Estrutura Fina

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IX Simpósio Paranaense de Ensino de

Física e Astronomia

A Constante de Estrutura Fina: Fundamentos, Aplicações e Implicações na Física


Moderna

La Constante de Estructura Fina: Fundamentos, Aplicaciones e Implicaciones en la Física


Moderna

The Fine-Structure Constant: Fundamentals, Applications, and Implications in Modern


Physics

Yudi Cirilo Harano


Colégio Anglo Maringá, NUPINA
[email protected]

Vitor Gabriel Fernandes Santos


Colégio Anglo Maringá, NUPINA
[email protected]

Cláudio Ichiba
Colégio Anglo Maringá, NUPINA (orientador),
[email protected]

Resumo: Este artigo discute a constante de estrutura fina (α), um parâmetro adimensional
crucial na física, que caracteriza a força da interação eletromagnética entre partículas
carregadas. A constante foi inicialmente introduzida para explicar as variações sutis nas linhas
espectrais dos átomos, conhecidas como estrutura fina. Além de conectar a teoria quântica e a
relatividade, α é fundamental para a precisão em previsões teóricas e experimentais na física
moderna. O estudo revisa a origem teórica da constante, suas aplicações e implicações,
destacando sua relevância no entendimento das interações subatômicas e no comportamento
da luz e da matéria. A constante de estrutura fina é, portanto, essencial para a compreensão
das leis universais da física.
Palavras-chave: constante de estrutura fina; interação eletromagnética; física quântica.

Resumen: Este artículo discute la constante de estructura fina (α), un parámetro


adimensional crucial en la física, que caracteriza la fuerza de la interacción
electromagnética entre partículas cargadas. La constante fue inicialmente introducida para
explicar las variaciones sutiles en las líneas espectrales de los átomos, conocidas como
estructura fina. Además de conectar la teoría cuántica y la relatividad, α es fundamental
para la precisión en las predicciones teóricas y experimentales en la física moderna. El
estudio revisa el origen teórico de la constante, sus aplicaciones e implicaciones, destacando
su relevancia en la comprensión de las interacciones subatómicas y en el comportamiento de
la luz y la materia. La constante de estructura fina es, por lo tanto, esencial para la
comprensión de las leyes universales de la física.
Palabras-clave: constante de estructura fina; interacción electromagnética; física cuántica.

1
Abstract: This article discusses the fine-structure constant (α), a crucial dimensionless
parameter in physics that characterizes the strength of the electromagnetic interaction
between charged particles. The constant was initially introduced to explain subtle variations
in the spectral lines of atoms, known as fine structure. In addition to linking quantum theory
and relativity, α is fundamental to the accuracy of theoretical and experimental predictions in
modern physics. The study reviews the theoretical origin of the constant, its applications, and
implications, highlighting its relevance in understanding subatomic interactions and the
behavior of light and matter. The fine-structure constant is, therefore, essential for
understanding the universal laws of physics.
Keywords: fine-structure constant; electromagnetic interaction; quantum physics.

1 INTRODUÇÃO

Por que a matemática é a linguagem das Ciências da Natureza?


Galileu Galilei no livro O Ensaiador, escreve:

A filosofia encontra-se escrita neste grande livro que continuamente se abre perante
nossos olhos (isto é, o universo), que não se pode compreender antes de entender a
língua e conhecer os caracteres com os quais está escrito. Ele está escrito em língua
matemática, os caracteres são triângulos, circunferências e outras figuras
geométricas, sem cujos meios é impossível entender humanamente as palavras; sem
eles nós vagamos perdidos dentro de um obscuro labirinto. (Galilei, G. O Ensaiador.
Coleção Os Pensadores. São Paulo: Ed. Nova Cultural, 1999, p. 46).

Nós reconhecemos que há ordem na natureza – padrões, por exemplo, a sucessão dos
dias, das estações do ano, a regularidade das migrações das aves, o ciclo lunar, o ciclo das
marés, entre tantas outras (Sagan, 1997). Esse padrão pode ser descrito, explicado e previsto
por meio de uma linguagem (Bronowski, 1997), pois há um comportamento a ser contado.
A linguagem estrutura uma troca simbólica - capacidade de possibilitar comunicação
(Liráucio, 2016). A comunicação nas Ciências da Natureza, em especial na física, tem
característica própria: transmitir ideias sem ambiguidade (Hewitt, 2002). Para tanto, elas
devem ser expressas em símbolos sem duplos significados e o argumento lógico que mostra
as relações entre os conceitos deve ser compacto. Assim, a linguagem adequada que possui
essas características é a matemática.
A física utiliza-se da matemática porque lida com grandezas, coisas que podem ser
quantificadas, ou seja, medidas. Quantificar uma grandeza é fazer comparação (maior, menor
ou igual) com outra medida de mesma natureza (Hewitt, 2002). A matemática expressa as
relações entre as grandezas físicas. Essas relações expressam a troca simbólica, ou seja,
apresentam a nossa capacidade de comunicar como interpretamos os eventos da natureza.
A capacidade da matemática de representar a realidade por meio de símbolos e
equações faz dela não apenas uma ferramenta, mas uma forma de linguagem que transcende
barreiras culturais e temporais, permitindo uma comunicação universal entre cientistas
(Barrow, 1994).
As equações que representam a síntese das leis da natureza contêm certos números
invariantes chamados de “constantes físicas”. Barrow (1994) afirma que,

Há algo de muito atraente na permanência. Sentimos instintivamente que coisas que


permaneceram inalteradas por séculos devem ter algum atributo intrinsecamente
bom. Resistiram ao teste do tempo.
[...]

