1. Contratos

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Data 26/08/2024

Contratos
Os contratos nada mais são do que um acordo de vontades que visa criar,
modificar ou extinguir algum direito.
O contrato é um ato jurídico bilateral, dependente de pelo menos duas
declarações de vontade, cujo objetivo é a criação, a alteração ou até mesmo a
extinção de direitos e deveres de conteúdo patrimonial (TARTUCE, 2023).
Contrato é o acordo de vontades que tem por fim criar, modificar ou extinguir
direitos (GONÇALVES, 2020).

BGB – Código – Civil – Alemão

O Bürgerliches Gesetzbuch (ou BGB) é o código civil da Alemanha. Em


desenvolvimento desde 1881, tornou-se efetivo a 1º de janeiro de
1900 e foi considerado um projeto grandioso e inovador.
O Bürgerliches Gesetzbuch (BGB) é um dos pilares do sistema jurídico
alemão e é amplamente considerado um dos mais influentes códigos
civis do mundo. Elaborado por uma comissão liderada por Rudolf von
Jhering e outros juristas renomados da época, o BGB trouxe uma
abordagem sistemática e abrangente ao direito civil.
Quando entrou em vigor em 1º de janeiro de 1900, o BGB
revolucionou a forma como as leis civis eram organizadas e aplicadas
na Alemanha. O código é conhecido por sua clareza, precisão e
estrutura lógica, e é dividido em várias partes principais:
Parte Geral (Allgemeiner Teil): Trata dos princípios fundamentais,
como a capacidade jurídica e a validade dos atos jurídicos.
Direito das Obrigações (Schuldrecht): Regula as obrigações
contratuais e não contratuais, incluindo contratos, danos e
enriquecimento sem causa.
Direito das Coisas (Sachenrecht): Define as regras sobre propriedade
e direitos reais.
Direito da Família (Familienrecht): Aborda questões relacionadas ao
casamento, divórcio, adoção e relações familiares.
Direito das Sucessões (Erbrecht): Trata da herança e da transmissão
de bens após a morte.
Além de sua estrutura abrangente, o BGB é notável por seu enfoque
na proteção dos direitos individuais e na estabilidade das relações
jurídicas. Desde sua promulgação, o código passou por diversas
reformas e emendas para se adaptar às mudanças sociais e
econômicas, mas continua a ser uma referência importante para o
direito civil não apenas na Alemanha, mas também em outros países
que se inspiraram em seu modelo.

Negócio Jurídico - Declaração de vontade dirigida


a
produzir efeitos jurídicos.

Nelson Rosenvald
Negócio Jurídico é um conceito fundamental no direito civil e se
refere a qualquer ato jurídico que tem a intenção de criar, modificar
ou extinguir direitos e obrigações. Em outras palavras, é um ato
realizado por uma ou mais partes com o objetivo de produzir efeitos
jurídicos específicos.

A abordagem de Nelson Rosenvald ao negócio jurídico


frequentemente explora temas como:

Teoria Geral do Negócio Jurídico: Rosenvald discute a


estrutura e a natureza dos negócios jurídicos, enfatizando a
importância de elementos como a manifestação de vontade, o objeto
do negócio e o fim desejado pelas partes.

Vontade e Consentimento: Um dos pontos centrais na


teoria de Rosenvald é a análise do consentimento das partes
envolvidas, a capacidade para celebrar negócios jurídicos e as
implicações de vícios na vontade (como erro, dolo e coação).
Efeitos e Validade: O estudo do impacto jurídico dos
negócios e as condições necessárias para que um negócio jurídico
seja considerado válido e eficaz.

Classificação e Tipologia: Rosenvald também se debruça


sobre a classificação dos negócios jurídicos e suas diferentes
modalidades, como contratos bilaterais, unilaterais, oneroso e
gratuito, entre outros.

Reforma e Evolução do Direito: Ele examina as


mudanças e adaptações no conceito de negócio jurídico ao longo do
tempo, especialmente em resposta a novas demandas sociais e
evoluções no entendimento jurídico.
Crise dos Contratos segundo Rosenvald.

