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Licencianda: Domingas Carla José Nunes
APRESENTAÇÃO DO TRABALHO DE FIM DO CURSO SOB
TEMA:
O SISTEMA PRISIONAL ANGOLANO FACE AOS DESAFIOS DOS
DIREITOS HUMANOS INTRODUÇÃO
O propósito principal deste trabalho é trazer para o debate
académico a realidade do sistema prisional angolano frente aos desafios dos direitos humanos. Actualmente é notória a falência do sistema prisional e a desestruturação do arcabouço jurídico pátrio, onde os detentos vivem. A problemática em análise será apresentada como uma reflexão da actuação profissional dos serviços prisionais na reintegração do preso à sociedade, bem como na garantia dos direitos dos presos. As instituições penais se originaram por exigência da própria sociedade, pela necessidade de um ordenamento coercitivo que assegurasse a paz e a tranquilidade na convivência entre os homens, como forma de freio ao crime. Objectivo principal. Analisar a aplicação prática dos princípios declarados nos diferentes instrumentos jurídicos internacionais e nacionais relativos aos direitos Humanos. CAPÍTULO I. I. BREVE EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO SISTEMA PRISIONAL Sistema prisional na antiguidade neste período a privação da liberdade não foi conhecida como sanção penal, tinha a única função de manter o réu à disposição da autoridade até o seu julgamento, quando era condenado. Platão estabelece três tipos de prisões: suplício que possuía a finalidade de amedrontar e deveria constituir-se em lugar deserto e sombrio, o mais distante possível da cidade. A sofonisterium situada dentro da cidade que serviria de correção Na praça ou do mercado que serviria de custódia Na Grécia as prisões eram como meio de reter devedores até que pagassem as suas dívidas. Ficando a mercê de seus credores como escravos até que cumprissem com suas obrigações pactuadas, servindo de medidas coercitivas para o dev.edor pagar sua dívida Sistema prisional na época medieval A Idade Média apresenta os chamados delineadores da prisão, mesmo esta não sendo vista como pena. A partir daí são criadas as prisões do Estado e Eclesiástica. A prisão do Estado abrigava inimigos do poder do rei ou do senhorio, praticantes de crime de traição, ou os adversários políticos daqueles que governavam. A prisão Eclesiástica era direcionada aos integrantes da Igreja, abrigando clérigos rebeldes, e dentro de uma perspectiva de caridade e fraternidade da Instituição, o recolhimento tinha como objetivo a penitência e meditação. Sistema prisional na época moderna pré-humanização o sistema prisional mostra-se como uma forma de controlo social, submetendo o criminoso ao tratamento penal, sendo este objecto de regeneração, recuperação, reforma e reeducação, a pena de prisão passa a objectivar a ressocialização do criminoso. Foi nos Estados Unidos que surgiram os primeiros modelos organizados de cumprimento de pena privativa de liberdade em estabelecimentos penitenciários, os quais foram especialmente construídos com o objectivo de atender a execução da pena. Modelo de sistema prisionais na época moderna Filadélfico ou Pensilvânico - consiste num rigoroso isolamento celular durante toda a pena de prisão e o indivíduo ficava a mercê de um tutor (Quacker), que o acompanhava promovendo estudos e leituras bíblicas e esperando alcançar o arrependimento e a purificação espiritual do apenado O modelo auburn - Propiciava o trabalho comum durante o dia, mantendo a regra do isolamento celular apenas para noite. foi a solução domodelo filadelfiano a partir da ideia de trabalho colectivo na industrialização durante o dia sob o sistema de silêncio. O sistema prisional progressivo - teve sua origem na Inglaterra, estabelece que a pena privativa de liberdade devesse ser cumprida por etapas. Este é o modelo adoptado actualmente em Angola. Seu fundamento está no controlo do corpo dos indivíduos, como agente de compulsão criminosa até que seja determinada sua “ressocialização” ou cumprida a totalidade da pena EVOLUÇÃO DO SISTEMA PRISIONAL ANGOLANO O sistema prisional em Angola surgiu e evoluiu em paralelo com o sistema jurídico, inspirado na forma prisional de 1936 e passou a vigorar a partir de 1955, com a força do Decreto-lei nº 39. 