Primeiros Socorros

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PRIMEIROS

SOCORROS

Adriana Barni Truccolo M.s


1. Conceito

 Primeiros Socorros ⇒ Atendimento Imediato e


Provisório prestado a uma pessoa ferida ou
que adoece repentinamente, enquanto se
aguarda atendimento médico.
2. Consentimento

 Legalmente, é necessário o consentimento de um


adulto para prestar assistência em primeiros
socorros;
 Menores de idade, deve-se providenciar uma
autorização dos pais, assinada e por escrito, antes
do início da temporada;
 Atletas adultos lesionados ⇒ pergunte,
especificamente, se querem sua ajuda;
 Inconscientes ⇒ consentimento implícito;
 Se dispensarem sua ajuda e Você tentar ajudar,
pode ser processado por agressão.
3. Etapas básicas de 1°s
socorros

Divide-se em três etapas

 Atendimento na cena do acidente;


 Transporte até o hospital; e
 Chegada ao hospital.

Objetivos do atendimento inicial (na cena)

 Estabilizar as funções vitais, FC, respiração e


temperatura;
 Não agravar as lesões;
 Evitar seqüelas por condutas erradas;
 Dar conforto a vítima.
3. AÇÕES BÁSICAS DO SOCORRISTA

 1° passo → Analisar a situação.


 2° passo → Verificar as condições de segurança
para o socorrista, tendo o cuidado de não se tornar
uma segunda vítima.
 3° passo → Verificar as condições de segurança
para a vítima (a vítima só deve ser removida se não
houver condições de segurança para atendê-la no
local em que se encontra.
3. AÇÕES BÁSICAS DO SOCORRISTA

 4° passo → Proceder a análise primária,


checando os sinais vitais: pulso, respiração,
pressão arterial e temperatura.
 5° passo → Proceder a análise secundária,
verificar sinais e sintomas: hemorragia, pupilas
dilatadas, grau de consciência – responde ao
toque, dor.
3. Avaliação Primária

 1. Determinar o nível de
consciência

Chamando o atleta/aluno;
Se não houver resposta, aperte a pele entre o
indicador e o polegar e veja se reage;
Peça a alguém para acionar assistência
médica de emergência.
Pupilas dilatadas - midríase

 A midríase pode ser  podem estar


produzida: relacionadas a lesões
 Drogas: atropina, cerebrais focais, (por
alguns tóxicos, exemplo, do tronco
cocaína, álcool;
encefálico) ou pode ser
 o cérebro não
uma das reações na
está recebendo
oxigênio síndrome do pânico
4. O QUE FAZER EM CASO DE
ACIDENTE ?

 Certifique-se de que qualquer providência a


ser tomada não venha a agravar o estado da
vítima;

 Inspire confiança e EVITE o pânico;

 Se possível mantenha a vítima deitada em


posição confortável;

 Dê prioridade ao atendimento dos casos de


hemorragia abundante, vítima inconsciente,
parada cárdio-respiratória e envenenamento.
4. O QUE FAZER EM CASO DE
ACIDENTE ?

 Em caso de hemorragia não dê


líquido à vítima;

 Nos casos em que as roupas da vítima


esteja em chamas, jamais jogue
água.

 Em vítimas de choque elétrico não


toque nela sem que a corrente elétrica
esteja desligada.
5. Choque elétrico
6. Hemorragia Externa

É o extravasamento de sangue decorrente da


ruptura, dilaceração ou corte de um vaso
sangüíneo (veias, artérias e capilares).

CLASSIFICAÇÃO ANATÔMICA
 Hemorragia arterial (sangue vermelho vivo, saindo
em jatos);

 Hemorragia venosa (sangue vermelho


escuro, saindo contínua e lentamente).
6. Hemorragia Externa

O que fazer
 1. Deitar a vítima imediatamente;
 2. Levante o braço ou a perna ferida e deixe assim o
maior tempo possível;
 3. Coloque sobre a ferida um curativo de gaze ou pano
limpo e pressione;
 4. Amarre um pano ou atadura por cima do curativo;
 5. Se continuar sangrando, fazer compressão na artéria
mais próxima da região;
 6. Providenciar auxílio médico.
 7. Ao cessar a hemorragia, evitar os movimentos da
parte afetada.
7. Avaliação Pré-participação – O que está
sendo feito na Europa e USA?