Crise do Contrato
 Desequilibro Econômico
 Resolução Industrial
 Processo de industrialização
 Contrato de Adesão

1. Conceito e Contexto

Definição: A crise dos contratos refere-se a situações em que a


execução do contrato se torna excessivamente difícil ou impossível
devido a eventos extraordinários e imprevisíveis que surgem após a
celebração do contrato.

Causas: Essas crises podem ser causadas por mudanças


econômicas, sociais, políticas ou naturais que tornam o cumprimento
das obrigações contratuais desproporcionalmente oneroso ou até
impossível.

2. Teoria da Imprevisão
Fundamento: Rosenvald explora a teoria da imprevisão, que é a
ideia de que as partes devem ter a possibilidade de revisar ou ajustar
o contrato quando eventos imprevisíveis ocorrem, que afetam
substancialmente o equilíbrio das prestações.

Aplicação: Essa teoria é um reflexo do princípio da função social do


contrato e do equilíbrio das prestações, permitindo a revisão judicial
dos contratos para garantir que continuem justos e equilibrados,
mesmo quando surgem novas circunstâncias.
3. Princípios Relevantes

Boa-fé objetiva: Em tempos de crise, o princípio da boa-fé


objetiva ganha destaque, orientando as partes a agirem com
honestidade e cooperação para encontrar soluções que preservem a
equidade do contrato.
Equilíbrio Contratual: A preservação do equilíbrio contratual é
fundamental. Se o contrato se torna excessivamente oneroso para
uma das partes devido a eventos imprevistos, é possível buscar a
renegociação ou a revisão das condições contratuais.

4. Mecanismos de Ajuste

Renegociação: Rosenvald discute a importância da


renegociação como um meio para as partes ajustarem as condições
do contrato de acordo com a nova realidade.
Revisão Judicial: Em alguns casos, quando a renegociação não é
possível ou não é suficiente, as partes podem recorrer ao Judiciário
para revisar as condições do contrato.

5. Exemplos e Aplicações Práticas

Crise Econômica: Durante crises econômicas severas, como


uma recessão, empresas podem enfrentar dificuldades para cumprir
contratos devido à alteração drástica nas condições econômicas.
Pandemias e Desastres Naturais: Eventos como pandemias e
desastres naturais podem causar a crise dos contratos, como visto
durante a pandemia de COVID-19, quando muitas empresas e
indivíduos encontraram dificuldades para cumprir obrigações
contratuais devido a restrições e mudanças inesperadas.

Crise do Contrato
Socialização
Direito Contemporâneo:

Funcionalização

Estado Social
Nova Teoria Contratual
Dirigismo Econômico
Contrato por si só não transfere a propriedade.
 Pacta Sunt Servanda e Autonomia Privada
relativizadas
 Afluxo de princípios e Valores Constituição contrato

Pacta Sunt Servanda e a Autonomia Privada


Relativização

Pacta Sunt Servanda: é um princípio fundamental do


direito contratual que estabelece que os contratos devem ser
cumpridos conforme acordado pelas partes. Em outras palavras, uma
vez que as partes celebram um contrato, elas estão obrigadas a
respeitar os termos e condições acordados.

A relativização do princípio pacta sunt servanda é a possibilidade de


revisar contratos para afastar ilegalidades, mesmo que haja quitação
ou novação.
Pacta sunt servanda é uma expressão em latim que significa
"os pactos devem ser cumpridos" ou "acordos devem ser
respeitados". É um princípio fundamental da teoria dos contratos,
que determina que as partes contratantes devem cumprir as
cláusulas e condições do contrato.
No entanto, é possível que haja alterações nos contratos, desde que
devidamente justificadas. Por exemplo, em pactos que contenham
cláusulas abusivas, pode haver um conflito entre o princípio pacta
sunt servanda e os princípios da boa-fé objetiva e da função social do
contrato.
A rebus sic stantibus é uma exceção à regra geral do pacta sunt
servanda, pois prevê que a assinatura de um acordo obriga as partes
a cumprirem-no

