Por Uma Carta Dos Bens Fundamentais - Luigi Ferrajoli
Por Uma Carta Dos Bens Fundamentais - Luigi Ferrajoli
Por Uma Carta Dos Bens Fundamentais - Luigi Ferrajoli
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I. Introduo Na tradio do constitucionalismo democrtico, as necc"idadcs e os int.",,,es vilai. da, pessoa . estipulados como m~re<:edote' de tutela tm ,ido expressado' quase semp'" sob a forma de dir.itos fundamentai" da vida int.gridade pe,,,,,al, da liberdade ""brevi"ncia, da instruo ,ade, todos o, valores es,enciais e vitais, degde sempre proclamados naS eartas constitucionais como o fundamento e t1l1.ode ,er do edifcio juridieo, foram inicialmente reivindicado., e posteriormente roconhecidos e tateludos. atravs da atribuio ao, indivlduos de expectativas, ou de pretense' ou faculdades, concebidas ,.mpre como direitos ,ubjetivos. Paralelamente foram sobretudo. par. no dizer ,omente, o, direito. fundamentais o' que delinearam aquele .i.tema de limites e vinculo. substanci.i. aos pOOerespblicos que denuminei "e,fem do indeeidrve\", formada por aquilo que a nenhum poder. nem mesmO maioria, consentido decidir ou no decidir. A questo 'lu. tentarei abordar Se a e,tipulao de tai, <li. reito" e as obrigaeli i: proibie, correspondentes '0' me,mos. .uficiente para assegurar uma garantia adequada a todas as nece,sidade' e. t<><los ;nt.re"., vilai" particularmente aquele, os de tipo coletivo. $uf,ci.nte, por exemplo, o roconhee;mcnto do
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direito de todm a viver num planeta hahitvel_ ao no aqu~cimenta global, n!io poluio dos mare., no depreda~n dos r""u!>os nator~is - para sugerir a, formas d~ preveniin de catstrofe, provocadas por C>se, evento" cujas dimenses vo muito alm das posslbi lidades de interveno de qualquer juri,dio? A atribuio a todo, do direilO vida e sade, embora estalOido em tantas Carlas con.'tilucionais e intemacionais, capaz rie ga_ rantir a vida e a ,"de ao, milhes de pessoas que hoje vivem na indigncia e que, na quase IOt"lidade dos casos, no tem um juiz perante n qual demandar jUllia, pela inexislneia de lal juiz, ou porque no possuem os meios para rcquere,la? Naturalmente, a alirmao de tais direitos e da. respectivas obrigaes e proibi_ es t essencial para a Sua lutela. Mas ela lamN:m, no, casos exempl; fIcado., suficiente? Aquilo que emactetiza todas eSta, catstrofes Cestas emergncias O falO de que os correlativo, direitos, co",istente.' ora em expeCI"tiva. nCl;ativas lle n;;o Ielilo, ora em expectativa, 1'0_ .itiva, de presla~o, tm p"r objeto os bens _ a atmosfera, o equiIrhrio ecolgico, a gua, a alim~mao bsica. os medicamento.' e.'sendai.' - em cuja prote~o ou cuja prestao comiste a ,ua garantia. Este cnsaio pretende evidenciar Como a garamia desses ben., que denominarei de "fundamentais", e com c!e, ,eu. direito, cOJTClativo<,requerem di<e;plinamento autnnmo e e'pecffi. co, que viio muito alm do, interesse, e direitos dos indivduos sing'ulares e da Sua capacidade e pos,ibilidade de Interveno.
aquele< objetos observveis e tangvcis que possuem um valor de uso e silo por isso utilizveis pelos seres humanos." No so "ooisas", por exemplo, tOOOlos corpos fsieos inaeessveis, dos quais pon"nto impossivel o uso, comO um terreno ,ituado na lua, ou as estrela" ou o, minemis localiaulos nOcentro da Terra. Sim o silo por sua vez os objeto, tei, porque utilizveis pelo homem: alm do. bens materiais, tambm a, ooi,as aees,iveis e dl'ponveis a lOdo., como o ar, a energia .olar, o. animais, os peixe. 01"mar, e, em geral, a r~.'n~lliu,', QU;lIlto aos bens, a sua definio Corrente na doutrina juridica aquela oferecida pelo art. 810 do edigo civil italiano: "Silo ben. a. cois", que podem ,er objeto dos direitos". Ne,te ilenlido. prosilegue Oedigo, os bens se distinguem em im"eis e bens mvs. "Silo bens imveis", diz o art. 812, "o ",lo, a, nascente., o, cm,,,, d'gua,", rvores, os edifcios e outras constnles, mesmo ,e unidas "O 1010 de forma lran,it6ria, C em gemi tudo aquilo que nalumlmente ou artifieialmente incorpomdo ao solo ... So mveis todos us oatros !>ens". Em out",s palavra" ,o "imveis" todos aqueles ben, que no paJem ilef tmn,feridos materialmente, pelo '1"c a sua vcnda, oomo di,. o art. 1350, n. 1. do cdigo, llevc fal,er-se atfavs de alO escrito. Silo por sua vez "mvci," todos oS bens que podcm mover-se e ,o por isso trdn,fefvcis materialmente, mediante entrega, juntamente COm" <liaposse. H ainda outras divises dos bens, al~ de tipo naturalista, operados pela doutrina: entre bens divisveis e indi"jsvei<, fungveis e infungveis; enlre bens {m,umveis e no consumveis e ainda deteriorvei,.
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2. Uma redefini.o do conceito de bens o jurfdi"" sua vcz lua Vel temlO "bens fUnuamentais" desconhecido na linguagem usual. Com ele ues;gnci uma subcla"e dos bens que por so uma subeJ.."e da! "oisas.'" "Coi",," e 'bem" silo por termo. do lxico jurfdie" tradicional. Silo .'coisas" todos
Em lodas estas acept" a noo de hem de,igna, evidentemente, apenas oS "!>en, patrimoniais", enquanto tais virtualmenM. S ,.ed" 11jd ). P<,ho , ju.",', eo '"' "","' . .lolo.1 ;0 ~"'"" lo F,,,,,du.u
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te dispon! veis e alienveis, j que "objetos de direito" por Sua vez patrimoniais. No por acaso a dcfiniilo de bens oferecida pelo citado art, 810 abre o Livro III do cdigo civil sobre a propriedade privada, isto~. sobre o mais clssico e importante dos direitos patrimoniais, e sobre os outro, direito.' reais. Uma coisa toma-se um bem patrimonial quando, por Sua escassez e por ,eu valor de troca, fat.sc objeto de um direito patrimonial especfico.'" Eixisrem no entanto bens que no so coisas, como silo todo, aqueles que a doutrina, acolhendo a noo civilista dos "bens" COma coisas, i,to~. COmo entidades materiais, chama contradi_ toriamente de "bens imateriai,", isto , no corpreos nem concretamente tangveis: como", obras do taiento ou as invenes indumiais objetos Je patente, a, criaes intetC<:llIai, ohjctos de direito, de autm, as marcas e o, produtos financeims.~' Eiexistem bens que no 'o objeto de direitos patrimoniais, como o ar, a, rea, e fundos marinhos e os rgos do corpo humano, cujo trao dIStintivo. contrariamente quele dos bens patrimoniais, a sua indi,ponihilidade, i.to . a sua suhtrailo ao mercado enquanto bens. como chamados pelo.' romano,. extra cornmerd"rn e e:rlra palrimoni"rn,
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A dcfiniiio legislativa fornecida pelo ano 810 do cdigo civil, embora tenha o mrito da simplicidade,~, no plano da teoria do direito, duplamente restrita e portanto carente de uma adequada capacidade explicativa: porque limita os bens apenas s coisas, e, mais do 'Iue isso, apenas , coisa, que so objetos de direitos patrimoniais. Para dar conta de lodm; os hens que nilo silo nem coisa, nem bens patrimoniais, e que no entanto so relevante, como objeto de tutela e de todas forma, de discipiina jurdica, ~ til assumir uma definio terica mais ampla: "bem" i aquilo 'J"e pode ser objeto de urna situao jurdica.'" Neste sentido a noo de hem resulta mais extensa do que aquela usual sob dois aspeCtos. So "bens" com base naquela. no somente as coisa, que so o ohjeto de direitos patrimoniais. mas ainda: alo, bens imateriais, que no . coisas, pelo menos se se acolhe a noo o corrente de coisa como "poro do mundo externo perccptrvel pelos sentidos";" bjlodo, o, ben, que n;Io so o objeto de direilOS patrimoniais, dos assim chamados "bens comuns", correspondentes aoS romanfstkos res cornm"nes "rnniurn. como o ar. O solo ocenico e a biodivcrsidadc. aos bens como os rgos do corpo humano, do, quais. como diz o art. 5 do cdigo civil italia. no. so proihidos ao, ato, de dislX'sio "quando ocasionam uma diminuio permanente da integridade flsica, ou . outrossim 0 contrrios lei, ordem pblica ou aos bons costllme,"; c) todos os bens. afinal. que so o objeto no j de direitos. mas de proibie,. e que por isso podemos chamar de bens iUdlOs porque proihida a sua produo elou seu comrcio e/ou sua utilizao c/ou sua dcten,io.'"