Europa
 1970: Itália inicia exame Pré-participação
 2005: Sociedade Europeia estabeleceu ‘screening’ com
uso mandatório do ECG;
 Modelo Italiano mais eficiente e custo-efetivo que o
recomendado pelo AHA;
 Identifica com sucesso atletas com cardiomiopatia
hipertrófica: doença que mais mata atletas.
 Itália: 1 médico do esporte para cada 10.000 hab

História Clínica e Familiar + Exame Físico + ECG 12 derivações


7. Avaliação Pré-participação – O que está
sendo feito na Europa e USA?

Estados Unidos
Protocolo basal

Nos Estados
História Clínica Unidos
+
Não é exigido
Exame Físico
ECG
+
12 pontos AHA
Maron et al. Circulation 2009

Corrado et al. JAMA 2008


12-step screening: Um “SIM”, o
atleta é recomendado para exame
cardiovascular

História Pessoal

 Dor no peito, desconforto com esforço;


 Desmaio inexplicável ou quase
desmaio;
 Fadiga excessiva ou inexplicada
associada com exercício ;
 Sopro;
 Pressão arterial elevada
12-step screening: Um “SIM”, o
atleta é recomendado para exame
cardiovascular

História Familiar

 Um ou os dois pais que morreram de doença do


coração < 50 anos;

 Parente próximo < 50 anos com


incapacidade/invalidez de doença do coração;

 Conhecimento de condições cardíacas específicas


como cardiomiopatia hipertrofica ou dilatada na qual a
cavidade ou parede cardíaca está aumentada com
síndrome do segmento QT longo afetando o ritmo
elétrico do coração, síndrome de Marfan no qual as
paredes das artérias maiores do coração estão
enfraquecidas, ou arritmias clínicas importantes ou
12-step screening: Um “SIM”, o
atleta é recomendado para exame
cardiovascular

Exame Físico

 Sopro Cardíaco;
 Pulso femural para excluir estreitamento
da aorta;
 Aparência física de síndrome de Marfan;
 Aferição na posição sentada da pressão
arterial na artéria braquial.
12-step screening may help reduce
sudden death in young athletes -
American Heart Association scientific
statement
http://www.americanheart.org/presenter.jhtml?identifier=3046150
Razões para a não realização
de ECG nos USA
Razões para a não realização
de ECG nos USA

http://www.americanheart.org/presenter.jhtml?identifier=3046150
8. Ressuscitação Cardiopulmonar -
RCP

4 partes principais

A - Abertura das Vias Aéreas

B - Boa Respiração

C - Circulação

D - Desfibrilação
8. Ressuscitação Cardiopulmonar -
RCP

Abertura das Vias Aéreas

Manobra de Inclinação da Cabeça-Elevação do


Queixo

Alivia a obstrução da via aérea em vítima não
responsiva

Obstrução pela Língua
9. Boa Respiração –
Ventilação Boca a Boca

 Maneira Rápida e Eficaz de fornecer


oxigênio à vítima;

 O ar expirado pelo socorrista contém ~ 17%


de oxigênio e 4% de dióxido de carbono →
suficiente para suprir as necessidades da
vítima.
Atenção – Risco de Distensão gástrica
10. Circulação – Compressões Torácicas

Importância

Mantêm o fluxo de sangue para o

Coração – Cérebro – Órgãos Vitais


10. Circulação – Compressões Torácicas

 Compressões fortes e rápidas;

 Frequência de 100 compressões por minuto;

 Permitir que o tórax retorne completamente


após cada compressão;

 Minimizar as interrupções nas CT, menos de


10 seg
10. Compressões Torácicas

Lembre-se

 O retorno completo do tórax otimiza o reenchimento
do coração;

 Importante para um fluxo sanguíneo eficaz;

 Retorno incompleto do tórax significa fluxo


sanguíneo reduzido.