Relativização do Pacta Sunt Servanda:


Teoria da Imprevisão: A relativização do princípio "pacta
sunt servanda" ocorre quando eventos imprevistos e extraordinários
tornam a execução do contrato desproporcionalmente onerosa ou
impossível. Isso é conhecido como teoria da imprevisão ou
onerosidade excessiva.
Ajustes e Revisões: Em tais situações, o contrato pode ser
ajustado ou revisado para restaurar o equilíbrio das prestações,
mantendo a justiça e a equidade entre as partes. Essa relativização
permite uma adaptação das condições contratuais de acordo com as
novas circunstâncias, refletindo uma flexibilidade necessária para
garantir que os contratos continuem justos.
Boa-fé e Função Social do Contrato: A relativização também
está ligada ao princípio da boa-fé objetiva e à função social do
contrato, que visam garantir que os contratos atendam não apenas
aos interesses das partes, mas também ao interesse social e à justiça.

Teorias evolutivas do
Contrato
 Formalistas
 Voluntárias
 Normativistas (Preceptivistas)
 Estruturalistas
 Economicistas
 Funcionalistas

Importante: Contemporaneamente o contrato é compreendido com


uma fusão entre operação e com fato jurídico.

Contratos
Definição: Acordo de vontade com a finalidade de produzir
efeitos.

Negativo jurídicos Bilateral

Plurilateral
Que visa a criação modificação ou extinção de direitos e deveres com
conteúdo patrimonial.

Natureza: Negativa Jurídico Negativa Jurídico

Elementos dos contratos


Análise dos elementos formadores do contrato conforme os planos do
negativo jurídico.
Elementos constitucionais do contrato.

Anotações de Michael
 O objeto do contrato é para ser cumprido, e se tem algo ilícito.
Ter em mente o BGB código civil alemão que está vigente.

 Ele observe a categoria francês que tem o negócio jurídico. O


que é o negócio, manifestação da vontade criação, modificação,
o contrato é um negócio jurídico.

 Vem a crise do contrato sec. XVIII E XVI

 Modo de pensar o contrato dentro ele acabou.

 Corrente antigamente era neoliberalismo hoje não estamos


nessa era.

CRISE: Indica a superação de paradigma, o contrato foi


feito dentro do estado neoliberalismo.

Características do Neoliberalismo
individualista.
Contrato de Adesão – Não é contrato, e o meio que você se
estrutura um contrato.
Todo é qualquer contrato pode ser feito pela técnica de contrato
de
Adesão.
A locação pode ser por adesão é uma técnica.

O Código de Defesa do Consumidor: define o


contrato de adesão no seu artigo 54.
Os contratos de adesão são geralmente utilizados em
esquemas negociais que visam que pessoas indeterminadas se
limitem a aderir, sem possibilidade de discussão ou de
introdução de modificações.
Um exemplo de contrato de adesão é o contrato de
PROV empréstimo bancário.
A
Os contratos de adesão é aquele em que as cláusulas são
estabelecidas unilateralmente por uma das partes, sem que a
outra possa discutir ou modificar o conteúdo.
No contrato de adesão, a parte proponente ou estipulante
decide quais cláusulas serão incluídas no contrato, e a outra
parte, aderente, apenas aceita ou não o acordo.

O artigo 54 do CDC também estabelece que:

 A inserção de cláusulas em formulários não altera a


natureza de adesão do contrato;
 Nos contratos de adesão, é possível incluir cláusulas
resolutórias, desde que o consumidor tenha a opção de
escolha;
 Os contratos de adesão escritos devem ser redigidos em
termos claros e legíveis, para que o consumidor possa
compreendê-los facilmente.