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3. BEns rundamEntai5 c bens p"trimoniais Sobre esta base, podemos foo"ular du,,"sgrandes Jislin<'>cs, A primeira, Tessaltada pcla doutrina, embora operada contradi" loriamenle sobre a basc da eonotaio de "bem" Como "coisa" fornecida pelo art. 810 do cdigo civil, aquela feita entre bens materiais e imateriais; so bens maleriai. todos os bens consis_ tentes em coisas; so bens u"ateriais todo, os bens no comi,lemes em coisas, Como as marcas, as ohras do engenho humano e a. criaes anstica, ou intelectuais, 11 A segunda distinao, bem mais importanle, embora ignorada pela doulrina correnle, aquela. qual dediquei este en"aio, entre bens patrimoniaL, e bens fundamenrais. Podemos chamar de bens ptltrimoniai" oS bens disponveis no mercado atravs de atos de disposio Ou de troca, a par dos direiros patrimoniais dos quuis so o objern, a cujos litulares portanto re,e!'o'ad" o seu uso e gozo, Chamarei por outro lado de bens juru/tlmenla;s o" bens cuja acessibilidade garantida a todos e a cada um parque objeto de outros lantos direilo, fundamentais e que por isso, d" me.,ma forma que estes, so ,ublra{dos 11lgioa do mercado; como O ar, a gua e OUlros bens do patrim6nio eco16gico da humanidade e, ainda, os rgilos do corpo humano, os f"rmacos considerados "essenciais" ou "salva-vida," e similares, Temo, aSlim uma distino na qual fcil reconhecer a analogia Com a respectiva dislin~o dos direitos subjelivos em direitos patrimoniais e direitos fundamemai,," A, duas dislines residem na correlaao sintlica expressa pela. definics das duus classes de bens: aquela de bem patrimoniais COma qualqaer bem que seja objeto de um direito patritrumial, e aqucla de beMfun<lmemai" como qualquer bem que seja objeta de um direito fwulamcntal
" Ve;.m_ "defini<D<> 'm l'riocop;o ;.ri, I, I 1.11, D 7.10 o UI, I, p, 3~3_194' "";0<;10 monto AO~i",ito ".'''''0: "Co."",,1<> h" O." ""gi ",,",''''- ""I.,l",,", 11,,,,,,,""'Li, ,.rum ".,n'wn <l,n[que .Ii "" inn.me .bll", ln=<po<-.I sun, ""''''
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primArio," Naluralmente. enquanto todos os !>ens fundamentais suo, por detinio, objeto de direilu, fundamentai" no .'erdade a te contrria: somente alguns direitos fundamentais ~ lais ""mu o direito imunidade. o direito 11integridade pessoal, e alguns direitos sociai" como o direito saade c 11alimenta,ilo h,lca - tm cumo objeto bem fundamemais. As du"s distines _ entre O<bens e elta C a dos direitos - rcflelem ponantu diferenas e'lruturai., anlogas. O. direitos fundamenwis, segundo a definio por mim propo<la, s~o lodos aqueles direito, que dizem respeito universalmenle a lodos enquanto pessoa, e/ou oidado" dou ,,""'MS com capacidadc de fat". que enquamo Ulls ,o prescritos imediatamente por normas. a, quais designei por isso mesmo "t6ticas" e precisamente "ltico-dentloa,". ,endo c"nscqucnlemente indisponveis e inaliemlvei,,'" Analogamente, lam1Xm os direitos [undamenlais sao uni,'e",ais. no sentido de que seu desfrute 6 acessvel a todos pro ;ndh'iso ou igualmente reservado a lodos e a cada um de maneira exclusiva; ,o alm disso tambm qualifLeados como lais imcdlatamente por normas "tticas", e preci,amente "ltico-constitUliva,";" so lam1Xm, [inalmente, sublrad", " di'posio e apropriao privada Pelo contrrio, oS direitos palrimuniui, s"o lodos aquele, direi 10' que dizem reSpeilo singularmente
'"' l'n"pid ',n., dL,I, I IUO,
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o! 16.14, p. \%-601.
I, I lI, I, p. I 24.J11, o 11.1. Dooomiod """"""" tili,,,,' ,di"miu;n<>-o< <m "<l<oUnL"",", "<on,"","v~,", n"",,., q di"""'" imli",."",,,,, si,,,",,,,,, 00'"''''
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U?Sseus ,litulares com excluso dos outros: que enquanto lais ,o nao J. dIretamente dispo,tos. mas predispoSIOS por normas, por ISSOdaas "hipottieo-denticas" COmo efeito dos alos por ela, hipoleticamente previsto,: qoe silo por isso di,poniveis e alienveL,," E analogamente tambm os bens patrimoniais ,ilo beos singulares, no sentido de 'lue seu desfrute garantido exclusiva_ mente aos titulares dos direito, patrimoniais dos quais so ohje_ to: ,;10 predispostos pornormas hipottico-denticas juntamente com ~s re'pectivos direllOS, dispostos como efeitos dos atos por elas h'potehcamente previstos; e so por isso, a par dos direitos dos quais so objeto, disponf ,'ei, e alienveis," . ,H no enlanto.uma diferena entre a indisponibilidade dos dIreItos fundam,:ntlls.e .a.dos bens fundamentai" Enquunto a primeIra um,a ,~dlSpomblhdade conceItual, por assim dizer lgica e ponanto IOvlolvel, Ilgada nalurez.a de generalidadc, abstrao e hCleronomia das normas que estabelecem direilOS fundamentais, a segunda uma indisponibilidade somente jurfdk;l, e ponanto passvel de violao, dado que os bens fundamentais. de tala, so ,empre materialmente disponfvei" Por isto, a garantia da IOd.isponibllidade de tai, bens possui a forma de proihiu, de fato vlOlv~I,.de dIsposio. Em soma, enquanlO a indisponibili_ dade dos dll'l:'~S fundamentUls do tipo altico. de tal modo quc uma evenlual d'~POSlodos me,mos sabidamente ine;\stente aquela dos bens fundamentai! de tipo dcntico, pelo que um~ sua evenlual dISposio seria apena, um ato ilcito. Um ato de venda da liberdade de conscincia ou de manifestao do pcn!am~nto, por ~xemplo, seria irrealizvel e sem sentido, dado que as nOnna, que estabelecem tais liberdades so nonnas heternomas cuja existncia independente de qualquer coisa que possamos pensar ou fazec. Pelo contrrio, a venda ou a destruio de um be,m fundamental so fatos, talvcz irreversiveis, dos quais O direIto no pode impedir a Sua concreta comisso ma, ""mcnte proibi-la e puni-Ia como ilfcita. ' Nilo s,u~~uo acrescentar que p;tra a cincia jurdica a nalure7,a .r.ammomal ou fundamental de um bem depende do dipoSlltVO: um bem fundamcntal, como por exemplo um rgao VItal do corpo humano, tomar-sc_ patrimonial Se os direitos
sobre ~lc se tomarem di,'punvei,: inversamente, um bem patrimonial. como por exemplo gua ou os medicamentos essenciais, tomar.,c-iam fundamentais se fosse proibido o desperdcio e fos_ se obrigatria a ,ua distribuio a 100M, Pelo contririo, para uma teoria da justia so fundamentais lodos e somente aqueles bens pur ela assumidos comO vitais c por i,so merecedores de lute. la, independenlemente daquilo que estabelece o direito positivo. Diferente . f,nalmenle, O ponto de vista aqui adorado de teoria do direito," Nesle pluno a distino no possui nada de ontolgico. No se (]iz quais bens so ou justo que sejam fundamentaIS oU patrimoniais. Pode-se <amente dar conta. em sede de tCOrla do direito dos nexos entre bens e direitos patrimoniai, e enlre bens c dir~ilOs fundamentais. 0' bens patrimoniai, so objetD de direitos patrimoniai, enquanlo _ e soment~ cnq~anto - podem ser nJo someme ulili:wdos mas tambm desperdlados ,egundo o d%ico paradigma proprietrio do ''',' urend ef ab"lendi, Pelo contrrio. os ben, fundamentai, so objeto de direitos fundamentais enquanto _ e somenle enquanlo - s;;o objelo de limites ou vinculos, ou seja, das proibics de disposio nu de obrigae, de prestao correspondentes aos me!mOS, cnmo a proibi~ ~o comrcio de rgos ou a proibio da explorao da prosutmao, as proibies das atividades poluidoras, aquelas quc limitam 011 impedem a apropriao de recursos no I'I:novvei, e por "'o reconhecidos como COOluns,ou as obrigaes de distribuio de bens vilais como a gua, os alimentos bsicos e os medicamento' cssenclais.
