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Instituto de Matemática - IM/UFRJ

Cálculo Diferencial e Integral I


Resolução dos exercícios

Questão 1:
Seja f uma função definida no intervalo [a, b], com o seguinte gráfico.

2
1.5
1

x
a c d b

(a) A função é definida em x = c? Se sim, então quem é f (c)?

(b) Ao se aproximar de x = c pela esquerda, para que valor a função se aproxima? E se for
pela direita?

(c) Quem são lim− f (x) e lim+ f (x) ?


x→c x→c

(d) Podemos dizer que existe o limite de f no ponto x = c? Por quê?

(e) A função é definida em x = d? Se sim, então quem é f (d)?

(f) Ao se aproximar de x = d pela esquerda, para que valor a função se aproxima? E se for
pela direita?

(g) Quem são lim− f (x) e lim+ f (x) ?


x→d x→d

(h) Podemos dizer que existe o limite de f no ponto x = d? Por quê?

Solução:

(a) Sim. f (c) = 3.

(b) Pela esquerda: 1.5, é o limite de f (x) quando x tende a c pela esquerda.
Pela direita: 3, é o limite de f (x) quando x tende a c pela direita.

(c) Limites laterais: lim− f (x) = 1.5, lim+ f (x) = 3.


x→c x→c

(d) Não existe o limite de f (x) no ponto x = c, porque os limites laterais não tem o
mesmo valor. Outra forma de falar: a função não tende ao mesmo valor pela esquerda
e pela direita.

(e) Sim. f (d) = 1.

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Cálculo Diferencial e Integral I
Resolução dos exercícios (continuação)

(f) Pela esquerda: 2, é o limite de f (x) quando x tende a d pela esquerda.


Pela direita: 2, é o limite de f (x) quando x tende a d pela direita.

(g) Limites laterais: lim− f (x) = 2, lim+ f (x) = 2.


x→d x→d

(h) Sim, existe o limite de f (x) no ponto x = d, porque os limites laterais tem o mesmo
valor. Outra forma de falar: a função tende ao mesmo valor pela esquerda e pela
direita.

• Note que a análise da tendência da função em um ponto (limite) não depende do valor
que a função realmente assume nesse ponto.

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Resolução dos exercícios (continuação)

Questão 2:
1
A curva azul na figura abaixo é o gráfico da função f (x) = + b, onde “a” e “b” são
x−a
constantes.
y

5
4
3
2
1
x
1 2 3 4 5

(a) Qual o valor de “a” e “b”?

(b) Escreva a equação de cada assíntota do gráfico de f , dizendo se é horizontal ou vertical.

(c) Diga o valor de cada limite: lim f (x) , lim f (x), lim− f (x), lim+ f (x) .
x→−∞ x→+∞ x→a x→a

1
(d) A figura a seguir contém o gráfico de uma função na forma g(x) = + b. Responda
x−a
todos os itens (a) a (c) para esse caso.

4 y
3
2
1
x
−4 −3 −2 −1 1 2 3 4
−1
−2
−3
−4

1
(e) A figura a seguir contém o gráfico de uma função na forma h(x) = + b. Responda
x−a
todos os itens (a) a (c) para esse caso.

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Resolução dos exercícios (continuação)

4 y
3
2
1
x
−4 −3 −2 −1 1 2 3 4
−1
−2
−3
−4

Solução:

(a) a = 3, b = 2.

(b) Assíntota Horizontal: y = 2. Assíntota Vertical: x = 3.

(c) lim f (x) = 2 , lim f (x) = 2, lim− f (x) = −∞ (o limite não existe), lim+ f (x) =
x→−∞ x→+∞ x→a x→a
+∞ (o limite não existe). É importante ficar claro que “+∞” e “−∞” não são “valores”
(não são números!).

(d) a = −2, b = 1. Assíntota Horizontal: y = 1. Assíntota Vertical: x = −2.


lim f (x) = 1 , lim f (x) = 1, lim− f (x) = −∞ (o limite não existe), lim+ f (x) =
x→−∞ x→+∞ x→a x→a
+∞ (o limite não existe).

