O documento descreve a evolução da filosofia cristã desde os primeiros séculos após Cristo até o período escolástico. A igreja católica preservou a cultura greco-romana e difundiu o cristianismo. São Agostinho foi uma figura fundamental que conciliou o cristianismo com o pensamento greco-romano. A escolástica buscou harmonizar a fé e a razão através do pensamento de Aristóteles e Santo Tomás de Aquino.
O documento descreve a evolução da filosofia cristã desde os primeiros séculos após Cristo até o período escolástico. A igreja católica preservou a cultura greco-romana e difundiu o cristianismo. São Agostinho foi uma figura fundamental que conciliou o cristianismo com o pensamento greco-romano. A escolástica buscou harmonizar a fé e a razão através do pensamento de Aristóteles e Santo Tomás de Aquino.
O documento descreve a evolução da filosofia cristã desde os primeiros séculos após Cristo até o período escolástico. A igreja católica preservou a cultura greco-romana e difundiu o cristianismo. São Agostinho foi uma figura fundamental que conciliou o cristianismo com o pensamento greco-romano. A escolástica buscou harmonizar a fé e a razão através do pensamento de Aristóteles e Santo Tomás de Aquino.
O documento descreve a evolução da filosofia cristã desde os primeiros séculos após Cristo até o período escolástico. A igreja católica preservou a cultura greco-romana e difundiu o cristianismo. São Agostinho foi uma figura fundamental que conciliou o cristianismo com o pensamento greco-romano. A escolástica buscou harmonizar a fé e a razão através do pensamento de Aristóteles e Santo Tomás de Aquino.
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Com o esfacelamento do Império Romano, a igreja
católica conseguiu manter-se como instituição social.
Consolidou sua organização
religiosa e difundiu o cristianismo, preservando muitos dos elementos da cultura greco-romana.
Exercia papel político, legislador e ainda adquiriu
muitas terras ( base das riquezas). Fé – consistia na crença irrestrita ou na adesão incondicional às verdades reveladas por Deus aos homens.
Verdades – expressas nas sagradas escrituras (Bíblia)
e interpretadas segundo a autoridade da Igreja.
A fé representava a fonte mais elevada das verdades
reveladas, especialmente as verdades essenciais ao homem e que dizem respeito à sua salvação Toda investigação filosófica ou científica não poderia, de modo algum, contrariar as verdades estabelecidas pela fé católica.
Conciliado com a fé cristã, o estudo da filosofia
grega permitirá à Igreja enfrentar os descrentes e derrotar os hereges com as armas racionais da argumentação lógica. Início do cristianismo (Séc. I e II) com os apóstolos que disseminavam a palavra de Cristo, sobre tudo em relação aos temas morais. Séc. III e IV, que faziam a apologia do cristianismo contra a filosofia pagã. Meados do Séc. IV ao VIII, no qual se busca uma conciliação entre a razão e a fé .
Se destaca Santo Agostinho e a
influência platônica. Séc. IX a XVI, no qual se buscou uma sistematização da filosofia cristã.
Se destaca Santo Tomás de Aquino,
sobre a influência da filosofia de Aristóteles. Com o desenvolvimento do cristianismo, tornou-se necessário explicar seus preceitos às autoridades romanas e ao povo em geral.
Os preceitos tinham de ser explicados de uma
forma convincente mediante um trabalho de pregação e conquista espiritual.
Os padres então se empenharam em escrever
textos sobre a fé e a revelação cristãs. O conjunto desses textos ficou conhecido como patrística, por terem sidos escritos por padres.
Uma das principais correntes da filosofia
patrística, inspirada na filosofia greco- romana, tentou munir a fé de argumentos racionais.
Esse projeto de conciliação entre
cristianismo e o pensamento pagão teve em Santo Agostinho, seu principal expoente. Deixou-se influenciar pelo maniqueísmo, doutrina persa que afirmava ser o universo dominado por dois grandes opostos, o bem e o mal, mantendo uma incessante luta entre si.
Num segundo momento entra em contato com o
ceticismo e depois com o neoplatonismo(movimento filosófico, desenvolvido por pensadores inspirados em Platão, com grande ênfase nos sentimentos religiosos e crenças místicas). Passa por uma grande crise existencial tentando buscar sentido para a vida.
Entra então em contato com Santo
Ambrósio, sente-se atraído por suas pregações e logo depois se converte ao cristianismo. Defendeu a superioridade da alma humana, isto é, a supremacia do espírito sobre o corpo, a matéria.