4. Uma tipologia doB bens fundamentai.<: bens perS<lnal""imoB, bens comuns e bens sociais_ . Por uma carta constitucional d,,-, bens fundamenhus Podemos distinguir, sobre a ha.,e da soa diversa estrorurd, trs grandes classes de bens fundamemais: o) os bens per.<ono Sob< '''''m
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-P.lOU?h!h::U'lOS SOJOl"J ~P OUlOO 'OpOI" ""1-)lU"ll'jf :>pJP'"P)I''l"",d" OlU9Uod~ 'Op!wpo,d lII;1l,S amd OrppdE E'" " 'OUi!JlUOO opd 'no "p"pm'lthOU"J oru tn, C" ~pep'[TqP.J"UI!lA U'" C OS-"OI'''J!U''UI opuunb '!C)UO\Il"PU"j,uXI _ UI~"~UIUI '" onb 01'''[ E!-,~' no - "'-UIl!l"WO) """Y'I Orr~")U'lll'[P.p.J S)F!Ou~"a S<J)U"W""!P"U1 "nllr. " "'oo)ll\i[oo~ ,u"'I S"O,)no" lU OlllO~ 'O '~lu"UIlnUll 'SlF'UOUl!-,I"d ,u'q SOI!nlU, '""O) S"I)mu :QP"P!I)q -!uods!p EP"I'lll!l! "'" ~p Olu~lII"1<111so" z;'S'''~S~"P OIU"lU!O''''J op "P'P"'" "U S!11!UQWU1Ud "'"WlUl<WOI"SOIIUJ ,u:>q snos Q ""I -Ino", '"'1"1 '" O]dUlOXQ OlUOO ,od "'''''0) '''l)n,u :"P"P![) In En, " uJ.""lm,,,p 'Oj QnhUp!pJUI~ ""!OO "'-'UUIDll1l)j"'UllllId-S"!l?l"lll ,e oltl,u"~,, 100 OU'OO'so'''[qo SOlTTllU 'OO)1l91(}U""1 OIUO,u'''lo~ "UQ'''P or. ~ O~~1Tl)JOI""IU~OSOjJ ns ~ s"ja,! "Wnb"P O",n~ ou " ~ "lU""'" UlI(lIS!q~PU",\1"mn ? ,u:>q sop ~ Sl'"!O~'EP "!'(lI'!'1 UupoL ,,)\1010UJ~l~ "!-,lsIlpU)~P O\U~W!hIO"U"'''PolJd """JIll''I]" ,u"m -0'1 ")U~ 0~~~1J.l"u '"p"X>~OJd '''~U''P''lU '''u ~'-E!~,eq "OH"'!r op "1'!lullJull I;><!ud U1UP"JlPU!~!:U op 'opnl"-'qos '~ P..")E~!ld~, ~P"P!lu"!J lllOJ - ,r.p~o!J!~Jds" P.JOSOSSll[J S?ll ~u " '!"IUOllJ"p -unJ Sll:l<.] - '''P03JlU" "'l'~ n l:)JJo= "r ~peplS'''''''u V 'o
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d~sl",ii1o ~ ~speculai1o privada, Inv~"amenle, a originria inapropriabilidad~ ~ indisponibilidade nalural de mu(os objetos, como por exemplo os 6rgilos do corpo humano, tomou-se, em comequncia da adquirida e experimcnlada apropriabilidad~ lec. nolgica. uma respecliva apropriahiJidade e disponibilidade jur_ dica, qu~, novamenl~, .omeole se v~rificar ,oh a fonna de bem fundamentai.. persona/(s$imos, mai, do que sob a forma de ben. patrimoniai,. podendo a'Sim ""r impedida e penalizada COmolu_ leia dos sujcilu' mais fracos, Afinal, a demuio ~ adimibuio operada p~lo Itom~m de muitos bens, Como so por um lado o, bens ecol6gico. ~ por OUlroos medicamentos ~s'enciai" podero scr a primeir~ proibida e a oulra tomada obrigatria ",m~nte se tais bem forem garantidos a todos. un. como bens fundamentais ('('mum ~ OUlros como bem jimd"me"rni5 .wciu;s, em vez de tra. ladus simplcsment~ como coi,a. ou COmoben.' palrimoniais, Enl~ndc-se, dada< as dim~n'<Cse a dramtica ~'I"~vidad~ deSlas mudanas, a nec~ssidade de acreSCentar categoria da< direitu, fundamenlai. aquela no menO, essencial do, ben. fundamentai" dislinguido. nas Ire. cla,,~s de bens peNonal,simo,. !>cn, comuns e hem sociais. A linguagem dos direitos, mesmo que fundamentai" resulta tolalment~ inadequada para formular as t<:nicas de lul~la exigidas por cada um de"", bens. Precisamente isso ,ufici~nle para t~malizar a. formas de lulela ,omenle dos !>cns personalfs8imo,. con.i'lenle,. ao lado dos dire(o, dos quais so objelo, em imunidade. individuais garanlidas por outras lanlas plOibie, f~o<Jam~ntai. Ma, ela lotahncnt~ inadequada para os bens .'ociais, e no o de tudo para os bens comun" seja assumindo, em contra'te com a gramtica do direitu, como lilulare" alm das pes'oas ,in guiares, a prpria naturela."
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Tratar.f;C.ia de normas lticas no sentido acima ilu.lrado: i,to , de nonna, que, diferentemente das nOnnas hipottica, que disci. plinam a troca de bens patrimoniais, con'lituiriam ela, mesm", lais bem COmo fundament,ri" no dive"amente, COmo se vcr mais adiante, "" como fazem a, atuais nOnn,,-sdo Cdigo Civil '1uc.constituem lai, be", como "bem pblicos", Somellle '1ue de. vena lratar-se de lI",ma.< de nivel eonstitueion"I, e se necessrio de nvel internacional, dondc os limites e vnculo, impostos ao men:ado C poltica para a lutela de tai. bens ,,"o resguardados ~a., v,olaes do legi,lador ordinrio e por isso das m"iorias eOntlllgentes,
tem,h'eI, que no eu"o de,ta gerao tem provocado indiziveis deva'l;lC<ao noS,O ambiente naluml; decididos adcma" para ."egurar a todo, a garantia da.< mnimos "ilais e para lmpcd" violaes dos corpos das pessoa,. possibilitado, am\>o<pelo pro~re"o tecnolgico, acordamas. ,:' a, scgulnle, medida, urgcme, para g.rantir os ,eguintes bens fundamentais da humanidade. rara idemificar esra, medida.. e eslas garantia.< em relailo ao, di,'ersos tipo, de bens prategido., distinguirei duas ,ord~ns dc diferenas e,m<lurais entre as dasses de ben' nas qUal' dlfe. renciei IOdos o' bens fandarnentais. A primeira ~ aquela, que J~ apontei, da sua diferentc rela,iio com os direitos fundamcntai, dn< quais ,o objeto: enquanto os \>011\ e",onalssimos, ,o tutep lada< pela> garantias das respectivos direi los de inmmd.dc d", quais ,o indissocivei" a, garantias dos bens comuns e dos ben, sociais requerem instituies phlic.s voltada, de modo geral respeclivo, li .ua prutea ou sua prcstao. .claro ~ue esta, garanti., no podem hmltar.'" apen., ., gar.''''t1a, do, :I,reIlO' respectivos, exigindo.se tambm o dc,",nvolvlmento dc ~omptex(}saparatos administrati ,.os voltados. como se vel".1 n~s H 6e 7, a funes e'ped1ca, de t"tela do, bcn, camuns e de d'SlnbUlo "pc kxcs do, bens soci.is. Al~m di"o, h l<tmhm uma segunda difcrena, us be~, l"'",ona1fssimos e oS cnmuns so bens nalul"dis. obje.lO de dlr~,. lOS negalvos de imunidade - os primeLro, dos qua,~ que bem podem ser chamados de direiro,' bio/Ricos . i~legndad~ pessoal, os ,egundos que podemos chamar de d"CI/()S CC010glCOS integridade do ambientc _ consistente' lodo~ cm eXF"~t,vas negativa> s quais correspondem, como garantiaS, prolb'oe, de leso. Os ben, ,ociai" ao inv~" so bens prevalentemenle arlifLCiais objclO de direi"" sociai, positivos, consistentes todo. em e'rectati Va>positiva, s quais eorrespondem. corno garant,.a, ol>rigaes de prestao. So comequentemente dlfer.entes as g. . . ralltias ex,glda, pe Ia, d uas c I""es de ~"ns As ,amnnas dos ben.' '-"' " fundamentois nmurai., ,ejam ele, pc",onalssimas ou camun" ",sidem n. ,ua indi'l'0nibilidade, cone,a au fat? dt; que, oS bens personalssima, constituem.se comO um lodo ",dlSsOClvel da inlegridade da I"'"oa. pertencendo ao, seus titulares e a ne,nhum . ,,,',o"'mumdahumanldade. outra e oS ben, comuns so pammo.. w , .' peflencendo a todos ,em exclusao. , e Io eontrano, as ,arantla,
A n~ture7.a destes limite, e vnculo. e Seu grau de rigidez dependem naturalmente do carter mais ou meno, vital dos bens fun~"mentais que W lenta proteger e das forma, de sua po'.,ivel uhhzao: do carter regenervel ou no regenervcl t"ma das parte, do corpo humano eomo dos bens ecolgico" do carler gratlI1l0da sua ecssao e dos mos "''' quais so deslinados. Proteger Um bem COlmofundamental 'Iuer di/cr em toJo caso In",-lo indi'ponfvcl, i,IO~, inalienvel e inviolvel, e ponama subtrai-lo a,o mercado e ao arbitrio das decise, polilieas, portanto de ma;n. na, Tambm ,ob este a,pc<:to a, bens fundamema;" reafirmam u paradigma dos direitos fundament,ris, dado que lambm a, suas garanlia, equivalem a limite, e a vinculas impostos, para a IUlela de lodo, e de cada um, ,eja aos poderes pri,'ados, atrav~s da estip~laiio d~ Sua indisponibilidade, 'eja aos poderes pblicos, atmvcsda ,:st,plllaiio da .'ua inviolabilidade, c ao mesmo tempo, a obrrgaao de garanILr a todos a Slla fruiilo, Podemos acresecm",qllc se a.<cartas de direitos fUndamentai. evocam a ideia do "canlralO social" de convivncia pacifica enlre os homens, uma Carta intemacional dos bens fundamentai, configurar.w.ia como Uma espcle dc "contraIO nalura]" de convivncia com a natureza'" e poderia abrir-se, parafraseando o premhulo da Carta da ONU, com as palavras: "Ns. povos d.s Naes Unidas, decidido, a salvar a, fUluras gerae, do nagelo do desenvolvimento insu,_
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dos ben.<l",,,lameJU,';s sod,,;. Como a gua, a alimentao e o, medicamenlos essenciais residem na obrigao pblica da sua pre'tao, consequ~neia do fato de que, sendo eles produzidos ou di,tribufdos pel(l homem, no penencem por ,i me,mos a todos, nem silo acessveis naturalmente quc1e, que dele, fazem uso: eles s.o fumlamclltais, C(lmo melhor veremo, adiante, apena, na medida em que silo ohjeto OOS correslX'ndcntes direitos sociai, ,obrevivncia,
tomar-,e.iam patrimoniais, E se produziria uma insolvel aroria: um tal podcr de autodeterminao civil, cnquanto absoluto e ilimitado, comportaria _ no diversamente de um poder d~ all~_ determinao lX'lliea igualmente ilimitado _ tambm a dISponIbilidade dos pr6prios direitos de autonomia, com o consc~uente colapso da prpria JUlodctenninao e, reflexamente, do tnleoro cdifcio jurdico das liberdades civis. Por tr, destas concepcs dit,1Shbenrias lI na realidade uma extenso indevida do lxico proprielrio que corre sempre O ri,ca de ser o verclllo de uma desviante confu,o entre dlrelt~ re,lI de propriedade, logo singular (exclu:'end! aliu,) c dl'p,"mvel, c direitos fundamentais. enquanto ta"um"e~a~s (omn.Jum) e indisponveis como so por um lado O d,reito ~I"ll de ,al,ena~ direito< reais de propriedade C pelo outro o dIreIto ",ud~ e a integridade pessoal. O risco .6 este.nder.se o cancelto de propriedade" at o seu usa indLScrmunado, enquanto s~bsta.nllVO do adjetivo possessivo "prprio" ta~bm nO tema de Id~nhdade pessoal e de relaes familiare', afet,vas, de trabalbo e sl.ro11ar.,,.. Como j relevei ,rias vezes, a origem desta c~panslo mva"va do lxico proprietrio e da confuso entre propnedade, hbcrdade e identidade I"'"oal" remonta a John Locke, "e~da u~", escreve Locke, "Iem a propriedade da prpria pe',,;,a", lncl",,~e portan. to "aquilo que lhe prprio"." Fala-se assIm de propnC<iade do '0" co"'" de propriedade do "prprio" lrabalho, de propr pn 'Y'" d "-<..' "filh sou priedade dos "Plprios" di,:il~, e talvez o' p,~~nos I o do "prprio" cnjuge" ou stmllares.