997/54, de 29 de Dezembro. Na vigência do Decreto nº 26643/1936, o sistema prisional teve inicialmente a sua dependência dos Serviços Militares até 1951, ano que transferiu-se para Procuradoria da Republica de Angola, posteriormente ao Ministério da Justiça, e mais tarde para Secretaria de Estado para a ordem interna. Com a criação do Ministério do Interior (Lei nº 5/80, de 1981) é instituída a Direcção Nacional dos Serviços Prisionais através do Decreto Lei nº 54/82, cuja instituição mantêm-se até aos nossos dias Na vigência da lei nº 8/08, o sistema é bastante completo e moderno, carecendo apenas o seu cumprimento rigoroso dos direitos e interesses não afectados pela condenação. A lei 8/08 é considerada como o grande avanço na execução penal do sistema angolano CONCEITO DO SISTEMA PRISIONAL E DO DIREITOS HUMANOS Entende-se por sistema prisional o conjunto de unidades de regime aberto, fechado e semi – aberto, masculinas e femininas, incluindo os estabelecimentos penais em que o recluso ainda não foi condenado, sendo estas unidades chamadas de estabelecimento penal. Na ordem jurídico angolano o sistema penitenciário é entendido como o órgão do ministério do interior especializado e encarregue de proceder a reeducação e reintegração na sociedade os cidadãos afastados temporariamente da convivência social. No sentido processual, constitui o instrumento cautelar de que se vale o juiz no processo para impedir novos delitos pelo acusado, aplicar a sanção penal ou para evitar a fuga do processado. Importância do sistema prisional - garantir a execução das medidas privativas de liberdade aplicadas pelas entidades legalmente competentes, visando a reeducação e reintegração dos reclusos, preparando-os para no futuro conduzirem a sua vida de modo socialmente responsável. Finalidade do sistema prisional A finalidade das instituições prisionais consiste na reforma dos delinquentes por meio do trabalho e da disciplina, não tendo uma finalidade punitiva mas sim uma finalidade puramente educativa e profissional Estrutura e classificação do sistema prisional aplicado em Angola Sistema Celular - acolhe os reclusos em celas individualmente e em diversos graus, tem um caráter temporal. Sistema de prisão comum - consiste em contemplar a vida em comum de todos os reclusos, aplicando medidas repressiva sem nenhum tipo de classificação. Os sistemas prisionais classificam-se em diferentes graus conforme a Lei nº 8/08: Primeiro grau; Segundo grau; Terceiro grau. DIREITOS HUMANOS NO SISTEMA PRISIONAL ANGOLANO Os Direitos Humanos também são denominados Direitos do homem e são conceituados como sendo direitos que o homem possui por sua própria natureza humana e pela dignidade a ela inerente. São direitos que sociedade política tem o dever de consagrar e garantir. O professor Gomes Canotilho, define os direitos humanos como sendo “aqueles direitos válidos para todos os povos e em todos os tempos”. O autor busca justificar a posição jusnaturalista dos direitos humanos, pelo facto destes serem anterior a qualquer pensamento positivo, isto é, anterior ao Estado, os direitos humanos pertencem a uma natureza própria que assenta na ordem moral. Principais declarações de direitos humanos Declaração de Direitos de Virgínia de 12/07/1776 Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 26/08/1789 Declaração Universal dos Direitos Humanos de 10/12/1948 CAPÍTULO II. SISTEMA PRISIONAL ANGOLANO E A PROTEÇÃO DOS DIREITOS DOS RECLUSOS 1. ADMINISTRAÇÃO PRISIONAL ANGOLANO
Estrutura da administração penitenciaria angolana