2
Dar, a uma quantidade o epíteto de “constante da natureza” é atribuir-lhe uma
condição privilegiada no esquema das coisas. (Barrow, J. D. Teorias de Tudo – A
Busca da Explicação Final. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1994, p. 122).

Os físicos, consideram que “certas quantidades, como a velocidade da luz, c , a


constante gravitacional de Newton, G , e a massa dos elétrons, me, sejam sempre iguais em
qualquer momento ou lugar do Universo. Em torno delas são construídas as teorias da física”
(Barrow, J. D.; Webb, J. K, 2005). Esses valores, entre outros, asseguram a consistência das
leis físicas em diferentes contextos. Um exemplo dessa invariabilidade é a velocidade da luz

relatividade (Hewitt, 2002). Na eletrodinâmica clássica, 𝑐 aparece nas equações de Maxwell,


no vácuo (𝑐), que desempenha um papel central tanto na eletrodinâmica quanto na

que descrevem a propagação das ondas eletromagnéticas no vácuo, estabelecendo que a luz se

teoria da relatividade especial de Einstein, onde 𝑐 não é apenas a velocidade de propagação


propaga com uma velocidade constante no vácuo. Essa mesma constante é fundamental na

da luz, mas também o limite superior de velocidade para qualquer partícula ou informação no

disso, c é também central na equação de equivalência massa-energia de Einstein, 𝐸 = 𝑚𝑐²,


universo, imutável para todos os observadores independentemente de seus referenciais. Além

(Nogueira, 2017).
Para Barrow (2005), a precisão na determinação desses valores é vital, pois influencia
diretamente a precisão das previsões teóricas e a confiabilidade dos experimentos científicos.
Além de sua importância teórica, as constantes físicas são reflexos das características
intrínsecas do universo. Essas constantes fornecem uma compreensão profunda da estrutura
do universo, mostrando como as forças fundamentais e as partículas interagem em escalas
variadas, desde o microscópico até o cosmológico. Sem essas constantes, as leis físicas que
conhecemos não teriam a mesma forma, e o próprio universo seria substancialmente diferente.
Entre esses números,

É preciso concentrar a atenção sobre constantes que não têm unidades – são
números puros -, de maneira que seus valores sejam os mesmos em qualquer
sistema. Um exemplo simples é a razão entre duas massas, como a do próton e a do
elétron. (BARROW, J. D .; WEBB, J. K. Constantes Inconstantes. Scientific
American Brasil, São Paulo, Ano 4, n. 38, jul. 2005, p. 30).

Entre essas constantes físicas, há uma que desempenha um papel unificador na ciência,
conectando diferentes áreas do conhecimento combinando a velocidade da luz no vácuo, c, a
carga elétrica do elétron, e, a constante de Planck, h, e a chamada permissividade do vácuo,

0, chamada de constante de estrutura fina (α = 2 ε hc ). Ela é um exemplo de como uma única
0
constante pode interligar a eletrodinâmica quântica e a física de partículas, contribuindo para
a unificação das forças fundamentais da natureza (Codata, 2018). Essa interconexão é
fundamental para o desenvolvimento de teorias abrangentes que buscam descrever o universo
de forma coerente e integrada, sugerindo que as constantes físicas não apenas caracterizam,
mas também conectam os diferentes aspectos da realidade física.
No presente trabalho iremos apresentar a constante de estrutura fina (𝛼) como uma
quantidade que possui um papel central na descrição da interação eletromagnética. Sua
importância transcende os limites da teoria quântica, influenciando a compreensão das

comportamento da luz e da matéria em escalas microscópicas. A precisão com que 𝛼 é


interações entre partículas subatômicas e moldando a forma como interpretamos o

conhecida tem implicações diretas para a validade de modelos teóricos e para a precisão das
previsões experimentais. As bases teóricas que fundamentam a constante de estrutura fina,

3
analisa como ela se integra nos modelos existentes e explorando as possíveis implicações de
variações na sua magnitude para o nosso entendimento do universo.

