Projeto Educação Ambiental

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Projeto – Educação Ambiental Crítica

Disciplina: Educação Ambiental


Profa. Ana Paula Biondo Lhamas
Escola: Escola Estadual Rui Barbosa – Jacarezinho - PR
Ano/Série: 6º Ano
Título: Práticas educativas críticas: buscando a real apropriação do conhecimento.
Professores/professoras: Brian Martins Vilela; João Vitor Orenides; Rafaela Maria Honorio Batista.
Área do conhecimento: Ciências da Natureza Disciplina: Ciências
Objetivo de Desenvolvimento Sustentável: 4 – Educação de Qualidade
Justificativa: Este projeto busca proporcionar aos estudantes, uma educação crítica e de qualidade, para que realmente
possam alcançar uma visão crítica sobre os temas abordados e se instrumentalizem com os temas apresentados, a fim
de terem a oportunidade de uma emancipação intelectual, que venha a trazer uma emancipação cultural e financeira.
Na ODS 4 é mostrado a necessidade de uma educação de qualidade que seja relevante para o contexto sociocultural dos
estudantes. Nesse sentido, as aulas práticas proporcionam uma experiência educacional que liga o conteúdo com a
realidade dos estudantes, tornando o aprendizado mais significativo e útil. A Pedagogia Histórico-Crítica busca
exatamente essa conexão entre a teoria e a prática, a práxis, incentivando os discentes a refletirem sobre o mundo ao
seu redor e a se engajarem de maneira crítica com o conhecimento, o que contribui para uma educação transformadora.
Objetivo Geral: Promover uma educação de qualidade, com as ferramentas que estão dispostas dentro da escola
pública.

Objetivos Específicos: Realizar duas aulas práticas por mês, durante um semestre, totalizando seis aulas práticas;
Formatar essas aulas práticas utilizando como referencial teórico a Pedagogia Histórico-Crítica;
Relacionar os conteúdos e as aulas com a prática social do aluno, trazendo relevância e o pensamento crítico sobre os
temas abordados;
Habilidades do Currículo: Conhecer algumas substâncias químicas do cotidiano (H2, CO2, H2O, O2, CH4, NH3),
compreendendo que as substâncias são formadas por elementos químicos.
Compreender a diferença básica entre substâncias pura e mistura a partir de suas características macroscópicas.
(EF06CI01) Classificar como homogênea ou heterogênea a mistura de dois ou mais materiais (água e sal, água e óleo,
água e areia etc.).
(EF06CI02) Identificar evidências de transformações químicas a partir do resultado de misturas de materiais que
originam produtos diferentes dos que foram misturados (mistura de ingredientes para fazer um bolo, mistura de vinagre
com bicarbonato de sódio etc.).
(EF06CI03) Selecionar técnicas mais adequadas para a separação de diferentes sistemas heterogêneos a partir da
identificação de processos de separação de materiais.
Compreender o conceito de materiais sintéticos, reconhecendo a sua importância e presença no cotidiano.
(EF06CI04) Associar a produção de medicamentos e outros materiais sintéticos ao desenvolvimento científico e
tecnológico, reconhecendo benefícios, os riscos à saúde e avaliando impactos socioambientais.
Metodologia: O projeto será realizado na Escola Estadual Rui Barbosa, localizada em Jacarezinho no Norte do Paraná.
Será oferecido aos alunos um total de seis aulas práticas, duas por mês, no período de um trimestre. Essas aulas práticas
tem como objetivo colaborar com os conteúdos abordados no trimestre, utilizando a BNCC como base. Além de estar
alinhada com a BNCC, terá como fundamentação teórica a Pedagogia Histórico-Crítica, onde as aulas práticas serão
formuladas, buscando relacionar os conteúdos com a prática social do estudante, apresentar problemas do cotidiano e
através dos conteúdos e práticas, instrumentalizá-los para que possam superar esses problemas e/ou compreende-los
de maneira crítica. A prática social, que é comum ao estudante e ao professor, apesar de suas compreensões diferentes,
é o ponto de partida para o processo de desenvolvimento educativo, onde os discentes possuem uma compreensão
sincrética sobre a realidade a qual pertencem e o professor se encontra em síntese precária, pois ainda não obteve o
conhecimento sobre a prática social dos estudantes, a partir dessa prática social em comum inicia a problematização
(Saviani, 2012).
A problematização envolve entender os problemas impostos pela prática social e como a assimilação dos conteúdos
abordados levam o entendimento sobre estes problemas, a fim de fazer com que os estudantes compreendam a
necessidade de superação desses problemas. Para a resolução desses problemas detectados na prática social, é
necessária a apropriação teórica e prática dos conhecimentos, trazendo a dialética desses conteúdos com a sociedade e
com a história o qual foi produzido para que ele alcançasse a posição o qual está no momento se sua transmissão
(Saviani, 2012).
Projeto – Educação Ambiental Crítica
Essa instrumentalização, onde a classe trabalhadora pode se apropriar dos conhecimentos, nos leva ao clímax do
processo educativo e também novamente ao seu início. A catarse, momento ao qual o estudante se apropria das
ferramentas culturais e intelectuais, culmina em uma nova prática social, igual à do professor no início do processo
educativo, o discente passa da sua compreensão sincrética, para uma síntese e o professor ascende a sua síntese
precária a uma mais orgânica, pois têm uma nova compreensão sobre a prática social de seus estudantes, como explica
Saviani (2023. p. 3):

Pela catarse, o processo educativo atinge seu ápice, propiciando aos educandos atingir uma concepção superior,
liberta de toda magia e bruxaria. Pela catarse, dá-se a passagem do nível puramente econômico ao momento
éticopolítico. Igualmente, pela catarse dá-se a elaboração superior da estrutura em superestrutura na consciência
dos homens. Ou seja, ocorre a assimilação subjetiva das condições objetivas permitindo a passagem da condição de
classe-em-si para a condição de classe-para-si. É, enfim, pela catarse que tudo aquilo que era objeto de
aprendizagem se incorpora no próprio modo de ser dos homens operando uma espécie de segunda natureza que
transforma qualitativamente sua vida integralmente, isto é, no plano das concepções e no plano da ação.

