Trauma Cranioencefalico

Fazer download em pptx, pdf ou txt
Fazer download em pptx, pdf ou txt
Você está na página 1de 50

RESSONÂNCIA

MAGNÉTICA EM TRAUMA
CRANIOENCEFÁLICO
O QUE É O TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO?
• É uma agressão ao cérebro, causada por ação física externa, que pode produzir
alteração no nível de consciência e resultar em comprometimento das habilidades
cognitivas, físicas e comportamentais.
QUAIS LESÕES O TCE CAUSA?
• Fraturas de crânio.
• Lesões intracranianas que podem ser classificadas em
focais ou difusas.
• Hematomas extradurais (ou epidurais),
• Hematomas subdurais
• Contusões
• Hematomas intracerebrais.
LESÕES FOCAIS LESÕES DIFUSAS
• A lesão focal, por • Lesões disseminadas nos axônios,
contusão ou laceração, uma parte das células nervosas, no
refere-se aos danos cérebro que pode ocorrer devido a
decorrentes do impacto um traumatismo craniano. Causas
em um local específico frequentes de traumatismos
do cérebro. Em caso de cranianos incluem quedas,
golpe intenso, há lesão acidentes com veículos
concomitante em um motorizados e agressões físicas.
ponto ao do impacto, o
que é denominado lesão
por contragolpe.
CONTUSÕES CEREBRAIS

• É quando depois do trauma,


ocorrem hemorragias na
substância cerebral,
independente do paciente ter ou
não alterações de consciência.
CONCUSSÃO CEREBRAL
• É uma disfunção cerebral em
que há um acometimento
transitório das funções
neurológicas, ou seja, há uma
perda transitória da
consciência, podendo haver
também uma perda de memória
transitória e perda da memória
de fixação.
LESÃO AXONAL DIFUSA (LAD)
• Os mesmos movimentos bruscos de aceleração ou desaceleração da cabeça
causam um esticamento e rompimento dos axônios (prolongamento dos
neurônios, que tem a função de conduzir os impulsos nervosos).
EDEMA CEREBRAL
• Extravasamento de líquidos para o tecido cerebral, causando um inchaço, o que
pode resultar em um aumento da pressão intracraniana.
ACHADOS CLÍNICOS DO PACIENTE COM TCE
 Hematomas na cabeça.  Saída de sangue pelo
 Ferimentos do couro nariz (epistaxe).
cabeludo.  Hematoma ao redor dos
 Saída de sangue pelos olhos.
ouvidos (otorragia) ou  Hematoma atrás das
líquor (otoliquorréia). orelhas.
• Os pacientes com TCE podem apresentar -se assintomáticos ou
sintomáticos.
SINTOMAS
Deficiência de memória.  Vertigens e Zumbidos.
Desorientação no tempo e espaço.  Crises convulsivas.
Diminuição da capacidade de  Desmaios.
concentração.  Ansiedade e depressão.
Sonolência.  Alterações de movimento.
Confusão mental.  Alterações de sensibilidade.
Apatia.
Irritabilidade.
Cefaleia.
COMO É FEITA A AVALIAÇÃO DO
PACIENTE COM TCE?
1) Nível de consciência, que é avaliado através da escala de coma de Glasgow. A
pontuação inicial por esta escala permite a classificação do paciente em :
 TCE leve (Glasgow de 14-15).
 Moderado (Glasgow de 9-13).
 Grave (Glasgow de 3-8).
2) Alterações das pupilas.
3) Características de resposta motora.
COMO É FEITO O TRATAMENTO DOS PACIENTES COM TCE?
• O paciente que se na escala de coma de Glasgow mostra índice menor ou igual a
8, ou que tenha alterações na tomografia que demonstre edema cerebral ou uma
lesão axonal difusa deve ter sua pressão intracraniana monitorada.
• Pacientes com lesão axonal difusa (LAD) leve em princípio não necessitam de
intervenções, mas devem ser feitas tomografias seriadas para acompanhamento
• No caso das lesões focais uma neurocirurgia pode ser necessária.
• Nas lesões difusas em que há um aumento da pressão intracraniana é muito
importante que ela seja controlada, e medidas são tomadas neste sentido.
• Nos pacientes que estejam com hipovolemia (diminuição do volume sanguíneo
no corpo), é importante a reposição de líquidos, e se necessário o uso de
medicamentos vasopressores.
QUAL O PROGNÓSTICO DOS PACIENTES COM TCE?
• Quanto melhor for o atendimento no local do acidente, de modo a manter a
respiração e a circulação, melhor o prognóstico dos pacientes.
• Quanto mais jovem e quanto menor o tempo de perda de consciência, melhores
as chances de recuperação do paciente.
• Casos muito graves, em que há uma falta de oxigênio para o cérebro, durante
um intervalo de tempo, podem deixar o paciente em estado vegetativo.
COMPLICAÇÕES DO TCE
• Sequelas neuropsicomotoras
• Epilepsia.
• Hidrocefalia.
• Defeitos no crânio, causando um problema estético.
 Enxerto de parietal para correção de
defeito extenso frontotemporal.
A: Parietal doador de enxerto ósseo
bilateral. B: Enxerto ósseo reparando
área de defeito.