2 APORTE TEÓRICO

A constante de Estrutura Fina (α), foi introduzida por Arnold Johannes Wilhelm
Sommerfeld a fim de encontrar a explicação da divisão relativística das linhas espectrais
atômicas e a capacidade da força eletromagnética (Braga, 2016). Ela é adimensional e isso
significa que se existisse qualquer civilização inteligente no universo, além da nossa, eles
conseguiriam chegar ao mesmo número, independentemente das suas unidades de medidas
tornando-se uma constante universal.
No início do século XX, os físicos precisavam explicar as linhas espectrais do átomo
de hidrogênio, na qual a teoria de Bohr era eficaz apenas ao descrever as linhas principais,
mas não obtinha resultados satisfatórios com o fenômeno conhecido como estrutura fina das
linhas espectrais (Eisberg; Resnick, 1979). A estrutura fina refere-se aos pequenos detalhes
nas linhas espectrais que não podiam ser explicados apenas pela teoria de Bohr. Sommerfeld
resolveu esse problema ao introduzir a ideia de que os elétrons não se moviam apenas em
órbitas circulares, mas em órbitas elípticas, e ao incorporar os conceitos da teoria da
relatividade restrita e o momento angular orbital (Sherbon, 2019). Ele generalizou o modelo
de Bohr, incluindo correções relativísticas e magnetostáticas, que resultaram no
desdobramento das linhas espectrais que observamos nos espectros atômicos. Esta abordagem
forneceu uma explicação mais precisa das diferenças nas energias dos níveis atômicos e a
base para a constante de estrutura fina como um parâmetro crítico (Braga, 2016).
Para entender essa constante, primeiramente devemos falar de outras constantes que
fazem parte dela. São elas: a velocidade da luz no vácuo, c, a constante de Planck, h, a carga
elétrica do elétron, e, e a chamada permissividade do vácuo, 0.
Nos casos da carga do elétron, e = 1,6002711. 10−19 C, e da permissividade do vácuo,
2
−1 2 C
0 = 8 , 854 . 10 2 são constantes intrínsecas ao elétron e ao espaço que o rodeia (vácuo).
N .m
Todavia, a velocidade da luz no vácuo e a constante de Planck necessitam de uma melhor
compreensão.

2.1. VELOCIDADE DA LUZ NO VÁCUO (c)

James Clerk Maxwell, descobriu que a velocidade da luz no vácuo era constante e igual
para todo o espectro eletromagnético (Gaspar, 2002). Ele chegou a essa conclusão
qualitativamente e quantitativamente após ser influenciado pelas ideias de seu mentor e amigo
Michael Faraday que considerou que a luz era uma forma de onda eletromagnética (Tyson,
2014).
Qualitativamente, Maxwell argumentou que a luz era produzida pela contínua
regeneração da oscilação de um campo eletromagnético, então se questionou: o que
aconteceria se a luz desacelerasse ou acelerasse em seu caminho no vácuo (Hewitt, 2002)? Se
a luz diminuísse a sua velocidade, seu campo elétrico oscilante mais fraco geraria um campo
magnético oscilante mais fraco, que por sua vez geraria o próximo campo elétrico ainda mais
fraco, que numa sucessão faria a onda se extinguir. Mas aí haveria um problema: o que
aconteceria com a energia desse campo magnético que se extinguiu? Uma análise semelhante,
porém, inversa seria se a luz acelerasse, de onde viria a energia extra? Esses dois aspectos são

4
incompatíveis com o princípio da conservação da energia. Portanto, concluiu ele, a velocidade
da luz no vácuo é constante.
Quantitativamente, ele obteve a velocidade da luz no vácuo, c, ao se utilizar da lei de
Faraday e com isso relacionar os vetores campo elétrico (E) e magnético (B) (Chaves, 2007)

E
c= , (1)
B
que leva a

1 1 m
c= = = 299 792 458 ,
√ μ0 ε 0

s
( )
2
-7 Tm -12 C
4π.10 .8,854187817.10 ( )
A N.m
2

(2)
que de fato é uma velocidade constante.

2.2 CONSTANTE DE PLANCK – QUANTUM E DUALIDADE ONDA -


PARTÍCULA

No final do século XIX, a teoria eletromagnética a respeito da luz começou a ser


questionada a partir de algumas incongruências experimentais. Um desses experimentos
levou a descoberta do efeito fotoelétrico (Gaspar, 2002).
Heinrich Rudolf Hertz em 1887, quando estudava a emissão e recepção de ondas
eletromagnéticas realizou um experimento, na quais faíscas elétricas eram produzidas em
intervalos de tempos iguais (Gaspar, 2002). Essas centelhas geravam ondas
eletromagnéticas que eram detectadas por uma antena receptora na forma de um anel de
metal aberto com uma das extremidades contendo uma esfera de cobre e a outra de latão,
Figura 1. Ao produzir a faísca na antena emissora, surgia uma pequena centelha na abertura
do anel da antena receptora. Isto indicava a detecção de uma onda eletromagnética
incidente.

