pardos e negros.

1,0

parda
0,8

0,6

0,4
Dimension 2

0,2

0,0

negra
-0,2

-0,4

branca
-0,6

-0,8
-1,0 -0,8 -0,6 -0,4 -0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2
Dimension 1

Figura 38. Gráfico bidimensional produzido por Escalonamento Multidimensional sobre a matriz de Distâncias
de Mahalanobis, dados corrigidos quanto a tamanho, 62 medidas. Brancos, pardos e negros.

A Tabela 74 apresenta as distâncias obtidas a partir das medidas do neuro-crânio, para


os dados corrigidos quanto a tamanho.
189

Tabela 71. Distâncias de Mahalanobis – 28 medidas do neuro-crânio, dados corrigidos quanto a tamanho.

Cor da pele (segundo registros) branca parda negra


branca 0,000000
parda 1,082855 0,000000
negra 1,802525 0,957487 0,000000

Os resultados apresentados na Tabela 74 evidenciam uma posição de pardos agora


mais próximos de negros, assim como o observado para dados brutos, enquanto brancos e
negros estão mais distantes entre si, novamente. As análises de agrupamento e de
escalonamento multidimensional (Figuras 39, 40 e 41) evidenciam uma maior proximidade de
pardos e negros observada em relação às variáveis do neurocrânio.

Critério da média dos grupos (UPGMA)

branca

parda

negra

0,9 1,0 1,1 1,2 1,3 1,4 1,5


Distância de Ligação

Figura 39. Dendograma gerado sobre a Matriz de Distâncias de Mahalanobis – Critério da média dos grupos.
Dados corrigidos quanto a tamanho, 28 medidas do neuro-crânio. Brancos, pardos e negros.
190

Método de Ward

branca

parda

negra

0,8 0,9 1,0 1,1 1,2 1,3 1,4 1,5 1,6 1,7
Distância de Ligação

Figura 40. Dendograma gerado sobre a Matriz de Distâncias de Mahalanobis – Método de Ward. Dados
corrigidos quanto a tamanho, 28 medidas do neuro-crânio. Brancos, pardos e negros.

1,0

parda
0,8

0,6

0,4
Dimension 2

0,2

0,0

branca
-0,2

-0,4

negra
-0,6

-0,8
-1,0 -0,8 -0,6 -0,4 -0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2

Dimension 1

Figura 41. Gráfico bidimensional produzido por Escalonamento Multidimensional sobre a matriz de Distâncias
de Mahalanobis, dados corrigidos quanto a tamanho, 28 medidas do neuro-crânio. Brancos, pardos e negros.
191

A partir das medidas envolvendo a face, as Distâncias de Mahalanobis obtidas são


apresentadas na Tabela 75.

Tabela 72. Distâncias de Mahalanobis – 34 medidas da face, dados corrigidos quanto a tamanho.

Cor da pele (segundo registros) branca parda negra


Branca 0,000000
Parda 1,161553 0,000000
Negra 2,858085 1,408312 0,000000

A Tabela 75 permite dizer que brancos estão mais distantes de negros, sendo o
contrário também verdadeiro, do que estes e pardos. Pardos por sua vez, apresentam-se
ligeiramente mais próximos de brancos. As Figuras 42 e 43 apresentam as Análises de
Agrupamento elaboradas a partir das distâncias entre os grupos e a Figura 44, a Análise por
Escalonamento Multidimensional.

Critério da média dos grupos (UPGMA)

branca

parda

negra

1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2


Distância de Ligação

Figura 42. Dendograma gerado sobre a Matriz de Distâncias de Mahalanobis – Critério da média dos grupos.
Dados corrigidos quanto a tamanho, 34 medidas da face. Brancos, pardos e negros.
192

Método de Ward

branca

parda

negra

1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6


Distância de Ligação

Figura 43. Dendograma gerado sobre a Matriz de Distâncias de Mahalanobis – Método de Ward. Dados
corrigidos quanto a tamanho, 34 medidas da face. Brancos, pardos e negros.

1,0

parda
0,8

0,6

0,4
Dimension 2

0,2

0,0

negra
-0,2

-0,4

branca
-0,6

-0,8
-1,0 -0,8 -0,6 -0,4 -0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2
Dimension 1

Figura 44. Gráfico bidimensional produzido por Escalonamento Multidimensional sobre a matriz de Distâncias
de Mahalanobis, dados corrigidos quanto a tamanho, 34 medidas da face. Brancos, pardos e negros.
193

As Análises de Agrupamento apresentadas nas Figuras 42 e 43 demonstram uma maior


proximidade de pardos ao grupo de brancos e uma maior distância entre estes últimos e negros.
Na Figura 44, por sua vez, é possível visualizar um posicionamento intermediário de pardos em
relação aos grupos de brancos e negros, com maior proximidade ao grupo de indivíduos
classificados como brancos.

Tais testes, em conjunto, evidenciam que a correção para tamanho não interferiu nos
padrões já identificados para os dados brutos, ou seja, com brancos e negros identificados como
os grupos mais distantes e uma tendência intermediária para pardos.

6.3.5. Dados corrigidos para tamanho e sem outliers

Os testes realizados nesta seção visam identificar se a retirada de indivíduos com


valores discrepantes do banco de dados altera os padrões já identificados anteriormente. A
Tabela 76 traz as distâncias obtidas a partir das 62 medidas disponíveis.

Tabela 73. Distâncias de Mahalanobis – 62 medidas, dados corrigidos quanto a tamanho e sem outliers

Cor da pele (segundo registros) branca parda negra


branca 0,000000
parda 2,176755 0,000000
negra 3,882655 2,391412 0,000000

Evidencia-se com a Tabela 76 uma posição de distância intermediária de pardos,


apenas ligeiramente mais próximos de brancos, enquanto brancos e negros estão mais distantes
entre si.

Nas Análises de Agrupamento apresentadas nas Figuras 45 e 46, fica evidenciado que
pardos estão ligeiramente mais próximos de brancos que por sua vez estão mais distantes de
negros. No gráfico do Escalonamento Multidimensional correspondente à Figura 47, é possível
evidenciar a posição intermediária de pardos, ligeiramente mais próximos de brancos.
194

Critério da média dos grupos (UPGMA)

branca

parda

negra

2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0 3,2


Distância de Ligação

Figura 45. Dendograma gerado sobre a Matriz de Distâncias de Mahalanobis – Critério da média dos grupos.
Dados corrigidos quanto a tamanho e sem outliers, 62 medidas. Brancos, pardos e negros.

Método de Ward

branca

parda

negra

2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0 3,2 3,4 3,6


Distância de Ligação

Figura 46. Dendograma gerado sobre a Matriz de Distâncias de Mahalanobis – Método de Ward. Dados
corrigidos quanto a tamanho e sem ouliers, 62 medidas. Brancos, pardos e negros.
195

1,0

parda
0,8

0,6

0,4
Dimension 2

0,2

0,0

negra
-0,2

-0,4

branca
-0,6

-0,8
-1,0 -0,8 -0,6 -0,4 -0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2
Dimension 1

Figura 47. Gráfico bidimensional produzido por Escalonamento Multidimensional sobre a matriz de Distâncias
de Mahalanobis, dados corrigidos quanto a tamanho e sem outliers, 62 medidas. Brancos, pardos e negros.

A Tabela 77 apresenta as distâncias obtidas a partir das medidas do neuro-crânio.

Tabela 74. Distâncias de Mahalanobis – 28 medidas do neuro-crânio, dados corrigidos quanto a tamanho e sem
outliers.

Cor da pele (segundo registros) branca parda negra


branca 0,000000
parda 1,189416 0,000000
negra 1,934250 0,968272 0,000000

Evidencia-se a partir da Tabela 77 uma posição de pardos agora mais próxima de


negros, assim como o observado para dados brutos e para dados apenas corrigidos quanto a
tamanho, enquanto brancos e negros estão mais distantes entre si, novamente. As análises de
agrupamento e de escalonamento multidimensional (Figuras 48, 49 e 50) evidenciam uma
maior proximidade de pardos e negros observada em relação às variáveis do neurocrânio.
196

Critério da média dos grupos (UPGMA)

branca

parda

negra

0,9 1,0 1,1 1,2 1,3 1,4 1,5 1,6


Distância de Ligação

Figura 48. Dendograma gerado sobre a Matriz de Distâncias de Mahalanobis – Critério da média dos grupos.
Dados corrigidos quanto a tamanho e sem outlieres, 28 medidas do neuro-crânio. Brancos, pardos e negros.

Método de Ward

branca

parda

negra

0,8 0,9 1,0 1,1 1,2 1,3 1,4 1,5 1,6 1,7 1,8
Distância de Ligação
Figura 49. Dendograma gerado sobre a Matriz de Distâncias de Mahalanobis – Método de Ward. Dados
corrigidos quanto a tamanho e sem outliers, 28 medidas do neuro-crânio. Brancos, pardos e negros.
197

1,0

parda
0,8

0,6

0,4
Dimension 2

0,2

0,0

branca
-0,2

-0,4

negra
-0,6

-0,8
-1,0 -0,8 -0,6 -0,4 -0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2
Dimension 1

Figura 50. Gráfico bidimensional produzido por Escalonamento Multidimensional sobre a matriz de Distâncias
de Mahalanobis, dados corrigidos quanto a tamanho e sem outliers, 28 medidas do neuro-crânio. Brancos, pardos
e negros.

A partir das medidas envolvendo a face, as Distâncias de Mahalanobis obtidas são


apresentadas na Tabela 78.

Tabela 75. Distâncias de Mahalanobis – 34 medidas da face, dados corrigidos quanto a tamanho e sem outliers.

Cor da pele (segundo registros) branca parda negra


branca 0,000000
parda 1,178304 0,000000
negra 3,117130 1,503695 0,000000

A Tabela 78 permite dizer que brancos estão mais distantes de negros do que estes e
pardos. Pardos por sua vez, apresentam-se ligeiramente mais próximos de brancos. As Figuras
51 e 52 apresentam as Análises de Agrupamento elaboradas a partir das distâncias entre os
grupos e a Figura 53, a Análise por Escalonamento Multidimensional.
198

Critério da média dos grupos (UPMGA)

branca

parda

negra

1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4


Distância de Ligação

Figura 51. Dendograma gerado sobre a Matriz de Distâncias de Mahalanobis – Critério da média dos grupos.
Dados corrigidos quanto a tamanho e sem outliers, 34 medidas da face. Brancos, pardos e negros.

Método de Ward

branca

parda

negra

1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8
Distância de Ligação

Figura 52. Dendograma gerado sobre a Matriz de Distâncias de Mahalanobis – Método de Ward. Dados
corrigidos quanto a tamanho e sem outliers, 34 medidas da face. Brancos, pardos e negros.
199

1,0

parda
0,8

0,6

0,4
Dimension 2

0,2

0,0

negra
-0,2

-0,4

branca
-0,6

-0,8
-1,0 -0,8 -0,6 -0,4 -0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2
Dimension 1

Figura 53. Gráfico bidimensional produzido por Escalonamento Multidimensional sobre a matriz de Distâncias
de Mahalanobis, dados corrigidos para tamanho, 34 medidas da face. Brancos, pardos e negros.

As Análises de Agrupamento apresentadas nas Figuras 51 e 52 demonstram uma maior


proximidade de pardos ao grupo de brancos e uma maior distância entre estes últimos e negros.
Na Figura 53, por sua vez, é possível visualizar um posicionamento intermediário de pardos em
relação aos grupos de brancos e negros, com maior proximidade ao grupo de indivíduos
classificados como brancos.

A retirada de indivíduos com valores considerados outliers não interferiu nos padrões
já identificados para os dados brutos e para dados corrigidos para tamanho, ou seja, com brancos
e negros identificados como os grupos mais distantes e uma tendência intermediária para
pardos.

Todas as análises deste tópico em conjunto demonstram que a maior distância é


observada entre a morfologia craniana de indivíduos classificados como brancos e negros,
justamente o esperado tratando-se dos grupos considerados parentais e o que vai em
concordância com as demais análises já realizadas.

Quanto à posição de pardos, tanto para dados brutos em conjunto, quanto para dados
corrigidos para tamanho e para dados corrigidos e sem outliers, as análises de cluster indicam
200

para as 62 medidas em conjunto e para as medidas da face, que brancos e pardos aparecem
ligados. Pardos e negros estão ligados apenas para medidas do neuro-crânio nas análises de
todos esses bancos de dados. Para a parcela masculina, o mesmo padrão é observado, enquanto
para a parcela feminina, pardas aparecem ligadas a negras para todas as análises.

Tais variações indicam um padrão de morfologia intermediária para pardos a partir da


análise de clusters, que também pode levar a crer num padrão diferente para homens e mulheres,
com mulheres pardas apresentando morfologia mais próxima da de mulheres negras e homens
pardos com morfologia craniana mais próxima da de homens brancos. O mesmo
posicionamento intermediário para todas as análises e essa variação para homens e mulheres
também ficam evidenciados graficamente a partir das análises de escalonamento
multidimensional.

6.4. Análise de Componentes Principais

6.4.1. Dados brutos, parcelas masculina e feminina, indiscriminadamente

A partir das 62 variáveis cranianas disponíveis foram gerados os componentes


principais apresentados na Tabela 79.

Tabela 79. Autovalores da matriz de covariância e porcentagens de variância explicadas por cada Componente
Principal. 62 medidas. Dados brutos, ambos os sexos.

%
Componente Autovalor
Autovalor Variância Cumulativa %
Principal Cumulativo
Total
1 378,0728 28,27982 378,073 28,2798
2 124,0801 9,28118 502,153 37,5610
3 114,6448 8,57543 616,798 46,1364
4 70,8822 5,30199 687,680 51,4384
5 58,2425 4,35653 745,922 55,7950
6 57,4659 4,29845 803,388 60,0934
7 45,0436 3,36926 848,432 63,4627
8 40,8044 3,05217 889,236 66,5148
9 37,0639 2,77238 926,300 69,2872
10 35,3265 2,64242 961,627 71,9296
11 30,7708 2,30165 992,398 74,2313
12 29,4161 2,20032 1021,814 76,4316
13 23,2980 1,74269 1045,112 78,1743
14 21,4562 1,60492 1066,568 79,7792
15 20,1437 1,50675 1086,712 81,2860
Continua
201

Continuação

16 19,0056 1,42162 1105,717 82,7076


17 17,8590 1,33585 1123,576 84,0434
18 16,7002 1,24917 1140,276 85,2926
19 15,7443 1,17768 1156,021 86,4703
20 12,8107 0,95824 1168,832 87,4285
21 12,0692 0,90277 1180,901 88,3313
22 11,6242 0,86949 1192,525 89,2008
23 11,3627 0,84993 1203,888 90,0507
24 10,5620 0,79004 1214,450 90,8408
25 9,4843 0,70942 1223,934 91,5502
26 9,4116 0,70399 1233,346 92,2542
27 8,1197 0,60735 1241,465 92,8615
28 7,6493 0,57216 1249,115 93,4337
29 7,1884 0,53769 1256,303 93,9714
30 6,8922 0,51553 1263,195 94,4869
31 6,3338 0,47377 1269,529 94,9607
32 5,7229 0,42807 1275,252 95,3888
33 5,1456 0,38489 1280,397 95,7736
34 4,9505 0,37030 1285,348 96,1439
35 4,9112 0,36735 1290,259 96,5113
36 4,4711 0,33444 1294,730 96,8457
37 3,6022 0,26945 1298,333 97,1152
38 3,4727 0,25976 1301,805 97,3749
39 3,3070 0,24736 1305,112 97,6223
40 3,0313 0,22674 1308,144 97,8491
41 2,6042 0,19479 1310,748 98,0438
42 2,3498 0,17577 1313,098 98,2196
43 2,3290 0,17421 1315,427 98,3938
44 2,2927 0,17149 1317,719 98,5653
45 2,1119 0,15797 1319,831 98,7233
46 2,0250 0,15147 1321,856 98,8748
47 1,8477 0,13821 1323,704 99,0130
48 1,7161 0,12836 1325,420 99,1413
49 1,4992 0,11214 1326,919 99,2535
50 1,3208 0,09880 1328,240 99,3523
51 1,2716 0,09512 1329,512 99,4474
52 1,2203 0,09128 1330,732 99,5387
53 1,1059 0,08272 1331,838 99,6214
54 0,9875 0,07386 1332,825 99,6952
55 0,9179 0,06866 1333,743 99,7639
56 0,8294 0,06204 1334,573 99,8259
57 0,6807 0,05092 1335,253 99,8769
58 0,5178 0,03873 1335,771 99,9156
Continua
202

Continuação

59 0,4046 0,03027 1336,176 99,9459


60 0,3682 0,02754 1336,544 99,9734
61 0,2089 0,01563 1336,753 99,9890
62 0,1468 0,01098 1336,900 100,0000

O gráfico (screeplot) da Figura 54, abaixo, apresenta o decaimento dos autovalores

dos Componentes Principais gerados.

400
28,28%

350

300

250
Autovalores

200

150
9,28%
8,58%
100
5,30%
4,36%
4,30%
3,37%
3,05%
50 2,77%
2,64%
2,30%
2,20%
1,74%
1,60%
1,51%
1,42%
1,34%
1,25%
1,18%
,96%
,90%
,87%
,85%
,79%
,71%
,70%
,61%
,57%
,54%
,52%
,47%
,43%
,38%
,37%
,37%
,33%
,27%
,26%
,25%
,23%
,19%
,18%
,17%
,17%
,16%
,15%
,14%
,13%
,11%
,10%
,10%
,09%
,08%
,07%
,07%
,06%
,05%
,04%
,03%
,03%
,02%
,01%
0

0 10 20 30 40 50 60 70

Número do Autovalor

Figura 54. Gráfico de decaimento da porcentagem de variância condensada em cada Componente Principal. 62
medidas. Dados brutos, ambos os sexos.

Percebe-se a partir da Tabela 79 e da Figura 54 que a maior porcentagem da variância


se compreende entre os 20 primeiros Componentes Principais gerados (cerca de 87%), quando
se observa um platô no gráfico de decaimento. A Tabela 80 apresenta a correlação entre as
variáveis originais e os dois primeiros componentes (CP) extraídos.
203

Tabela 76. Correlação entre as variáveis originais e os Componentes Principais extraídos da matriz de
covariância. 62 medidas. Dados brutos, ambos os sexos.

Var. CP1 CP2


GOL -0,752330 0,311510
NOL -0,734314 0,335802
BNL -0,607257 0,314319
BBH -0,571408 -0,100137
XCB -0,616561 -0,582578
XFB -0,607806 -0,593270
STB -0,496849 -0,665445
ZYB -0,805452 -0,029118
AUB -0,660860 -0,315540
WCB -0,512235 -0,230286
ASB -0,526592 -0,366021
BPL -0,268834 0,643994
NPH -0,433690 0,165245
NLH -0,503625 -0,061642
OBH -0,283449 -0,085593
OBB -0,504021 0,005899
JUB -0,709746 0,209821
NLB -0,165807 0,390803
MAB -0,267670 0,336205
MDH -0,256017 0,043903
MDB -0,399267 0,049609
ZMB -0,593788 0,245799
FMB -0,688976 0,169839
EKB -0,655169 0,242321
DKB -0,417899 0,206734
IML -0,400235 0,440250
XML -0,543575 0,285351
WMH -0,152944 -0,076574
FOL -0,314993 0,018062
FRC -0,603866 -0,133353
PAC -0,510526 0,080789
OCC -0,297252 -0,014910
IDS-
-0,177229 0,471804
PNS
RHI-N -0,177458 -0,021465
RHI-
-0,292826 -0,109586
ZYO
RHI-
-0,564807 -0,091032
ZM
N-FM:A -0,695904 0,153932
N-PNS -0,601887 -0,032040
B-PT -0,608923 -0,403248
B-SPBL -0,532825 -0,098576
PT-
-0,265369 0,101777
FM:A
Continua
204

Continuação

PT-
-0,413393 -0,194907
SPBL
PT-BA -0,566566 -0,054828
PT-
-0,484397 -0,039217
AEAM
PT-ZTI -0,429549 0,026543
PT-KT -0,234097 -0,214038
FM:A-
-0,415951 0,039512
ZYO
FM:A-
-0,632083 0,075425
MT
ZYO-
-0,429044 0,072372
ZM
ZM-MT -0,393252 0,136916
ZM-ZTI -0,397603 0,419871
ZM-KT -0,541304 0,131161
MT-
-0,322036 0,175698
PNS
PNS-
-0,284430 0,088369
SPBL
SPBL-
-0,342407 0,163909
BA
SPBL-
-0,533429 -0,178635
TS
BA-
-0,646180 -0,053189
AEAM
AEAM-
-0,286044 0,007641
ZTI
ZTI-KT -0,410077 0,022928
L-AST -0,367676 -0,113933
PT-AST -0,637370 0,056112
JP-AST -0,426204 0,202654

Estão destacados em negrito e sublinhado na Tabela 80, valores maiores que 0,5 e
menores que -0,5, ou seja, os valores que indicam as variáveis mais fortemente correlacionadas
aos componentes 1 e 2.

O componente principal 1 (CP1) é fortemente dominado pelo fator tamanho, o que se


observa pelo padrão de correlação negativa de todas as variáveis e esse primeiro componente.
GOL e NOL (medidas de maior comprimento a partir da glabela e do nasion respectivamente)
são as medidas mais altamente correlacionadas negativamente ao primeiro componente.

Já o segundo componente principal (CP2) é dominado pelas variáveis XCB, XFB, STB
e BPL (respectivamente correspondentes à largura máxima craniana, largura máxima na altura
da sutura coronal, largura máxima entre as intersecções em ambos os lados da sutura coronal
com a linha temporal inferior marcando a origem do músculo temporal e o comprimento facial
do prosthion ao basion). As três primeiras medidas correlacionam-se ao CP2 negativamente
(assim como ao CP1), enquanto que BPL está positivamente correlacionada ao CP2 (e
205

negativamente ao CP1). GOL e NOL, altamente correlacionadas negativamente ao primeiro


componente, estão positivamente correlacionadas ao CP2.

As correlações apresentadas acima estão graficamente representadas na Figura 55 que


por sua vez, apresenta a projeção das 62 variáveis no morfo-espaço definido pelos dois
primeiros Componentes Principais.

BPL
4

IDS-PNS (IS-PNS)
GOLNOL
2 IML
BNL ZM-ZTI (ZI-ZYGO)
MAB
JUB ZMB XML
EKBNPH NLB
FMB (ZI-TSP)
ZM-KT JP-AST (JP-AS)
Fator 2 : 9,28%

PAC SPBL-BA
PT-FM:A DKB(APET-BA)
(PT-FM)
N-FM:A
PT-AST (PT-AS) ZYO-ZM
FM:A-MT (NA-FM)
ZM-MT
(FM-MT) (ZI-MT)
MT-PNS
(ZS-ZI)
PNS-SPBL (PNS-APET)
PT-ZTI
ZTI-KT MDB MDH
(PT-ZYGO)
(ZYGO-TSP)
FM:A-ZYO
AEAM-ZTI FOL
OBB (FM-ZS)
(EAM-ZYGO)
ZYB N-PNS
BA-AEAM OCC
(NA-PNS)
PT-AEAM RHI-N
(PT-EAM)
(BA-EAM)
NLH (NSL-NA)
OBH
0 PT-BA (NSL-ZI)
RHI-ZM RHI-ZYO
SPBL-TSWMH (NSL-ZS)
(APET-TS)
BBHB-SPBL (BR-APET)
L-AST (LD-AS)
FRC PT-SPBL (PT-APET)
WCB PT-KT (PT-TSP)

AUB B-PT (BR-PT)


-2 ASB

XFB
XCB
-4
STB

-6 -5 -4 -3 -2 -1 0
Fator 1 : 28,28%

Figura 55. Projeção das variáveis no morfo-espaço definido pelos dois primeiros Componentes Principais. 62
medidas. Dados brutos, ambos os sexos.

O gráfico da Figura 56 apresenta a projeção de cada indivíduo no morfo-espaço


definido pelos dois primeiros Componentes Principais e as elipses de dispersão dos grupos.
Nota-se grande sobreposição dos mesmos.
206

Figura 56. Projeção dos indivíduos e elipses de dispersão dos grupos de cor no morfoespaço definido pelos dois
primeiros Componentes Principais. 62 medidas. Dados brutos, ambos os sexos.

O gráfico da Figura 56 permite perceber o quanto os grupos estão sobrepostos, apesar


de as elipses de dispersão de cada um deles serem ligeiramente distintas. Quanto a esse aspecto,
percebe-se que as elipses de brancos e negros se distinguem melhor, enquanto que a elipse do
grupo de indivíduos classificados como pardos se sobrepõe sobre as outras duas, de maneira
intermediária, estando ligeiramente mais similar / próxima da elipse do grupo de indivíduos
classificados como brancos.

Tal evidência vai em concordância com o apresentado em todas as análises


anteriormente realizadas.

Quanto aos padrões morfológicos observados, comparando-se as elipses de brancos e


negros, percebe-se um deslocamento ligeiramente mais para baixo e para a esquerda da elipse
de brancos e deslocamento ligeiramente mais para cima e para direita da elipse de negros. Em
outras palavras, a distribuição de brancos indica CP2 com valores mais negativos dos que os
apresentados por negros. Em brancos, as medidas XCB, XFB e STB mais correlacionadas
negativamente ao CP2 seriam maiores enquanto BPL, mais correlacionada positivamente ao
mesmo componente teria valor menor. Tal distribuição indicaria crânios mais largos e com
207

menor prognatismo em brancos do que em negros. Já pardos apresentam-se com distribuição


intermediária no morfo-espaço, tendendo a ser ligeiramente mais largos que os de negros.

As mesmas análises foram feitas utilizando-se apenas as medidas neurocranianas e


apenas as medidas da face, separadamente, conforme já realizado para os testes anteriores.

A Tabela 81 apresenta os componentes principais gerados a partir das 28 medidas do


neuro-crânio.

Tabela 77. Autovalores da matriz de covariância e porcentagens de variância explicadas por cada Componente
Principal. 28 medidas do neuro-crânio. Dados brutos, ambos os sexos.

%
Componente Autovalor
Autovalor Variância Cumulativa %
Principal Cumulativo
Total
1 260,3602 35,32644 260,3602 35,3264
2 107,5606 14,59414 367,9208 49,9206
3 62,2564 8,44713 430,1772 58,3677
4 56,5116 7,66765 486,6888 66,0354
5 38,5117 5,22538 525,2005 71,2607
6 32,7719 4,44658 557,9724 75,7073
7 30,3544 4,11857 588,3267 79,8259
8 19,4133 2,63405 607,7400 82,4600
9 17,3281 2,35112 625,0681 84,8111
10 15,2086 2,06354 640,2766 86,8746
11 13,7135 1,86069 653,9901 88,7353
12 12,7404 1,72866 666,7306 90,4640
13 10,3706 1,40711 677,1012 91,8711
14 8,3475 1,13261 685,4487 93,0037
15 7,7554 1,05228 693,2041 94,0560
16 7,5813 1,02865 700,7853 95,0846
17 6,3824 0,86599 707,1678 95,9506
18 6,0664 0,82311 713,2342 96,7737
19 5,0804 0,68932 718,3146 97,4630
20 4,0121 0,54437 722,3266 98,0074
21 3,1831 0,43189 725,5097 98,4393
22 2,8329 0,38438 728,3426 98,8237
23 2,4367 0,33061 730,7793 99,1543
24 2,1199 0,28763 732,8992 99,4419
25 1,5751 0,21371 734,4743 99,6556
26 1,3117 0,17797 735,7859 99,8336
27 0,9366 0,12707 736,7225 99,9607
28 0,2898 0,03933 737,0123 100,0000
208

O gráfico (screeplot) da Figura 57, apresenta o decaimento dos autovalores dos


Componentes Principais acima apresentados.

Figura 57. Gráfico de decaimento da porcentagem de variância condensada em cada Componente Principal. 28
medidas do neuro-crânio. Dados brutos, ambos os sexos.

Percebe-se a partir da Tabela 81 e do gráfico da Figura 57 que a maior porcentagem


da variância compreende-se entre os 10 primeiros Componentes Principais gerados (cerca de
87%), quando se observa um platô no gráfico de decaimento. A Tabela 82 apresenta a
correlação entre as variáveis originais e os dois primeiros CPs extraídos.

Tabela 78. Correlação entre as variáveis originais e os Componentes Principais extraídos da matriz de
covariância. 28 medidas do neuro-crânio. Dados brutos, ambos os sexos.
Componentes
Principais
Var. 1 2
GOL -0,763927 0,523524
NOL -0,738129 0,539587
BBH -0,655333 0,192343
Continua
209

Continuação

XCB -0,658364 -0,628744


XFB -0,674792 -0,569910
STB -0,597398 -0,594757
AUB -0,606723 -0,479949
WCB -0,481615 -0,279250
ASB -0,553959 -0,391468
MDH -0,246016 0,104525
MDB -0,379433 0,134654
FOL -0,314326 0,102660
FRC -0,691752 0,143472
PAC -0,573217 0,351468
OCC -0,391187 0,244233
B-PT -0,720785 -0,196822
B-SPBL -0,628291 0,190441
PT-SPBL -0,406658 -0,194787
PT-BA -0,547050 -0,057362
PT-AEAM -0,458653 -0,007253
PT-KT -0,262570 -0,120280
PNS-SPBL -0,221820 0,032677
SPBL-BA -0,319538 0,147710
SPBL-TS -0,505457 -0,226812
BA-AEAM -0,586195 -0,170430
L-AST -0,440521 0,024513
PT-AST -0,623067 0,097391
JP-AST -0,385455 0,221333

Em destaque na Tabela 82 estão os valores maiores que 0,5 e menores que -0,5, ou
seja, os valores que indicam as variáveis mais fortemente correlacionadas aos componentes 1 e
2.

Considerando-se apenas as variáveis do neuro-crânio, nota-se, novamente, a


dominância do fator tamanho no primeiro componente principal, com todas as variáveis
apresentando-se negativamente correlacionadas ao CP1. Novamente as mais fortemente
correlacionadas são GOL e NOL, seguidas por B-PT (distância do bregma ao pterion), FRC
(distância do nasion ao bregma), XFB e XCB.

O segundo componente principal (CP2) por sua vez é preponderantemente


influenciado pelas variáveis XCB, XFB, STB e agora também por GOL e NOL. As três
primeiras medidas correlacionam-se ao CP2 negativamente (assim como ao CP1), enquanto
que GOL e NOL estão positivamente correlacionadas ao CP2 (e negativamente ao CP1).
210

A Figura 58 apresenta a projeção das 28 variáveis no morfo-espaço definido pelos dois


primeiros Componentes Principais.

Figura 58. Projeção das variáveis no morfo-espaço definido pelos dois primeiros Componentes Principais. 28
medidas do neuro-crânio. Dados brutos, ambos os sexos.

Na Figura 58 ficam claras as correlações entre as variáveis e os CP 1 e 2. GOL e NOL


são mais fortemente correlacionadas negativamente ao CP1 e positivamente ao CP2. Já medidas
como XCB, STB, XFB, são fortemente correlacionadas negativamente a ambos os
componentes. Em resumo, pode-se ainda dizer que variáveis relacionadas ao comprimento
craniano (GOL, NOL, PAC, OCC) estão positivamente relacionadas ao CP2, enquanto aquelas
relacionadas à largura (XCB, XFB, STB, AUB) estão negativamente correlacionadas com o
mesmo componente.

O gráfico da Figura 59 apresenta a posição de cada indivíduo no morfo-espaço


definido pelos dois primeiros Componentes Principais com as elipses de dispersão dos grupos.
211

Figura 59. Projeção dos indivíduos e elipses de dispersão dos grupos de cor no morfoespaço definido pelos dois
primeiros Componentes Principais. 28 medidas do neuro-crânio.Dados brutos, ambos os sexos.

A Figura 59 evidencia novamente grande sobreposição entre os indivíduos dos


diferentes grupos de cor. Quanto a suas elipses, as de brancos e pardos apresentam-se mais
sobrepostas do que a elipse do grupo de indivíduos classificados como negros, a mais distinta.
Tal elipse, ligeiramente deslocada para cima, indica que as maiores medidas e que portanto
mais pesam sobre a positividade do CP2, seriam as correlacionadas ao comprimento craniano
(GOL, NOL, PAC, OCC). Em outras palavras, os indivíduos classificados como negros teriam
neuro-crânios mais compridos. Esse padrão é diferente em indivíduos classificados como
brancos, cuja elipse de dispersão se estende também para medidas relacionadas à largura (XCB,
XFB, STB, AUB), maiores para esse grupo. Pardos, por sua vez, apresentam elipse que
sobrepõe às distribuições de brancos e negros, de forma intermediária entre àquelas dos grupos
parentais.

A Tabela 83 apresenta os componentes principais gerados a partir das 34 medidas da


face
212

Tabela 79. Autovalores da matriz de covariância e porcentagens de variância explicadas por cada Componente
Principal. 34 medidas da face. Dados brutos, ambos os sexos.
%
Componente Autovalor
Autovalor Variância Cumulativa %
Principal Cumulativo
Total
1 195,3699 32,56778 195,3699 32,5678
2 71,7335 11,95782 267,1034 44,5256
3 49,2879 8,21620 316,3914 52,7418
4 37,8865 6,31561 354,2779 59,0574
5 34,6494 5,77599 388,9273 64,8334
6 33,3332 5,55658 422,2605 70,3900
7 23,7245 3,95483 445,9851 74,3448
8 19,9319 3,32260 465,9169 77,6674
9 17,0310 2,83904 482,9480 80,5065
10 13,9491 2,32528 496,8971 82,8317
11 12,9904 2,16548 509,8875 84,9972
12 11,6704 1,94543 521,5579 86,9426
13 11,0746 1,84611 532,6325 88,7888
14 9,0143 1,50266 541,6467 90,2914
15 7,8532 1,30911 549,4999 91,6005
16 6,2067 1,03465 555,7066 92,6352
17 5,6351 0,93935 561,3417 93,5745
18 5,2447 0,87428 566,5864 94,4488
19 5,1483 0,85822 571,7347 95,3070
20 4,0237 0,67074 575,7584 95,9778
21 3,3422 0,55715 579,1007 96,5349
22 2,9138 0,48572 582,0145 97,0206
23 2,8219 0,47041 584,8364 97,4910
24 2,6423 0,44046 587,4787 97,9315
25 2,3286 0,38817 589,8072 98,3197
26 2,1417 0,35702 591,9490 98,6767
27 1,9668 0,32786 593,9158 99,0046
28 1,5648 0,26086 595,4806 99,2654
29 1,4248 0,23751 596,9054 99,5029
30 0,9667 0,16114 597,8721 99,6641
31 0,8626 0,14380 598,7347 99,8079
32 0,5428 0,09048 599,2775 99,8984
33 0,3985 0,06644 599,6761 99,9648
34 0,2112 0,03521 599,8873 100,0000

O gráfico (screeplot) da Figura 60, apresenta o decaimento dos autovalores dos


Componentes Principais acima apresentados.
213

Figura 60. Gráfico de decaimento da porcentagem de variância condensada em cada Componente Principal. 34
medidas da face. Dados brutos, ambos os sexos.

Percebe-se a partir da tabela e do gráfico acima que a maior porcentagem da variância


concentra-se nos 12 primeiros Componentes Principais gerados (cerca de 87%), quando se
observa um platô no gráfico de decaimento. A Tabela 84 apresenta a correlação entre as
variáveis originais e os dois primeiros CPs extraídos.

Tabela 80. Correlação entre as variáveis originais e os Componentes Principais extraídos da matriz de
covariância. 34 medidas da face. Dados brutos, ambos os sexos.
Componentes
Principais
Var. 1 2
BNL -0,617272 -0,052561
ZYB -0,851948 0,166879
BPL -0,542333 -0,731694
NPH -0,461358 0,348152
NLH -0,444886 0,427220
OBH -0,211309 0,245289
OBB -0,513516 0,129886
JUB -0,886785 -0,062493
Continua
214

Continuação

NLB -0,356806 -0,375096


MAB -0,448888 -0,248786
ZMB -0,755045 0,014584
FMB -0,799230 0,058401
EKB -0,804648 -0,070601
DKB -0,542363 -0,046891
IML -0,588412 -0,238889
XML -0,661878 -0,006277
WMH -0,145247 0,351081
IDS-PNS -0,385710 -0,681030
RHI-N -0,191256 0,255818
RHI-ZYO -0,273874 0,150312
RHI-ZM -0,536623 0,383636
N-FM:A -0,765246 0,143319
N-PNS -0,488215 0,402478
PT-FM:A -0,230075 0,230771
PT-ZTI -0,388142 0,369162
FM:A-ZYO -0,412836 0,225368
FM:A-MT -0,611525 0,266323
ZYO-ZM -0,449019 0,285054
ZM-MT -0,486940 -0,069142
ZM-ZTI -0,559416 -0,228196
ZM-KT -0,505337 0,336210
MT-PNS -0,393786 -0,085638
AEAM-ZTI -0,241307 0,055152
ZTI-KT -0,359552 0,382482

Destacam-se, novamente, os valores maiores que 0,5 e menores que -0,5, ou seja, os
valores que indicam as variáveis mais fortemente correlacionadas aos componentes 1 e 2.

Considerando-se apenas as medidas envolvendo a face, nota-se ainda a dominância do


fator tamanho no primeiro componente principal, com todas as variáveis apresentando-se
negativamente correlacionadas ao CP1. As medidas mais fortemente correlacionadas ao CP1
são JUB (largura externa entre malares na jugália), ZYB (largura máxima entre os arcos
zigomáticos), EKB (largura entre as órbitas), FMB (largura do osso frontal entre o frontomalare
anterior de cada lado) e N-FM:A (distância do nasion ao frontomalare anterior). Em relação ao
CP2, JUB e EKB também se correlacionam negativamente, enquanto ZYB, FMB e N-FM:A
estão positivamente relacionadas ao CP2.

O segundo componente principal (CP2), por sua vez, é preponderantemente


influenciado por BPL (distância do basion ao prosthion) e IDS-PNS (distância do alveolare à
215

spina nasalis posterior), ambas referindo-se ao prognatismo maxilar e ambas negativamente


correlacionadas ao CP2, sendo também correlacionadas negativamente ao CP1.

A Figura 61 apresenta a projeção das 34 variáveis no morfo-espaço definido pelos dois


primeiros Componentes Principais.

Figura 61. Projeção das variáveis no morfoespaço definido pelos dois primeiros Componentes Principais. 34
medidas da face. Dados brutos, ambos os sexos.

Para as variáveis da face, evidencia-se na Figura 61 que BPL e IDS-PNS são as mais
fortemente correlacionadas negativamente ao CP2. Já medidas como ZYB, JUB, EKB, ZMB e
FMB são fortemente correlacionadas negativamente ao CP1. Em resumo, pode-se ainda dizer
que variáveis relacionas ao prognatismo maxilar (BPL e IDS-PNS) estão negativamente
relacionadas ao CP2, enquanto aquelas relacionadas à largura da face (ZYB, JUB, EKB, ZMB
e FMB) estão mais negativamente correlacionadas ao CP1.
216

O gráfico da Figura 62 apresenta a posição de cada indivíduo no morfoespaço definido


pelos dois primeiros Componentes Principais com as elipses de dispersão dos grupos.

30

20

10
Factor 2: 11,96%

-10

-20

-30

-40

Active
-50
branca
-40 -30 -20 -10 0 10 20 30 40
parda
Factor 1: 32,57% negra

Figura 62. Projeção dos indivíduos e elipses de dispersão dos grupos de cor no morfo-espaço definido pelos
dois primeiros Componentes Principais. 34 medidas da face. Dados brutos, ambos os sexos.

Apesar da sobreposição de indivíduos e das elipses de dispersão dos mesmos em seus


respectivos grupos, para as medidas da face é possível perceber um padrão intermediário mais
claro para pardos, sendo as elipses de brancos e negros as mais distintas.

A elipse de dispersão que compreende os indivíduos classificados como negros


apresenta-se ligeiramente deslocada para baixo, indicando maiores valores de medidas mais
fortemente negativamente correlacionadas ao CP2, ou seja, BPL e IDS-PNS o que indica
crânios com maior prognatismo maxilar para esse grupo de indivíduos.

A elipse de dispersão que compreende os indivíduos classificados como brancos, em


contrapartida, está ligeiramente deslocada para cima, indicando menores medidas em BPL e
IDS-PNS e maiores medidas relacionadas à largura da face, mais positivamente relaciodas ao
CP2.

A elipse de dispersão de pardos por fim, apresenta-se em posição intermediária entre


as duas já descritas, sob as quais está sobreposta.
217

6.4.2. Dados brutos: parcela masculina

A partir das 62 variáveis cranianas disponíveis foram gerados os componentes


principais a partir do banco de dados para a parcela masculina, apresentados na Tabela 85
abaixo.

