NR 31

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Coleção SENAR

Legislação:
NR 31.12 -
Máquinas
e
equipame
ntos
Conhecer a Norma
I Regulamentadora (NR) 31.12

A NR 31.12 tem como principal objetivo garantir


a saúde e a segurança dos trabalhadores
envolvidos direta ou indiretamente na operação
de máquinas e equipamentos no meio rural, por
meio da implantação, manutenção e
fiscalização de medidas de proteção, a serem
cumpri- das por empregados e empregadores,
de acordo com as responsabili- dades atribuídas
a cada um na propriedade.

Assim, a norma ainda define os preceitos que


devem ser seguidos, de modo que
acionamentos, inspeções, intervenções e
manutenção em máquinas e implementos
possam ser realizados de forma a garantir a
segurança, a saúde e a preservação do meio
ambiente relacionados ao trabalho.

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1. Saiba onde se aplica a NR 31.12

A norma regulamentadora se aplica a


todas as máquinas, equipa- mentos e
implementos agrícolas utilizados na
propriedade. Compre- ende o
acionamento, a operação, a parada e a
manutenção, cujos propósitos são:
• Garantir uma operação segura no uso
dos equipamentos;
• Reduzir a probabilidade de
ocorrência de acidentes;
• Garantir a preservação da saúde e a
integridade física dos cola-
boradores;
• Reduzir os gastos com acidentes e
incidentes; e
• Preservar o meio ambiente.

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2. Conheça os tipos de proteção que devem


estar nas máquinas
• Proteção de eixos (Cardan);
• Proteção de correias e polias;
• Cinto de segurança;
• Guarda corpo;
• Proteção contra projeção de partículas;
• Sistema de proteção contra queda de
materiais;
• Faróis, luzes e sinal sonoro de ré;
• Freio manual;
• Pino pega corrente; e
• Travas de segurança.
3.Conhecer as responsabilidades contidas
na NR 31

De forma clara e objetiva, a NR 31 estabelece as responsabilidades


a serem assumidas e rigorosamente cumpridas pelos empregados e
empregadores, a fim de garantir que os trabalhos sejam realizados
com segurança, mantendo sempre os riscos sob controle.

1. Conheça as responsabilidades do empregador

O empregador deve ser responsável pelo cumprimento da NR 31,


que pode ser na propriedade, no estabelecimento ou na unidade
produtora, para:

• Garantir condições de trabalho, higiene e conforto;

• Realizar avaliações de risco das atividades desenvolvidas;

• Adotar medidas de prevenção e proteção do trabalhador;

• Assegurar que as atividades, os lugares de trabalho, as máqui-


nas, os equipamentos, as ferramentas e os processos
produtivos sejam realizados de forma segura;

• Desenvolver melhorias nas condições e nos ambientes de


trabalho;

• Analisar os acidentes ocorridos em conjunto com a Comissão


Interna de Prevenção de Acidentes no Trabalho Rural - CIPATR;

• Divulgar os direitos, deveres e as obrigações que os


trabalhado- res devem conhecer sobre saúde e segurança no
trabalho;

• Adotar medidas necessárias quando da ocorrência de acidentes


ou doenças do trabalho;

• Fornecer informações, orientar e supervisionar os trabalhos


exe- cutados, para garantir que sejam realizados de forma
segura;
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• Informar aos trabalhadores os riscos e as respectivas medidas


de controle, os resultados dos exames médicos ocupacionais e
os resultados das avaliações ambientais dos locais de trabalho;

• Adotar sistemática de avaliação e, consequentemente gestão de to-


dos os riscos envolvidos, atendendo à seguinte ordem de
prioridade:

a) Eliminar os riscos;

b) Controlar os riscos na fonte geradora;

c) Reduzir o risco ao mínimo, introduzindo medidas técnicas e/


ou administrativas e de práticas seguras a partir de treina-
mento e capacitação; e

d) Adoção dos Equipamentos de Proteção Individual - EPIs sem


custo ao trabalhador.
Atenção

1. Devem responder, de forma solidária pela correta aplicação


da NR 31, as empresas, os empregadores, as cooperativas de
produção ou parceiros rurais que se agrupam no desenvolvimento
de tarefas, ou que constituam um grupo econômico.

2. Sempre que houver dois ou mais empregadores rurais ou


trabalhadores autônomos que realizam atividades em um
mesmo local devem, de modo conjunto, colaborar na aplicação
dos preceitos de saúde e segurança estabelecidos pela norma
regulamentadora.

3.2 Conheça as responsabilidades do


trabalhador

O trabalhador assume um papel fundamental no sentido de alcan-


çar um bom resultado das ações da gestão de saúde e segurança
na propriedade, devendo colaborar sempre, e de maneira integral,
no cumprimento dos preceitos estabelecidos na NR 31. Cabe-lhe
ainda:

• Cumprir as determinações contidas nas ordens de serviço, refe-


rentes à saúde e segurança;

• Adotar e seguir todas as medidas de proteção determinadas


pelo empregador, conforme NR 31, sob pena de responder por
ato faltoso em caso de recusa injustificada;

• Submeter-se a todos os exames médicos previstos na NR 31; e

• Colaborar de forma integral para a aplicação da NR 31 na


propriedade.