Figura 1 – Equipamento original de Hertz para produção de um pulso eletromagnético

5
Fonte: http://www.sarmento.eng.br/Historia/HERTZ_TABLE.JPG

Este experimento foi feito com ondas na faixa das ondas de rádio. No entanto, quando
a centelha secundária (na abertura da antena receptora) era iluminada diretamente pela luz da
centelha primária (na abertura da antena emissora) o brilho da centelha secundária era mais
intenso (Nussenzveig, 2010). O efeito fotoelétrico como ficou conhecido é a emissão de
elétrons excitados de um material, geralmente metálico, quando exposto a uma radiação
eletromagnética (como a luz ultravioleta) de frequência suficientemente alta e que depende do
material.
Philipp Eduard Anton von Lenard, verificou posteriormente que o aumento na
intensidade das faíscas observadas por Hertz era um aumento na emissão de elétrons, quando
os terminais metálicos da antena eram irradiados pela luz ultravioleta. Lenard, chamou esses
elétrons emitidos de foto-elétrons (Hewitt, 2002).
Esse efeito não foi surpresa para os cientistas que acreditavam na teoria
ondulatória da luz, pelo contrário, já era previsto (Hewitt, 2002). Pela teoria vigente na
época, a emissão de elétrons podia ser explicada pela absorção das ondas luminosas.
Neste caso, os elétrons passariam a oscilar com mais energia, portanto com amplitudes
maiores. Se a frequência de oscilação da luz fosse a mesma frequência natural de
oscilação do elétron, então a sua absorção seria mais eficiente, ou seja, ressonante. Deste
modo, ao atingir um limite de energia, os elétrons finalmente se livrariam da superfície
do metal. Se a luz fosse fraca e ressoante, levaria mais tempo para isso acontecer, se a
luz fosse mais intensa e ressoante, levaria menos tempo. Se a luz não fosse ressoante,
dificilmente arrancaria os elétrons. Como se esperava que a frequência de vibração dos
elétrons dos metais fosse grande, logo se acreditava que a radiação ultravioleta com alta
frequência fosse capaz de produzir o efeito (Nussenzveig, 2010).
Sendo assim, como o efeito fotoelétrico abalou a teoria ondulatória da luz?

O que chamou a atenção de Lenard e outros foi o que não se previu (Eisberg;
Resnick, 1979):
- os elétrons eram imediatamente emitidos quando a luz incidia sobre o metal
polido mesmo quando a luz era fraca;
- quando se aumentava a frequência sem aumentar a intensidade os elétrons
arrancados eram mais energéticos (maior energia cinética);
- quando se aumentava a intensidade e não a frequência, aumentavam o número
de elétrons emitidos.

Assim, foram levantadas três questões:


- Por que não há um retardo na emissão dos elétrons quando a luz é fraca?
- Por que para determinada frequência, o número de elétrons emitidos pela placa
metálica iluminada é proporcional à intensidade da luz incidente na placa?
- Por que a energia cinética dos elétrons emitidos pela placa é proporcional à
frequência da radiação incidente, não depende da intensidade dessa radiação?

A resposta a estas questões fizeram com que a natureza da luz fosse novamente
reformulada.
O fato de acender uma luz ultravioleta mais intensa e arrancar apenas maior
número de elétrons e não com mais energia causava muita estranheza. Tanto quanto
uma luz vermelha muito intensa não arrancar nenhum elétron, enquanto uma luz
ultravioleta fraca ejetava um número pequeno, mais com energia individual alta. Estes
resultados pareciam contraintuitivos.

6
No modelo clássico do átomo, o elétron está se movendo continuamente com
aceleração diferente de zero. Entretanto, uma carga acelerada, emite radiação, e por
conseguinte perde energia de forma também contínua, aproximando-se do núcleo
(Nussenzveig, 2010). Por conseguinte, de forma contrária, quanto mais energia o
elétron recebe continuamente, mais continuamente distante ele estaria do núcleo, ver
sequência na figura 2. Em ambos os casos, o átomo apresenta dificuldades insuperáveis
pela física clássica. O primeiro pelo elétron colapsar para o núcleo e o segundo por ele
alcançar em algum momento uma velocidade de escape orbital.

Figura 2 – modelo clássico de átomo com o elétron recebendo energia luminosa de forma contínua se
afastando continuamento do núcleo.

Fonte: autores (2024)

De forma independente, e estudando a radiação térmica, Max Karl Ernst Ludwig


Planck forneceu uma peça fundamental para esse quebra-cabeça físico (Hewitt, 2002). Ele
considerou que os elétrons e até mesmo os átomos vibravam em quantidades discretas de
energia, que ele chamou de quanta no plural e quantum no singular. O quantum
representava a unidade elementar, indivisível, de energia eletromagnética da matéria. Esse
conceito limitava as possibilidades energéticas que as partículas poderiam ter. No caso dos
elétrons, por exemplo, eles não poderiam ter qualquer valor de energia e estar a qualquer
distância do núcleo, por outro lado, eles poderiam ter apenas alguns valores bem definidos,
um quantum de energia, para uma determinada distância. Isto significa que eles não podiam
se afastar de forma contínua do núcleo atômico, mas apenas aos saltos. No caso dos
elétrons, segundo Planck, eles poderiam fazer apenas saltos entre níveis diferentes de
energia – saltos quânticos.
Para isso acontecer o elétron recebe a energia quantizada, ou seja, ele recebe um
valor de energia igual a diferença entre um nível e outro capaz de promovê-lo num salto
quântico, ver sequência na figura 3 (Hewitt, 2002)

Figura 3 – salto quântico do elétron de um nível de menor para outro de maior energia.