" Vejo-'"P...,pia wm ';L, 1,li \,~ e IO.'O'.lt,U. 1~:t~~.R " "" di liP<"~ i, e p. .' "'" ",<O,,"ronc'. 30 200l Pmpri p. 11_2'J, l'<r,m "",,,",~,,.,,Ii,mo ,lo",,, '" ""_.", ,., " .. XX!! n t 2004
5, Os ben" personalssimos 0., bens personalssimo" como referido, formam a ela,,,, do, bens fundamentais mais estreilamc'Dte ligada aos direito, vitais da pe",oa. O prindpio da ,ua indisponibilidade, cnnsequente "O valor da pessoa, po",ui a forma de uma proibio: "os aios de dispo,io do prprio corpo", e,tabelcce o j recordado a'tigo 5 do cdigo civil, ",o proibidos quando ocasionam uma dimin"iil(l permanente da intcgridade fsica. ou hem quando so contrrins li lei, ordem pblica ou aos bons costumes", O problema da Sua garantia lem 8<)manifestado sobretudo com o desenvol_ vimcnto da tccnologia mdica e cirrgica. que tornou po"rvel" transplante e cm con<cquncia a alienao e a utili .ao por parte de o"tras. D" a proibio absolma de qualquer violao deles, tanlo mais ncee ria e relevante - para a tutela da integridade da pessoa e contra Odrama do trfico dc rgos _ quanto mais fcil tccnicamente a sua desobedincia, O limite imposto:l. autonomia privada sobre os bem pcrsonaIL'.<imos reflete, evidentemente, uma forma de paternalismo. Mas u prprio paternalismu o 'lue esl Imse da indisponibili_ dade dos dirciws fundamentais: lai, bens s;,o subtrados ao podcr de dispo'io de seus possuidores justamente para proteg.los da Sua alienao, e portanto da 'Ua reduo a bens patrimoniais e da con'eqoentc regresso lei do mai, forte, Se de fato os titulares de tais direitos tive.'sem o poder de disp-los conjuntamente Com os bens disponr"eis - por exemplo, vendendo a sua liberdade 00 parte, do seu corpo oa tornando_sc "'Cravos _ tais direito, C tais bens deixariam de ,er uni ver'lls, e ponanto fundamentai" e
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di ~;ri""pri.."' Ri,;,I. ,riri,. d.1 d,."'I" p. Dlri". d,il [''''''';PI. ,di < di,Io,,~.i4<l ",ill,.Io, ~1opOh: Edin",,, s.:",,,ti<k
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_ Pessoas e co;',"-' silo no em.:lnto lemas diferentt:s, aos quais nan Se ~em "-S&OClar mesmos p""dicados, E mais: como afir0' ma a maJItrna kantiana segundo a 'lua! nenhuma """.~, ~,' lralad' _ r-' ~a ,~e <er ; a ~~a ca._,a," eSsas 'o figuras entre si cOnfrrias e nco.mpative,": Ao corpo ~a, pessoas no portanto aplicvel portu,ntn" I~xJCOpropnetrio. A propriedade diz respeito de falo a'te .-.: .. _ '~e'corna,~n' enquanl<>o corpo humano e scus 6.gil", ~"a" mo s? coisas, como tais pc.'slve;, objetos de propri"ooade ~a~ ~s l~togranle, da pessoa e da sua identidade fsica C ""iq'uka' sao "'JUlIo que ele - ' . ,.. s sao, C nao J aqudo que eles tm O "meu" c"'po, ,em ~uma: no designa Um objeto de minlm p~pfiedade mas mmha Jdcnlldade, no menos do que ()"me", ' a "minha" mente ' u pensam.nto ou co C e ~nto"" m~,m qu~ cstes, configurndo mo bem fundamental: mVlolavel, malicnvel, intangveL
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"u din:ito, fundamentai" para e~primir uma reivindicao direta para pr tenno a uma e,pecfica violao: o de,frute do, =ursos Datumi, por parte do, pase, mais ricos e, sobrctudo, a deva,ta. o do planeta provocada 1"'10desenvolvimento indu'trial. Foi de,ta devastao e do perigo de uma destruio irreversvel do hem e do, recurso, vitais para o futuro do gncro humano que nasceu a temtica do, bem comun" lai, so O! bens de todos _ aqucles quc o, romanOs chamavam de res communes omnium ~ como o ar. O clima. a gua, as rbitas dos satlite" as bandas do ter. os recursoS mincrai, da, profundezas marinhas, a assim chamada biodiver,idade e todO" O<outro, bens do patrimnio ecolgico da humanidade. Com re'peito aoS ben, personals,imos, oS ben, comun, aprescntam caractersticas cm parte ,imilares e em pane opostas, Tanto unS quanto outros, como se viu, so bens naturais, cujo va. lor vital jostifica a ,ubtrao apropriao privada e a garantia a todos enquanto pessoa,. como objelo dc direito' fundamentais de imunidade. Ma, enquanto. os bens personalssimos so universais no ,.ntido de que pcncncem a cada scr humano e so acessvei, unicamente a ele com excluso do, outros cnquanto partes intcgrantes da sua pessoa, oS bens comuns o so no sentido oposto de que pertencem e de"c ser garantida a sua acessibilidade a todos pro indiviso, lunt" assim que so configurados, Cnt muitos tratados intemacionais, como "patrimnio comum da humanidadc",'" isto , de um sujeito que inclui tambl!m a, futuras geraes.
,. Iloroni<_o< " T""",", fi_ """""I"."'" 00 171 t 1\9'11. quo lo;' _ como" 0fW"ll" <lo,od. a ~ Id -, ;"'1"''''''_0< ""i\i '" . e..m o " "" io,",o"", <lo,od". o, P~. "P quol fuo' ""'oIil" 4< >eU """",oI,i"","'" ",on<">mico "" c;eotifico- (OI'!,l). proil>odo". 'P"'P'ioio ""'''''"" ..,., 4< p'''' .l\<'"' ",""""i, <MO'" d< ""\i<>;lo """,,",,'" u " 'i. Roe""l . ,i,do
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COm referncia aos bens comuns onde mais claramente se manifesta a inadequao do uso exclusivo da linguagem de direitos fundamenta. Embora a proteo de lais bens seja um interes'e vital de todo" de lai, interesse, niio so consciemes as pessoa< singulares, embora timlares dos respectivo, direitos fUn. damentai,. QUllIldo se enven.na o arde uma cidade ou se coloca em ri,co uma praia ou Se abate uma floresra. os habilantes do lugar nao pensam estar 'endo privado< de uma propriedade co. mum, mas consideram.se apenas como usurios, consumidores ou po"(veil bondicirios de futuros loteamentos. Ainda meno.' vital e pela maioria das pessoas tOlalmente irrel.vame e at in. compreens{vel , alm dil'O, o intere<se peja proleilo do clima dos equilbrios ecolgicos," que diz re'peito at mesmo s fu. lur~< geraes cujo, direita., so futuro. e que somente podem .'er ""guardados protegendo o, bens comum e deixando-lhe, dc herana Um planeta habitVeL Manife'ta_,c neste caso uma graye aporia da democr~cia polftica. A ameaa mais grave ao futuro da hUlnanidade re_ presentada pelos efeiros de''''lro,os provocados pejo crescente aquecimento global gerado pelas emisses de g, estufa; o encolhimemo dal calaras de gelo na Groenlndia e na Antrtida, a con.sequeme elevao do nlvel dos mares, a acidificao dos OCeano" a reduo da biodiye",idade, a devaslao das florestas e a desertificao de reas C"',centes do planeta, as mudan .s nos fluxos da ~"Orrentedo Golfo," Mas esTa ameaa totalmen.