(e) a = 1, b = −2. Assíntota Horizontal: y = −2. Assíntota Vertical: x = 1.


lim f (x) = −2 , lim f (x) = −2, lim− f (x) = −∞ (o limite não existe), lim+ f (x) =
x→−∞ x→+∞ x→a x→a
+∞ (o limite não existe).

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Resolução dos exercícios (continuação)

Questão 3:
3x − 1
Seja f (x) = , então
x−1
(a) O gráfico de f tem uma assintota horizontal? Qual é sua equação?

(b) O gráfico de f tem uma assintota vertical? Qual é sua equação?

Solução:

(a) Sim. Para conferir, é preciso checar os limites quando x → +∞ e x → −∞. Divida o
(3x − 1) x1 3 − x1
numerador e denominador por x, e aplique os limites: f (x) = · = .
(x − 1) x1 1 − x1
Aplicando os limites: lim f (x) = 3 e lim f (x) = 3. Então y = 3 é uma assíntota
x→−∞ x→+∞
horizontal do gráfico da f (x).

(b) Sim. Para conferir, é preciso checar se a função explode ao redor de algum valor de
x. Confira o denominador da função, e veja que lim− f (x) = −∞ e lim+ f (x) = +∞.
x→1 x→1
Então x = 1 é assíntota vertical.

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Resolução dos exercícios (continuação)

Questão 4:
Considere o gráfico da função f

y
1

−1

Então

(a) Existe o limite de f quando x → 0− ? Qual é seu valor?

(b) Existe o limite de f quando x → 0+ ? Qual é seu valor?

(c) Existe o limite de f quando x → 0?

Solução:

(a) Sim. lim− f (x) = 1


x→0

(b) Sim. lim+ f (x) = −1


x→0

(c) Não, porque os limites laterais não tem o mesmo valor.

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Resolução dos exercícios (continuação)

Questão 5:

Determine os limites.
x2 − x y 2 − 10
   
5 3
(a) lim (b) lim x − 19x2 − 17x + 3 (c) lim +3
x→0 x x→0 2 y→+∞ y5
x4 + 2 z4 + 2 z4 + 2
(d) lim (e) lim+ (f) lim+ −
x→+∞ x10 z→0 z 10 z→0 z 10
r+3 r+3 −1 + t
(g) lim+ (h) lim− (i) lim
r→2 r−2 r→2 r−2 t→−2 (t + 2)2

x2 − 3x
(j) lim−
x→3 x2 − 6x + 9

Solução:
x2 − x
(a) lim = lim x − 1 = lim x − lim 1 = 0 − 1 = −1
x→0 x x→0 x→0 x→0
 
5 3 5
(b) lim x − 19x2 − 17x + 3 = lim x3 − lim 19x2 − lim 17x + lim 3 =
x→0 2 x→0 2 x→0 x→0 x→0
5 3
= · 0 − 19 · 02 − 17 · 0 + 3 = 3
2
 2   2   
y − 10 y 10 1 10
(c) lim + 3 = lim − + 3 = lim − + 3 = 3, porque
y→+∞ y5 y→+∞ y5 y5 y→+∞ y3 y5
os termos 1/y 3 e 10/y 5 tendem a zero quando usamos valores grandes de y (ou seja,
y → +∞)
 4   4   
x +2 x 2 1 2
(d) lim = lim + = lim + = 0, porque os dois
x→+∞ x10 x→+∞ x10 x10 x→+∞ x6 x10
termos tendem a zero quando usamos valores grandes de x (ou seja, x → +∞).
 4   4   
z +2 z 2 1 2
(e) lim = lim+ + = lim+ + = +∞, porque os dois ter-
z→0+ z 10 z→0 z 10 z 10 z→0 z 6 z 10
mos tendem a valores tão grandes quanto quisermos (“+∞”) à medida que z se apro-
xima de zero por valores positivos.
 4   4   4 
z +2 z +2 z 2
(f) lim − 10 = − lim+ = − lim+ + =
z→0+
 z  z→0 z 10 z→0 z 10 z 10
1 2
− lim+ 6
+ 10 = −∞, porque os dois termos dentro do parênteses tendem a
z→0 z z
valores tão grandes quanto quisermos (“+∞”) à medida que z se aproxima de zero
por valores positivos, e tudo isso está multiplicado por −1 (sinal de menos).