7
Fonte: autores (2024)

A medida desse pacote de energia, variação de energia entre um nível e outro (E), um
quantum, foi proposto por Planck como sendo proporcional à diferença de frequência de
vibração (f – f0) do elétron entre cada nível de energia na forma da equação

ΔE = h .(f - f 0 ),
(3)

onde f é a frequência final, f0 é a frequência inicial e h é a constante de proporção


denominada constante de Planck, cujo valor é

h = 6,62607015.10-34J.s. (4)

Pela equação (3) a energia do elétron num nível energético é dada por

E=h . f. (5)

Em 1905 Albert Einstein, publicou um artigo com o título Sobre um Ponto de Vista
Heurístico a Respeito da Produção e Transform ação da Luz (Nussenzveig, 2010). Ele
usou a ideia de Planck, porém estendeu o conceito de quantum à luz. Ele definiu que ela era
formada por pequenos pacotes de energia, partículas-onda de luz, que Einstein definiu como
fóton (numa analogia a próton, nêutron e elétron). Apesar de ele não ter sido o primeiro a
usar esse termo, quem fez isso foi Gilbert Newton Lewis, os fótons, segundo Einstein,
possuíam características tanto de partícula quanto de onda. No ano de 1911, Arthur Holly
Compton obteve experimentalmente a confirmação dos fótons de Einstein, quando ele
obteve experimentalmente a colisão entre um fóton e um elétron que fora desviado de sua
trajetória anterior, fenômeno conhecido como efeito Compton (Nussenzveig, 2010). A partir
disto, estava demonstrado que o fóton apresentava um comportamento material.
Louis-Victor-Pierre-Raymond, geralmente conhecido por Louis de Broglie em 1924
propôs que o caráter dual de onda-partícula não deveria caracterizar apenas a natureza da
luz, mas sim de toda a matéria (Hewitt, 2002). Para ele, um fóton – possui uma frequência e
comprimento de onda, e, portanto, tem propriedades de onda, e comporta-se também como
partícula. Simetricamente, para ele uma partícula material diminuta também deveria ter as
mesmas propriedades de uma onda. Deste modo, ele desenvolveu um trabalho teórico que
leva em conta esta hipótese, o resultado foi que o elétron, uma partícula material diminuta,
poderia se comportar como uma onda (Gaspar, 2002). No caso, bastaria igualar da equação

8
da energia relativística de uma partícula com massa m com a energia do fóton equivalente de
frequência f, obtendo assim a expressão do comprimento de onda, , de uma partícula

h
λ= , (6)
m. v

onde h é a contante de Planck e v é a velocidade da partícula.


O teste experimental foi realizado com sucesso, algum tempo depois por Clinton
Joseph Davisson e Lester Halbert Germer e de forma independente George Paget Thomson
(Gaspar, 2002). No experimento, um feixe de elétrons foi dirigido a um obstáculo muito
pequeno, segundo a qual ele sofreu uma difração semelhante ao que as ondas de raio-x
fariam para aquele comprimento de onda. A hipótese de Louis de Broglie foi estendida pela
comunidade científica a todas as partículas fundamentais que formam tanto a luz quanto a
matéria (Eisberg; Resnick, 1979).

2.3. CORES – EMISSÃO E ABSORÇÃO

Quando uma fonte vibratória, como por exemplo, uma antena tem os seus elétrons
livres vibrando ao longo de seu comprimento, a onda produzida pode estar entre as ondas de
rádio e microondas; se são moléculas ou átomos que vibram, a onda produzida deve estar
entre as microondas e o infravermelho; se são os elétrons no interior das camadas
eletrônicas dos átomos que vibram a onda pode estar entre a luz visível, ultravioleta e raios-
x; se são os núcleos atômicos que vibram, a onda pode estar entre os raios-x e os raios- 
(Trefil; Hazen, 2006). O conjunto dessas ondas é chamado de espectro eletromagnético,
ver figura 4

Figura 4 – O espectro eletromagnético relacionando a frequência, comprimento de onda com as fontes físicas.

