L12_(4º Trim 2024)_A morte de Jesus não foi um acidente_Textual_Ana Clara Sterque

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TESOURO

Ana Clara Sterque


ADVEC Sede, Rio de Janeiro

A morte de Jesus não foi um acidente


Rev Hernandes Dias Lopes

Hernandes Dias Lopes é pastor presbiteriano, teólogo, professor,


conferencista, escritor e diretor executivo do Ministério Luz Para o Caminho.

A morte de Jesus não foi um acidente. Estava decretada mesmo antes


da fundação do mundo (Ap 13.8). Ao longo dos séculos, a morte de Jesus foi
proclamada pelos patriarcas e profetas. Todo o Antigo Testamento apontava
para esse auspicioso acontecimento. O próprio Jesus, profetizou sua morte em
quatro ocasiões:

1. O primeiro anúncio da morte de Cristo aconteceu em Cesareia de Filipe


(Mt 16.21). “Desde esse tempo, começou Jesus Cristo a mostrar a seus
discípulos que lhe era necessário seguir para Jerusalém e sofrer muitas coisas
dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, ser morto e ressuscitar
no terceiro dia”. Logo após Pedro afirmar que Jesus é o Cristo, o Filho do Deus
vivo e Jesus declarar que ele mesmo é o fundamento, o dono, o edificador e o
protetor da igreja, anuncia pela primeira vez que era necessário subir para
Jerusalém para ser entregue nas mãos das autoridades judaicas, para ser
morto e ressuscitar no terceiro dia. Está patente aos olhos de Jesus que
Jerusalém seria o palco de seu sofrimento atroz, de sua morte vicária e de sua
vitoriosa ressurreição.

2. O segundo anúncio da morte de Cristo aconteceu na Galileia (Mt


17.22,23). “Reunidos eles na Galileia, disse-lhes Jesus: O Filho do Homem
está para ser entregue nas mãos dos homens; e estes o matarão; mas, ao
terceiro dia, ressuscitará. Então, os discípulos se entristeceram grandemente”.

A transfiguração foi precedida e sucedida pelo anúncio da morte e


ressurreição de Jesus. Nenhuma improvisação. Nenhuma surpresa. A morte de
Jesus não foi um acidente nem sua ressurreição uma surpresa. Tudo estava
rigorosamente definido e isso, desde os tempos eternos. Se a primeira
comunicação de Jesus acerca de sua morte desembocou na reprovação de

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Pedro (Mt 16.22), a segunda comunicação desaguou na profunda tristeza dos
discípulos (Mt 17.23).

3. O terceiro anúncio da morte de Cristo aconteceu na Judeia (Mt 20.17-


19). “Estando Jesus para subir a Jerusalém, chamou à parte os doze e, em
caminho, lhes disse: Eis que subimos para Jerusalém, e o Filho do Homem
será entregue aos principais sacerdotes e aos escribas. Eles o condenarão à
morte. E o entregarão aos gentios para ser escarnecido, açoitado e crucificado;
mas, ao terceiro dia, ressurgirá”.

O terceiro anúncio da morte de Cristo dá-se quando ele está subindo


para Jerusalém. Jesus deixa claro que ele será entregue aos principais
sacerdotes e escribas em vez de ser uma vítima indefesa. Fica evidente,
também, que sofrerá açoites. Seu sofrimento culmina em sua crucificação.

Esse horrendo espetáculo de dor, entretanto, não põe um ponto final no


propósito soberano de Deus. Jesus deixa claro que no terceiro dia, ressurgirá.
A morte não pode detê-lo. Ele matará a morte, arrancando-lhe o aguilhão e
triunfando sobre ela, abrindo-nos o caminho da imortalidade.

4. O quarto anúncio da morte de Cristo aconteceu em Jerusalém, dois


dias antes da páscoa (Mt 26.2). “Sabeis que, daqui a dois dias, celebrar-se-á
a Páscoa; e o Filho do Homem será entregue para ser crucificado”. O último
anúncio da morte de Jesus dá-se dois dias antes da páscoa. Muito embora as
autoridades judaicas tramavam prender Jesus à traição dois dias antes da
páscoa para matá-lo depois da festa (Mc 14.1,2), Jesus deixa claro para seus
discípulos, que essas autoridades estavam apenas cumprindo um plano divino
já traçado antecipadamente.

Não é o homem que está no controle da situação, mas Jesus. A história


da redenção nunca esteve nas mãos dos homens, mas sempre esteve nas
mãos do Eterno. Nessa última comunicação de sua morte, Jesus mostra que
na mesma festa da páscoa, quando um cordeiro sem defeito seria imolado, ele,
sendo o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, seria entregue para ser
crucificado. Sua morte substitutiva nos trouxe vida, seu sangue nos trouxe
purificação e sua ressurreição nos trouxe esperança.

Artigo em formato digital: A morte de Jesus não foi um acidente – Primeira Igreja
Presbiteriana de Vitória Acesso em 19/11/2024.

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