ARTIGO 54 DO CDC:

Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras


providências.
Art. 54. Contrato de adesão é aquele cujas cláusulas tenham
sido aprovadas pela autoridade competente ou estabelecidas
unilateralmente pelo fornecedor de produtos ou serviços, sem
que o consumidor possa discutir ou modificar substancialmente
seu conteúdo.
§ 1° A inserção de cláusula no formulário não desfigura a
natureza de adesão do contrato.
§ 2° Nos contratos de adesão admite-se cláusula resolutória,
desde que a alternativa, cabendo a escolha ao consumidor,
ressalvando-se o disposto no § 2° do artigo anterior.
§ 3° Os contratos de adesão escritos serão redigidos em termos
claros e com caracteres ostensivos e legíveis, de modo a
facilitar sua compreensão pelo consumidor.
§ 3o Os contratos de adesão escritos serão redigidos em termos
claros e com caracteres ostensivos e legíveis, cujo tamanho da
fonte não será inferior ao corpo doze, de modo a facilitar sua
compreensão pelo consumidor. (Redação dada pela nº 11.785,
de 2008)
§ 4° As cláusulas que implicarem limitação de direito do
consumidor deverão ser redigidas com destaque, permitindo
sua imediata e fácil compreensão.
§ 5° (Vetado)

PROVA
Os bens essenciais são contratos de adesão e os bens não
essências são chamados:

Dirigismo econômico: Contratual ou estadual intervenções do


domínio econômico.

Estado intervém na econômico para que o estado então em


conjunto nos uma igualdade.

Contrato por si, só não transferência a propriedade, em algumas


situações tem que ter contrato de compra e venda e a
transferência do cartório.

Princípio da dignidade da pessoa humana, de igualdade formal.


Igualdade substância e outro princípio.
Solidariedade Social.

Teorias Evolutivas do Cartório do Contrato (Ler Livro).

Teorias:
 Formalistas: preocupado com a forma, se esta OK o
contrato está maravilhoso, mas os conteúdos podem não
está adequado, pode conter cláusulas abusivas.
 Voluntaristas: Preocupados com a vontade, mas é difícil, a
vontade era uma coisa, só que leva outra, pensando que
vale dinheiro, só que não.
 Normativistas (Itália): Contrato e visto com normas Emílio
Brett.
 Estruturalistas: o contrato é estruturalizado, ideia é
formativa.
 Economistas: Zenzo Roppo – Ver contrato com uma
operação econômica.
 Funcionalistas: – Finalidade social do contrato.
 Contrato como a função social finalidade social.
 Função socioeconômica do contrato.
 Contrato é a função entre a operação econômica.
kaio Mário:
Contratos: Acordo de vontade para produzir efeitos.

Flávio Tartuce: Negócio Jurídico bilateral e pluralistas.

Pactual antenupcial caráter patrimonial.

Contrato é o negócio jurídico de Natureza Jurídica.

NATUREZA JURÍDICA DOS CONTRATOS

Elementos dos contratos

A escada ponteana é uma teoria que divide o mundo jurídico em três


planos: existência, validade e eficácia, e que representa cada um
desses planos por um degrau de uma escada. Para que o negócio
jurídico possa produzir efeitos, é necessário que os requisitos de cada
degrau sejam atendidos, passando-se para o próximo.
A teoria da escada ponteana foi desenvolvida por Hans Kelsen e
difundida no Brasil pelo jurista Pontes de Miranda. Apesar de ser uma
teoria do século passado, ainda hoje é uma referência para a
construção de novos modelos e é ensinada aos estudantes de
Direito.
A escada ponteana é importante para que os advogados conheçam
seu funcionamento na prática, pois é essencial para a compreensão
do negócio jurídico. O desrespeito às formalidades da escada
ponteana pode colocar os contratantes em situação de pouca
segurança jurídica e gerar prejuízos.

O termo “escada ponteana” remete a uma escada onde cada plano


de formação do negócio jurídico é representado por um degrau, cujos
requisitos devem ser atendidos para que se possa passar para o
próximo degrau. Uma vez alcançados e cumpridos os planos de
formação, o negócio jurídico estaria apto a produzir efeitos
São elementos mínimos essenciais ao
negativo jurídico.

