0% acharam este documento útil (0 voto)
4 visualizações8 páginas

Psico-Higiene Nas Instituições Totais Carcerárias

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1/ 8

1º Simpósio de Integração Científica e Tecnológica do Sul Catarinense – SICT-Sul ISSN 2175-5302

PSICOHIGIENE NAS INSTITUIÇÕES TOTAIS CARCERÁRIAS: PESQUISA E


PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

Alexsandro Ferreira Caitano1, Daiani Apolinário Cardoso2, Glaucia Carolina


Schiavon3, Samanta Sara Nehls4, Tatiana da Silva Alves5, Thais Wachholz6
1
Faculdades Esucri/Psicologia/alexferreira.psico@hotmail.com
2
Faculdades Esucri/Psicologia/daianigz@gmail.com
3
Faculdades Esucri/Psicologia/cdlovedones@hotmail.com
4
Faculdades Esucri/Psicologia/samantasara@hotmail.com
5
Faculdades Esucri/Psicologia/tatyswat@hotmail.com
6
Faculdades Esucri/Psicologia/thaisw@esucri.com.br

Resumo: Este artigo apresenta o relato de uma atividade de campo realizada por estudantes da disciplina
de Psicologia Institucional da Faculdades Esucri. Esta se constituiu pela proposta de que os acadêmicos se
colocassem de forma temporária em uma instituição, identificassem uma demanda de trabalho relativa à
disciplina e elaborassem uma proposta de intervenção, norteada pelo viés da psico-higiene. Os acadêmicos
optaram por realizar a atividade proposta em formato de pesquisa que foi estruturada por questões abertas,
provocando o livre discurso, favorecendo a exteriorização dos conteúdos subjetivos da psique, onde se
fundamentou a elaboração da prática que é sugerida. A pesquisa intentou realizar um estudo acerca da
atual situação de um Presídio no Sul do estado de Santa Catarina, no que se refere à saúde mental dos
sujeitos que lá se encontram inseridos – reeducandos e funcionários. As questões foram dirigidas para
alguns representantes da equipe de trabalho, reeducandos e ex-reeducandos, em entrevistas previamente
agendadas. Seus relatos foram registrados e transcritos a partir dos pontos de maior relevância. Suas
identidades foram preservadas de forma ética e responsável. O resultado esperado pelos pesquisadores foi
ao encontro dos discursos apresentados - contrariedade entre os depoimentos dos internos (aparentemente
combinados) e os dos reeducandos em liberdade. Neste contexto, o resultado deste procedimento foi a
identificação de problemas decorrentes de um processo de adoecimento institucional que vem sendo
observado em instituições totais brasileiras, como os presídios, ainda que sejam poucos os trabalhos de
pesquisa publicados comprovando esta realidade. Este trabalho propõe um projeto de intervenção segundo
a abordagem Existencialista visando a promoção de encontros em uma intervenção de psico-higienização
dentro da instituição pesquisada segundo sua necessidade especificamente investigada.

Palavras-Chave: Presídio. Psico-Higiene. Intervenção. Instituição.

1 INTRODUÇÃO

Toda instituição tem tendência de fechamento, oportunizando aos internos e


equipe dirigente algo de um mundo em resumo. Essa característica de fechamento tem
seu auge nas instituições totais, que têm por intuito separar a parcela da população que
se encontra dentro dos padrões normativos da parcela inapta, que de certa forma causa
desconforto, ou representam algum tipo de ameaça à saúde/segurança. As características
que dão respaldo necessário a esta segregação, versam sobre a inadaptação, a
incapacidade e a periculosidade. Nosso trabalho se delimita a analisar a instituição
presídio, que segundo Goffman (1961), trata-se de um tipo de instituição total que tem sua
organização voltada para a proteção da comunidade contra os perigos intencionais, e o
bem estar das pessoas assim isoladas não constituem o problema imediato. A partir
disso, podemos visualizar que a individualidade, a relativa liberdade de que dispunham e
570
Rev. Técnico Científica (IFSC), v. 3, n. 1 (2012).
1º Simpósio de Integração Científica e Tecnológica do Sul Catarinense – SICT-Sul ISSN 2175-5302

as necessidades básicas tendem a ser ignoradas pela equipe dirigente, cujo enfoque não
é de orientação ou inspeção periódica, mas sim o de vigilância, certificar-se que todos
estão fazendo o que foi claramente indicado como exigido, sob condições em que a
infração de uma pessoa tende a salientar-se diante da obediência constantemente
observada em outros.