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3.3 Conheça os direitos do trabalhador


• Trabalhar em ambientes seguros e saudáveis, conforme estabe-
lecido na NR 31;

• Serem consultados, por meio da CIPATR quando houver, sobre a


adoção de medidas de prevenção de acidentes, adotadas pelo
empregador;

• Escolher representantes para tratar de assuntos de saúde e se-


gurança na (CIPATR);

• Interromper o trabalho na propriedade, caso seja detectado


qualquer risco grave e iminente para a segurança e saúde dos
terceiros; e

• Receber treinamento e orientações sobre segurança e saúde, de


forma que possam atuar na implementação de medidas de pre-
venção adotadas na propriedade.
Realizar a gestão
de II segurança, saúde
e
meio ambiente
Todos os empregadores rurais ou equivalentes devem adotar e im-
plementar ações para a saúde e a segurança, visando à prevenção
de acidentes e doenças ocupacionais, decorrentes trabalho na pro-
priedade rural. Nesse sentido, deve-se seguir a ordem de prioridade:

• Eliminar riscos por meio de adequação ou substituição de má-


quinas e equipamentos ou dos processos produtivos;
• Adotar controle de riscos na fonte ou de medidas de proteção
coletiva; e
• Adotar e implementar o uso de Equipamentos de Proteção
Individual – EPIs.

Recomenda-se observar os seguintes aspectos nas ações de segu-


rança e saúde do trabalhador:

• Melhoria contínua das condições e do meio ambiente de


trabalho;
• Promoção da integridade física e da saúde dos trabalhadores ru-
rais; e
• Campanhas para a prevenção de acidentes ou doenças decor-
rentes do trabalho rural.

É necessário que as ações de melhoria do meio ambiente de traba-


lho considerem os seguintes aspectos:

• Riscos físicos, químicos, biológicos e mecânicos;


• Análise e investigação de acidentes ocorridos e de situações
que possam vir a gerá-los; e
• Organização geral do trabalho.
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Observando os programas de saúde e de segurança, bem como os


respectivos prazos e condições, o gestor da propriedade rural ou
equi- valente deve garantir a realização dos seguintes exames
médicos:

• Exame médico admissional – a ser realizado antes do início das


atividades do trabalhador na propriedade;

• Exame médico periódico – a ser feito anualmente, ou de acor-


do com o estabelecido nos programas de segurança e saúde
na propriedade;

• Exame médico de retorno ao trabalho – a ser feito no primei- ro


dia do retorno às atividades do trabalhador que permanecer
afastado por mais de trinta dias, em decorrência de doença ou
acidente;

• Exame médico de mudança de função – antes do início das ativi-


dades na nova função;

• Exame médico demissio-


nal – até a data da efeti-
va homologação, salvo
quando o último exame
médico ocupacional te-
nha sido realizado há me-
nos de 90 dias, ou confor-
me previsto em acordos
coletivos, ou ainda a crité-
rio médico.
Atenção

1.Toda propriedade rural deverá estar equipada com materiais


necessários para a prestação de procedimentos de primeiros
socorros, levando em conta as peculiaridades da atividade
desenvolvida no local.

2.Nas propriedades rurais, com dez ou mais trabalhadores, o


material de primeiros socorros deve ficar sob a
responsabilidade de pessoa treinada para esse fim.
Conhecer a segurança no
III uso das máquinas e dos
implementos agrícolas
As máquinas e implementos agrícolas devem ser utilizados de acor-
do com as especificações técnicas fornecidas pelos fabricantes,
ope- rando sempre dentro dos limites indicados e observando as
restri- ções. É necessário que sejam operados por trabalhadores
com:

• Capacitação;

• Qualificação; e

• Habilitação para essas funções.

A norma regulamentadora NR 31 preconiza que as proteções, os


sis- temas e os dispositivos de segurança devem fazer parte das
máqui- nas desde a sua fabricação, não podendo jamais ser
considerados como opcionais.
Devem ser elaborados e aplicados procedimentos de segurança, in-
cluindo Permissão de Trabalho para as seguintes situações:
• Acesso;
• Acionamento;
• Inspeção;
• Manutenção; e
• Quaisquer outras intervenções em máquinas e implementos.

Acesso à máquina

Atenção

1.É proibido o transporte de pessoas em máquinas


autopropelidas, bem como em seus implementos, exceto para
máquinas ou implementos que possuam posto de trabalho e
que sejam projetados pelos fabricantes para esse fim ou por
profissional legalmente habilitado.

2.Não é permitida a adaptação de máquinas forrageiras


equipadas e tracionadas com o sistema de autoalimentação para
sistemas ou dispositivos de alimentação manual.
Conhecer os dispositivos
IV de partida,
acionamento e parada
Recomenda-se que sejam devidamente projetados e selecionados
os sistemas e/ou dispositivos de partida, acionamento e parada dos
equipamentos ou máquinas estacionárias. A sua instalação deve ga-
rantir que:

• Não estejam localizados em zonas perigosas;

• Sejam capazes de impedir o acionamento ou o desligamento de


forma involuntária pelo operador ou por meio de qualquer
outra forma acidental;

• Não proporcionem riscos adicionais;

• Não permitam ser burlados; e

• Possuam condições de serem acionados ou desligados em si-


tuações de emergência por outro colaborador, que não seja o
próprio operador.