Elementos constitutivos dos contratos.

Um elementos Sem elementos não tem contratos.

ELEMENTO DO CONTRATO:

Análise dos elementos formadores do contrato conforme os


plano dos negócios jurídico (escada ponteana)

1) Existência: (elementos ou pressupostos). Na existência são elementos


mínimos, ou pressupostos jurídicos.
Trata-se dos elementos mínimos, essenciais do contrato (negócio
jurídico) art. 104 CC. Agente, objeto lícito, forma e vontade. São
elementos mínimos, essenciais ao negócio jurídico. Elementos
constitutivos do contrato. Senão tiver o objeto jurídico, e os 4 elementos
não é negócio jurídico.

2) Validade: A maioria chama-se de requisitos de validade localizados


no artigo 104 CC. Trata Se da qualificações dos elementos jurídicos,
sendo o agente capaz, maior de 18 anos e ou emancipado, deficiente
físico capaz, excepcionalmente, aquele que por causa transitória ou
permanente, não puder exprimir a sua vontade, objeto lícito, possível,
determinado e determinável, forma prescrita ou não defeso em lei.
Os que são absolutamente incapazes de exercer pessoalmente atos da
vida civil os menores de 16 anos.

Artigo 108 do Código Civil


A escritura pública é essencial para a validade de negócios jurídicos que
envolvam imóveis, como constituição, transferência, modificação ou
renúncia de direitos reais. Acima de 42 mil estruturas pública o imóvel
plano da validade.

3) Eficácia: Fatores de eficácia trata-se da produção de efeitos


imediatos ou mediatos do contrato: Presença dos chamados elementos
acidentais do negócio jurídico. Condição, termo e encargo. No plano da
existência o contrato existe ou não. Os elementos acidentais de negócio
jurídico.

Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:


I - agente capaz;

II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;


III - forma prescrita ou não defesa em lei.

Art. 108. Não dispondo a lei em contrário, a escritura


pública é essencial à validade dos negócios jurídicos
que visem à constituição, transferência, modificação
ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor
superior a trinta vezes o maior salário mínimo
vigente no País.

PRINCIPIOLOGIA CONTRATUAL
Teoria clássica: Estado liberal
Teoria contratual contemporânea: Estado social
Princípio da
obrigatoriedade dos
contratos, não sendo
PRINCIPIOLOGIA CONTRATUAL CLÁSSICA:
Decorrente da consagração da igualdade formal das partes
que possibilitava o exercício da autonomia dá vontade e o pacta sunt
servanda.

Princípio da igualdade (formal): Trata-se da mera consagração de


igualdade formal e jurídica das partes perante a lei. A lógica e a
mesma, mesma posição de igualdade que é formal e começa a ceder.

Autonomia da Vontade: Facultava aos contraentes a total e


irrestrita liberdade de estipularem seus contatos. Vontade livre e
autônoma para a realizações de negócio jurídicos.
A principiologia contratual clássica é baseada em três princípios:
Autonomia da vontade
Garante às partes a liberdade de contratar, escolher a outra parte, o
modo, o tipo e o conteúdo do contrato
Obrigatoriedade contratual (pacta sunt servanda)
O contrato é considerado uma lei entre as partes, que devem cumpri-
lo, mesmo que uma delas seja prejudicada
Relatividade dos efeitos
Os efeitos do contrato são limitados às partes contratantes, não
afetando terceiros
A principiologia contratual clássica foi aplicada ao Código Civil de
1916. No entanto, os princípios clássicos não são suficientes para
nortear as relações contratuais modernas, que devem observar os
princípios e garantias constitucionais.
Alguns princípios contratuais contemporâneos são: Função social do
contrato, Boa-fé objetiva, Equilíbrio contratual, Segurança jurídica

02 / 09 /2024
PRINCIPIO DA OBRIGATORIEDADE CONTRATUAL

Pacta Sunt Servanda

O contrato estabelece a lei entre as partes.


- Estipulando validamente seu conteúdo, tem para as partes.