-"O rle l~noriW _" opinio phlica mundial. consequenTemenlc _ 'i rel;s governos nacionail, e po~n[o no eMra. senao marglna.mente, em ,ua agenda poltica mte"amente ancorad~ nos. res-, - h .zonte, nacionais desenhados pelas meta! eic,tonlls, J (n '" on foi calculado que o mundo rem menos de dez an~, pa ra p<X!er . " alterar O curso des1a crisc ante, 'lue ela se lorne ,~vemvel: Naturalmente, !rma--,e de previses incerta,. Mas a m~neza d:z respeito apen ., ao prazo d"" de<ames, ,e n,o certamente. '" nao ,e intervm a tcmpo, 11 futura OC<Jrrenc,a, sua . Enquanto as mudana, dimtica, tmj ptod~zid.o devaslae, e catsTrofes," que embora provocadas quase Inle"amente la, naes rica," _ em grau no entanlO de .enfrent_los regu. l:,do os termOSlalO' e aumentando o, aprovl~'Onamcntos _, t~ olpeado de maneira inC<Jmparavclmente ma,l gr.ave aS popula'COmoanue1as da frica e das zonas ocs mais po b res d-' m.,do ,.,. v . . - -- 5.'" desabamentos furnce, e ciclones tropicaIS cOslena.. ~=" . da atingem sobretudo OSpai",s mai, pobres, :,,!ueks que ~'V~m . agricultura. com menos de um dlar podrd,a. ~~.~=n h~dri:;re tifieaes e inundaes. redozlndo a ,spom 11
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alimentar, destruindo as frgeis favelas e comprometendo irrc_ versivclmente a capacidade produtiva e a possibilidade de descnvolvimento'"' e claro que tudos estes danos esto de'tinados a agravar.se dia a dia seno for feito nada pm-a preveni-los." Dai a n=s.,idade de uma nova dimenso do constituciona_ lismo e do garantismo: um constitucionalismo e um garantismo a longo prv-<l, alm de global. para alm da lgica ;ndividua_ lista dos direitos e da miopia e do eSh-eito local;smo da pollica das democracias nacionais. Na nOssa tradio, de resto, o nico puder que, pela via niea dos diteitos, foi tematizado Corno objeto de limites e vfncul"" legais tem sido o poder polWco estalaI: "rsltUio de direito", no por acaso, a expresso que designa no nosso l".ico jurdico a sujeiilo do poder ao direito, Re't"m as.,im excludos dois tipos de poderes, ambos no e'tat"is, que so justamente aquele. principai, responsveis pelas catstrofe, ecolgicas e para cujo confronto sobretudo requer.se por is,o a criao de um con.'litucionalismo e de um garantismo dos bens comu",: de um lado os poderes econmicos privados, tradicio. nalmente rotulados como liberdades; do outro, O. poderes extra ou supra estalais, polticos Ou econmico". que Se desenvolvem fora das fronteira, estatais no mundo globalizado. em primeiro lugar necessrio _ sob a base do reconheci. mento do carter de poderes privados, mais do que de liberd"des, doo direito, de iniciativa e de autonomia empre<arial" _ o desen. volvimento, em gamntia do:s bens comuns, de um cOI1,,"liruo_ na/ismo de direilo privado, i,to de unI Sistema constitucion"1 de regt",. de limile., de vnculos e de controles supraordenado a lais poderes econmicos privados, alm de se-lo ao, poderes
'" R~_'Q ZliOll2lm.clt,", At o "". de 2000 .,.... l3l-I.16. cio fr~. '"_"". oti'liU 1"1, "'o> "<Xl,,, mpll",.
-' . .,' 'g'do a di,ei,lioar-lhes O exerccio: de impedir, I",hncos, e um , . ,. . -dee '1 emi,,~o de sub,!nela, to>;.]easnOCIvaS ,au em ~~:~~t:rb:m cnmn a apfopria~o privada, a dis;ipa:rilo o~ a aO ,_ ~'bemeomunscomOOareaguadeCUJ~d esa e_ <le~ro,~Otd~ do plaoela e a sobrcvivnciada humamdade, Para pe e u U ~." t',1 fimo rcquer-,e a ~~,',.,'"~"" de uma e,fera pblica enquanto .,...... , ' " . 'om res.to 'lO' direitos etVlS<leautonolma e 'slera heteronoma c 'r-'i . _ d d' ~ma refullllao do princpio de legalidade, em condlo~, e J<" ," "' ~< .. de oulra m"netra selvagens do mercado _ede res ClP lOU v. r-~ toteger as gerJcs pre,ente, e f uluras d o~.danos IrreverslVelS . Pmvocooos aOSben< comuo, pelo seu exerclclO. p ncce,srio, em segundo lugar, o.desenvolvimento de um de direj~O in1eb7~~~o~~'a~:~:e::'~~~j:'~~ consri/urio""lismo
a.gre,<es a?S_bcnS~Ofr:~m I~:::". ~ reduo da biodiversidade tICO,a polu'ao do ar e OS " .' .' _!em j c a destruio de muitas eSr<;",es an~m~l<,e,:~~~;~o de nor. -t hnc{r,,, eXlgllluo a t a"umtdo um ca", er p, 1 f IIe<e in,tituies de gama" hmLtes, vnculo" contro C" ~, ,_'" lal fim bem mai, ' nvel planelano. ~ a ranUa por ,ua vez em, " de garantia experimentadas pelos apropriada do que a< lecmcaS mativa de tai, bens direitos fundamentais ~ a direta proteo :,or ti de mui(os bens como ben, plblicos, esta. de re,to~s:a~a%~a :ua qualificailo, comuns adotada noS o~ename~los, '~mo bms pblicos," por obra de norm", tnco--con't~tuu~as, e, ~o privada C concomo tais ,ubtradol apropnaao e a negoclJa
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;"''''''I'io'' ,..,"" m doEt'to,doVi<tnom, deB.ogl"""b ,_ ", ri"," , . i.6><;" 0.."sut. 0 do1\,<11,,,,,. doc.,;1>c Idem. 1J4_I~ll, { p.
., Sob.--< "'(ti" d. lfII<licioo ""'"Iur'l"o h"=l . <>ri""mIocti>n. "'" "'"I"" "riv;,.;" mmo di"", "" hhetdode. ",.1. <lo""" Como <1i"",,,_,.,_ '"jo "etdci<> 'odde \>n, "I j"ridlu..If><io. ">e..no",b.I". ,i no """ 22
,"",IM"",,", <lo"~I,d do HimoJ,;. pnrrvdro 'm &o""""' de",", ",d""", <b o.,,,,, Mdr"", (I"" p, 30), A"'. fi 1""'" >kI<to " "",I
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fiados tutela da autoridade 3dn" interesse geral expres,a peja llruS{~tl\'a." Ma., daro que o (global comm{)lIs} no pode g~rantla os bens comuns globais por sua vez global, atravs d:e~ns~ estatal, ma, sim de nvel n~~l planNrio. Tais bens de' tuJao de um domEmo pblico Micos p/,;melr;o; por ~er declarados bens p". C confiados proteo d d crnaClOnaJ do, bens comuns de garantia: em matria equ~as au{midades internacionais <Jiver>idade C similares" mo, era, de guas potvel', de b;o,I" f"mlia hum~na, csta a grande, positiva novidado que e,SeS 1'1Oblema' criaram. Para alm de tooas a., diferenas poltiea.' " culturais, das desigualdades econmicas e dos inumerveis ".,nflilo' que atravelsam e di.'idem a humanidade, a ameaa que Iltlje paira ,ohre o, bens eoolgico, adverte a !ooOSquo se trata de um patrimnio eomum que nenhuma polflica nacional ou de Iibcrali,mo ecoDiJmico poder jamai, confiscar ou privatizar: O rl"n~ta Terra com seu, mares e sua almosfera, qu. tooo< com. partilhamos Cque ~ do interesse de tOOo, preservar. E,'a ame""a portanto no apenas o problema polftico mai, grave, que de "l. ,er afrontado urgentementc com op1ies radicai, dirigida' a mitigar as mudanas climJicas criadas pelo descnvolvim.nto de mOdos de vida e d. tecnologias produtivas C<lmbase em emisse8 de ga,es e,tufa e, aO mesmo tempo est.nder aos paf,c' pohres aS tcnicas de proteo e de adaptao . mudan"l desenvolvidas nos pafs., rico ." Isto represema tambm uma oportunidade ,em preced.nles na histria: a possibilidade de refundar a garanti" da pHl C dos direito' humanos sobre a ba,e da neccssria ;nterd~pendncia mundial gerada por tHIameHa. O desaf,o globullanado por esta "meaa im(l" dc fato uma polftica global, baseada numa coope",,;o mundial qual nenhuma potncia podcr .uhmlir-s . E ser.!.vencido apena.. ,e for criada uma e,fera pblica planetria sua altura, garante de um interesse phlico geral bem mai" amplo do que o, divcrso. Ccontraposto, interesse, pblico, nacionais, porque identificada com o interesse comum de toda a humanidade.
