Código de Ética TRT - 1 Região
Código de Ética TRT - 1 Região
Código de Ética TRT - 1 Região
Seção I
Do Código, Abrangência e Aplicação
Art. 1º Este Código de Ética estabelece os princípios e normas de conduta ética aplicáveis aos
servidores do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região, sem prejuízo da observância dos
demais deveres e proibições legais e regulamentares.
Seção II
Dos Objetivos
I – tornar explícitos os princípios e normas éticos que regem a conduta dos servidores e a ação
institucional, fornecendo parâmetros para que a sociedade possa aferir a integridade e a lisura
das ações e do processo decisório adotados no Tribunal para o cumprimento de seus objetivos
institucionais;
III – reduzir a subjetividade das interpretações pessoais sobre os princípios e normas éticos
adotados no Tribunal, facilitando a compatibilização dos valores individuais de cada servidor
com os valores da instituição;
V - oferecer, por meio do Subcomitê de Ética, uma instância de consulta, visando a esclarecer
dúvidas quanto à conformidade da conduta do servidor com os princípios e normas de conduta
nele tratados.” (NR) (Inciso alterado pela Resolução Administrativa nº 10, de 2 de fevereiro de
2023, disponibilizada em 8/2/2023, no DEJT, Caderno Administrativo)
CAPÍTULO II
DOS PRINCÍPIOS E VALORES FUNDAMENTAIS
Seção I
Dos Princípios Fundamentais
Art. 3º São princípios e valores fundamentais a serem observados pelos servidores do Tribunal
Regional do Trabalho da 1ª Região, no exercício do seu cargo ou função:
VI – a efetividade: realizar ações com qualidade e eficiência de modo a cumprir sua função
institucional;
VII – a ética: agir com honestidade, integridade e imparcialidade em todas as ações;
XI – o sigilo profissional;
XII – a transparência: praticar ações com visibilidade plena no cumprimento das atribuições;
XIII – a competência; e
Parágrafo único. Os atos, comportamentos e atitudes dos servidores incluirão sempre uma
avaliação de natureza ética, em conformidade com os valores institucionais.
Art. 4º Salvo os casos previstos em lei, a publicidade dos atos administrativos constitui requisito
de eficácia e moralidade, configurando sua inobservância desvio ético.
Seção II
Dos Direitos
I – trabalhar em ambiente adequado, que preserve sua integridade física, moral, mental e
psicológica;
V – ter respeitado o sigilo das informações de ordem pessoal, que somente a ele digam
respeito, inclusive médicas, ficando restritas somente ao próprio servidor e ao pessoal
responsável pela guarda, manutenção e tratamento dessas informações; e
Seção III
Dos Deveres
IV – desempenhar, com zelo e eficiência, as atribuições do cargo ou função de que seja titular;
X – dar ciência imediatamente à chefia competente de todo e qualquer ato ou fato que seja
contrário ao interesse público, prejudicial ao Tribunal ou à sua missão institucional, de que
tenha tomado conhecimento em razão do cargo ou função;
XIV – cumprir, de acordo com as normas de serviço, ordens e instruções superiores, as tarefas
de seu cargo ou função;
XV – facilitar a fiscalização de todos os atos ou serviços por quem de direito, prestando toda
colaboração ao seu alcance;
XVI – declarar seu impedimento ou suspeição nas situações que possam afetar o desempenho
de suas funções com independência e imparcialidade;
XVIII – manter sob sigilo dados e informações de natureza confidencial obtidos no exercício de
suas atividades ou, ainda, de natureza pessoal de colegas e subordinados que só a eles digam
respeito, aos quais tenha acesso em decorrência do exercício profissional, informando à chefia
imediata ou à autoridade responsável quando tomar conhecimento de que assuntos sigilosos
ou venham a ser revelados;
XIX – exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento, pondo fim ou procurando
prioritariamente resolver situações procrastinatórias, principalmente diante de filas ou de
qualquer outra espécie de atraso na prestação dos serviços pelo setor em que exerça suas
atribuições.
XXI – manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho, seguindo os métodos mais
adequados à sua organização.