Força Obrigatória

Irretratabilidade do acordo de vontades que deve ser cumprido CF-88


Necessidade de segurança jurídica. Pacta Sunt Sevanda Mitigado
contemporamente.

Pacta Sunt Sevanda existe até hoje? Sim, porque ele esta
regularizado e mitigado em relação a função social contrato pela boa
fé objetiva.

Princípio autonomia da vontade: Facultativa aos contratantes a


total e irrestrita liberdade de estipular seus contratos.

Princípios da Relatividade dos Efeitos contratuais.

Permite as partes estabelecer suas avengas com base no consenso.

Artigo 107 e 108 Código Civil: PROVA

Princípios da Relatividade dos efeitos Contratuais

Em princípio, os efeitos do contrato atingem apenas os contratantes.

O contrato produz efeitos entre as partes que firmaram efeitos entre


as partes que firmaram, e isso para efeitos benefícios. Existe nas
cláusulas contratuais.

Os artigos estabelecem que a validade de um negócio jurídico está


condicionada a três requisitos:
Agente capaz
Objeto lícito, possível, determinado ou determinável
Forma prescrita ou não defesa em lei
A capacidade do agente deve ser absoluta, ou seja, o agente não
pode ser absolutamente incapaz, o que acarretaria em nulidade
absoluta. O objeto do negócio jurídico deve ser lícito, não proibido por
lei, nem contrário à ordem pública, à moral ou aos bons costumes.

-Vontade livre e autônoma para a realização de negócios jurídicos.

Princípio da obrigatoriedade contratual: (pacta sunt servanda)


-O contrato estabelece lei entre as partes
-Estipulado validamente seu conteúdo, têm para as partes força
obrigatória
-Irretratabilidade do acordo de vontades, que deve ser cumpridos
conforme convencionados
* Necessidade de segurança jurídica.
*Pacta sunt servanda mitigado contemporaneamente (existe até hoje,
mas relativizada por causa da boa-fé objetiva, pela função social) CAI
NA PROVA

Princípio do consensualíssimo: Permite às partes estabelecer suas


crenças com base no consenso art. 107 a 108. CAI NA PROVA
Art. 107. A validade da declaração de vontade não dependerá de forma especial,
senão quando a lei expressamente a exigir.
Art. 108. Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial à validade dos
negócios jurídicos que visem à constituição, transferência, modificação ou renúncia de
direitos reais sobre imóveis de valor superior a trinta vezes o maior salário mínimo
Princípio da relatividade dos efeitos contratuais: Em princípios, os
efeitos dos contratos atingem apenas os contratantes.
EXCEÇÕES (desde que efeitos benéficos): Seguro de vida, promessa
fato 3° e consumidor por equiparação art. 17 CDC

Dirigismo contratual: Consiste na intervenção estatal no domínio


econômico (relações privadas) para estabelecer o equilíbrio
contratual e proteger a parte mais fraca na relação jurídica.

PRINCIPIOLOGIA CONTEMPORÂNEA
1) Autonomia privada: Poder que os particulares têm de
regulamentar pelo exercício de sua própria vontade as relações que
participam, estabelecendo seu conteúdo e disciplina jurídica.

- Auto Regulamentação de seus interesses e relações jurídicas.


*Distinção: autonomia patrimonial e existencial.

Distinção
Autonomia da vontade: Vontade livre e autônoma para realizar
determinados negócios jurídicos
Autonomia privada: Esfera de liberdade em que as pessoas
estabelecem suas normas jurídicas (vontade mais regulamentação
estatal).
CUIDADO A autonomia (AP) encontra limites no ordenamento e nas
normas de ordem públicas

1) AV (autonomia da vontade) = AP (autonomia privada)


2) AV diferente de AP
° AP em substituição AV (Evolução)
° AV (estado liberal) e AP (estado social)
IMPORTANTE: A AP se exterioriza por meio de:
1) Liberdade de contratar: O indivíduo é livre para escolher se quer ou
se não quer. Livre escolha.
-Faculdade de celebrar ou não os contratos. Esta é ilimitada
2) Liberdade contratual: Trata-se da liberdade de estabelecimento do
conteúdo contratual. Esta é limitada, pois tem que haver a vigilância
da normas de ordem públicas e interesses sociais CAI NA PROVA