u~:~~7n:"ma
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pnnClpaimenle de S"ao renov,ei., ohtidus _ ~'vsnaluralSdcorig , . o curva0 e 'obretudo o ""-" o. em <>"sJi OrnoOgs C I ,__ eo "'qu~ado, uu 'I ' ' pe a, grandc, companhia, do ckid nos.u t,mos decnios cas desreguladas do mn _., E ente sub o SIgno das diniirni" d d d' ~rc""o. m PJucos d' - . a e eSUum um patrimnio e t' ceemos, a humani_ de ano,. E!esta dissipo 11. nerg l1co acumulado Cm milhcs O da PJluio atmosfJic~ e d~m "d~ tam!>tm a causa princip.l1 altcrnativa ao colar" aquecimento do planeta, A nica t ti<: "ua a economia i . empe>, 11. ca(,trofe climtica ~ p anet na e, ,"o mesmo o de uma esf~ra pb]" , port.anto, novamcnte, a const",_ , cmi',ile.' e limites a~;~~~~~~C~onal apta a impor reduoos custo do, investimentos nec ' CIOse, sohretudo, sustentar O es nece"ria~ para aprod e~ ~os para. a criao da, instala_ o .'~nm ~ as mares. u O e energla~ limpa" corno o sol,
em paJ'1C
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Sob todos este, aspecto cc"idade e "'la urge" " d ,. o, problema, gerado, pt:1J ne. y.,C," e protcger O hc uma mterdependncia ec l '. 'n, comuns rcvcbm O glca que congrega todo, o.<membros
U '''''. ..,;go". 82) d< ",di,".-"""" i .."~ I "'n; ,me" (""". ""'te dei -""'" "",,"1000 , h b;1i _ ~, ,j.;I .,"'" . ~_ . J'"" .l,m"i "'h;,'id>Jlo"l.l: 1>.1'-.&,,", , """ o ("OU di ''''; """ . lo ""oi, de, "'oi oh. f""" ", h"""ol""". E .. 011',"",,,,,. Omm,,,, .,,,, S,,<o ". "" 'i""m;niSh><i "' "'~, "'I dem"ml"'bb!;oo ' ,
7. 0.. bens sociais Denominei "bens sociais" aquele, bens - como" .gu,"potvel, OSmedicamento' essenciais e os produtos necessrio, para a alimentao h,ica _ que so objeto dos direitos sociai" isto ~, dJquele, direitos fundamentai, que eon,i'tem em pre.ta(les,
1100" - , iodo< ti< ,-=si" ",,,,,,lvei'o ',"",,'" d< "';,,~ __ ,li,""",,,", d< ""o" I.do, <fi,.. ". <o. " <i< . , , ,~ ",""",,,,in. <ai,",..a.-.; _ ..., d.dkodo, '" '4'''''0' Jlt < LV, '" A 1i". do' df>lu '"1'0'''
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vo. "O w J<n;de; ,. . _,~",o"", <li .' ~~-' _ "',ol.~ 4>1ond;". mo,,, ot<l''''ri doll, '. "'. J"QPt,otdcll""""" , .~ o qtte r""m I;";tamJo.-,,, "'" '<tKo--con'Olllti, "',d ,,.,,,,, "poo>""'''''f,icoo, b 'g do
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COmoa alinICntaiio Msica e a a"i,rncia sanilria." ESlCSben, coincidem, em gra",Je paI1e, com o., bens fundamenrais que no soo roi, por narmela, como o s,10 o, bens pe"onal{ssimo, C o, comuns, mas so duplamente uniliciais, em primeiro lugar, no sentido de que '00 prodm.idos ou distribu/dus pelo homem, e no sentido de que .,o convencionados cOmo rais, isto , como bens virais que devem SCrjuridicamente acess{vei, a lodos, me'mo porquc, por causa do csrado de indigncia, no so de fato naruralmeme ace,,{veis a rodo,. Sob esrc lrimo '''pccro tais bem 'o "fundamentai,", por assim dizer. em ,enrido no objerivo, mas subjetivo: para quem nio esr em eondi,5es de adquiri_lo., corno beos palrimoniais. O ,o, 'alienr", na medida em que so objero dos direitos sociais sobrevivncia e,tipulado, nas cartas con,ritucionai.' e inrernacinnai" A e,ripulao desle.' direiro.' como direitos fundamentais sobrevivncia Um fenmenu relali"amenre recente. afirmados nas eonSliluiiles do sculo pas.,ado graas mudana de sentido do mais importanlC dos direitos bumanos; o direito vida. Na tradio lihera! e,re direito foi eoneebid" unicamenre erlmo um direito de imunidade, iSlo , de no ser morto. A sobrevivneia era de fmo eoncebida pela ideologia iibera!, COmo um fenme_ no nalural. garamido a todo, peJa relao direta do homem Com a oalureza e punamo, ,implesmenle, pela ,ua livre iniciativa e voma<le, resumindo, ""gundo o paradigma IOkiano, da "entida_ de do trabalho do homem", ,obre cuja ba,e "a medida da propriedade pela natureza bem e,rabelecida"," Cada um, segundo e'ra concepo, rem a possibilidade de sobreviver desde que O queira: porque pode sempre lrabalhar, ,e apenas O quiser, dado que havcr sempre campo' nos quais tomar a vivcrdos produto, da lerra e. no pior d"s casos aSlerra, inclLltas da Amrica para as quais emigrar."
" I. Pri""'pi. i"ri, oi'" 11 11,111, liA . ns < 741 defi,,; '" be"" >oc;", "'mo '" I><n, t."d'me,,.;. que .." 00/<10de dj",;,,,, ""i,I, lO , r.J 1), ~'" i. "' <1;";,,,, '"""", .",,;, ' _'''''''. 0<;"'" (l} , '-10)
" J. Lo.k V"" '.' 1d,,0, I JJ .. l"": "'m """'" J; " lotoo,
oe alguma vez leve fumLmenHoje e,IC rressu~,,,.to, se qN d hodierno, com" prom n/e dImInudo,.' o mun o . d I. est segura e . Ir a, nossas ,oeleda e, C desemprego endem,co que a Ige . mpcu. ~::u~i~clcS em ma"a repeli~a.'e~~ n:~:,~::~i~~:;a';:'alho, e '" irrem~ia~'e~mcnle a ~elaao Sobreviver, portanro, se,:,pre il1icialiva IOdlVldual aUloooma, '. um falO social. DaL, na f rural e sempre mal, ld d menOS.om alO na, ' 'is de sobrevivncia, as desigua .a e, :lusncl3 de gamn,uas '.':,a e li mi,ria apa\"omnle oa '1\131_ v,,'em crescente, no, proses n ilhlies de seres humanos nao ob,e sobreludo mOrrem todo aoom rodutida sobre o planela," lanle o enorme aumemo da nquew P, ,ncc <lo"direilo vida" " amudananoae .. E, em cooseqUoncla, Declara o Un;yersal dos D,relros e,tabelecida pelo art. 3 d~ ho'e al~,eallda pela falra dos bens Humano", a VIda cnc~nlra se j d'eamenlos e,sencialS _ en, . '" o ahmenloe os me , 'b.'.d'~ d, socials - a ag~ , " d que pela pS" " <oue medida incompara"e!mcnle m.uOr o . 'idade C al das guer. , r ohm da crmuna , sua ,upresso VIOcnla po, . _ 'd cu;a rUlela foi a"umLda . Vs.sicodm"IOaYI a, , .. r".'. Por ISSOo c a , de ser do direito e das ",'Ildcsde Thomas Hobbc., comO ~ ra~a~ ~I"'ir ao lado do direito de ' ....-vIe hOJe nao "'~ , . , roi,'e' po Ihea, nao lA_., b ' . er "portanlo fnn o " no ser mono, "-bm o dIreIto a so reV'V , """ ~ _. para ra! "m dos bens n"""ssarro, , ncia, globai, que eSlo So lrs as grandes, te,,!ve~ em:,;os cada ano e tomam neproyocando dezena, de mllhoe, em." 1=
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<:essria e urgente a qualificao de'tes bens Cmo fundamcntais: a fomc, a sede e as docnas curvei, mas no cumdas. A garantia do aces.'<l universal a tai, bens - a gua potvel, Os aJimemos b,icos C os mcdicamcntos essenciais _ possvel apenas atra. vs da sua sublrailo lgica do mercado e a atribuio esfc. ra pblica da Sua distribuio e, '" necessrio, da Sua produo. Diversameme dos bens pt:rsonalssimo.' e dos bens Comuns, COmo j referi, e,'le.' bens podem muito bem ser tambm patrimoniais, mas apenas na qwn(ia eXcedenle ao m/nimo vital. Por causa da sua escassez, deve Ser recoahccido o seu carter pblico e Cun. damemal na medida necesciria para satisfazer OSdireitos 'ociais 'ub.sistncia, E este reconhecimento do intere"e de todos, e no somente das populaes pobres, O constitucionalismo dos bens sociais, nilo diferemememe daquele dos bens comum, tam_ bm um con'tituciomlism" a longo prazo: COrnoa e~perincia do, pases ricos ensina, o inve,timento em despesas sociais _ a instnoo, a sade, a ,ub,i,tncia _ O primeiro investimemo produtivo, dad" que realiza, com a garantia dos mnimos vitai a primcira condio da produtividade t.mo indi vidual como culetiva C portanto do desenvolvimenlo econmico. Em suma, se venlade que os direilos sociais c"'tam," O custo da falta da Sua ,"Iisfao muito maior, condenando bilhes de seres humanos indigncia e ao descnvolvimemo e sendo fonte inevitvel de migrae~ de massa e de conflo." A primeiru emergncia dramtica aquela do acesso vida que precisa_ mente direito subSistncia, A gua potvel no mai.s. de falO, um bem natural, nem muito menos Umbem comum na(ural. mente acessvel a lodos. Mais dc um bilho de pessoas no tem a pos.ibllidade de aceder a ela; e por esta impossibilidade, milhes de pcs.so"s morrem todo ano. A gua, dc fato, tornou-se um bem escasso JX1rdoi, motivos; pelas agrcs.'cs ao p"trimnio florestal. que provocam todo ano" devastao de milhes dc hecta. rc" muito, do, quais viram dcseno; pela polui~o das nasccmes,
gl<a. objeto daquelc corolrio <lo direito