A alma teria sido criada por Deus para
reinar sobre o corpo, para dirigi-lo à prática do bem. A verdadeira liberdade estaria na harmonia das ações humanas com a vontade de Deus.
Ser livre é servir a Deus, pois o prazer de
pecar é a escravidão. O homem que trilha a via do pecado só consegue retornar aos caminhos de Deus e da salvação mediante a combinação de seu esforço pessoal e de vontade e a concessão, imprescindível, da graça divina.
Nem todas as pessoas são dignas
de receber essa graça, mas somente alguns eleitos, predestinados à salvação. A partir de Santo Agostinho, a filosofia cristã,enfatiza no indivíduo sua vinculação pessoal com Deus e exalta a salvação individual.
A vontade é uma força que determina a
vida e não uma função específica ligada ao intelecto, tal como diziam os gregos. Agostinho contrapõe-se ao intelectualismo moral, que teve sua expressão máxima em Sócrates.
A liberdade humana é própria da
vontade e não da razão. O indivíduo peca porque usa de seu livre arbítrio para satisfazer sua vontade, mesmo sabendo que tal atitude é pecaminosa.
O homem não pode ser autônomo em
sua vida moral, isto é, deliberar livremente sobre sua conduta. Como o que conduz seus atos é a vontade e não a razão, o homem pode querer o mal, razão pela qual ele necessita da graça divina para salvar-se, pois a razão não o salvará.
A fé nos faz crer em coisas que nem sempre
entendemos pela razão: creio tudo o que entendo, mas nem tudo que creio também entendo.Tudo o que compreendo conheço, mas nem tudo o que creio conheço. É necessário crer para poder entender, pois a fé ilumina os caminhos da razão, e que a compreensão nos confirma a crença, posteriormente.
A fé revela verdades ao homem de
forma direta e intuitiva. Do maniqueísmo ficou a concepção dualista(bem x mal, trevas x luz, alma x corpo). Ficou a concepção que o homem tem um tendência para o mal. Defendeu a importância de uma educação religiosa para que o indivíduo não caísse em tentação. Do ceticismo ficou a permanente desconfiança dos dados dos sentidos. Esse só nos apresenta seres mutáveis, flutuantes e transitórios.
Do neoplatonismo ficou a concepção de que
a verdade, como conhecimento eterno, deveria ser buscada intelectualmente no mundo das ideias. Do cristianismo ficou a concepção que somente o íntimo de nossa alma, iluminada por Deus, poderia atingir a verdade das coisas.
Da mesma forma que os olhos do corpo
necessitam da luz do sol para enxergar os objetos do mundo sensível, os olhos da alma necessitam da luz divina para visualizar as verdades eternas da sabedoria. No Séc. VIII, Carlos Magno organizou o ensino e fundou escolas ligadas às instituições católicas.
A cultura greco-romana que até então estava guardada
nos mosteiros, voltou a ser divulgada tendo grande influência na época.
Todos os ensinos como gramática, retórica, dialética,
geometria, astronomia e música, estavam submetidas à teologia. Dessas escolas surgiu uma produção filosófico-teológica denominada escolástica ( de escola).
A partir do Séc. XIII, o aristotelismo
penetrou de forma profunda no pensamento escolástico.
No período escolástico, a busca de
harmonização entre fé cristã e a razão manteve-se como problema básico de especulação filosófica. 1ª fase – Séc.IX ao XII, caracterizada pela confiança na perfeita harmonia entre a fé e a razão.
2ª fase – Séc. XIII ao XIV, caracterizada pela
elaboração de grandes sistemas filosóficos. Destaca-se as obras de Tomás de Aquino. Considera-se que a fé e a razão pode ser parcialmente obtida. 3ª fase – Séc. XIV ao XVI, decadência da escolástica, caracterizada pela afirmação das diferenças fundamentais entre fé e razão. A escolástica privilegiava o estudo da linguagem para depois passar para o exame das coisas.
Nesse tempo era grande a discussão sobre a
existência ou não das ideias gerais, universais(Aristóteles).
Surge então a Questão dos Universais ( relação
entre coisas e seus conceitos). Na questão dos universais estavam envolvidos problemas linguísticos, gnoseológicos(conhecimento) e teológicos.
Surge então duas posições
antagônicas para explicar a questão dos universais: o realismo e o nominalismo. Sustentava a tese de que os universais existiam de fato, ou seja, as ideias universais existiriam por si mesmas.
Os termos universais seriam entidades metafísicas,
essenciais separadas das coisas individuais.
