Consciencia Negra

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PARA QUE SERVE?

 A valorização da diversidade, da cultura e história afro-brasileira e africana


 Discutir e Combater o racismo
DE ONDE VIEMOS?
A IMPORTÂNCIA DA CULTURA AFRICANA NA FORMAÇÃO DA
SOCIEDADE BRASILEIRA 

 Diferentes Culturas
 Múltiplas Etnias

 Berço da Humanidade

 Origem dos ancestrais de milhões de brasileiros


GRIOT
- Transmissão oral do conhecimento
- Bibliotecas vivas
- Preservar e transmitir o conhecimento
- Histórias, canções e tradições do seu povo
- Griôs contadores de Histórias
- Griôs músicos - Cantam e tocam
instrumentos
- Griôs homens e mulheres (Griotas)
ETNIA

 Grupo com modo de vida próprio, com uma história


comum, falante da mesma língua e que partilha os
mesmo valores, mitos, crenças....
 Coletividade de indivíduos humanos com
características somáticas semelhantes, que
compartilham a mesma cultura e a mesma língua
além de identificarem-se como grupo distinto dos
demais...
BANTOS

 Designa também cada um dos


membros da grande família
etnolinguistica à qual pertence,
entre outros, os escravos no Brasil,
chamados de Angolas, Congos,
Cabindas, , Benguelas,
Moçambique, etc..
AS IMAGENS E REPRESENTAÇÕES DOS AFRICANOS NO
BRASIL ESCRAVISTA.
 Jean-Baptiste Debret ou De Bret (Paris, 1768 — 1848), foi
um pintor, desenhista e professor francês. Integrou a Missão Artística
Francesa (1817), que fundou, no Rio de Janeiro, uma academia de Artes e
Ofícios, mais tarde Academia Imperial de Belas Artes, onde lecionou. De
volta à França (1831) publicou Viagem Pitoresca e Histórica ao
Brasil (1834-1839), documentando aspectos da natureza, do homem e
da sociedade brasileira no início do século XIX.
 Johann Moritz Rugendas (1802 — 1858) foi um pintor alemão que viajou
no Brasil pelo Rio de Janeiro e Minas Gerais durante o período de 1822 a
1825, pintando os povos e costumes que, de fato, ele pode encontrar.
Rugendas era o nome que usava para assinar suas obras. Cursou a Academia
de Belas-Artes de Munique, especializando-se na arte do desenho.
RUGEND
AS
FAZENDA RESIDÊNCIA E A ESCRAVIDÃO

 - Pertencia ao capitão José Joaquim da Silva


Rebelo, construída na primeira metade do século
XIX;

 - Local onde nasceu o coronel Thomaz Rebelo


de Oliveira Castro (20/12/1850);

 - A fazenda teria terras em abundancia, bons


pastos, roçados para o plantio de legumes,
mandioca e algodão, um engenho para o fabrico
da cachaça, localizava-se próximo as aguadas e
possuía muitas cabeças de gado, além de
trabalhadores escravizados.
(Fonte: arquivo pessoal. Divulgação autorizada)
MATRÍCULA DOS ESCRAVOS PERTENCENTES A JOSÉ
JOAQUIM DA SILVA REBELO (1874)

Nome Cor Idade Estado Profissão Aptidão Família Moralidade Valor Nome do
Senhor
176 ROSINA mulata 19 solteiro cozinheira capaz 2 josé joaquim da silva rebello

175 ANNA fula F 21 solteiro Costureira tem regular josé joaquim da silva rebello

177 ROMANA fula F 17 solteiro Cozinheira tem regular josé joaquim da silva rebello

171 JORGE cabra M 47 solteiro Roceiro tem regular josé joaquim da silva rebello

172 JUSTO cabra M 37 solteiro Roceiro tem regular josé joaquim da silva rebello

173 GIL cabra M 35 solteiro roceiro tem regular josé joaquim da silva rebello
(Fonte: APEPI)
MATRÍCULA DOS ESCRAVOS PERTENCENTES A JOSÉ
JOAQUIM DA SILVA REBELO (1874)

Nº de
Nº de ordem Nº de Valor dado
ordem da
da presente ordem da Nomes cor Idade Estado Naturalidade Filiação Profissão conforme a
matrícula
matrícula relação tabela
anterior