O presente trabalho se apresenta ao leitor a partir do tema, seguido do objeto


da pesquisa e o porquê se pesquisa. Dando seguimento ao corpo do projeto, o referencial
teórico, espaço textual que explora a compreensão contextual da instituição, os conceitos
diferenciais, as rotinas, em sua maioria como forma de depoimentos de sujeitos
diretamente ligados hoje ou no passado de alguma forma a instituição em questão.

Na análise critica se sugere um modelo de intervenção constituída de alguns


encontros com a equipe de profissionais, a partir de uma perspectiva existencialista
sartreana, de acordo com a compreensão pessoal dos acadêmicos.

Encerram este trabalho, as considerações idealizadas em relação ao estudo


realizado bem como sua utilidade, comentários, etc. Todo conteúdo organizado de forma
a facilitar a compreensão do leitor, conforme entendido pelos autores.

O Presídio pesquisado é uma instituição fechada localizada ao sul catarinense,


abrigando hoje cerca de 800 (oitocentos) internos. Possui uma equipe com
aproximadamente 20 (vinte) profissionais e atende em tempo integral. Os dados obtidos e
apresentados na fundamentação teórica deste trabalho revelam uma contradição entre os
depoimentos que descrevem uma sistemática geradora de perturbações psicológicas.

Segundo Goffman (1961), as instituições totais podem ser organizadas


grosseiramente em cinco grupos: um para aquelas que têm por finalidade cuidar de
pessoas incapazes e inofensivas; outro para cuidar de pessoas consideradas incapazes,
porém que representem uma ameaça ao meio social; outro com a finalidade de proteção
para a comunidade; outro para “realizar de modo mais adequado alguma tarefa de
trabalho”; e por último, um para instruir religiosos ou refugiar pessoas do mundo. Dentre
os integrantes do grupo das instituições que tencionam proteger a comunidade estão as
cadeias e penitenciárias, onde o bem-estar dos aprisionados não representa um problema
de primeira importância.

571
Rev. Técnico Científica (IFSC), v. 3, n. 1 (2012).
1º Simpósio de Integração Científica e Tecnológica do Sul Catarinense – SICT-Sul ISSN 2175-5302

Segundo Bleger (1984), a higiene mental procura compreender e atuar sobre


os aspectos psicológicos dos sujeitos e para isto se utiliza de técnicas, conhecimentos e
recursos, intervindo sobre tais como fenômenos sociais e coletivos.

Dentro deste contexto o presente trabalho investiga, compreende e sugere


ações preventivas e corretivas para a promoção de saúde e higienização mental dos
envolvidos.

A presente pesquisa objetivou investigar a demanda pertinente a um trabalho


em Psicologia Institucional no Presídio X, subsidiando próximos estudos e ações sobre
um sistema que se apresenta atualmente de forma falha, por ter seus ideais objetivos
deturbados por um processo alienante e construtor de perturbações psicológicas.

Fundamenta-se a concepção deste objetivo na citação abaixo:


Cada instituição tem seus objetivos específicos e a sua própria organização, com
a qual tente a satisfazer ditos objetivos. Ambos (fins e meios) tem que ser
perfeitamente conhecidos pelo ou pelos psicólogos, como ponto de partida para
decidir seu ingresso como profissional na instituição. Toda instituição tem objetivos
explícitos tanto como objetivos implícitos ou, em outros termos, conteúdos
manifestos e conteúdos latentes. [...] Se bem que é certo que se torna de grande
utilidade para o psicólogo conhecer os objetivos explícitos de uma instituição para
decidir e realizar sua tarefa profissional, não é menos certo que os latentes ou
implícitos às vezes só aparecem como consequência do estudo diagnóstico que
realiza o próprio psicólogo. (BLEGER, 1984, p. 41)