Precaução

1. Ao serem energizados, os comandos de partida ou acionamento


devem possuir dispositivos que impeçam o funcionamento de
forma automática das máquinas estacionárias, no sentido de
evitar acidentes.

2. As máquinas autopropelidas ou qualquer outra, cujo


acionamento por trabalhador não autorizado ofereça risco a
saúde ou integridade física dos trabalhadores, devem dispor de
sistemas de segurança, inclusive chave de ignição, capazes de
bloquear os seus dispositivos de acionamento.
COLEÇÃO SENAR • Nº 219
Conhecer os sistemas de
V segurança em máquinas e
implementos
Os dispositivos de segurança são aqueles que, são capazes de re-
duzir os riscos de acidentes, incidentes ou qualquer agravo à saúde.

Os pontos de perigo de máquinas e implementos devem possuir


dis- positivos de segurança, para evitar acidentes e garantir a saúde
e a integridade física do trabalhador. Os dispositivos mais utilizados
são:

• Proteções fixas – devem ser mantidas em suas posições origi-


nais, de forma permanente ou por meio de dispositivos de fixa-
ção, sendo passíveis de remoção ou abertas com ferramentas
apropriadas;
• Proteções móveis – podem ser abertas com ferramentas
específicas, pois, geralmente, estão interligadas por dispositivos
mecânicos as estruturas das máquinas ou a algum elemento
fixo próximo. Devem estar associadas aos dispositivos de
intertravamento.

Tampa da Engrenagem
engrenagem
Atenção

A neutralização integral ou parcial de sistemas de segurança


de máquinas autopropelidas e de implementos, que possam
acarretar em exposição a riscos graves e iminentes à saúde e
integridade física dos trabalhadores, será considerada como ato
faltoso, devendo ser rigorosamente fiscalizado pelo
empregador.

Os dispositivos de segurança são classificados como:

• Interfaces de segurança ou comandos elétricos – dispositivos


que verificam a posição, interligação e o funcionamento de ele-
mentos do sistema de segurança, impedindo a ocorrência de
possíveis falhas.
• Dispositivos de intertravamento – não permitem o funciona-
mento da máquina sob condições pré-determinadas, cuja finali-
dade é impedir a ocorrência de acidentes. Podem ser:

» Chaves de segurança eletromecânicas;


» Chaves magnéticas;
» Chaves eletrônicas ou codificadas; e
» Sensores indutivos, entre outros.
• Sensores de segurança – dispositivos que atuam como detec-
tores mecânicos ou não mecânicos, que atuam quando uma
pessoa ou parte de seu corpo acessam uma zona considerada
perigosa de uma máquina ou equipamento.
• Blocos e válvulas de segurança ou dispositivos pneumáticos e
hidráulicos funcionam com a mesma eficácia;
• Dispositivos e elementos mecânicos – retêm, limitam, sepa-
ram, empurram, inibem os acessos as zonas de risco de má-
quinas e equipamentos.
Sensor de automação do funcionamento da máquina

1. Conheça os requisitos de segurança das


máquinas

As proteções das máquinas são projetadas e construídas para que


possam atender aos requisitos mínimos de segurança, tais como:

• Garantir a segurança de dispositivos projetados para toda a vida


útil da máquina, ou possibilitar a reposição das partes danifica-
das ou deterioradas;

• Serem construídas com materiais resistentes, capazes de conter


a projeção de partículas, materiais e peças;

• Sistema de fixação firme e que garanta a resistência e a


estabili- dade mecânica requeridas, de acordo com os esforços
exigidos;

• Não sejam capazes de criar pontos de agarramento ou esmaga-


mento com outras proteções ou partes da máquina;

• Não possuirem bordas, arestas ou extremidades cortantes;

• Serem resistentes às condições ambientais do ponto onde


são instaladas;

Legislação: NR 31.12 - Máquinas e equipamentos


• Possuírem sistema de segurança contra falhas ou desligamento
proposital;
• Oferecerem condições aceitáveis de higiene e de limpeza;
• Não permitirem acesso a pontos ou zonas de perigo;
• Serem protegidas e capazes de atuar mesmo em condições de
poeiras, sujidades e corrosão, se necessário;
• Atuarem de modo preventivo e positivo;
• Não serem capazes de gerar riscos adicionais; e
• Possuírem características e dimensões em conformidade com o
Item A do anexo II da NR 31.

Acesse pelo seu celular

Atenção

Quando os acessos às zonas de perigo das máquinas forem


requeridos uma ou mais vezes durante o turno de trabalho, a
proteção deve ser móvel, observando-se os seguintes itens:
•A proteção móvel deve estar interligada com o dispositivo de
intertravamento, para garantir a parada da máquina quando do
acesso às zonas de perigo;
•Tal proteção deve estar interligada com dispositivo de
intertravamento e sistema de bloqueio, quando a abertura
possibilitar qualquer acesso à zona de perigo antes da parada
total do equipamento, eliminando o risco.
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As máquinas e os implementos, que possuem proteções móveis


as- sociadas a elementos de intertravamento, devem:

• Permitir a operação somente quando as proteções estiverem


fechadas;

• Ser capazes de paralisar as funções perigosas imediatamente


após a abertura durante a operação; e

• Garantir que somente o fechamento das proteções não seja ca-


paz de dar início ao funcionamento das funções perigosas.