54 366 1 Gonçalo Preto 27 solteiro Piauí Desconhecida roceiro 900 mil

55 577 2 Maria Cabra 27 solteira Idem Desconhecida cozinheira 675 mil

56 566 3 Víctor Pardo 28 solteiro idem Desconhecida roceiro 900 mil


Filha de
45 179 1 Joaquina Fula 16 solteira Piauí cozinheira 675 mil
Germana
(Fonte: APEPI)
 COMUNIDADE QUILOMBOLA SUSSUARANA
 - Localiza-se na zona rural de Piripiri;
 Segundo os moradores mais antigos, este
povoado existe a mais de 150 anos e teria
surgido dos trabalhadores negros livres e
escravizados da antiga fazenda Residência;
 - Após a abolição (1888), algumas famílias
de negros se estabeleceram ali,
relacionando-se através de laços de
parentescos e comunitários.
 - Lá encontra-se os moradores negros e
mestiços mais “antigos” da região, muitos
deles, bisnetos de escravos e libertos.
COMUNIDADE QUILOMBOLA SUSSUARANA

 Percepção quanto a história oral da comunidade:

São memórias fragmentadas, enunciados étnicos recriados, tanto pela cor


da pele como pela origem comum, recuperando narrativas sobre
experiências não só relacionada a escravidão, mas os sentidos do pós-
Abolição, conectado com o debate sobre a questão agrária no Brasil.
COMO SE FORMOU O POVO QUE DEU ORIGENS A
COMUNIDADE SUSSUARANA:

JOSÉ SIRÍACO PANTA X FLORINDA MARIA DOS


PRAZERES
BERNARDO
JOSE
SOARES

Bernardo Josefa M.
M. DA
DA CONCEIÇÃO
CONCEIÇÃO JANUARIA
JANUARIA
MARIA DOS
MARIA DOS
PRAZERES
PRAZERES

EDUVIRGENS

Sabino
DOS
DOS
PRAZERES
PRAZERES

JOSEFA DOS
PRAZERES

Tomaz Jozé
Raimundo dos Santos
ÁRVORE GENEALÓGICA

Árvore Genealógica de Heliodorio e Josefa


Árvore Genealógica de Jorge e Januária Maria dos Prazeres
Jorge Pereira da Cunha Januaria Maria dos Prazeres Heliodorio José Gomes Josefa Maria da Conceição

Maria Januaria 1883 Joana Maria da Conceição Rosa Maria da Conceição Antonia Maria da Conceição
Brígida Maria dos Prazeres Florinda Maria dos Prazeres João José Soares Vitória Maria da Conceição
1899 Maria Josefa da Conceição Francisco José Soares
Antonio Pereira da Cunha Leonardo Pereira da Cunha
1890
ENTREVISTADOS

Francisco Antonio de Sousa (In


memoria Chico Joana 99 anos,
nascido em 12-03-1917 –
Faleceu no inicio de 2017).Neto
de Jorge, ex-escravo da fazenda
Residência.

(Fonte: arquivo pessoal. Divulgação autorizada)


ENTREVISTADOS

 José Maria (Zequinha 82


anos nascido em 15-11-
1934) esposo de Maria
Pereira da Cunha, todos
com vida. Bisneto de
Heliodório e Josefa.

(Fonte: arquivo pessoal. Divulgação autorizada)


