Cinesioterapia Aula 2

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Cinesioterapia

Prof. Dr. Fernando Moreira Lima


Cinesioterapia

• Do grego
• Kinesis – Movimento
• Therapy - Terapia
• Ou seja, terapia pelo movimento
“ É a arte de curar que utiliza todas as técnicas do movimento;
tanto na prevenção, no tratamento, na cura e na reabilitação”.
Histórico

• 4000 a.C os sacerdotes já utilizava dos meios físicos e os exercícios


para o tratamento de várias doenças.
• Hipócrates – pai da medicina prescrevia exercícios para a melhora da
saúde.
• Na Idade Média – tratamento da alma e do espírito; o corpo é
considerado inferior.
Histórico

 Renascimento, as belezas físicas do corpo começam a ser valorizadas, desenvolve-se a


preocupação do culto ao físico.
 O exercício era ligado à cultura da beleza física, do belo.
Histórico

• Ao final do Renascimento, Don Francisco e Ondeano Amorós (1779-1849)


dividiram a ginástica em quatro pontos, sendo o terceiro ponto a
cinesioterapia, que tinha a finalidade de manutenção de uma saúde forte,
tratamento de enfermidades, reeducação de convalescentes e correção
de deformidades.
Histórico

• Nesta mesma época, surge a diferenciação da ginástica com fins


terapêuticos e manutenção de condições normais, quando ficou
definido que o tratamento de enfermos mediante exercícios é algo
distinto da ginástica para pessoas sãs.
Histórico

• Com a industrialização, começam a surgir patologias relacionadas com a


atividade de trabalho, além de outras epidemias e doenças.
• Medicina, concepção de saúde direcionada para a assistência curativa,
recuperativa e reabilitadora, assim como a necessidade de especializações
na área da saúde.
Histórico

•Guerras grandes números de casos de lesões, mutilações, alterações físicas


de vários tipos e graus, grande campo de atuação da cinesioterapia,
favorecendo o crescimento da fisioterapia e desta área.

Los soldados heridos hacen ejercicio en un hospital base en Francia. 3 de marzo de 1945.
Histórico

•I Guerra Mundial que houve um aumento acentuado da utilização deste


recurso para a reabilitação de pacientes, isso devido ao grande números de
incapacitados durante e após os combates.
Cinesioterapia

• É o uso do movimento ou exercício como forma de tratamento, o recurso


se autodenomina, cinesio significa movimento.
• É uma técnica que se baseia nos conhecimentos de anatomia, fisiologia e
biomecânica, a fim de proporcionar ao paciente um melhor e mais eficaz
trabalho de prevenção, cura e reabilitação.
Objetivos

•Restaurar o movimento livre para a sua função, e seus efeitos baseiam se


no desenvolvimento, melhora, restauração e manutenção da força, da
resistência à fadiga, da mobilidade e flexibilidade, do relaxamento e da
coordenação motora.

(KISNER & COLBY,1998)


Classificação

Cinesioterapia passiva Cinesioterapia ativa


• O terapeuta realiza o movimento, sem
• O paciente realiza o movimento, sem a
a ajuda do paciente. ajuda do terapeuta.
• O movimento é executado quer
manualmente por outro indivíduo, quer • É caracterizada pela participação ativa
e consciente do paciente, que executa
através de aparelhagens especiais, que voluntariamente os movimentos.
realizam os movimentos fisiológicos.
Princípios gerais

• Posicionamento do paciente.
• Posicionamento do terapeuta.
• Respeito a dor.
• Aquisição do confiança do paciente.
• Progressão ao tratamento.
• Controle dos parâmetros das técnicas terapêuticas-tempo, velocidade
e intensidade.
Definições básicas

• Plano – são derivados das dimensões no espaço e perpendiculares


uns aos outros.
• Sagital - Lateral direita e esquerda.

• Coronal ou frontal - Anterior e posterior.

• Transversal – Superior e inferior.


Definições básicas

• Eixo – linhas reais ou imaginárias em torno dos quais ocorrem os


movimentos.
• Sagital – Abdução e adução.

• Coronal ou frontal – Flexão e extensão.

• Longitudinal ou transversal – Rotação direita e esquerda.


Planos
Movimentos fisiológicos puros

 Flexão e extensão;
 Abdução e adução;
 Rotação medial e lateral.
Movimentos fisiológicos combinados

 Circundução;
 Elevação e depressão;
 ABD & ADD horizontal e oblíqua;
 Oponência e desoponência.
Movimentos especiais

• Punho - desvio radial e ulnar.


• Tornozelo - dorsoflexão e flexão plantar.
• Antebraço e pé - pronação e supinação.
• Tornozelo - Inversão e eversão.
• Tronco – inclinação.
Movimentos especiais

•Quadril - Anteversão e retroversão.


•Quadril - Antepulsão e retropulsão.
•Quadril – Báscula de elevação e depressão.
•Sacro - Nutação e contranutação.
Movimentos do sacro e bacia

Contranutação. Nutação
Graus de força muscular

• 0 – Ausência de força muscular.