Tabela 81. Autovalores da matriz de covariância e porcentagens de variância explicadas por cada Componente
Principal. 62 medidas. Dados brutos, parcela masculina.

%
Componente Autovalor
Autovalor Variância Cumulativa %
Principal Cumulativo
Total
1 274,1631 22,42249 274,163 22,4225
2 138,1904 11,30193 412,354 33,7244
3 126,4282 10,33995 538,782 44,0644
4 68,3411 5,58929 607,123 49,6537
5 60,9162 4,98204 668,039 54,6357
6 53,6976 4,39167 721,737 59,0274
7 45,2457 3,70043 766,982 62,7278
8 37,3395 3,05382 804,322 65,7816
9 37,2907 3,04983 841,613 68,8314
10 32,7356 2,67729 874,348 71,5087
11 30,8556 2,52353 905,204 74,0323
12 26,2809 2,14939 931,485 76,1817
13 21,7015 1,77486 953,186 77,9565
14 20,5632 1,68177 973,749 79,6383
15 19,9440 1,63112 993,693 81,2694
16 18,4800 1,51139 1012,173 82,7808
17 16,7804 1,37239 1028,954 84,1532
18 15,6493 1,27988 1044,603 85,4331
19 13,2463 1,08335 1057,849 86,5164
20 12,0188 0,98296 1069,868 87,4994
21 11,1402 0,91110 1081,009 88,4105
22 10,4795 0,85707 1091,488 89,2676
23 10,0254 0,81993 1101,513 90,0875
24 9,4932 0,77640 1111,007 90,8639
25 8,7996 0,71968 1119,806 91,5836
26 8,2989 0,67873 1128,105 92,2623
27 7,2977 0,59684 1135,403 92,8591
28 7,2606 0,59381 1142,663 93,4529
29 6,6873 0,54692 1149,351 93,9999
30 6,5543 0,53605 1155,905 94,5359
31 5,6921 0,46553 1161,597 95,0014
Continua
218

Continuação

32 5,2973 0,43324 1166,894 95,4347


33 5,0799 0,41546 1171,974 95,8501
34 4,6608 0,38118 1176,635 96,2313
35 3,9037 0,31927 1180,539 96,5506
36 3,6358 0,29736 1184,175 96,8479
37 3,3870 0,27701 1187,562 97,1249
38 3,3740 0,27594 1190,936 97,4009
39 2,8885 0,23624 1193,824 97,6371
40 2,7762 0,22705 1196,600 97,8642
41 2,6303 0,21512 1199,230 98,0793
42 2,3216 0,18987 1201,552 98,2692
43 2,2092 0,18068 1203,761 98,4498
44 1,9184 0,15690 1205,680 98,6067
45 1,8350 0,15008 1207,515 98,7568
46 1,6864 0,13792 1209,201 98,8947
47 1,5958 0,13051 1210,797 99,0253
48 1,4930 0,12210 1212,290 99,1474
49 1,3473 0,11019 1213,637 99,2575
50 1,2979 0,10615 1214,935 99,3637
51 1,1021 0,09014 1216,037 99,4538
52 1,0585 0,08657 1217,096 99,5404
53 0,9694 0,07928 1218,065 99,6197
54 0,9100 0,07442 1218,975 99,6941
55 0,8518 0,06966 1219,827 99,7638
56 0,7940 0,06494 1220,621 99,8287
57 0,6416 0,05247 1221,262 99,8812
58 0,4880 0,03991 1221,750 99,9211
59 0,4049 0,03312 1222,155 99,9542
60 0,2998 0,02452 1222,455 99,9787
61 0,1374 0,01124 1222,593 99,9900
62 0,1227 0,01004 1222,715 100,0000

O gráfico (screeplot) da Figura 63 apresenta o decaimento dos autovalores dos


Componentes Principais gerados.
219

300
22,42%

250

200
Autovalor

150 11,30%
10,34%

100

5,59%
4,98%
4,39%
50 3,70%
3,05%
3,05%
2,68%
2,52%
2,15%
1,77%
1,68%
1,63%
1,51%
1,37%
1,28%
1,08%
,98%
,91%
,86%
,82%
,78%
,72%
,68%
,60%
,59%
,55%
,54%
,47%
,43%
,42%
,38%
,32%
,30%
,28%
,28%
,24%
,23%
,22%
,19%
,18%
,16%
,15%
,14%
,13%
,12%
,11%
,11%
,09%
,09%
,08%
,07%
,07%
,06%
,05%
,04%
,03%
,02%
,01%
,01%
0

0 10 20 30 40 50 60
Número do Autovalor

Figura 63. Gráfico de decaimento da porcentagem de variância condensada em cada Componente Principal. 62
medidas. Dados brutos, parcela masculina.

Percebe-se a partir da Tabela 85 e do gráficoda Figura 63 o mesmo padrão observado


quando as parcelas masculina e feminina foram avaliadas em conjunto, ou seja, que a maior
porcentagem da variância concentra-se nos 20 primeiros Componentes Principais gerados
(cerca de 87%), quando se observa um platô no gráfico de decaimento.

A Tabela 86 apresenta a correlação entre as variáveis originais e os dois primeiros CPs


extraídos.

Tabela 82. Correlação entre as variáveis originais e os Componentes Principais extraídos da matriz de
covariância. 62 medidas. Dados brutos, parcela masculina.
Componentes
Principais
Var. 1 2
GOL -0,677201 -0,536289
NOL -0,669835 -0,539123
BNL -0,559837 -0,310503
BBH -0,535453 -0,309702
XCB -0,549139 0,692017
XFB -0,568415 0,589482
Continua
220

Continuação

STB -0,498275 0,575572


ZYB -0,697698 0,383431
AUB -0,554681 0,608894
WCB -0,380809 0,393984
ASB -0,448655 0,446604
BPL -0,213855 -0,267349
NPH -0,357685 -0,205414
NLH -0,419072 0,058154
OBH -0,294877 0,090477
OBB -0,424605 0,169771
JUB -0,593275 0,218972
NLB -0,148689 -0,076782
MAB -0,204094 -0,067065
MDH -0,134729 -0,089678
MDB -0,278754 -0,120719
ZMB -0,478153 0,049418
FMB -0,604983 0,132023
EKB -0,591058 0,120386
DKB -0,391356 0,022524
IML -0,349703 -0,182803
XML -0,440087 -0,117725
WMH -0,328670 -0,125753
FOL -0,219826 -0,024215
FRC -0,535580 -0,206242
PAC -0,442164 -0,295674
OCC -0,317394 -0,303059
IDS-
-0,144120 -0,160187
PNS
RHI-N -0,174714 0,077914
RHI-
-0,249093 0,182312
ZYO
RHI-
-0,494634 0,115053
ZM
N-FM:A -0,624917 0,057960
N-PNS -0,521712 -0,096033
B-PT -0,552369 0,212957
B-SPBL -0,516659 -0,308669
PT-
-0,247499 -0,264013
FM:A
PT-
-0,429384 0,109509
SPBL
PT-BA -0,577593 -0,052978
PT-
-0,512784 -0,050730
AEAM
PT-ZTI -0,435302 -0,120443
PT-KT -0,235192 0,110919
FM:A-
-0,350236 0,005199
ZYO
Continua
221

Continuação

FM:A-
-0,513144 -0,058870
MT
ZYO-
-0,361162 -0,082602
ZM
ZM-MT -0,262649 0,054269
ZM-ZTI -0,309181 -0,214587
ZM-KT -0,460979 -0,257123
MT-
-0,273383 0,034365
PNS
PNS-
-0,230691 -0,011195
SPBL
SPBL-
-0,355066 -0,237900
BA
SPBL-
-0,448306 0,344266
TS
BA-
-0,575015 0,240884
AEAM
AEAM-
-0,228712 -0,020285
ZTI
ZTI-KT -0,339184 -0,140323
L-AST -0,390307 -0,050153
PT-AST -0,550218 -0,055774
JP-AST -0,303096 -0,214312

Estão destacados os valores maiores que 0,5 e menores que -0,5, ou seja, os valores
que indicam as variáveis mais fortemente correlacionadas aos componentes 1 e 2.

Para a parcela masculina componente principal 1 (CP1) também é fortemente


dominado pelo fator tamanho, o que se observa pelo padrão de correlação negativa de todas as
variáveis e esse primeiro componente. ZYB, GOL, NOL, N-FM:A e FMB (medidas de máxima
largura entre os arcos zigomáticos, maior comprimento a partir da glabela e do nasion, distância
do nasion ao frontomalare anterior e largura do osso frontal entre o frontomalare anterior de
cada lado, respectivamente) são as medidas mais altamente correlacionadas negativamente ao
primeiro componente.

Já o segundo componente principal (CP2) é dominado pelas variáveis XCB, AUB,


XFB, STB, NOL e GOL (respectivamente correspondentes à largura máxima craniana, à
largura entre as raízes do processo zigomático, largura máxima na altura da sutura coronal,
largura máxima entre as intersecções em ambos os lados da sutura coronal com a linha temporal
inferior marcando a origem do músculo temporal e o comprimento facial do prosthion ao
basion, além das medidas de comprimento máximo a partir do nasion e da glabela). Com
exceção das duas últimas medidas, correlacionadas negativamente ao CP2, as demais
correlacionam-se positivamente ao componente.
222

Na Figura 64 as correlações acima descritas estão representadas com a projeção das


62 variáveis no morfo-espaço definido pelos dois primeiros Componentes Principais.

5
XCB
STB
4
AUB
XFB

3
ASB
ZYB
2 WCB
Fator 2 : 11,30%

JUB
B-PT (BR-PT)
1 BA-AEAM SPBL-TS
(BA-EAM) (APET-TS)
FMB
EKBRHI-ZM RHI-ZYO
PT-KT
(NSL-ZI) (NSL-ZS)
(PT-TSP)
PT-SPBL (PT-APET)
RHI-NOBB
(NSL-NA)
ZMBN-FM:A (NA-FM)
NLH ZM-MT OBH (ZI-MT)
DKB
FM:A-ZYO
PNS-SPBL
AEAM-ZTI MT-PNS
(FM-ZS)
(PNS-APET)
(EAM-ZYGO)
FOL
0 PT-BA
PT-AST FM:A-MT
PT-AEAM
(PT-AS)
L-AST (LD-AS)
ZYO-ZM (FM-MT)
(PT-EAM) (ZS-ZI) NLB
N-PNS (NA-PNS) MABWMH
MDB MDH
PT-ZTI (PT-ZYGO)
XML
ZTI-KTSPBL-BA
(ZYGO-TSP) (APET-BA)
JP-AST
IML
ZM-ZTI IDS-PNS(JP-AS)
(ZI-ZYGO) (IS-PNS)
-1 FRC NPH PT-FM:A (PT-FM)
ZM-KT
BNL(ZI-TSP)
B-SPBL (BR-APET) BPL
BBH PAC OCC
-2

-3
NOL
GOL
-4
-5,0 -4,5 -4,0 -3,5 -3,0 -2,5 -2,0 -1,5 -1,0 -0,5 0,0
Fator 1 : 22,42%

Figura 64. Projeção das variáveis no morfoespaço definido pelos dois primeiros Componentes Principais. 62
medidas. Dados brutos, parcela masculina.

Fica claro que enquanto GOL e NOL são fortemente negativamente correlacionadas
ao CP1 e CP2, ZYB, XFB, AUB, STB e XCB, apesar de correlacionadas de forma negativa ao
CP1, são correlacionadas positivamente ao CP2.

O gráfico da Figura 65 apresenta a projeção de cada indivíduo no morfoespaço


definido pelos dois primeiros Componentes Principais com as elipses de dispersão dos grupos,
notando-se grande sobreposição dos mesmos.
223

40

30

20
Factor 2: 11,30%

10

-10

-20

-30

branca
-80 -60 -40 -20 0 20 40 60
parda
Factor 1: 22,42% negra

Figura 65. Projeção dos indivíduos e elipses de dispersão dos grupos de cor no morfoespaço definido pelos dois
primeiros Componentes Principais. 62 medidas. Dados brutos, parcela masculina.

O gráfico da Figura 65 permite perceber que para o sexo masculino, também há


sobreposição dos grupos, apesar de as elipses de dispersão de cada um deles ser ligeiramente
distinta. Quanto a esse aspecto, pode-se dizer que a elipse do grupo de indivíduos classificados
como pardos é mais similar / próxima da elipse do grupo de indivíduos classificados como
brancos.

A elipse de dispersão que compreende os indivíduos classificados como negros


localiza-se ligeiramente mais para baixo indicando preponderância de correlações negativas ao
CP2. GOL e NOL, medidas que indicam comprimento craniano e são negativamente
correlacionadas ao CP2 estão exercendo maior peso para o posicionamento da elipse de
dispersão de negros. Em outras palavras, indivíduos classificados como negros apresentam
crânios mais compridos que indivíduos classificados como brancos e pardos. Já as elipses de
dispersão de brancos, apesar de se estenderem para valores negativos de CP2, também se
alongam para valores positivos desse mesmo componente, indicando maior peso de medidas
relacionadas à largura craniana. Em outras palavras, indivíduos classificados como brancos
apresentam crânios ligeiramente mais largos. Pardos apresentam elipse mais similar à de
brancos, ou seja, apresentam crânios menos compridos e mais largos do que os de negros.
224

As mesmas análises foram feitas utilizando-se apenas as medidas neurocranianas e


apenas as medidas da face, separadamente, agora somente para a parcela masculina.

A Tabela 87 apresenta os componentes principais gerados a partir das 28 medidas do


neuro-crânio.

Tabela 83. Autovalores da matriz de covariância e porcentagens de variância explicadas por cada Componente
Principal. 28 medidas do neuro-crânio. Dados brutos, parcela masculina.

%
Componente Autovalor
Autovalor Variância Cumulativa %
Principal Cumulativo
Total
1 208,2834 29,66615 208,2834 29,6661
2 122,3069 17,42037 330,5903 47,0865
3 65,5998 9,34348 396,1901 56,4300
4 58,2687 8,29930 454,4587 64,7293
5 36,8789 5,25272 491,3377 69,9820
6 34,2318 4,87569 525,5695 74,8577
7 29,3550 4,18108 554,9245 79,0388
8 20,5663 2,92929 575,4908 81,9681
9 16,5930 2,36337 592,0838 84,3315
10 16,1837 2,30508 608,2675 86,6365
11 13,7537 1,95896 622,0212 88,5955
12 12,9268 1,84118 634,9480 90,4367
13 9,1288 1,30023 644,0768 91,7369
14 8,2750 1,17863 652,3518 92,9155
15 7,6124 1,08425 659,9643 93,9998
16 7,1470 1,01796 667,1113 95,0177
17 6,1797 0,88018 673,2909 95,8979
18 5,6848 0,80969 678,9757 96,7076
19 5,0361 0,71730 684,0118 97,4249
20 4,3566 0,62052 688,3684 98,0454
21 3,0305 0,43164 691,3989 98,4771
22 2,7211 0,38757 694,1200 98,8646
23 2,2466 0,31998 696,3666 99,1846
24 1,9492 0,27762 698,3158 99,4623
25 1,4449 0,20579 699,7606 99,6680
26 1,2152 0,17309 700,9759 99,8411
27 0,9154 0,13038 701,8913 99,9715
28 0,2000 0,02848 702,0912 100,0000

O gráfico (screeplot) da Figura 66 apresenta o decaimento dos autovalores dos


Componentes Principais acima apresentados.
225

29,67%
200

150

17,42%
Autovalor

100

9,34%
8,30%
50
5,25%
4,88%
4,18%
2,93%
2,36%
2,31%
1,96%
1,84%
1,30%
1,18%
1,08%
1,02%
,88%
,81%
,72%
,62%
,43%
,39%
,32%
,28%
,21%
,17%
,13%
,03%
0

0 5 10 15 20 25 30
Número do Autovalor

Figura 66.Gráfico de decaimento da porcentagem de variância condensada em cada Componente Principal. 28


medidas do neuro-crânio. Dados brutos. Parcela masculina.

Assim como para a análise envolvendo ambos os sexos em conjunto, percebe-se a


partir da tabela e do gráfico acima que a maior porcentagem da variância está concentrada nos
10 primeiros Componentes Principais gerados (cerca de 87%), quando se observa um platô no
gráfico de decaimento para os dados corrigidos. A Tabela 88 abaixo apresenta a correlação
entre as variáveis originais e os dois primeiros CP extraídos.

Tabela 84. Correlação entre as variáveis originais e os Componentes Principais extraídos da matriz de
covariância. 28 medidas do neuro-crânio. Dados brutos, parcela masculina.
Componentes
Principais
Var. 1 2
GOL -0,677556 0,570497
NOL -0,656045 0,573669
BBH -0,641948 0,283552
XCB -0,586414 -0,693566
XFB -0,636498 -0,595004
STB -0,604998 -0,589844
AUB -0,478303 -0,600120
WCB -0,324551 -0,343719
Continua
226

Continuação

ASB -0,477391 -0,441860


MDH -0,129954 0,086282
MDB -0,263107 0,140880
FOL -0,217583 0,038088
FRC -0,648305 0,210757
PAC -0,499706 0,335442
OCC -0,431506 0,315598
B-PT -0,695627 -0,185696
B-SPBL -0,636730 0,273883
PT-SPBL -0,422371 -0,187637
PT-BA -0,550526 -0,025504
PT-AEAM -0,479737 -0,000438
PT-KT -0,267106 -0,127243
PNS-SPBL -0,145682 0,017036
SPBL-BA -0,315520 0,214885
SPBL-TS -0,394581 -0,327709
BA-AEAM -0,494110 -0,247237
L-AST -0,467970 0,058738
PT-AST -0,526089 0,070581
JP-AST -0,258618 0,230005

Os valores maiores que 0,5 e menores que -0,5, ou seja, os valores que indicam as
variáveis mais fortemente correlacionadas aos componentes 1 e 2 estão em destaque na Tabela
89.

Considerando-se apenas as variáveis do neuro-crânio, mais uma vez há a dominância


do fator tamanho no primeiro componente principal, com todas as variáveis apresentando-se
negativamente correlacionadas ao CP1. As variáveis mais fortemente correlacionadas são B-
PT (distância do bregma ao pterion), GOL e NOL (comprimento craniano), seguidas por FRC
(distância do nasion ao bregma), BBH (comprimento do bregma ao basion), B-SPBL (distância
do bregma ao sphenobasion) e XFB (largura máxima na sutura coronóide).

O segundo componente principal (CP2) por sua vez é preponderantemente


influenciado, novamente, pelas variáveis XCB, AUB, XFB, STB e também por GOL e NOL.
As quatro primeiras medidas correlacionam-se ao CP2 negativamente (assim como ao CP1),
enquanto que GOL e NOL estão positivamente correlacionadas ao CP2 (e negativamente ao
CP1).

A Figura 67 apresenta a projeção das 28 variáveis no morfo-espaço definido pelos dois


primeiros Componentes Principais.
227

GOL
NOL
4

3
PAC
BBH OCC
2
B-SPBL (BR-APET)
FRC
1 JP-AST (JP-AS)
SPBL-BA (APET-BA)
Fator 2 : 17,42%

L-AST
PT-AST
(LD-AS)
(PT-AS) MDB MDH
PT-AEAM (PT-EAM) FOL(PNS-APET)
PNS-SPBL
0 PT-BA
PT-KT
BA-AEAM
PT-SPBL (PT-TSP)
SPBL-TS (APET-TS)
(BA-EAM)
(PT-APET)
B-PT (BR-PT)
-1
WCB

-2
ASB

-3
XFB AUB
STB
-4
XCB

-5
-5,0 -4,5 -4,0 -3,5 -3,0 -2,5 -2,0 -1,5 -1,0 -0,5 0,0
Fator 1 : 29,67%

Figura 67. Projeção das variáveis no morfoespaço definido pelos dois primeiros Componentes Principais. 28
medidas do neuro-crânio. Dados brutos, parcela masculina.

Na Figura 67 evidencia-se que enquanto principalmente medidas relacionadas à


largura craniana relacionam-se negativamente aos CP1 e CP2, medidas de comprimento como
GOL, NOL, PAC e de altura, como BBH e B-SPBL, são positivamente correlacionadas ao CP2.

O gráfico da Figura 68 apresenta a projeção de cada indivíduo no morfoespaço


definido pelos dois primeiros Componentes Principais com as elipses de dispersão dos grupos.
228

30

20

10
Factor 2: 17,42%

-10

-20

-30

-40
branca
-80 -60 -40 -20 0 20 40 60
parda
Factor 1: 29,67% negra

Figura 68. Projeção dos indivíduos e elipses de dispersão dos grupos de cor no morfoespaço definido pelos dois
primeiros Componentes Principais. 28 medidas do neuro-crânio. Dados brutos, parcela masculina.

Apesar da sobreposição das elipses, mais uma vez é possível identificar diferentes
padrões, especialmente entre brancos e negros. Assim como para a análise das parcelas
masculina e feminina em conjunto, homens negros têm sua elipse de dispersão ligeiramente
deslocada para cima, indicando medidas maiores de comprimento craniano influenciando na
distribuição. Em contrapartida, a elipse de dispersão de homens classificados como brancos
atinge também a porção mais inferior do morfoespaço indicando medidas de largura craniana
maiores que as apresentadas por negros. Pardos novamente apresentam um padrão morfológico
mais próximo de brancos, pelo menos ao longo do CP2.

A Tabela 89 apresenta os componentes principais gerados a partir das 34 medidas da


face.
229

Tabela 89. Autovalores da matriz de covariância e porcentagens de variância explicadas por cada Componente
Principal. 34 medidas da face. Dados brutos, parcela masculina.
%
Componente Autovalor
Autovalor Variância Cumulativa %
Principal Cumulativo
Total
1 156,1407 29,99108 156,1407 29,9911
2 62,9951 12,09992 219,1358 42,0910
3 48,9838 9,40868 268,1197 51,4997
4 36,8908 7,08588 305,0105 58,5856
5 36,2650 6,96568 341,2755 65,5512
6 25,1443 4,82964 366,4197 70,3809
7 20,7045 3,97685 387,1242 74,3577
8 15,5317 2,98329 402,6559 77,3410
9 14,7592 2,83490 417,4151 80,1759
10 12,2874 2,36012 429,7024 82,5360
11 11,3576 2,18153 441,0600 84,7176
12 10,9816 2,10932 452,0416 86,8269
13 8,6687 1,66506 460,7103 88,4920
14 7,5848 1,45686 468,2951 89,9488
15 6,7499 1,29650 475,0450 91,2453
16 6,4239 1,23389 481,4689 92,4792
17 5,2381 1,00611 486,7070 93,4853
18 4,8496 0,93150 491,5566 94,4168
19 3,6281 0,69687 495,1847 95,1137
20 3,5442 0,68075 498,7288 95,7944
21 3,1232 0,59989 501,8520 96,3943
22 2,8164 0,54097 504,6684 96,9353
23 2,5539 0,49055 507,2223 97,4258
24 2,2208 0,42657 509,4431 97,8524
25 2,0482 0,39341 511,4913 98,2458
26 1,7828 0,34244 513,2741 98,5883
27 1,6956 0,32569 514,9698 98,9140
28 1,4465 0,27784 516,4163 99,1918
29 1,2499 0,24007 517,6661 99,4319
30 0,9209 0,17689 518,5871 99,6087
31 0,8539 0,16402 519,4410 99,7728
32 0,5497 0,10558 519,9906 99,8783
33 0,4214 0,08093 520,4120 99,9593
34 0,2120 0,04073 520,6240 100,0000

O gráfico (screeplot) da Figura 69 apresenta o decaimento dos autovalores dos


Componentes Principais acima apresentados.
230

16029,99%

140

120

100
Autovalor

80

12,10%
60
9,41%

40 7,09%
6,97%
4,83%
3,98%
20 2,98%
2,83%
2,36%
2,18%
2,11%
1,67%
1,46%
1,30%
1,23%
1,01%
,93%
,70%
,68%
,60%
,54%
,49%
,43%
,39%
,34%
,33%
,28%
,24%
,18%
,16%
,11%
,08%
,04%
0

0 5 10 15 20 25 30 35
Número do Autovalor

Figura 69. Gráfico de decaimento da porcentagem de variância condensada em cada Componente Principal. 34
medidas da face. Dados brutos, parcela masculina.

Percebe-se a partir da Tabela 89 e da Figura 69 que a maior porcentagem da variância


compreende-se entre os 12 primeiros Componentes Principais gerados (cerca de 87%), quando
se observa um platô no gráfico de decaimento para os dados corrigidos. A Tabela 90 apresenta
a correlação entre as variáveis originais e os dois primeiros CP extraídos.

Tabela 85. Correlação entre as variáveis originais e os Componentes Principais extraídos da matriz de
covariância. 34 medidas da face. Dados brutos, parcela masculina.
Componentes
Principais
Var. 1 2
BNL -0,564706 0,053769
ZYB -0,793046 0,134498
BPL -0,605354 -0,611811
NPH -0,396219 0,361836
NLH -0,337756 0,447937
OBH -0,160330 0,314608
OBB -0,398119 0,205568
JUB -0,868201 -0,070796
NLB -0,456903 -0,262102
MAB -0,468183 -0,254710
Continua
231

Continuação

ZMB -0,713327 0,027541


FMB -0,784051 0,027524
EKB -0,799077 -0,018804
DKB -0,579187 -0,063927
IML -0,597198 -0,204737
XML -0,616926 -0,001895
WMH -0,313131 0,355792
IDS-PNS -0,440020 -0,555337
RHI-N -0,187917 0,346594
RHI-ZYO -0,194086 0,165368
RHI-ZM -0,435252 0,414607
N-FM:A -0,729788 0,140665
N-PNS -0,336180 0,456421
PT-FM:A -0,172450 0,373766
PT-ZTI -0,331529 0,521557
FM:A-ZYO -0,344473 0,223696
FM:A-MT -0,499016 0,220114
ZYO-ZM -0,380556 0,328154
ZM-MT -0,411275 -0,124830
ZM-ZTI -0,547133 -0,235462
ZM-KT -0,386205 0,513895
MT-PNS -0,391947 -0,031093
AEAM-ZTI -0,166743 0,051865
ZTI-KT -0,238344 0,557113

Em destaque estão os valores maiores que 0,5 e menores que -0,5, ou seja, os valores
que indicam as variáveis mais fortemente correlacionadas aos componentes 1 e 2.

Para as medidas da face na parcela masculina, o fator tamanho novamente domina o


CP1, que apresenta correlação negativa para todas as variáveis.

As medidas mais fortemente correlacionadas ao CP1 são JUB (largura externa entre
malares na jugália), EKB (largura entre as órbitas), ZYB (largura máxima entre os arcos
zigomáticos), FMB (largura do osso frontal entre o frontomalare anterior de cada lado) e N-
FM:A (distância do nasion ao frontomalare anterior), seguindo o observado para ambos os
sexos analisados em conjunto. Em relação ao CP2, JUB e EKB também se correlacionam
negativamente, enquanto ZYB, FMB e N-FM:A estão positivamente relacionadas ao CP2.

O segundo componente principal (CP2), por sua vez, é preponderantemente


influenciado por BPL (distância do basion ao prosthion), ZTI-KT (distância do zygotemporale
inferior ao krotaphion), IDS-PNS (distância do alveolare à spina nasalis posterior) e PT-ZTI
232

(distância do pterion ao zigotemporale inferior), referindo-se ao prognatismo maxilar e largura


da face. BPL e IDS-PNS são negativamente correlacionadas ao CP2 e ZTI-KT e PT-ZTI estão
correlacionadas positivamente ao mesmo componente.

A Figura 70 apresenta a projeção das 34 variáveis no morfoespaço definido pelos dois


primeiros Componentes Principais, gráfico no qual as correlações acima descritas ficam
visualmente evidenciadas.

3
ZM-KT (ZI-TSP)
ZTI-KT (ZYGO-TSP)
NPH PT-ZTI (PT-ZYGO)
2
N-PNSPT-FM:A
(NA-PNS)(PT-FM)
RHI-ZM (NSL-ZI)
NLH
ZYO-ZM (ZS-ZI)
RHI-N (NSL-NA)
1 ZYB WMH
OBH
FM:A-MT (FM-MT)
RHI-ZYO (NSL-ZS)
FM:A-ZYO
BNL N-FM:A (NA-FM) OBB (FM-ZS)
ZMB
FMB AEAM-ZTI (EAM-ZYGO)
EKB XML MT-PNS
0 DKB
Fator 2 : 12,10%

JUB ZM-MT (ZI-MT)


NLB
IML (ZI-ZYGO)
ZM-ZTI
-1 MAB

-2

IDS-PNS (IS-PNS)
-3

BPL
-4

-4,5 -4,0 -3,5 -3,0 -2,5 -2,0 -1,5 -1,0 -0,5 0,0
Fator 1 : 29,99%

Figura 70. Projeção das variáveis no morfoespaço definido pelos dois primeiros Componentes Principais. 34
medidas da face. Dados brutos, parcela masculina.

O gráfico da Figura 71 apresenta a projeção de cada indivíduo no morfoespaço


definido pelos dois primeiros Componentes Principais e as elipses de dispersão dos grupos.
233

30

20

10
Factor 2: 12,10%

-10

-20

-30

-40
branca
-40 -30 -20 -10 0 10 20 30 40
parda
Factor 1: 29,99% negra

Figura 71. Projeção dos indivíduos e elipses de dispersão dos grupos de cor no morfoespaço definido pelos dois
primeiros Componentes Principais. 34 medidas da face. Dados brutos, parcela masculina.

Apesar da sobreposição de indivíduos e das elipses de dispersão dos mesmos em seus


respectivos grupos, é possível perceber um padrão intermediário para pardos, mais claro mais
também para o sexo masculino, para medidas da face.

As elipses de brancos e negros novamente são as mais distintas. A elipse de dispersão


de negros está ligeiramente mais para a esquerda e mais para baixo, indicando possivelmente
maiores valores para BPL e IDS-PNS e para ZYB e JUB, medidas indicativas de maior
prognatismo maxilar e de largura craniana. Já a elipse de dispersão de brancos, ligeiramente
mais para cima e para a direita, indica valores maiores apenas para medidas relacionadas à
largura facial, como ZM-KT, ZTI-KT e PT-ZTI.

6.4.3. Dados brutos: parcela feminina

Os mesmos testes foram feitos apenas para a parcela feminina, na tentativa de


investigar possíveis diferenças entre os sexos. A partir das 62 variáveis cranianas disponíveis
foram gerados os componentes principais apresentados na Tabela 91.
234

Tabela 86. Autovalores da matriz de covariância e porcentagens de variância explicadas por cada Componente
Principal. 62 medidas. Dados brutos, parcela feminina
%
Componente Autovalor
Autovalor Variância Cumulativa %
Principal Cumulativo
Total
1 276,7620 22,18615 276,762 22,1861
2 139,7646 11,20398 416,527 33,3901
3 108,6423 8,70913 525,169 42,0993
4 80,9670 6,49058 606,136 48,5898
5 76,1828 6,10706 682,319 54,6969
6 62,0032 4,97038 744,322 59,6673
7 53,7538 4,30908 798,076 63,9764
8 42,3364 3,39382 840,412 67,3702
9 40,5072 3,24719 880,919 70,6174
10 31,5407 2,52841 912,460 73,1458
11 29,2747 2,34675 941,735 75,4925
12 27,0671 2,16978 968,802 77,6623
13 24,7983 1,98791 993,600 79,6502
14 23,0072 1,84433 1016,607 81,4946
15 18,9241 1,51702 1035,531 83,0116
16 16,8297 1,34912 1052,361 84,3607
17 16,1182 1,29208 1068,479 85,6528
18 14,5032 1,16262 1082,982 86,8154
19 13,8751 1,11227 1096,857 87,9277
20 12,8195 1,02765 1109,677 88,9553
21 11,1340 0,89254 1120,811 89,8479
22 10,9914 0,88110 1131,802 90,7290
23 10,0024 0,80182 1141,805 91,5308
24 9,5055 0,76199 1151,310 92,2928
25 8,3355 0,66820 1159,646 92,9610
26 7,6082 0,60990 1167,254 93,5709
27 6,8250 0,54712 1174,079 94,1180
28 6,2847 0,50380 1180,363 94,6218
29 5,8924 0,47236 1186,256 95,0941
30 5,5304 0,44333 1191,786 95,5375
31 4,8161 0,38608 1196,602 95,9236
32 4,3852 0,35153 1200,988 96,2751
33 4,2443 0,34024 1205,232 96,6153
34 3,9864 0,31956 1209,218 96,9349
35 3,5548 0,28497 1212,773 97,2199
36 3,2544 0,26088 1216,028 97,4807
37 2,9750 0,23849 1219,003 97,7192
38 2,8619 0,22942 1221,864 97,9486
39 2,6542 0,21277 1224,519 98,1614
40 2,3020 0,18453 1226,821 98,3459
41 2,1269 0,17050 1228,948 98,5164
Continua
235

Continuação

42 1,9592 0,15705 1230,907 98,6735


43 1,7681 0,14173 1232,675 98,8152
44 1,6463 0,13198 1234,321 98,9472
45 1,5059 0,12071 1235,827 99,0679
46 1,4604 0,11707 1237,287 99,1850
47 1,3767 0,11036 1238,664 99,2954
48 1,2734 0,10208 1239,937 99,3974
49 1,0814 0,08669 1241,019 99,4841
50 1,0365 0,08309 1242,055 99,5672
51 0,9340 0,07487 1242,989 99,6421
52 0,8307 0,06659 1243,820 99,7087
53 0,6645 0,05327 1244,484 99,7619
54 0,6256 0,05015 1245,110 99,8121
55 0,5796 0,04646 1245,690 99,8585
56 0,5069 0,04064 1246,197 99,8992
57 0,3725 0,02986 1246,569 99,9290
58 0,2630 0,02109 1246,832 99,9501
59 0,2062 0,01653 1247,038 99,9667
60 0,1797 0,01441 1247,218 99,9811
61 0,1563 0,01253 1247,374 99,9936
62 0,0798 0,00640 1247,454 100,0000

O gráfico (screeplot) da Figura 72 apresenta o decaimento dos autovalores dos


Componentes Principais gerados.
236

300
22,19%

250

200

150 11,20%
Autovalor

8,71%
100
6,49%
6,11%
4,97%
4,31%
50 3,39%
3,25%
2,53%
2,35%
2,17%
1,99%
1,84%
1,52%
1,35%
1,29%
1,16%
1,11%
1,03%
,89%
,88%
,80%
,76%
,67%
,61%
,55%
,50%
,47%
,44%
,39%
,35%
,34%
,32%
,28%
,26%
,24%
,23%
,21%
,18%
,17%
,16%
,14%
,13%
,12%
,12%
,11%
,10%
,09%
,08%
,07%
,07%
,05%
,05%
,05%
,04%
,03%
,02%
,02%
,01%
,01%
,01%
0

-50
0 10 20 30 40 50 60
Número do Autovalor

Figura 72. Gráfico de decaimento da porcentagem de variância condensada em cada Componente Principal. 62
medidas. Dados brutos, parcela feminina.

Percebe-se a partir da Tabela 91 e da Figura 72 o mesmo padrão observado quando as


parcelas masculina e feminina são avaliadas em conjunto, ou seja, que a maior porcentagem da
variância concentra-se nos 20 primeiros Componentes Principais gerados (cerca de 88%),
quando se observa um platô no gráfico de decaimento.

A Tabela 92 apresenta a correlação entre as variáveis originais e os dois primeiros CP


extraídos.

Tabela 87. Correlação entre as variáveis originais e os Componentes Principais extraídos da matriz de
covariância. 62 medidas. Dados brutos, parcela feminina.
Componentes
Principais
Var. 1 2
GOL -0,746836 0,153454
NOL -0,722362 0,169788
BNL -0,511002 0,174765
BBH -0,549978 -0,105460
XCB -0,576349 -0,194561
XFB -0,579414 -0,323147
Continua
237

Continuação

STB -0,516779 -0,413629


ZYB -0,789862 -0,016362
AUB -0,702844 0,110098
WCB -0,490071 -0,132781
ASB -0,429903 -0,274033
BPL -0,286528 0,501982
NPH -0,306729 -0,072827
NLH -0,334585 -0,140674
OBH -0,232609 -0,064268
OBB -0,439271 0,236713
JUB -0,711600 0,199298
NLB -0,194409 0,315340
MAB -0,341245 0,265264
MDH -0,278509 -0,338169
MDB -0,232893 -0,018132
ZMB -0,545899 0,142045
FMB -0,642586 0,135182
EKB -0,633306 0,278412
DKB -0,407774 0,050047
IML -0,406736 0,260460
XML -0,470732 0,129997
WMH -0,091216 -0,852473
FOL -0,261683 0,014477
FRC -0,623224 -0,063654
PAC -0,465829 0,018905
OCC -0,307528 -0,044388
IDS-
-0,139963 0,390041
PNS
RHI-N -0,067713 -0,032619
RHI-
-0,247880 -0,017990
ZYO
RHI-
-0,329965 -0,199585
ZM
N-FM:A -0,612136 0,092747
N-PNS -0,455786 -0,094488
B-PT -0,537050 -0,012562
B-SPBL -0,503175 -0,079161
PT-
-0,265372 -0,250715
FM:A
PT-
-0,312145 -0,360313
SPBL
PT-BA -0,467851 -0,208661
PT-
-0,256823 -0,372446
AEAM
PT-ZTI -0,325221 -0,246083
PT-KT -0,096875 -0,258157
FM:A-
-0,320500 0,041245
ZYO
Continua
238

Continuação

FM:A-
-0,564367 -0,071181
MT
ZYO-
-0,191608 -0,148667
ZM
ZM-MT -0,426713 0,098165
ZM-ZTI -0,410027 0,231107
ZM-KT -0,474846 0,074565
MT-
-0,283631 0,107712
PNS
PNS-
-0,183055 0,113763
SPBL
SPBL-
-0,299493 0,089026
BA
SPBL-
-0,463105 -0,014261
TS
BA-
-0,613903 0,144926
AEAM
AEAM-
-0,207385 -0,078360
ZTI
ZTI-KT -0,381063 -0,051000
L-AST -0,297633 -0,266368
PT-AST -0,575974 0,094046
JP-AST -0,481386 0,319626

Estão destacados os valores maiores que 0,5 e menores que -0,5, ou seja, os valores
que indicam as variáveis mais fortemente correlacionadas aos componentes 1 e 2.

O componente principal 1 (CP1) para o banco de dados da parcela feminina também é


fortemente determinado pelo fator tamanho, o que se observa pelo padrão de correlação
negativa de todas as variáveis e esse primeiro componente. ZYB, GOL, NOL, JUB e AUB
(medidas de largura máxima entre os arcos zigomáticos, maior comprimento a partir da glabela
e do nasion, largura dos malares na jugalia e largura entre as raízes dos processos zigomáticos,
respectivamente) são as medidas mais altamente correlacionadas negativamente com o primeiro
componente.

Já o segundo componente principal (CP2) é dominado pela variável WMH (distância


mínima da borda mais baixa da orbita até a margem mais baixa da maxila, mesial a união com
o masseter). Com exceção das duas últimas medidas correlacionadas negativamente ao CP2, as
demais correlacionam-se positivamente ao componente.

Na Figura 73 as correlações acima descritas estão representadas com a projeção das


62 variáveis no morfo-espaço definido pelos dois primeiros Componentes Principais.
239

4 BPL

IDS-PNS (IS-PNS)
2
GOL NOL JP-AST (JP-AS)
EKB IMLMAB
JUB BNL
ZMB ZM-ZTI
FMB BA-AEAM (ZI-ZYGO)NLB
AUB XML
(BA-EAM)
PT-AST(ZI-TSP)
ZM-KT (PT-AS) PNS-SPBLOBB (PNS-APET)
PAC SPBL-BA
N-FM:A ZM-MT (APET-BA)
(NA-FM)
DKB(ZI-MT)
MT-PNS
ZYB B-PT (BR-PT) FM:A-ZYO
SPBL-TS
RHI-ZYO FOL
MDB
RHI-N
OBH(FM-ZS)
(APET-TS)
(NSL-ZS)
(NSL-NA)
0 B-SPBL ZTI-KT
FRC FM:A-MT OCC
N-PNS
(BR-APET) (ZYGO-TSP)
(FM-MT)
NPH AEAM-ZTI
(NA-PNS)NLH
ZYO-ZM (EAM-ZYGO)
(ZS-ZI)
BBH WCB RHI-ZM (NSL-ZI)
XCB PT-BAPT-ZTI (PT-ZYGO)
MDH (PT-TSP)
PT-KT
Factor 2 : 11,20%

ASBPT-FM:A
PT-AEAM
PT-SPBL
L-AST (PT-FM)
(LD-AS) (PT-EAM)
(PT-APET)
XFB
-2 STB

-4

-6

-8
WMH

-10
-5 -4 -3 -2 -1 0
Factor 1 : 22,19%

Figura 73. Projeção das variáveis no morfoespaço definido pelos dois primeiros Componentes Principais. 62
medidas. Dados brutos, parcela feminina.