Para os dispositivos de intertravamento associados aos sistemas de


bloqueio, as proteções móveis de máquinas e de implementos
preci- sam obrigatoriamente:

• Permitir o funcionamento e a operação somente quando a prote-


ção estiver fechada e devidamente bloqueada;

• Ser capazes de manter a proteção fechada e devidamente bloque-


ada até a eliminação total do risco de lesão; e

• Garantir que somente o fechamento e o bloqueio das proteções


não ocasionem o início do funcionamento das funções perigosas.

Atenção

Os dispositivos de transmissão de força, acompanhados de


seus componentes móveis, expostos ou acessíveis, devem ser
mantidos protegidos por meio de proteções móveis ou fixas, além
de possuirem dispositivo de intertravamento, impedindo o acesso
por todos os lados.

As colhedoras devem possuir proteções que:


• Sejam projetadas de modo a considerar o risco para o operador
e a geração de outros riscos associados, evitando acúmulo de
detritos e possíveis riscos de incêndio;
• Sejam capazes de atender à extensão máxima, levando em conta
a funcionalidade;
• Possuam sinalização quanto aos riscos de acidentes; e
• Informem sobre os riscos considerados no manual de
instruções.

Para o eixo cardan, a proteção deve atender toda a sua extensão,


deven- do ser fixada na tomada de força da máquina, desde o
acoplamento na cruzeta até o acoplamento do equipamento ou
implemento utilizado.

Atenção

Uma atenção especial deve ser dada às máquinas e aos


implementos que ofereçam risco de rompimento de suas partes,
projeção de materiais ou peças, que devem possuir proteções
adequadas, para garantir a saúde, a segurança e a integridade
física dos trabalhadores.

As roçadeiras devem ser dotadas de proteções que impeçam a


proje- ção de materiais sólidos que possam causar acidentes.
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Recomenda-se que dispositivos de segurança, que impedem o con-


tato do operador com as zonas de perigo, estejam devidamente ins-
talados em máquinas de:

• Cortar;

• Picar;

• Triturar;

• Moer;

• Desfibrar e outras similares.

Precaução

1. Medidas adicionais de proteção coletiva devem ser analisadas e


implementadas, de forma a impedir a partida de máquinas,
enquanto houver pessoas presentes na zona de risco.

2. É necessário dar ordens expressas e fazer o constante


monitoramento para impedir a circulação de crianças nos locais
em que se encontram instaladas as máquinas, evitando, assim,
possíveis acidentes.

Eventuais aberturas para alimentação de máquinas ou de


implementos, localizados em pontos de apoio do operador, devem
ser devidamente protegidas para evitar a queda de pessoas em seu
interior.

Sempre que partes de membros inferiores ou superiores tenham


acesso às zonas de perigo das máquinas, é preciso ter a adequada
proteção, incluindo fundos dos degraus de escadas.

É necessário seguir alguns requisitos de segurança quanto à bateria


das máquinas:

• Devem estar localizadas em local de fácil acesso para manuten-


ção ou substituição, seja do solo ou de uma plataforma de
apoio;

Legislação: NR 31.12 - Máquinas e equipamentos


• Devem estar devidamente fixadas, a fim de evitar
deslocamento acidental; e

• O terminal positivo deve possuir proteção contra possível conta-


to acidental e curto circuito.

As máquinas autopropelidas, com fabricação a partir de maio de


2008, devem possuir obrigatoriamente:
• Buzina;
• Lanternas traseiras de posição;
• Espelho retrovisor;
• Faróis; e
• Sinal sonoro de ré, instalado e interligado com o sistema de
transmissão.

Além dos itens citados, a partir de maio de 2008, as máquinas auto-


propelidas devem dispor também de Estrutura de Proteção na
Capo- tagem – EPC e de cinto de segurança, utilizados conforme as
especi- ficações e respectivas recomendações dos fabricantes
apresentadas nos manuais. Salvo as exceções contempladas no
Quadro I do Anexo IV da NR 31.

Acesse pelo seu celular


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As máquinas autopropelidas com fabricação anterior a maio de


2008 devem possuir obrigatoriamente:
• Faróis; e
• Buzina.

Atenç
ão

As máquinas autopropelidas com fabricação anterior a maio de


2008 estão excluídas da obrigação de possuírem Estrutura de
Proteção na Capotagem – EPC, desde que a sua utilização esteja
em conformidade com as instruções e recomendações
expressas pelo fabricante, com atenção especial aos limites de:
• Carga;

• Declivi
dade;
• Veloci
dade;
e
• Aplica
ção.

Quanto às máquinas autopropelidas, com fabricação a partir de


maio de 2008, é importante que se verifique a disponibilidade
técnica para a correta instalação da Estrutura de Proteção na
Capotagem (EPC).

A EPC deve:

• Ser adquirida somente de fabricantes ou revendas autorizadas;

• Ser instalado seguindo as recomendações dos fabricantes; e

• Atender a os requisitos de segurança estabelecidos em normas


técnicas vigentes.
COLEÇÃO SENAR • Nº 219

Estruturas de Proteção Contra Queda de Objetos (EPCO) devem ser


instaladas em máquinas autopropelidas que ofereçam risco de que-
da sobre postos de trabalho.