Fonte: http://www.scb.org.br/fc/imagens/FC58_Radiacao.JPG

O modelo atômico clássico foi substituído por uma proposta apresentada em 1913,
pelo físico Niels Bohr utilizando a quantização da energia do elétron proposto anteriormente
por Planck e Einstein (BRAZ, 2002). No modelo de Bohr, havia uma restrição quanto às
orbitas permitidas para os elétrons. Ele chamou de órbitas de estados estacionários, cujos
raios seriam dados pela expressão

9
2 ε0 . h ²
r n =n . 2
, (7)
π μ.Z .e²

onde n = 1 (estado fundamental), 2, 3, 4, ... para cada órbita permitida – número quântico
principal, 0 é a permissividade elétrica do vácuo, h é a constante de Planck,  é o número
conhecido,  é a massa reduzida do elétron, e é o módulo da carga do elétron e Z é o
número atômico do elemento considerado.
A energia associada ao elétrons nas órbitas que ele denominou de nível de energia
dada por
4
−1 μ . Z ².e
En = 2 . 2
. (8)
n 8 ε0 . h ²

Deste modo, o espectro emitido ou absorvido por um átomo depende de onde o


elétron irá perder ou receber a energia – do fóton característico. Por exemplo, um elétron
que se encontra em uma camada interna de um átomo está mais próximo do núcleo e esta
posição indica o nível de energia que ele possui. Quanto mais próximo, menor é sua energia.
A absorção de energia de um fóton por um elétron, irá depender da frequência própria
característica de cada cor. Cada fóton de uma cor possui uma energia quantizada
determinada pela equação (5), E = h.f. Deste modo, quando um elétron faz o salto de um
nível para outro maior, ele absorve um fóton de energia de valor igual a diferença entre os
níveis, cuja cor é definida por essa quantidade. Quando isso acontece, o átomo com o seu
elétron absorveu uma determinada cor. Todos os átomos que tenham elétrons na mesma
condição e fazem o mesmo salto, irão absorver o espectro da mesma cor. Os elétrons que
fazem isso sofrem um processo de excitação (Hewitt, 2002), ver figura 5,

Figura 5 – Elétron de um nível de menor energia absorve um fóton com energia quantizada e realiza um salto
quântico para um nível mais energético.

Fonte: http://www.profpc.com.br/FIG7.JPG

Quando fazem o contrário, ou seja, emitem fótons quando passam de um nível mais
energético para um menos energético, é dito que sofreram um processo de relaxação, ver
figura 6,

Figura 6 – Elétron de um nível de maior energia emite um fóton com energia quantizada e realiza um salto
quântico para um nível menos energético.

10
Fonte: http://www.profpc.com.br/FIG8.JPG

No caso de luz emitida composta de várias cores visíveis elas se originam nos
elétrons excitados que se encontram distribuídos nos níveis de energia dos átomos que irão
produzir a luz. Quando esses elétrons relaxam, eles emitem fótons com frequências e
comprimentos de onda características de cada cor dessas partículas. Por exemplo, quando
um sal de estrôncio é colocado na chama de um fogareiro, a alta temperatura, portanto a
intensa agitação, e a consequentes colisões moleculares ou atômicas aleatórias fornecem a
energia de excitação. O resultado é que em seguida os elétrons relaxam e emitem fótons de
cores com frequências características. No caso do estrôncio, emite predominantemente
frequências na faixa da cor vermelha, ver figura 7 (Trefil; Hazen, 2006),

Figura 7 – chama colorida produzida pela excitação dos átomos de estrôncio durante a queima

Fonte: Marcio R. N. Padilha – Multimeios/SEED.

Se a luz desse vapor em chama passar por um prisma de vidro formará um espectro e
nesse caso é chamado de espectro de emissão, ver figura 8

Figura 8 – espectro de emissão do estrôncio produzido pela decomposição da luz da chama.

Fonte: http://tadeununessouza.blog.terra.com.br/files/2008/10/bohr-5.jpg

11
Qualquer elemento possui um espectro de emissão, na figura 9 há alguns outros tipos
de espectro, os três de cima são os espectros de emissão do hidrogênio, mercúrio e neônio
para a faixa da luz visível, figura 9(a), o de baixo é o espectro de absorção do hidrogênio,
figura 9(b). Perceba que o de emissão e absorção do hidrogênio se complementam e formam
o espectro contínuo. Isto acontece porque o mesmo fóton que é absorvido é também
emitido.

Figura 9 – espectros de emissão do hidrogênio, mercúrio e neônio 9(a) e de absorção do hidrogênio 9(b).

Fonte: http://www.physics.umd.edu/courses/Phys401/bedaque07/discrete_spectra.jpg

2.4 A CONTANTE DE ESTRUTURA FINA

O trabalho de Sommerfeld, considerou que os elétrons possam se mover em órbitas


elípticas, enquanto no de Bohr, apenas órbitas circulares. O resultado disso levou a descoberta
de que os elétrons não ocupam apenas níveis de energia, mas também se desdobram em
subníveis de energia, ver figura 10,

Figura 10 – modelos de átomo de Sommerfeld considerando valores do número quântico azimutal: l = 0, 1, 2 e 3.

