Filosofia Medieval

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Com o esfacelamento do Império Romano, a igreja

católica conseguiu manter-se como instituição social.

Consolidou sua organização


religiosa e difundiu o cristianismo,
preservando muitos dos elementos
da cultura greco-romana.

Exercia papel político, legislador e ainda adquiriu


muitas terras ( base das riquezas).
Fé – consistia na crença irrestrita ou na adesão
incondicional às verdades reveladas por Deus aos
homens.

Verdades – expressas nas sagradas escrituras (Bíblia)


e interpretadas segundo a autoridade da Igreja.

A fé representava a fonte mais elevada das verdades


reveladas, especialmente as verdades essenciais ao
homem e que dizem respeito à sua salvação
Toda investigação filosófica ou científica não
poderia, de modo algum, contrariar as verdades
estabelecidas pela fé católica.

Conciliado com a fé cristã, o estudo da filosofia


grega permitirá à Igreja enfrentar os descrentes
e derrotar os hereges com as armas racionais da
argumentação lógica.
Início do cristianismo (Séc. I e II) com os
apóstolos que disseminavam a palavra de
Cristo, sobre tudo em relação aos temas morais.
Séc. III e IV, que faziam a apologia do
cristianismo contra a filosofia pagã.
Meados do Séc. IV ao VIII, no qual
se busca uma conciliação entre a
razão e a fé .

Se destaca Santo Agostinho e a


influência platônica.
Séc. IX a XVI, no qual se buscou uma
sistematização da filosofia cristã.

Se destaca Santo Tomás de Aquino,


sobre a influência da filosofia de
Aristóteles.
Com o desenvolvimento do cristianismo,
tornou-se necessário explicar seus preceitos
às autoridades romanas e ao povo em geral.

Os preceitos tinham de ser explicados de uma


forma convincente mediante um trabalho de
pregação e conquista espiritual.

Os padres então se empenharam em escrever


textos sobre a fé e a revelação cristãs.
O conjunto desses textos ficou conhecido
como patrística, por terem sidos escritos por
padres.

Uma das principais correntes da filosofia


patrística, inspirada na filosofia greco-
romana, tentou munir a fé de argumentos
racionais.

Esse projeto de conciliação entre


cristianismo e o pensamento pagão teve em
Santo Agostinho, seu principal expoente.
Deixou-se influenciar pelo maniqueísmo,
doutrina persa que afirmava ser o universo
dominado por dois grandes opostos, o bem e o
mal, mantendo uma incessante luta entre si.

Num segundo momento entra em contato com o


ceticismo e depois com o
neoplatonismo(movimento filosófico,
desenvolvido por pensadores inspirados em
Platão, com grande ênfase nos sentimentos
religiosos e crenças místicas).
Passa por uma grande crise existencial
tentando buscar sentido para a vida.

Entra então em contato com Santo


Ambrósio, sente-se atraído por suas
pregações e logo depois se converte
ao cristianismo.
Defendeu a superioridade da alma
humana, isto é, a supremacia do espírito
sobre o corpo, a matéria.

A alma teria sido criada por Deus para


reinar sobre o corpo, para dirigi-lo à
prática do bem.
A verdadeira liberdade estaria na
harmonia das ações humanas com a
vontade de Deus.

Ser livre é servir a Deus, pois o prazer de


pecar é a escravidão.
O homem que trilha a via do pecado só
consegue retornar aos caminhos de Deus e da
salvação mediante a combinação de seu
esforço pessoal e de vontade e a concessão,
imprescindível, da graça divina.

Nem todas as pessoas são dignas


de receber essa graça, mas
somente alguns eleitos,
predestinados à salvação.
A partir de Santo Agostinho, a filosofia
cristã,enfatiza no indivíduo sua
vinculação pessoal com Deus e exalta a
salvação individual.

A vontade é uma força que determina a


vida e não uma função específica ligada
ao intelecto, tal como diziam os gregos.
Agostinho contrapõe-se ao
intelectualismo moral, que teve sua
expressão máxima em Sócrates.

A liberdade humana é própria da


vontade e não da razão.
O indivíduo peca porque usa de seu livre
arbítrio para satisfazer sua vontade,
mesmo sabendo que tal atitude é
pecaminosa.