É preciso que, nos tratores agrícolas, sejam instaladas as proteções


que cubram a lateral e a parte superior na Tomada de Potência
(TDP).

As máquinas e os implementos, que são tracionados, devem possuir


dispositivo de engate rápido para o reboque para assegurar o aco-
plamento e impedir o desacoplamento acidental durante a
utilização.

Precaução

Devido ao alto risco de acidentes por asfixia, é proibido


o trabalho com máquinas e implementos com motores a
combustão interna em locais fechados e que não assegurem a
total eliminação de gases.

As motosserras devem atender aos requisitos mínimos de segu-


rança como:

• Possuir freio automático ou manual de corrente;

• Dispor de pino pega-corrente;

• Possuir protetor da mão direita;

• Dispor de protetor da mão esquerda; e

• Possuir trava de segurança do acelerador.


Capa protetora de serra e dispositivo de proteção para a mão

As motopodas e similares devem possuir os mesmos dispositivos de


segurança de motosserras, quando couber.

Atenção

O empregador deve promover treinamentos para todos os


operadores de motosserra e similares, garantindo, assim, a
utilização de forma segura desses equipamentos, com carga
horária mínima de oito horas e seguindo conteúdo programático
quanto à utilização, conforme o manual de instruções.
VI Conhecer os meios de
acesso

São considerados meios de acesso os elevadores, as passarelas, as


plataformas, as rampas ou escadas.

Todas as máquinas, implementos e equipamentos devem pos-


suir, permanentemente, acessos seguros e fixados em todos os
pontos de:

• Operação;

• Abastecimento;

• Inserção de matérias-primas;

• Retirada de produtos trabalhados;

• Preparação;

• Manutenção; e

• De intervenção constante.

Quando houver a impossibilidade técnica de instalação de meios de


acesso, nos quais a presença do trabalhador seja indispensável para
a realização de atividades, como manutenção e/ou inspeção e que
não seja acessível desde o solo, devem ser providenciados meios de
apoio, como:

• Corrimão ou manípulos;

• Barras;

• Apoio para os pés; ou

• Degraus com superfície antiderrapante.

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Os meios de apoio irão garantir que o operador mantenha três pon-


tos de apoio, durante o tempo em que durar o acesso, garantindo
sua segurança.

Para os postos de trabalho ou locais em que haja acesso de


trabalha- dores acima do nível do solo, seja para comando ou
outras interven- ções, tais como abastecimento, operação e
manutenção, os meios de acesso devem ser fornecidos quando:

• A altura do piso ou do solo do posto de operação das máquinas


for superior a 0,55 m;

• Nas máquinas autopropelidas, quando a altura do piso ou solo


do posto de operação for superior a 0,60 m; e

• Nas colhedoras de arroz com esteiras e naquelas que possuam


sistema de nivelamento quando a altura do piso ou do solo do
posto de operação for superior a 0,70 m.
Atenção

Os postos de trabalho ou locais em que haja acesso de


trabalhadores acima do nível do solo devem dispor de
plataformas seguras e estáveis. Não havendo possibilidade
técnica para a implantação de plataformas fixas e
estáveis, é possível utilizar plataformas móveis, desde que
possuam dispositivos que não permitam a movimentação
ou o tombamento da plataforma.

Nos acessos às máquinas, com exceção daquelas que possuem es-


cadas tipo marinheiro ou elevadores, é necessário a presença de
dis- positivos de proteção contra queda, com as seguintes
especificações:

• Dimensionamento, resistência e fixação seguras, sendo capaz


de suportar os esforços requeridos;

• Serem compostos de material resistente a corrosão e as intempé-


ries;

• Terem a barra superior com 1,10 a 1,20 metros de altura em re-


lação ao piso e ao longo da extensão, nos dois lados;

• A barra superior não deverá possuir superfície plana, para evitar


a colocação de materiais e objetos;

• Conter rodapé com, no mínimo, 20 centímetros de altura e barra


intermediária a 70 cm de altura em relação ao piso, localizada
entre o rodapé e a barra superior.
Para os acessos em que haja risco de queda de materiais e de obje-
tos, devem ser instaladas proteções fixas entre o rodapé e o
traves- são superior do guarda corpo, visando a impedir que a
queda desses materiais causem lesões aos trabalhadores.

Recomenda-se que os meios de acessos - sejam eles passarelas, pla-


taformas, rampas e escadas - ofereçam condições seguras, tanto
na circulação, quanto no manuseio e na movimentação, devendo
ainda:

• Serem dimensionados e construídos de material resistente,


fixados de modo a suportar toda movimentação e carga
requerida;

• Possuirem degraus e pisos com características antiderrapantes;

• Estar sempre desobstruídos;


Serem instalados em locais que possam prevenir:

• Risco de queda;

• Escorregamento;

• Tropeçamento; e

• Demanda excessiva de esforço físico dos trabalhadores.

Barras transversais devem ser instaladas de maneira segura em


ram- pas que apresentem inclinação entre 10 e 20 graus em relação
aos planos horizontais.