2) Justiça contratual/ da equivalência material:


AJ encontra-se fundada na percepção da igualdade material, com
vistas a garantir a percepção do equilíbrio material das prestações.
-Pressupõe-se a equivalência entre prestação e contraprestação, para
garantir o equilíbrio contratual
Ver artigos 423 424
Art. 423. Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas
ou contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação mais favorável ao
aderente.
Art. 424. Nos contratos de adesão, são nulas as cláusulas que
estipulem a renúncia antecipada do aderente a direito resultante da
natureza do negócio.

3) Função social dos contratos: (FSC)


Art. 421 e 2035 parágrafo único
Fundamento: Princípio da solidariedade social
Origem: função social da propriedade, estudos de São Tomás de
Aquino
Definição: Princípio de ordem pública pelo qual o contrato deve ser
necessariamente interpretado e visualizado de acordo com o contexto
da sociedade.
-Função social: princípio cujo o objetivo é a atribuição de uma dada
finalidade social aos contratos com vistas a garantir a promoção do
bem comum e o interesse da coletividade.

09 DE SETEMBRO

Dupla eficácia da função social contratual


1) Função social INTERNA
A atuação da função social entre as partes visando a garantir relações
jurídicas equilibradas e que observem a dignidade humana.
ENUNCIADO 360 CJF
EX: Recusa de renovação de apólice de seguro de vida. ENUNCIADO
542 CJF
EX: Súmula 302/STJ: É abusiva a cláusula contratual que delimita os
dias de internação hospitalar.
EX: Súmula 335 STJ: Art. 35 lei 8245.
(Renúncia de direito de indenização de benfeitorias em contratos de
adesão)
ENUNCIADO 433 CJF, 364 CJF

2) Função social EXTERNA CAI NA PROVA


Diálogo de cooperação entre as partes e 3° figuras jurídicas
Ofensa a interesses metaindividuais
Contrato deve atender aos interesses individuais, mas sem
ofender a dignidade humana
-Presença do equilíbrio contratual
- Tutela da coletividade

FUNÇÃO SOCIAL AMBIENTAL- Stock car CAI NA PROVA


Contrato entre agente de viagem e anunciante que vincule uma
publicidade discriminatória.
EX: Contrato empresarial que gere a criação de um oligopólio,
empreendimento em área de preservação ambiental.
b. Ofensa a 3° identificados (figura jurídica) CAI NA PROVA
Trata-se da situação na qual os efeitos danosos do contrato
atingem 3° identificados alheios à relação jurídica.
-Tutela externa crédito
-Mitigação do princípio da relatividade dos efeitos contratuais.
EX: Consumidor por equiparação (acidente de consumo art. 17
cdc avião que cai e prejudica terceiros)
EX: Súmula 308 STJ: Caso em kol
A construtora vende um imóvel que o agente faz os
pagamentos, mas para terminar a obra a construtora pega
empréstimo e dá como garantia o imóvel. Sendo o agente o 3°
ofendido na relação
c. Ofensa da relação jurídica por 3° ofensor
Situação na qual um 3°, que não participa da relação contratual
interfere (ilegitimamente) na mesma, gerando o sem
inadimplemento.
-Vedação à prática de alistamento do partido
-3° cúmplice
- Interferência ilícita aos contratados
-Inadimplemento
- Responsabilidade contratual e extracontratual

Art. 608 CAI NA PROVA


Caso das bandeiras de postos de gasolina: Marca de gasolina X
estabelece contrato com um posto de gasolina A, marca Y alicia o
posto de gasolina A fazendo o quebrar o contrato com a marca X.
Um terceiro se envolve na relação contratual gerando um ônus para
uma das partes.
Zeca pagodinho nova Schin X Brahma:
Leão X Band X Record:
608. Aquele que aliciar pessoas obrigadas em contrato escrito a prestar serviço
a outrem pagará a este a importância que ao prestador de serviço, pelo ajuste
desfeito, houvesse de caber durante dois anos.