Ao nível nacional É dirigida por um Director nacional, compete: coordenar, organizar e fiscalizar todas as actividades do órgão; É coadjuvado por um Director Adjunto, ao qual caberá o controlo as áreas que lhe forem atribuídas pelo Director Nacional. Estrutura dos serviços prisionais é composta dos seguintes órgãos : conselho Consultivo Departamento Técnico Jurídico Departamento de informação e análise Departamento dos Recursos Humanos Responsabilidade dos funcionários dos Serviços Prisionais Civil - esta responsabilização, será arbitrado por um valor pecuniário que se traduzirá no dano. Penal - Decorre da prática de um acto tipificado em lei (formal e material) como crime ou contravenção. Disciplinar - decorre de um ilícito administrativo descrito nas normas legais ou regulamentares, sob a forma de tipo ou não. Deveres e Direitos dos funcionários Prisionais estão previstos no Decreto nº 33/91 Os funcionários dos serviços prisionais seguem regras especificas relacionada com a natureza da função como: Direito ligado diretamente ao funcionário Direito dos dependentes do funcionário Deveres a) Lealdade (para com o ente estatal e o usuário do serviço publico); b) Obediência Tratamento dos reclusos no sistema prisional angolano. Regra geral do tratamento dos reclusos não deve haver descriminação de raça, cor, sexo, língua, religião, opção política, origem social ou nacional. Princípios básicos relativos ao tratamento de reclusos Ser tratados com o devidorespeito à dignidade e ao valor inerentes ao ser humano; Cumprir a responsabilidade das prisões pelas guarda dos reclusos e pela protecção da sociedade contra a criminalidade em conformidade com os demais objectivos sociais do Estado; Ter direito de participar das actividades culturais e de beneficiar de uma educação visando o pleno desenvolvimento da personalidade humana. Evidar esforços para à abolição ou restrição do regime de isolamento, como medida disciplinar ou de castigo. Ter acesso aos serviços de saúde existentes no país, sem descriminação nenhuma decorrente do seu estatuto jurídico Criar condições favoráveis à reinserção do antigo recluso na sociedade, nas melhores condições possíveis. nosso estatuto executivo-penal baseia-se na ideia de qua a execução da pena privativa de liberdade deve ter por base o principio da humanidade, sendo que qualquer modalidade de punição desnecessária, cruel ou degradante será de natureza desumana e contraria ao principio da legalidade. Violações dos Direitos Humanos dos reclusos por agentes penitenciários. O despreparo e a desqualificação desses agentes fazem com que eles consigam conter os motins e rebeliões carcerárias somente por meio da violência, cometendo vários abusos e impondo aos reclusos uma espécie de ‘‘disciplina carcerária’’ que não está prevista em lei. Violações dos Direitos entre os Reclusos ou a lei do mais fortes e a lei do silêncio O facto de não serem separados os marginais contumazes e sentenciados a longas penas dos condenados primários, a falta de denúncias faz permanecê-los impunes em relação à suas atitudes. Isso pelo facto de haver a ‘‘lei do mais forte’’ e imperar a ‘‘lei do silencio’ na prisão. Movimento dos reclusos O movimento externo ou a liberdade temporária do recluso organizado e supervisionado por razoes determinadas chama-se extracção e a atribuição do recluso para outra instituição chama-se transferência. Extracção é a operação pelo qual um preso é escoltado para fora da prisão, quando ele tem que comparecer em juízo ou receber atendimento no desempenho de um acto não pode ser feito em uma instituição penal. E é ordenada pelo magistrado competente Transferência é uma operação de natureza administrativa que põe fim á detenção de um recluso em estabelecimento prisional determinado, sem os efeitos da rescisão da sentença outro estabelecimento prisional. Classificação das infracções disciplinares Infracções disciplinares leve São as de menor gravidade nomeadamente:negligencia.a desobediência ás ordens faltar à consideração causar danos nas dependências do estabelecimento ou bens alheios • Infracções disciplinares graves São as de maior gravidade como: calúnia, injúria, faltar de respeito ou deveres de cortesia aos funcionários ou aos reclusos resistir passivamente a cumprir às ordens, possuir objectos proibidos pelas normas do regime interno, participar em actividades proibidas e embriagar-se ou consumir drogas.