Não é permitida a construção e a instalação de rampas em locais


que apresentem inclinação acima de 20 graus.

As plataformas, rampas e passarelas de acesso às máquinas devem:

• Possuir largura mínima de 60 cm;

• Dispor de meios de drenagem, caso seja necessário; e

• Ter os vãos de acesso livres de rodapés.

Para as máquinas estacionárias com acesso por meio de escadas de


degraus que possuam espelho, exige-se:

• Largura mínima de 60 cm;

• Profundidade mínima dos degraus de 20 cm;

• Degraus sem saliência, nivelados e com lances uniformes; e

• Altura entre os degraus de 20 a 25 cm.


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Para as máquinas estacionárias, com acesso por meio de escadas de


degraus que não possuam espelho, recomenda-se:

• Largura mínima de 60 cm;

• Profundidade mínima dos degraus de 20 cm;

• Degraus sem saliência, nivelados e com lances uniformes;

• Altura entre os degraus de 20 a 25 centímetros;

• Plataforma de descanso com 60 cm de largura e 80 cm de com-


primento, em cada intervalo de 3 m de altura; e

• Projeção mínima de um degrau sobre o outro de 1 cm.

Os acessos em máquinas estacionárias, por meio de escada tipo ma-


rinheiro, devem:

Escada marinheiro
• Ser dimensionados, construídos e fixados de forma segura,
sen- do capazes de suportar as cargas requeridas;

• Caso estejam expostas a agentes corrosivos ou instaladas em


ambientes externos, devem ser constituídos ou revestidos de
material resistente a corrosão e intempéries;

• Caso a altura ultrapasse 3,50 m, deve ser instalada gaiola de


pro- teção a partir de 2 m acima do piso, ultrapassando o piso
supe- rior ou a plataforma de descanso em, no mínimo, 1,10 a
1,20 m;
• Respeitar a continuação dos montantes ou do corrimão da esca-
da, ultrapassando o piso superior ou a plataforma de descanso
em, no mínimo, 1,10 a 1,20 m;
• Possuir largura entre 40 e 60 cm;
• Altura máxima de 10 m, caso seja de único lance;
• Dispor de altura máxima de 6 m, entre duas plataformas de des-
canso, caso sejam de múltiplos lances;
• Dispor de espaçamento entre as barras de, no mínimo, 25 cm e,
no máximo, 30 cm;
• A primeira barra não pode possuir altura superior a 55 cm entre
o piso da edificação ou da máquina;
• Serem fixados, no mínimo, a 15 cm de distância da estrutura
de fixação;
• Possuir barras horizontais com espessura de 25 a 38 milíme-
tros;
• Possuir ranhuras ou formatos na parte da superfície das barras
horizontais, para evitar escorregões e deslizamentos.
As gaiolas de proteção devem ter:
• Diâmetro entre 65 e 80 cm;
• Espaçamento máximo entre as barras verticais de 30 cm entre
si;
• Distância máxima de 1,5 m entre os arcos; e
• Espaço dos vãos entre os arcos de, no máximo, 30 cm.

Atenção

Além do disposto neste material, devem ser rigorosamente


observadas as disposições expressas no anexo III da Norma
Regulamentadora NR 31, que tratam das dimensões dos
meios de acesso.

Legislação: NR 31.12 - Máquinas e equipamentos


As máquinas autopropelidas devem contar com meios de acesso
que tenham as seguintes características:

• Serem dimensionados, construídos e fixados de forma segura,


capazes de suportar as cargas requeridas;

• Caso estejam expostos a agentes corrosivos ou instalados em


ambientes externos, devem ser constituídos ou revestidos de
material resistente a corrosão e as intempéries;

• Possuir barra superior com superfície não plana, para evitar a


colocação de objetos sobre ela.

Atenção

1. Para as máquinas autopropelidas, o dispositivo de direção não


pode ser considerado ponto de apoio para acesso à cabine da
máquina.

2. Pneus, rodas, cubos e para-lamas comuns não podem ser


considerados como degraus para acesso à cabine ou a outro ponto
de trabalho.
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Para as máquinas de esteira, a superfície de apoio das esteiras e as


sapatas poderão ser usadas como degraus para acesso, desde que
projetadas adequadamente para essa finalidade, garantindo três
pon- tos de apoio e contato ao operador durante todo o tempo de
acesso.

Já as máquinas autopropelidas, que ofereçam risco de queda do tra-


balhador, no momento de utilização dos meios de acesso, devem
dispor de manípulos ou corrimão, com as seguintes
recomendações:

• O operador deve manter sempre contato com três pontos de


apoio;

• Parte inferior do manípulo ou corrimão a uma altura de pelo


me-
nos 1,60 m da superfície do solo;

• Espaço livre entre o manípulo ou corrimão de 5 cm, para acesso


da mão do operador;

• Comprimento mínimo do manípulo de 15 cm; e

• Extensão do manípulo ou corrimão no último degrau superior


com altura entre 85 cm e 1,10 m.

Precaução

Para evitar acidentes com prensagem de membros, os pontos de


apoio para as mãos devem ficar a uma distância mínima de 30
cm dos elementos de articulação da máquina.

