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AP4 de Geografia

POPULAÇÃO: TEORIAS
DEMOGRÁFICAS
Professora: Carliane Sandes
João Pedro Santos
Lucas Menezes
MEMBROS
Maria Lígia
DO GRUPO Samuel Mendes
Tiago Kelly

Campo Grande 1 | Turma: 2° Enem-B


CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO
O crescimento demográfico sempre foi lento e gradual, pois havia um
equilíbrio entre as taxas de mortalidade e natalidade. Entretanto, após as
Revoluções Industriais, este cenário mudou, pois com o avanço da
tecnologia e ciência houve a diminuição da taxa de mortalidade e
aumento da expectativa de vida. Com este crescimento populacional
exacerbado, houve o surgimento de teorias demográficas que buscavam
controlar este crescimento.
Ao todo, são cinco teorias: Malthusiana, Marxista, Neomalthusiana,
Reformista e Ecomalthusiana.
TEORIA MALTHUSIANA
Formulada por Thomas Malthus, no final do século XVIII. Segundo ele,
haveria um desequilíbrio entre o crescimento populacional e a
disponibilidade de alimentos. Esse desequilíbrio levaria a um quadro de
fome, pois Malthus acreditava que a população crescia em progressão
geométrica (2, 4, 8, 16, 32, 64…), enquanto a produção de alimentos
crescia em progressão aritmética (1, 2, 3, 4, 5, 6…).
O equívoco dessa teoria consiste no fato de que Malthus não previu que
os avanços tecnológicos na agricultura e na indústria seriam capazes de
aumentar a produção de alimentos, que se tornou muito além de
necessária para sustentar a população.
TEORIA MARXISTA

Karl Marx, no século XIX, criticou a teoria malthusiana, argumentando que


Malthus subestimou os avanços tecnológicos da Revolução Industrial, que
aumentaram a produção agrícola. Marx acreditava que a fome e a subnutrição
eram causadas pela má distribuição de renda e pelas desigualdades sociais
geradas pelo capitalismo, e não pela falta de alimentos. Para ele, a
superpopulação resultava da pobreza, ao contrário de Malthus, que via a
superpopulação como causa da pobreza. Marx também apontava que a teoria
malthusiana servia para justificar o desemprego e manter os salários baixos,
chamando os desempregados de "exército industrial de reserva".
TEORIA NEOMALTHUSIANA
Desenvolvida após a Segunda Guerra Mundial, ressurge com a
preocupação da superpopulação. O baby boom e a industrialização em
países subdesenvolvidos resultaram em uma explosão demográfica,
levando ao retorno do pensamento malthusiano, agora adaptado com
foco em métodos contraceptivos e esterilizações. Campanhas
antinatalistas visavam controlar o crescimento populacional,
responsabilizando-o pela pobreza e subdesenvolvimento, com
exemplos de medidas drásticas, como a Política do Filho Único na China.
A teoria é criticada por ser discriminatória, uma vez que as populações
mais pobres eram o principal alvo dessas campanhas, ignorando que a
pobreza pode ser uma causa da superpopulação.
TEORIA REFORMISTA
A teoria reformista contemporânea, com base na ótica marxista, argumenta que a
pobreza é a principal causa da superpopulação. Nos países desenvolvidos, onde há
melhores condições socioeconômicas, as taxas de natalidade e mortalidade estão
controladas, ao contrário dos países mais pobres, que enfrentam superpopulação. A
queda das taxas de natalidade está relacionada não apenas à desigualdade de renda,
mas também à redução de outras disparidades, como a de gênero, com a inserção da
mulher no mercado de trabalho.
Nos países em desenvolvimento, a falta de investimento em educação resulta em uma
população jovem e desqualificada, dependente de subempregos, o que perpetua a
pobreza. Reformistas defendem que, a partir de uma melhor distribuição de renda
e oferta de serviços básicos (como saúde, educação e habitação), o crescimento
populacional se equilibraria naturalmente. Em vez de atacar diretamente a
natalidade, a melhoria nas condições de vida levaria as pessoas a optar por ter menos
filhos, como observado nas parcelas mais ricas da população, sem a necessidade de
intervenção estatal direta.
TEORIA ECOMALTHUSIANA
A teoria desenvolvida por ambientalistas nos anos 1960, popularizada pelo livro
The Population Bomb de Paul Ehrlich, argumentava que o crescimento
populacional excessivo levaria ao esgotamento dos recursos naturais do planeta,
resultando em milhões de mortes por fome, a menos que houvesse controle
rigoroso da natalidade. A teoria reavivou o debate malthusiano, mas foi
criticada por ignorar o alto consumo de recursos naturais pelos países ricos,
mesmo com baixa taxa de crescimento populacional.
Ambientalistas e geógrafos defendem que o controle populacional nos países
pobres não resolveria o problema dos recursos, já que a exploração intensiva vem
dos países mais ricos. A solução seria promover práticas sustentáveis de
exploração e reutilização de recursos, bem como fontes alternativas de energia,
através de medidas conservacionistas que buscam o uso responsável da natureza.
O conservacionismo se opõe ao preservacionismo, que defende a intocabilidade da
natureza, e ao desenvolvimentismo, que prioriza a exploração para o crescimento
econômico.

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