Infracções disciplinares muito graves São muito graves pelo facto de
participar em desordens ou evasões colectivas ou instigar; agredir, ameaçar ou coagir as pessoas dentro ou fora do estabelecimento prisional. Medidas disciplinares A determinação da medida disciplinar e a sua duração dependem da gravidade do facto constitutivo da infracção e das circunstâncias subjectivas e objectivas concorrentes sendo agravada em caso de reincidência. Obedecendo ao princípio da gravidade. Assim: infracções disciplinares muito graves aplicação da sanção disciplinar de isolamento por um tempo de seis a 21 dias seguidos infracções disciplinares graves aplicação do isolamento por um tempo igual ou inferior a cinco dias infracções disciplinares leva podem ser aplicada como sanções disciplinares: privação de participação em actos recreativos comum até oito dias; CAPÍTULO III. HUMANIZAÇÃO DO SISTEMA PRISIONAL ANGOLANO. SISTEMA PRISIONAL COMO FACTOR DE RECUPERAÇÃO DOS RECLUSOS Ressocialização dos reclusos no sistema penitenciário angolano A Lei penitenciária não só visa proteger os direitos dos presos, mas como também a integridade do ser humano como principal fim de reinseri-lo na sociedade e para combater a criminalidade de forma humana. A alfabetização de Jovens e Adultos se encaixa também aos alunos do Sistema penitenciário e pode ser entendida como uma modificação sociocultural, a qual por meio da leitura e da escrita, sua forma de compreender e fazer parte da sociedade modifica-se. A reincidência do ex-recluso como consequência da ineficácia da ressocialização do sistema penitenciário O Estado no que se refere ao ex-recluso, tem como finalidade principal promover a sua recolocação no mercado de trabalho, a prestação de assistência jurídica, pedagógica e psicológica, é um órgão que tem um papel fundamental dentro da reinserção social do ex-recluso. Os factores que ocasionam a reincidência são em grande parte devidos ao ambiente criminógeno da prisão, o que exige uma adopção de uma serie de medidas durante o período de encarceramento. O trabalho sistemático sob a pessoa do ex-recluso minimizaria os efeitos degradantes por ele sofridos durante o cárcere e facilitaria a readaptação de seu retorno ao convívio social. Respeito da dignidade humana como forma de recuperação do condenado O princípio da dignidade da pessoa humana garante ao condenado saúde, educação, respeito, trabalho, remição, assistência etc. Todavia, a maior parte desses benefícios domicilia-se tão-somente nos postulados legais da ordem jurídica angolana. Este princípio propõe o modelo penal que envida esforços para que a efectiva recuperação do “recuperando”, como o condenado é denominado A ideia de ressocialização do condenado procura reduzir os níveis de reincidência ajudando na consequente recuperação do detento através de medidas que auxiliem na sua educação, em sua capacitação profissional e na busca da conscientização psicológica e social. A remição tem por objectivo diminuir parte do tempo de condenação, por meio de trabalho, possibilitando a lei essa benesse como forma de recompensa a aqueles que procedem correctamente com intuito de promover a boa conduta, a disciplina e como forma de impulsionar a readaptação social. Reabilitação e ressocialização como forma de recuperação do condenado A Lei penitenciária tem o objectivo de reabilitar e ressocializar os delinquentes, este resultado é buscado de formas a retribuir o mal causado pelo condenado através da aplicação de uma pena, prevenindo novos delitos pelo temor que a penalização causará aos potencialmente criminosos e trazer a regeneração do apenado que deverá ser transformado e assim reintegrado à sociedade como cidadão produtivo. A concessão da liberdade condicional como forma de recuperação do condenado A concessão da liberdade condicional está subordinada ao cumprimento dos requisitos de ordem objectiva (qualidade da pena privativa de liberdade, quantidade da pena deve ser igual ou superior a 2 anos, reparação do dano, e o cumprimento de parte da pena) e subjectiva (referem-se ao comportamento satisfatório durante a execução da pena, bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído, aptidão para prover à própria subsistência mediante trabalho honesto, cessação da periculosidade nos crimes praticados mediante violência ou grave ameaça a pessoa e não