(g) O numerador tende a um valor finito positivo, enquanto o denominador tende a zero
r+3
por valores positivos. Então lim+ = +∞.
r→2 r − 2

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(h) O numerador tende a um valor finito positivo, enquanto o denominador tende a zero
r+3
por valores negativos. Então lim− = −∞.
r→2 r − 2

(i) O numerador tende a um valor finito negativo, enquanto o denominador tende a zero
−1 + t
por valores positivos. Então lim = −∞.
t→−2 (t + 2)2

x2 − 3x x(x − 3) x
(j) lim− 2
= lim− = lim− . O numerador tende a um
x→3 x − 6x + 9 x→3 (x − 3)(x − 3) x→3 (x − 3)
número finito positivo, enquanto o denominador tende a zero pela esquerda (negativo).
x2 − 3x
Então lim− 2 = −∞
x→3 x − 6x + 9

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Resolução dos exercícios (continuação)

Questão 6:
x2
A curva azul nas figuras abaixo é o gráfico da função f (x) = +1 .
2
x2
(a) Usando a figura, calcule a inclinação da reta secante que cruza o gráfico de f (x) = +1
2
nos pontos x = 1 e x = 3. Escreva a equação dessa reta secante.

5.5

1.5
x
1 2 3

x2
(b) Use a expressão da função, f (x) = + 1, para calcular a inclinação da reta secante que
2
cruza o gráfico da função nos pontos x = 1 e x = 2. Escreva a equação dessa reta secante.

(c) Na figura abaixo, o ponto vermelho sobre a função está cada vez mais próximo do ponto
azul x = 1 pela direita, e para cada posição construímos uma secante que cruza os dois
x2
pontos. Usando f (x) = + 1, complete a tabela abaixo que dispõe o valor da inclinação
2
das retas secantes de acordo com a posição do ponto vermelho.

x
1 2 3

Ponto 1.001 1.01 1.1 1.5 2 3


Inclinação ? ? ? ? 1.5 2

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Resolução dos exercícios (continuação)

(d) A figura abaixo mostra a reta tangente ao gráfico da função no ponto x = 1. Baseado na
tabela completa do item anterior, qual o valor da inclinação dessa reta tangente? Escreva
a equação dessa reta tangente.

5.5
5
4
3
2
1.5
1
x
1 2 3

f (x) − f (1)
(e) Baseado nos itens anteriores, quem é lim+ ?
x→1 x−1
(f) Preencha a tabela abaixo, que é semelhante à tabela do item (c) mas utilizando pontos à
esquerda de x = 1.

Ponto 0 0.5 0.9 0.99 0.999


Inclinação ? ? ? ? ?

f (x) − f (1)
(g) Baseado no item anterior, quem é lim− ?. Podemos então dizer que o limite
x→1 x−1
f (x) − f (1)
lim existe? Por que, e qual é seu valor?
x→1 x−1
(h) Quanto vale f 0 (1) e o que significa?

Solução:
f (3) − f (1) 5.5 − 1.5
(a) Inclinação da secante nos pontos x = 1 e x = 3: = = 2.
3−1 3−1
ys − f (1)
Equação dessa reta secante: = 2 =⇒ ys = 2(xs − 1) + f (1) =⇒
xs − 1
ys = 2xs − 2 + 1.5 =⇒ ys = 2xs − 0.5.
f (2) − f (1) 3 − 1.5
(b) Inclinação da secante nos pontos x = 1 e x = 2: = = 1.5.
2−1 2−1
ys − f (1)
Equação dessa reta secante: = 1.5 =⇒ ys = 1.5(xs − 1) + f (1) =⇒
xs − 1
ys = 1.5xs − 1.5 + 1.5 =⇒ ys = 1.5xs .