Fica claro que GOL e NOL são fortemente negativamente correlacionadas ao CP1 e
positivamente correlacionados ao CP2. WMH, em contrapartida, é a variável mais
negativamente correlacionada ao CP2. Medidas relacionadas ao prognatismo maxilar como
BPL e IDS-PNS aparecem positivamente correlacionadas ao CP2.

O gráfico da Figura 74 apresenta a projeção de cada indivíduo com as elipses de


dispersão dos grupos, notando-se grande sobreposição dos mesmos.
240

40

20

0
Factor 2: 11,20%

-20

-40

-60

-80

-100
branca
-60 -40 -20 0 20 40 60
parda
Factor 1: 22,19% negra

Figura 74. Projeção dos indivíduos e elipses de dispersão dos grupos de cor no morfoespaço definido pelos dois
primeiros Componentes Principais. 62 medidas. Dados brutos, parcela feminina.

A partir da figura 74 percebe-se que para o sexo feminino, há ainda mais sobreposição
dos grupos, apesar de as elipses de dispersão de cada um deles ser ligeiramente distinta. Quanto
a esse aspecto, percebe-se que elipse de negras está contida na elipse de brancas, enquanto que
a elipse do grupo de indivíduos classificados como pardos seria mais similar a de negros, mas
ainda assim intermediária, longa como a de brancos mas estreita como a de negros.

A elipse que compreende mulheres classificadas como negras é menos dispersa e


apenas ligeiramente mais alongada para a esquerda, indicando tendência sutil de maiores
medidas relacionadas ao comprimento (GOL e NOL). A elipse que compreende mulheres
classificadas como brancas é mais ampla, indicando maiores medidas tanto para comprimento,
quanto para largura e prognatismo. A elipse de pardos, mais alongada, indica crânios com maior
variação / amplitude de comprimento que ambos os grupos parentais.

As mesmas análises foram feitas utilizando-se apenas as medidas neurocranianas e


apenas as medidas da face, separadamente, agora somente para a parcela feminina.

A Tabela 93 apresenta os componentes principais gerados a partir das 28 medidas do


neuro-crânio.
241

Tabela 88. Autovalores da matriz de covariância e porcentagens de variância explicadas por cada Componente
Principal. 28 medidas do neuro-crânio. Dados brutos, parcela feminina.
%
Componente Autovalor
Autovalor Variância Cumulativa %
Principal Cumulativo
Total
1 196,2485 31,50909 196,2485 31,5091
2 83,0843 13,33978 279,3328 44,8489
3 55,3990 8,89471 334,7318 53,7436
4 52,4538 8,42184 387,1856 62,1654
5 38,8396 6,23598 426,0252 68,4014
6 35,2190 5,65466 461,2442 74,0561
7 24,7174 3,96855 485,9616 78,0246
8 20,8199 3,34278 506,7815 81,3674
9 18,1385 2,91227 524,9200 84,2797
10 14,9540 2,40096 539,8740 86,6806
11 12,9681 2,08212 552,8421 88,7627
12 10,3038 1,65435 563,1459 90,4171
13 9,1551 1,46992 572,3010 91,8870
14 7,8360 1,25813 580,1370 93,1451
15 7,4524 1,19654 587,5895 94,3417
16 6,0347 0,96891 593,6241 95,3106
17 5,4485 0,87479 599,0726 96,1854
18 4,5533 0,73106 603,6259 96,9164
19 4,1289 0,66292 607,7548 97,5794
20 3,6492 0,58590 611,4040 98,1653
21 2,9787 0,47826 614,3827 98,6435
22 2,1316 0,34225 616,5143 98,9858
23 1,9070 0,30619 618,4213 99,2920
24 1,4122 0,22674 619,8336 99,5187
25 1,1888 0,19087 621,0224 99,7096
26 0,8990 0,14434 621,9214 99,8539
27 0,6393 0,10265 622,5607 99,9566
28 0,2705 0,04344 622,8312 100,0000

O gráfico (screeplot) da Figura 75 apresenta o decaimento dos autovalores dos


Componentes Principais acima apresentados.
242

220

200 31,51%

180

160

140

120
Autovalor

100
13,34%
80

60 8,89%
8,42%
6,24%
5,65%
40
3,97%
3,34%
2,91%
20 2,40%
2,08%
1,65%
1,47%
1,26%
1,20%
,97%
,87%
,73%
,66%
,59%
,48%
,34%
,31%
,23%
,19%
,14%
,10%
,04%
0

-20
0 5 10 15 20 25 30
Número do Autovalor

Figura 75. Gráfico de decaimento da porcentagem de variância condensada em cada Componente Principal. 28
medidas do neuro-crânio. Dados brutos, parcela feminina.

Assim como para a análise envolvendo ambos os sexos em conjunto e para o sexo
masculino, percebe-se que a maior porcentagem da variância compreende-se entre os 10
primeiros Componentes Principais gerados (cerca de 87%), quando se observa um platô. A
Tabela 94 apresenta a correlação entre as variáveis originais e os dois primeiros CP extraídos.

Tabela 89. Correlação entre as variáveis originais e os Componentes Principais extraídos da matriz de
covariância. 28 medidas do neuro-crânio. Dados brutos, parcela feminina.
Componentes
Principais
Var. 1 2
GOL -0,759075 0,565327
NOL -0,730246 0,586882
BBH -0,624227 -0,070101
XCB -0,642776 -0,538744
XFB -0,663422 -0,575074
STB -0,615099 -0,600040
AUB -0,653375 -0,231567
WCB -0,502388 -0,183998
ASB -0,476796 -0,331807
MDH -0,258573 0,098108
Continua
243

Continuação

MDB -0,220066 0,134762


FOL -0,274736 0,292980
FRC -0,685531 -0,012474
PAC -0,556607 0,437824
OCC -0,364026 -0,001780
B-PT -0,659400 -0,252297
B-SPBL -0,583855 -0,043934
PT-SPBL -0,274842 -0,213636
PT-BA -0,419863 -0,158506
PT-AEAM -0,201774 -0,047274
PT-KT -0,116618 -0,145921
PNS-SPBL -0,149530 0,094688
SPBL-BA -0,273984 0,006154
SPBL-TS -0,475001 -0,017192
BA-AEAM -0,549252 -0,065695
L-AST -0,359855 -0,120122
PT-AST -0,551629 0,173798
JP-AST -0,429830 0,238049

Na Tabela 94 estão em destaque os valores maiores que 0,5 e menores que -0,5, ou

seja, aqueles que indicam as variáveis mais fortemente correlacionadas aos componentes 1 e 2.

Considerando-se apenas as variáveis do neuro-crânio, há a dominância do fator

tamanho no primeiro componente principal, assim como em todos os testes até aqui realizados,

com todas as variáveis apresentando-se negativamente correlacionadas ao CP1. As variáveis

mais fortemente correlacionadas são GOL e NOL (comprimento craniano), seguidas por FRC

(distância do nasion ao bregma), XFB (largura máxima na altura da sutura coronal), B-PT

(distância do bregma ao pterion) e AUB (distância entre as raízes do processo zigomático).

O segundo componente principal (CP2), por sua vez, é preponderantemente

influenciado, novamente, pelas variáveis STB (largura entre os pontos stephanion de ambos os

lados), NOL, XFB (largura máxima no fronta), GOL (comprimento craniano) e XCB (largura

craniana máxima). Apenas GOL e NOL estão positivamente correlacionadas ao CP2.


244

A Figura 76 apresenta a projeção das 28 variáveis no morfo-espaço definido pelos dois

primeiros Componentes Principais.

GOL NOL
4

PAC
3

2
Factor 2 : 13,34%

JP-AST (JP-AS) FOL


1 PT-AST (PT-AS)
MDB(PNS-APET)
PNS-SPBL
MDH
FRC (BR-APET) OCC SPBL-BA
SPBL-TS(APET-BA)
(APET-TS)
0 B-SPBL PT-AEAM
BA-AEAM (BA-EAM) (PT-EAM)
BBH
L-AST (LD-AS) PT-KT (PT-TSP)
PT-BA
WCB PT-SPBL (PT-APET)
-1 B-PT (BR-PT)
AUB
ASB

-2

XCB
-3 XFB
STB
-4
-5,5 -5,0 -4,5 -4,0 -3,5 -3,0 -2,5 -2,0 -1,5 -1,0 -0,5 0,0
Factor 1 : 31,51%

Figura 76. Projeção das variáveis no morfoespaço definido pelos dois primeiros Componentes Principais. 28
medidas do neuro-crânio. Dados brutos, parcela feminina.

Evidencia-se na Figura 76 que enquanto principalmente medidas relacionadas à

largura craniana relacionam-se negativamente aos CP1 e CP2, medidas de comprimento como

GOL, NOL e PAC, são positivamente correlacionadas ao CP2.

O gráfico da Figura 77 apresenta a projeção de cada indivíduo no morfoespaço com as

elipses de dispersão dos grupos.


245

30

20

10
Factor 2: 13,34%

-10

-20

-30
branca
-60 -40 -20 0 20 40 60
parda
Factor 1: 31,51% negra

Figura 77. Projeção dos indivíduos e elipses de dispersão dos grupos de cor no morfoespaço definido pelos dois
primeiros Componentes Principais. 28 medidas do neuro-crânio. Dados brutos, parcela feminina.

Apesar da sobreposição das elipses, mais uma vez é possível identificar diferentes
padrões. A elipse de dispersão que compreende o grupo de mulheres negras é apenas
ligeiramente deslocada para cima em relação à elipse de mulheres brancas, que por sua vez se
estende até a porção mais inferior do gráfico. A partir de tal distribuição pode-se pensar que
medidas relacionadas ao comprimento tem maior peso sobre a dispersão do primeiro grupo
enquanto que para o segundo observa-se maior influência de medidas relacionadas à largura.
Ressalta-se, contudo, que ambas as elipses estão bastante sobrepostas. Com a conformação
aparentemente mais distinta tanto da dispersão de brancas quanto da dispersão de negras, a
elipse que compreende mulheres classificadas como pardas parece indicar maior influência de
medidas relacionadas ao comprimento craniano.

A Tabela 95 apresenta os componentes principais gerados a partir das 34 medidas da


face.
246

Tabela 90. Autovalores da matriz de covariância e porcentagens de variância explicadas por cada Componente
Principal. 34 medidas da face. Dados brutos, parcela feminina.
%
Componente Autovalor
Autovalor Variância Cumulativa %
Principal Cumulativo
Total
1 147,1365 23,55606 147,1365 23,5561
2 119,7098 19,16513 266,8463 42,7212
3 76,8651 12,30585 343,7115 55,0270
4 49,5125 7,92678 393,2240 62,9538
5 34,5379 5,52939 427,7618 68,4832
6 29,2914 4,68945 457,0532 73,1727
7 24,4079 3,90762 481,4611 77,0803
8 19,7907 3,16842 501,2518 80,2487
9 17,1344 2,74315 518,3862 82,9919
10 14,3229 2,29304 532,7090 85,2849
11 11,1384 1,78322 543,8474 87,0681
12 10,5510 1,68918 554,3984 88,7573
13 9,3562 1,49789 563,7546 90,2552
14 9,1927 1,47172 572,9473 91,7269
15 7,4612 1,19451 580,4085 92,9214
16 6,5265 1,04487 586,9349 93,9663
17 4,9752 0,79651 591,9101 94,7628
18 4,4107 0,70615 596,3209 95,4689
19 3,7269 0,59666 600,0477 96,0656
20 3,3890 0,54257 603,4368 96,6082
21 3,1262 0,50049 606,5630 97,1087
22 3,0099 0,48188 609,5729 97,5905
23 2,5501 0,40826 612,1230 97,9988
24 2,2494 0,36013 614,3724 98,3589
25 2,0457 0,32751 616,4181 98,6864
26 1,8389 0,29440 618,2570 98,9808
27 1,7311 0,27715 619,9881 99,2580
28 1,3634 0,21828 621,3516 99,4763
29 1,1993 0,19201 622,5509 99,6683
30 0,7937 0,12706 623,3445 99,7953
31 0,5836 0,09344 623,9282 99,8888
32 0,3396 0,05437 624,2678 99,9431
33 0,2268 0,03631 624,4946 99,9795
34 0,1284 0,02055 624,6230 100,0000

O gráfico (screeplot) da Figura 78 apresenta o decaimento dos autovalores dos


Componentes Principais acima apresentados.
247

160
23,56%

140

19,17%
120

100
Autovalor

80 12,31%

60
7,93%

40 5,53%
4,69%
3,91%
3,17%
2,74%
20 2,29%
1,78%
1,69%
1,50%
1,47%
1,19%
1,04%
,80%
,71%
,60%
,54%
,50%
,48%
,41%
,36%
,33%
,29%
,28%
,22%
,19%
,13%
,09%
,05%
,04%
,02%
0

-20
0 5 10 15 20 25 30 35
Número do Autovalor

Figura 78. Gráfico de decaimento da porcentagem de variância condensada em cada Componente Principal. 34
medidas da face. Dados brutos, parcela feminina

Evidencia-se que a maior porcentagem da variância está concentrada nos 11 primeiros


Componentes Principais gerados (cerca de 87%), quando se observa um platô no gráfico de
decaimento. A Tabela 96 apresenta a correlação entre as variáveis originais e os dois primeiros
CP extraídos.

Tabela 91. Correlação entre as variáveis originais e os Componentes Principais extraídos da matriz de
covariância. 34 medidas da face. Dados brutos, parcela feminina.
Componentes
Principais
Var. 1 2
BNL -0,549779 -0,022386
ZYB -0,734531 0,237124
BPL -0,673896 -0,281384
NPH -0,252408 0,189871
NLH -0,185276 0,201445
OBH -0,184667 0,159753
OBB -0,512769 -0,053515
JUB -0,854638 0,080599
NLB -0,395765 -0,174726
MAB -0,502093 -0,099200
Continua
248

Continuação

ZMB -0,684432 0,103096


FMB -0,672553 0,136142
EKB -0,778890 -0,014072
DKB -0,449897 0,101870
IML -0,629397 0,030687
XML -0,561850 0,085753
WMH 0,035636 0,960716
IDS-PNS -0,479982 -0,235655
RHI-N -0,047838 0,054381
RHI-ZYO -0,248612 0,118297
RHI-ZM -0,251423 0,265195
N-FM:A -0,616630 0,158024
N-PNS -0,298212 0,176795
PT-FM:A -0,223198 0,290792
PT-ZTI -0,275663 0,307565
FM:A-ZYO -0,253265 0,099227
FM:A-MT -0,435931 0,245080
ZYO-ZM -0,173934 0,187717
ZM-MT -0,481562 0,034466
ZM-ZTI -0,560618 0,037030
ZM-KT -0,434308 0,027159
MT-PNS -0,343068 0,009203
AEAM-ZTI -0,156567 0,071045
ZTI-KT -0,319384 0,105822

Valores maiores que 0,5 e menores que -0,5, ou seja, os valores que indicam as
variáveis mais fortemente correlacionadas aos componentes 1 e 2 estão grifados e em negrito.

Na parcela feminina, para medidas da face, o fator tamanho novamente domina o CP1,
que apresenta correlação negativa para quase todas as variáveis, com exceção de WMH.

As medidas mais fortemente correlacionadas ao CP1 são JUB (largura externa entre
malares na jugália), EKB (largura entre as órbitas), ZYB (largura máxima entre os arcos
zigomáticos), ZMB (largura ao longo da maxila, de um zigomaxilare anterior ao outro), BPL
(comprimento do basion ao prosthion), FMB (largura do osso frontal entre o frontomalare
anterior de cada lado), IML (comprimento do malar) e N-FM:A (distância do nasion ao
frontomalare anterior), seguindo o observado para ambos os sexos analisados em conjunto e
para o sexo masculino. Em relação ao CP2, é fortemente correlacionado positivamente à
variável WMH (distância mínima da borda mais baixa da orbita até a margem mais baixa da
maxila, mesial à união com o masseter).
249

A Figura 79 apresenta a projeção das 34 variáveis no morfoespaço definido pelos dois


primeiros Componentes Principais, gráfico no qual as correlações acima descritas ficam
visualmente evidenciadas.

WMH
10

6
Factor 2 : 19,17%

2 PT-FM:A (PT-FM)
ZYB
PT-ZTINPH (PT-ZYGO)
FMB FM:A-MTRHI-ZM (NSL-ZI)
(FM-MT)
JUB ZMB N-PNS
ZTI-KT
N-FM:A (NA-PNS)
ZYO-ZMNLH(ZS-ZI)
(ZYGO-TSP)
(NA-FM)
ZM-ZTI XML RHI-ZYO
IML (ZI-ZYGO)
ZM-KT (ZI-TSP) DKB
AEAM-ZTI
FM:A-ZYO OBH
(NSL-ZS)
(EAM-ZYGO)
RHI-N(FM-ZS)
(NSL-NA)
EKBBNL ZM-MT (ZI-MT)
MT-PNS
OBB
0 MAB NLB

IDS-PNS (IS-PNS)
BPL
-2

-6 -5 -4 -3 -2 -1 0 1
Factor 1 : 23,56%

Figura 79. Projeção das variáveis no morfoespaço definido pelos dois primeiros Componentes Principais. 34
medidas da face. Dados brutos, parcela feminina.

O gráfico da Figura 80 apresenta a projeção de cada indivíduo no morfoespaço


definido pelos dois primeiros Componentes Principais com as elipses de dispersão de cada
grupo.
250

100

80

60
Factor 2: 19,17%

40

20

-20

-40
branca
-40 -30 -20 -10 0 10 20 30 40
parda
Factor 1: 23,56% negra

Figura 80. Projeção dos indivíduos e elipses de dispersão dos grupos de cor no morfoespaço definido pelos dois
primeiros Componentes Principais. 34 medidas da face. Dados brutos. Parcela masculina.

Para as variáveis da face, a apresentação gráfica da figura 86 permite visualizar que as


elipses de mulheres classificadas como pardas e negras são muito similares, tendendo a serem
mais alongadas e ligeiramente mais deslocadas para a esquerda. Tal posicionamento indica que
mulheres classificadas como pardas e negras tenderiam a apresentar valores maiores para
medidas como BPL (relacionada à prognatismo maxilar) e JUB, ZYB, EKB, ZMB
(relacionadas à largura). A elipse de dispersão de brancas por sua vez, mais deslocada para a
direita pode indicar maior peso da medida WMH (medida relacionada à altura da face).

Considerando que para todos os testes das sessões anteriores houve pouca diferença
entre os resultados obtidos para o banco de dados corrigidos quanto ao fator tamanho e
corrigidos quanto a tamanho e sem outliers, optamos por realizar as análises de Componentes
Principais apenas com esse último banco de dados, a fim de comparar seus resultados com os
dados brutos e com as parcelas masculina e feminina separadamente.
251

6.4.4. Dados corrigidos para tamanho e sem outliers

A partir das 62 variáveis cranianas foram calculados os componentes principais


apresentados na Tabela 97.

Tabela 92. Autovalores da matriz de covariância e porcentagens de variância explicadas por cada Componente
Principal. 62 medidas. Dados corrigidos para tamanho e sem outliers.

%
Componente Autovalor
Autovalor Variância Cumulativa %
Principal Cumulativo
Total
1 0,041163 15,01305 0,041163 15,0130
2 0,035255 12,85856 0,076418 27,8716
3 0,023998 8,75251 0,100416 36,6241
4 0,017728 6,46603 0,118144 43,0901
5 0,016479 6,01022 0,134623 49,1004
6 0,011705 4,26916 0,146328 53,3695
7 0,011129 4,05911 0,157457 57,4286
8 0,010441 3,80823 0,167899 61,2369
9 0,008846 3,22649 0,176745 64,4633
10 0,008800 3,20959 0,185545 67,6729
11 0,007367 2,68678 0,192912 70,3597
12 0,006600 2,40705 0,199511 72,7668
13 0,005839 2,12979 0,205351 74,8966
14 0,005812 2,11994 0,211163 77,0165
15 0,005075 1,85086 0,216238 78,8674
16 0,004463 1,62793 0,220701 80,4953
17 0,003991 1,45572 0,224693 81,9510
18 0,003736 1,36256 0,228428 83,3136
19 0,003324 1,21238 0,231752 84,5259
20 0,003154 1,15041 0,234907 85,6764
21 0,002972 1,08396 0,237879 86,7603
22 0,002762 1,00749 0,240641 87,7678
23 0,002493 0,90917 0,243134 88,6770
24 0,002303 0,83996 0,245437 89,5169
25 0,002068 0,75414 0,247504 90,2711
26 0,002007 0,73215 0,249512 91,0032
27 0,001934 0,70551 0,251446 91,7087
28 0,001821 0,66417 0,253267 92,3729
29 0,001747 0,63717 0,255014 93,0101
30 0,001615 0,58910 0,256629 93,5992
31 0,001471 0,53655 0,258100 94,1357
32 0,001446 0,52737 0,259546 94,6631
33 0,001347 0,49137 0,260894 95,1545
34 0,001170 0,42677 0,262064 95,5812
35 0,001100 0,40122 0,263164 95,9825
Continua
252

Continuação

36 0,000965 0,35184 0,264128 96,3343


37 0,000904 0,32968 0,265032 96,6640
38 0,000825 0,30090 0,265857 96,9649
39 0,000778 0,28394 0,266636 97,2488
40 0,000708 0,25811 0,267344 97,5069
41 0,000678 0,24711 0,268021 97,7540
42 0,000662 0,24134 0,268683 97,9954
43 0,000570 0,20792 0,269253 98,2033
44 0,000556 0,20277 0,269809 98,4061
45 0,000515 0,18792 0,270324 98,5940
46 0,000493 0,17985 0,270817 98,7738
47 0,000422 0,15379 0,271239 98,9276
48 0,000415 0,15147 0,271654 99,0791
49 0,000397 0,14468 0,272051 99,2238
50 0,000332 0,12126 0,272383 99,3450
51 0,000291 0,10627 0,272675 99,4513
52 0,000271 0,09884 0,272946 99,5501
53 0,000255 0,09302 0,273201 99,6432
54 0,000224 0,08171 0,273425 99,7249
55 0,000196 0,07143 0,273621 99,7963
56 0,000154 0,05626 0,273775 99,8526
57 0,000122 0,04439 0,273897 99,8970
58 0,000102 0,03702 0,273998 99,9340
59 0,000078 0,02829 0,274076 99,9623
60 0,000056 0,02046 0,274132 99,9827
61 0,000032 0,01161 0,274164 99,9943
62 0,000016 0,00566 0,274179 100,0000

O gráfico (screeplot) da Figura 81 apresenta o decaimento dos autovalores dos


Componentes Principais gerados.
253

15,01%
0,04

12,86%

0,03

8,75%
Autovalor

0,02
6,47%
6,01%

4,27%
4,06%
3,81%
0,01 3,23%
3,21%
2,69%
2,41%
2,13%
2,12%
1,85%
1,63%
1,46%
1,36%
1,21%
1,15%
1,08%
1,01%
,91%
,84%
,75%
,73%
,71%
,66%
,64%
,59%
,54%
,53%
,49%
,43%
,40%
,35%
,33%
,30%
,28%
,26%
,25%
,24%
,21%
,20%
,19%
,18%
,15%
,15%
,14%
,12%
,11%
,10%
,09%
,08%
,07%
,06%
,04%
,04%
,03%
,02%
,01%
,01%
0,00

0 10 20 30 40 50 60
Número do Autovalor

Figura 81. Gráfico de decaimento da porcentagem de variância condensada em cada Componente Principal. 62
medidas. Dados corrigidos para tamanho e sem outliers.

Percebe-se que a maior porcentagem da variância compreende-se entre os 20 primeiros


Componentes Principais gerados (cerca de 86%), quando se observa um platô no gráfico de
decaimento. A Tabela 98 apresenta a correlação entre as variáveis originais e os dois primeiros
componentes CP extraídos.

Tabela 93. Correlação entre as variáveis originais e os Componentes Principais extraídos da matriz de
covariância. 62 medidas. Dados corrigidos para tamanho e sem outliers.

Var. CP1 CP2


GOL 0,225864 0,667572
NOL 0,191792 0,670291
BNL -0,111809 0,284402
BBH 0,494467 0,472192
XCB 0,655074 -0,567045
XFB 0,704765 -0,454192
STB 0,734349 -0,404221
ZYB -0,085595 -0,640894
AUB 0,335051 -0,620230
WCB 0,225908 -0,360478
ASB 0,471654 -0,343428
Continua
254

Continuação

BPL -0,496117 0,041182


NPH -0,209247 0,123287
NLH 0,010009 -0,023455
OBH 0,164683 -0,017658
OBB 0,116555 -0,168264
JUB -0,316220 -0,509985
NLB -0,370523 -0,051467
MAB -0,286317 -0,070716
MDH -0,024360 0,193102
MDB -0,048860 0,131334
ZMB -0,350181 -0,245448
FMB -0,173369 -0,330260
EKB -0,204946 -0,346209
DKB -0,246637 -0,152880
IML -0,484733 -0,035397
XML -0,374943 -0,088919
WMH -0,081606 0,066073
FOL 0,101142 0,130426
FRC 0,520428 0,330030
PAC 0,338881 0,446251
OCC 0,349185 0,368957
IDS-
-0,405844 -0,007112
PNS
RHI-N -0,143756 -0,072358
RHI-
0,126993 -0,150229
ZYO
RHI-
0,093413 -0,162731
ZM
N-FM:A -0,126341 -0,208731
N-PNS 0,161696 0,150708
B-PT 0,729538 -0,045156
B-SPBL 0,510217 0,466152
PT-
-0,073574 0,233909
FM:A
PT-
0,250525 -0,033986
SPBL
PT-BA 0,229189 0,129743
PT-
0,084104 0,105286
AEAM
PT-ZTI -0,089778 0,131573
PT-KT 0,056606 -0,059836
FM:A-
0,064945 -0,022854
ZYO
FM:A-
-0,001216 0,035549
MT
ZYO-
-0,155935 -0,011994
ZM
ZM-MT -0,138793 -0,152877
ZM-ZTI -0,425088 0,030763
ZM-KT -0,174254 0,244973
Continua
255

Continuação

MT-
-0,174661 -0,099246
PNS
PNS-
-0,112551 -0,005007
SPBL
SPBL-
-0,009892 0,235716
BA
SPBL-
0,190536 -0,329992
TS
BA-
0,159401 -0,244474
AEAM
AEAM-
0,116812 0,057823
ZTI
ZTI-KT -0,060313 0,166932
L-AST 0,397548 0,128407
PT-AST 0,143553 0,125989
JP-AST -0,062434 0,193309

Destacados em vermelho na Tabela 98, valores maiores que 0,5 e menores que -0,5,
ou seja, os valores que indicam as variáveis mais fortemente correlacionadas aos componentes
1 e 2.

O componente principal 1 (CP1), fortemente dominado pelo fator tamanho nos testes
anteriores, agora apresenta-se com padrão diferente. As variáveis mais correlacionadas a este
são STB (largura máxima entre as intersecções em ambos os lados da sutura coronal com a
linha temporal inferior marcando a origem do músculo temporal), B-PT (distância do bregma
ao pterion), XFB (largura máxima na altura da sutura coronal) e XCB (largura máxima
craniana). Todas essas medidas se correlacionam positivamente ao CP1.

NOL e GOL (medidas de maior comprimento a partir do nasion e da glabela


respectivamente) são as medidas mais altamente correlacionadas positivamente ao segundo
componente. Em seguida, ZYB (largura máxima entre os arcos zigomáticos) e AUB (largura
entre as raízes do processo zigomático), também com correlação forte, porém agora
negativamente.

As correlações apresentadas acima estão graficamente representadas na Figura 82 que


por sua vez, apresenta a projeção das 62 variáveis no morfo-espaço definido pelos dois
primeiros Componentes Principais.
256

0,08
GOL
NOL
0,06
PAC
BBH
B-SPBL
OCC(BR-APET)
0,04
FRC
Factor 2 : 12,86%

0,02 BNL
ZM-KT (ZI-TSP)
PT-FM:A (PT-FM)
JP-AST
ZTI-KT
SPBL-BA (JP-AS)
(ZYGO-TSP)
(APET-BA) L-AST (LD-AS)
PT-ZTI MDH
NPHN-PNS
PT-AST
(PT-ZYGO)
MDB (NA-PNS)
(PT-AS)
PT-BA
PT-AEAM
BPL ZM-ZTI (ZI-ZYGO) FOL(PT-EAM)
AEAM-ZTI (EAM-ZYGO)
WMH(FM-MT)
FM:A-MT
IDS-PNS PNS-SPBL
(IS-PNS)
ZYO-ZM
IML RHI-NNLB (PNS-APET)
(ZS-ZI)
FM:A-ZYONLHOBH
PT-SPBL (FM-ZS)
(PT-APET) B-PT (BR-PT)
0,00 XML
MAB MT-PNS
(NSL-NA)
PT-KT (PT-TSP)
OBB
ZM-MT
DKB
N-FM:A (ZI-MT)
(NA-FM)
RHI-ZYO
RHI-ZM (NSL-ZS)
(NSL-ZI)
BA-AEAM(APET-TS)
SPBL-TS (BA-EAM)
ZMB EKB
FMB
-0,02 WCB
ASB
JUB

-0,04 XFB STB


ZYB
AUB
XCB
-0,06

-0,06 -0,04 -0,02 0,00 0,02 0,04 0,06 0,08


Factor 1 : 15,01%
Figura 82. Projeção das variáveis no morfo-espaço definido pelos dois primeiros Componentes Principais. 62
medidas. Dados corrigidos para tamanho e sem outlieres.

O gráfico da Figura 82 permite visualizar que em sua porção superior, mais para a
direita (e portanto positivamente correlacionadas à ambos os componentes 1 e 2), estão
localizadas medidas referentes ao comprimento craniano (GOL, NOL, PAC, FRC) e à sua altura
(BBH, B-SPBL). Na porção inferior direita (e, portanto, correlacionadas positivamente ao CP1
e negativamente ao CP2), localizam-se variáveis relacionadas à largura craniana (XCB, STB,
XFB, AUB, ASB). Mais para a esquerda, porção central, correlacionadas negativamente ao
primeiro componente, porém, com menor domínio positivo sobre o CP2, localizam-se medidas
relacionadas a prognatismo maxilar (BPL e IDS-PNS).

O gráfico da Figura 83 apresenta a projeção de cada indivíduo no morfo-espaço


definido pelos CP1 e CP2, com as elipses de dispersão que compreendem os grupos de cor.
257

0,6

0,4

0,2
Factor 2: 12,86%

0,0

-0,2

-0,4

-0,6

branca
-0,8 -0,6 -0,4 -0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8
parda
Factor 1: 15,01% negra

Figura 83. Projeção dos indivíduos e elipses de dispersão dos grupos de cor no morfoespaço definido pelos dois
primeiros Componentes Principais. 62 medidas. Dados corrigidos para tamanho e sem outliers.

Percebe-se grande sobreposição dos indivíduos de todos os grupos, sendo possível


diferenciar minimamente as elipses de dispersão de negros, pardos e brancos. Evidencia-se
maior diferença entre as elipses de negros e brancos. A elipse que compreende indivíduos
classificados como negros alonga-se para a esquerda indicando prevalência de maiores medidas
relacionadas ao prognatismo maxilar. Já a elipse que compreende indivíduos classificados
como brancos é mais alongada verticalmente e localiza-se mais para a direita, indicando
maiores medidas relacionadas à largura, altura e comprimento do crânio. A elipse de pardos
pode ser interpretada como intermediária, já que assim como brancos alonga-se para baixo,
indicando maiores medidas que negros para largura craniana, mas assim como negros, alonga-
se ligeiramente para a esquerda, indicando possivelmente maiores medidas relacionadas a
prognatismo que brancos.

Tal evidência vai em concordância com o apresentado em análises anteriormente


realizadas, no sentido de que brancos e negros são os grupos mais distintos enquanto pardos
apresentam morfologia intermediária.

As mesmas análises foram feitas utilizando-se apenas as medidas neurocranianas e


apenas as medidas da face, separadamente, conforme já realizado para os testes anteriores.
258

A Tabela 99 apresenta os componentes principais gerados a partir das 28 medidas do


neuro-crânio.

Tabela 94. Autovalores da matriz de covariância e porcentagens de variância explicadas por cada Componente
Principal. 28 medidas do neuro-crânio. Dados corrigidos para tamanho e sem outliers.

%
Componente Autovalor
Autovalor Variância Cumulativa %
Principal Cumulativo
Total
1 0,035154 21,19959 0,035154 21,1996
2 0,031475 18,98094 0,066630 40,1805
3 0,018647 11,24510 0,085277 51,4256
4 0,016694 10,06699 0,101970 61,4926
5 0,009240 5,57217 0,111210 67,0648
6 0,008053 4,85633 0,119263 71,9211
7 0,006914 4,16968 0,126178 76,0908
8 0,005652 3,40849 0,131830 79,4993
9 0,005203 3,13786 0,137033 82,6371
10 0,004114 2,48077 0,141147 85,1179
11 0,003582 2,15984 0,144729 87,2777
12 0,002986 1,80049 0,147714 89,0782
13 0,002703 1,63009 0,150417 90,7083
14 0,002383 1,43715 0,152801 92,1455
15 0,001921 1,15851 0,154722 93,3040
16 0,001834 1,10614 0,156556 94,4101
17 0,001608 0,96977 0,158164 95,3799
18 0,001443 0,87008 0,159607 96,2500
19 0,001359 0,81977 0,160966 97,0697
20 0,001196 0,72118 0,162162 97,7909
21 0,000777 0,46866 0,162939 98,2596
22 0,000735 0,44341 0,163675 98,7030
23 0,000633 0,38188 0,164308 99,0849
24 0,000545 0,32882 0,164853 99,4137
25 0,000395 0,23807 0,165248 99,6517
26 0,000300 0,18085 0,165548 99,8326
27 0,000258 0,15537 0,165805 99,9880
28 0,000020 0,01203 0,165825 100,0000

O gráfico (screeplot) da Figura 84 apresenta o decaimento dos autovalores dos


Componentes Principais acima apresentados.
259

0,04

21,20%

18,98%
0,03

0,02 11,25%
Autovalor

10,07%

0,01 5,57%
4,86%
4,17%
3,41%
3,14%
2,48%
2,16%
1,80%
1,63%
1,44%
1,16%
1,11%
,97%
,87%
,82%
,72%
,47%
,44%
,38%
,33%
,24%
,18%
,16%
,01%
0,00

0 5 10 15 20 25 30
Número do Autovalor

Figura 84. Gráfico de decaimento da porcentagem de variância condensada em cada Componente Principal. 28
medidas do neuro-crânio. Dados corrigidos para tamanho e sem outliers.

Percebe-se a partir da tabela e do gráfico que a maior porcentagem da variância


compreende-se entre os 11 primeiros Componentes Principais gerados (cerca de 87%), quando
se observa um platô no gráfico de decaimento. A Tabela 100 apresenta a correlação entre as
variáveis originais e os dois primeiros CP extraídos.

Tabela 95. Correlação entre as variáveis originais e os Componentes Principais extraídos da matriz de
covariância. 28 medidas do neuro-crânio. Dados corrigidos para tamanho e sem outliers.
Componentes
Principais
Var. 1 2
GOL 0,194476 0,793632
NOL 0,162884 0,791817
BBH 0,430881 0,444743
XCB 0,725409 -0,479513
XFB 0,778246 -0,378148
STB 0,792879 -0,352064
AUB 0,416937 -0,516635
WCB 0,229852 -0,268372
ASB 0,526302 -0,257234
MDH -0,083848 0,151796
Continua
260

Continuação

MDB -0,124923 0,112354


FOL 0,072211 0,153988
FRC 0,477399 0,362994
PAC 0,311755 0,540957
OCC 0,325980 0,408886
B-PT 0,757544 0,070221
B-SPBL 0,484997 0,453248
PT-SPBL 0,231681 -0,141062
PT-BA 0,183104 0,009049
PT-AEAM 0,008958 -0,009797
PT-KT -0,062365 -0,168436
PNS-SPBL -0,094262 0,025229
SPBL-BA -0,044455 0,196860
SPBL-TS 0,219352 -0,258495
BA-AEAM 0,205160 -0,187417
L-AST 0,428743 0,216914
PT-AST 0,098013 0,154028
JP-AST -0,076218 0,219517

Em destaque na Tabela 100 estão os valores maiores que 0,5 e menores que -0,5, ou
seja, os valores que indicam as variáveis mais fortemente correlacionadas aos CP1 e 2.

As variáveis mais fortemente correlacionadas (positivamente) ao CP1 são STB, XFB,


B-PT e XCB (relacionadas à largura do crânio). O CP2 por sua vez é preponderantemente
influenciado novamente pelas variáveis GOL, NOL e PAC (referentes ao comprimento
craniano e positivamente correlacionas ao componente) e AUB (referente à largura do crânio,
correlacionada negativamente).

A Figura 85 apresenta a projeção das 28 variáveis no morfo-espaço definido pelos CP1


e CP2.
261

GOL
NOL
0,08

PAC
0,06

OCC BBH
B-SPBPL
0,04
FRC
Factor 2 : 18,98%

L-AST
0,02
JP-AST
PT-AST
SPBL-BA
MDHFOL
MDB B-PT
PNS-SPBL
PT-AEAMPT-BA
0,00
BA-AEAM
SPBL-TS
PT-SPBL
PT-KT
WCB
-0,02 ASB

XFB
STB
-0,04 AUB
XCB

-0,06
-0,02 0,00 0,02 0,04 0,06 0,08
-0,01 0,01 0,03 0,05 0,07 0,09
Factor 1 : 21,20%

Figura 85. Projeção das variáveis no morfo-espaço definido pelos dois primeiros Componentes Principais. 28
medidas do neuro-crânio. Dados corrigidos pra tamaanho e sem outliers.

Na Figura 85 evidencia-se o posicionamento das diferentes variáveis. Mais


positivamente correlacionadas ao CP2 observam-se GOL, NOL e PAC (comprimento),
deslocadas para porção superior do morfo-espaço. Medidas como STB, XCB, XFB, AUB e
ASB (largura), correlacionadas negativamente ao CP2, localizam-se na porção inferior direita
do morfo-espaço.

O gráfico da Figura 86 apresenta a projeção de cada indivíduo no morfo-espaço com


as elipses de dispersão dos grupos.
262

0,6

0,4

0,2
Factor 2: 18,98%

0,0

-0,2

-0,4

-0,6 branca
-0,6 -0,4 -0,2 0,0 0,2 0,4 0,6
parda
Factor 1: 21,20% negra

Figura 86. Projeção dos indivíduos e elipses de dispersão dos grupos de cor no morfoespaço definido pelos dois
primeiros Componentes Principais. 28 medidas do neuro-crânio. Dados corrigidos para tamanho e sem outliers.

Apesar da evidente sobreposição dos indivíduos classificados como negros, pardos e


brancos, pode-se perceber novamente que as elipses que compreendem a dispersão de cada
grupo de cor são distinguíveis. Novamente as elipses de brancos e negros são ligeiramente mais
diferentes. A dispersão de brancos está ligeiramente mais à direita sendo mais alongada
verticalmente. Isso indica que brancos teriam maiores medidas relacionadas tanto ao
comprimento quanto à largura do neuro-crânio, do que o observado para indivíduos
classificados como negros, cuja elipse está mais alongada para a esquerda. Pardos, por sua vez,
apresentam elipse que sobrepõe às distribuições de brancos e negros, de forma intermediária
entre àquelas dos grupos parentais, mas ligeiramente mais similar àquela que representa a
dispersão de brancos.