ser reincidente específico em crimes). Respeito dos direitos dos presos como forma de Recuperação do condenado. A recuperação do condenado passa pela priorização e zelo dos direitos a eles inerentes. De acordo com o artigo 6º da lei nº 8/08, ao recluso serão assegurados todos os direitos não atingidos pela sentença ou pela lei. O indivíduo que se encontra preso tem direito a assistência como uma forma de começar o processo de reabilitação, resgatando os valores humanos, ensinando ainda no trato enquanto indivíduo, enquanto ser humano. DIREITOS HUMANOS COMO PROTECTOR DOS CRIMINOSOS Princípio de igualdade entre todos os homens A Declaração dos Direitos do Homem afirma que todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade. Este princípio remete-nos aos Direitos Fundamentais do Recluso” tais como: o direito a vida; o direito a não ser submetido a tratamentos desumanos e degradantes; o direito a não ser submetido a trabalho forçado. Não é para proteger o bandido ou criminoso que os Direitos Humanos existem, mas para proteger todos os membros da sociedade de serem considerados criminosos em razão da arbitrariedade do Estado já que, no tempo do absolutismo o contraditório não poderia existir em razão do princípio o Rei ou Estado não pode errar. Os Direitos Humanos luta contra as arbitrariedades do Estado, fica evidente que deve-se lutar contra as arbitrariedades do agente policial. Direitos Humanos é um conjunto de normas de protecção a qualquer cidadão contra a omnipotência do Estado, definido por Thomas Hobbes. Princípio da Universalidade dos direitos Por universalidade entenda-se a proposição de que todas as pessoas, independentemente de sua condição racial, económica, social, ou mesmo criminal, são sujeitos aos direitos humanos. Neste sentido, criminosos também têm direitos humanos. Erroneamente acredita-se que os “Direitos Humanos” limita-se a defender a incolumidade dos “malfeitores” e “criminosos”. Sabemos que sem os Direitos Humanos muitos marcos históricos da civilização humana não teriam ocorrido, por isso devemos muito a essa ciência, pois sua trajetória trouxe grandes avanços e benefícios para toda a humanidade. O que há de comum é a defesa dos grupos mais vulneráveis. Embora os direitos humanos sejam direitos de todos, é natural que as organizações não governamentais se dediquem à protecção daqueles que se encontram em posição de maior fragilidade dentro de uma sociedade. CONCLUSÃO Somos a concluir que a falta de gerenciamento de qualidade dentro das penitenciárias, a precariedade das instalações físicas culmina com diversos processos judiciais acusando o Estado de ser negligente quanto aos direito humanos. É dever do Estado e clamor da sociedade ver os criminosos detidos, para que assim, possam retornar a sociedade aptos a conviverem segundo o “contrato” social. Mas esta reclusão deve ser embasada sob uma forte política reeducadora, onde os presos possam ter direitos, deveres e também à saúde, lazer e segurança dos direitos humanos, primando pelo princípio da dignidade da pessoa humana como sendo a base fundamental dos direitos humanos, só assim o fim último da restrição da liberdade poderá ser alcançado. RECOMENDAÇÕES É importante que o Estado encontrem as melhores vias de inserção, para solucionarem o sistema prisional, sendo a base essencial para a ressocialização dos reclusos e sua reintegração social, minimizar os riscos e as ameaças a que estão expostos os presos no que toca a dignidade da pessoa humana, no qual recomenda-se: Acriação de uma Superintendência dos Serviços Penitenciários; O acompanhamento das medidas de controlo e de assistência até a readaptação definitiva do ex-preso. A plena efectivação dos direitos fundamentais e respeitos das unidades penitenciárias do país; Que o pensamento jurídico deve desenvolver fórmulas de protecção eficazes a estes direitos; Proporcionar maior atenção à todos fazedores de direitos, os juízes, procuradores, docentes e outros intelectuais, afectos com a vontade em construir a ciência jurídica em Angola, para que mereçam a ajuda necessária quanto as investigações cientificas; Estimular e promover a política no domínio da ciência e tecnologia de investigação e do desenvolvimento; EPÍGRAFE
«Lembrai-vos dos presos, como se estivésseis presos com
eles, e dos maltratados, como sendo-o vós mesmos também no corpo»