• 1 – Evidência de pequena força, sem mobilidade articular.
• 2 – Força capaz de movimentar a articulação sem a gravidade.
• 3 – Força capaz de movimentar a articulação contra a gravidade.
Graus de força muscular

• 4 – grau 3 + com pequena resistência;

• 5 – força muscular normal ou capaz de movimentar ou manter contra

uma resistência.
Exercícios Terapêuticos

Prof. Dr. Fernando Moreira Lima


Movimento

• É a variação de posição espacial de um objeto ou ponto material em


relação a um referencial no decorrer do tempo.

Integridade dos sistemas

Sistema nervoso

Sistema músculo esquelético


Movimento
Movimento
Movimento
Modalidades dos movimentos

• Podem ser divididos em 2 tipos baseado na fonte geradora


do movimento:
 Passivo
 Ativo
Movimento passivo

• É realizado por uma força externa, que pode ou não ser do terapeuta;
• Os músculos envolvidos no movimento são incapazes de contraírem.
Movimento passivo

• Analítico simples.
• Analítico específico ou gradual.
• Funcional ou global.
• Auto passivo.
• Instrumental.
Movimento analítico simples

 Somente um único complexo articular é mobilizado.

 Apenas um único plano de movimento deve ser usado.

 As ADMs são respeitadas durante o manuseio.

Técnica

•Mobilização dentro dos planos e eixos existentes.

•Mobilizar uma única articulação respeitar a ADM.

•Usar tração.

•Posicionamento.
Analítico específico

 Somente um único complexo articular é mobilizado;


 As ADMs não são respeitadas durante o manuseio;
 Utilizado quando há uma limitação da ADM e na
tentativa de recuperação da mobilidade.

Técnica

• Usar a mesma dos exercícios analítico simples, porém


mobilizar a articulação além da AD presente.
Funcional

 Estrutura-se nas condições funcionais.


 Mobiliza-se uma ou mais de uma articulação.
 Mais de um plano de movimento deve ser usado.

 Técnica
 Necessita de compreensão da atividade funcional.
 Combinar planos e eixos.
Auto passivo

• O manuseio é feito pelo próprio


paciente;
• Não há solicitação dos músculos
envolvidos no movimento.

Técnica

• Não há regras quanto aos planos e


eixos;
• Precisa ser muito bem orientado.
Instrumental

 Os movimentos são feitos por


aparelhos, mas controlado pelo
terapeuta (ex: Cibex).

 Podem ser:
 Linear;
 Multidirecional;
 Uniarticular ou poliarticular.

 Técnica

 Depende do aparelho utilizado.


Exercícios ativos

• São realizados ou controlados pela ação voluntária dos músculos


motores envolvidos no movimento;
• Deve vencer uma resistência intrínseca ou extrínseca de acordo com o
seu subtipo.
Exercício Ativo

• Exercício ativo livre.


• Exercício ativo assistido.
• Exercício auto assistido.
• Exercício ativo resistido.
Exercício ativo livre

• Feito pelo comando voluntário dos músculos envolvidos no movimento.

• Não pode haver auxílio ou resistência de qualquer força externa que não seja a
gravidade e o peso do segmento.
Exercício ativo livre

Técnica:
• Deve ser bem orientado e posicionado.
• Pode ser uni ou poli articular.
• Pode ser baseado em atividades funcionais.
• Voz de comando.
• Velocidade.
• Tempo.
Exercício ativo assistido

• Feito pelo comando voluntário dos músculos envolvidos no movimento.

• DEVE haver auxílio de qualquer força externa para que a ADM chegue
ao seu limite.

Força muscular

Direção da ação muscular

Facilitar ação do músculo


Exercício ativo assistido

Técnica

• Deve ser bem orientado e posicionado.


• Pode ser uni ou poli articular.
• Pode ser baseado em atividades funcionais.
• Voz de comando.
• Utilizar fixação e facilitação.
• Tempo.
• Força do assistente.
Exercício ativo assistido

Efeitos
• Aumento ou controle do tônus.
• Aumento e controle da força muscular.
• Melhora da coordenação motora.
• Melhora do aprendizado, controle motor e ADM.
Exercício auto assistido

• O manuseio é feito pelo próprio paciente que auxilia o movimento de um


segmento comprometido através do membro normal.
Pode ser
• Manual - Feito as custas do auto-manuseio;
• Equipamentos- Feito com auxílio de recursos variados.
Exercício ativo resistido

• Exercício no qual há uma contração muscular voluntária, ou seja, o paciente


realiza o movimento e esta contração é resistida por uma força externa manual
ou mecânica; esta força externa vai ser aplicada de acordo com o potencial do
músculo.
Exercício ativo resistido

• Solicita ação e controle dos músculos motores do movimento


solicitado;
• Deve ser realizado contra uma força externa além da gravidade e peso.

Objetivos
 Fortalecer, hipertrofiar e restaurar o equilíbrio muscular.
Exercício ativo resistido

Técnica

• Deve ser bem orientado e posicionado.


• Pode ser uni ou poli articular.
• Pode ser baseado em atividades funcionais.
• Voz de comando.
• Utilizar fixação e facilitação.
• Tempo.
• Força resistente (pressão manual, molas, peso etc.).
Exercício de resistência progressiva

• São utilizados para restauração da força e


volume muscular após uma lesão, com
auxílio de resistência progressiva (De
Lorme,1945).

• 10 repetições com 50% da carga.


• 10 repetições com 75% da carga.
• 10 repetições com 100% da carga.

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