, vocarlm pelas atividadcs industriai, .I", rios e dos aqmferos. p:o . ',_ enfim dos recurso' A. la maSMva pnva lZ v, ' .. ,k,rcgulau,,"', e pe _ d zidos a bens patrimonial' It,dri"os que paradoxalmente sao r~g~ p~la sua escas""z, a sua enIO em que se eXI~, ~ , .. ti" mesmO mom E"t" garantia ,omente p". e ' "' bens funuamen aJS. , 'b'."al'anha comv _, !'vel num hem pu ICO, comis!ir na tra",f~~aa~, da a.gu~ ~Oda sua distribmo <ubmctido a um triphe<:.estatuto. ~, ;otisfazer os mnimos o_A medtdanecessana ~,~ ~ gratu,ta a wuos na s 40 ou 50 litro, dirios por pcs,'itais (calculada em pelo mcno' dn seu consumo alm de um >oa); a proibi'J:'W.da,ua de'~~j~:a eilo, ~nfim, em base, pro~rcs<lcternllnado Imutc mlltmo. do ;;mite mnimo. mas intenOl'es ,iva, dos consumos eXCeden.t:s, ., p'l' tal fim ,e requer a .. ,. "Eevlueneq ~ ao Ilm,te m"Xlmo. internaclOna, e u m" A"loridnde indepen. ." . . 'vel ~ instltulao, em OI ,. ltada pl'Oteo do' recur,oS <leme para a,f dguaJ polave;, vo cu des rdcio e dc sua pc_ hdricos <loplaneta, ao controle de. S'h~tCS;:'S mnimos vitai, e, 'o do' consumos exce~",. , lUlao, ta~a .. '. ilar aratooosdaguapotve alfasobretudo, a d"mbulo cap, ~ d ~"'os o~ueduto, fontes o o mundo \ntelro e ~~, ,-, . ' ", da Lnstaa, n . biico, de imgao. blicas, ,ervios bdricos e SIStema, p , na " P ...,er feito pal'a o alunem", que Um discurso anlogo I'Wc. r da gua do direito medida do mmmo vital forma o objeto ~,P' ,. ,_ " I do Pacto , .~a"CStabelecl ope ,~ a~umaa1imentaaoa "'lu"" ,. . de 1966" Hoje ,ubre direitos econmicos, sOCIaiSe culturats .
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mais de Uln bilho de pe.'wa. padece de fome." Uma polti"a alimentar dirigida a afro~lar esta calstrofe deveria em primeiro lug;u proleger e subvencionar a agricullura do. paI.'es pobre" favorecendo_lhes o desenvolvimento, invertendo a, amais polflieas do Fundo Monetrio f~lernaciornd, que pelo contrrio consemem o protecio~ismo agrcola e ai ,ubvenes eSlmai. para a agricultura dos pases rico. e impem a abertura dos merados ao. paise. pobres. Para a proteo da agrieullum de.<se. paises seria necessrio disciplinar a """portao dos me.'mos, visando produo dos alimenlos cbamado. "ogm" (organi,mos geneti_ camente modificado.), de sementes no naturalmeme reproduzf_ veis, para impedir 'lue e.les danifiquem a fertilidade dos terreno, e "enham a provocar a depcnd~fl\;ia da agriculrura do, pa.e. pobres em relao ao. pa.'cs ricos e\po!tadores. Mas sobretudo deveria garamir.se a instiluiu de preo, pollicos dos produtos alimentare.' para os pases pobres e, se flece.'srio, a produilo e a distribuio gratuila a tais paise. dos alimentoi hiicos. Finalmente, Uma Autoridade inlernacional de garanlia COmo atualmenle a FAO (Fooo and Agriculture Organizalion) deveria ser dOlada de um oramento bem ,uperior ao atual, em condies de financiar as garantias ,upraindicadas e, em particular, a aqui_ sio ou a produo e a distribuio graluita do, alimento, em favor da. populaes fanlinta . Tratll_se, Com efeito, ainda ~eile, casos, de bens patrimo~iais na mcdida em que excedam, para cada um, o mnimo vilal, mas de be", sociais na medida inferior a lal minimo, necc ria satisfao do direilO fundamental subSistncia. A meSma roi,a pode dizer-'e enfim para aqueles be", fundamenlais que 6110 m~d;c<imemOSe.',eneiais, produzidos pelo os de,'cnvolvimcnto da f!C''luisa cicntifiea e pela l""nologia farma_ culica. Em 1977. a OMS (OrgUIli>.aoMundial da Sado) props, para cste, medicamenlos, a .'eguinle definio: "definem_.c Ct>mo 'medicamentos essencia' aquele, que satisfazem a, nece.sidades 'anilrias da maiur parte da populao c 'lue de,'em porta'ltl' e.'tar disponfveis a todo momon!o em quantidade sufi" c,,,",._,,
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claramente incompatveis rom o direito sade, cuja satisfao requer a dist~lbuiiio gratuita a todos, atravs de po.,toS farma_ Cautlcos pblico., de tooos o., mcdicamenlos e,senciais, de acor_ do com seu carter precisamente de bens sociais fundamentais, Para tal fim a OMS deveria ser provida de fundos adequados e de efeuvas funes de garantia em grau de promover tooas as auvi. dades necessria, a satisfazer Odireito sade: o financiamento pblico, internacional mais do que estatal, da pesqui'a, sobretudo dc doenas infecciosas e tropicais; a produo pblica, por pane da OMS e o fornecimento gratuito aos palses pobres de todos os medicamentos e.<sencia;s no mais produzidos por raze, de mercado, a comear pelas vacinas, na medida exigida peJas neceSSIdade, de Cura e de preveno; a excluso ao patenteamento do,s medicamentos essenciais, cuja produo e distribuio, meJulda. as despesas com a pe'quisa, deveriam Ser confiadas " e~fera pblica. ou a aquisiilo da, patente, por parte da OMS, ou amda. ':'" mnimo, a drstica reduo de seu prazo de durao C a autOrizao aos pases pobres para produzir a baixo custo o, respectivos medicamentos genricos: o comroJe pblico .obre o, pr~os inlernacionai, dos medicamentos e a previso de preos P?htlcOS p~ra os pases pobre,; a impo,io s empresas farmaceU!lcas privadas, arompanhada talvez de incemivos e abatimentos.fiscais, de di,tribuir gratuitamente aos governos do, pases maIS pobres Ou aos 'cus hospitai, uma pane de seus produtos,
c das tecnoiogias, c no entanto inadi,'el, a idemificao de rfgidos limites lgica do mercado, para garantia dos bens per. .,0na1fssimos e dos comuns, que envolve oS dramticos e nunca simples problema, da biolica e da ecologia, Estes limites se concenlram de falO em limile, ao de,envolvimcnto. pela tutela tanto das geraes pre,ente, quaoto das futuras. E componam, pela primeira vez na hi,tria, um conflito entre direito e tecnologia, ou pior, entre direito e cincia. que contradiz e conduz a repenSar a ide;a, enraizada na cullura ocidental, do carter progressiVo do desenvolvimento tecnolgico, bem como da liberdade de pesquisa e da experimentao ciemlfica, Menos nOva em via de princpio, porque projelada com a eslipulailo dos direitos sociais na, cartas constilucionais e internacionai, do segundo ps-guerra, mas no entanto nOva e no meno' dramaticamente carentc no plaoo da efetividade, a di mcnso internacional de um constitucionalismo e de um garantismo dos bens sociai" a qual implica os enormes problemas da redistribuio global da riqueza e de uma futll,a poltica econmica 5upranacional coerente com ela. O que se requer para lal fim a oonstruo de uma edera pblica glol>aLContra o, processos de integrao econmica que caraclerizam a glol>alizao, o crescimento da interdepeodncia planetria gerada pela ameaa aos bens ecol6gico" a cri,e da soberania dos e,tados, ao dcslocamentos das grandes empresas fora das suas fronteiras e de seu comrole e explorailo crcscente do lrabalho no se tcm desenvolvido uma ",feru pblica altura dos novuS poderes privados tmnsnacionais, Di,to resulta um vcuo de direito pbiico quc no pode ser preenchido pelo direilo privado de produo contratual no qual vai-se modelando o direilo da globalizao" e que, naturalmente, ignora oS interesses pblicos
Voj."", ,ob", o oi"iro d, 1101>,1;"1'" el,oo".OO p<I<I.l ."ri,clriol
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8. Por um constitucionalismo 8 longo prazo I' de ~spaos amplos e por Um I':srantismo I':lobal dos ben.' fundamentais As diverslls garantias ,uprailustradal dos bens fundamcn_ tais correspondem a Uma dimenso nova e afinal inderrogvel da' democracIa e do constitucionalismo, Totalmenle nova, porquc conexa aos reccntes e crcscentes desenvolvimentos da ind.mia
t",i, ,
X ",<cco,"rio. 80101"" ~ M,l;.o, 200): N, 'li;, L ';.,;,);00 d<l "",c",o, Rom,-aori: 1.01<0"". i9\li, l. e, POli,. o di"ilo." CI,>b.Ii",d"(19'J9I, ",d, "p" 1 <k",h I. """"jo. ~lo""li",do, modti, T,""', 2001: p, p, J'orli_ ..,..,. OI", I. S,"lo d' di,;"o, rim,.'" <1<1 ~;.d";. o"~,di.d,,1i 0"""01;1, i. p. Co,'', 1>, <:010 (. '"lO dil. I", S,o," di d,,;lIo, S""i "o,i <n''',o, MH : F,tI,;"lli, l002: U, AlIoi""i, D'ri"'. Slalo ",,110 ondi.II,~",'",,,, Tml,,, C;H .