Fonte: https://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2017/05/modelo-atomico-sommerfeld1.jpg
Na medida da energia obteve uma relação um pouco diferente da de Bohr (Braga.
2016) dada por,
2 4
−1 μ.Z .e
En = 2
. 2 2
, (9)
( nR + nθ ) 8 ε 0 . h

onde, n = nR + n , n é o número quântico principal, nR é o número quântico radial e n é o


número quântico azimutal. No caso do átomo de hidrogênio, nR = 0 (órbita circular) e n = 1

12
(subnível 1). A priori, isso não mostrou diferença na energia, para o átomo de hidrogênio.
Tanto a equação de Sommerfeld quanto a de Bohr, apresentam a mesma medida de energia.
Entretanto, percebe-se que para os demais átomos em que Z > 1, as órbitas elíticas apresentam
uma degenerescência (Eisberg; Resnick, 1979). Resultado que também passou a ser percebido
a medida que nos espectros de outros elementos químicos eram vistos com maior resolução.
Sommerfeld, encontra uma solução quando ele trata relativisticamente obtendo o resultado,

[ ( )]
2 4 2
−μ . Z . e α .Z ² 1 3
En = . 1+ . − , (10)
n nθ 4 n
2
2 2h
8 ε0 . n
em que a quantidade

e² ( 1,6002711. 10−19 C ) ² 1
α= = ≅
2 ε 0 hc −12 C
2
−34 m 137 ,
2.8 , 854. 10 . 2
.6,62607015. 10 N . m. s .299 792 458
N. m s

é um número puro, chamado de constante de estrutura fina.


Deste modo, Sommerfeld descobriu algo peculiar, que a diferença de energia entre as
1
linhas finas estava sempre relacionada a um múltiplo de um número específico, α = .
137
E a partir desta descoberta, foi possível perceber que em qualquer sistema de unidades
e qualquer método de organização e de contagem do universo, esse número será exatamente o
mesmo, isso significa que essa constante não está no nosso modo de padronizar as coisas.
Entretanto, Barrow (2005) observa que
Sempre que um átomo de gás absorve luz, seus elétrons saltam de um nível de
energia mais baixo para outro mais alto. Esses níveis de energia são determinados
pela capacidade do núcleo de atrair os elétrons, que por sua vez depende da
intensidade da força eletromagnética entre eles – e portanto, da constante de
estrutura fina. Se essa constante fosse diferente no momento de absorção da luz, ou
na região do Universo em que a absorção ocorreu, então a energia necessária para
fazer o elétron saltar teria sido distinta da verificada hoje em experiências de
laboratório, e os coprimentos de onda nas transições do espectro também seriam
distintos. A maneira como os comprimentos de onda muda depende sensivelmente
da configuração orbital dos elétrons. Para uma certa variação em , alguns
comprimentos de onda encurtam, enquanto outros aumentam. (BARROW, J. D .;
WEBB, J. K. Constantes Inconstantes. Scientific American Brasil, São Paulo, Ano
4, n. 38, jul. 2005, p. 32).

Por conseguinte, Barrow e Webb (2005) têm conseguido obter pequenas variações no
valor de  estatisticamente relevantes, quando medidas com precisões não antes alcançadas.

3 PERCURSO METODOLÓGICO
Este estudo sobre a constante de estrutura fina (𝛼) foi conduzido em très etapas
principais, cada uma planejada para explorar diferentes aspectos teóricos, históricos e
experimentais dessa constante fundamental.
1. Revisão Bibliográfica: O primeiro passo envolverá uma revisão abrangente da
literatura existente, com foco em trabalhos clássicos e contemporâneos a respeito da

estrutura fina. Também o contexto em que Arnold Sommerfeld, que introduziu 𝛼, foi
importância das constantes físicas e em especial aquelas que fazem parte da constante de

13
analisados. Essa revisão permitiu contextualizar a constante de estrutura fina no
desenvolvimento da física teórica.
2. Análise Teórica: Após a revisão da literatura, o estudo se concentrou na análise
teórica da constante de estrutura fina. Foram exploradas suas formulações matemáticas e

foram analisados para entender a relação entre 𝛼 e outras constantes fundamentais.


como elas se aplicam às interações eletromagnéticas no nível atômico. Modelos matemáticos

experimentais disponíveis na literatura, para compor o valor de 𝛼 por meio de medições de


3. Verificação Experimental e Discussão: A terceira etapa envolverá a análise de dados

alta precisão. Serão utilizados dados de experimentos de física de partículas e espectroscopia

teóricos, bem como sobre possíveis variações de 𝛼 em diferentes condições físicas.


de alta resolução. Discussões serão feitas sobre a consistência desses dados com os modelos

Esse percurso metodológico visou não apenas entender a constante de estrutura fina
em seu contexto histórico e teórico, mas também avaliar sua aplicabilidade e precisão em
experimentos modernos, buscando novas interpretações e possíveis variações que possam
indicar fenômenos físicos além do modelo padrão.
Este trabalho surgiu como uma proposta do NUPINA para o desenvolvimento de
alunos na iniciação científica. Os alunos escolhem o tema de trabalho dentro de uma grande
área. No caso, a grande área foi a física e o tema escolhido pelos alunos autores foi a
constante de estrutura fina.