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Resolução dos exercícios (continuação)

(c)

Ponto 1.001 1.01 1.1 1.5 2 3


Inclinação 1.0005 1.005 1.05 1.25 1.5 2

yt − f (1)
(d) Inclinação da reta tangente em x = 1: 1. Equação da reta tangente: =
xt − 1
1 =⇒ yt = xt + 0.5
f (x) − f (1)
(e) lim+ = 1.
x→1 x−1
(f)

Ponto 0 0.5 0.9 0.99 0.999


Inclinação 0.5 0.75 0.95 0.995 0.9995

f (x) − f (1)
(g) lim− = 1. Sim, porque os limites laterais tem o mesmo valor.
x→1 x−1
f (x) − f (1)
Então: lim = 1.
x→1 x−1
f (x) − f (1)
(h) f 0 (1) = lim = 1, que é a derivada de f (x) no ponto x = 1. Significa a
x→1 x−1
inclinação da reta tangente ao gráfico de f (x) no ponto x = 1.

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Resolução dos exercícios (continuação)

Questão 7:
2x − 3
A equação cartesiana da reta secante ao gráfico de f (x) = , nos pontos x = 1.5 e
x−1
x=2é

I. x + 2y = 3.

II. 2x − y = 3.

III. x − 2y = −3.

IV. 2x + y = −3.

Solução:
f (2) − f (1.5) 1−0
Inclinação da reta secante nos pontos x = 1.5 e x = 2: = = 2.
2 − 1.5 0.5
ys − f (2)
Equação dessa reta secante: = 2 =⇒ ys = 2(xs − 2) + f (2) =⇒
xs − 2
ys = 2xs − 4 + 1 =⇒ ys = 2xs − 3 =⇒ 2xs − ys = 3. Opção II.

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Questão 8:
Para cada função abaixo, calcule a expressão da derivada (f 0 (x), f 0 (t), f 0 (z), etc), e f 0 (2).

x3
(a) f (x) = x2 (b) f (x) = 3x (c) f (x) =
5
(d) f (x) = −πx7 (e) f (x) = x−1 (f) f (x) = 3x−3

x3 5 2z 3 − 2z 2 − z
(g) f (x) = (h) f (t) = − (i) f (z) =
x2 − 1 t z2 − 5
2√ 5√
(j) f (k) = k (k) f (a) = − 3 a
3 3

Solução:

(a) f 0 (x) = 2x =⇒ f 0 (2) = 4.

(b) f 0 (x) = 3 =⇒ f 0 (2) = 3.


3 12
(c) f 0 (x) = x2 =⇒ f 0 (2) = .
5 5
(d) f 0 (x) = −7πx6 =⇒ f 0 (2) = −7π · 26 = −7π · 64 = −448π.
1
(e) f 0 (x) = −x−2 =⇒ f 0 (2) = − .
4
9
(f) f 0 (x) = −9x−4 =⇒ f 0 (2) = − .
16

0 x3 (3x2 )(x2 − 1) − x3 (2x) 3x4 − 3x2 − 2x4 x4 − 3x2


(g) f (x) = 2 = = = =⇒
x −1 (x2 − 1)2 (x2 − 1)2 (x2 − 1)2
4
f 0 (2) = .
9
5 5
(h) f 0 (t) = −(−5t−2 ) = 2
=⇒ f 0 (2) =
t 4
2z 3 − 2z 2 − z (6z 2 − 4z − 1)(z 2 − 5) − (2z 3 − 2z 2 − z)(2z)
(i) f 0 (z) = = =
z2 − 5 (z 2 − 5)2
6z 4 − 30z 2 − 4z 3 + 20z − z 2 + 5 − 4z 4 + 4z 3 + 2z 2 2z 4 + 29z 2 + 20z + 5
=
(z 2 − 5)2 (z 2 − 5)2
0
=⇒ f (2) = 193.
2 1 −1/2 1 1
(j) f 0 (k) = · k = √ =⇒ f 0 (2) = √ .
3 2 3 k 3 2
5 5 5
(k) f 0 (a) = − a−2/3 = − √
3
=⇒ f 0 (2) = − √ .
9 9 a2 934