 Cranioplastia com enxerto de tábua


externa de parietal.
A: Pré-operatório.
B: Pós-operatório de 6 meses.
O QUE É MORTE ENCEFÁLICA?
• É a morte do cérebro, incluindo tronco cerebral que desempenha funções vitais
como o controle da respiração. Quando isso ocorre, a parada cardíaca é
inevitável.
• Embora ainda haja batimentos cardíacos, a pessoa com morte cerebral não pode
respirar sem os aparelhos e o coração não baterá por mais de algumas poucas
horas.
• O termo Morte Encefálica se aplica a condição final, irreversível, definitiva . de
cessação das atividades do Tronco Cerebral e do Cérebro. Por isso, a morte
encefálica já caracteriza a morte do indivíduo.
• É uma lesão irrecuperável e irreversível do cérebro após traumatismo craniano
grave, tumor intracraniano ou derrame cerebral. É a interrupção definitiva de
todas as atividades cerebrais.
DIFERENÇA ENTRE MORTE CEREBRAL E COMA
• COMA
O estado de coma é caracterizado pela ausência de consciência, um estado de coma é
causado por uma perturbação grave do funcionamento cerebral reversível ou
irreversível, devido a traumas, acidentes vasculares cerebrais, tumores, distúrbios
metabólicos, envenenamentos ou asfixia. O coma induzido é provocado por
medições administradas pelo médico.
• MORTE ENCEFÁLICA
É a completa e irreversível parada de todas as funções do cérebro, o sangue
proveniente do corpo que supre o cérebro é bloqueado e o cérebro morre.
• Angiografia cerebral, na esquerda paciente normal e na direta paciente
com opacificação da artéria carótida interna que pode indicar morte
encefálica.
EXAMES SOLICITADOS EM PACIENTES COM TCE
• Raio-x de crânio.
• Tomografia computadorizada de encéfalo.
• Doppler transcraniano.
• Ressonância magnética.
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
O QUE É RESSONÂNCIA MAGNÉTICA?
• O exame de ressonância magnética é um exame de
diagnóstico por imagem, que não possui radiação e
permite a captação de imagens detalhadas e
tridimensionais de forma não invasiva.
• É utilizada uma tecnologia de ponta que estimula e
detecta a mudança na direção do eixo de rotação
dos prótons encontrados na água que compõem os
tecidos vivos. Essas moléculas são captadas pelo
aparelho de ressonância e reproduzidas no
computador para avaliar o resultado obtido.
COMO FUNCIONA A RESSONÂNCIA MAGNÉTICA?
• As ressonâncias magnéticas funcionam como ímãs que produzem um campo
magnético que força os prótons presentes no corpo humano a se alinharem. Uma
corrente de radiofrequência é pulsada através do paciente e quando é desligado, os
sensores de ressonância magnética são capazes de detectar a energia liberada
conforme os prótons se realinham com o campo magnético.
• Com base nas propriedades magnéticas coletadas durante o exame, o médico
especialista é capaz de visualizar os vários tipos de tecido e estruturas do corpo
humano
• Para um exame de melhor qualidade, o paciente é posicionado dentro de um
aparelho de ressonância, onde deverá permanecer imóvel durante todo o
procedimento.
PREPARO E RECOMENDAÇÕES PARA O EXAME DE
RESSONÂNCIA