Os degraus das escadas de acesso às máquinas autopropelidas de-


vem ter as seguintes características:

• Superfície antiderrapante;

• Batentes verticais nos dois lados;


43

• Projeção para evitar o acúmulo de sujidades ou água nas condi-


ções normais de trabalho;

• A altura do primeiro degrau deve ser alcançada, mesmo com o


uso de pneus maiores na máquina;

• Espaço livre adequado e seguro;

• Altura do primeiro degrau com 70 cm em relação ao solo, para


colhedora de arroz ou equiparadas;
• Altura do primeiro degrau com 60 cm em relação ao solo, para
máquinas autopropelidas da indústria da construção aplicadas a
área agroflorestal; e
• O primeiro degrau em articulação na conexão com o segundo.

Atenção

Nos meios de acessos móveis ou articulados não pode existir o


risco de esmagamento, corte ou movimento incontrolável.
As máquinas autopropelidas e os implementos devem dispor de
pla- taforma de operação que:

• Sejam planas, fixadas e niveladas de forma segura;


• Sejam resistentes, de forma a suportar a carga requerida;
• Possuam superfície antiderrapante;
• Tenham meios de drenagem, caso necessário;
• Sejam contínuas, quando possível; e
• Não possuam rodapé no vão de entrada da plataforma.
Conhecer a operação
VII e a manutenção de
máquinas e
implementos
Somente trabalhadores qualificados ou capacitados estão aptos a
fazer manutenções ou ajustes, sempre com a máquina parada e se-
guindo as orientações contidas nos manuais de instruções de
opera- ção e manutenção, dos fabricantes.

Os manuais de máquinas e implementos em geral devem:

• Possuir linguagem adequada (português Brasil);

• Serem legíveis;

• Serem acompanhados de imagens e ilustrações explicativas;


• Possuir linguagem de fácil entendimento, clara e objetiva;
• Ter avisos ou sinais referentes à segurança em destaque; e
• Permanecer em locais de fácil acesso a todos os usuários.
Para as máquinas e os implementos fabricados no Brasil, os
manuais devem ter no mínimo:
• Endereço do fabricante, razão social e CNPJ quando houver;
• Modelo e tipo de máquina ou implemento;
• Ano de fabricação, número de identificação ou de série;
• A descrição detalhada da máquina ou do implemento e seus
res- pectivos acessórios;
• Diagrama dos circuitos elétricos com ênfase nas funções de se-
gurança, principalmente para máquinas estacionárias;
• Definição clara da utilização prevista para a máquina e/ou
equipamento;
• Riscos que os usuários poderão estar expostos;
• Medidas de segurança existentes e que deverão ser adotadas;
• Especificação clara das limitações técnicas;
• Riscos adicionais que poderão ser gerados com possíveis adulte-
rações ou retirada de dispositivos e de proteções de
segurança;
• Riscos que podem ser gerados para casos de utilização diferente
daquela prevista no manual;
• Procedimentos para operação da máquina de forma segura;
• Periodicidade e procedimentos para realização de inspeções e
manutenções; e
• Procedimentos básicos que devem ser adotados em casos de
emergência.

É proibida a execução de abastecimento, lubrificação e limpeza


com máquinas e implementos em funcionamento, com exceção
para as situações em que somente possam ser realizadas com a
máquina em movimento. Para esse tipo de atividade, é necessário
adotar me- didas especiais de treinamento, sinalização e de
proteção contra aci- dentes de trabalho, executadas somente com
uso de dispositivo de comando de ação continuada e baixa
velocidade, ou por dispositivo de comando por movimento limitado
(passo a passo).
47

Atenção

As proteções fixas, retiradas para realizar manutenções, devem


ser prontamente reinstaladas após a finalização do serviço.

Sempre que houver necessidade de substituição de baterias, essa


atividade deve seguir rigorosamente as orientações contidas nos
res- pectivos manuais de operação.

Para as atividades de desmontagem e montagem de pneumáticos


das rodas, nas quais haja riscos de acidentes, é preciso observar as
seguintes condições:
• As recomendações dos fabricantes;
• A total despressurização;
• A remoção do núcleo da válvula de calibragem; e
• Dispositivo de clausura ou gaiola devem ser usados nos proces-
sos de pressurização dos pneus.
VIII Entender os
transportadores

Os transportes, por meio de correias transportadoras, devem ser rea-


lizados sempre de forma segura, para isso, devem possuir:

• Sistema de frenagem;

• Dispositivo de emergência que possa interromper o seu funcio-


namento;

• Sinal sonoro audível a todos os trabalhadores envolvidos na ati-


vidade, que indique previamente o acionamento;

• Dispositivo de proteção contra quedas de objetos e materiais so-


bre os trabalhadores que operam ou circulem nas
proximidades;

• Dispositivos e passarelas que permitam o acesso seguro, quan-


do da realização de manutenção;

• Passarelas com dispositivo de proteção contra quedas, em toda


a sua extensão elevada, onde possa ocorrer a circulação de ope-
radores e manutentores; e

• Dispositivo de bloqueio e de travamento a serem utilizados nos


procedimentos de manutenção.
Atenção

Estão excluídos dessas obrigações os sistemas de correias


instaladas em máquinas autopropelidas, os seus implementos e
as esteiras móveis utilizadas em cargas e descargas.
Conhecer os pressupostos
IX
da capacitação