QUANDO NÃO SE COMPRIME O TÓRAX O


SANGUE NÃO CIRCULA
Relação Ventilação Compressão

Um Socorrista Dois Socorristas


↓ ↓
30 : 2 30 : 2
↓ ↓
Adulto Adulto
Criança
Lactente 15 : 2

Criança
rculation 2008;117;2162-2167; originally published online Mar 31, 2008
irculation
11. AVC- acidente vascular
cerebral

Debilidade Facial
Debilidade Motora
Debilidade na Fala
12. Doenças Súbitas - Convulsão

Você está jogando vôlei no intervalo da aula


e nota que sua colega, que normalmente não
erra nenhuma jogada está desatenta, sem
coordenação, parecendo confusa. De
repente, ela cai e os músculos se contraem
violentamente... O que você faz??
12. Convulsão

 Definição: Descarga elétrica anormal e


excessiva pelas células cerebrais.

 Causa: Epilepsia (principal), intermação,


lesões na cabeça, olhar vago e fixo, lábios
cianosados, midríase, palidez intensa.

Respiração fraca, pele


avermelhada.
Geralmente param em 1 a 2 min
12. Convulsão

 Deitar o aluno no chão, de lado ⇒ Salivação


 Retire óculos e objetos que possam
machucar
 Não tentar abrir a boca
 Afrouxar a roupa e deixar que se debata
livremente
 Colocar um pano embaixo da cabeça

JAMAIS IMPEÇA OS MOVIMENTOS DA VÍTIMA E


TAMPOUCO DÊ QUALQUER LÍQUIDO OU
MEDICAÇÃO.
13. Lesões Relacionadas ao Calor
Hipertermia

João Ricardo está tentando perder mais um


quilograma para se enquadrar na categoria
de 69kg no próximo torneio regional de judô.
Usando um agasalho de vinil, João pula corda
no vestiário quente e úmido. Só tomou sopa
e bebeu pouca água. Após 20min começa a
se sentir tonto e fica vermelho. A cabeça
está latejando e a pele, quente e seca. Sai do
vestiário caminhando com dificuldade,
confuso, e cai....
13.1. Cãibras pelo Calor

 Definição:
Definição Espasmos musculares súbitos e
involuntários;

 Causas: Desidratação, perda de eletrólitos,


redução do fluxo sanguíneo para os
músculos;

 Sintomas: dor causada pelo espasmo,


cansaço;

 Sinal:
Sinal espasmo muscular forte
13.1. Cãibras pelo Calor

Primeiros Socorros:

 Deixe o atleta descansar;


 Oriente-o a alongar lentamente o
músculo afetado, sem movimentos
bruscos.
 Faça-o tomar água gelada
 Poderá retornar à atividade assim que
os espasmos cessarem...
14.2. Exaustão pelo Calor

 Definição: Ocorre em pessoa com boa forma


física que realiza esforço físico extremo,
em ambiente úmido e quente. Forma
moderada de choque provocada pelo
acúmulo de sangue nos vasos abaixo da
pele, fazendo com que o sangue saia dos
órgãos principais do corpo.
14.2. Exaustão pelo Calor

Sudorese profusa e prolongada



Perda de sais minerais e água (desidratação)

Água não reposta, diminui a circulação sanguínea

Afeta funções cerebrais, cardíacas e pulmonares

Pele fria, úmida, pulso fraco e acelerado
6.2. Exaustão pelo Calor - Sinais
e
Sintomas

 Dor de cabeça  Pele Acinzentada, fria e


 Fraqueza pálida;
 Fadiga  Temperatura abaixo do
normal;
 Náusea/Vômito
 Pupilas dilatadas;
 Diarréia
 Pulso fraco e rápido;
 Perda de Apetite
 Pele sem elasticidade;
 Tontura e Fraqueza
 Sede;
 Tranpiração
Excessiva  Dificuldade para
 Cãibras musculares caminhar;
 Colapso ou
inconsciência
6.2. Exaustão pelo Calor – Tratamento
6.3. Intermação (Insolação)

 Definição: Situação que apresenta risco


à vida, no qual o corpo para de
transpirar e sua temperatura fica
perigosamente alta.

 Causa: A desidratação provoca uma


disfunção no centro de controle da
temperatura, o hipotálamo.