='''''m""",;ooa!<, 801Q~",;li "',Iioo, 2000. V'i . i"~" ". " 0.,,, for",,, P"''''''''''''"'' ",i""i", do~;",i,oIlobolh<>iI,,"o, A,G.II'""'
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e reflete indelevelmente a lei do mais fone. Pois que o mercado, pela sua nalure"", no pode produ~ir uma esfera pGblica, abso. lutamellle esscncial para a lutela dos interesses gerais. Podem-se criticar e lalvez processar por danos ao amhienle ou por omis. silo de socorro as grandes empre,as poluidoras ou a, empresas alimenlcias Ou farmaculicas que nilo fornecem aos paI'es po_ bre, o, medicamentos esscnciais. Pode."" afinal reconhecer que ~ no interesse conjunto do prprio mercado O descnvolvimento de ~ma esfera pGbliea ahura de suas aluais dimensi\cs glabais, aSSl", como o fOI, de reSlo. a formao de uma e,fera pblica estatal nas origens do capitalismo, Mas ahsurdo esperar que as empresas isoladas - isto , Omercado, alm da pollica _ faam.se espontoneamenle porradore. de inlere'Se, pb];cos, coma a tute_ la do ambicnte ou o socorro s populacs indigentes. impen_ svel que Os interesse, gerais _ como a paz, o <cgurana Contra a, causas sociais da criminal idade e do terrorismo, a conservao do pianela - _'endo, a longo prazo. seguramente do interesse de todo., e do prprio capilalismo, possam fazer parte do horizonle do capilali"a individualizado: assim cOmo seria impen'vc! que Otrn'llo nas estradas ou a preven<;o dos crimes, que c!armnenle silo do interesse de cada um, pos.'am 'er regulados e garaIllido, peJa autonomia individual em vez de pela ,inalilao viria e normas penais, enquanlo normas helerunomas d~ carter g~I""al e abslrato. No e~i"cm, ponanto, allemativ""" racionais a Um fUli,ro de violencias ~ calslm[~, que no seja a construo de uma e,fera pLlhbea planetria, absolutamenle es'encial garantia dos bens fundamenlais: prcc;sam~nte, d~ uma esrem hClernorna em Con. dies de asseg"I"""" de um Ia<!o,a imunidade dos bens persona. lssimos e comuns da Sua apropriao e d~Vasla1iO:~, de OUlro, a dislrihuio e O aoe,so d~ todo, ao, bens soeia;.', Re4uerem_se para tal finalidade duas condies, uma de Carler institucional, a DUtrade carler poJ!lico e culloral, A primeira condio, de earler jurdieo c inSlitucional, ~ a dctinio normativa dos b~ns fundamenlais em Canas conSlitu_ cionais c internacionais~, correlali,"amenl~, a produo d~ uma adequada legIslao garantis!a de atuao: o reroro e a redeti_ nio dos pod~res c da, oompctncia.s das aluais inSlituii\cs de garantia. como a FAO e a OMS; a criaflO d~ nO\"a, inslituics
mlernaciona de garantia primria sob a forma d~ Auloridades supranacionais indepcndente.s, para a tOlela do ambiente C do acesso de todos gua potvel; a cria.o de instituics junsdicionais de garanlia secundria em condies de sancionar o inadimplemento e "" violaes da, garanlias primria,. Ma, ,obreludo ~ nee-e.<sria,nO plano instilucional, a inlloduo de aIOfisco mundi<l/, isto . d~ um poder supraestalal de taxao .ollado a procurar - para a)~m das aluais polticas de au~1io, as quais, diga.se, so vergonho,amente Carente. ~m reSpello ~t aos esforo, despendidos _ os reeu,"""" ncee"rios para financ~ar as despesas soeiai< globais por obra das in<lituies supranacIOnais de garanlia anliga, e novas. Move.se ncsla direo a proposta da Toh;n Im: sobre as lransacs imemacionai,:" mas h uma segunda via, hem mais recunda, de exao fis<:alglobal, que ~ indicada ju.'tamenl~ na perspectiva da garantia dos bem comuns. Estes bens _ a al~os. fera, o equilhrio ecolgico, o espao ateo, as rbitas salehtalS, a, bandas do eler, o, reCUrSo, minerais do sola mannho _ silo bens d~ !Odos ("'patrimnio comUm da humanidade", Como dizem para cada um deles oS Tratados internacionais), cujo uso, d~sfrule e wmo!em aconlecido al hoje a ,irulo gratuito, como se fossem re. "ulUus, em vanlagem dos pai",s ricos que foram e ainda '''o .eus principai, usurios. J recordei, no ~ 6, que os principais responsvcis pelo aquecimento global e suas enormcs consequneias danos", quc recaem sobreludo nas populac, pobres so os pases ricos que rom 15% da populao mundial, p~vocam hoje, acre~idnS do desenvolvimento industri~ da China e da ndia, a melade das emisses de gases e,lufa loPOIS bem, por es",s emisses e pelos danos gravssimos que acarre~ saGd~ e sobrevivncia de lodos os pobres do mundo, eXISle
" Sobro. ~"do
E. B""""",", (orv.l. n
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1'<,,,; 11 2002.~ =10. em '1'1"""'" UJIlo,,,,, do '''''''. l, o ortJ~o do .," prumoror I."." Tob;" ~ P"'P"'"I for iI<J",,,m""<ll M"",,"'J 1I0ll), du.. ~, do Im DO "'W.du,P>o fu<,- ,
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Uma r~<;ponsabilidade jurdica, civil ~ nilo somente poltica. imputvel aos pases rico_' e a ,,,a, emp""sas, E e~iste pl>rlanlo,
sobre a base de elementares princlpios de dirdlO privado, alm da proibio. a obrigao de ressarcimento do dano alrib""e1 a todo. quantos bajam provocado tal dana" Nu , isso, Tam~m asimples utilizao dos bens comuns, como o espao a~reo e as rbitas ,a(elilais, deveriam comporlar
a obrigao para '" ",,,rios de pagar, pejo enriquecimento in. dbito, lima adequada retribuio aos coproprietr", iSlo ~.
comunidade internadonaL claro que as somaS devidas, seja a !ftulo de re"urcimen!o dos danos at hoje e ainda as",a provocados, seja a ttulo de indeniza,"", Ou melhor, de laxao pelo co. riqueimenlO ilcito provenientes da utilizailo dos ben, comuns no deteriorveis," .'eriam mais do que suficientes no SOmente pura pugar a< dvida, e~ternas dos pase, pobres, mas (umbl!m para financiar loda a de'pesa sodal requerida pela nova e,rera pblica globaL
A segunda condio, prejudicial primeira, da construo de,ta esfera pblica giobal. a supera~o, nccessiria para Ode,en. v"lvi menlO de um constitucionalismo a longo praro e de grande, espaos, da aporia da democracia a"inalada no ~ 6: a cessao da desinfonnao, do desinteresse e da ignorncia em torno s atuais emergncias globais e iL, no"", tecnologias da informa. o, de uma opinio pblica mundial que a'Suma os interesse, planelrios COmo novo parmetro e medida do interesse pblico
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ferrenhos defensof".' do globaHsmo jurldico tem sido os jovcns quc no mundo todo lm_se mobilizado. por ocasio das cpula, do GS, na reivindicao da paz, na defesa do meio ambiente, na rejeio do alual modelo de dCilenvoJvimcnlo inm'tentvel e na exigncia de uma regulao do, met<:ados, de Uma maior jU<lia distribuliva c da igualdade nos dif"ilOS fundamenlais de lodo< o, seres humanos promelida por tantas cartas constilucionais e internacionais. t; (X\Jaexpanso desles movimentos de conleSlao das formas alum. da globalizao sob Osigno do sJogan "um outro mundo po""lvel", que pode nascer, se prevalecer a ratio, uma socie<:Jadecivil mundial unida na conSlruo duma nova or_ dem cOn.<!lucional global, guiada pelo ideal de um nico deslino de lodos os seres humanos e pela ruta transnacional pejo direito, pelas direilos e pelos bens fundamenlais.
Referncias
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