Pretendeu-se de forma específica galgar os seguintes objetivos: investigar a


compreensão a percepção da instituição pelos profissionais e os sujeitos que com ela
tiveram ou tem relação; compreender o processo de negação alienada através do qual se
dá a contrariedade entre os objetivos manifestos e os latentes da instituição; entender a
dialética do dia-a-dia na instituição e as variáveis pessoas interferentes no processo de
ressocialização do seu público-alvo;

2 METODOLOGIA

Este estudo se caracterizou pela investigação ao público de uma instituição


total – um presídio – situada territorialmente ao sul de Santa Catarina. Em visita realizada,
previamente agendada, os pesquisadores foram recebidos pelo diretor da instituição, que
restringiu a aplicação dos questionários a um seleto grupo de integrantes selecionados
por ele. Estes relatos pessoais serviram de fonte de dados no processo no processo de
coleta.

572
Rev. Técnico Científica (IFSC), v. 3, n. 1 (2012).
1º Simpósio de Integração Científica e Tecnológica do Sul Catarinense – SICT-Sul ISSN 2175-5302

O presídio no qual se realizou a investigação tem capacidade para 360


(trezentos e sessenta) pessoas, mas abriga hoje cerca de 800 (oitocentos) reeducandos.
Está em operação desde o ano de 1980. O grupo com o qual se realizou o processo
investigatório foi este que se descreve a seguir: 1º integrante – reeducando 1: sexo
masculino, de 30 a 35 anos; 2º integrante – reeducando 2: sexo feminino, de 30 a 35
anos; 3º integrante – diretor da instituição; 4º integrante – agente prisional, e; 5º integrante
– vigilante.

Além do grupo já descrito, foram levados em consideração os relatos de uma


ex-detenta e a filha de um ex-detento.

A pesquisa quanto ao seu nível, se define como exploratória.


As pesquisas exploratórias têm como principal finalidade desenvolver, esclarecer
e modificar conceitos e ideias, tendo em vista, a formulação de problemas mais
precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores. De todos os tipos de
pesquisa, estas são as que apresentam menor rigidez no planejamento. [...]
Pesquisas exploratórias são desenvolvidas com o objetivo de proporcionar visão
geral, de tipo aproximativo, acerca de determinado fato. Este tipo de pesquisa é
relizado especialmente quando o tema escolhido é pouco explorado e torna-se
difícil sobre ele formular hipóteses precisas ou operacionalizáveis. (GIL, 1999 p.
43)

Quanto à participação dos pesquisadores, esta se define como pesquisa ação:


[...] é um tipo de pesquisa social com base empírica que é concebida e realizada
em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema
coletivo e no qual os pesquisadores e os participantes representativos da situação
ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo.
(THIOLLENT apud GIL, 1999 p. 46)

Para a coleta de dados, a entrevista foi a ferramenta utiliza por ser a que
disponibiliza o que cita o autor a seguir:
Pode-se definir entrevista como a técnica em que o investigador se apresenta
frente ao investigado e lhe formula perguntas, com o objetivo de obtenção de
dados que interessam a investigação. A entrevista é, portanto, uma forma de
interação social. Mais especificamente, é uma forma de diálogo assimétrico, em
que uma das partes busca coletar dados e a outra se apresenta como fonte de
informação. A entrevista é uma das técnicas de coleta de dados mais utilizada no
âmbito das ciências sociais. Psicólogos, sociólogos, pedagogos, assistentes
sociais e praticamente todos os outros profissionais que tratam de problemas
humanos valem-se dessa técnica, não apenas como coleta de dados, mas
também com objetivos voltados para o diagnóstico e orientação. (GIL, 1999 p.
117)

As entrevistas foram realizadas na sala do diretor, sendo que os pesquisadores


não tiveram acesso às dependências da instituição prisional. O fato do diretor não ter
permitido o acesso nas dependências do presídio, alegando preocupação quanto à

573
Rev. Técnico Científica (IFSC), v. 3, n. 1 (2012).
1º Simpósio de Integração Científica e Tecnológica do Sul Catarinense – SICT-Sul ISSN 2175-5302

segurança da equipe de pesquisadores se deu por dias antes da visita terem ocorrido
rebeliões.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Com base nas entrevistas realizadas no presídio, foi possível identificar a partir
dos discursos apresentados pela equipe de funcionários e pelos internos, certa
consonância em torno daquilo no qual versa a queixa, ou seja, o “real institucional”,
divergindo do que é explicitado no discurso da direção da Instituição e que de forma
travestida, carrega consigo aquilo que se denomina “ideal Institucional”, o que denota o
adoecimento da instituição agravado pela negligência com que a situação é tratada, o que
força uma readequação interna alienadora.