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Questão 9:
1
A derivada de f (x) = − x é:
x
1 + x2
I. .
x2
1 − x2
II. .
x2
−1 + x2
III. .
x2
−1 − x2
IV.
x2

Solução:
1 1
− x =⇒ f (x) = x−1 − x. Derivando: f 0 (x) = −1x−2 − 1 = − 2 − 1 =
f (x) =
x x
1 x2 −1 − x2
− 2− 2 = . Opção IV.
x x x2

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Resolução dos exercícios (continuação)

Questão 10:
A inclinação da reta tangente à curva

y = f (x) = 3 + 4x2 − 2x3

no ponto onde x = a é

I. 6a2 − 8a.

II. 6a − 8a2 .

III. 8a − 6a2 .

IV. 8a2 − 6a.

Solução:
f 0 (x) = 8x − 6x2 . Avaliando no x = a: f 0 (a) = 8a − 6a2 . Opção III.

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Resolução dos exercícios (continuação)

Questão 11:
Se a reta tangente a y = f (x) em (4,3) passar pelo ponto (0,2), então o valor de f 0 (4) é:

I. f 0 (4) = 4.

II. f 0 (4) = 2.

III. f 0 (4) = 1.
1
IV. f 0 (4) = .
2
1
V. f 0 (4) = .
4

Solução:
Inclinação da reta tangente à f (x) em x = 4 é f 0 (4). O enunciado diz que a reta tangente
está passando no ponto (4, 3) (ou seja, f (4) = 3). A equação dessa reta tangente é:
yt − 3
= f 0 (4) =⇒ yt = f 0 (4)(xt − 4) + 3. O enunciado diz que essa reta também
xt − 4
passa pelo ponto (0, 2), então o ponto (0, 2) precisa satisfazer a equação da reta tangente.
Substituindo: 2 = f 0 (4)(0 − 4) + 3 =⇒ −1 = −4f 0 (4) =⇒ f 0 (4) = 1/4. Opção V.

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Resolução dos exercícios (continuação)

Questão 12:
Para a função g, cujo gráfico é

x
−2 −1 1 2 3 4

Podemos afirmar que

I. g 0 (−2) < g 0 (0) < g 0 (1) < g 0 (3).

II. g 0 (1) < g 0 (−2) < g 0 (0) < g 0 (3).

III. g 0 (0) < g 0 (3) < g 0 (1) < g 0 (−2).

IV. g 0 (3) < g 0 (1) < g 0 (−2) < g 0 (0).

Solução:
Trace tangentes nos pontos em que estão sendo analisados, e observe a inclinação dessas
tangentes. A inclinação das tangentes é o valor da derivada naquele ponto.

x
−2 −1 1 2 3 4

Ordene as inclinações do menor para o maior: g 0 (0) < g 0 (3) < g 0 (1) < g 0 (−2).Opção III.

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Cálculo Diferencial e Integral I
Resolução dos exercícios (continuação)

Questão 13: √
Considere a figura seguinte, que contém o gráfico da função f (x) = x (azul), e várias
retas.
y

x
1 4 9

(a) Associe as duas listas a seguir de acordo com os significados.

I. Taxa de variação média da função entre os pontos x = 1 e x = 9.


II. Taxa de variação instantânea da função no ponto x = 1.
III Taxa de variação média da função entre os pontos x = 1 e x = 4.
IV. Taxa de variação instantânea da função no ponto x = 9.

A. Inclinação da reta verde tracejada (secante).


B. Inclinação da reta vermelha sólida (tangente).
C. Inclinação da reta verde sólida (tangente).
D. Inclinação da reta vermelha tracejada (secante).

(b) Calcule o valor exato da inclinação das 4 retas grafadas. Use a expressão da função f (x)
e sua derivada f 0 (x).