Na primeira prática, referente à habilidade (EF06Cl01), da Base Nacional comum curricular (BNCC), os estudantes
promoverão uma atividade com o objetivo de observar e classificar o comportamento das seguintes misturas:
homogêneas e heterogêneas. Para isso, os discentes adicionarão água e sal (mistura homogênea), água e óleo (mistura
heterogênea) e por fim água e areia (mistura homogênea). Os estudantes formarão grupos, onde cada um ficará
responsável por registrar o comportamento e o aspecto dessas misturas, associando-as com a abordagem teórica
discutida à priori em sala de aula.
Na segunda prática, referente à habilidade (EF06Cl02), os estudantes realizarão com o auxílio do docente, o
aquecimento com bico de Bunsen ou vela, do enxofre em pó colocado sobre um pedaço de metal (ferro). A reação
produzirá uma coloração junto a um cheiro característico, produto da liberação de H2S (sulfeto de hidrogênio),
evidenciando uma reação química perceptível através da visão e do olfato.
A terceira prática refere-se à habilidade (EF06Cl02); Tema: Identificar evidências de transformações químicas. Os
discentes deverão observar e realizar a reação química envolvendo a adição de ácido acético (vinagre) – caráter ácido -,
na casca do ovo (carbonato de cálcio) – caráter básico. O resultado obtido será a liberação de CO2 (dióxido de carbono),
e a oxidação da casca do ovo após determinado período, evidenciando a reação do ácido com o carbonato de cálcio.
Na quarta prática: habilidade (EF06Cl02); Tema: Identificar evidências de transformações químicas, os estudantes
realizarão um segundo experimento, onde adicionarão bicarbonato de sódio (PH alcalino), em um frasco de 1L e
encherão um balão com ácido acético (vinagre). Em seguida, a “boca” do balão deverá ser fixada ao frasco (se certifique
de não deixar o vinagre cair do balão), contendo o bicarbonato, e assim que o balão estiver ajustado, ele deverá ser
virado dentro do frasco, misturando o vinagre com o bicarbonato de sódio e induzindo a formação de bolhas, que
consiste na liberação de dióxido de carbono, resultando numa reação química.
Na quinta prática, referente à habilidade (EF06Cl03), os estudantes realizarão a separação de uma solução de sal e água,
utilizando a técnica de evaporação, para separarem uma mistura homogênea. Iremos aquecer uma solução até que a
água evapore, deixando o sal como resíduo e dessa forma os estudantes poderão observar o fenômeno.
Na sexta prática (EF06Cl3), os estudantes realizarão a separação de uma mistura de areia e água utilizando as técnicas de
decantação e filtração. Eles misturarão areia e água, observando a formação de uma mistura heterogênea. Inicialmente,
acompanharão o processo de decantação, onde a areia começa a se depositar no fundo do béquer após o repouso. Em
seguida, farão a filtração, utilizando um filtro de papel para separar a areia restante da água. Durante a prática, será
promovida uma reflexão crítica sobre como essas técnicas de separação são aplicadas no cotidiano, como no tratamento
de água potável em comunidades com menor acesso a infraestrutura.
Recursos: 1ª prática: água, sal, óleo, areia, frasco de 1L; 2ª prática: Bico de Bunsen ou vela, enxofre em pó e barra de
ferro, 3ª prática: vinagre (ácido acético) e casca de ovo. 4ª prática: bicarbonato de sódio, frasco de 1L, vinagre, balão. 5ª
prática: água e sal. 6ª prática: areia, água, béquer, filtro de papel.
Critérios de Avaliação: Os estudantes serão avaliados ao longo das aulas práticas, tanto na apropriação dos conteúdos
quanto no desenvolvimento do pensamento crítico. A cada aula os alunos deverão elaborar um relatório individual, para
podermos identificar o entendimento dos conceitos abordados e as lacunas deixadas durante o processo de ensino. Ao
final do projeto, será aplicado um questionário para avaliar o formato e a aplicação das aulas práticas, para que os
estudantes expressem suas percepções sobre a metodologia adotada e a efetividade das atividades realizadas. As
respostas do questionário servirão de base para uma discussão entre os professores que participaram do projeto, onde
serão debatidas e analisadas as respostas, visando à melhoria contínua da qualidade das aulas, buscando alcançar uma
educação crítica e emancipadora.
Projeto – Educação Ambiental Crítica
Cronograma: 14/03/2025: Primeira aula prática.
28/03/2025: Segunda aula prática.
11/04/2025:Terceira aula prática.
25/04/2025: Quarta aula prática.
16/05/2025: Quinta aula prática.
30/05/2025: Sexta aula prática.
Referências:
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018.
SAVIANI, Demerval. Escola e democracia. Campinas: Autores Associados, 2012.
SAVIANI, Demerval. (2023). Pedagogia Histórico-Crítica, construção do ser social e educação
ambiental. Geografia Ensino & Pesquisa, 26, e8. https://doi.org/10.5902/2236499473548

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