Seção IV
Das Vedações
I – praticar qualquer ato que atente contra a honra e a dignidade de sua função pública, os
compromissos éticos assumidos neste Código e os valores institucionais;
III – praticar ou compactuar com ato contrário à ética e ao interesse público, por ação ou
omissão, direta ou indiretamente, mesmo que tal ato observe as formalidades legais e não
cometa violação expressa à lei;
V – adotar qualquer conduta que interfira no desempenho do trabalho ou que crie ambiente
hostil, ofensivo ou intimidar, tais como ações tendenciosas geradas por simpatias, antipatias ou
interesses de ordem pessoal, sobretudo e especialmente o assédio sexual de qualquer
natureza ou o assédio moral, consistente em desqualificar outra pessoa, por meio de palavras,
gestos ou atitudes que ofendam a autoestima, a segurança, o profissionalismo ou a imagem;
VII – usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito por qualquer
pessoa;
XIII – apoiar instituição que atente contra a moral, a honestidade ou a dignidade da pessoa
humana;
XIV – ausentar-se injustificadamente de seu local de trabalho;
XVII – manter sob subordinação hierárquica cônjuge, companheiro ou parente em linha reta,
colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive;
XXII – solicitar, sugerir, provocar ou receber, para si ou para outrem, mesmo em ocasiões de
festividade, qualquer tipo de ajuda financeira, gratificação, comissão, doação, presentes ou
vantagens de qualquer natureza, de pessoa física ou jurídica interessada em sua atividade;
XXIV – retirar da repartição pública, sem estar legalmente autorizado, qualquer documento,
livro ou bem pertencente ao patrimônio público;
XXV – fazer uso de informações privilegiadas, obtidas no âmbito interno de seu serviço, em
benefício próprio ou de terceiros;
Parágrafo único. Não se consideram presentes para os fins do inciso XXII deste artigo os
brindes que:
Seção V
Das Regras Específicas para Servidores Ocupantes de Cargos ou Funções de
Natureza Gerencial
III – abster-se de cientificar servidor sob sua chefia, previamente, sobre a exoneração ou
dispensa de cargo ou função comissionada; e
b) do mérito de questão que lhe for submetida, para análise individual ou em órgão colegiado,
salvo aquela de conhecimento geral.
Art. 10. É permitido ao servidor o exercício não remunerado de encargo de mandatário, desde
que não implique a prática de atos de comércio ou outros incompatíveis com o exercício do
cargo ou função, nos termos da lei.
Art. 11. No relacionamento com outros órgãos e servidores da Administração, o servidor deverá
esclarecer a existência de eventual conflito de interesses, bem como comunicar circunstância
ou fato impeditivo de sua participação em decisão coletiva ou em órgão colegiado.
Art. 12. As propostas de trabalho ou de negócio no setor privado, bem como negociação que
envolva conflito de interesses deverão ser imediatamente informadas pelo servidor à
Administração do Tribunal, independentemente de aceitação ou rejeição.
“CAPÍTULO III
DO SUBCOMITÊ DE ÉTICA
Seção I
Da Composição
Art. 13. O Subcomitê de Ética será composto por três membros titulares e respectivos(as)
suplentes, todos(as) servidores(as) efetivos(as) e estáveis, designados(as) por Ato da
Presidência do Tribunal dentre aqueles(as) que nunca sofreram punição administrativa ou
penal, um(as) deles(as) indicado(a) pelo(a) Ouvidor(a).
§ 3o Ficará suspenso do Subcomitê, até o trânsito em julgado, o membro que vier a ser
indiciado criminalmente, responder a processo administrativo disciplinar ou transgredir a
qualquer dos preceitos deste Código. ).
Art. 14. Quando o assunto a ser analisado envolver parentes ascendentes, descendentes ou
colaterais até o terceiro grau de integrante titular do Subcomitê de Ética, este ficará impedido
de participar do processo, assumindo automaticamente o respectivo suplente.
Art. 15. No caso de desvio ético de componente do Subcomitê, será designado, por Ato da
Presidência do Tribunal, Subcomitê Especial de Ética.
Parágrafo único. Eventuais conflitos de interesse que possam surgir em função do exercício
das atividades profissionais de componente do Subcomitê deverão ser informados aos demais
membros.
Art. 17. Não haverá remuneração pelos trabalhos desenvolvidos no Subcomitê de Ética, os
quais serão considerados prestação de relevante serviço público e constarão na ficha funcional
do servidor.