(c) Observe a próxima figura, com a mesma função e retas no intervalo [0, 2]. Note onde se
situa o valor da função para x = 1.2, ou seja, onde está o ponto (1.2, f (1.2)). Baseado na
figura, qual das 3 retas nessa figura oferta a melhor aproximação para o valor de f (1.2):
tangente em 1 (verde sólida), secante entre 1 e 4 (vermelha tracejada), ou secante entre
1 e 9 (verde tracejada)? E qual oferta a pior aproximação para f (1.2)?

(d) Faça uma√estimativa do valor de 1.2 usando as 3 retas da figura acima. Compare com
f (1.2) = 1.2 ≈ 1.09 para confirmar sua resposta do item (c).

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Resolução dos exercícios (continuação)

2 y

1.5

0.5

x
0.5 1 1.2 1.5 2

Solução:
(a) I - A. II - C. III - D. IV - B.
√ 1
(b) f (x) = x =⇒ f 0 (x) = √ .
2 x
Inclinação da reta tangente verde sólida: f 0 (1) = 1/2.
∆f f (4) − f (1) 2−1
Inclinação da reta secante vermelha tracejada: = = = 1/3.
∆x 4−1 3
∆f f (9) − f (1) 3−1
Inclinação da reta secante verde tracejada: = = = 1/4.
∆x 9−1 8
1 1
Inclinação da reta tangente vermelha sólida: f 0 (9) = √ = = 1/6.
2· 9 2·3

(c) Melhor aproximação para f (1.2) a partir do ponto (1.2, f (1.2)): reta tangente verde
sólida.
Pior aproximação para f (1.2) a partir do ponto (1.2, f (1.2)): reta secante verde tra-
cejada (secante entre x = 1 e x = 9).
Observe que secante vermelha tracejada (secante entre x = 1 e x = 4) oferta uma
aproximação melhor que a secante verde tracejada.
(d) Precisamos da equação das 3 retas.
A reta secante entre x = 1 e x = 9 (verde tracejada) tem inclinação 1/4 e passa pelo
yg − 1 1
ponto (1, 1), então sua equação é = =⇒ yg = (xg − 1)/4 + 1, que em
xg − 1 4
x = 1.2 oferta a aproximação: yg (1.2) = (1.2 − 1)/4 + 1 = 1.05.

A reta secante entre x = 1 e x = 4 (vermelha tracejada) tem inclinação 1/3 e passa


yg − 1 1
pelo ponto (1, 1), então sua equação é = =⇒ yg = (xg − 1)/3 + 1, que em
xg − 1 3
x = 1.2 oferta a aproximação: yg (1.2) = (1.2 − 1)/3 + 1 = 1.0666 . . ..

A tangente em x = 1 (verde sólida) tem inclinação 1/2 e passa pelo ponto (1, 1),
yg − 1 1
então sua equação é = =⇒ yg = (xg − 1)/2 + 1, que em x = 1.2 oferta a
xg − 1 2

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Cálculo Diferencial e Integral I
Resolução dos exercícios (continuação)

aproximação: yg (1.2) = (1.2 − 1)/2 + 1 = 1.1.

Veja que de fato é a reta tangente em x = 1 (verde sólida) que fornece a melhor
aproximação para f (1.2) ≈ 1.09 partir de (1, f (1)).

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Questão 14:
x2 − 6x + 5
Considere a função definida por f (x) = .
x−1
(a) Usando apenas a expressão do enunciado, a função f (x) é definida em x = 1? Por quê?
(b) Fatore o polinômio no denominador e encontre uma nova expressão para f (x). Observando
a nova expressão, qual o formato geral do gráfico para f (x)?
(c) Considerando os itens anteriores, desenhe o gráfico da f (x). Não se esqueça de sua
resposta para o item (a)!
(d) Baseado no resultado item (b) e em seu esboço, a que valor a função f (x) tende quando
aproximamos x de 1? Então quem é lim f (x)? E responda novamente: há valor definido
x→1
para f (1)?
(e) Considere agora uma nova função definida em partes:
(
x2 −6x+5
x−1
, se x 6= 1 ,
g(x) = (1)
−4 , se x = 1 .