NEGRO NO BRASIL: NEM HUMANO, NEM CIDADÃO
 1837 - Primeira lei de educação: negros não podem ir à escola
 1850 - Lei das terras: negros não podem ser proprietários
 1871 - Lei do Ventre Livre - quem nascia livre?
 1885 - Lei do Sexagenário - quem sobrevivia para ficar livre?
 1888 - Abolição (atentem, foram 388 anos de escravidão)
 1890 - Lei dos vadios e capoeiras - os que perambulavam pelas ruas, sem trabalho ou residência comprovada, iriam pra cadeia. Eram mesmo
"livres"? Dá para imaginar qual era a cor da população carcerária daquela época? Vc sabe a cor predominante nos presídios hoje?
 1968 - Lei do Boi: a lei de cotas! Não, não foi pra negros, foi para filhos de donos de terras, que conseguiram vaga nas escolas técnicas e nas
universidades (volte e releia sobre a lei de 1850!!!)
 1988 - Nasce nossa ATUAL CONSTITUIÇÃO. Foram necessários 488 anos para ter uma constituição que dissesse que racismo é crime! Na
maioria das ocorrências se minimiza o racismo enquanto injúria racial e nada acontece.
 2001 - Conferência de Durban, o Estado reconhece que terá que fazer políticas de reparação e ações afirmativas. Mas, não foi porque acordaram
bonzinhos! Não foi sem luta.
 2003 - Lei 10639 - estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade
da temática "História e Cultura Afro-Brasileira".
 2009 - a Política de Saúde da População Negra. Que prossegue sendo negligenciada e violentada (quem são as maiores vítimas da violência
obstétrica?) no sistema de saúde.
 2010 - Lei 12288 - Estatuto da Igualdade Racial. Em um país que se nega a reconhecer a existência do racismo.
 2012 - Lei 12711 - Cotas nas universidades. A revolta da casa grande sob um falso pretexto meritocrata.
ENXERGAR O RACISMO
NEGRITUDE
 Assumir a negritude é um ato político: trata-se de tomar para si a
história e cultura do grupo, suas raízes, suas lutas.
NEGRITUDE
 Movimento Panteras Negras, do
qual a ativista e filósofa Angela
Davis fez parte, além de lutar
contra a segregação racial nos
Estados Unidos e pela
emancipação do povo negro,
tinha também em suas bases a
valorização da estética negra.
NEGRITUDE
 Abdias do Nascimento em
1944, buscou valorizar a
cultura afrobrasileira por
meio da educação e da arte,
formulando uma estética
própria para além da
reprodução da experiência de
outros países e visando ao
protagonismo do povo negro.
PRIVILÉGIOS DA BRANQUITUDE
 Uma pessoa branca deve pensar seu
lugar de modo que entenda os
privilégios que acompanham a sua
cor. Isso é importante para que
privilégios não sejam naturalizados
ou considerados apenas esforço
próprio.
A DISCRIMINAÇÃO DAS RELIGIÕES DE MATRIZ AFRICANA
COMO PRÁTICA RACISTA
 O candomblé é uma religião afro-brasileira, ou seja, surgida
no Brasil a partir de elementos de diversas religiões
africanas, trazidas para cá pelos africanos escravizados.
 Umbanda é uma religião brasileira resultante da mistura de
elementos de religiões africanas, indígenas, orientais e
europeias (catolicismo e espiritismo kardecista). ... Assim,
a umbanda pode ser entendida como o culto que os espíritos
encarnados prestam a Deus através dos orixás e dos espíritos
desencarnados.
MEDICINA AFRO-BRASILEIRA

 O uso de plantas de valor medicinal na forma de chás, infusões, banhos e


emplastos revela um imenso conhecimento da natureza, fruto de
centenas de anos de observação e experimentação de seus efeitos
terapêuticos.
AS LÍNGUAS AFRICANAS

 kimbundo, kikongo, yoruba e fon, principalmente, mantiveram-se em


uso nos terreiros, nas saudações, cantigas, provérbios, contos, poemas,
nos títulos da hierarquia do terreiro e no nome iniciático de seus
membros, no nome de plantas, animais, alimentos, objetos de culto e
inúmeros outros vocábulos.

 OGUM - OXÓSSI - OMOLU/OBALUAIÊ – XANGÔ - IANSÃ OXUM -


IEMANJÁ
MÚSICA AFROBRASILEIRA – BATUQUES,
SAMBAS E PAGODES

Samba de cumbuca

Capoeira

Reisado

Tambor de Crioula
Referencias

CAMPOS, Flávio de. História nos dias de hoje, 7° ano/ Flávio de Campos, Regina Claro, Miriam Dalnhikoff. 2. ed. – São Paulo:
Leya, 2015, p.88-89.
 
Costa e Silva, Alberto (1996). A enxada e a lança. A África antes dos portugueses. Rio de Janeiro, Nova Fronteira.
 
D. T. Niane (org.) História geral da África, IV: África do século XII ao XVI / editado por Djibril Tamsir Niane. – 2.ed. rev. –
Brasília : UNESCO, 2010.
 
HERNANDEZ, Leila Leite. África na sala de aula – visita à história contemporânea. 2ª Ed., São Paulo, Selo Negro, 2008 .
 
Oliva, Anderson R. (2003). A História da África nos Bancos Escolares: representações e imprecisões na literatura
didática.Revista Estudos Afro-Asiáticos, ano 25, n° 3, set./dez., pp. 421-462.
 
 
 

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