16 DE SETEMBRO

BOA FÉ OBJETIVA
Artigos 422, 113 e 187 CC

422 do Código Civil: Art. 422. Os contratantes são obrigados a


guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os
princípios de probidade e boa-fé.

Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a


boa-fé e os usos do lugar de sua celebração. § 1º A interpretação do
negócio ...
187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-
lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim
econômico ou social, pela boa boa-fé ou pelos bons costumes.

Origem: Direito Romano


Fundamento: Princípio da solidariedade
Boa-fé:
Subjetiva (refere-se ao estado, psicológico, como se comporta
perante a situação)
Subjetiva Má fé
Refere-se ao estado,
psicológico, como se
comporta perante a
situação Objetiva Ausência de boa-fé
Refere-se ao objetiva
comportamento, não
importa o que pensou, mas
sim o que fez
-Clausula geral
-Norma de ordem pública e interna social
Definição: Regra de conduta, imposta ás partes, pautada em
preceitos, ético, jurídicos de honestidade, proibidade, retida no intuito
de não frustra a legitima expectativa (confiança), buscando
estabelecer o equilíbrio nas relações jurídicas, com vista ao seu
adimplemento.

Funções da boa-fé objetiva


Tem caráter de aspectos tridimensionais
a) interpretativa ( art. 113): A boa fé atua como referencial
interpretativo dos contratos BOA FÈ OBJETIVA
b) de controle ( art. 187): Abuso do direito CAI NA PROVA ela veda o
abuso de direito
IMPORTANTE: A boa fé objetiva e o abuso de direito tem como
correlação ou ponto de contato a função de controle da boa-fé
objetiva, cujo a finalidade e coibi o abuso de direito. CAI NA PROVA
c) integrativa (art. 422): da referida função que surgem chamados
deveres anexos de conduta da Boa fé objetiva.

Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na


conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de
probidade e boa-fé.

Deveres de anexos de conduta


Deveres comportamentais que impõe determinada conduta ou
restringem o exercício de um direito previsto em lei ou no contrato.
Espécies (rol exemplificativo)
a) Deveres de proteção: As partes tem o dever reciproco de proteger
seu patrimônio (e alheio)
b) Deveres de cooperação: As partes são parceiros contratuais, têm o
dever de cooperarem para que o contrato atinja seu cumprimento,
sendo este cumprimento o adimplemento.
c) Deveres de informação: As partes têm o dever de informar sobre
todos os aspectos que regem a contratação.

Cuidado: a quebra ou ofensa dos deveres anexos gera a violação


positiva do contrato (AVP), com imputação de responsabilidade pelo
inadimplemento.
Efeito: Inadimplemento

Princípios correlatos a Boa fé objetivo


a) informação: impõe aos contratantes o fornecimento de informações
sobre conteúdo contratual. (Palavra-chave: conteúdo contratual)
b) transparência: Qualificação da informação fornecida, a informação
deve ser apresentada de forma clara, precisa ostensiva e adequada
correta. art. 31 CDC

31 do Código de Defesa do Consumidor, a expressa obrigatoriedade


de se apresentar o valor total a ser pago pelo consumidor, ao final de
toda e qualquer compra parcelada de produtos ou serviços, inclusive
para empréstimos e financiamentos bancários.

c) confiança: Trata-se do adimplemento das legítimas expectativas


despertadas na contratação.

Responsabilidade civil por ofensa a boa-fé objetiva


A boa fé objetiva atua em todas as fases do contrato
a) Responsabilidade pré-contratual: Gera responsabilidade civil
b) Responsabilidade contratual: A quebra do contrato durante o seu
curso
ex: negativa de procedimento
c) Responsabilidade pós-contratual:
ex: Rio Tejo / Portugal
AV 1 a

Matéria da AV1 B

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