Compreende-se assim que o processo de negação, por parte da direção, é


reflexo do resultado da alienação decorrente do processo de institucionalização.

Considerando o apresentado, entende-se a necessidade de intervenção no


processo definido como “instituínte”, ou seja, aquele pelo qual se demarca no sujeito a
ideologia institucional, onde ainda é possível promover a reflexão e a criticidade. É neste
processo que ainda se encontra aquilo que é identificado pelos próprios funcionários e
internos, como “errado”. Aquilo que muitas vezes está velado nos discursos, mas que
revela a frustração diante da situação vivida. No tocante, é ainda, assunto capaz de ser
gerador de discussão, de promover um levante contra a inércia. Entende-se que com o
auxilio de um mediador capacitado, neste caso, um psicólogo que detenha o
conhecimento em Psicologia Institucional e Psicohigiene é possível alcançar este objetivo
ao tornar possível a promoção de debates que corretamente direcionados oportunizarão
uma tomada de consciência por parte dos envolvidos.

Por se tratar de um presídio onde há alta rotatividade de internos, a equipe que


não consegue estabelecer vínculos e que esbarra no processo idealizado de reeducação
e reinserção desses internos, desenvolve e potencializam sentimentos como impotência,
frustração, raiva e tristeza. Estes elementos desmotivam a equipe e os remetem à
acomodação, alienação e estagnação - considerando que estes sentimentos também são
arrastados para as suas rotinas diárias - o que sugere uma intervenção emergencial junto
aos mesmos. Cabe ressaltar que invariavelmente ao trabalharmos o micro, alcançaremos

574
Rev. Técnico Científica (IFSC), v. 3, n. 1 (2012).
1º Simpósio de Integração Científica e Tecnológica do Sul Catarinense – SICT-Sul ISSN 2175-5302

o macro, ou seja, a intervenção no funcionário pode provocar uma melhoria na sua


qualidade de vida como um todo, não somente no espaço de trabalho.

Optamos pelo emprego do método descritivo fenomenológico, mais


precisamente o sartreano, onde a intervenção se faz no processo de descrição dos
fenômenos vivenciados pelo sujeito objetivando a tomada de consciência e transformação
da realidade onde está inserido, promovendo a verbalização e o embate entre o real
vivido e o imaginado e se faz possível o resgate da finalidade primeira a que se propõe a
equipe de funcionários naquela Instituição específica e que perdeu seu sentido de ser,
enquanto profissional, elucidando que a possibilidade de promover o resgate/ construção
da satisfação viabilizada por sua “produção” no mundo, pode ser a chave para uma vida
mais saudável e recompensadora. E que no reconhecimento da liberdade de ação a
chave para uma autogestão e uma maior lucidez nas tomadas de decisão em todos os
âmbitos de suas vidas.

A principal ferramenta para a consolidação deste trabalho está no uso de


dinâmicas de grupo, por se tratar de um recurso de fácil assimilação pelos participantes,
que ao lidar com o abstrato, com o lúdico, tem sua apreensão critica, da realidade e de
sua relação com o outro, facilitada. Dando inicio a um processo dialético que servirá para
retomada do projeto profissional desses sujeitos, quiçá, na retomada de seus projetos e
desejos de ser na totalidade. Entendemos que o processo de intervenção deve acontecer
com o formato a seguir sinteticamente mencionado.

4 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

4.1 1º Encontro: Re-conhecer

Neste encontro o trabalho objetiva permitir aos participantes desenvolver e


modificar sua percepção do outro no grupo, buscando um olhar mais humano através da
exposição descritiva de aspectos individuais relativos e não relativos à instituição. Nesta
vivência, os participantes também experimentam a sensação de estarem sendo
“encarcerados”.