Quem é g(1)? E lim g(x)? Desenhe o gráfico de g(x).


x→1

Solução:

(a) Não. Porque x = 1 causaria uma divisão por zero na função, e tal operação não é
definida.
(x − 1)(x − 5)
(b) f (x) = = x − 5. O formato geral do gráfico é o de uma reta.
x−1
(c) É necessário deixar claro no gráfico que a função não está definida (não tem valor) para
x = 1. Fazemos isso usando o símbolo de uma bola aberta no ponto (1, f (1)) = (1, −4).

x
1 5

−4
−5

x2 − 6x + 5
(d) Tende ao valor −4, ou seja, lim = −4. Mas não há valor definido para
x→1 x−1
a função em x = 1, ou seja, f (1) não está definido. Em outras palavras: x = 1 não
pertence ao domínio dessa função.

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x2 − 6x + 5
(e) g(1) = −4. lim = −4.
x→1 x−1

x
1 5

−4
−5

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Questão 15:
Deseja-se construir uma cerca retangular que faça borda com uma parede bem longa, a qual já
está de pé. Não é necessário colocar cerca no lado que já tem parede, e há material suficiente
para construir 1000 m de cerca. Pretende-se maximizar a área cercada.
(a) Escreva uma expressão para a área cercada (A) em função da largura (L) e comprimento
(C) da cerca retangular. Considere como “comprimento” a direção alinhada com a parede.
(b) Utilizando a restrição do enunciado, reescreva a área cercada em função apenas da largura
(direção perpendicular à parede). Faça um esboço do gráfico dessa função para L > 0.
(c) Observando seu esboço, há um ponto bem definido que maximize a área nessas condições?
Qual é o sinal da inclinação da reta tangente logo antes desse ponto de máximo? E logo
depois?
(d) Obtenha uma expressão para a derivada A0 (L).
(e) Faça uma tabela para A(L) e A0 (L) respectivos a L = 100, 200, 300, 400, 500.
(f) Baseado na tabela, em qual intervalo [Le , Ld ] de valores da largura se encontra o máximo
da função A(L)? Qual é o sinal da derivada em Le ? E em Ld ?
(g) Obtenha o valor de L que faça a derivada A0 (L) ser zero, e em seguida use essa largura
para calcular o valor da área respectiva. Esta é largura que maximiza a função A(L)
da questão. Retorne ao seu gráfico do item (b) e responda: qual é a inclinação da reta
tangente no ponto de máximo?

Solução:

(a) A = L ∗ C.

(b) 1000 = 2L + C =⇒ C = 1000 − 2L. Substituindo: A(L) = −2L2 + 1000L.

·105
y
1.5

0.5

x
100 200 300 400 500

(c) Sim, há ponto de máximo. O sinal da inclinação da reta tangente logo antes do
máximo é positivo (“para cima”, “subindo” ). O sinal da inclinação da reta tangente
logo depois do máximo é negativo (“para baixo”,“descendo”).

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(d) A0 (L) = −4L + 1000.

(e)

L 100 200 300 400


A(L) 80000 120000 120000 80000
A0 (L) 600 200 -200 -600

(f) [Le , Ld ] = [200, 300].

(f) [Le , Ld ] = [200, 300]. O sinal da derivada em Le = 200 é positivo (A0 (200) = 200). O
sinal da derivada em Ld = 300 é negativo (A0 (300) = −200).

(g) Achar L∗ que zera A0 (L∗ ), ou seja A0 (L∗ ) = 0 =⇒ −4L∗ +1000 = 0 =⇒ L∗ = 250. O
valor de largura L∗ = 250 é a largura que maximiza a área cercada A(L). Substituindo,
a área cercada máxima nas condições da questão é A(L∗ ) = 125000.
Observando o gráfico, a inclinação da reta tangente no ponto de máximo é zero
(tangente em direção horizontal).

• Note que para o ponto de máximo, a inclinação da reta tangente era positiva logo
antes do máximo, se tornou zero no máximo, e depois ficou negativa após o máximo.
Visualize como isso significa um formato de uma “montanha” no gráfico (concavidade
para baixo).

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