A capacitação dos trabalhadores para a operação e o manuseio se-


guro das máquinas e dos implementos é de responsabilidade do
empregador rural e deve:

• Ser realizada antes de o trabalhador assumir a função;

• Ser fornecida sem custo ao trabalhador;

• Ser realizada dentro da jornada normal de trabalho; e

• Ser ministrado por:

» Serviço Especializado em Segurança e Saúde do Trabalho Ru-


ral (SESTR) próprio ou terceirizado;
» Fabricantes;
» Órgãos e serviços oficiais de extensão rural;
» Instituições de ensino médio ou superior em ciências agrárias;
» Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – SENAR;
» Entidades sindicais;
» Associação de produtores rurais;
» Associação de profissionais;
» Cooperativa de produtores agropecuários ou florestais; e
» Profissionais qualificados, com supervisão de profissional
habilitado.

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O profissional habilitado será o responsável por:

• Adequar os conteúdos ministrados;

• Definir a carga horária;

• Aplicar a capacitação;

• Qualificar os instrutores; e

• Avaliar os participantes.

O programa de capacitação deve abranger teoria e prática, com o


respectivo conteúdo mínimo:

• Identificação e descrição dos riscos associados com cada tipo de


máquina e as medidas de controle de cada risco;

• Princípio de funcionamento das proteções, como e por que de-


vem ser usadas;

• Como, por quem e em qual circunstância pode ser removido


qualquer tipo de proteção;

• O que fazer se uma proteção for danificada ou perder a sua


fun- ção, não garantindo uma operação segura e adequada;

• Princípios de segurança durante a operação da máquina;

• Segurança quanto aos riscos mecânicos, elétricos e outros;

• Procedimentos para execução de um trabalho com segurança;

• Ordens ou permissões de trabalho; e

• Bloqueio do funcionamento de máquinas e/ou implementos, du-


rante serviços de limpeza, inspeção e manutenção.
Para os operadores de máquinas autopropelidas, o programa de
capacitação deve prever conteúdos teóricos e práticos, com carga
horária mínima de 24 horas, devendo ser realizados em, no máxi-
mo, oito horas diárias, dentro da jornada normal de trabalho, com o
seguinte conteúdo programático:
• Legislação aplicada à segurança e saúde no trabalho e noções
de legislação de trânsito;
• Identificação das fontes geradoras dos riscos à saúde e integri-
dade física do trabalhador;
• Noções sobre acidentes e doenças decorrentes da exposição
aos riscos existentes;
• Medidas de controle dos riscos como Equipamentos de Proteção
Individual (EPIs) e Coletiva (EPCs);
• Operação de máquina ou implementos de forma segura;
• Inspeções, regulagens e manutenções de forma segura;
• Sinalização de segurança; e
• Noções sobre primeiros socorros.

A parte prática da capacitação deve ter carga horária mínima de 12


horas, com até 8 horas diárias, precisando ser supervisionada e do-
cumentada. Essa prática pode ser realizada na própria máquina em
que o trabalhador irá operar. É necessário que a linguagem do ma-
terial escrito ou audiovisual seja adequada aos trabalhadores, para
que todos possam entender os conteúdos de forma clara.

A reciclagem da capacitação deve ser aplicada sempre que houver


modificações significativas:
• Nas instalações;
• Na operação de máquina e dos implementos;
• Mudança de métodos;
• Novos processos; e
• Organização do trabalho.

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53

Recomenda-se que o conteúdo programático atenda integralmente


à necessidade da situação que o motivou, contendo carga horária
mínima de quatro horas e dentro da jornada normal de trabalho.

Os operadores de máquinas e de implementos devem ser maiores


de 18 anos, com exceção para condição de aprendiz. É obrigatório
ainda que portem cartão de identificação, contendo:

• Nome;

• Função; e
• Fotografia.

1. Certifique o trabalhador
É necessário que o trabalhador capacitado receba o seu certificado
impresso e uma cópia deve ser arquivada na propriedade e/ou em-
presa rural.

Atenção

O certificado deve ser fornecido por pessoa jurídica


responsável pela capacitação.
COLEÇÃO SENAR • Nº 219

Considerações finais

O cumprimento das Normas Regulamentadoras que envolvem as


atividades rurais constitui uma importante garantia para que o pro-
dutor rural consiga minimizar os acidentes e se adeque às
exigências dos órgãos de fiscalização. O cumprimento das regras e
das normas assume impacto direto sobre o gerenciamento da
rotina e, conse- quentemente, a gestão e a remuneração do
produtor.

Conhecer a NR 31, em especial o item 31.12, é um dos passos para


que o produtor compreenda os riscos envolvidos nas operações de
máquinas, equipamentos e implementos, desde a operação diária,
passando pelos processos de limpeza, ajustes, manutenções corre-
tivas e preventivas, até uma intervenção mais técnica e detalhada.

Esperamos que as informações desta cartilha possam auxiliá-lo na


gestão das operações com máquinas, equipamentos e
implementos. Desse modo, é possível buscar e viabilizar o uso
seguro e a preven- ção de acidentes e doenças do trabalho na
propriedade, garantindo a segurança e saúde do trabalhador rural.

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