A Tabela 101 apresenta os componentes principais gerados a partir das 34 medidas da


face.
263

Tabela 96. Autovalores da matriz de covariância e porcentagens de variância explicadas por cada Componente
Principal. 34 medidas da face. Dados corrigidos para tamanho e sem outliers.
%
Componente Autovalor
Autovalor Variância Cumulativa %
Principal Cumulativo
Total
1 0,022044 20,34416 0,022044 20,3442
2 0,013441 12,40490 0,035485 32,7491
3 0,011019 10,16970 0,046504 42,9188
4 0,008995 8,30177 0,055499 51,2205
5 0,006589 6,08069 0,062088 57,3012
6 0,006195 5,71706 0,068283 63,0183
7 0,004780 4,41142 0,073063 67,4297
8 0,004214 3,88868 0,077276 71,3184
9 0,003444 3,17854 0,080720 74,4969
10 0,003223 2,97496 0,083944 77,4719
11 0,003030 2,79607 0,086973 80,2679
12 0,002363 2,18090 0,089336 82,4488
13 0,002324 2,14457 0,091660 84,5934
14 0,002042 1,88435 0,093702 86,4778
15 0,001875 1,73005 0,095576 88,2078
16 0,001726 1,59339 0,097303 89,8012
17 0,001576 1,45446 0,098879 91,2557
18 0,001328 1,22526 0,100206 92,4809
19 0,001068 0,98524 0,101274 93,4662
20 0,000975 0,90008 0,102249 94,3662
21 0,000891 0,82205 0,103140 95,1883
22 0,000771 0,71152 0,103911 95,8998
23 0,000750 0,69235 0,104661 96,5921
24 0,000620 0,57262 0,105282 97,1648
25 0,000581 0,53623 0,105863 97,7010
26 0,000515 0,47527 0,106378 98,1763
27 0,000500 0,46112 0,106877 98,6374
28 0,000420 0,38759 0,107297 99,0250
29 0,000312 0,28839 0,107610 99,3134
30 0,000254 0,23486 0,107864 99,5482
31 0,000211 0,19496 0,108075 99,7432
32 0,000128 0,11784 0,108203 99,8610
33 0,000101 0,09330 0,108304 99,9543
34 0,000050 0,04569 0,108354 100,0000

O gráfico (screeplot) da Figura 87, apresenta o decaimento dos autovalores dos


Componentes Principais acima apresentados.
264

0,025

20,34%

0,020

0,015
12,40%
Eigenvalue

10,17%

0,010 8,30%

6,08%
5,72%
4,41%
0,005 3,89%
3,18%
2,97%
2,80%
2,18%
2,14%
1,88%
1,73%
1,59%
1,45%
1,23%
,99%
,90%
,82%
,71%
,69%
,57%
,54%
,48%
,46%
,39%
,29%
,23%
,19%
,12%
,09%
,05%
0,000

0 5 10 15 20 25 30 35
Eigenvalue number

Figura 87. Gráfico de decaimento da porcentagem de variância condensada em cada Componente Principal. 34
medidas da face. Dados corrigidos e sem outliers.

A maior porcentagem da variância está concentrada nos 15 primeiros Componentes


Principais gerados (cerca de 88%), quando se observa um platô no gráfico de decaimento. A
Tabela 102 apresenta a correlação entre as variáveis originais e os dois primeiros CP extraídos.

Tabela 97. Correlação entre as variáveis originais e os Componentes Principais extraídos da matriz de
covariância. 34 medidas da face. Dados corrigidos para tamanho e sem outliers.
Componentes
Principais
Var. 1 2
BNL 0,186259 -0,057844
ZYB 0,413973 0,457443
BPL 0,784712 -0,509094
NPH 0,058989 -0,292160
NLH -0,244084 0,086716
OBH -0,097311 0,174920
OBB 0,187163 0,325573
JUB 0,694673 0,385777
NLB 0,407652 -0,051831
MAB 0,502193 -0,260430
ZMB 0,451656 0,244564
Continua
265

Continuação

FMB 0,544879 0,482213


EKB 0,619403 0,437908
DKB 0,346413 0,229660
IML 0,478234 -0,166124
XML 0,336767 -0,050741
WMH -0,211594 0,091778
IDS-PNS 0,659074 -0,483946
RHI-N -0,178425 -0,030880
RHI-ZYO 0,039871 0,288343
RHI-ZM -0,066503 0,360908
N-FM:A 0,375231 0,495470
N-PNS -0,272915 0,183332
PT-FM:A -0,288978 -0,497265
PT-ZTI -0,346857 -0,379404
FM:A-ZYO 0,028597 0,234649
FM:A-MT 0,000993 0,163261
ZYO-ZM -0,070956 0,058506
ZM-MT 0,256710 0,044786
ZM-ZTI 0,416394 -0,199533
ZM-KT -0,460178 -0,565019
MT-PNS 0,194784 0,030295
AEAM-ZTI -0,020370 -0,019464
ZTI-KT -0,453402 -0,484755

Destacam-se valores maiores que 0,5 e menores que -0,5, ou seja, os valores que
indicam as variáveis mais fortemente correlacionadas aos componentes 1 e 2.

As medidas mais fortemente correlacionadas positivamente ao CP1 são BPL


(comprimento do basion ao prosthion), JUB (largura externa entre malares na jugália), IDS-
PNS (comprimento do alveolare à espinha nasal posterior), EKB (largura entre as órbitas),
FMB (largura do osso frontal entre o frontomalare anterior de cada lado) e N-FM:A (distância
do nasion ao frontomalare anterior). Em relação ao CP2, BPL é a medida mais fortemente
correlacionada negativamente.

A Figura 88 apresenta a projeção das 34 variáveis no morfo-espaço definido pelos dois


primeiros Componentes Principais.
266

0,04
ZYB
FMB JUB
EKB
RHI-ZM
0,02 N-FM:A ZMB
RHI-ZYO
N-PNS OBBDKB
FM:A-ZYO
OBH
FM:A-MT
Factor 2 : 12,40%

NLH
WMH
ZYO-ZMZM-MT
MT-PNS
AEAM-ZTI NLB
RHI-N
0,00 BNLXML
IML
ZM-ZTI

PT-ZTI NPH MAB


-0,02
ZTI-KT
PT-FM:A
IDS-PNS
ZM-KT
-0,04

BPL

-0,06
-0,04 -0,02 0,00 0,02 0,04 0,06 0,08
Factor 1 : 20,34%

Figura 88. Projeção das variáveis no morfoespaço definido pelos dois primeiros Componentes Principais. 34
medidas da face. Dados corrigidos para tamanho e sem outliers.

Para as variáveis da face, evidencia-se na Figura 88 que BPL e IDS-PNS, localizadas


na porção inferior direita do morfo-espaço, são as mais fortemente correlacionadas
negativamente ao CP2 e mais positivamente correlacionadas ao CP1. Já medidas como ZYB,
JUB, EKB, ZMB e FMB, localizadas mais para porção direita superior, são fortemente
correlacionadas positivamente ao CP2 e ao CP1. Já medidas como ZM-KT, PT-FM:A, ZRI-
KT, na porção esquerda, correlacionam-se negativamente aos CP1 e 2.

O gráfico da Figura 95 apresenta a projeção de cada indivíduo no morfoespaço


definido pelos dois primeiros Componentes Principais com as elipses de dispersão dos grupos.
267

0,4

0,3

0,2

0,1
Factor 2: 12,40%

0,0

-0,1

-0,2

-0,3

-0,4

-0,5
branca
-0,4 -0,2 0,0 0,2 0,4
parda
Factor 1: 20,34% negra

Figura 89. Projeção dos indivíduos e elipses de dispersão dos grupos de cor no morfo-espaço definido pelos
dois primeiros Componentes Principais. 34 medidas da face. Dados corrigidos para tamanho e sem outliers.

Apesar da sobreposição de indivíduos, mais uma vez para medidas da face ficam claros
os padrões das elipses de dispersão de cada um dos grupos, com a elipse de pardos exatamente
intermediária entre as elipses de brancos e negros.

A elipse de dispersão que compreende os indivíduos classificados como negros


apresenta-se ligeiramente deslocada para baixo e para a direita, indicando maiores valores de
medidas mais fortemente negativamente correlacionadas ao CP2, ou seja, BPL e IDS-PNS o
que indica crânios com maior prognatismo maxilar para esse grupo de indivíduos. Esse é o
mesmo padrão observado para dados brutos, indicando que a correção para tamanho e retirada
de outliers não alterou os padrões da amostra.

A elipse de dispersão que compreende os indivíduos classificados como brancos, em


contrapartida, está ligeiramente deslocada para cima e para a esquerda, indicando menores
medidas em BPL e IDS-PNS e maiores medidas relacionadas à largura da face, mais
positivamente relacionadas ao CP2. Mais uma vez esse é o mesmo padrão já identificado para
dados brutos.
268

Por fim, a elipse de dispersão de pardos apresenta-se em posição intermediária entre


as duas já descritas, sobre as quais está sobreposta.

Os resultados das análises por Componentes Principais evidenciam a clara


sobreposição da distribuição dos indivíduos dos diferentes grupos e de suas elipses de dispersão,
indicando a grande proximidade entre os indivíduos classificados como negros, pardos e
brancos. Apesar de algumas inferências quanto a tendências morfológicas serem possíveis a
partir da análise de CP, como por exemplo maiores medidas para GOL e NOL em brancos,
ressalta-se que tais medidas não foram de fato distintas significativamente nos teste ANOVA
anteriormente realizados. Em outras palavras, tais tendências podem não ser de fato
representativas, já que são muito parecidas entre os grupos.

Observa-se em geral, maiores distinções entre indivíduos classificados como brancos


e negros, enquanto pardos tendem a aparecer como intermediários no morfo-espaço.
269

Capítulo 7

Discussão e considerações finais


__________________________________
270

Capítulo 7. Discussão e Considerações Finais

7.1. Discussão

Na seção anterior foi apresentada uma infinidade de resultados obtidos a partir das
variadas técnicas estatísticas uni e multivariadas que serão discutidos com enfoque nas duas
hipóteses propostas e que, portanto, devem ser retomadas.

A hipótese nula refere-se à possibilidade de se identificar e distinguir a partir de


análises de traços craniométricos os crânios dos indivíduos previamente separados nos três
grupos de cor: brancos, negros e pardos.

Tal hipótese é problemática em diferentes níveis conceituais. O primeiro deles refere-


se à própria subjetividade da classificação dos indivíduos quanto à cor da pele, realizada por
diferentes profissionais com influências sócio-culturais variadas. A subjetividade e a
imprecisão desse tipo de classificação devem-se ainda ao fato de ser realizada a partir de
categorias de cor delimitadas (branco, negro, pardo), o que não condiz com todo o gradiente
possível para variação da cor da pele. Além disso, de acordo com Parra et al. (2003), a
classificação em grupos de cor no Brasil é baseada muitas vezes em uma avaliação fenotípica
complexa e ainda mais subjetiva que envolve a consideração de tipo de cabelo e forma de lábios
e nariz, além da própria cor da pele, o que pode também ter influenciado na análise dos médicos
que catalogaram os indivíduos aqui amostrados.

O segundo aspecto que não permite considerar de forma simplista a correlação entre
cor da pele e caracteres craniométricos se refere aos diferentes processos evolutivos que
moldam tais características fenotípicas.

Por um lado, se sabe que há uma determinação multifatorial da pigmentação da pele,


sendo o fator seletivo de maior peso o regime de radiação ultravioleta no ambiente. Aceita-se,
amplamente, que a melanina teria evoluído para regular a penetração de UVR, permitindo
fotólise de componentes foto-instáveis e permitindo a síntese de outros (Jablonski, 2004).

Sobre a cor da pele pode-se dizer ainda que há clara correlação ambiental, com
associação dominante entre reflectância da pele e latitude, ou seja, efetiva relação com
intensidade de UVR (Jablonski & Chaplin, 2000). Sendo um caráter adaptativo, Jablonski
(2004) ressalta que está sujeita a homoplasia, ou seja, ao paralelismo ou evolução convergente.
Em outras palavras, tons de pele similares podem ter evoluído independentemente em
populações que habitavam ambientes semelhantes. Isso é importante para a presente pesquisa
271

pois faz com que tal característica, a princípio, nos informe sobre o tipo de ambiente no qual
viveu uma população no passado mas não seja útil como marca indicativa de um único grupo
populacional, não sendo um bom marcador das relações histórico-biológicas das populações.

O crânio como caracter fenotípico, por outro lado, pode ser utilizado em modelos de
estrutura e história populacional que refletem um modelo evolutivo neutro (Relethford, 2004).

O maior argumento a favor dos crânios como bons marcadores da estrutura e da


história genética de uma população vem da observação do particionamento da variação em
nossa espécie. Relethford (2002) demonstrou que medidas cranianas apresentavam o mesmo
padrão de níveis hierárquicos de distribuição da variabilidade dentro das regiões geográficas
(10% da variação), nas populações de uma região (5%) e indivíduos (85%), já evidenciado para
marcadores sanguíneos, proteínas e marcadores moleculares neutros (Lewontin, 1972; Brown
& Armelagos, 2001). Assume-se a partir daí que traços craniométricos expressam
majoritariamente deriva genética e o modelo neutro, sendo possível aplicar perspectivas ou
abordagens histórico-biológicas para tais traços. A semelhança entre os resultados obtidos com
marcadores genéticos neutros e morfologia craniana tem sido evidenciada em estudos
envolvendo amplas áreas geográficas e amostras numerosas, como o realizado por Harvati &
Weaver (2006) e Roseman (2004).

A morfologia craniana tem sido amplamente utilizada para estimar as afinidades


biológicas em populações humanas em decorrência de seu claro padrão de organização
geográfica (Howells, 1973 e 1989; Hanihara, 1996; Manica, et al. 2007 e Relethford, 2002).
Apesar disso, questões básicas sobre a origem da variação craniana em humanos modernos e
os processos por detrás disso permanecem não esclarecidos em totalidade (Strauss & Hubbe,
2010).

Tratando-se de uma entidade complexa, o crânio está sob influência de processos


variados de diferenciação afetando diferentes porções anatômicas (Bernardo, 2012 e Strauss &
Hubbe, 2010). Justamente por isso, por meio de diferentes abordagens busca-se entender em
que medida reflete as relações de ancestralidade e descendência em populações humanas.

Manica et al. (2007) demonstraram que a variabilidade morfológica diminui de acordo


com a distância da África, o que além de concordar com o observado para marcadores genéticos
neutros, apoia uma origem única para humanos modernos.

Martinez-Abadias et al.(2006) por sua vez, expuseram as bases genéticas da


morfologia craniana demonstrando que proles híbridas de duas populações apresentam pelo
272

menos até certo ponto, uma morfologia craniana intermediária. Isso sugere que a morfologia
craniana está principalmente sob controle de um sistema poligênico aditivo.

Alguns estudos mais localizados e menos abrangentes quanto a áreas geográficas,


contudo, também tem demonstrado um papel mais importante da plasticidade ambiental
(Relethford, 2004). Nesse sentido, pesquisas sugerem que algumas medidas e porções
anatômicas do crânio devem estar sob influência de seleção de longo prazo em resposta a
condições climáticas, especialmente em populações adaptadas a ambientes extremos (Hubbe et
al., 2009 e Harvati & Weaver, 2006). Correlações entre medidas cranianas especificas e fatores
ambientais ou de estilo de vida também têm sido descritas (Gonzaléz-Jose et al., 2005).

Ainda se pode dizer que se tem evidenciado que a diversidade humana não é sempre
consistente entre traços (Strauss & Hubbe, 2010) e que hoje, tem-se demonstrado que a seleção
natural não desempenhou papel central na evolução da diversidade craniana humana (Roseman
& Weaver, 2007), diferente do que ocorreu para a cor da pele (Jablonski, 2004).

Partindo de tais conceitos e retomando os resultados obtidos, recorda-se que as


diferentes análises aqui realizadas evidenciaram dois pontos centrais relativos à primeira
hipótese: 1) foi possível distinguir os indivíduos a partir de suas medidas cranianas em grupos
previamente definidos a partir da cor da pele, mesmo que esses caracteres fenotípicos tenham
sido submetidos e modulados por diferentes forças evolutivas e 2) apesar de terem sido
identificadas diferenças craniométricas entre os indivíduos previamente separados pela cor de
suas peles, fica também evidente a proximidade morfológica entre os mesmos.

Sobre o primeiro aspecto, os testes referentes às comparações entre as médias das


medidas cranianas dos três grupos definidos pela cor da pele, indicaram a presença de médias
significativamente distintas. Essa observação se confirma para todas as variações de bancos de
dados utilizados, tornando-a mais consistente.

Os testes que avaliaram as médias de todas as medidas em conjunto apontaram para


diferenças significativas para comparações realizadas entre brancos e negros de todos os bancos
de dados. Mesmo entre brancos e pardos e negros e pardos, apesar de menor frequência de
medidas estatisticamente distintas quanto às suas médias (cerca de 30%), isso foi identificado.
Todos os testes multivariados que compararam as médias de todas as medidas em conjunto para
esses dois pares de grupos (branco ou negro, e pardos) também apontaram para diferenças
significativas, com exceção do observado para a parcela feminina individualmente. Nesse caso,
com todas as medidas e apenas considerando-se o neuro-crânio, pardas não seriam
273

diferenciáveis de brancas e de negras a partir das médias de suas medidas cranianas em


conjunto. Considerando-se medidas da face, apenas pardas e negras não apresentaram diferença
significativa para todas suas médias em conjunto.

As Análises de Funções Discriminantes, assim como a comparação das médias dos


grupos, permitiram evidenciar que é possível distinguir brancos, pardos e negros a partir de
seus dados craniométricos. Tais discriminações apresentaram porcentagens de acerto superiores
às esperadas para uma classificação correta decorrente do acaso, para todos os grupos de cor,
em todas as variações de bancos de dados. Brancos e negros, para todos os bancos de dados,
foram os grupos mais corretamente distinguidos pelas funções discriminantes, indicativo de que
tais grupos seriam os mais diferentes não apenas quanto à cor da pele, mas também quando se
fornecem dados craniométricos. Pardos, apesar de serem diferenciados com menor precisão do
que brancos e negros, ainda são corretamente classificados acima do esperado para uma
classificação ao acaso.

Por fim, a partir da análise por Componentes Principais fica muito evidente a
sobreposição dos indivíduos dos diferentes grupos de cor no morfoespaço, indicando a
proximidade entre estes, distinguindo-se minimamente a forma e o posicionamento das elipses
de dispersão de cada grupo. Mais uma vez, as elipses de dispersão que compreendiam
indivíduos classificados como brancos e como negros foram as mais distintas para todos os
bancos de dados analisados.

Relethford (2009), tentando entender a melhor maneira de descrever e analisar a


variação humana, estudou traços craniométricos e cor da pele, assim como o realizado na
presente pesquisa. O autor demonstrou que existem padrões geográficos para a variação
biológica em nossa espécie, tanto para traços muito afetados pela seleção natural, quanto para
traços que na média tendem a ser mais neutros, como traços craniométricos e marcadores
genéticos polimórficos. Utilizando as medidas de William Howells, Relethford (2009) obteve
classificação correta dos crânios para as seis regiões geográficas de origem em 96% dos casos.
Agrupando ou subdividindo as regiões em cinco ou sete, manteve-se a precisão, indicando que
com um grande número de marcadores é possível assignar a origem geográfica, mas que não
há justificativa para estipular um número rígido de grupos, tratando-se de uma escolha
subjetiva.

Outros autores (Howells, 1973 e 1989; Hanihara, 1996; Manica et al. 2007 e
Relethford, 2002) da mesma maneira, evidenciaram o padrão de organização geográfica da
variabilidade da morfologia craniana.
274

Relethford & Lees (1981) estudaram a população Tlaxcaltecan com o objetivo de


compará-la às populações parentais usando a cor da pele e dados sorológicos em termos de
distância genética e estimativa de mistura. Nesse sentido, a cor da pele refletiu tendências de
afinidade populacional também demonstradas pela etnohistória e por análises sorológicas, de
grupos sanguíneos e de proteínas.

No estudo de Parra et al. (2003), na análise de alelos-população-específicos que


indicam o índice de ancestralidade africana de 173 indivíduos do interior de Minas Gerais,
classificados sistematicamente como brancos, negros ou “intermediários”, foi identificada
grande variância e sobreposição entre as três categorias de cor. Como exemplo, no grupo de
indivíduos classificados como negros houve grande proporção de ancestralidade não africana
(48%). Da mesma forma, na análise de 200 indivíduos auto-classificados como brancos de
quatro regiões do Brasil, foram obtidos valores intermediários entre europeus e africanos para
o índice de ancestralidade africana. Tais resultados indicam que para o Brasil, no nível dos
indivíduos, a cor determinada por uma avaliação física foi um pobre indicador de ancestralidade
genômica africana, estimada por marcadores moleculares.

Em contrapartida, Silva et al. (2014) encontraram uma clara correlação entre cor da
pele e ancestralidade geográfica na análise de alelos-população-específico de 522 residentes de
Salvador e 620 residentes de Fortaleza cuja cor foi auto-declarada.

Sauer (1992) em seu trabalho realizado em contexto forense nos EUA identificou que
para sua amostra, na qual os indivíduos são classificados em grupos de ancestralidade
geográfica, houve concordância entre “grupos raciais” socialmente definidos e a distribuição
da variação biológica esqueletal em especial da morfologia craniana de brancos e negros.
Resultados semelhantes foram obtidos por Ousley et al. (2009) que também analisaram dados
craniométricos e observaram diferenças de fato significativas entre brancos e negros norte-
americanos.

Brancos e negros, grupos deste estudo, definidos pela cor da pele e identificados pelas
análises aqui apresentadas como os mais distintos quanto à morfologia craniana, seriam
representantes de descendentes de europeus e africanos que chegaram ao Brasil a partir do
século XVI. Se considerássemos apenas esse período histórico do início da colonização até os
dias atuais, já seria inviável pensar em grupos bem definidos uma vez que a miscigenação entre
os mesmos foi contínua. Considera-se ainda que europeus e africanos haviam tido contato
prévio, já que especialmente portugueses e espanhóis tem longo histórico de mistura com
grupos da África e da Ásia (Sans, 2000).
275

Ainda assim e considerando-se a subjetividade existente nessa distinção dos


indivíduos em grupos de cor, como já mencionado, o fenótipo foi capaz de refletir padrões de
variação para origens geográficas distintas e também refletidas em uma abordagem
craniométrica.

Mesmo considerando que a variação individual e intrapopulacional é muito maior que


a interpopulacional (Lewontin, 1972; Brown e Armelagos, 2001; Relethford, 2002), foram
observadas diferenças craniométricas entre indivíduos classificados quanto à cor da pele, que
por sua vez refletiram diferentes ancestralidades, já que os indivíduos classificados como
brancos e negros foram os mais distintos. As diferenças craniométricas identificadas entre
indivíduos classificados como brancos e negros da amostra aqui estudada podem ser explicadas
pelo fato de os dois grupos terem diferentes continentes de origem, submetendo-se a diferentes
forças evolutivas por dezenas de milhares de anos antes de iniciarem o processo de fluxo gênico
e miscigenação entre elas, assim como explicado por Ousley et al. (2009).

Tal observação evidencia correlação entre as classificações quanto a cor da pele, um


fenótipo fortemente influenciado por seleção natural (Jablonski, 2004), e morfologia craniana,
que mais tem se assemelhado ao observado para marcadores neutros, refletindo relações
histórico-biológicas entre populações (Havarti & Weaver, 2006; Roseman, 2004), mas cuja
influência dos diferentes processos evolutivos envolvidos em sua determinação ainda está
sendo compreendida (Strauss & Hubbe, 2010).

Embora em estudos de marcadores genéticos, como o de Parra et al. (2003), ter-se


demonstrado que para populações brasileiras, indivíduos brancos e negros apresentam grandes
quantidades de marcadores africanos e europeus respectivamente, refletindo a mistura e o pouco
significado genético no que diz respeito à relação entre cor da pele e ancestralidade geográfica,
observou-se que os grupos classificados quanto a cor como os mais distantes (brancos e negros),
também foram os mais distintos a partir da análise da morfologia craniana.

De acordo com Parra et al. (2003), a pouca correlação entre cor da pele e ancestralidade
ocorre porque a cor seria geneticamente determinada por um pequeno número de genes. Já para
Silva et al. (2014), uma questão metodológica como a inclusão ou exclusão de diferentes
populações africanas para comparação de marcadores, pode resultar em incapacidade de
demonstrar uma correlação entre cor da pele e da ancestralidade genética.
276

Tais observações vão de encontro à visão de Sans (2000) e de Salzano (1997) referente
à validade de se considerar e de se buscar entender as variações interpopulacionais, já que por
menores que sejam, existem.

Sobre o segundo aspecto relacionado à hipótese nula da pesquisa, não se pode deixar
de reforçar que apesar de ser possível distinguir os grupos de indivíduos classificados como
brancos, pardos e negros, também se identificou proximidade entre os mesmos. Parte das
médias não foi significativamente distinta e as elipses de dispersão dos diferentes grupos
apresentaram grande sobreposição nas análises de Componentes Principais. Tais observações
também são condizentes com o esperado se considerarmos a história populacional dos grupos
estudados. Somos todos uma mesma espécie cuja variação fenotípica não ocorre com limites
claros, mas de forma gradual e clinal entre as regiões geográficas (Livingstone, 1962), além da
mistura contínua que aproxima as diferentes populações, sobretudo a partir do século XV
(Futuyma, 1986).

A hipótese de trabalho, por sua vez, presume que a morfologia expressa por crânios de
indivíduos classificados como pardos é intermediária em comparação com a expressa por
brancos e negros.

Retomando os resultados obtidos com os primeiros testes realizados, ou seja, com a


comparação das médias dos grupos, para todos os bancos de dados, a frequência com que as
médias de pardos aparecem com valores intermediários entre as médias de brancos e de negros
é superior à frequência com que aparecem com valores maiores ou menores. Se considerarmos
todas as medidas (cerca de 62%, considerando-se todos os bancos de dados), apenas o neuro-
crânio (56%) ou a face (67%), a prevalência de valores intermediários se mantém. Valores
superiores aparecem com frequência média de 23% para todas as medidas, 22% para medidas
do neuro-crânio e 22% para medidas da face. Valores inferiores aparecem com frequência
média de 16%, 22% e 11%, para todas as medidas, neuro-crânio e face respectivamente.

Complementando as comparações acima, observou-se ainda que a frequência com que


os valores das médias de pardos aparecem mais próximos dos valores das médias de brancos é
muito próxima da frequência com que aparecem mais próximos dos valores das médias de
negros. Em média, considerando-se todas as medidas, 52% das médias de pardos estiveram
mais próximas das médias de brancos e 48% das médias de negros; para medidas do neuro-
crânio, 46% estiveram mais próximas de brancos e 54%, de negros e para medidas da face,
frequências inversas (54% mais próximas de brancos e 46% de negros). O banco de dados
referente à parcela feminina é o único diferente nesse sentido, pois para todas as medidas, para
277

o neuro-crânio ou para a face, em média 35% das médias de pardas são mais próximas das
médias de brancas e 65% são mais próximas das médias de negras, indicando mais claramente
maior proximidade de mulheres classificadas como pardas àquelas classificadas como negras.
Valores inversos são observados para a parcela masculina, para a qual, portanto, pardos
aparecem ligeiramente mais próximos de homens classificados como brancos do que àqueles
classificados como negros.

As Análises por Funções Discriminantes também permitiram inferir um padrão


intermediário para pardos. Para todas as análises, pardos foram classificados corretamente com
menor porcentagem de acerto do que brancos e negros, entendidos como grupos parentais. Se
observarmos a frequência em números nas mesmas tabelas referentes às matrizes de
classificação, observa-se que o número de pardos classificados erroneamente como brancos ou
negros é parecido, para todos os bancos de dados (por exemplo, para todas as medidas em dados
brutos, 66 pardos foram corretamente assim classificados, 23 foram classificados como brancos
e 21 como negros). Observa-se que apesar de pouca diferença, ocorre de mais indivíduos pardos
serem classificados como brancos do que como negros, um maior número de vezes, o que
poderia refletir maior proximidade entre brancos e pardos. Mais uma vez o padrão inverso é
observado para a parcela feminina.

Analisando-se as Distâncias de Mahalanobis e as Análises de Agrupamento e


Escalonamento Multidimensional feitas a partir das primeiras, mais uma vez se identifica que
brancos e negros seriam os grupos mais distantes, enquanto a distância de pardos para os dois
outros grupos é sempre intermediária, ora estando mais próximos de branco, ora de negros. Para
todas as medidas em conjunto, em todos os bancos de dados, pardos aparecem mais próximos
ou ligados aos indivíduos classificados como brancos, com exceção do observado para a parcela
feminina, na qual aparecem mais próximos dos classificados como negros. Para medidas do
neuro-crânio, em contrapartida, aparecem mais próximos ou sempre ligados aos indivíduos
classificados como negros. Para medidas da face, em todos os bancos de dados, com exceção
da parcela feminina, indivíduos classificados como pardos apareceram mais próximos ou
ligados aos indivíduos classificados como brancos.

Por fim, o padrão intermediário para a morfologia craniana de pardos é também


identificado de forma sutil observando-se as elipses de dispersão que compreendem os grupos
de indivíduos das diferentes categorias de cor. Para todos os bancos de dados ocorre grande
sobreposição da distribuição dos grupos, sendo possível observar apenas uma ligeira tendência
intermediária para a elipse de pardos, que é mais similar à de brancos quando se incluem todas
278

as medidas ou apenas o neuro-crânio. As análises incluindo medidas da face são as que


permitem visualizar com maior clareza o padrão de distribuição de pardos intermediário ao de
brancos e negros no morfo-espaço. A parcela feminina novamente apresentou resultados
discrepantes, mais difíceis de serem interpretados quanto à existência de um padrão
intermediário para mulheres pardas.

De acordo com a teoria da genética quantitativa clássica, o fluxo gênico tem o efeito
de homogeneizar a composição genética, não importando qual o modelo de estrutura utilizado
(Chakraborty, 1986).

Se o fluxo gênico for o único ou mais importante processo micro-evolutivo atuante


entre duas populações, esses tenderiam a convergir para uma mesma frequência alélica,
geralmente média em relação às frequências alélicas iniciais (Futuyma, 1986). Pode-se dizer,
ainda, que um grupo miscigenado apresenta valores fenotípicos que caem entre os valores
apresentados pelos grupos parentais, se tais fenótipos estiverem sob um modelo poligênico
aditivo sem dominância (Ridley, 2004).

Tais pressupostos foram justamente os identificados aqui a partir das análises uni e
multivariadas em conjunto. Indivíduos classificados como brancos e negros e, portanto,
interpretados como as populações parentais, apresentaram-se com morfologias cranianas mais
distintas, enquanto pardos, interpretados como os híbridos ou grupo que representa a mistura
entre brancos e negros, apresentaram morfologia craniana intermediária entre a observada em
brancos e negros.

A premissa de que traços métricos da prole se aproximariam de valores médios entre


os parentais é questionada por estudos atuais e poderia não ter sido observada já que depende
do pressuposto de que o traço analisado seja controlado por efeitos genéticos poligênicos e
aditivos, sem predominância de interações epistáticas ou de dominância (Chakraborty, 1986).
Nesse sentido, os resultados aqui observados sugerem que os caracteres craniométricos seguem
o modelo esperado para efeitos genéticos poligênicos e aditivos.

Apesar da complexidade de caracteres fenotípicos como a morfologia craniana,


influenciados por muitos loci em combinação com fatores não-genéticos, o que dificulta a
identificação de uma estrutura populacional (Chakraborty, 1986), o padrão de híbridos
intermediários às populações parentais foi identificado. Martinez-Abadias e colaboradores
(2006) estudaram os mesmos fenômenos de mistura a partir de uma análise morfométrica
279

craniana dos híbridos entre Espanhóis e Ameríndios, identificando que algumas estruturas se
encaixam bem na predição da genética quantitativa enquanto outras fugiam do padrão esperado.

No trabalho de Wijsman & Neves (1986), no qual os autores compararam dados


sorológicos de brancos, negros e mulatos com dados não métricos cranianos de coleções de
dados de São Paulo, observou-se padrão intermediário em relação ao de brancos e negros para
todos os loci estudados de mulatos, enquanto que apenas raros traços não-métricos
apresentaram o mesmo fenômeno. Tal observação é oposta ao obtido agora por meio de análise
de traços métricos cranianos das mesmas coleções, o que é um indicativo que os mesmos são
melhores indicadores dos efeitos de fluxo gênico como processo micro-evolutivo para estudo
de populações e como citado anteriormente, que a diversidade humana não é sempre consistente
quando diferentes traços são averiguados (Strauss & Hubbe, 2010).

Chakraborty (1986) já havia ressaltado que quando diferentes métodos são aplicados
aos mesmos dados para observação dos efeitos da mistura, os resultados podem não refletir as
mesmas estimativas.

Em nossa espécie, a maior parte dos estudos sobre mistura têm sido realizados a partir
de marcadores sorológicos ou de DNA. Exemplos seriam a análise de frequências nos sistemas
ABO, Rh, Kell e DUffy que refletiram a história das comunidades híbridas Tlaxcaltecan nos
estudos de Crawford & Davor, ainda em 1980.

Em primatas não humanos, Ackermann et al. (2006) observaram a morfologia híbrida


e parental em traços quantitativos e qualitativos em crânios de babuínos, inferindo aumento do
tamanho craniano dos híbridos além de variações importantes nos traços qualitativos.
Concluíram que a hibridação não necessariamente levaria à mistura balanceada de traços
parentais, podendo levar a variações que se assemelham a um ou outro parental ou com
morfologia intermediária em decorrência de interações epistáticas e de dominância entre alelos
fixados ou predominantes nas populações parentais.

Tais resultados dialogam com os aqui apresentados, pois apesar de ter se identificado
padrões intermediários no presente estudo, também se observaram casos de flutuação nesse
sentido. Por exemplo, também ocorre de médias de pardos serem superiores ou inferiores
àquelas observadas em negros e brancos. As diferentes análises também apresentaram variações
quanto à proximidade de pardos, que no geral parecem assemelhar-se mais aos indivíduos
classificados como brancos, mas que por vezes aparecem mais próximos daqueles classificados
como negros.
280

Desvios importantes na população híbrida, diferente do observado neste trabalho,


foram identificados no estudo de Ackerman & Bishop (2010) sobre mistura entre gorilas em
todos os níveis taxonômicos. Tais desvios seriam resultado da mistura de complexos gênicos
separados e co-adaptados, e faz sentido que não ocorram no presente estudo já que a
proximidade genética entre brancos e negros é muito maior do que a existente entre gorilas de
diferentes espécies e / ou subespécies.

Bynum (2002) também estudou hibridação em macacos (Macaca tonkeana, M. becki


e seus híbridos) e encontrou uma zona híbrida morfologicamente não uniforme, com diferenças
inclusive entre machos e fêmeas. Essas ultimas seriam mais parecidas com a espécie M. becki
que os machos. No presente estudo, em várias análises também se observaram diferenças entre
homens e mulheres, com mulheres classificadas como pardas tendendo a ser mais próximas
daquelas classificadas como negras, enquanto homens classificados como pardos tenderam a
estar mais próximos daqueles classificados como brancos. Apesar de não ser possível ignorar
os efeitos do dimorfismo sexual, já que existem diferenças significativas entre mulheres e
homens especialmente relacionadas ao tamanho e à robustez (Frayer & Wolpoff, 1985; Park,
1996; Ruff, 2002; Kimmerle et al., 2008), que pode ter levado a tais diferenças craniométricas,
ainda é preciso ressaltar que o tamanho da amostra feminina, muito inferior ao tamanho
amostral de homens, pode ter influenciado tais análises. A própria inferência da comparação de
médias em que unicamente para a parcela feminina pardas não foram significativamente
distintas de brancas e de negras para a análise de todas as medidas em conjunto, pode estar
relacionada ao baixo “n” de mulheres classificadas como pardas.

Por outro lado, investigar se os efeitos do fluxo gênico são de fato distintos entre
homens e mulheres, a partir de amostras com tamanhos semelhantes de todos os grupos, me
parece um questionamento válido a se seguir.

Sobre esse tema ressalta-se que se mostrou válida a abordagem de se entender como
seriam os padrões para os diferentes bancos de dados. Primeiramente, possibilitou o
questionamento se de fato homens e mulheres apresentariam padrões distintos caso o tamanho
amostral de ambas as parcelas fosse equivalente. A correção para tamanho que permite a análise
conjunta de homens e mulheres sem a interferência do dimorfismo sexual, também se mostrou
válida já que não alterou os padrões observados para dados brutos, cuja análise da mesma
maneira, permitiu perceber que apesar de se desconsiderar premissas como o efeito do
dimorfismo ou a garantia de distribuição normal, foi possível identificar padrões similares
àqueles para os dados corrigidos e já sem outliers.
281

Por fim, analisar separadamente medidas referentes ao módulo neurocraniano e ao


módulo facial, também se mostrou uma estratégia apropriada já que tornou possível identificar
tendências próprias de cada área desenvolvimental.

Retornando às comparações de médias, foi possível identificar que entre as medidas


do neuro-crânio significativamente distintas entre brancos e negros, houve maior frequência de
médias superiores para brancos do que para negros. Em oposição, houve maior frequência de
médias de medidas faciais superiores em negros do que em brancos. Essa comparação também
permitiu identificar, novamente, o padrão intermediário de pardos para ambas as áreas
desenvolvimentais: suas medidas neuro-cranianas tenderam a ser maiores que a de negros e
menores que a de brancos, sendo o oposto observado para medidas faciais.

Talvez por ter sido fornecido um maior número de medidas da face do que do neuro-
crânio, identificou-se ainda que as primeiras foram ligeiramente melhores para se identificar
um padrão intermediário de pardos, assim como para distinguir os grupos, em todas as análises
realizadas.

Nas análises de componentes principais, em resumo, evidenciou-se que


morfologicamente crânios de indivíduos classificados como negros apresentaram maior
prognatismo maxilar, brancos apresentaram crânios mais largos, compridos e altos e pardos por
fim, teriam uma morfologia intermediária.

Sendo o crânio um caracter morfológico complexo, ou seja, uma estrutura constituída


pela relação intrínseca de diferentes partes conectadas, espera-se que suas porções ou módulos
com funções relacionadas ou cujo desenvolvimento esteja relacionado, sejam herdados juntos
e evoluam também em conjunto (Cheverud, 1984; Marroig & Cheverud, 2001). Assim sendo,
atenção para diferentes regiões do crânio com estruturas relacionadas permite a verificação dos
distintos padrões possíveis para tais regiões, possibilitando a identificação de quais regiões se
encaixariam melhor à predição do esperado para o modelo do fluxo gênico (Martinez-Abadias,
2006).

7.2. Considerações finais

Em resumo, conclui-se que foi possível discriminar a partir de traços craniométricos


os indivíduos previamente classificados de acordo com a cor da pele em brancos, negros e
pardos e que estes últimos apresentam morfologia intermediária entre os grupos considerados
parentais. Tais conclusões permitem inferir que traços craniométricos, além de bons marcadores
282

para a compreensão das relações histórico-biológicas populacionais, também seguiram o


esperado como resposta ao fluxo gênico para um modelo de genética aditiva clássica segundo
o qual a população híbrida apresenta frequências médias entre as populações parentais. Além
disso, apesar de cor da pele e morfologia craniana representarem fenótipos com diferentes
padrões evolutivos, com o primeiro sendo mais influenciado diretamente pela seleção natural e
o segundo tender ao esperado pelo modelo neutro, observou-se correlação entre os dois
caracteres, já que a partir da morfologia foi possível demonstrar as relações entre os grupos de
cor.

Evidenciou-se ainda a validade de se explorar diferenças observadas entre os sexos ou


a validade de se corrigir os bancos de dados para tamanho, também garantindo a normalidade,
o que não alterou os resultados obtidos para o banco de dados originais. Ressalta-se, contudo,
que os resultados são de fato confiáveis e menos questionáveis quando as premissas requeridas
pelas análises estatísticas escolhidas são seguidas.

Por fim, ressalta-se que no caso de uma estrutura complexa como o crânio, constituída
por diferentes módulos, é válido explorar como cada área desenvolvimental pode responder aos
processos microevolutivos, além da morfologia craniana como um todo.