O homem não pode ser autônomo em


sua vida moral, isto é, deliberar
livremente sobre sua conduta.
Como o que conduz seus atos é a vontade e não a
razão, o homem pode querer o mal, razão pela qual ele
necessita da graça divina para salvar-se, pois a razão
não o salvará.

A fé nos faz crer em coisas que nem sempre


entendemos pela razão: creio tudo o que entendo,
mas nem tudo que creio também entendo.Tudo o
que compreendo conheço, mas nem tudo o que creio
conheço.
É necessário crer para poder entender,
pois a fé ilumina os caminhos da razão,
e que a compreensão nos confirma a
crença, posteriormente.

A fé revela verdades ao homem de


forma direta e intuitiva.
Do maniqueísmo ficou a concepção
dualista(bem x mal, trevas x luz, alma x
corpo).
Ficou a concepção que o homem tem
um tendência para o mal.
Defendeu a importância de uma
educação religiosa para que o
indivíduo não caísse em tentação.
Do ceticismo ficou a permanente desconfiança
dos dados dos sentidos. Esse só nos
apresenta seres mutáveis, flutuantes e
transitórios.

Do neoplatonismo ficou a concepção de que


a verdade, como conhecimento eterno,
deveria ser buscada intelectualmente no
mundo das ideias.
Do cristianismo ficou a concepção que somente
o íntimo de nossa alma, iluminada por Deus,
poderia atingir a verdade das coisas.

Da mesma forma que os olhos do corpo


necessitam da luz do sol para enxergar os
objetos do mundo sensível, os olhos da alma
necessitam da luz divina para visualizar as
verdades eternas da sabedoria.
No Séc. VIII, Carlos Magno organizou o ensino e fundou
escolas ligadas às instituições católicas.

A cultura greco-romana que até então estava guardada


nos mosteiros, voltou a ser divulgada tendo grande
influência na época.

Todos os ensinos como gramática, retórica, dialética,


geometria, astronomia e música, estavam submetidas à
teologia.
Dessas escolas surgiu uma produção
filosófico-teológica denominada
escolástica ( de escola).

A partir do Séc. XIII, o aristotelismo


penetrou de forma profunda no pensamento
escolástico.

No período escolástico, a busca de


harmonização entre fé cristã e a razão
manteve-se como problema básico de
especulação filosófica.
1ª fase – Séc.IX ao XII, caracterizada pela
confiança na perfeita harmonia entre a fé e a
razão.

2ª fase – Séc. XIII ao XIV, caracterizada pela


elaboração de grandes sistemas filosóficos.
Destaca-se as obras de Tomás de Aquino.
Considera-se que a fé e a razão pode ser
parcialmente obtida.
3ª fase – Séc. XIV ao XVI, decadência da
escolástica, caracterizada pela
afirmação das diferenças fundamentais
entre fé e razão.
A escolástica privilegiava o estudo da
linguagem para depois passar para o exame
das coisas.

Nesse tempo era grande a discussão sobre a


existência ou não das ideias gerais,
universais(Aristóteles).

Surge então a Questão dos Universais ( relação


entre coisas e seus conceitos).
Na questão dos universais estavam
envolvidos problemas linguísticos,
gnoseológicos(conhecimento) e
teológicos.

Surge então duas posições


antagônicas para explicar a questão
dos universais: o realismo e o
nominalismo.
Sustentava a tese de que os universais existiam de fato,
ou seja, as ideias universais existiriam por si mesmas.

Os termos universais seriam entidades metafísicas,


essenciais separadas das coisas individuais.

Exemplos de universais: bondade e beleza. A


partir desse modelo o homem criaria as coisas
boas e as coisas belas.
Sustentava a tese de que os termos
universais, tais como beleza, bondade, etc,
não existiam em si mesmo, pois seriam
apenas palavras sem uma existência real.

Para os nominalistas, o que existe são


apenas o seres singulares, o universal
não passa, portanto, de um nome, de uma
convenção.
Só existem as realidades singulares.