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Como α está diretamente ligado ao eletromagnetismo gera uma consequência por ser
um número pequeno, no caso o eletromagnetismo se torna mais fraco entre as partículas,
induzindo as partículas carregadas formarem átomos ideais cujos elétrons orbitam a uma
distância magistral e saltam facilmente para longe, o que permite as ligações químicas,
significa dizer que α é uma constante de acoplamento de interação eletromagnética, em outros
termos, ela define a "força" da força eletromagnética que afeta partículas carregadas, como
elétrons e prótons a interagirem de várias formas determinadas pelo diagramas de Feynman
(Feynman, 2018). Por tanto conseguimos uma breve conclusão sobre o porquê essa constante
aparece por todos os lugares na física moderna.

Se  tivesse um valor diferente, as características essenciais do nosso mundo se


alterariam. Caso o valor fosse menor, a densidade da matéria atômica sólida
diminuiria (na proporção de ³), as ligações moleculares seriam quebradas a
temperaturas mores (²) e o número de elementos estáveis na tabela periódica
poderia aumentar (1/). Se fosse grande demais, núcleos atômicos pequenos não
poderiam existir, pois a repulsão elétrica entre os prótons superaria a força nuclear
forte, que os mantém unidos. Um valor como 0,1 desintegraria o carbono.
(BARROW, J. D .; WEBB, J. K. Constantes Inconstantes. Scientific American
Brasil, São Paulo, Ano 4, n. 38, jul. 2005, p. 30).

Os diagramas de Richard Feynman (1988) propõem a realização de cálculos de


interações fundamentais de forma eficiente e sintetizada, são representações gráficas usadas
para descrever os fenômenos eletromagnéticos. Inicialmente, foram introduzidos para
simplificar os cálculos na eletrodinâmica quântica. A EDQ (Eletrodinâmica Quântica) -
Teoria quântica de campo que estuda as interações entre a luz e a matéria, descreve
matematicamente fenômenos que envolve partículas carregadas relacionando-se com troca de
fótons, o que permite ser uma teoria com acordo total entre mecânica quântica e relatividade
especial, possibilitam uma melhor compreensão dos fenômenos ao fornecer uma
representação gráfica deles. Os estados intermediários dos digramas de Feynman, formam
uma série perturbativa, cujo parâmetro de expansão é  (Aguilar, 2018).
14
Uma das coisas mais estranhas sobre  é que ele pode não ser realmente uma
constante imutável (Barrow, 2005), ele pode alterar de forma diretamente proporcional a
energia de interação, ou seja, se a energia de interação aumentar, alfa também irá aumentar e
o mesmo acontece se a interação diminuir, um dos problemas é que não temos uma teoria da
física unificada para explicar totalmente o fenômeno de altas energias da natureza, significa
também que não sabemos qual o nível mais alto que alfa pode chegar, e o que acontecerá se
isso ocorrer. Ainda segundo Barrow, no início do Big Bang a constante de Sommerfeld
reduziu de maneira rápida à medida que as massa e energia se separaram para todos os lados,
desde então ela quase não diminui, logo no início do Universo a constante teria um valor
muito próximo de 1 mas com o decorrer do tempo diminuiu até que chegasse e estagnasse no
1/137, que realmente é ótimo para nós, pois se alfa abaixasse até 0 significaria nenhum tipo de
eletromagnetismo assim não existiria ligações ou interações entre os átomos e partículas. De
outra forma, a constante também é alta o suficiente para que os átomos tenham o tamanho
ideal para formar ligações que resultam em moléculas, pois se não os elétrons estariam
fortemente chegados do núcleo de seu átomo assim haveria divergência entre os átomos não
formando ligações químicas, e ainda alguns estudos dizem que se este valor fosse apenas 4%
menor do que é hoje não seria possível a formação do carbono a partir da morte de estrelas e
consequentemente não haveria a vida como conhecemos hoje.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Apresentar a Constante da Estrutura fina foi estimulante e uma excelente oportunidade


de aprender mais, principalmente para poder passar adiante. Este trabalho examina os
princípios dessa constante e propõe uma abordagem metodológica para torná-los
compreensíveis para jovens estudantes principalmente estimulados a querer entender
corretamente conceitos que aparecem nas mídias.
Assim, a partir deste trabalho se espera o aumento do interesse sobre o mundo
quântico e seus mistérios, para que no futuro não tão distante possa-se ter as respostas às quais
até hoje não se tem resposta.
Desta forma, esperamos que com este trabalho o leitor, tenha entendido o assunto
trabalhado assim como também tenha despertado sua curiosidade para a Física Quântica e
ciências em geral. Este texto procurou revisar os conceitos de forma rigorosa nas fontes, mas
acessível, sem a necessidade de aprofundamento específico. Pois, pretende-se levar o
conhecimento para incentivar mais alunos do Ensino Médio a se motivarem a estudarem
ciências, principalmente a Física e a Astronomia.

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