Apesar dos avanços nas análises genéticas e moleculares, os traços morfológicos


quantitativos mostraram-se mais uma vez importantes para o entendimento das implicações dos
fatores evolutivos em modular o padrão e a extensão da variação genética dentro das populações
e entre essas, como já defendido por Chakraborty (1986).
283

8. Referências

AAPA (American Association of Physical Anthropologists). 1996. AAPA Statement on


Biological Aspects of Race. American Journal of Physical Anthropology, 101: 569-570.
Ackerman, R.R; Rogers, J. & Cheverud, J.M. 2006. Identifying the morphological signatures
of hybridization in primate and human evolution. Journal of Human Evolution, 51: 632-
645.
Ackermann, R.R. & Bishop, J.M. 2010. Morphological and molecular evidence reveals recent
hybridization between Gorilla taxa. Evolution, 64(1): 271-290.
Ackermann, R.R. & Cheverud, J.M. 2002. Discerning evolutionary processes in patterns of
Tamarin (Genus Saguinus) craniofacial variation. American Journal of Physical
Anthropology, 117: 260-271.
Alves-Silva, J.; Santos, M.S.; Guimarães, P.E.M.; Ferreira, A.C.S.; Bandelt, H.; Pena, S.D.J. &
Prado, V.F. 2000. The ancestry of Brazilian mtDNA lineages. American Journal of
Human Genetics, 67: 444-461.
Anemone, R.L. 2011. Race and Human Diversity: A Biocultural approach. First Edition. Upper
Saddle River: Prentice Hall. 193 p.
Baker, P.T. 1996. Adventures in Human Population Biology. Annual Review of Anthropology,
25: xii+1-18.
Bass, W.M. 2005. Human Osteology – A Laboratory and Field Manual. Fifth Edition. Special
Publication, n. 2. Missouri Archaelogical Society, Inc., 364 p.
Bernardo, D.V. 2007. Afinidades morfológicas intra e extra-continentais dos paleoíndios de
Lagoa Santa: uma nova abordagem. Dissertação (Mestrado) – Instituto de Biociências
da Universidade de São Paulo. Departamento de Genética e Biologia Evolutiva , 333 p.
_____________. 2012. Diversidade craniana humana e suas implicações evolutivas. Tese
(Doutorado) – Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo. Departamento de
Genética e Biologia Evolutiva, v. 1 e 2, 337 p.
Brace, C.L. 2005. “Race”is a four-letter word. The Genesis of the Concept. New York / Oxford:
Oxford University Press, 326 p.
Bragg, P.E. 2007. Biographies of Phamatologists – 5. Carl Linnaeus. In: Phasmid Studies,
16(2):19-24. Disponível em: http://phasmid-study-group.org/sites/phasmid-study-
group.org/files/Phasmid%20Studies%2016(12)_0.pdf. Acesso em: 06/mar/2013.
284

Brown, R. A. & Armelagos, G. J. 2001. Apportionment of racial diversity: a


review. Evolutionary Anthropology, 10(1): 34-40.
Buikstra, J.E. & Ubelaker, D.H. 1994. Standards for data collection from human skeletal
remains. Proceedings of a seminar at the Field Museum of Natural History, organized by
Jonathan Haas. Fayetteville, AK: Arkansas Archeological Survey, 206 p.
Bynum, N. (2002). Morphological Variation within a macaque hybrid zone. American Journal
of Physical Anthropology, 118:45-49.
Carvalho-Silva, D.R.; Santos, F.R.; Rocha, J. & Pena, S.D.J. 2001. The Phylogeography of
Brasilian Y-Chromosome Lineages. American Journal of Human Genetics, 68: 281-286.
Caspari, R. 2009. 1918: Three Perspectives on race and human variation. American Journal of
Physical Anthropology, 139:5-15.
Chakraborty, R. 1986. Gene admixture in Human Populations: Models and Predictions.
Yearbook of Physical Anthropology, 29:1-43.
_____________. 1990. Quantitative traits in relation to population structure: Why and how are
they used and what do they imply? Human Biology, 62(1): 147-162.
Cheverud, J.M. 1984. Quantitative genetics and developmental constraints on evolution by
selection. Journal of Theoretical Biology, 110(2):155-171.
____________. 1996. Developmental Integration and the Evolution of Pleiotropy. American
Zoologist, 36 (1): 44-50.
Corruccini, R.S. (1973). Size and shape in similarity coefficients based on metric characters.
American Journal of Physical Anthropology, 38(3):743-753.
Costin, G.E. & Hearing, V.J. 2007. Human skin pigmentation: melanocytes modulate skin color
in response to stress. The FASEB Journal, 21: 976-994.
Craumon-Taubadel, N. 2009. Revisiting the homoiology hypothesis: the impact of phenotypic
plasticity on the reconstruction of human population history from craniometric data.
Journal of Human Evolution, 57: 179-190.
Crawford, M.H. & Devor, E.J. 1980. Population structure and admixture in transplanted
Tlaxcaltecan populations. American Journal of Physical Anthropology, 52(4): 485-490.
Darroch, J.N. & Mosimann, J.E. 1985. Canonical and principal components of shape.
Biometrika, 72:241-252.
Dewbury, A. 2007. The American School and Scientific Racism in Early American
Anthropology. Histories of Anthropology Annual, 3: 121-147.
285

DiGangi, E.A. & Hefner, J.T. 2013. Ancestry Estimation. In: Research Methods in Human
Skeletal Biology. DiGangi, E.A. & Moore, M.K. (orgs). 1ª ed. Oxford, UK: Elsiever, p.
117- 149.
Dobzhansky, T. 1944. On Species and Races of Living and Fossil Man. American Journal of
Physical Anthropology, 2(3): 251-265.
_____________. 1963. The possibility that Homo sapiens evolved independently 5 times is
vanishingly small. Scientific American, 208(2): 169-172.
Doron, C-O. 2012. Race and Genealogy: Buffon and the formation of the concept of “race”.
Humana Mente, 22: 75-109.
Edgar, H.J.H. & Hunley, K.L. 2009. Race reconciled? How biological anthropologists view
human variation. American Journal of Physical Anthropology, 139: 1-4.
Fernandes, A.C.S. & Morais, V.L.M. 2008. O retorno do impossível: Charles Darwin e a
escravidão no Brasil. Anuário do Instituto de Geociências – UFRJ, 31(1): 65-82.
Fisher, R.A. 1936. The use of multiple measurements in taxonomic problems. Annals of
Eugenics, 7(2):179-188.
Frayer, D.W. & Wolpoff, M. H. 1985. Sexual Dimorphism. Annual Review of Anthropology,
14: 429-473.
French, A.; Macedo, M.; Poulsen, J.; Waterson, J. & Yu, A. (2010). Multivariate analysis of
variance (MANOVA). Disponível em:
http://userwww.sfsu.edu/efc/classes/biol710/manova/MANOVAnewest.pdf. Acesso em:
26/12/2013.
Futuyama, D.J. 1986. Evolutionary biology. Sunderland, MA: Sinauer Associates, 600 p.
Gonçalves, A.S.; Maio, M.C. & Santos, R.V. 2012. Entre o laboratório de antropometria e a
escola: a antropologia física de José Bastos de Ávila nas décadas de 1920 e 1930. Boletim
do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências humanas, 7(3): 671-686.
González‐José, R.; Ramírez‐Rozzi, F.; Sardi, M.; Martínez‐Abadías, N.; Hernández, M. &
Pucciarelli, H. M. 2005. Functional‐cranial approach to the influence of economic
strategy on skull morphology. American Journal of Physical Anthropology, 128(4): 757-
771.
Gould, S.J. 1994. The geometer of race. Discover. Disponível em:
http://discovermagazine.com/1994/nov/thegeometerofrac441#.UO8FOG9X1Mw.
Acesso em: 10 de março de 2013.
_________. 2003. A falsa medida do homem. São Paulo: Martins Fontes, 370 p.
286

Hair, J. F.; Black, W. C.; Babin, B. J.; Anderson, R. E. & Tatham, R. L. 2009. Análise
multivariada de dados. 5ª edição. São Paulo: Bookman, 593 p.
Hanihara, T. 1996. Comparison of craniofacial features of major human groups. American
journal of physical anthropology, 99(3): 389-412.
Harvati, K. & Weaver, T. D. 2006. Human cranial anatomy and the differential preservation of
population history and climate signatures. The Anatomical Record Part A, 288A: 1225-
1233.
Howells, W.W. 1973. Cranial variation in man. A study by multivariate analysis of patterns of
difference among recent human populations. Papers of Peabody Museum of Archaeology
and Ethnology. Cambridge: Harvard University Press, 259 p.
____________. 1989. Skull shapes and the map. Craniometric analysis in the dispersion of
modern Homo. Papers of Peabody Museum of Archaeology and Ethnology. Cambridge:
Harvard University Press, 189 p.
Hoyme, L.E. 1953. Physical Anthropology and Its Instruments: An Historical Study.
Southwestern Journal of Anthropology, 9(4):408-430.
Hubbe, M.; Hanihara, T. & Harvati, K. 2009. Climate signatures in the morphological
differentiation of worldwide modern human populations. The anatomical
record, 292(11): 1720-1733.
Hudson, N. 1996. From "Nation" to "Race": The Origin of Racial Classification in Eighteenth-
Century Thought. Eighteenth-Century Studies, 29(3): 247-264.
Hunley, K. L.; Healy, M. E. & Long, J. C. 2009. The global pattern of gene identity variation
reveals a history of long‐range migrations, bottlenecks, and local mate exchange:
implications for biological race. American Journal of Physical Anthropology, 139(1): 35-
46.
Jablonski, N.G. 2004. The Evolution of Human Skin and Skin Color. Annual Review of
Anthropology, 33: 585-623.
Jablonski, N.G. & Chaplin, G. 2000. The evolution of human skin coloration. Journal of Human
Evolution, 39: 57-106.
_______________________. 2010. Human skin pigmentation as an adaptation to UV
radiation. Proceedings of the National Academy of Sciences, 107: 8962-8968.
Jantz, R.L. 1974. Microevolutionary change in Arikara crania: a multivariate analysis.
American Journal of Physical Anthropology, 38:15–26.
287

Jurmain, R. & Nelson, H. 1994. Introduction to Physical Anthropology. In: Introduction to


Physical Anthropology. 6ª ed. United States of America: West Publishing Company, p.
1-16.
Keuller, A.T.A.M. 2012. Entre antropologia e medicina: uma análise dos estudos
antropológicos de Álvaro Fróes da Fonseca nas décadas de 1920 e 1930. Boletim do
Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências humanas, 7(3): 687-704.
Key, P. & Jantz, R.L. 1981. A multivariate analysis of temporal change in Arikara
craniometrics: a methodological approach. American Journal of Physical Anthropology,
55:247–259.
Kimmerle, E. H.; Ross, A. & Slice, D. 2008. Sexual dimorphism in America: Geometric
Morphometric Analysis of Craniofacial Region. Journal of Forensic Sciences, v. 53, n. 1,
p. 54-57, 2008.
Larsen, C.S. 2008. What is Physical Anthropology. In: Our Origins. Discovering Physical
Anthrpology. New York: W.W. Norton & Company, p. 3-21.
Lewin, R. Evolução Humana. 1999. São Paulo: Atheneu Editora, 526 p.
Lewontin, R. C. 1972. The apportionment of human diversity. Evolutionary Biology, 6:381–
398.
Lieberman, D.E. 1997. Making behavioral and phylogenetic inferences from hominid fossils:
considering the developmental influence of mechanical forces. Annual Review of
Anthropology, 26:185–210.
Linnaei, C. 1758. Systema Naturae. 10ª Edição, Holmiae: Laurentii sauvii, p.20-24.
Lincoln, A. 1863. A Proclamation. In: http://d160axeovsa7gw.cloudfront.net/media/7EAF8B5C-
B06F-F227-CC449B0F977D6164.pdf. The New York Times, 2013, 7:1-5. Acesso em julho
de 2013.
Livingstone, F.B. & Dobzhansky, T. 1962. On the Non-Existence of Human Races. Current
Anthropology, 3(3): 279-281.
Mahalanobis, P. C. 1936. On the generalized distance in statistics. Proceedings of the National
Institute of Sciences (Calcutta), 2: 49-55.
Mainly, B.F.J. 2008. Métodos estatísticos multivariados – Uma introdução. Tradução:
Carmona, S.I. C. 3ª edição, Artmed/Bookman: Porto Alegre/RS, 229p.
Manica, A.; Amos, W.; Balloux, F. & Hanihara, T. 2007. The effect of ancient population
bottlenecks on human phenotypic variation. Nature, 448(7151): 346-348.
288

Maio, M.C. 2010. Raça doença e saúde publica no Brasil: um debate sobre o pensamento
higienista do século XIX. In: Maio, M.C.; Santos, R.V. 2010. Raça como questão:
história, ciência e identidades no Brasil. Rio de Janeiro, FIOCRUZ, p.51-82.
Maio, M. C., & Santos, R. V. 2010. Raça como questão: história, ciência e identidades no
Brasil. SciELO-Editora FIOCRUZ, 316 p.
Marks, J. (2012). Why be against Darwin? Creationism, racism, and the roots of anthropology.
Yearbook of Physical Anthropology, 55: 95-104.
Marroig, G. & Cheverud, J.M. 2001. A comparison of phenotypic variation and covariation
patterns and the role of phylogeny, ecology, and ontogeny during cranial evolution of
New World monkeys. Evolution, 55:2576–2600.
Marroig, G. & Cheverud, J.M. 2005. Size as a line of least evolutionary resistence: diet and
adaptative morphological radiation in new world monkeys. Evolution, 59(5): 1128-1142.
Martínez-Abadías, N.; González-José, R.; González-Martín, A.; Van Der Molen, S.; Talavera,
A.; Hernández, P. & Hernández, M. 2006. Phenotypic evolution of human craniofacial
morphology after admixture: A geometric morphometrics approach. American Journal
of Physical Anthropology, 129: 387-398.
Neel, J.V. 1973. "Private" genetic variants and the frequency of mutation among South
American Indians. Proceedings of the National Academy of Sciences, 70: 3311-3315.
Neves, M. 2008. A concepção de raça humana em Raimundo Nina Rodrigues. Filosofia e
História da Biologia, 3: 241-261.
Neves, W.A. 1988. Paleogenética dos grupos pré-históricos do litoral sul do Brasil (Paraná e
Santa Catarina). Pesquisas: Antropologia, n. 43. Rio Grande do Sul: Instituto Anchietano
de Pesquisas, p. 1-178.
O’Flaherty, B. & Shapiro, J.S. 2002. Apes, Essences, and Races: What Natural Scientists
Believed about Human Variation, 1700-1900. Department of Economics Discussion
Paper No. 0102-24. New York: Columbia University, 49 p.
Okumura, M. M. M. 2008. Diversidade morfológica craniana, micro-evolução e ocupação pré-
histórica da costa brasileira. Tese (Doutorado) – Instituto de Biociências da
Universidade de São Paulo. Departamento de Genética e Biologia Evolutiva, 406 p.
Ousley, S.; Jantz, R. & Freid, D. 2009. Understanding race and human variation: why forensic
anthropologists are good at identifying race. American Journal of Physical
Anthropology, 139(1): 68-76.
Park, M.A. 1996. Biological Anthropology. Mountain View, California: Mayfield Publishing
Company, p. 359.
289

Parra, E. J.; Marcini, A.; Akey, J.; Martinson, J.; Batzer, M. A.; Cooper, R.; Forrester, T;
Allison, D. B.; Deka, R.; Ferrel, R. E. & Shriver, M. D. 1998. Estimating African
American admixture proportions by use of population-specific alleles. The American
Journal of Human Genetics, 63(6): 1839-1851.
Parra, E. J. 2007. Human pigmentation variation: evolution, genetic basis, and implications for
public health. American Journal of Physical Anthropology, 134(S45): 85-105.
Parra, F.C.; Amado, R.C.; Lambertucci, J.R.; Rocha, Jorge; Antunes, C.M. & Pena, S.D.J. 2003.
Color and genomic ancestry in Brasilians. Proceedings of the National Academy of
Sciences, 100(1): 177-182.
Porier, F. E.; Stini, W. A.; Wreden, K. B. 1994. The Nature of Physical Anthropology. In: In
Search of Ouserves – An Introduction to physical anthropology. 5ª ed. Englewood Cliffs:
Prentice Hall, p. 1-7.
Ramos, J.S. & Maio, M.C. 2010. Entre a riqueza natural, a pobreza humana e os imperativos
da civilização, inventa-se a investigação do povo brasileiro. In: Maio, M.C.; Santos, R.V.
2010. Raça como questão: história, ciência e identidades no Brasil. Rio de Janeiro,
FIOCRUZ, p.25-49.
Rees, J.L. 2003. Genetics of Hair and Skin Color. Annual Review of Genetics, 37: 67-90.
Reis, E. 2001. Estatística Multivariada Aplicada. 2ª ed. Lisboa: Edições Sílabo, 343p.
Relethford, J.H. & Lees, F.C. 1981. Admixture and skin color in the transplanted Tlaxcaltecan
population of Saltillo, Mexico. American Journal of Physical Anthropology, 56(3): 259-
267.
Relethford, J.H. 2002. Apportionment of global human genetic diversity based on craniometrics
and skin color. American Journal of Physical Anthropology, 118: 393-398.
___________. 2004. Global patterns of isolation by distance based on genetic and
morphological data. Human Biology, 76(4): 499-513.
___________. 2009. Race and global patterns of phenotypic variation. American Journal of
Physical Anthropology, 139(1): 16-22.
Ridley, M. 2004. Evolution. 3ª ed. Malden, MA: Blackwell Publishing, 751, p.
Rohlf, F.J. & Marcus, L. F.1993. A revolution in morphometrics. TREE, 8(4): 129-132.
Roseman, C. C. 2004. Detecting interregionally diversifying natural selection on modern
human cranial form by using matched molecular and morphometric data. Proceedings of
the National Academy of Sciences, 101(35): 12824-12829.
Roseman, C. C. & Weaver, T. D. 2007. Molecules versus morphology? Not for the human
cranium. Bioessays, 29(12): 1185-1188.
290

Ross, A.H.; Slice, D.E.; Ubelaker, D.H. & Falsetti, A.B. 2004. Population affinities of 19th
century Cuban crania: implications for identification criteria in South Florida Cuban
Americans. Journal of Forensic Science, 49:1–6.
Ruff, C. 2002. Variation in Human Body Size and Shape. Annual Review of Anthropology, 31:
211-232.
Sá, G. J. S.; Santos, R.V.; Rodrigues-Carvalho, C. & Silva, E. C. 2008. Crânios, corpos e
medidas: a constituição do acervo de instrumentos antropométricos do Museu Nacional
na passagem do século XIX para o XX. História, Ciências, Saúde-Manguinhos, 15:197-
208.
Salzano, F. M. 1997. Human races: myth, invention or reality? INTERCIENCIA, 22(5): 221-
227. Disponível em: http://www.interciencia.org/v22_05/art01/. Acesso em: 10/02/2012.
Sans, M. 2000. Admixture studies in Latin America: from the 20th to the 21st century. Human
Biology, 155-177.
Sauer, N. J. 1992. Forensic anthropology and the concept of race: If races don't exist, why are
forensic anthropologists so good at identifying them? Social Science & Medicine, 34(2):
107-111.
Shriver, M.D.; Smith, M.W.; Jin, L.; Marcini, A.; Akey, J.M.; Deka, R. & Ferrell, R.E. 1997.
Ethnic-affiliation estimation by use of population-specific DNA markers. American
Journal of Human Genetic, 60(4): 957-964.
Silva, T. M.; Rani, M. S.; de Oliveira Costa, G. N.; Figueiredo, M. A.; Melo, P. S.; Nascimento,
J. F.; Molyneaux, N. D.; Barreto, M. L.; Reis, M. G.; Teixeira, M. G. & Blanton, R. E.
2014. The correlation between ancestry and color in two cities of Northeast Brazil with
contrasting ethnic compositions. European Journal of Human Genetics, 1-6.
Slice, D. E. 2005. Modern morphometrics in physical anthropology. Developments in
Primatology: Progress and Prospects, New York: Kluwer Academic – Plenum
Publishers, 383 p.
Smedley, A. 2007. Race in North America: Origin and Evolution of a Worlview. 3rd edition.
Boulder, CO: Westview Press, 386 p.
Souza, V.S. 2012. Retratos da nação: os “tipos antropológicos” do Brasil nos estudos de Edgard
Roquette-Pinto, 1910-1920. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências
humanas, 7(3): 645-669.
Souza, V.S. & Santos, R.V. 2012. O congresso Universal das Raças, Londres, 1911: contextos,
temas e debates. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências humanas, 7(3):
745-760.
291

Sparks, C.S. & Jantz, R.L. 2002. A reassessment of human cranial plasticity: Boas reviseted.
Proceedings of the National Academy of Sciences, 99(23) 14636-14639.
SPSS Base 8.0. (1998). Applications Guide. SPSS Inc., Chicago. 371 p.
StatSoft, Inc (2010). STATISTICA (data analyses software system), version 10.
www.statsoft.com.
Stein, P.L. & Rowe, B.M. 1996. Investigating the nature of humankind. In: Physical
Anthropology. 6ª ed. United States of America: The McGraw-Hill Companies, p. 1-15.
Stocking, George W. 1968. Race, culture, and evolution: Essays in the history of anthropology.
University of Chicago Press, 408 p.
Strauss, A. & Hubbe, M. 2010. Craniometric similarities within and between human
populations in comparison with neutral genetic data. Human biology, 82(3): 315-330.
Tishkoff, S.A. & Kidd, K.K. 2004. Implications of biogeography of human populations for
“race” and medicine. Nature Genetics Supplement, 36(11): S21-S27.
Van Vark, G. & Schaafsma, W. 1992. Advances in the quantitative analysis of skeletal
morphology. In: Saunders, S., Katzenberg, M., editors. Skeletal biology of past peoples:
research methods. New York: Wiley Liss, p 225–257.
Washburn, S.L. 1951. The New Physical Anthropology. Transactions of the New York Academy
of Sciences, Series II, 13(7): 298-304.
Westerhof, W.; Estevez-Uscanga, O.; Meens, J.; Kammeyer, A.; Durocq, M. & Cario, I. 1990.
The relation between constitutional skin color and photosensitivity estimated from UV-
induced erythema andpigmentation dose-response curves. The Journal of Investigative
Dermatology, 94(6): 812-816.
White, T. D. & Folkens, P. A. 2005. The Human Bone Manual. San Diego: Elsevier Academic
Press, p. 464.
Wijsman, E. M. & Neves, W. A. 1986. The use of nonmetric variation in estimating human
population admixture: a test case with Brazilian blacks, whites, and mulattos. American
journal of physical anthropology, 70(3): 395-405.
Wolpoff, M.H. 1993. Multiregional Evolution: The Fossil Alternative to Eden. In: The Human
Evolution Source Book. Ciochon, R.L. & Fleagle, J.G. New Jersey, USA: Prentice Hall,
p. 476-497.
Zar, J. H. 2010. Biostatistical analysis, 5th Edition. Perason Prentice-Hall, Upper Saddle River
– New Jersey, 944 p.
292

9. Anexos

Anexo 1. Exemplo de Ficha de Catalogação dos crânios do MAH-USP.


293

Anexo 2. Exemplo de página de um dos livros de catalogação dos crânios do Museu

de Anatomia da UNIFESP, com as informações sobre os indivíduos.


294

Anexo 3. Catálogo dos crânios do MAH-USP, elaborado a partir de fichas de catalogação

Registro Registro Data da


Sexo Idade Procedência Nacionalidade Cor*
Novo Antigo Morte
1 1 M 29 15/05/1913 Torino Itália Branco
2 2 M 26 28/05/1914 Noroeste Brasil Negro
3 5 F 27 19/08/1914 Madeira Portugal Branca
4 6 M 33 02/10/1914 Minas Brasil Negro
5 9 M 40 10/12/1914 - Japão Mongolóide
6 10 F 22 21/12/1915 - Japão Mongolóide
7 11 M 24 25/01/1915 - Portugal Branco
8 17 M 21 23/06/1916 - Japão Mongolóide
9 18 M 22 04/09/1915 - EUA Negro
10 19 M 22 11/08/1915 - Japão Mongolóide
11 20 M 23 13/01/1916 - Síria Branco
12 22 F 62 15/01/1916 - Brasil Branca
13 26 M 22 25/04/1916 - Portugal Branco
14 28 M 37 06/02/1916 - Brasil Negro
15 31 F 35 09/07/1916 - Japão Mongolóide
16 33 M 29 09/01/1916 - Brasil Branco
17 35 F 27 05/01/1916 - Brasil Branca
18 40 F 26 02/09/1916 - Brasil -
19 42 F 60 22/06/1917 - Austria Branca
20 43 M - - - Brasil Negro
21 45 M 38 02/03/1917 - Japão Mongolóide
Donat. do Prof.
22 47 M 20 22/04/1917 Japão Mongolóide
Haberfeld
23 48 M 24 24/05/1917 - Japão Mongolóide
Donat. do Prof.
24 49 M 48 24/12/1917 Japão Mongolóide
Haberfeld
25 50 M 24 09/10/1917 - Síria Branco
26 52 F 34 23/03/1917 - Brasil Pardo
27 54 M 28 21/04/1918 - Brasil Negro
28 55 M 25 22/07/1918 - Itália/ilegível Branco
29 57 M 23 25/08/1918 - Japão Mongolóide/ilegível
30 58 F 38 10/09/1918 - Japão Ilegível
31 61 - - - - - -
32 62 F 30 16/09/1918 - Brasil Parda
33 63 M 20 08/05/1919 - Japão Mongolóide/ilegível
34 64 M 27 16/07/1919 - Japão Mongolóide/ilegível
35 65 M 40 11/08/1919 - Japão Mongolóide/ilegível
36 67 M - - - - -
37 69 M 41 25/03/1920 - Síria Branco
38 70 M 24 24/05/1920 - Brasil/ilegível Índio/Cabloco/Pardo
39 72 M 54 13/05/1920 - Austria/ilegível Branca
40 - - - - - - -
41 74 M 35 14/09/1920 - Brasil Pardo
42 75 M 40 09/09/1920 - Brasil Pardo
43 76 F 38 11/09/1920 - - Parda
44 77 F 65 11/11/1919 - Itália/ilegível Branca
45 79 M 19 28/10/1920 - Brasil -
46 82 M 45 10/12/1920 - Brasil Branco
47 83 M 31 20/02/1921 - Japão Mongolóide
48 84 M 38 15/05/1921 - Síria Branco
49 85 M 25 04/08/1921 - Japão (ilegível) Mongolóide
50 86 M 23 12/06/1921 Goiás Brasil Pardo (ilegível)
51 88 M - 1921 - - Branco
52 89 F - 1921 - Brasil Negra
295

53 92 F 23 04/10/1924 - Síria Branca


54 93 M 25 15/03/ - Japão Mongolóide (ilegível)
55 94 M 27 07/04/1926 - Brasil Pardo
56 95 M 30 (?) 29/04/1926 Cotia Brasil Pardo
57 CRÂNIO NÃO ENCONTRADO
58 97 F 18 21/04/1926 Jacareí Brasil Branca
59 98 F 17 (?) 26/04/1926 Bragança Brasil Parda
60 99 F 9 (?) 29/04/1926 São Paulo Brasil Parda
61 100 F 22 07/05/1926 São Paulo Brasil Branca
62 101 F 55 28/04/1926 - Portugal Branca
63 102 F 37 18/05/1926 - Japão Mongolóide
64 104 F 39 25/10/1926 - Japão Mongolóide
65 105 M 22 18/10/1926 - Brasil Pardo
66 106 M 29 24/04/1926 - Brasil Pardo
67 107 F 30 30/05/1926 - Brasil Branca
68 108 M 60 08/06/1926 - Itália Branco
69 109 M 29 10/06/1926 - Brasil Pardo
70 110 F 25 15/06/1926 - Brasil Parda
71 111 M 56 17/06/1926 - Brasil Pardo
72 112 F 37 22/06/1926 - - Branca
73 103 M 34 05/08/1926 - Brasil Pardo
74 114 M 62 21/08/1926 - Brasil Branco
75 115 M 55 24/08/1926 - Brasil Negro
76 116 M 32 31/08/1926 - Brasil Branco
77 117 M 26 02/09/1926 - Brasil Pardo
78 220 M 23 06/02/1939 - Brasil Negro
79 119 M 39 29/09/1926 - Espanha Branco
80 120 M 21 02/10/1926 - Brasil Pardo
81 121 M 45-50 - - Brasil Negro ou Pardo
82 122 M 47 05/10/1927 Bahia Brasil Pardo
83 123 M 30 08/10/1927 Pernambuco Brasil Branco
84 124 M 30 06/04/1927 Taubaté Brasil Negro
85 125 M 28 28/03/1927 - Brasil Negro
86 126 M 26 23/03/1927 Alagoas Brasil Pardo
87 127 F Adulta 01/04/1927 - Japão Mongolóide
88 128 M 37 19/04/1927 - Brasil Negro
89 128 M 18 ago/27 - Brasil Negro
90 130 M 24 - - Brasil Pardo
91 131 M 37 - - Japão Mongolóide
92 132 M 20 04/06/1928 Porto Feliz Brasil Branco
93 133 M 40 10/10/1927 Pernambuco Brasil Branco ou Pardo
94 134 F 15 23/10/1928 Mato Grosso Brasil Branca ou Índia
95 137 M 19(?) 28/04/1930 - Japão Mongolóide
96 139 M 29 03/12/1930 - Japão Mongolóide
97 140 F 23 05/12/1930 - Brasil Negra
98 141 M 29 09/08/1931 Alagoas Brasil Pardo
99 143 M 22 - - Itália Branco
100 144 F 16 10/08/1931 - Brasil Índia
101 145 M 52 03/09/1931 - Marrocos Branco
102 147 F 18 29/07/1931 - Brasil Parda
103 148 M 20 24/11/1931 - Brasil Negro
104 149 F 20 30/08/1931 - Brasil Negra
105 150 F 27 26/08/1931 - Brasil Negra
106 152 M 21 26/10/1931 - Brasil Branco
107 153 M 21 - - Brasil Pardo
108 154 F 17(?) 29/01/1932 - Bolívia Índia
109 156 M 23 10/02/1932 - Hungria Branco
110 157 M - - - - -
111 158 F 26 23/02/1932 - Brasil Negra
296

112 159 F 40 24/02/1932 - Brasil Negra


113 160 M 48 02/03/1932 - Brasil Pardo
114 161 M 35 03/03/1932 - Síria Branco
115 162 F 47 18/03/1932 - Brasil Negra
116 163 M 37 06/04/1932 - Brasil Branca
117 164 M 22 15/04/1932 - Argentina Branco
118 165 M velho - - - Branco
119 166 M 20 12/04/1932 - Brasil Pardo
120 167 F 20 - - Lituânia Branca
121 168 F 21 10/04/1932 - Brasil Parda
122 169 M 55 20/04/1932 - Brasil Branca
123 170 M 25 16/05/1932 - Brasil Branco
124 171 M 44 21/04/1932 - Brasil Branco
125 172 M 40 02/05/1932 - Portugal Branca
126 174 F 32 09/05/1932 - Brasil Mulata
127 177 M 53 02/05/1932 - Rússia Branco
128 178 M 40 08/05/1932 - Portugal Branco
129 179 M 38 01/06/1923 - Japão Amarelo
130 181 M 18 07/06/1932 - Brasil Pardo
131 182 M 54 06/06/1932 - Brasil Negro
132 183 M 48 07/06/1932 - Brasil Pardo
133 184 M 29 22/06/1932 - Brasil Branco
134 187 F 20 28/06/1932 - Brasil Parda
135 188 F 20 24/10/1932 - Brasil Parda
136 190 M 36 22/10/1932 Bahia Brasil Mulato
137 192 M 30 24/11/1932 - Brasil Branco
138 193 M 32 30/11/1932 - Brasil Mulato
139 194 F 22 28/02/1933 - Brasil Branca
140 195 M 26 21/04/1933 - Brasil Negro
141 197 M 19 09/08/1933 - Brasil Negro
142 198 M 35 18/01/1934 - Japão Mongolóide
143 199 F 110 04/01/1934 - Brasil Branca
144 200 M 22 24/01/1934 - Brasil Branco
145 201 M 66 30/01/1934 - Brasil Branco
146 202 M 52 07/03/1934 - Brasil Branco
147 203 M 38 08/11/1934 - Brasil Branco
148 208 F 26 27/03/1934 - Japão Mongolóide
149 209 F 50 25/12/1936 - Índia / Brasil Parda / Índia
150 211 M 17 06/02/1937 - Brasil Pardo
151 212 M 26 23/06/1937 Pernambuco Brasil Pardo
152 214 M 24 02/01/1938 - Brasil Pardo
153 215 M 28 - - Brasil Pardo
154 218 M 23 21/11/1938 - Brasil Pardo
155 219 M 56 22/12/1938 - Espanha Branco
156 221 SUMIU
157 222 F 21 16/10/1939 - Brasil Parda
158 234 M 8 25/02/1940 - Brasil Branco
159 237 M 27 01/02/1940 - Portugal Branco
160 247 F 17 30/08/1940 São Paulo Brasil Negra
161 249 F 26 29/01/1941 - Brasil Branca
162 252 SUMIU
163 254 M 135(?) 07/05/1941 - Brasil Negro
164 259 SEM IDENTIFICAÇÃO
165 260 F 17 27/06/1942 - Japão Mongolóide
166 262 F 16 26/07/1942 Pernambuco Brasil Parda
167 264 F 36 24/12/1943 - Brasil Parda
168 266 M 26 - - Brasil Branco (?)
169 267 SEM IDENTIFICAÇÃO
170 268 M 65 - - Alemanha Branco
297

171 269 M 39 - - Brasil Branco


172 270 SEM IDENTIFICAÇÃO
173 271 M 55 12/04/1947 - Brasil Mulato
174 272 SEM IDENTIFICAÇÃO
175 273 M 46 - - Brasil Branco
176 274 M - - - - -
177 275 M 46 - - Brasil Branco
178 276 SEM IDENTIFICAÇÃO
179 277 M 20 - - Brasil Branco
180 278 M 38 - - Alemanha Branco
181 280 F 57 - - Brasil Branca
182 281 M 39 - - Brasil Negro
183 287 M - - - - Branco (?)
184 291 M 37 - - Brasil Negro
185 292 M 50 08/05/1961 - Brasil Negro
186 294 F 25 08/06/1961 - Brasil Negra
187 297 - - 26/10/1961 - - Negro
188 299 M - 06/10/1961 - - Negro
189 300 M 50 20/11/1961 - - Branco
190 301 M 42 08/06/1962 - Brasil Negro
191 302 M 58 - Pernambuco Brasil Pardo
192 303 M 53 - Bahia Brasil Branco (?)
193 13 M 21 05/08/1937 Minas Brasil Negro
194 2 SEM IDENTIFICAÇÃO
195 21 M 25 25/02/1953 - Brasil Branca
196 24 M 32 10/07/1937 - Brasil Branca
197 26 SEM IDENTIFICAÇÃO
198 26 SEM IDENTIFICAÇÃO
199 28 M 62 02/07/1937 - Brasil Branca
200 30 F 27 26/07/1937 - Japão Amarela
201 32 M 25 09/07/1937 - Brasil Mulato
202 69? SEM IDENTIFICAÇÃO
203 37 SEM IDENTIFICAÇÃO
204 37 F(?) 26 14/10/1937 Vargem Grande Brasil Parda
Espirito Santo
205 53 M 22 14/08/1937 Brasil Branca
do Pinhal
206 56 M 48 23/08/1937 - Brasil Branca
16/09/1937
207 60 M 47 - Austria Branca
(crânio)
16/10/1937
(livro)
208 61 M 33 20/10/1937 - Brasil Negro
209 63 M 40 01/10/1937 - Brasil Negro
210 70 M 22 - - - -
211 75 SUMIU
212 76 M 26 29/06/1952 - Brasil Negro
213 77 NOME DO LIVRO NÃO BATE COM NOME DO CRÂNIO
214 79 M 46 11/05/1952 - Polônia Branca
215 82 F ~60 30/08/1952 - Brasil Negra
216 85 SEM IDENTIFICAÇÃO
217 91 M - - - Brasil Negro
218 103 F 21 06/04/1953 - Brasil Negra
219 104 M 18 19/04/1953 - Brasil Negro
220 107 M ~20 - - Brasil Negro
221 108 M - - - Brasil Negro
222 109 M - - - Brasil Branca
223 111 F 54 11/02/1954 - Brasil Mulata
224 113 F ~75 - - Brasil Branca
225 114 F - - - - Negra
298

226 115 M - - - - Branca


227 119 M - - - - Negro
228 120 M 56 13/04/1954 - Brasil Branca
229 127 M - - - - -
230 129 M 51 13/04/1954 - Brasil Negro
231 132 M 50 20/04/1954 - Brasil Mulato
232 134 M - - - - Negro
233 136 F 63 24/05/1954 - Brasil Mulata
234 137 F 64 17/04/1954 - Alemanha Branca
235 141 M 52 27/04/1954 - Brasil Branca
236 143 F - - - Brasil Branca
237 144 M 65 25/05/1954 - Brasil Branca
238 145 M 85 09/06/1954 - Brasil Branca
239 147 F 30 17/04/1954 - Brasil Branca
240 148 M 30 22/12/1953 - Brasil Mulato
241 148 F - - - - -
242 150 M - - - - -
243 151 M - - - - -
244 152 F 40 - - Brasil Mulata
245 153 F ~55 - - Brasil Negra
246 156 F ~35 - - Brasil Negra
247 157 F ~65 - - Brasil Negra
248 158 F ~35 - - Brasil Negra
249 163 M ~40 - - Brasil Branco
250 164 M ~45 - - Brasil Negro
251 165 M ~40 - - Japão (?) Amarelo
252 167 M ~45 - - Brasil Negro
253 169 M ~40 - - Brasil Negro
254 171 M ~55 - - Brasil Branco
255 172 M ~45 - - Brasil Branco
256 173 F ~55 - - Brasil Negra
257 176 F ~60 - - Brasil Branca
258 178 M ~40 - - Brasil Branca
259 181 M ~35 - - Brasil Branca
260 182 M ~40 - - Brasil Branca
261 183 M ~30 - - - Branca
262 184 F ~40 - - Brasil Negra
263 188 M ~40 - - - Branca
264 191 M ~70 - - - Branca
265 192 F ~40 - - - Negra
266 194 M ~35 - - - Branca
267 195 M ~60 - - - Branca
268 196 M ~60 - - - -
269 197 M ~50 - - - Mulato
270 198 M ~50 - - - Branca
271 106 M 41 17/11/1952 - Brasil Negro
272 201 F ~40 - - - Negra
273 203 M ~60 - - - Negra
274 207 M ~35 - - Brasil Branca
275 209 M ~45 - - - Branca
276 211 F ~30 - - - Negra
277 212 M ~40 - - - Branca
278 213 M ~50 - - - Negra
279 214 M ~35 - - - Branca
280 216 M ~50 - - - Negra
281 217 M ~45 - - - Branca
282 218 M ~60 - - - Branca
283 221 M ~40 - - - Negro
284 223 F ~40 - - - Negro
299

285 230 M ~50 - - - Negro


286 232 M 43 - - Brasil Branco
287 233 M ~50 - - - Branco
288 235 M ~40 - - - Negro
289 236 F ~40 - - - Branca
290 237 F ~40 - - - Negra
291 238 M ~40 - - - Negro
292 239 F ~35 - - - Negra
293 241 M ~40 - - - -
294 244 M ~40 - - - Branco
295 245 F ~60 - - - Negra
296 248 F ~55 - - - Negra
297 249 M ~35 - - - Negro
298 253 M ~35 - - - -
299 255 M ~50 - - - Branco
300 257 F ~35 - - - Negra
301 260 M ~50 - - - Branco
302 261 M ~55 - - - Branco
303 SEM NENHUM REGISTRO
304 SEM NENHUM REGISTRO
305 SEM NENHUM REGISTRO
306 SEM NENHUM REGISTRO
307 270 F ~35 - - - Negra
308 271 M ~60 - - - Branco
309 274 M ~50 - - - Negro
310 276 M ~45 - - - Branco
311 277 M ~25 - - - -
312 278 F ~35 - - - Negra
313 282 M ~60 - - - Branco
314 283 M ~55 - - - Branco
315 284 M ~45 - - - Negro
316 287 F ~50 - - - Negra
317 288 M ~50 - - - Branco
318 289 M ~50 - - - Branco
319 290 M ~60 - - - Branco
320 291 F ~35 - - - Negra
321 292 M ~40 - - - Negro
322 293 M ~50 - - - Negro
323 295 M ~35 - - - Negro
324 297 F 25 - - - Negra
325 298 M 45 - - - Negro
326 301 M 50 - - - Branco
327 302 M 30 - - - Pardo
328 303 M 55 - - - Branco
329 306 F 35 - - - Negra
330 309 M 40 - - - Negro
331 310 M 65 - - - Branco
332 312 F 50 - - - Negra
333 314 M 60 - - - Branco
334 317 M 45 - - - Branco
335 318 M 50 - - - Branco
336 321 M ~50 - - - Mulato
337 322 M ~40 - - - Branco
338 323 M ~40 - - - Branco
339 325 F ~60 - - - Branca
340 326 M ~45 - - - Branco
341 328 M ~45 - - - Branco
342 329 M ~50 - - - Branco
343 330 M ~35 - - - Mulato
300

344 331 F ~40 - - - Negra


345 332 M ~40 - - - Branco
346 333 M ~40 - - - Mulato
347 334 M ~40 - - - Mulato
348 335 M ~25 - - - Negro
349 337 F ~40 - - Brasil (?) Branca
350 339 M ~50 - - - Branco
351 341 M ~35 - - - Branco
352 342 M ~25 - - - Negro
353 344 F ~45 - - - Branca
354 346 M ~50 - - - Branco
355 347 M ~55 - - - Mulato
356 348 M ~35 - - - Mulato
357 350 F ~60 - - - Negra
358 354 F ~30 - - - Mulata
359 356 F ~55 - - - Branca
360 357 F ~30 - - - Mulata
361 358 F ~30 - - - Negra
362 360 F ~40 - - - Branca
363 362 F ~65 - - - Negra
364 363 M ~45 - - - Negro
365 364 M ~55 - - - Negro
366 365 M ~55 - - - Negro
367 368 M ~40 - - - Branco
368 372 M ~50 - - - Mulato
369 376 M 40 26/05/1959 - - Pardo
370 377 F ~60 - - - Negra
371 381 M ~35 - - - Negro
372 383 F ~40 - - Brasil Branca
373 385 F ~50 - - - Branca
374 386 F ~50 - - - Parda
375 395 M ~45 - - - Branco
376 398 M ~40 - - - Negro
377 400 F ~60 - - - Branca
378 404 SEM IDENTIFICAÇÃO
379 405 SEM IDENTIFICAÇÃO
380 406 SEM IDENTIFICAÇÃO
381 408 SEM IDENTIFICAÇÃO
382 410 SEM IDENTIFICAÇÃO
383 410(a)? SEM IDENTIFICAÇÃO
384 411 SEM IDENTIFICAÇÃO
385 413 SEM IDENTIFICAÇÃO
386 414 SEM IDENTIFICAÇÃO
387 415 SEM IDENTIFICAÇÃO
388 416 SEM IDENTIFICAÇÃO
389 417 SEM IDENTIFICAÇÃO
390 418 SEM IDENTIFICAÇÃO
391 419 SEM IDENTIFICAÇÃO
392 420 SEM IDENTIFICAÇÃO
393 422 SEM IDENTIFICAÇÃO
394 423 SEM IDENTIFICAÇÃO
395 425 SEM IDENTIFICAÇÃO
301

Anexo 4. Catálogo dos crânios do Museu de Anatomia da UNIFESP, elaborado a partir dos livros de registro do museu.