Art. 18. Cessará a investidura de membros do Subcomitê de Ética com a extinção do mandato,
a renúncia, por desvio disciplinar ou ético, constatado pelo Subcomitê Especial de Ética ou por
decisão judicial transitada em julgado em processo criminal.” (NR) (Alterados os artigos do 13
ao 18 e respectivos parágrafos pela Resolução Administrativa nº 10, de 2 de fevereiro de 2023,
disponibilizada em 8/2/2023, no DEJT, Caderno Administrativo)
Seção II
Da Competência
VII - apresentar o relatório anual das atividades do Subcomitê” (NR) (Alterado o artigo 19 e
respectivo inciso VII pela Resolução Administrativa nº 10, de 2 de fevereiro de 2023,
disponibilizada em 8/2/2023, no DEJT, Caderno Administrativo)
“Seção III
III - delegar competências para tarefas específicas aos demais integrantes do Subcomitê; e
“Seção IV
Art. 22. As matérias em exame nas reuniões do Subcomitê referentes à apuração de caso
concreto de infração ao Código de Ética serão consideradas de caráter sigiloso.
Art. 23. Havendo necessidade, será autorizada, por Ato da Presidência do Tribunal, a
dedicação integral e exclusiva dos servidores designados para integrar o Subcomitê.” (NR)
(Alterados o título da Seção IV do Capítulo III e o caput dos artigos 21, 22 e 23 pela Resolução
Administrativa nº 10, de 2 de fevereiro de 2023, disponibilizada em 8/2/2023, no DEJT,
Caderno Administrativo)
“Art. 23-A O Gabinete da Secretaria de Gestão de Pessoas (SGP-GAB) atuará como Unidade
de Apoio Executivo (UAE) do Subcomitê de Ética e cuidará de aspectos relativos à
organização, transparência e comunicação do colegiado.
CAPÍTULO IV
DAS NORMAS GERAIS DO PROCEDIMENTO
“Art. 24. Ao receber denúncia, por escrito e fundamentada, contra servidor por suposta
infração às normas constantes neste código, o Subcomitê de Ética encaminhará o assunto à
Presidência, a quem caberá baixar portaria destinada a instaurar processo de apuração.
Art. 25. O Subcomitê de Ética deverá comunicar a instauração do processo ao envolvido, com
imediata ciência ao Diretor-Geral, Secretário-Geral Judiciário ou Secretário-Geral da
Presidência, observada a hierarquia a que aquele estiver hierarquicamente vinculado.
Art. 26. É garantido ao envolvido pleno acesso aos autos, o contraditório e a ampla defesa,
com os meios e recursos a eles inerentes.
§ 1º O envolvido terá o prazo de cinco dias, contados de sua notificação, para formalizar sua
defesa prévia e indicar as provas que pretende produzir.
§ 2º Após a fase instrutória, será concedido ao servidor prazo de cinco dias para apresentar
razões finais de defesa.
Art. 27. Até a conclusão final, todos os expedientes de apuração de infração ética terão a
chancela de “restrito”.
Art. 28. O Subcomitê poderá, a qualquer tempo, solicitar informações a respeito da matéria sob
seu exame, colher depoimentos e promover diligências que considerar necessárias.
Parágrafo único. As autoridades competentes e/ou gestores não poderão alegar sigilo para
deixar de prestar informação solicitada pelo Subcomitê de Ética, salvo as classificadas como
sigilosas em legislação.
Art. 31. A conclusão dos trabalhos de apuração se dará no prazo máximo de 30 (trinta) dias,
após a instauração do processo, admitida a prorrogação por igual período.
Art. 35. A penalidade de censura ética decorrente da aplicação deste Código, após o trânsito
recursal, será registrada nos assentamentos funcionais do servidor.
§1º A penalidade de que trata o caput deste artigo terá seu registro cancelado após o decurso
de 3 (três) anos de efetivo exercício, se o servidor não houver, nesse período, praticado nova
violação às normas estipuladas neste Código.
§2º Na hipótese de constar registro de aplicação de censura ética referente aos últimos três
anos, a Secretaria de Gestão de Pessoas deverá incluir esta informação nos procedimentos
relativos à designação de servidor para funções comissionadas ou para nomeação de cargos
em comissão.
CAPÍTULO V
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 36. O disposto neste Código aplica-se, no que couber, a todo aquele que, mesmo
pertencendo a outra instituição, preste serviço ou desenvolva qualquer atividade junto ao
Tribunal, de natureza permanente, temporária ou excepcional, ainda que sem retribuição
financeira por parte do Tribunal.
Art. 37. Todo ato de posse em cargo efetivo ou em cargo em comissão deverá ser
acompanhado da prestação de compromisso de acatamento e observância das regras
estabelecidas pelo Código de Ética do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região.
Art. 38. Os casos omissos serão decididos pelo Presidente do Tribunal Regional do Trabalho
da 1ª Região.