Exemplos de universais: bondade e beleza. A
partir desse modelo o homem criaria as coisas boas e as coisas belas. Sustentava a tese de que os termos universais, tais como beleza, bondade, etc, não existiam em si mesmo, pois seriam apenas palavras sem uma existência real.
Para os nominalistas, o que existe são
apenas o seres singulares, o universal não passa, portanto, de um nome, de uma convenção. Só existem as realidades singulares.
Mas, é possível que se busquem
semelhanças entre os seres individuais, através de abstração, de tal maneira a gerar os conceitos universais. Para ele, os universais não seriam nem entidades metafísicas (oposição ao realismo), nem palavras vazias (posição do nominalismo), e sim discursos mentais, categorias lógico- lingüísticas que fazem a mediação, a ligação entre o mundo do pensamento e o mundo do ser. Possibilitou a busca do conhecimento da realidade.
Alcançou-se um alto nível de
desenvolvimento lógico-linguístico, que propiciou o surgimento de uma razão autônoma em relação à teologia. Sua filosofia nasceu com objetivos claros: não contrariar a fé.
Sua filosofia tinha por finalidade organizar um
conjunto de argumentos para demonstrar e defender as revelações do cristianismo. Reviveu parte do pensamento aristotélico visando nele buscar os elementos racionais que explicassem os principais aspectos da fé cristã.
Enfatizou a importância da realidade
sensorial. Princípios considerados básicos no entendimento da realidade. Princípio da não-contradição – o ser é ou não é.
Princípio da substância – os seres possuem a
substância (essência, propriamente dita, de uma coisa, sem a qual ela não seria aquilo que é) e o acidente (a qualidade não- essencial, acessória do ser). Princípio da causa eficiente – todos os seres que captamos pelos sentidos são seres contingentes (não possuem em si próprios a causa eficiente de suas existências).
Para existir, o ser contingente depende de
outro ser que representa a sua causa eficiente, chamado de ser necessário. Princípio da finalidade – todo ser contingente existe em função de uma finalidade, de um objetivo, de uma razão de ser. Todo ser contingente possui uma causa final. Princípio do ato e da potência – todo ser contingente possui duas dimensões: o ato e a potência.
O ato representa a existência atual do ser,
aquilo que está realizado e determinado.
A potência representa a capacidade real do ser,
aquilo que não se realizou mas pode realizar-se. É a passagem da potência para o ato que explica toda e qualquer mudança.
Santo Tomás sistematizou a doutrina cristã que
se apoia em parte na filosofia aristotélica, mas que contém muitos elementos estranhos ao aristotelismo: o conceito da criação do mundo, a noção de um Deus único, a ideia de que o vir- a- ser (passagem da potência para o ato) não é autodeterminado, mas procede de Deus. Introduziu uma distinção entre ser e a essência, dividindo a metafísica e duas partes: a do ser em geral e a do ser pleno que é Deus. Deus é ato puro. É Deus que permite às essências realizarem- se em entes, em seres existentes. As provas da existência de Deus Tudo aquilo que se move é movido por outro ser.
Se não houvesse um primeiro ser
movente, cairíamos num processo indefinido.
Esse ser movente é Deus.
Todas as coisas existentes no mundo não possuem em si próprias a causa eficiente de suas existências. Devem ser consideradas efeitos de alguma causa. Existe uma primeira causa responsável pela sucessão de efeitos.
Essa causa primeira é Deus.
Todo ser contingente, do mesmo modo que existe pode deixar de existir.
Ora,se todas as coisas que existem podem
deixar de ser, então, alguma vez, nada existiu.
Então, aquilo que não existe só começa a
existir em função de algo que já existe. É preciso admitir que há um ser que sempre existiu, um ser absolutamente necessário, que não tenha fora de si a causa de sua existência, mas ao contrário, que seja a causa da necessidade de todos os seres contingentes.
Esse ser necessário é Deus.
Existe graus diversos de perfeição.
Afirmamos que uma coisa é melhor, é mais
bela, mais poderosa ou mais verdadeira em relação a outra coisa. Se uma coisa possui mais ou menos determinada qualidade positiva, isso supõe que deve existir um ser com o máximo dessa qualidade, no nível da perfeição. Existe um ser com o máximo Esse ser máximo e de pleno é Deus. bondade, de beleza, de poder, de verdade. Todas as coisas brutas que não possuem inteligência própria, existem na natureza cumprindo uma função, um objetivo, uma finalidade.
Existe algum ser inteligente que dirige todas
as coisas da natureza para que cumpram seu objetivo. ESSE SER É DEUS