Preparado
Nº Nome Nacionalidade Cor Sexo Idade Data de Morte Causa Mortis Observações
por:
- Calota craniana separada para estudo.
- Apresenta sutura sagital inclusive no osso frontal =
Sutura Metópica.
01 - Brasileira (ES) Preta F 20 anos xx-xx-1933 - -
- Apresenta osso sutural lambdóide, mas este está
ausente.
- Bom estado de conservação.
- Calota craniana separada para estudo.
02 - - - - Adulto - - -
- Bom estado de conservação.
- Sem mandíbula.
03 - - - - Adulto - - -
- Bom estado de conservação. Sem mandíbula.
- Sem mandíbula.
04 - - - - Adulto - - -
- Bom estado de conservação. Sem mandíbula.
- Calota craniana separada para estudo.
- Reg.: 307, pg. 154.
Insuficiência da
Joaquim - Profissão: Lavrador
05 Espanhola Branca M 40 anos 22-11-1939 aorta (roto?) pro -
(Barbraré?) - Casado.
bronquio (?)
- Pretence ao esqueleto desarticulado n. 06.
- Bom estado de conservação.
- Calota craniana separada para estudo.
Ilegível (“Tb
06 Joana Alves - Preta F 21 anos 21-10-1933 - - Reg.: 18, pg. 9.
ciliar” aguda)
- Bom estado de conservação.
- Calota craniana separada para estudo.
07 - - - - Adulto - - -
- Bom estado de conservação.
- Calota craniana separada para estudo.
- Reg.: 265, p.133.
Tuberculose
Antonio dos - Profissão: Operário.
08 Brasileira Preta M 23 anos 07-11-1938 pulmonar – -
Santos - Solteiro.
Caquexia
- Pretence ao esqueleto desarticulado n. 12.
- Bom estado de conservação.
- Casado.
- Pertence ao esqueleto desarticulado n. 09.
Francisco Miocardite /
09 Brasileira Parda M 32 anos 22-11-1940 - - Crânio colorido = Não corresponde ao crânio da
Tonha Meiscardite (?)
coleção com face desconfigurada (Obs.: 04-03-00).
- CRÂNIO DESAPARECIDO.
302

Antonio - Calota craniana separada para estudo.


10 Baptista Brasileira Branca M 32 anos 02-04-1937 - - - Crânio pintado representando linhas de força.
Cardoso - Bom estado de conservação.
45 anos - Calota craniana separada para estudo.
11 - - Branca M presu- 19-02-1937 - - - Bom estado de conservação.
míveis - Crânio sem mandíbula.
- Calota craniana separada para estudo.
- Reg.: 191, pg. 96.
José de
12 Brasileira Parda M 31 anos 20-02-1937 Tb pulmonar - - Profissão: Carpinteiro.
Oliveira
- Solteiro.
- Bom estado de conservação.
Preparado por
Enoque
Macerado em D. (?) Oliveira - Calota craniana separada para estudo.
13 Clementino Brasileira Mulata M 28 anos -
dez-1967 e D.C. (?) - Bom estado de conservação.
dos Santos
Pratos
12 - Pertence ao esqueleto desarticulado n. 03.
Septicemia
(meses?a - CRÂNIO DESAPARECIDO.
14 Ayrton Brasileira Branca M 02-02-1937 (Cepticemia/ -
nos? - Em 04/03/00 escreveram a observação: avaliar idade.
Lepticemia?)
ilegível) - Reg.: 186, pg. 93.
- Calota craniana separada para estudo.
15 - Brasileira Parda M 35 anos - - -
- Bom estado de conservação. Sem mandíbula.
- Calota craniana separada para estudo e fragmentada.
- Reg.: 347, pg. 174.
- Profissão: Lavrador.
João
16 Brasileira Branca M 23 anos 26-09-1940 Tb pulmonar - - Solteiro.
Domingues
- Pertence ao esqueleto desarticulado n. 16.
- Com exceção da calota craniana, bom estado de
conservação.
- Calota craniana separada para estudo.
- Reg.: 445, pg. 223.
Alcides
- Profissão: Lavrador.
17 Fernandes Brasileira Preta M 22 anos 04-05-1943 Tb pulmonar -
- Solteiro.
Camargo
- Pertence ao esqueleto desarticulado n. 05.
- Bom estado de conservação.
Disintonia - Calota craniana separada para estudo.
(Disenteria) - Reg.: 201, pg. 101.
Carmelinda
18 Brasileira Branca F 34 anos 29-04-1937 bacilar – - - Profissão: Doméstica.
Bicudo
Desidratação – - Solteira.
Caquexia. - Bom estado de conservação.
19 Maria Gomes Brasileira Branca F 19 anos 20-05-1937 - - - Calota craniana separada para estudo.
303

- Bom estado de conservação.


- Calota craniana separada para estudo.
- Reg.: 206, pg. 103.
José dos
20 Brasileira Parda M 35 anos 25-05-1937 Epilepsia - - Profissão: Operário.
Santos
- Solteiro.
- Bom estado de conservação. Sem mandíbula.
21 S.N.S. Brasileira Branca F 36 anos 04-07-1937 - - - CRÂNIO DESAPARECIDO (04/03/00)
22 G.F. Brasileira Parda M 11 anos 09-08-1937 - - - CRÂNIO DESAPARECIDO (04/03/00)
- Calota craniana separada para estudo.
Edemia aguda
- Reg.: 228, pg. 114.
Eugenio de do pulmão
23 Brasileira Parda M 49 anos 28-01-1938 - - Profissão: Operário.
Sousa (Edema agudo
- Viúvo.
de pulmão)
- Bom estado de conservação.
Maceração
realizada por:
30 anos
Sem Wolfgang F. - Calota craniana separada para estudo.
24 - Branca F presu- - -
identificação B. Weiss e - Bom estado de conservação.
míveis
Nycis (?) M.
de Castro
- Calota craniana separada para estudo.
- Casado.
Úlcera gástrica -
25 Otto Hopp Alemã Branca M 38 anos 25-12-1937 - - Obs. do registro em 04/03/00 - Analisar se calota
Caquexia
corresponde. Obs pessoal: SIM
- Bom estado de conservação.
40 anos Insuficiência - Calota craniana separada para estudo.
Desconhecido
26 - Branca M presu- 20-02-1938 Cardíaca – - - Reg.: 226, pg. 113.
1223
míveis Síncope - Bom estado de conservação.
Sem
27 - - - - - - - - Sem calota craniana.
identificação
- Calota craniana separada para estudo.
Insuficiência - Casado
28 V. Z. Italiana Branca M 47 anos 09-03-1938 -
Cardíaca - Obs: Avaliar se mandíbula corresponde.
- Bom estado de conservação.
Maceração
realizada por:
Sem Wolfgang F.
29 - Branca M Adulto - - - Bom estado de conservação.
identificação B. Weiss e
Nycis (?) M.
de Castro
304

Maceração
- Calota craniana separada para estudo.
realizada por:
- Reg.: 623, pg. 312.
Isolina Tb pulmonar – Nycis (?) M.
30 Brasileira Parda F 23 anos 17-07-1946 - Profissão: Doméstica.
Gardino Caquexia de Castro e
- Solteira.
Wolfgang F.
- Bom estado de conservação.
B. Weiss
Doado por:
- Calota craniana separada para estudo.
31 - - - - - - - Wolfgang F.
- Bom estado de conservação.
B. Weiss
- Calota craniana separada para estudo.
32 - - Branca F - - - -
- Bom estado de conservação.
- Crânio bissectado no plano sagital.
Insuficiência - Reg.: 339, pg. 170.
33 João Folge - Branca M 60 anos 28-06-1940 -
Cardíaca - Estado de conservação regular. Região infraorbiatal
esquerda destruída (obs.: 04/03/00) e sem mandíbula.
- Calota craniana separada para estudo.
Aneurisma da
Durval - Reg.: 320, pg. 160.
císsia aórtica (?)
34 Ferreira da Brasileira Branca M 33 anos 07-02-1940 - - Profissão: Operário.
– Hemo-
Silva - Pertence ao esqueleto desarticulado n. 4.
pericardia
- Bom estado de conservação.
- Calota craniana separada para estudo.
35 J.P.O. Brasileira Preta M 35 anos 25-05-1940 - -
- Bom estado de conservação.
- Calota craniana separada para estudo.
Maria da - Reg.: 334, pg. 167.
36 Conceição Brasileira Parda F 39 anos 27-05-1940 Tb pulmonar - - Profissão: Doméstica.
Jesus - Solteira.
- Bom estado de conservação.
Maceração
30 anos realizada por:
Sem - Calota craniana separada para estudo.
37 - Branca F presu- - - Nyceo M. de
identificação - Bom estado de conservação.
míveis Castro e Istrau
Nador
Desconhecido
1447, p. 75 Pneumonia - Calota craniana separada para estudo.
38 - Parda M 40 anos 12-04-1941 -
(Técnica lobar aguda - Bom estado de conservação.
cirúrgica)
Maceração
Sem - Calota craniana separada para estudo.
39 - Preta F 40 anos - - realizada por:
identificação - Bom estado de conservação.
Nyceo M. de
305

Castro e Istrau
Nador
Maceração
realizada por:
Sem Adulto / - Calota craniana separada para estudo.
40 - Branca F - - Nyceo M. de
identificação Senil - Bom estado de conservação.
Castro e Istrau
Nador
- Calota craniana separada para estudo.
- Apresenta sutura sagital inclusive no osso frontal =
41 G.R. Brasileira Preta F 21 anos 20-09-1938 - - Sutura Metópica.
- Apresenta ossos suturais.
- Bom estado de conservação. Sem mandíbula.
- Calota craniana separada para estudo.
Tb pulmonar -
R.M. (Reche Amarel - Pg.26 (técnica cirúrgica)
42 Japonesa M 30 anos 18-10-1938 Hemoptise -
Mokino?) a - Profissão: Lavrador
fulminante
- Bom estado de conservação.
- Calota craniana separada para estudo.
- As conchas (?) inferiores que faltam, estão com o crânio
Maria de Preta?
desarticulado sob letra A.
43 Lourdes Sousa Brasileira (mulata F 18 anos 11-07-1939 Tb Pulmonar -
- Obs. Lado direito ossículo supra petroso de gríber (?)
Pinto )
- Solteira.
- Bom estado de conservação. Sem mandíbula.
Maceração: - Calota craniana separada para estudo.
Manoel Wolfgang - Reg. 636, pg.318
Tb Pulmonar –
44 Marquês da Portuguesa Branca M 43 anos 23-10-1946 F.B.Weiss e - Profissão: Operário.
Caquexia.
Silva Nylceo M. de - Solteiro.
Castro - Bom estado de conservação.
- Calota craniana separada para estudo.
60 anos Pneumonia
Desconhecido - Reg.:332, pg. 166.
45 - Branca M presu- - lobar aguda -
1372 - Pertence ao esqueleto desarticulado n.03.
míveis esquerda
- Bom estado de conservação.
Desconhecido Maceração
- Calota craniana separada para estudo.
sem 65 anos realizada por:
- Apresenta sutura sagital inclusive no osso frontal =
46 identificação – - Branca M presu- - - Nycis (?) M.
Sutura Metópica.
técnica míveis de Castro e
- Bom estado de conservação.
cirúrgica Istrau Nador
- Calota craniana separada para estudo.
Insuficiência
Arnaldo - Reg. 374, pg. 187
47 Brasileira Preta M 42 anos 30-05-1941 cardíaca – -
Conceição - Profissão: Operário.
Síncope
- Solteiro.
306

- Bom estado de conservação.


Aneurismada - Calota craniana separada para estudo.
48 João Aniello Italiana Branca M 75 anos 14-08-1941 fossa (?) aórtica - - Fratura na mandíbula (lado esquerdo).
- ruptura - Bom estado de conservação.
- Calota craniana separada para estudo.
José Pah (Paz) - Reg. 394. pg.197
49 Espanhola Branca M 22 anos 11-11-1941 Tb pulmonar -
Castizo - Pertence ao esqueleto desarticulado sob n.2
- Bom estado de conservação.
- Calota craniana separada para estudo.
Glomerulo
- Reg.396, pg.198.
50 Amaro Pires Brasileira Branca M 39 anos 20-11-1941 nefrite aguda - -
- Profissão: Lavrador
urexcia
- Bom estado de conservação.
- Calota craniana separada para estudo.
51 Desconhecido Brasileira - M 35 anos 10-01-1942 Tb pulmonar -
- Bom estado de conservação.
- Reg.: 425, pg.213.
- Profissão: Doméstica.
Leontina de Tb pulmonar –
52 Brasileira Preta F 19 anos 18-07-1942 - - Solteira.
Oliveira Caquexia
- Crânio com pontos craniométricos.
- Bom estado de conservação.
- Calota craniana separada para estudo.
Preparado
- Reg.: pg 255-1 (técnica cirúrgica).
Cícero Tb pulmonar – por: Nylceo
53 Brasileira Parda M 38 anos 3-12-1946 - Profissão: Lavrador.
Ferreira Caquexia M. de Castro e
- Solteiro.
Istrau Nador
- Bom estado de conservação.
- Cortado em sentido sagital e colorido.
54 L. D. Brasileira Branca F - 1933 - -
- CRÂNIO DESAPARECIDO (09-03-00).
- Calota craniana separada para estudo
Desconhecido,
Branca 30 anos? - Obs.: Anotações quanto a cor, sexo e idade feitas a lápis
55 sem - M? - - -
? Adulto com interrogações.
identificação
- Bom estado de conservação.
Doado pela
Desconhecido
viúva do Dr.
56 sem - - - - - - - CRÂNIO DESAPARECIDO (09-03-00).
Lehncidt
identificação
Larmento.
Macerado em
dezembro de
Manoel - Calota craniana separada para estudo.
1968. Prep.:
57 Mauricio de Brasileira Branca M 44 anos - - - V.O.: 26470
Luiz Antônio
Almeida - Bom estado de conservação. Sem mandíbula.
Pereira e J. C.
Prates
307

Macerado em
Dezembro de - Calota craniana separada para estudo.
Angelo
58 Brasileira Negra M 60 anos - - 1967. J. - V.O.: 23092
Aguento
Laurindo e - Bom estado de conservação.
J.C. Prates
Maceração:
- Calota craniana separada para estudo.
Nylceo
Insuficiência - Reg.:566, pg 283.
Marques de
59 Ivan Maugold Iugoslávia Branca M 66 anos 15-11-1945 cardíaca – - Profissão: Operário.
Castro e
Síncope - Viúvo.
Wolfgang F.B.
- Bom estado de conservação.
Weiss
- Calota craniana separada para estudo.
Maceração:
- pg.190 (técnica cirúrgica).
Valeriano Pneumonia Nylceo
60 Brasileira Preta? M 45 anos 10-04-1945 - Profissão: Operário.
Conceição lobar Marques de
- Solteiro.
Castro
- Bom estado de conservação.
Maceração:
Nylceo - Calota craniana separada para estudo.
40 anos Pneumonia
Desconhecido Marques de - pg 192 (técnica cirúrgica).
61 - Preta M presu- 24-04-1945 lobar aguda
1708 Castro e - Bom estado de conservação. Calota craniana não
míveis direita
Wolfgang F. pertencente ao indivíduo.
B. Weiss
Francisco Branca Prep.: A. C. - Calota craniana separada para estudo.
Macerado em
62 Lopes dos Brasileira (Parda? M 66 anos - Brandão e J. - V.O.: 23093
dez. De 1967
Santos ) C. Prates - Bom estado de conservação.
Maceração:
Maria Izabel Macerado em - Calota craniana separada para estudo.
63 Brasileira Parda F 34 anos - Luiz Antonio
Santiago outubro de 1968 - Bom estado de conservação.
e J. C. Prates
Maceração:
Nylceo - Calota craniana separada para estudo.
Marques de - pg. 191. (Técnica Cirúrgica)
José Caxias Pneumonia
64 Brasileira Branca M 40 anos 18-04-1945 Castro e José - Profissão: Operário.
dos Santos Lobar
Eurico dos - Solteiro.
Santos Abreu - Bom estado de conservação.
Jr.
Maceração: - Crânio colorido por: Nylceo Marques de Castro.
Diony Câncer do
Nylceo - Profissão: Lavrador..
65 Antonio Brasileira Branca M 19 anos 22-04-1945 pâncreas –
Marques de - Solteiro.
Nogueira Caquexia
Castro e - CRÂNIO DESAPARECIDO (09/03/00).
308

Wolfgang F.
B. Weiss
Maceração: - Sem calota craniana.
Deodato Insuficiência Nylceo - Profissão: Sapateiro.
66 Italiana Branca M 62 anos 08-05-1945
Napoli Cardíaca Marques de - Viúvo.
Castro - Bom estado de conservação. Falta calota.
Miocardite Maceração: - Sem calota craniana.
Inidoro
crônica – Nylceo - Profissão: Operário.
67 Cardoso de Brasileira Preta M 63 anos 05-05-1945
Colapso Marques de - Casado.
Oliveira
cardíaco Castro. - Bom estado de conservação. Falta calota.
Maceração:
60 anos Insuficiência - Calota craniana separada para estudo.
Desconhecido Nylceo
68 - Preta M presu- 22-05-1945 Cardíaca – - pg. 195. (Técnica Cirúrgica).
1717 Marques de
míveis Síncope - Bom estado de conservação.
Castro.
- Calota craniana separada para estudo
Maceração: - pg. 192. (Técnica Cirúrgica)
Insuficiência
Maria Antônia Nylceo - Crânio colorido por José Eurico S. Abreu Jr.
69 Brasileira Preta F 68 anos 03-05-1945 Cardíaca -
Rodrigues Marques de - Profissão: Doméstica.
Nefrite
Castro. - Viúva.
- Bom estado de conservação.
Maceração:
Nylceo - Calota craniana separada para estudo.
Nestor Câncer de
Marques de - Profissão: Lavrador.
70 Francelino da Brasileira Branca M 35 anos 05-05-1945 Laringe –
Castro e - Casado.
Silva Caquexia
Wolfgang F. - Bom estado de conservação.
B. Weiss
Maceração:
61 (67) Nylceo
Insuficiência - pg. 194 (Técnica Cirúrgica).
Maria Luiz(?) anos Marques de
71 Brasileira Preta F 19-05-1945 cardíaca – Mal - Viúva.
dos Santos presu- Castro e
de Basedow - Bom estado de conservação
míveis Wolfgang F.
B. Weiss
Maceração:
Nylceo
60 anos - Calota craniana separada para estudo.
Desconhecido Insuficiência Marques de
72 - Branca M presu- 10-06-1945 - Reg.: 532, pg. 266.
1722 Cardíaca Castro e
míveis - Bom estado de conservação.
Wolfgang F.
B. Weiss
309

- Apresenta sutura sagital inclusive no osso frontal =


Maceração:
Epaminondas Macerado em Sutura Metópica.
73 Brasileira (Bahia) Parda M 35 anos - Luiz Antonio
Santos julho de 1968. - Apresenta muitos ossos suturais (vomerianos).
e J. C. Prates
- Bom estado de conservação.
Maceração:
Macerado em Luiz Antonio
Otacília
74 Brasileira Branca F 50 anos outubro de - e Antonio - Bom estado de conservação.
Mendes
1968. Agusto (J. C.
Prates?)
Macerado por:
- Calota craniana separada para estudo.
José de
75 Marina Alves Brasileira Preta F 30 anos - - - V.O.: 22719
Oliveira (J. C.
- Bom estado de conservação.
Prates?)
- Calota craniana separada para estudo.
40 anos
Sem Branca - Obs.: Anotações quanto a cor, sexo e idade feitas a lápis
76 - M (?) presu- - - -
identificação (?) com interrogações.
míveis
- Bom estado de conservação. Sem calota craniana.
Maceração: - Calota craniana separada para estudo.
Pneumonia
Nylceo - Profissão: Operário.
77 José de Moura Brasileira Branca M 25 anos 09-06-1945 lobar aguda
Marques de - Solteiro.
direita
Castro - Bom estado de conservação.
Maceração:
- Crânio colorido e pintado (inserções musculares) por
Nylceo
Catharina Wolfgang F. B. Weiss.
Tb. Pulmonar – Marques de
78 Rodrigues dos Brasileira Branca F 40 anos 08-06-1945 - Profissão: Lavadeira.
Caquexia Castro e
Santos - Viúva.
Wolfgang F.
- Bom estado de conservação.
B. Weiss
Maceração:
Nylceo - Calota craniana separada para estudo.
Insuficiência Marques de - pg. 194 (Técnica Cirúrgica)
79 Harl Eckert Alemã Branca M 68 anos 18-05-1945 Cardíaca – Castro e José - Profissão: Cozinheiro.
Síncope Eurico dos - Casado.
Santos Abreu - Bom estado de conservação.
Jr.
Maceração:
- Calota craniana separada para estudo.
Nylceo
Atrofia(?) - pg. 196 (Técnica Cirúrgica).
Firmino José Marques de
80 Brasileira Preta M 60 anos 22-05-1945 amarela aguda - Profissão: Operário.
Antonio Castro e
do fígado - Casado.
Wolfgang F.
- Seios pintados a cores (azul).
B. Weiss
310

- Obs.: Cortes na porção zigomaxilar direita e na porção


temporobasilar (?) esquerda.
- Regular estado de conservação. Sem mandíbula.
Maceração: - Calota craniana separada para estudo.
Nylceo - Profissão: Doméstica.
Insuficiência
Francisca Marques de - pg. 195 (Técnica Cirúrgica).
81 Polonesa Branca F 68 anos 20-05-1945 mitral (?) –
Sthasniscky Castro e - Crânio com pontos de reforço pintado a cores por
Síncope
Wolfgang F. Nylceo Marques de Castro.
B. Weiss - Bom estado de conservação.
Maceração:
- Calota craniana separada para estudo.
Flegmão(?) da Nylceo
Sebastiana - Reg.: 534, pg. 267.
face – Marques de
82 Nascimento - Parda F 67 anos 15-06-1945 - Profissão: Lavadeira.
Septicemia (L, Castro e
Lima - Solteira.
I?) Wolfgang F.
- Bom estado de conservação.
B. Weiss
- Calota craniana separada para estudo.
Maceração:
- Reg.: 533, pg. 267.
Nylceo
- Profissão: Doméstica.
Anna Candida Insuficiência Marques de
83 Brasileira Preta F 51 anos 15-06-1945 - Viúva.
de Jesus Cardíaca Castro e
- Obs.: Crânio com formações arredondadas,
Wolfgang F.
possivelmente osteomas.
B. Weiss
- Bom estado de conservação.
- Calota craniana separada para estudo.
Maceração: - Reg.: 543, pg. 272.
Maria Isaura Tb. Pulmonar – Nylceo - Profissão: Doméstica.
84 Brasileira Preta F 18 anos 08-07-1945
Sampaio Caquexia Marques de - Solteira.
Castro - Pertence ao esquleto desarticulado n. 13.
- Bom estado de conservação.
Maceração:
Nylceo - Calota craniana separada para estudo.
45 anos Insuficiência
Marques de - Reg.: 535, pg. 268.
85 Antonio Faria Brasileira Branca M presu- 21-06-1945 Cardíaca –
Castro e - Profissão: Operário.
míveis Síncope
Wolfgang F. - Bom estado de conservação.
B. Weiss
Maceração:
Nylceo - Calota craniana separada para estudo.
Tb. Pulmonar – Marques de - pg. 197 (Técnica Cirúrgica).
86 Pedro Bueno Brasileira Branca M Adulto 28-05-1945
Caquexia Castro e - Profissão: Operário.
Wolfgang F. - Bom estado de conservação.
B. Weiss
311

Maceração:
Nylceo
40 anos
Marques de - pg. 198 (Técnica Cirúrgica).
87 João Narciso Brasileira Preta M presu- - -
Castro e - Bom estado de conservação.
míveis
Wolfgang F.
B. Weiss
Maceração:
Diabetes Nylceo
60 anos - Calota craniana separada para estudo.
Desconhecido mellitus – Marques de
88 - Branca M presu- 25-06-1945 - Reg.: 539, pg. 270.
1731 Choque Castro e
míveis - Bom estado de conservação. Sem mandíbula.
hipoglicêmico Wolfgang F.
B. Weiss
Maceração:
Nylceo - Calota craniana separada para estudo.
Maria Eugenia Tb. Pulmonar - Marques de - pg. 200 (Técnica Cirúrgica).
89 Brasileira Preta F 48 anos 22-06-1945
Baptista Caquexia Castro e - Solteira.
Wolfgang F. - Bom estado de conservação.
B. Weiss
Maceração:
Pneumonia
Nylceo
50 anos lobar aguda - Calota craniana separada para estudo.
Desconhecido Marques de
90 - Branca M presu- 23-06-1945 direita – - Reg.: 537, pg. 269.
1727 Castro e
míveis Colapso - Bom estado de conservação.
Wolfgang F.
periférico
B. Weiss
Maceração:
- Calota craniana separada para estudo.
Nylceo
Maria - Reg.: 547, pg. 274.
Tb. Pulmonar - Marques de
91 Gertrudes Brasileira Preta F 23 anos 01-07-1945 - Profissão: Arrumadeira.
Caquexia Castro e
Ma(z)agão - Solteira.
Wolfgang F.
- Bom estado de conservação.
B. Weiss
Maceração:
Nylceo
60 anos - Calota craniana separada para estudo.
Desconhecido Insuficiência Marques de
92 - Branco M presu- 31-12-1944 - pg. 183 (Técnica Cirúrgica).
1683 mitral - Síncope Castro e
míveis - Bom estado de conservação.
Wolfgang F.
B. Weiss
Maceração: - Calota craniana separada para estudo.
Sebastiana
Edema agudo Nylceo - pg. 198 (Técnica Cirúrgica).
93 Jorgino - Branca F 23 anos 18-07-1945
do pulmão Marques de - Profissão: Doméstica.
Franco
Castro - Viúva.
312

- Obs.: Há questionamento quanto a cor feito a lápis no


livro (Preta?).
- Bom estado de conservação. Sem mandíbula.
Maceração:
Nylceo
Desconhecido
Marques de - Calota craniana separada para estudo.
94 sem - - - Adulto - -
Castro e - Bom estado de conservação. Sem mandíbula.
identificação
Wolfgang F.
B. Weiss
Maceração:
Artério- - Calota craniana separada para estudo.
Nylceo
esclerose - pg. 201 (Técnica Cirúrgica).
Wenceslau da Marques de
95 Brasileira Branca M 58 anos 02-07-1945 generalizada – - Profissão: Lavrador.
Silva Castro e
Síncope - Viúvo.
Wolfgang F.
cardíaca - Bom estado de conservação.
B. Weiss
- Calota craniana separada para estudo.
Maceração:
- pg. 208 (Técnica Cirúrgica).
Tb. Pulmonar – Nylceo
96 Isabel Rocha Brasileira Branca F 30 anos 28-08-1945 - Profissão: Lavadeira.
Caquexia Marques de
- Viúva.
Castro
- Bom estado de conservação.
Maceração:
- Calota craniana separada para estudo.
Endocardite Nylceo
- pg. 202 (Técnica Cirúrgica).
Maria do crônica – Marques de
97 Brasileira Branca F 77 anos 15-07-1945 - Profissão: Doméstica.
Rosario Costa Síncope Castro e
- Viúva.
Cardíaca Wolfgang F.
- Bom estado de conservação.
B. Weiss
Maceração:
- Calota craniana separada para estudo.
Insuficiência Nylceo
- pg. 200 (Técnica Cirúrgica).
Virgínia Maria Cardíaca – Marques de
98 Brasileira Preta F 87 anos 29-06-1945 - Profissão: Doméstica.
da Conceição Glomérulo Castro e
- Viúva.
nefrite crônica Wolfgang F.
- Bom estado de conservação.
B. Weiss
Maceração:
Nylceo - Calota craniana separada para estudo.
Marques de - Reg.: 555, pg. 278.
Onorata Tb. Pulmonar –
99 Brasileira Preta F 57 anos 08-09-1945 Castro e José - Profissão: Doméstica.
Candida Caquexia
Eurico dos - Casada.
Santos Abreu - Bom estado de conservação.
Jr.
313

- Calota craniana separada para estudo.


Maceração:
- Reg.: 551, pg. 276.
Nylceo
Maria do - Profissão: Doméstica.
Tb. Pulmonar – Marques de
100 Carmo Brasileira Preta F 28 anos 23-08-1945 - Viúva.
Hemoptise Castro e
Fernandez - Pintado a cores por Wolfgang F. B. Weiss e Lucio D.
Wolfgang F.
da Silva (não vi pintado).
B. Weiss
- Bom estado de conservação.
- Reg.: 556, pg. 278.
Maceração:
- Profissão: Operário.
Antonio Lopes Tb. Pulmonar – Nylceo
101 Brasileira Preta M 40 anos 10-09-1945 - Crânio fora da coleção, montado com esqueleto
Diana Caquexia Marques de
articulado sob n. III.
Castro
- DESAPARECIDO.
Maceração:
Nylceo - Calota craniana separada para estudo.
Marques de - Reg.: 558, pg. 279.
José de Atrofia amarela
102 Brasileira Branca M 24 anos 15-09-1945 Castro e José - Profissão: Lavrador.
Campos aguda do fígado
Eurico dos - Solteiro.
Santos Abreu - Bom estado de conservação.
Jr.
- Calota craniana separada para estudo.
Maceração:
- Reg.: 563, pg. 282.
Tb. Pulmonar – Nylceo
103 Vital da Silva Brasileira Parda M 37 anos 05-11-1945 - Profissão: Operário.
Caquexia Marques de
- Solteiro.
Castro
- Bom estado de conservação.
Maceração: - Calota craniana separada para estudo.
Raimundo 40 anos Insuficiência
Nylceo - Reg.: 564, pg. 282.
104 Sebastião Brasileira Preta M presu- 12-10-1945 Cardíaca –
Marques de - Profissão: Operário.
Souza Oliveira míveis Síncope
Castro - Bom estado de conservação.
Maceração: - Calota craniana separada para estudo.
Nylceo - Reg.: 567, pg. 284.
Insuficiência
Marques de - Profissão: Operário.
105 João Benendes Brasileira Branca M 35 anos 27-11-1945 Cardíaca –
Castro e - Viúvo.
Síncope
Wolfgang F. - CRÂNIO DESAPARECIDO (09/03/00) – Obs.:
B. Weiss Mandíbula e calota estão PRESENTES na coleção.
Aparecida Macerado por:
Branca Macerado em - V.O.: 21504.
106 Fernandes da Brasileira F 32 anos - Luiz Antonio
? Preta 1967 - Bom estado de conservação.
Silva e J.C. Prates
25 anos Maceração: - Calota craniana separada para estudo.
Sebastiana Tb. Pulmonar –
107 - Parda F presu- 21-12-1945 Nylceo - Reg.: 572, pg. 286.
Miranda Caquexia
míveis Marques de - Profissão: Prendas domésticas.
314

digo(?) Castro e - Bom estado de conservação.


Hemoptise Wolfgang F.
B. Weiss
Maceração:
Nylceo
- Reg.: 577, pg. 289.
Marques de
Vicentina Tb. Pulmonar – - Profissão: Doméstica.
108 Brasileira Parda F 18 anos 14-01-1946 Castro e José
Fernandes Caquexia - Solteira.
Eurico dos
- CRÂNIO DESAPARECIDO.
Santos Abreu
Jr.
- Calota craniana separada para estudo.
Maceração:
- Reg.: 582, pg. 291.
Thomaria Tb. Pulmonar – Nylceo
109 Brasileira Preta F 25 anos 22-01-1946 - Profissão: Doméstica.
Lopes Caquexia Marques de
- Casada.
Castro
- Bom estado de conservação.
Maceração:
Nylceo - Calota craniana separada para estudo.
Antonio Mario Bronco- Marques de - Reg.: 575, pg. 288.
110 Portuguesa Branca M 40 anos 03-01-1946
Teixeira pneumonia Castro e - Casado.
Wolfgang F. - Bom estado de conservação.
B. Weiss
Maceração:
Nylceo - Calota craniana separada para estudo.
Pneumonia
Marques de - Reg.: 586, pg. 293.
111 José Antonio - Branca M 49 anos 27-01-1946 lobar aguda
Castro e - Profissão: Operário.
direita
Wolfgang F. - Bom estado de conservação.
B. Weiss
- Calota craniana separada para estudo.
Maceração:
- Reg.: 595, pg. 298.
Harolis Tb. Pulmonar – Nylceo
112 Lituana (Kaunas) Branca M 65 anos 04-04-1946 - Profissão: Operário.
Beitelis Caquexia Marques de
- Casado.
Castro
- Bom estado de conservação.
Maceração:
- Calota craniana separada para estudo.
Nylceo
- pg. 227 (Técnica Cirúrgica).
Durvalina Tb. Pulmonar – Marques de
113 Brasileira Preta F 50 anos 28-03-1946 - Profissão: Cozinheira.
Antonia Caquexia Castro e
- Viúva.
Otavio Della
- Bom estado de conservação.
Terra
Sebastião Brasileira (São Molestia Prep.: Lúcio - Profissão: Encanador.
114 Pardo M 39 anos 07-09-1947
Janino Coiahy Paulo) pulmonar – Dias da Silva - Solteiro.
315

Colapso tóxico- e Nylceo - Bom estado de conservação.


infeccioso Marques de
Castro
Maceração:
Nylceo
70 anos Nefrosclerose – - Calota craniana separada para estudo.
Desconhecido Marques de
115 - Preta F presu- 02-04-1946 Síncope - Reg.: 596, pg. 298.
1797 Castro e
míveis Cardíaca - Bom estado de conservação.
Wolfgang F.
B. Weiss
Maceração:
- Calota craniana separada para estudo.
Nylceo
- pg. 227 (Técnica Cirúrgica).
Diolinda José Marques de
116 Brasileira Preta F 27 anos 28-03-1946 Tb. Pulmonar - Profissão: Doméstica.
Jacinto Castro e
- Viúva.
Wolfgang F.
- Bom estado de conservação.
B. Weiss
Maceração:
- Calota craniana separada para estudo.
Nylceo
Aneurisma da - pg. 228 (Técnica Cirúrgica).
Marques de
117 Victor Avaglia Brasileiro Branca M 58 anos 01-04-1946 crossa(?) da - Profissão: Operário.
Castro e
aorta - Ruptura - Solteiro.
Wolfgang F.
- Bom estado de conservação.
B. Weiss
Maceração:Le
onardo
65 anos - Reg.: 639, pg. 320.
Desconhecido Edema agudo de Messina e
118 - Branca M presu- 07-11-1946 - Bom estado de conservação.
1864 pulmão Nylceo
míveis
Marques de
Castro
Maceração:
- Calota craniana separada para estudo.
João Francisco Insuficiência Istrau Nador e
119 - Branca M 55 anos 03-12-1946 - pg. 255 (Técnica Cirúrgica).
Sobrinho Cardíaca Nylceo M. de
- Bom estado de conservação.
Castro
- Calota craniana separada para estudo.
Maceração:
- Reg.: 606, pg. 303.
Maria do Tb. Pulmonar – Nylceo M. de
120 Brasileira Parda F 20 anos 16-05-1946 - Profissão: Doméstica.
Carmo Avelar Caquexia Castro e Istrau
- Solteira.
Nador
- Bom estado de conservação.
Maceração: - Calota craniana separada para estudo.
Francisca
Insuficiência Nylceo M. de - pg. 226 (Técnica Cirúrgica).
121 (Lourceis?) Brasileira Branca F 30 anos 20-03-1946
Cardíaca Castro e Istrau - Sem Profissão.
Santos
Nador - Viúva.
316

- Bom estado de conservação, contudo, a maxila


esquerda está fragmentada e o fragmento está solto no
armário.
- Calota craniana separada para estudo.
Maceração:
Insuficiência - pg. 224 (Técnica Cirúrgica).
Benvinda Nylceo M. de
122 Brasileira Preta F 31 anos 27-02-1946 Cardíaca – - Profissão: Doméstica.
Guilhermina Castro e Istrau
Doença Mitral - Solteira.
Nador
- Bom estado de conservação.
Prep.: Luiz
Otonel Alves Macerado em Antonio - V.O.: 26359
123 Brasileira Parda M 33 anos -
Barbosa janeiro de 1969 Pereira. J. C. - CRÂNIO NÃO ESTÁ NO ARMÁRIO!
Prates
- Calota craniana separada para estudo.
Maceração:
- pg. 231 (Técnica Cirúrgica).
Carolina C. de Tb. Pulmonar – Nylceo M. de
124 Brasileira Preta F 50 anos 14-05-1946 - Profissão: Doméstica.
Almeida Caquexia Castro e Istrau
- Solteira.
Nador
- Bom estado de conservação.
Maceração:
37 anos Síndrome - Calota craniana separada para estudo.
Nylceo M. de
125 Maria de Tal - Branca F presu- 16-06-1946 disentérica – - Reg.: 614, pg. 307.
Castro e Istrau
míveis Toxemia (?) - Bom estado de conservação.
Nador
Pneumonia
- Calota craniana separada para estudo.
25 anos lobar aguda Maceração:
Desconhecio - Reg.: 616, pg. 308.
126 - Preta M presu- 16-06-1946 E(esquerda) – Nylceo M. de
1825 - Observações: Aparelho hiodeo inteiramente ossificado.
míveis Colápso Castro
- Bom estado de conservação.
periférico
Artério-
Maceração:
65 anos esclerose - Calota craniana separada para estudo.
Desconhecio Nylceo M. de
127 - Branca M presu- 27-05-1946 generalizada – - Reg.: 607, pg. 304.
1818 Castro e Istrau
míveis Enfarte do - Bom estado de conservação.
Nador
miocardio
Artério- - Calota craniana separada para estudo.
Maceração:
55 anos esclerose - Apresenta sutura sagital inclusive no osso frontal =
Desconhecio Nylceo M. de
128 - Branca M presu- 11-06-1946 generalizada – Sutura Metópica.
1823 Castro e Ivahy
míveis Síncope - pg. 235 (Técnica Cirúrgica).
de Moura
cardíaca - Bom estado de conservação.
Maceração:
40 anos - Calota craniana separada para estudo.
Desconhecio Tb. Pulmonar - Nylceo
129 - Branca M presu- 03-07-1946 - Reg.: 619, pg. 310.
1828 Hemoptise Marques de
míveis - Bom estado de conservação.
Castro e
317

Wolfgang F.
B. Weiss
- Calota craniana separada para estudo.
Maceração:
Insuficiência - Reg.: 621, pg. 311.
Nylceo
130 João Pereira Portuguesa Branca M 53 anos 27-06-1946 cardíaca - - Profissão: Operário.
Marques de
Síncope - Casado.
Castro
- Bom estado de conservação.
Maceração:
Desconhecido 50 anos
Istrau Nador e - Calota craniana separada para estudo.
131 sem - Branca M presu- - -
Nylceo M. de - Bom estado de conservação.
identificação míveis
Castro
- Calota craniana separada para estudo.
Maceração:
Maria - Reg.: 622, pg. 311.
Tb. Pulmonar – Nylceo
132 Conceição Brasileira Preta F 20 anos 16-07-1946 - Profissão: Doméstica.
Caquexia Marques de
Alves - Solteira.
Castro
- Bom estado de conservação.
Maceração:
Nylceo
Desconhecido 35 anos
Marques de - Calota craniana separada para estudo.
133 sem - Preta F presu- - -
Castro e - Bom estado de conservação.
identificação míveis
Wolfgang F.
B. Weiss
Maceração:
- Calota craniana separada para estudo.
Nylceo
- Reg.: 627, pg. 314.
Claudionor da Tb. Pulmonar – Marques de
134 Brasileira Parda M 23 anos 16-08-1946 - Profissão: Lavrador.
Silva Caquexia Castro e
- Solteiro.
Wolfgang F.
- Bom estado de conservação.
B. Weiss
- Calota craniana separada para estudo.
Maceração:
- Reg.: 624, pg. 312.
Lucinda Tb. Pulmonar – Nylceo M. de
135 Brasileira Branca F 34 anos 29-07-1946 - Profissão: Operária.
Garcia Anoxemia Castro e Istrau
- Solteira.
Nador
- Bom estado de conservação.
Peneumonia
Maceração:
60 anos lobar aguda - Calota craniana separada para estudo.
Desconhecido Lúcio Dias da
136 - Branca M presu- 02-07-1946 D(direita) – - Reg.: 618, pg. 309.
1827 Silva e Nylceo
míveis Síncope - Bom estado de conservação.
M. de Castro
cardíaca
318

- Calota craniana separada para estudo.