575
Rev. Técnico Científica (IFSC), v. 3, n. 1 (2012).
1º Simpósio de Integração Científica e Tecnológica do Sul Catarinense – SICT-Sul ISSN 2175-5302

4.2 2º Encontro: Pensando no projeto

O objetivo desta atividade é através da descrição da instituição de hoje e da


ideal, trazer ao nível da consciência crítica reflexiva questões instituídas alienantes
realizadas rotineiramente ao nível da consciência espontânea não reflexiva.

4.3 3º Encontro: Verificando a escuta

O objetivo desta dinâmica é trabalhar a importância de perceber o outro,


valorizando-o enquanto sujeito construído e construtor da subjetividade que é
compartilhada na medida em que se dão as relações.

4.4 4º Encontro: Tomando decisões

Esta dinâmica tem por finalidade propiciar uma reflexão sobre as formas de
tomada de decisão levando em consideração que a liberdade de escolha que permeia as
relações orienta as ações e afeta o outro no mundo quer de forma direta ou não.

4.5 5º Encontro: Confronto com o improvável

O objetivo desta dinâmica é propor uma reflexão crítica sobre a atuação de


cada profissional dentro de suas condições de tempo, que se justifica na queixa dos
mesmos em relação a rotatividade dos detentos por a instituição ter a característica de
carceragem temporária.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Mediante o processo de investigação realizado pelo grupo de pesquisa e


dentro do contexto de prevenção a saúde mental, foi possível identificar mesmo em meio
ao processo de adoecimento, um grande inconformismo, o que leva a crer que o processo
de institucionalização não está estagnado, acabado, proporcionando um movimento em
que se faz possível a intervenção. A falta de acesso às dependências do presídio se
mostrou um empecilho para a compreensão global da instituição. Esta restrição despertou
no grupo de pesquisadores, a necessidade e o desafio de se obterem informações reais e
livres de uma possível retaliação por parte da instituição, o que implica em uma

576
Rev. Técnico Científica (IFSC), v. 3, n. 1 (2012).
1º Simpósio de Integração Científica e Tecnológica do Sul Catarinense – SICT-Sul ISSN 2175-5302

intervenção muito mais pontual e não amparada pelas expectativas ou fantasias dos
pesquisadores.

Por fim, concluiu-se que a pesquisa é uma ferramenta essencial para a atuação
do psicólogo que visa desenvolver seu trabalho em Psicologia Social. Ela permite ao
profissional captar o movimento dos sujeitos no mundo e suas relações com o outro e a
materialidade. Ao acadêmico de psicologia, este tipo de atividade proporciona um
aprendizado em dimensões inalcançáveis em sala de aula no tempo hábil estabelecido a
disciplina. O exercício do saber provindo da experiência se faz necessário no sentido de
que o profissional em formação pode empreender uma prévia de suas atividades pós-
formatura descontruindo em si a insegurança da responsabilidade por cumprir com uma
atividade ainda não explorada de fato além dos limites da teoria.

AGRADECIMENTOS

Agradecemos às pessoas que contribuíram de alguma forma para a realização deste trabalho, como nossos
familiares que nos apoiam nesta jornada em busca de uma formação profissional em psicologia e a professora Thais,
coautora deste artigo, que abdicou de suas horas de descanso para trabalhar conosco em orientação a publicação
deste trabalho. Somos gratos ainda a Faculdades Esucri pelo suporte que dispomos e todo apoio concedido.

REFERÊNCIAS

BLEGER, José. Psico-higiene e psicologia institucional. Porto Alegre: Artmed, 1984


138 p.

Código Penal; Código de Processo Penal; Constituição Federal / Obra coletiva. São
Paulo: Saraiva, 2005 869 p.

GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5ª ed. São Paulo: Atlas,
1999 206 p.

GOFFMAN, Erving. Manicômios, prisões e conventos. São Paulo: Editora Perspectiva


S.A., 1961 316 p.

CARNEIRO, Ana Lia Moura Lisboa. Relatório da situação das unidades prisionais.
Disponível em http://www.tj.sc.gov.br/institucional/diretorias/magistrados/noticias/rp1.htm
>. Acesso em 28 de junho de 2012.

577
Rev. Técnico Científica (IFSC), v. 3, n. 1 (2012).

Você também pode gostar