 Sintomas: Sensação de estar pegando


fogo, náusea, confusão, irritabilidade,
cansaço.
6.3. Intermação (Insolação)

Sinais  Pulso rápido


 Pele quente, seca  Respiração Rápida
 Pele corada,  Pupilas Contraídas
vermelha  Vômito
 T corporal  Diarréia
elevada ≥ 40,5  Possível
graus inconsciência
 Ausência de Suor  Possível parada
cardíaca,
respiratória
Exaustão por Calor X
Intermação
6.3. Intermação (Insolação)

Primeiros Socorros
 Remova o máximo possível de vestimentas
 Levante levemente a cabeça e ombro
 Coloque a vítima em banheira de água fria (<
15,5 C)
 Nunca use álcool para esfriar
a pele, a pele absorve o
álcool
 Nunca dar estimulantes ou
bebida quente
6.3. Intermação (Insolação)

 Coloque compressas frias ou bolsas de gelo


enroladas sob braço, virilha, pescoço, atrás
do joelho e ao redor dos tornozelos para
esfriar o corpo da vítima,
 Envolva um lençol molhado na vítima e
coloque-a na frente do ventilador.
Escala de Risco de Calor e Umidade

15,5 18,3 21,1 23,8 26,6 29,4


32,2
6.4. Lesão relacionada ao frio -
Hipotermia

 Hipotermia Geral
 Hipotermia por Imersão
 Geladura
Podem ocorrer em
qualquer época do ano, se a pessoa
estiver suando excessivamente e for
exposta ao vento, ou vítima de
um quase afogamento.
6.4.1. Hipotermia Geral

A que mais oferece risco à


vida;
Afeta todo o corpo, com
resfriamento grave e
generalizado;
Cerca de 87% das vítimas
morrem;
Controle térmico é perdido
quando a temperatura cai
abaixo de 35 C;
Coma ocorre quando a T do
corpo atinge ~26C.
Sinais e Sintomas
 Tcorporal < 35 0C  30<T<32 0C
Irritabilidade Alucinações
Confusão Pupilas Dilatadas
Sonolência
Letargia  T < 29,5 0C
Perda de Coordenação Inconsciência
Perda de Sensibilidade Parada
Tremor Incontrolável Respiratória
HIPOTERMIA -
Atendimento
Nunca dê:
 Tabaco
 Café
 Álcool
 Esfregue braços ou pernas uma vez
que o sangue frio das veias vai para o
coração causando parada cardíaca.
 Não levante as pernas da vítima
HIPOTERMIA - Atendimento
 Verifique os sinais
vitais por 1min
FC → 5 a 10bpm
 Posição Horizontal

↑Fluxo sangue→ Cérebro


 Enrole Cobertores

 Dê líquidos quentes

 Contato físico com


outros p/ obter calor
corporal
Estágios da Hipotermia

 Calafrios T<32,2
 Apatia e Função Motora Reduzida
 Nível reduzido de consciência
 Sinais Vitais Diminuídos
 Morte
HIPOTERMIA POR IMERSÃO

 A temperatura do corpo cai para a


mesma temperatura da água em 10min;
quando a água estiver a 10C ou menos,
podendo ocorrer morte rapidamente.
Causas
 Temperatura da água fria;
 Tamanho Corporal - pessoas pequenas
e magras perder calor mais rápido;
 Álcool – dilata os vasos superficiais,
promovendo a perda de calor
rapidamente.
HIPOTERMIA POR IMERSÃO

Atendimento
 Prioridade ⇒ remover a vítima da
água;
 Não deixar a vítima se mexer
 Tire a vítima da água na posição
horizontal.
Posição de Redução de Fuga de Calor
HIPOTERMIA - Geladura

 Definição: Dano tecidual resultante de


exposição prolongada ao frio intenso.
 Afeta mãos, pés, orelhas, nariz e bochechas;
 Ocorre quando cristais de gelo se formam
entre as células da pele e, em seguida, se
expandem ao extrair líquido das células;
 A T da pele deve estar abaixo da necessária
para o congelamento (-2,2 C);
 Circulação é obstruída, causando dano ao
tecido.
HIPOTERMIA - Geladura

Probabilidade de Ocorrência

 Perda de sangue;
 Extremos de Idade;
 Calçado apertado;
 Uso de álcool durante exposição ao frio;
 Roupas Molhadas;
 Grandes Altitudes.
HIPOTERMIA - Geladura
HIPOTERMIA - Geladura

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