Hérnia Maceração: - Reg.: 615, pg. 308.
Sante (Lante?)
137 Italiana Branca M 50 anos 18-06-1946 estrangulada – Nylceo M. de - Profissão: Pedreiro.
Rosei
Toxemia Castro - Solteiro.
- Bom estado de conservação.
- Calota craniana separada para estudo.
Maceração: - pg. 241 (Técnica Cirúrgica).
Maria Gomes Tb. Pulmonar –
138 Brasileira Preta F 27 anos 11-08-1946 Nylceo M. de - Profissão: Doméstica.
da Silva Caquexia
Castro - Casada.
- Bom estado de conservação.
Maceração:
Desconhecido 40 anos
Nylceo M. de - Calota craniana separada para estudo.
139 sem - Preta F presu- - -
Castro e Istrau - Bom estado de conservação.
identificação míveis
Nador
Artério- Maceração:
esclerose Francisco
Francisco - Reg.: 617, pg. 309.
140 Italiana Branca M 72 anos 01-07-1946 generalizada – Garcia da
Morano - Bom estado de conservação.
Hemorragia Silva e Nylceo
cerebral M. de Castro
Maceração: - Reg.: 620, pg. 310.
60 anos
Desconhecido Nefroesclerose Lúcio Dias da - Crânio cortado sagitalmente e desenhadas linhas para
141 - Branca M presu- 04-07-1946
1829 – Urexia Silva e Nylceo determinação dos principais sulcos cerebrais.
míveis
M. de Castro - Bom estado de conservação.
Maceração:
Desconhecido 45 anos
Nylceo M. de - Calota craniana separada para estudo.
142 sem - Branca M presu- - -
Castro e Oscar - Bom estado de conservação.
identificação míveis
Vgolini
Maceração:
Desconhecido 50 anos
Nylceo M. de - Calota craniana separada para estudo.
143 sem - Branca M presu- - -
Castro e Oscar - Bom estado de conservação.
identificação míveis
Vgolini
60 anos Maceração: - Calota craniana separada para estudo.
Desconhecido Nefroesclerose
144 - Branca M presu- 09-08-1946 Nylceo M. de - Reg.: 626, pg. 313.
1838 – Uremia
míveis Castro - Bom estado de conservação.
Maceração:
Wolfgang F. - Calota craniana separada para estudo.
35 anos
Zilda do Tb. Pulmonar - B. Weiss e - Reg.: 631, pg. 316.
145 Brasileira Preta F presu- 27-09-1946
Nascimento Hemoptise Nylceo - Profissão: Doméstica.
míveis
Marques de - Bom estado de conservação.
Castro
319

Maceração:
- Calota craniana separada para estudo.
Wolfgang F.
- Reg.: 630, pg. 315.
Venancio de Tb. Pulmonar – B. Weiss e
146 Brasileira Preta M 21 anos 14-09-1946 - Profissão: Motorista.
Jesus Caquexia Nylceo
- Solteiro
Marques de
- Bom estado de conservação.
Castro
Maceração:
- Calota craniana separada para estudo.
Adelino Enfarto (?) do Nylceo
- Reg.: 633, pg. 317.
147 Martins de Portuguesa Branca M 56 anos 01-10-1946 Miocardio - Marques de
- Profissão: Motorista.
Oliveira Síncope Castro e Istrau
- Bom estado de conservação.
Nador
Maceração:
Wolfgang F.
60 anos Aneurisma
Desconhecido B. Weiss e - Reg.: 625, pg. 313.
148 - Parda M presu- 29-07-1946 crossa(?) aórtica
1836 Nylceo - Bom estado de conservação.
míveis - Ruptura
Marques de
Castro
Maceração:
Wolfgang F. - Calota craniana separada para estudo.
25 anos
Sebastiana dos Tb. Pulmonar – B. Weiss e - Reg.: 634, pg. 317.
149 Brasileira Preta F presu- 15-10-1946
Santos Hemoptise Nylceo - Profissão: Doméstica.
míveis
Marques de - Bom estado de conservação.
Castro
Maceração: - Calota craniana separada para estudo.
Insuficiência Nylceo - Reg.: 635, pg. 318.
Ulysses
150 Brasileira Preta M 42 anos 14-10-1946 Cardíaca – Marques de - Profissão: Operário.
Orlando
Síncope Castro e Istrau - Solteiro.
Nador - Bom estado de conservação.
Maceração:
- Calota craniana separada para estudo.
Desconhecido 35 anos Nylceo
- Bom estado de conservação.
151 sem - Preta M presu- - - Marques de
- Sem mandíbula.
identificação míveis Castro e Istrau
- Obs.: A idade foi escrita com outra caneta.
Nador
Prep.: Luiz
Manoel Alves Macerado em Antonio - V.O.: 26456.
152 Brasileira Parda M 56 anos -
de Lima janeiro de 1969 Pereira. J. C. - Bom estado de conservação.
Prates
Maceração: - Calota craniana separada para estudo.
Margarida das Tb. Pulmonar –
153 Brasileira Branca F 28 anos 04-11-1946 Wolfgang F. - Profissão: Doméstica.
Dores Caquexia
B. Weiss e - Casada.
320

Nylceo - Bom estado de conservação.


Marques de
Castro
Maceração:
Wolfgang F.
Desconhecido 30 anos
B. Weiss e - Calota craniana separada para estudo.
154 sem - Preta F presu- - -
Nylceo - Bom estado de conservação.
identificação míveis
Marques de
Castro
Maceração: - Calota craniana separada para estudo.
Istrau Nador e - Reg.: 642, pg. 321.
Patricia (?) Tb. Pulmonar –
155 Brasileira Parda F 23 anos 14-11-1946 Nylceo - Profissão: Doméstica.
Inveh Caquexia
Marques de - Casada.
Castro - Bom estado de conservação.
Maceração:
60 anos Insuficiência Istrau Nador e
Desconhecido - Reg.: 638, pg. 319.
156 - Branca M presu- 05-11-1946 cardíaca – Nylceo
1862 - Bom estado de conservação. Sem mandíbula.
míveis Síncope Marques de
Castro
Insuficiência
Guiseppe di Maceração: - pg. 250 (Técnica Cirúrgica).
157 Italiana Branca M 45 anos 20-10-1946 cardíaca –
Cesare Istrau Nador - Bom estado de conservação. Sem mandíbula.
Síncope
Maceração:
Nylceo
40 anos - OBS.: cor, sexo e idade foram escritos a lápis (letra
Sem Branca Marques de
158 - M (?) presu- - - diferente).
identificação (?) Castro e
míveis - Bom estado de conservação.
Wolfgang F.
B. Weiss
Maceração:
- Calota craniana separada para estudo.
60 anos Insuficiência Istrau Nador e
- pg. 256 (Técnica Cirúrgica).
159 Lourenço Dias - Preta M presu- 09-12-1946 cardíaca – Nylceo
- Profissão: Operário.
míveis Síncope Marques de
- Bom estado de conservação. Sem mandíbula.
Castro
Maceração:
Arterio
Nylceo - CRÂNIO DESAPARECIDO DA COLEÇÃO
Maria do esclerose
160 Brasileira Preta F 60 anos 12-01-1947 Marques de (09/03/00). CRÂNIO AUSENTE DA COLEÇÃO
Carmo generalizada -
Castro e Istrau (23/09/01).
Uremia
Nador
Malvina da Tb.pulmonar – Maceração: - Reg.: 657, pg. 329.
161 Brasileira Parda F 31 anos 22-01-1947
Conceição Caquexia Nylceo - Viúva.
321

Marques de - Bom estado de conservação.


Castro e Istrau
Nador
Maceração:
Desconhecido 30 anos
Nylceo - Calota craniana separada para estudo.
163 sem - Preta F presu- - -
Marques de - Bom estado de conservação.
identificação míveis
Castro
Maceração: - Calota craniana separada para estudo.
Benedita Tb.pulmonar – Nylceo - Reg.: 661, pg. 331.
164 Brasileira Branca F 32 anos 06-02-1947
Paula Caquexia Marques de - Solteira.
Castro - Bom estado de conservação.
Não foi possível
determinar Maceração:
Margarida
devido ao alto Nylceo - Anatomia Patológica.
165 Gonçalves Brasileira Branca F 19 anos 19-03-1947
estado de Marques de - CRÂNIO DESAPARECIDO (09/03/00).
Soares
putrefação (Dr. Castro
Meichalary)
Prep.: Luiz
Olívia Macerado em Antonio
166 Brasileira Branca F 45 anos - - Bom estado de conservação.
Machado janeiro de 1969. Pereira; J. C.
Prates.
Maceração: - V.O.: 27.101.
Michele
Cardiopatia Antonio - Corpo doado pela própria pessoa para estudo, tendo
167 Odette Francesa Branca F 46 anos 08-03-1969
congênita Augusto; J.C. sido macerados o crânio e as mãos.
Henriete
Prates. - Bom estado de conservação.
Maceração:
Domingos - Calota craniana separada para estudo.
Luiz Antonio
168 Alves da Brasileira Parda M 30 anos - - -V.O.: 27.940.
Pereira; J.C.
Costa - Bom estado de conservação.
Prates
4 meses
Preparado:
de vida Ins. (?)
169 Natimorto Brasileira Branca M 18-04-1947 Otávio Della - CRÂNIO DESAPARECIDO (09-03-00).
intra- congênita
Terra.
uterina
9 meses
Maceração:
de vida Inviabilidade
170 Natimorto Brasileira Branca M 27-03-1947 Otávio Della - Bom estado de conservação.
intra- Fetal
Terra.
uterina
Maceração:
Colapso
171 Maria Brasileira Branca F 18h 02-04-1947 Otávio Della - Bom estado de conservação.
periférico-
Terra.
322

debilidade
congênita
Maceração:
172 Maria Brasileira Branca F 9h 11-04-1947 Narcose (?) Otávio Della - CRÂNIO DESAPARECIDO (09-03-00).
Terra.
9 meses
Maceração:
de vida Inviabilidade
173 Natimorto Brasileira Branca F 15-04-1947 Otávio Della - CRÂNIO NÃO ESTÁ NO ARMÁRIO!
intra- fetal
Terra
uterina
9 meses
Maceração:
de vida
174 Natimorto Brasileira Branca M 20-04-1947 Asfixia branca Otávio Della - Bom estado de conservação.
intra-
Terra
uterina
9 meses
Maceração:
de vida Debilidade
175 Natimorto Brasileira Branca M 02-05-1947 Otávio Della - Bom estado de conservação.
intra- congênita
Terra
uterina
Colapso tóxico-
Milton Preparado por
2 meses infeccioso; - Reg. 684; pg. 342.
176 Machado Brasileira Branca M 08-05-1947 Otávio Della
e 15 dias Bronco- - Bom estado de conservação.
Guimarães Terra
pneumonia
Preparado por
José 1 mês e Colapso tóxico-
177 Brasileira Branca M 28-04-1947 Otávio Della - Bom estado de conservação.
Domingos 14 dias infeccioso
Terra
5 meses
Preparado por - CRÂNIO DESAPARECIDO (09-03-00).
vida
178 Natimorto Brasileira Branca M 21-05-1947 Sífilis Otávio Della - Crânio, bacia e esterno.
intra-
Terra - Bom estado de conservação.
uterina
Espinha bifida;
Preparado por
Decio Ortiz 1 mês e 5 Meningite; - Bom estado de conservação.
179 Brasileira Branca M 18-05-1947 Otávio Della
Celdrau dias Colapso toxi- - Crânio, bacia, esterno e coluna.
Terra
infeccioso
9 meses - Crânio aberto nas partes laterais afim de ver as
Preparado por
vida formações da dura-mater.
180 Natimorto - Preta F - - Otávio Della
intra- - Bom estado de conservação.
Terra
uterina - Crânio e bacia.
Insuficiência Preparado por - Calota craniana separada para estudos.
Gonçalo cardíaca; Nylceo - Profissão: operário.
181 Brasileira Preta M 45 anos 28-03-1947
Valentim Mesoartrite Marques de - Casado.
sifilítica Castro - Reg. 671; pg. 336.
323

- Bom estado de conservação.


- Calota craniana separada para estudos.
Miocárdio Preparado por
- Profissão: operário.
Karolis esclerose; Nylceo
182 Lituana Branca M 47 anos 10-04-1947 - Estado civil ignorado.
Martino Pukis Enfarte do Marques de
- Reg. 675; pg. 338.
miocárdio Castro
- Bom estado de conservação.
Preparo:
Maria
Tb. Pulmonar- Nylceo - Reg. 683; pg. 342.
183 Raymunda Brasileira Preta F 21 anos 09-05-1947
Caquexia. Marques de - CRÂNIO DESAPARECIDO (09-03-00).
Garcia
Castro
Preparo: - Calota craniana separada para estudos.
Nylceo - Reg. 667; pg. 334.
Ana Maria Tb. Pulmonar-
184 Brasileira Parda F 25 anos 18-03-1947 Marques de - Profissão: doméstica.
Mercedes caquixia
Castro e Lúcio - Viúva.
Dias da Silva - Bom estado de conservação.
Preparado por
Nylceo
Desconhecido 35 anos
Marques de
185 s/ - Parda F presu- - - - Sem calota craniana e sem mandíbula.
Castro e
identificação míveis
Wolfgang F.
B. Weiss
8 meses
Debilidade - Bom estado de conservação.
186 Natimorto Brasileira Branca M intraute- 01-06-1947 -
congênita - Crânio, bacia e esterno articulado.
rina
Preparado por
Desconhecido 45 anos
Lúcio Dias da
187 s/ - Branca M presu- - - - Bom estado de conservação.
Silva e Nylceo
identificação míveis
M. de Castro
Preparado por
Doença mal
Cláudio 40 Della Terra e
188 Brasileira Preta M 25-05-1947 definida; - Bom estado de conservação.
Cândido minutos Nylceo M. de
hidrocefalia
castro
9 meses
Preparado
vida Hematoma - CRÂNIO DESAPARECIDO (09-03-00); só tem a
189 Natimorto Brasileira Branca F 07-06-1947 pelo Otávio
intraute- subdural mandíbula. (NÃO ESTÁ NO ARMÁRIO!)
Della Terra
rina
7 meses
Prematuridade; Preparado
vida
190 Natimorto Brasileira Branca M 07-06-1947 Inviabilidade pelo Otávio - Bom estado de conservação.
intraute-
fetal Della Terra
rina
324

7 meses
Preparado por
vida Prematuridade;
191 Natimorto Brasileira Parda M 10-06-1947 Otávio Della - Bom estado de conservação.
intraute- Inviabilidade
Terra
rina
Desconhecido Preparado por
192 s/ - Branca F 3 anos - - Wolfgang F. - CRÂNIO DESAPARECIDO (09-03-00).
identificação B. Weiss
Preparado por - Reg. 670; pg. 335.
Antônio Pielonefrite Lúcio Dias da - Profissão: operário.
193 Brasileira Branca M 35 anos 25-03-1947
Fransôni crônica; Uremia Silva e Nylceo - Solteiro.
M. de Castro - Bom estado de conservação.
Preparado por
Desconhecido 35 anos
Lúcio Dias da
194 s/ - Preta F presu- - - - Bom estado de conservação.
Silva e Nylceo
identificação míveis
M. de Castro
Suvagucocis Preparado por
1 mês e 9
195 S/ nome Brasileira Branca M 10-06-1947 intestinal; Otávio Della - Bom estado de conservação.
dias
toximia (??) Terra
9 meses
Preparado por
vida
196 Natimorto Brasileira Parda F 12-06-1947 Asfixia- circular Otávio Della - Bom estado de conservação.
intraute-
Terra
rina
Pneumonia Preparado por - Reg. 692; pg. 346.
Argentino
lobar; Colapso Estevão Nador - Profissão: operário.
197 Gomes de Brasileira Branca M 45 anos 06-06-1947
tóxico e Lúcio Dias - Casado.
Oliveira
infeccioso da Silva - Bom estado de conservação.
- Reg. 697; pg. 349.
Pneumonia
- Profissão: operário.
Zulmiro de lobar aguda; Preparado por
198 Brasileira Parda M 36 anos 13-06-1947 - Estado civil ignorado.
Almeida Colapso tóxico- Estevão Nador
- Calota craniana separa para estudos.
infeccioso
- Bom estado de conservação.
Insuficiência
40 anos aórtico-acústica
Neitor Brígido Preparado por - Reg. 695; pg. 348.
199 Brasileira Branca M presu- 15-06-1947 (??); Edema
dos Santos Estevão Nador - CRÂNIO DESAPARECIDO (09-03-00).
míveis agudo do
pulmão
- Reg. 696; pg. 348.
Antônio Irene Tb. Pulmonar; Preparado por - Profissão: operário.
200 Brasileira Parda M 34 anos 15-06-1947
Brasil hemoptise Estevão Nador - Solteiro.
- Calota craniana separa para estudos.
325

- Bom estado de conservação.


- Reg. 699; pg. 350.
35 anos Tuberculose - Profissão: comerciário.
Fernando Preparado por
201 Brasileira Branca M presu- 26-06-1947 pulmonar; - Casado
Riquena Estevão Nador
míveis hemoptise - Calota craniana separada para estudos.
- Bom estado de conservação.
Preparado por - Casado.
202 José Mauro Italiana - M 66 anos 23-04-1947 -
Estevão Nador - Bom estado de conservação. Sem mandíbula.
Desconhecido Preparado por - Calota craniana separada para estudos.
+/- junho de
203 s/ - Preta M 45 anos - Lúcio Dias da - Bom estado de conservação. Calota craniana
1947
identificação Silva fragmentada ao meio.
Tuberculose - Profissão: pedreiro.
pulmonar e Preparado por - Solteiro.
204 Pedro Câncio Brasileira Parda M 37 anos 15-05-1947
intestinal- Estevão Nador - Aparelho hióideo.
Caquexia - Bom estado de conservação.
- Calota craniana separada para estudos.
Tuberculose
Manoel Preparado por - Profissão: operário.
205 Brasileira Branca M 28 anos 29-06-1947 pulmonar;
Teródio Estevão Nador - Solteiro.
Caquexia
- Bom estado de conservação.
Pneumonia Preparado por
206 Mário Cecília Brasileira Branca M 29 dias 29-07-1947 lobar; Colapso Otávio Della - CRÂNIO DESAPARECIDO (09-03-00).
toxi- infeccioso Terra
6 meses
Preparado por
vida Prematuridade;
207 Natimorto Brasileira Branca M 30-02-1947 Otávio Della - Crânio não está no armário!
intraute- (Suir) ab. fetal
Terra
rina
Preparado por
- Reg.: 705; pg. 353.
Brasilina Rosa Tb. Pulmonar; Lúcio Dias da
208 Brasileira Parda F 47 anos 30-06-1947 - Profissão: doméstica.
do Prado Caquexia Silva e Nylceo
- Bom estado de conservação.
M. de Castro
6 meses
Pneumonia Preparado por - Reg.: 717; pg. 359.
Maria dos vida
209 Brasileira Branca F 13-08-1947 lobar; Colapso Otávio Della - Meia bacia para montar.
Anjos intraute-
toxi-infeccioso Terra - Bom estado de conservação.
rina
Preparado por - Bacia em hemi-secção.
210 Desconhecido Brasileira Branca F 10 meses 01-09-1947 - Otávio Della - Lactente.
Terra - Bom estado de conservação.
Nicolau Alcoolismo
Brasileira Preparado por - Reg.: 687; pg. 344.
211 Pereira do Parda M 26 anos 30-05-1947 crônico; Coma
(“Baía”) Lúcio Dias da - CRÂNIO DESAPARECIDO (09-03-00).
Nascimento alcóolico
326

Silva e Nylceo
M. de Castro
Preparado por - Calota craniana separada para estudos.
60 anos Tuberculose
Lúcio Dias da - Profissão: operário.
212 Desconhecido Brasileira Preta M presu- 06-1947 pulmonar;
Silva e Nylceo - Solteiro.
míveis Hemoptise
M. de Castro - Bom estado de conservação.
- Reg.: 731; pg. 366.
- Calota craniana separada para estudos.
Pneumonia Preparado por - OBS: cor da pele escrita com outra letra, com dúvida se
Clemente Branca lobar; Colapso Lúcio Dias da era branca ou mulata.
213 Brasileira- MG M 24 anos 09-09-1947
Fernandes (?) tóxico- Silva e Nylceo - Profissão: operário.
infeccioso M. de Castro - Solteiro.
- Filiação: Domingos Fernandes.
- Bom estado de conservação.
Adeno- Preparado por
- Profissão ignorada.
Nicolas Russa- carcinoma do Lúcio Dias da
214 Branca M 52 anos 18-10-1947 - Solteiro.
Koutiepoff Ekaterinoslaff estômago; Silva e Nylceo
- Bom estado de conservação.
Caquexia M. de Castro
Tuberculose Preparado por
Edna Leme - Calota craniana ausente.
215 - Preta F 11 meses 23-09-1947 miliar Otávio Della
Barbosa - Bom estado de conservação.
hematogênica Terra
50 anos Alcoolismo
Desconhecido Preparado por - Reg.: 716; pg. 358.
216 Ignorada Branca M presu- 11-08-1947 crônico; Coma
nº1944 Estevão Nador - Bom estado de conservação.
míveis alcóolico
60 anos Aortite sifilítica;
Desconhecido Preparado por - Reg.: 712; pg. 356.
217 Ignorada Parda M presu- 01-08-1947 Insuficiência
nº1943 Estevão Nador - Bom estado de conservação.
míveis cardíaca
- Reg.: 709; pg. 355.
- Calota craniana separada para estudos.
Tuberculose
Waldemar Preta Maceração: - Viúvo.
218 Brasileira M 40 anos 02-08-1947 pulmonar;
Pereira Pinto (?) Estevão Nador - OBS: cor da pele escrita com outra letra e à lápis,
Caquexia
“branca”.
- Bom estado de conservação.
-Vide fragmento de chumbo no lado direito da
Manoel Maria
219 Portuguesa Branca M 35 anos 26-08-1938 mandíbula.
dos Santos
- Bom estado de conservação.
1
Desconhecido Preparado por
mês/min
220 sem - Preta M 07-10-947 - Otávio Della - Bom estado de conservação.
uto de
identificação Serra
vida
327

extrauteri
na
1 mês de
Desconhecido Preparado
vida
221 sem - Branca M 05-10-47 ? pelo Otávio - Bom estado de convervação.
extrauteri
identificação Della Serra
na
Antônia Bronco
Preparado
Candida de pneumonia;
222 Brasileira Branca F 3 meses 13-10-947 pelo Otávio - Bom estado de conservação.
Oliveira (Reg: Colapso toxi-
Della Serra
743) infeccioso
Insuficiência Preparação:
Domingos - Profissão: Operário.
Brasileira cardíaca; Lúcio Dias da
223 Bezerra dos Parda M 38 anos 08-08-1947 - Casado.
(Sergipe) Mesodortite Silva e Nylceo
Santos - Bom estado de conservação.
sifilitica M. de Castro
Preparação: - Calota craniana separada para estudos.
Tuberculose
Jeronimo Dr. Della - Profissão: Lavrador.
pulmonar;
224 Fidelis da ? Preta M 31 anos 16-10-1947 Serra e - Casado.
Colapso
Silva Wolfgang - Bom estado de conservação.
periférico
Weiss
Preparação:
Dirceu Brasileira (São Verminose; - Calota craniana separada para estudos.
225 Preta M 4 anos 23-09-1947 Otávio Della
Benedito Paulo) Asfixia - Bom estado de conservação.
Serra
Úlcera gástrica Preparação: - Crânio não está no armário (22-06-2012).
José Luiz da Brasileira perfurada; Dr. Della - Profissão:Operário.
226 Parda M 45 anos 05-10-1947
Silva (Pernambuco) Colapso Serra e Lúcio - Casado.
periférico Dias da Silva - Bom estado de conservação.
- Calota craniana separada para estudos.
Insuficiência
- Profissão: Doméstica.
cardíaca; Nefrite Preparado por
227 Joana Costa Italiana Branca F 89 anos 29-02-1944 - Viúva.
(direita Esteván Nador
- Zigomático direito fragmentado.
hipertensite ?)
- Bom estado de conservação.
- Calota craniana separada para estudos.
Abcesso
- Profissão: Operário.
Brasileira (São Hepático; Preparação:
228 José Miguelini Branca M 53 anos 29-09-1947 - Casado.
Paulo) Colapso tóxico Esteván Nador
- Bom estado de conservação.
infeccioso
- Calota craniana separada para estudos.
Megacolo;
Rita Ribeiro Preparado por - Viúva
229 Brasileira Branca M 44 anos 04-10-1947 Tuberculose
Anamias Esteván Nador - Sem mandíbula.
nuclear visceral
- Bom estado de conservação.
328

Manoel Tuberculose - Profissão: Operário.


Branca Preparação:
230 Ferreira da Brasileira M 41 anos 19-10-1947 pulmonar; - Solteiro.
? Esteván Nador
Silva Caquexia - Bom estado de conservação.
- Calota craniana separada para estudos.
Arterio-arteriolo Preparação:
- Profissão: Operário.
esclerose; Lúcio Dias da
231 João Rocha Brasileira Branca M 56 anos 28-09-1947 - Casado.
Enfarte do Silva e Nylceo
- Sem mandíbula.
miocardio M. de Castro
- Bom estado de conservação.
Insuficiência
Preparação:
cardíaca;
Desconhecido Lúcio Dias da
232 - ? M 30 anos 30-11-1947 Endocardite - Bom estado de conservação.
n. 1975 Silva e Nylceo
progressiva da
M. de Castro
válvula mitral
Colapso tóxico- Preparação:
- Calota craniana separada para estudos.
infeccioso; Lúcio Dias da
233 José Antonio Brasileira Preta M 50 anos 03-11-1947 - Profissão: Operário.
Pneumonia Silva e Nylceo
- Bom estado de conservação.
Lobar esquerda M. de Castro
- Com apófices estilóides grandes e aparelho “Hiódeo”
Sem
234 - - M Adulto - - - em parte ossificada.
indentificação
- Bom estado de conservação.
Preparado por - Reg.: 752; pg. 376.
Edema agudo
60 anos Nylceo M. de - Maxila, Zigmático e mastóide esquerdos fragmentados.
Geremias de dos pulmões;
235 Brasileira Preta M (Presu- 28-10-1947 Castro e - Profissão: Ignorada.
Campos Insuficiência
míveis) Wolfgang F. - Viúvo.
aórtica
B. Weiss - Bom estado de conservação.

Trombose do Preparado por


seio Nylceo M. de - Calota craniana separada para estudos.
30 anos
Desconhecido Naturailidade longitudinal- Castro e - Profissão: ignorada.
236 Branca - (Presu- 11-10-1947
1964 ignorada Glômerulo Wolfgang F. - Estado civil: ignorado.
míveis)
nefrite sub- B. Weiss - Bom estado de conservação.
aguda

- Reg.: 765; pg. 383.


Pneumonia
Preparado por - Calota craniana separada para estudos.
Vincentina de lobar bilateral;
237 Brasileira Parda F 30 anos 16-12-1947 Nylceo M. de - Profissão: Doméstica.
Oliveira Colapso tóxico-
Castro - Solteira.
infeccioso
- Bom estado de conservação.
329

11 meses Hidrocefalia;
Preparado
Maria dos de vida Compressão
238 Brasileira Branca F 14-03-1948 pelo Otávio - Bom estado de conservação.
Santos extrauteri cerebral;
Della Serra
na Caquexia
Preparado e
macetado pelo - Base occiptal descolada.
239 José Luiz (?) Brasileira Branca M 3 anos 14-02-1948 (?)
Otávio Della - Bom estado de conservação.
Serra
Gastro-enterite Preparado
Iracema de
240 Brasileira Preta F 3 meses 07-03-1948 agudo; Colapso pelo Otávio - Bom estado de conservação.
Camargo
periférico Della Serra
Preparado - Sem calota craniana.
15 (ou Enterite aguda;
Olivia pelo Dr. - Duas mandíbulas presentes sendo que uma delas não
241 Brasileira Branca F 11) 28-0301948 Colapso
Sirqueira Otávio Della corresponde ao crânio.
meses Periférico
Serra - Bom estado de conservação.
9 meses
Preparado
de vida Inviabilidade - Nati morto.
242 - Brasileira Parda F 15-05-1948 pelo Otávio
intrauteri fetal - Bom estado de conservação.
Della Serra
na
1 mês de
vida - Substituiu crânio desaparecido em 09-03-2000.
243 - - - F - - -
extrauteri - Crânio não está no armário (22-06-2012).
na
Bronco- - Reg.:851; p.426.
Antônio Preparado por
pneumonia; - V.O. nº 417-48.
244 Liberato Brasileira Branca M 5 anos 07-06-1948 Otávio Della
Colapso tóxico- - Presentes forames entre mastoides e occipital.
Pontes Serra
infeccioso - Bom estado de conservação.
- Calota craniana separada para estudos.
- Apresenta sutura sagital inclusive no osso frontal =
Caquexia; Sutura Metópica.
Preparado
Francisca Hui Carcinoma da - Apresenta patologia óssea no osso frontal.
245 Brasileira Branca F 43 anos 09-06-1948 pelo Otávio
Rosa cabeça do - A mandíbula associada ao crânio 245, tem numeração
Della Serra
pâncreas 246 e não corresponde ao mesmo, nem ao crânio 246 que
é de um indivíduo sub-adulto.
- Bom estado de conservação.
9 meses - Recém-nascido.
Preparado
de vida - Sem parietal esquerdo.
246 - Brasileira Branca M 17-09-1948 Insuficiência pelo Otávio
intrauteri - Sem mandíbula.
Della Serra
na - Bom estado de conservação.
330

45 anos Preparado por - Obito nº 855.


Desconhecido Insuficiência
247 Brasileira Preta M (Presu- 16-06-1948 Otávio Della - Crânio não compatível com os dados acima.
nº 2048 cardíaca
míveis) Serra - Bom estado de conservação.
12-08-1948
4 anos Preparado
Desconhecido (Encontrado as
248 - Parda M (Presu- Doença (?) pelo Otávio - Crânio não está no armário (09-03-2000).
nº 2069 11hs em Vila St.
míveis) Della Serra
Isabel)
40 anos Preparado
249 Desconhecido - Branca M (Presu- 10-08-1948 (?) pelo Otávio - Bom estado de conservação.
míveis) Della Serra
Endocardite
- Calota craniana separada para estudos.
verrucosa do Preparado
João de - Profissão: Operário.
250 - Preta M 30 anos 24-05-1948 mitral; pelo Otávio
Oliveira - Solteiro.
Insuficiência Della Serra
- Bom estado de conservação.
cardíaca
9 meses
Preparado
de vida Insuficiência -Nati morto.
251 - - Branca M 10-10-1948 pelo Otávio
intra- fetal -Bom estado de conservação.
Della Serra
uterina
1 mês de
Preparado - Crânio desaparecido.
vida
252 João Brasileira Parda M 10-10-1948 Toxemia pelo Otávio
extra-
Della Serra -Bom estado de conservação.
uterina
Preparado - Óbito nº 856.
José Pinto da Preta (? Insuficiência
253 Brasileira M 50 anos 18-06-1948 pelo Otávio - Calota craniana separada para estudos.
Silva a lápis) cardíaca
Della Serra - Bom estado de conservação.
6 meses
Preparado
Desconhecido de vida Gastro-enterite
254 Brasileira Preta M 10-08-1948 pelo Otávio - Bom estado de conservação.
sem número extra- aguda; Colapso
Della Serra
uterina
Endocardite - Calota craniana separada para estudos.
Preparado
Benevenute da 05-06-1948 as crônica; - Sem mandíbula.
255 Brasileira Preta M 42 anos pelo Otávio
Silva (?) 20hs Insuficiência - Solteiro.
Della Serra
cardíaca -Bom estado de conservação.
Bronco-
Joaquim Preparado
pneumonia; - Sem calota craniana.
256 Fernandes de Brasileira Branca M 63 anos 29-03-1948 pelo Otávio
Colapso toxi- -Bom estado de conservação.
Andrade Della Serra
infeccioso
331

Insuficiência
Preparado -V.O. 419 de 1948.
Maria Joana cardíaca;
257 - Branca F 50 anos 27-04-1948 pelo Otávio - Sem calota craniana.
da Conceição Artereo
Della Serra - Bom estado de conservação.
esclerose
Colapso toxi-
Preparado - V.O. 417 de 1948.
infeccioso;
258 Manoel Vieira Portuguesa Branca M 56 anos 24-04-1948 pelo Otávio - Profissão: Operário.
Broncopneumon
Della Serra - Bom estado de conservação.
ia
Pedonefrite
40 anos Preparado - Calota craniana separada para estudos.
Miguel 04-06-1948 as bilateral;
259 Brasileira Preta M (Presu- pelo Ótávio - Sem mandíbula
Ferreira 23 hrs Insuficiência
míveis) Della Serra - Bom estado de conservação.
cardíaca
Antonio Tuberculose Preparado - Calota craniana separada para estudos.
06-06-1948 as
260 Rodrigues - Preta M 34 anos pulmonar; pelo Otávio - Casado
8hrs
Pereira caquexia Della Serra - Bom estado de conservação.
Colapso toxi-
Preparado
infeccioso;
261 Pedro Navares - Branca M 2 anos 12-11-1948 pelo Otávio - Crânio desaparecido em 09-03-2000.
Broncopneumon
Della Serra
ia
19 meses Colapso toxi-
Maria da Preparado
de vida infeccioso;
262 Penha Brasileira Parda F 01-12-1948 pelo Otávio - Crânio desaparecido em 09-03-2000.
extra- Broncopneumon
Conceição Della Serra
uterina ia
11 meses Colapso toxi-
Preparado
Aparecido de vida infeccioso e - Sem face e sem mandíbula.
263 Brasileira Branca M 22-10-1948 pelo Otávio
Camargo extra- Broncopneumon - No livro consta como crânio destruído.
Della Serra
uterina ia
Periocardite
Mario Preparado - Reg. Ob. Nº 959 p. 480.
Naturalidade 11-12-1948 as crônica;
264 Aparecido de Preta M 6 anos pelo Otávio - Sem mandíbula.
ignorada 14hrs Insuficiência
Oliveira Della Serra - No livro consta que a face está destruída.
cardíaca
Asfixia;
Preparado
Jacob de Brasileira (São Obstrução da - Reg. Ob. Nº 261 p. 481.
265 Branca M 3 anos 15-12-1948 pelo Otávio
Oliveira Paulo) traquéia por - Crânio desaparecido em 09-03-2000.
Della Serra
Ascaris
Preparado por
- Calota craniana separada para estudos.
266 Maria Gomes Brasileira Branca F 38 anos 26-05-1948 ? Dr. Della
- Sem mandíbula
Serra
332

Preparado por
- Edêntulo (?)
267 - - - - Adulto - ? Dr. Della
Serra
Preparado por
Maria - Crânio não está no armário (22-06-2012). - Crânio
268 Brasileira Branca F 12 dias 14/11/1948 ? Dr. Della
Aparecida desaparecido (09/03/2000)
Serra
Coma hepático. Preparado por
269 João Candido Brasileira Preta M 45 anos 14/08/1948 Atrofia amarela Dr. Della Reg. Ob. Nº 870
aguda do fígado. Serra
Colpaso tóxico
Preparado por
infeccioso -
270 Maria Adalina Brasileira Preta F 3 anos ??/09/1949 Dr. Della Reg. Ob. Nº 490
Broncopneumon
Serra
ia
Ceoquexia - Preparado por
271 Luiz Carlos Brasileira Parda F 4 meses 15/01/1949 Euteco edite Dr. Della Reg. Ob. Nº 985 pg. 493 Lactante
crônica Serra
6 meses Gastro-enterite
Preparado por
Maria de vida inespecífica.
272 Brasileira Branca F 15/01/1949 Dr. Della Reg. Ob. Nº 984 pg. 792 Lactante
Lourdes extra- Colapso
Serra
uterina periférico.
Toxicose. Preparado por
Isaura Ovelina
273 Brasileira Branca F 6 meses 17/01/1909 Colapso Dr. Della Reg. Ob. Nº 980 pg. 495 Lactante
(?) dos Santos
periférico Serra
Preparado por
Hemorragia
274 - Brasileira Branca M 2 horas 17/01/1949 Dr. Della Reg. Ob. Nº 990 pg. 495 Lactante
cerebral.
Serra
Sebastiana 40 anos Preparado por
275 Mariana de ? Preta F presu- - - Dr. Della - Calota craniana separada para estudos.
Sousa míveis Serra
35 anos Preparado por
- Calota craniana separada para estudos.
276 - ? Branca F presu- - - Dr. Della
miveis Serra
- Calota craniana separada para estudos.
30 anos Preparado por
- 1ª vertebra cervical – atlas. Soldada ao occipital.
277 - ? Parda F presu- - - Dr. Della
Occipitalização do atlas. Acentuado seio sigmóide a
miveis Serra
esquerda.
Preparado por
Jandira - Face separada do crânio.
278 Brasileira Branca F 3 anos 07/02/1949 ? Dr. Della
Rodrigues - Sem mandíbula.
Serra
333

Otacinio (?) Preparado por - Calota craniana separada para estudos.


Envenenamento
279 Antônio dos Brasileira Parda M 9 anos 26/04/1949 Dr. Della - Acentuado seio sigmóide ä esquerda. Dentição
ofídico
Santo Serra permenente. Completa nas duas arcadas.
- Calota craniana separada para estudos.
Preparado por
30 anos - Crânio fraturado em vida (?).
280 - - Branca M - - Dr. Della
+- - Crânio sem mandíbula.
Serra
- Bom estado de conservação.
Preta,
Glomerulo
Branca Preparado por
Nair Candida nefrite aguda - Calota craniana separada para estudos.
281 Brasileira ou F 31 anos 07/04/1949 Dr. Della
da Silva difusa. Edema - Solteira
mestiço Serra
de Pulmão (?).
(?)
Preparado por
Benedicto Colapso toxi- - Calota craniana separada para estudos.
282 Brasileira Branca M 35 19/04/1949 Dr. Della
Rodrigues infeccioso - Reg. Ob. Nº 1058 Pg. 29, Livro 2
Serra
Preparado por
20 a 30 - Calota craniana separada para estudos.
283 - Brasileira Branca M - - Dr. Della
anos
Serra
Tuberculose Preparado por - Calota craniana separada para estudos.
Ana Maria da Brasileira
284 Preta F 39 anos 05/02/1949 pulmonar - Dr. Della - Crânio sem mandíbula.
Conceição (São Paulo)
Caquexia Serra - Casada, doméstica.
- Calota craniana separada para estudos.
Hemofotise(?) – Preparado por - Maxila e Zigomático esquerdos fragmentados.
Abrahão João
285 Síria Branca M 68 anos 02/04/1949 Tuberculose Dr. Della - Prof. Igur.(?)
Cury
pulmonar. Serra -Reg. Ob. Nº 1042, pg. 21, Livro 2.

30 anos Caquexia – Preparado - Não está no armário.