Mas, é possível que se busquem


semelhanças entre os seres individuais,
através de abstração, de tal maneira a
gerar os conceitos universais.
Para ele, os universais não seriam
nem entidades metafísicas (oposição
ao realismo), nem palavras vazias
(posição do nominalismo), e sim
discursos mentais, categorias lógico-
lingüísticas que fazem a mediação, a
ligação entre o mundo do
pensamento e o mundo do ser.
Possibilitou a busca do conhecimento
da realidade.

Alcançou-se um alto nível de


desenvolvimento lógico-linguístico, que
propiciou o surgimento de uma razão
autônoma em relação à teologia.
Sua filosofia nasceu com objetivos claros: não
contrariar a fé.

Sua filosofia tinha por finalidade organizar um


conjunto de argumentos para demonstrar e
defender as revelações do cristianismo.
Reviveu parte do pensamento aristotélico
visando nele buscar os elementos
racionais que explicassem os principais
aspectos da fé cristã.

Enfatizou a importância da realidade


sensorial.
Princípios considerados básicos no
entendimento da realidade.
Princípio da não-contradição – o ser é ou não é.

Princípio da substância – os seres possuem a


substância (essência, propriamente dita, de
uma coisa, sem a qual ela não seria aquilo que
é) e o acidente (a qualidade não- essencial,
acessória do ser).
Princípio da causa eficiente – todos os seres
que captamos pelos sentidos são seres
contingentes (não possuem em si próprios a
causa eficiente de suas existências).

Para existir, o ser contingente depende de


outro ser que representa a sua causa eficiente,
chamado de ser necessário.
Princípio da finalidade – todo ser
contingente existe em função de
uma finalidade, de um objetivo, de
uma razão de ser.
Todo ser contingente possui uma
causa final.
Princípio do ato e da potência – todo ser
contingente possui duas dimensões: o ato e a
potência.

O ato representa a existência atual do ser,


aquilo que está realizado e determinado.

A potência representa a capacidade real do ser,


aquilo que não se realizou mas pode realizar-se.
É a passagem da potência para o ato que
explica toda e qualquer mudança.

Santo Tomás sistematizou a doutrina cristã que


se apoia em parte na filosofia aristotélica, mas
que contém muitos elementos estranhos ao
aristotelismo: o conceito da criação do mundo, a
noção de um Deus único, a ideia de que o vir- a-
ser (passagem da potência para o ato) não é
autodeterminado, mas procede de Deus.
Introduziu uma distinção entre ser e a
essência, dividindo a metafísica e duas
partes: a do ser em geral e a do ser pleno que
é Deus.
Deus é ato puro.
É Deus que permite às essências realizarem-
se em entes, em seres existentes.
As provas da existência de Deus
Tudo aquilo que se move é movido
por outro ser.

Se não houvesse um primeiro ser


movente, cairíamos num processo
indefinido.

Esse ser movente é Deus.


Todas as coisas existentes no mundo não
possuem em si próprias a causa eficiente de
suas existências. Devem ser consideradas
efeitos de alguma causa.
Existe uma
primeira causa
responsável pela
sucessão de
efeitos.

Essa causa primeira é Deus.


Todo ser contingente, do mesmo modo que
existe pode deixar de existir.

Ora,se todas as coisas que existem podem


deixar de ser, então, alguma vez, nada existiu.

Então, aquilo que não existe só começa a


existir em função de algo que já existe.
É preciso admitir que há um ser que sempre
existiu, um ser absolutamente necessário, que
não tenha fora de si a causa de sua existência,
mas ao contrário, que seja a causa da
necessidade de todos os seres contingentes.

Esse ser necessário é Deus.


Existe graus diversos de perfeição.

Afirmamos que uma coisa é melhor, é mais


bela, mais poderosa ou mais verdadeira em
relação a outra coisa. Se uma coisa possui
mais ou menos determinada qualidade
positiva, isso supõe que deve existir um ser
com o máximo dessa qualidade, no nível da
perfeição.
Existe um
ser com o
máximo Esse ser máximo e
de pleno é Deus.
bondade,
de beleza,
de poder,
de
verdade.
Todas as coisas brutas que não possuem
inteligência própria, existem na natureza
cumprindo uma função, um objetivo, uma
finalidade.

Existe algum ser inteligente que dirige todas


as coisas da natureza para que cumpram seu
objetivo.
ESSE
SER
É
DEUS

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