Desconhecido
286 - Branca M presu- 09/04/1949 Tuberculose pelo Dr. Della - Calota craniana separada para estudos.
nº 2117
míveis Pulmonar Serra -Reg. Ob. Nº 1051, pg. 26.
José Preparado
Brasileira
287 Vasconcelos Branca M 21 anos 03/10/1949 Morte Natural? pelo Dr. Della - Solteiro
(Alagoas)
Filho Serra
Euterocolite Preparado
José Francisco
288 Brasileira Branca M 2 anos 20/06/1949 aguda – Colapso pelo Dr. Della - Reg. Ob. Nº 1096, pg. 48.
Sanazado
periférico Serra
Pneumonia Preparado
289 José Júlio Brasileira Branca M 48 anos 16/05/1949 Lobar. Colapso pelo Dr. Della
toxi-infeccioso Serra
334

Preparado
Geraldo de
290 Brasileira Branca M 20 anos 26/02/1949 Ignorada pelo Dr. Della
Sousa
Serra
Maria Tuberculose Preparado
291 Aparecida Brasileira Preta F 30 anos 23/05/1949 pulmonar. pelo Dr. Della - Só tem a mandíbula.
Jesuis Caquexia. Serra
1 dia de
Preparado
Joana Darque vida
292 Brasileira Parda F 03/07/1949 ? pelo Dr. Della - Reg. Ob. Nº 640
da Cruz extra-
Serra
uterina
Miocardite
Preparado
Maria Cristina reumatesinol.
293 Brasileira Branca F 39 anos 11/04/1949 pelo Dr. Della - Solteiro
Anaglieta Insuficiência
Serra
cardiaca.
65 anos Preparado
José Jacinto Ca(?) gástrico –
294 Espanhola Branca M presu- 06/06/1949 pelo Dr. Della - Solteiro
Canna Coquexia
míveis Serra
Insuficiência
60 anos Preparado
Severino Nacionalidade Cardiaca.
295 Branca M presu- 11/09/1948 pelo Dr. Della - Reg. Ob. Nº 893, pg. 447, Livro 1
Paula ignorada Arterio-
míveis Serra
esclerose.
Preparado
296 - - - - - - - pelo Dr. Della - S/ chapa
Serra
5 meses
Preparado
Maria das de vida
297 Brasileira Branca F 01/08/1949 ? pelo Dr. Della
Graças extra-
Serra
uterina
Preparado
- Mandíbula náo é compatível. Nela consta o número
298 S/ nome - Branca M 9 meses 10/07/1949 ? pelo Dr. Della
334.
Serra
Maria de Preparado
299 Lourdes Brasileira Branca F 10 meses 21/08/1949 Morte natural pelo Dr. Della - Mandíbula ausente.
Pinheiro(?) Serra
Waldemiro Tuberculose Preparado
- Mandíbula ausente.
300 Antônio de Brasileira Parda M 40 anos 15/06/1949 pulmonar – pelo Dr. Della
- Reg. Ob. Nº 1095 pg. 48, Livro 2
Andrade caquexia. Serra
Preparado
José Luiz dos 5 meses
301 Brasileira Branca M 21/08/1949 ? pelo Dr. Della - Mandíbula ausente.
Santos de vida
Serra
335

extra-
uterina
7 meses - Mandíbula ausente.
José Prematuridade. Preparado
de vida - Com esqueleto completo e articulação c/ ligamentos
302 Domingos Brasileira Preta M 22/08/1949 Inviabilidade pelo Dr. Della
intra- naturais.
Braz Filho fetal. Serra
uterina - Destruido!
Preparado
Alcides
303 Brasileira Preta M 14 meses 20/08/1949 ? pelo Dr. Della - Não está no armário.
Cardoso
Serra
Preparado
Eulen(?)colite - Não está no armário.
Mario dos pelo Dr. Della
304 Brasileira Branca F 5 anos 04/09/1949 aguda. Colapsos - Foi feito o esqueleto inteiro com os ligamentos naturais.
Santos Serra e Luiz
periféricos. -Rg. Ob. Nº119 pg. 60
Pereira
Bronco-
2 meses - Mandíbula pode não ser compatível. Nela consta o
Amadeu pneumonia Preparado
de vida número 307.
305 Candido dos Brasileira Preta M 11/09/1949 aspiratória. pelo Dr. Della
extra- - Esqueleto completo com os ligamentos naturais
Santos Colapso Coxi- Serra
uterina (preparação Dr Della Serra e Luiz).
Infeccioso.
Branca Preparado
35 anos Tuberculose
Francisco ? pelo Dr. Della - Reg. Ob. 634
306 Brasileira M presu- 19/06/1949 Pulmonar
Elias de Jesus Mulato Serra e Luiz - Anat. ou Anal.(?) Patológica.
míveis Caquexia
-Preto Pereira
3 meses Preparado
Gastroeulenite
de vida pelo Dr. Della - Esqueleto com ligamentos naturais
307 José Cicero Brasileira Branca M 19/09/1949 aguda. Colapso
extra- Serra e Luiz - Reg. Ob. Nº 1129, Pg. 65, Livro 2
periférico.
uterina Pereira
6 dias de Preparado
- Não está no armário.
Sebastião da vida Aspiração do pelo Dr. Della
308 Brasileira Branca M 17/09/1949 - Esqueleto com ligamentos naturais
Silva Vieira extra- leite. Asfixia. Serra e Luiz
- Reg. Ob. Nº pg. 66, Livro 2
uterina Pereira
Miocardite Preparado
Odorico Souza Brasileira
309 Parda M 35 anos 04/08/1949 crônica. Sincope pelo Dr. Della - Mandíbula ausente.
Ramos (Minas Gerais)
cardiaca. Serra
Preparado
Maria 45 anos Pneumonia
pelo Dr. Della
310 Sebastiana de Brasileira Preta F presu- 22/08/1949 Lobar – Colapso - Solteira.
Serra e Luiz
Oliveira míveis Tóxi-infeccioso
Pereira
336

Endocardite
30 anos vernursa(?) Preparado
Desconhecido
311 - Branca F presu- 25/06/1949 emitral – pelo Dr. Della - Bom estado de conservação.
– óbito 637
míveis Embolia Serra
pulmonar
9 meses
Preparado
de vida Inviabilidade - Livro 2, pg. 73.
312 Nati-morto - Branca F 16/10/1949 pelo Dr. Della
intra- fetal - Crânio desaparecido (09/03/00).
Serra
uterina
Preparado
25 anos Tuberculose
Cezoleiro da pelo Dr. Della - Não está no armário.
313 Brasileira Preta M presu- 30/06/1949 pulmonar -
Silva Serra e Luiz - Óbito nº 639.
míveis Caquexia
Pereira
Pulo(?)nefrite Preparado
Deoclides
crônica - pelo Dr. Della - Livro II, pg. 47.
314 Marques de Brasileira Parda M 24 anos 12/06/1949
Insuficiência Serra e Luiz - Mandíbula ausente.
Oliveira
cardíaca Pereira
Preparado
Francisca Carcinoma de
pelo Dr. Della - Óbito nº 641.
315 Carolina de Brasileira Preta F 28 anos 30/06/1949 mama –
Serra e Luiz - casada
Cássia Caquexia
Pereira
Bronco-
Preparado
pneumonia – - Não está no armário. (não existe = anotação à lápis no
316 Aparecido Ali Brasileira Parda M 25 dias 19/10/1949 pelo Dr. Della
Colapso catálogo).
Serra
periférico
Enteroscolite(?) Preparado
Vanilde - Livro 2, pg. 72.
317 Brasileira Branca M 5 meses 11/10/1949 inespecífica - pelo Dr. Della
Francisco - Esqueleto completo.
Toxicose Serra
Artério- Preparado
Antonio esclerose – pelo Dr. Della - Óbito nº 661.
318 Italiana Branca M 77 anos 23/08/1949
Francisco Insuficiência Serra e Luiz - Crânio desaparecido (09/03/00).
cardíaca Pereira
7 meses
Prematuridade – Preparado
Marlene de vida
319 Brasileira Branca F 24/10/1949 Inviabilidade pelo Dr. Della
Penteado intra-
fetal Serra
uterina
Helio Bronco- Preparado - Livro 2, pg. 73.
320 Francisco Brasileira Preta M 1 ano 12/10/1949 pneumonia – pelo Dr. Della - Esqueleto completo com ligamentos naturais.
Costa Colapso Serra - Crânio desaparecido (09/03/00).
337

Gastro-enterite Preparado
- Livro 2, pg. 74.
Teresinha crônica – pelo Dr. Della
321 Brasileira Preta F 16 meses 15/10/1949 - Esqueleto completo com ligamentos naturais.
Pastores Colapso Serra e Luiz
- Crânio desaparecido (09/03/00).
periférico Pereira
Fracisco Preparado - Óbito nº 830.
Miocardite
322 Carlos da Brasileira Parda M 34 anos 30/06/1949 pelo Dr. Della - Acentuado orifício nas profundidades do ápice do
crônica
Motta Serra redondo(?) na sua face posterior (fundo cego).
45 anos Preparado
Geraldo da Insuficiência
323 Brasileira Parda M presu- 30/06/1949 pelo Dr. Della
Silva cardíaca
míveis Serra
Tuberculose Preparado
Brasilius
324 - Preta M 22 anos 25/08/1949 pulmonar – pelo Dr. Della - Solteiro.
Candido
Caquexia Serra
7 meses Preparado
Prematuridade –
de vida pelo Dr. Della
325 Nati-morto Brasileira Parda M 04/11/1949 Inviabilidade - Reg. Óbito nº 159, pg. 80, livro 2.
intra- Serra e Luiz
fetal
uterina Pereira
7 meses Colapso Preparado
Elayde Freires de vida periférico – pelo Dr. Della - Reg. de óbito nº 1157, pg. 79, livro 2.
326 Brasileira Branca F 01/11/1949
da Silva extra Gastro enterite Serra e Luiz - Crânio desaparecido (09/03/00).
uterina crônica Pereira
4 meses Preparado
Extr. Pres.
de vida pelo Dr. Della
327 Nati-morto Brasileira Branca M - Cesária em
intra- Serra e Luiz
cardíaca ???
uterina Pereira
Preparado
Dirce Colápso - Reg. de óbito nº 1162, pg. 81, livro 2.
328 Brasileira Branca F 9 meses 15/11/1949 pelo Dr. Della
Gabrielli periférico - Mandíbula ausente.
Serra
Preparado
Colápso tóxi- pelo Dr. Della
329 Elisa Barbosa - Parda F 9 anos 08/11/1949 - Crânio desaparecido (09/03/00).
infeccioso Serra e Luiz
Pereira
Waldir Preparado
330 Benedito de - Preta M 14 meses XX-11-1949 - pelo Dr. Della - Crânio desaparecido (09/03/00).
Camargo Serra
Edema agudo de Preparado
45 anos
Desconhecido pulmão – pelo Dr. Della - Reg. de óbito nº 688.
331 - Branca M presu- 05-10-1949
nº 2180 Insuficiência Serra e A. - Anat. Patológica.
míveis
cardíaca Pereira
338

Insuficiência
cardíaca – Preparado
60 anos
Desconhecido Infarte do pelo Dr. Della
332 - Branca M presu- 13-08-1949 - Óbito nº 655.
nº 2161 miocarido – Serra e A.
míveis
Cagastrico (?) – Pereira
Caquexia
Insuficiência Preparado
40 anos
Diocêncio de Cardíaca por pelo Dr. Della
333 - Preta M presu- 18-08-1949 - Óbito nº 659.
Oliveira Dias insuficiência Serra e A.
míveis
aórtica Pereira
Preparado
Colápso tóxi- pelo Dr. Della
334 Maria Leonice Brasileira Branca F 16 dias 16-12-1949 - Crânio desaparecido (09/03/00).
infeccioso Serra e A.
Pereira
Branca
(mulata Preparado
55 anos
Desconhecido ? Edema agudo pelo Dr. Della
335 - M presu- 24-05-1948
nº 2042 Preta? do pulmão Serra e A.
míveis
–a Pereira
lapis)
Preparado
40 anos
Desconhecido Pneumonia pelo Dr. Della
336 - Branca M presu- 18-11-1949
nº 2196 Lobar - Colapso Serra e A.
míveis
Pereira
Preparado
Tuberculose
João Martins pelo Dr. Della - Apresenta sutura sagital inclusive no osso frontal =
337 - Branca M 55 anos 13-10-1949 pulmonar –
da Costa Serra e A. Sutura Metópica.
Caquexia
Pereira
Preparado
Broncopneumo- pelo Dr. Della
338 João Ferreira - Branca M 82 anos 24-08-1949
nia: colapso Serra e A.
Pereira
50 anos Preparado por
Desconhecido Insuficiência
339 - Branca M presumí- 17-12-1949 Milton Picosse - Nao esta no armario.
- 2203 Pulmonar
veis (?).
Pneumonia
Preparado por
lobar (D).
340 Jonas Buknir - Branca M 46 anos 04-12-1949 Milton Picosse
Colapso
(?).
periférico. Cifo-
339

escoliose
(coluna fixada).
Preparado por
55 anos Insuficiência
Desconhecido- Dr. Della
341 - Preta M presumí- 12-08-1949 cardíaca. - Calota craniana nao e compativel.
2157 Serra e L.
veis Enfarte
Pereira
Artério- Preparado por
Mario Izolécio esclerose. Dr. Della
342 Brasileira Preta M 60 anos 01-10-1949
(?) da Silva Insuficiência Serra e L.
Cardiáca Pereira
35 anos Preparado por
343 Desconhecido - Mulata M presumí- - - Milton Picosse
veis (?).
Preparado por
Pneumonia- Dr. Della
344 Raul Elias Brasileira Preta M 32 anos 03-11-1949
lobar: Colapso Serra e L.
Pereira
Preparado por
Enfarte.
Virgínio Dr. Della
345 Italiano Branco M 60 anos 14-11-1949 Insuficiência - Não está no armário.
Galdini Serra e L.
Cardíaca
Pereira
Preparado por
Cornélio Edema agudo
346 Brasileiro Branco M 33 anos 17-8-1949 Milton Picosse
Ferreira do pulmão
(?).
Preparado por
Tuberculose
Teresa Paulina Dr. Della Crânio doado pelo ProfessorRocha ao Instituto Paulo
347 Brasileira Preta F 33 anos 31-11-1949 pulmonar -
de Moura Serra e L. Duarte em 26-04-1954
Caquexia
Pereira
Edema agudo Preparado por
Pedro da Silva pulmonar. Dr. Della
348 Brasileira Branca M 46 anos 09-11-1949 - Mandíbula compatível com o crânio.
Souza Glomérulo- Serra e L.
nefrite Pereira
Maria Preparado por
349 Aparecida Brasileira Branca F 30 dias 06-01-1950 - Dr. Della Latente- corpo de accipital destruido
Caetano Serra
Edema do Preparado por
40 anos
Descopnheci- pulmão – Dr. Della
350 - Preta F presumí- 13-08-1949
do 2100 Insuficiência Serra e L.
veis
aórtica Pereira
340

Preparado por
50 anos Hemorragia
José Alves de Dr. Della
351 Brasileira Preta M presumí- 20-11-1949 Interna –
Azevedo (?) Serra e L.
veis ruptura da aorta
Pereira
Preparado por
Francisco Tuberculose- Dr. Della
352 Brasileira Parda M 28 anos 12-11-1949
Dominique Caquexia Serra e L.
Pereira
Preparado por
Benedita Colapso Dr. Della
353 Brasileira Branca F 2 anos 19-02-1950
Antonia Lopes Periférico Serra e L.
Pereira
Preparado por
13-03-1950
Sem Dr. Della
354 - - - - (data de -
identificação Serra e L.
preparação)
Pereira
Preparado por
13-03-1950
Sem Dr. Della
355 - - - - (data de -
identificação Serra e L.
preparação)
Pereira
Preparado por
Roberto Pires 1 ano e 8 Colapso Tóxico Dr. Della
356 Brasileira Branca M 24-02-1950
de Almeida meses infeccioso Serra e L.
Pereira
Preparado por
50 anos Tuberlose
Dr. Della
357 João Novais Brasileira Parda M presumí- 12-10-1949(?) Pulmonar –
Serra e L.
veis Caquexia
Pereira
Preparado por
Sem
358 - - - Adulto - - Dr. Della
identificação
Serra
Preparado por
Tuberculose
Sebastião de Dr. Della
359 Brasileira Branca M 37 anos 02-10-1949 Pulmonar –
Oliveira Serra e L.
Caquexia
Pereira
Preparado por
30 anos
Josefa da Infarte – Dr. Della
360 Brasileira Preta F presumí- 18-08-1949
Gloria Estenose Mitral Serra e L.
veis
Pereira
341

Preparado por
Aurora de Dr. Della
361 Brasileira Branca F 36 anos 28-02-1950 -
Andrade Serra e L.
Pereira
Preparado por
Ruy Taddeu Gastro-enterite
362 Brasileira Parda M 2 anos 22-03-1950 Dr. Della
da Silva aguda
Serra.
Preparado por
Antônio
Dr. Della
363 Carlos de Brasileira Preta M 49 anos 07-03-1950 -
Serra e L.
Andrade
Pereira
Preparado por
17-04-1950
Sem Dr. Della
364 - - - Adulto (data de -
identificação Serra e L.
preparação)
Pereira
Preparado por
Benedita de Insuficiência Dr. Della
365 Brasileira Parda F 58 anos 09-12-1949
Sousa Barboza cardíaca Serra e L.
Pereira
Preparado por
45 anos
Desconhecido Colapso Tóxico Dr. Della
366 - Branca M presumí- 15-02-1950
2225 infeccioso Serra e L.
veis
Pereira
9 meses
Preparado por
de vida
367 Nati-morto Brasileira Branca M 14-04-1950 - Dr. Della
intra-
Serra.
uterina
Preparado por
Joaquini
368 Brasileira Branca M 70 anos 26-02-1950 - Dr. Della
Rodrigues
Serra.
Preparado por
Sem Dr. Della
369 - - F Adulta 13-05-1950 (?) -
identificação Serra e L.
Pereira
Preparado por
Colapso Dr. Della
370 Raul Sebastião Brasileira Branca M 18 meses 23-04-1950
Periférico Serra e L.
Pereira
342

Preparado por
60 anos Artéria
Desconhecido Branca Dr. Della * dúvida quanto à cor: anotação posterior a lápis supõe
371 - M presumí- 09-11-1949 Esclerose –
2191 * Serra e L. tratar-se de indivíduo Negro.
veis Insuficiência
Pereira
Preparado por
Tuberculose
Dr. Della Registro de óbito n° 727 – Anatomia patológica ou
372 - Brasileira Preta M 25 anos 10-05-1950 Pulmonar –
Serra e L. (continuação ilegível)
Caquexia
Pereira
7 meses Preparado por
Pneumatoxidade
de vida Dr. Della
373 - Brasileira Branca M 11-05-1950 – Inviabilidade - Sem mandíbula.
intra- Serra e L.
fetal
uterina Pereira
Preparado por
José Venâncio Dr. Della
374 Brasileira Preta M 27 anos 24-04-1950 Natural (?)
da Silva Serra e L.
Pereira
Insuficiência Preparado por
40 anos
Desconhecido cardíaca – Dr. Della
375 - Branca M presumí- 15-02-1950
2223 Miocardite Serra e L.
veis
crônica Pereira
Preparado por
Julio Antônio Dr. Della - Sem face(observação pessoal), face desconfigurada
376 Brasileira Preta M 9 meses 14-05-1950 -
Sant’Ana Serra e L. (observação feita em 09-13-2000).
Pereira
Preparado por
Joana Batista Dr. Della
377 Brasileira Parda F 49 anos - -
dos Santos Serra e L.
Pereira
Preparado por
Carlos
Insuficiência Dr. Della
378 Roberto de - Preta M 9 meses 29-05-1950 - Sem mandíbula. latente
cardíaca Serra e L.
Souza
Pereira
Preparado por
Maria do Dr. Della
379 Brasileira Branca F 45 anos 16-04-1950 Caquexia
Carmo Freitas Serra e L.
Pereira
Preparado por
Jason José 1 ano e Colapso Toxi- Dr. Della
380 Brasileira Parda M 20-06-1950
Teixeira meio infeccioso Serra e L.
Pereira
343

Colapso Toxi- Preparado por


Augusta infeccioso – Dr. Della
381 Italiana Branca F 75 anos 02-10-1949
Puceti Broncopneumo- Serra e L.
nia Pereira
Preparado por
Colapso Toxi- Dr. Della
382 Antonio Brito Brasileira Preta M 25 anos 28-02-1950
infeccioso Serra e L.
Pereira
Preparado por
50 anos
Desconhecido Dr. Della
383 Brasileira Branca M presumí- - - - Sem calota craniana.
2235 Serra e L.
veis
Pereira
Preparado por
Sem Dr. Della
384 - - - - - - Adulto
identidade Serra e L.
Pereira
Colapso Toxi-
Preparado por
infeccioso –
385 Pedro Aleupos Lituana Branca M 62 anos 20-09-1949 Milton Picosse - Sem mandíbula.
Broncopneumo-
e L. Pereira
nia
Tuberculose Preparado por
João Leotrino
386 Brasileira Parda M 42 anos 21-10-1949 Pulmonar – Milton Picosse
(?)
Caquexia e L. Pereira
Preparado por
Colapso Tóxico- Desaparecido em 09-03-2000 e encontrado em 03-05-
387 Jandira da Luz Brasileira Branca M 7 anos 18-06-1950 Milton Picosse
infeccioso 2000
e L. Pereira
Preparado por
Maria Colapso tóxico-
388 Brasileira Branca F 6 anos 05-06-1950 Milton Picosse Dentição decídua
Gonçalves infeccioso
e L. Pereira
Francisca Preparado por
Broncopneumo-
389 Geraldina Brasileira Parda F 100 anos 30-03-1950 Milton
nia
Ferreira Picosse.
8 meses
Preparado por
de vida Inviabilidade
390 Nati-morto - Branca F 29-06-1950 Milton Picosse - Sem mandíbula.
intra- fetal
e L. Pereira
uterina
Preparado por
José de Jesus Dr. Della
391 Brasileira Branca M 2 meses 08-07-1950 -
Pereira Serra e L.
Pereira
344

Preparado por
Sem
392 - - M - - - Milton Adulto
identidade
Picosse.
Maria Preparado por
Colapso - Não está no armário.(comentário: encontra-se
393 Aparecida Brasileira Branca F 1 ano(?) 10-08-1950 Milton
perférico desarticulado na gaveta 11) desapareceu 09-03-2000)
Moreira Picosse.
70 anos Preparado por
José Carvalho Caquexia – Ca
394 Brasileira Parda M presumí- 02-06-1950 Milton
de Oliveira gástrico
veis Picosse.
Avelino Preparado por
Pneumonia
395 Gomes dos Brasileira Branca M 37 anos 30-05-1950 Milton
lobar- colapso
Santos Picosse.
Colapso Preparado por
- Sem mandíbula.
396 Erilo Anízio Brasileira Branca M 10 meses 14-09-1950 periférico- Milton
- Apresentava 3.200 g de liquido amarelado.
hidrocefalia Picosse.
Síncope
Joaquim
cardíaca – Preparado por
397 Antonio Portuguesa Branca M 70 anos 30-05-1950
Broncopneumo- Milton Picosse
Nunes
nia
Preparado por
Roberto de Colapso tóxico- - Apenas mandíbula presente.
398 Brasileira Branca M 6 meses 25-08-1950 Milton Picosse
Oliveira infeccioso - Dentição decídua
e Luiz Pereira
Preparado por
Maria de 12 anos Colapso tóxico- - Não está no armário.
399 Brasileira Branca F 11-10-1950 Milton Picosse
Lourdes (?) infeccioso - Crânio desaparecido.
e Luiz Pereira
Preparado por
Vivaldo Colapso - Não está no armário.
400 Brasileira Branca M 8 meses 01-03-1951 Luiz Pereira e
Belizaris periférico - Crânio desaparecido.
Della Serra
2 meses
Preparado por
Roberto de vida
401 Brasileira Branca M 25-03-1951 - L. Pereira e - Não está no armário.
Simões extra-
Della Serra
uterina
Petruccio Preparado por
402 Octavio dos Brasileira Branca M 2 anos 21-03-1951 - L. Pereira e
Santos Della Serra
30 anos Preparado por
Desconhecido Insuficiência
403 - Preta M presumi- 09-12-1950 L. Pereira e
2318 Cardíaca
veis Della Serra
345

Francisca Broncopneumo- Preparado por


404 Geraldina Brasileira Parda F 100 anos 30-03-1950 nia – Colapso Della Serra e - Ver crânio 389
Ferreira toxi-infeccioso L. Pereira
Ambrosio Preparado por - Não está no armário.
405 Herculano de Portuguesa Branca M Adulto 05-07-1950 Caquexia Della Serra e - Comentários: (Não se encontra na coleção -
Vasconcellos L. Pereira 31/07/1967); (Crânio desaparecido – 09/03/2000)
35 anos Preparado por
406 Desconhecido Brasileira Preta M presumi- 28-06-1950 - Della Serra e
veis L. Pereira
Preparado por
Julia Ferreira Insuficiência
407 Brasileira Branca F 53 anos - Della Serra e
Beck cardíaca
L. Pereira
408 - - - - Adulto - - - - Sem chapa
5
Evaldo mesesde Preparado por
409 Ventura de Brasileira Branca M vida 05-04-1951 - L. Pereira e - Lactente
Sousa extra- Della Serra
uterina
Preparado por
Vicenta
410 Brasileira Branca F 43 anos 07-07-1950 Caquexia Della Serra e
Rodrigues
L. Pereira
Colapso toxi-
Preparado por
Francisco infeccioso / - Sem face e sem mandíbula.
411 Brasileira Branca M 4 anos 19-04-1951 L. Pereira e
Ferrari Broncopneumo- - Comentário: ( Face desconfigurada – 09/03/2000)
Della Serra
nia
35 Preparado por
Desconhecido Colapso toxi-
412 - Branca M presumí- 27-01-1951 Della Serra e
2335 infeccioso
veis Waldemar
Broncopneumo- Preparado por
413 José Benedito Brasileira Preta M 21 anos 11-10-1950 nia - Colapso Della Serra e
toxi-infeccioso Waldemar
Preparado por
Martin
414 Brasileira Preta M 31 anos 13-04-1951 - Della Serra e
Salvador
Waldemar
Preparado por
Misael Alves
415 Brasileira Branca M 43 anos 09-04-1951 Caquexia Ca. Della Serra e
de Oliveira
Waldemar
Preparado por
Eusebia Nunes
416 Brasileira Branca F 49 anos 05-04-1951 - Della Serra e - Sem mandíbula.
da Silva
Waldemar
346

Preparado por
417 José Avelino Brasileira Branca M 28 anos 25-01-1951 Caquexia Della Serra e
Waldemar
Preparado por
Sem
418 - - - Adulto - - Della Serra e
identificação
Waldemar
Preparado por
Sem
419 - - - Adulto - - Della Serra e
identificação
Waldemar
Preparado por
Sem
420 - - - Adulto - - Della Serra e
identificação
Waldemar
Manoel Nunes Preparado por
Insuficiência
421 de Brasileira Branca M 33 anos 17-04-1951 Della Serra e
cardíaca
Vasconcellos Luiz
Colapso toxi-
Preparado por
Maria Socorro infeccioso / - Não está no armário.
422 Brasileira Branca F 4 meses 26-07-1951 Della Serra e
de Lima Broncopneumo- - Comentário: (Crânio desaparecido – 09/03/2000)
Luiz
nia
Gastro-enterite
Irene Ferreira
423 Brasileira Parda F 9 meses 27-07-1951 aguda / Colapso - - Sem mandíbula
da Silva
toxi-infeccioso
Antonio Gastro-enterite Preparado por
424 Carlos de Brasileira Branca M 18 meses 28-07-1951 aguda / Colapso Della Serra e - Dentição decídua
Morais periférico Luiz
Preparado por
José Ferreira Tb. pulmonar /
425 Brasileira Branca M 27 anos 10-06-1951 Milton
da Silva Caquexia
Picosse.
Preparado por - Não está no armário.
Antonio Insuficiência
426 Portuguesa Branca M 64 anos 03-07-1951 Milton - Comentários: (Não se encontra na coleção -
Fonseca cardíaca
Picosse. 31/07/1967); (Crânio desaparecido – 09/03/2000)
Preparado por
427 José Raimonti Brasileira Branca M 50 anos 11-04-1951 Ca. Gastrico Della Serra e
Luiz
Broncopneumo- Preparado por - Não está no armário.
Pedro
428 Paraguaia Branca M 47 anos 09-07-1951 nia / Colapso Della Serra e - Comentários: (Não se encontra na coleção -
Maldonado
toxi-infeccioso Luiz 01/08/1967); (Crânio desaparecido – 09/03/2000)
Sem
429 - - - - - - - - Não está no armário.
identificação
347

- Comentários: (Não se encontra na coleção -


01/08/1967); (Crânio desaparecido –só tem a mandíbula
– 09/03/2000)
Sem
430 - - - Adulto - - - - Adulto
identificação
Insuficiência
Preparado por
Sergio cardíaca /
431 Checoslovaca Branca M 55 anos 24-07-1951 Della Serra e
Butkewic Endocardite
Luiz Pereira
Mitral
Sem - Não está no armário.
432 - - - - - - -
identificação - - Comentário: (Crânio desaparecido – 09/03/2000)
Ernesto Preparado por
433 Brasileira Branca M 45 anos 03-05-1951 Tb. / Caquexia
Tomaselli Della Serra
Pielonefrite /
Nilson de Preparado por
434 Brasileira Branca M 31 anos 14-07-1951 Insuficiência
Castro Della Serra
cardíaca
Colapso toxi-
Manoel Alves infeccioso / Preparado por
435 Brasileira Branca M 31 anos 29-07-1951 - Não está no armário.
de Lucia Broncopneumo- Della Serra
nia
Insuficiência
Sebastiana dos Preparado por
436 Brasileira Preta F 35 anos 23-07-1951 cardíaca / Tb.
Santos Della Serra
pulmonar
Desconhecido Miocardite Preparado por
437 Brasileira Preta F 40 anos 27-07-1951
nº 2406 crônica / Insuf. Della Serra
40 anos
Alberto Inácio Atrofia amarela Preparado por
438 Brasileira Branca M presumi- 12-07-1951 - Sem mandíbula.
de Paula aguda do fígado Della Serra
veis
50 anos Preparado por
Desconhecido Hemorragia
439 - Branca M presumi- 28-07-1951 Della Serra e
nº 2408 cerebral
veis Pereira
José Mesaortite Preparado por - Apenas a mandíbula presente.
440 Gonçalves de Brasileira Branca M 60 anos 30-07-1951 sifilítica / Della Serra e - Comentário: (Crânio desaparecido – só tem a
Araújo Ruptura da aorta L. Pereira mandíbula – 09/03/2000)
Preparado por - Não está no armário.
José Alves Pneumonia
441 Brasileira Branca M 29 anos 13-11-1951 Della Serra e - Comentários: (Não se encontra na coleção –
Pereira lobar
L. Pereira 01/08/1967); (Crânio desaparecido – 09/03/2000).
Preparado por - * Dúvida quanto à cor e sexo. Anotação posterior à
Jacira de Branca
442 Brasileira M* 30 anos 26-06-1951 Tb. pulmonar Della Serra e lápis sugere tratar-se de indivíduo de cor negra e sexo
Oliveira *
Pereira feminino.
348

30 anos Preparado por


Desconhecido Insuficiência
443 - Branca F presumi- 31-08-1951 Della Serra e
nº 2422 cardíaca
veis Pereira
Joaquim Preparado por
Insuficiência
444 Olímpio da Brasileira Parda M 51 anos 17-09-1951 Della Serra e
aórtica
Cruz Pereira
Manoel Preparado por
445 Gonçalves Brasileira Branca M 49 anos 04-09-1951 Tb. pulmonar Della Serra e
Sena Pereira
70 anos Preparado por
Desconhecido Hemorragia - Comentários: (Não se encontra na coleção – 1967);
446 Brasileira Preta F presumi- 08-09-1951 Della Serra e
nº 2426 cerebral (Crânio desaparecido – 09/03/2000).
veis Pereira
José de Preparado por
Miocardite
447 Oliveira Brasileira Branca M 29 anos 24-06-1951 Della Serra e
crônica
Santana Pereira
George Preparado por
448 Correia de Brasileira Preta M 43 anos 04-04-1951 - Della Serra e - Comentário: (Crânio desaparecido – 09/03/2000).
Sousa Pereira
Preparado por
S. Alves da - Sem mandíbula.
449 - - - Adulto - - Della Serra e
Cruz - Comentário: “Técnica Cirurgica”(?)
Pereira
45 anos Preparado por
Francisco Insuficiência - Comentários: (Não se encontra na coleção –
450 Tchecoslovaca Branca M presumi- 28-06-1951 Della Serra e
Peral cardíaca 09/08/1967); (Crânio desaparecido – 09/03/2000).
veis Pereira
Felomena Preparado por
451 Teles de Brasil Branca F 60 anos 18-04-1951 Tb./Caquexia Della Serra e
Martis Pereira
José Moreira Gatro-enterite Preparado por
452 Brasil Parda M 2 anos 10-10-1951
da Silva crônica Della Serra
Stavislavra(?) 1 ano e 5 Colapso toxi- Preparado por
453 Ilegível Branca F 27-10-1951 - Crânio desaparecido – 09/03/2000
Jarosz(?) meses infeccioso Della Serra
Insuficiência Preparado por
454 José Moraes Brasil Preta M 45 anos 22-10-1952
Cardíaca De Lucca
Antonio Preparado por
455 Brasil Parda M 42 anos - -
Justino Soares Ahauez(?)
Sem Preparado por - Comentários: (Não se encontra na coleção –
456 - - - - - -
identificação Dr. Alcântara 09/08/1967); (Crânio desaparecido – 09/03/2000).
Sem Preparado por - Comentários: (Não se encontra na coleção –
457 - Branca M - - -
identificação Reis 09/08/1967); (Crânio desaparecido – 09/03/2000).
349

Joaquim
458 Brasil Preta M 32 anos - - -
Calixto
Desconhecido
Preparado por
459 sem - - - - - -
Alcântara
identificação
Sem Preparado por - Comentários: (Não se encontra na coleção –
460 - - - - - -
identificação Brazão 09/08/1967); (Crânio desaparecido – 09/03/2000).
Preparado por - Comentários: (Não se encontra na coleção –
461 Desconhecido - Branca M - - -
Meuou(?) 09/08/1967); (Crânio desaparecido – 09/03/2000).
Desconhecido
Preparado por
462 sem - - - - - - - Corte longitudinal.
Brazão
identificação
Preparado por
463 Desconhecida - Branca F - - - - Comentários: (Crânio desaparecido – 09/03/2000).
Ahannes (?)
Preparado por - Comentários: (Crânio desaparecido, presente só a
464 Desconhecido - Branca M - - -
Geraldo mandíbula – 09/03/2000).
Sem
465 - - - - - - - - Comentários: (Crânio desaparecido – 09/03/2000).
identificação
Sem
466 - - - - - - - - Comentários: (Crânio desaparecido – 09/03/2000).
identificação
Preparado por
L.C.Prates e
467 - Brasil(?) Preta M 40 anos - -
Luiz Antonio
Pereira
Preparado por
60 anos
L.C.Prates e
468 Desconhecido - Branca F presumí- - -
José de
veis
Oliveira
Preparado por
40 anos
L.C.Prates e
469 Desconhecida - Preta F presumí- - -
Luiz Antonio
veis
Pereira
Preparado por
55 anos
L.C.Prates e - Anotações ao lado, feitas à lápis indicam que na
470 Desconhecido - Branca M presumí- - -
José de verdade o sexo seria feminino.
veis
Oliveira
Preparado por
50 anos
L.C.Prates e
471 Desconhecido - Parda M presumí- - -
Luiz Antonio
veis
Pereira
350

Preparado por
70 anos - Anotações com outra caneta questionam cor da pele
L.C.Prates e
472 Desconhecido - Branca M presumí- - - (sugerindo cor preta) e idade (sugerindo
José de
veis aproximadamente 60 anos).
Oliveira
Preparado por
65 anos
L.C.Prates e - Anotações com outra caneta questionam cor da pele
473 Desconhecido - Branca F presumí- - -
Luiz Antonio (sugerindo cor preta).
veis
Pereira
Preparado por
50 anos
L.C.Prates e
474 Desconhecido - Branca M presumí- - -
José de
veis
Oliveira
Preparado por
Ana Rosa Paraisópolis/MG L.C.Prates e
475 Parda F 48 anos 08-08-1966 - - V.O.: 19063
Marcelia Brasil José de
Oliveira
Preparado por
20 a 30 L.C.Prates e
476 Desconhecido - Parda M - -
anos José de
Oliveira
Preparado por
30 anos
L.C.Prates e
477 Desconhecido - Branca F presumí- - -
José de
veis
Oliveira
Preparado por
Manoel José L.C.Prates e
478 Brasil Mulata M 37 anos 22-08-1966 - - V.O.: 19175
Borges José de
Oliveira
Agostinho Preparado por
479 Antonio de Brasil Branca M 53 anos 22-08-1966 - L.C.Prates e - V.O.: 19212
Oliveira Luiz Antonio
480 Desconhecido - - - - - - -
481 Desconhecido - - - - - - -
482 Desconhecido - - - - - - -
483 Desconhecido - - - - - - -
484 Desconhecido - - - - - - -
485 Desconhecido - - - - - - -
486 Desconhecido - - - - - - -
487 Desconhecido - - - - - - -
351

488 Desconhecido - - - - - - -
489 Desconhecido - - - - - - -
490 Desconhecido - - - - - - -
491 RS - Parda F 38 anos - - -
492 Desconhecido - - - - - - -
493 Desconhecido - - - - - - -
494 Desconhecido - - - - - - -
495 Desconhecido - - - - - - -
Preparado por
496 D.C.S. Brasil Branca M 1 ano 1970 - L.C.Prates e
Luiz Antonio
Preparado por
497 G.M.S. Brasil Branca M 5 meses 1970 - L.C.Prates e
Luiz Antonio
Preparado por
498 C.M.L Brasil Branca M 6 meses 1970 - L.C.Prates e
Luiz Antonio
Preparado por
499 M.S.A. Brasil Branca M 9 meses 1968 - L.C.Prates e
Luiz Antonio
Preparado por
Wilson Pereira
500 Brasil Parda M 30 17-08-1966 - L.C.Prates e - V.O.: 19130
de Campos
José de Souza
Preparado por
35 anos
L.C.Prates e
501 Desconhecido Brasil Mulata M presumí- - - - Acompanham 1ª, 2ª, 3ª e 4ª vértebras cervicais.
José de
veis
Oliveira
Preparado por
40 anos
L.C.Prates e
502 Desconhecido Brasil Parda F presumí- - - - Acompanha o atlas.
José de
veis
Oliveira
Preparado por
Onofre Tomas Vacaria/RS
503 Mulata M 64 anos - - L.C.Prates e
Ramos Brasil
José Laurindo
Humberto Preparado por
São Paulo/SP
504 Santos da Branca M 3 anos - - L.C.Prates e - Comentários: (Crânio desaparecido – 09/03/2000).
Brasil
Costa José Laurindo
Sinfrônio José Preparado por - V.O.: 1915
505 Brasil Mulata M 55 anos - -
da Costa L.C.Prates e
352

José de
Oliveira
Preparado por
506 M.R.S. Brasil Branca F 1 ano 1968 - L.C.Prates e
Luiz Antonio
Preparado por
507 M.B.P. Brasil Branca F 13 meses 1968 - L.C.Prates e
Luiz Antonio
Preparado por
508 - Brasil Mulata M 5 anos 1968 - L.C.Prates e
Luiz Antonio
Preparado por
509 P.R.S. Brasil Branca M 6 dias 1970 - L.C.Prates e
Luiz Antonio
Preparado por
510 Desconhecido - - - - - - L.C.Prates e
Luiz Antonio
OBS.: O registro nos livros de catalogação dos crânios foi feito à mão e algumas palavras estavam ilegíveis, tendo sido transcrito para essa tabela o que pode ser compreendido
(nesses casos, uma interrogação acompanha a palavra).
353

Anexo 5. Parte da matriz de dados brutos elaborada, a título de apresentação da tabela a partir da qual se realizaram as análises.

As primeiras 5 colunas apresentam alguns dos dados disponíveis nos museus sobre cada um dos indivíduos: ID (número de identificação do crânio no museu), Museu (de onde

provém cada crânio), Idade (do indivíduo no momento da morte), Sexo e Cor da Pele de acordo com o registro do médico legista. Em seguida, cada uma das 63 medidas

calculadas a partir das coordenadas de cada um dos landmarks, coletadas com o MicroScribe.

Você também pode gostar