• Evitar comer e beber aproximadamente 4 horas antes do preventivo,


principalmente se o exame for realizado na parte do abdome.
• Não utilizar nenhum tipo de objeto metálico, como brincos, relógio, piercing,
pulseiras, aparelho ortodôntico, etc.
• Em alguns casos, o paciente precisa usar contraste para realçar as imagens de
algumas estruturas ou órgãos.
• Informe-se sobre o risco de estar com cílios e unhas postiças (a cola utilizada
pode interferir em alguns procedimentos).
CONTRA INDICAÇÕES DO EXAME
• O exame de ressonância magnética é contraindicado para os pacientes que
possuam implantes eletrônicos, como marca-passo cardíaco, marca-passo
cerebral, clip de aneurisma cerebral, stent, pinos, parafusos ou placas no corpo.
O exame também não é recomendado para gestantes.
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
PARA AVALIAÇÃO DE TCE
• Para avaliação de trauma cranioencefálico a tomografia computadorizada é mais
vantajosa do que a ressonância magnética. Porém, a ressonância magnética tem
papel fundamental no esclarecimento diagnóstico, podendo, por exemplo,
demonstrar de modo mais claro a lesão axonal difusa e lesões secundárias. Que
serão apresentadas a seguir.
HEMATOMA SUBDURAL AGUDO
• Na RM: iso/hipossinal em T1/ Hipossinal em T2 (desoxihemoglobina)
HEMATOMA SUBDURAL SUBAGUDO
• Tempo de evolução entre 1 e 3 semanas.
• Na RM: hipersinal em T1 e hipersinal T2.
HEMORRAGIA SUBARACNÓIDE
• Ocorre na maioria dos casos de TCE moderado a grave.
• Conteúdo hemático entre a aracnóide e a pia máter.
• Hiperatenuação entre os sulcos corticais.
• No TCE: laceração de pequenos vasos corticais superficiais ou extensão do
hematoma ou contusão cortical.
• Pode ocorrer tanto no golpe quanto no contragolpe e é mais frequente nos sulcos
da convexidade cerebral.
HEMORRAGIA INTRAVENTRICULAR
• Etiologia: de rotura veias subependimárias, lesões por cisalhamento,
contiguidade de hematoma parenquimatoso ou ferimento penetrante.
• Refletem traumas severos
• Na RM: material com sinal variável no interior dos ventrículos (depende do
tempo de evolução do hematoma)
LESÃO AXONAL TRAUMÁTICA
• Importante causa de morbidade
• Cerca de metade das lesões intra-axiais primárias
• Etiologia: deformidade dos axonios por cisalhamento (aceleração rotacional)
LESÃO AXONAL TRAUMÁTICA
• Geralmente bilaterais e difusas
• Na RM: sinal variável
• Hipossinal nas sequências de susceptibilidade magnética
• Lesões não hemorrágicas – hipersinal em FLAIR / T2
CONTUSÃO CORTICAL
• Etiologia: choque da superfície cortical com saliências ósseas adjacentes ou dobra
dural
• Localização mais comum:
 Pólo e superfície inferior do lobo temporal (45%)
 Pólo e superfície inferior dos lobos frontais (31%)
• Na RM: fases subagudas, sinal heterogêneo em T1 e T2 (focos hemorrágicos e
edema perilesional)
LESÕES VASCULARES
• Direcionamento do fluxo sanguineo
carotídeo ao seio cavernoso com
inversão da direção do fluxo na v.
oftálmica superior e no seio petroso
• Proptose pulsátil
• Eritema periorbitário
• Cefaléia
SÍNDROME DO BEBÊ SACUDIDO
• Múltiplas fraturas em idades de
consolidação diferentes.
• Hematomas subdurais múltiplos em
estágios diferentes
o Interhemisféricos
o Tentoriais
• Edema cerebral difuso.
• Lesões isquêmicas – discordância entre
achados no FLAIR e difusão
CASO CLÍNICO
• Quadro Clínico
Uma paciente de 74 anos é trazida ao pronto-socorro por estar muito sonolenta há cerca de cinco dias.
Precedeu este quadro o fato de a família ter encontrado a paciente em casa caída no chão há cerca de
três semanas, não se sabendo há quanto tempo ela estava nessa condição. Foi acordada pela família
quando do episódio, ficando alguns dias bem, horas bem, mas foi progredindo com maior sonolência
nos dias subsequentes, queixando-se também de cefaleia, que inicialmente não foi valorizada, pois era
uma queixa recorrente da paciente. Foi optado por realizar uma ressonância de encéfalo,
• Diagnóstico e Discussão
Descrição no laudo da ressonância:
Exame de Ressonância Magnética de crânio, realizado pela técnica de spin-eco com sequências
pesadas em T1, sem a administração endovenosa de contraste paramagnético, técnica de turbo spin-
eco pesada em T2, T2* e técnica de FLAIR; com aquisição multiplanar. Foram também realizadas
sequências de difusão.
• Achados:
i. Coleção extra-axial de morfologia subdural frontoparietotemporal à esquerda. Possui sinal maior que
o líquor em FLAIR e T1, sugerindo material hemático/proteico. Tem espessura de até cerca de 0,6 cm
e cursa com discreto apagamento de sulcos adjacentes;
ii. Não há evidências de lesões isquêmicas agudas;
iii. Focos de alteração de sinal na substância branca supratentorial, compatíveis com gliose ou rarefação
da mielina, mais provavelmente relacionados à microangiopatia.
• Sendo assim, estamos nitidamente diante de um hematoma subdural, o qual pode ter sido ocasionado por
trauma. Uma provável explicação seria queda de própria altura, ocasionada por possivelmente hipotensão
postural. Pode-se inferir que o aumento recente de anti-hipertensivos tenha relação com o episódio. Apenas
lembrar que o achado de alteração da substância branca é compatível com a doença hipertensiva da paciente.
• A epidemiologia dos hematomas subdurais é bastante simples. Na maior parte dos casos está relacionada a
trauma nas seguintes situações: acidentes com veículos, quedas e assaltos. Os pacientes de maior risco são os
que tem atrofia cerebral, o que é mais comum em idosos, usuários crônicos de álcool e quem já sofreu algum
trauma craniano. Além disso, o uso de antiagregantes plaquetários aumenta ainda mais este risco.
• Os hematomas subdurais podem ser divididos em agudos (1 a 2 dias após evento), subagudo (3 a 14 dias após)
e crônico (15 ou mais dias do evento).
• O diagnóstico pode ser feito por tomografia de crânio. Entretanto a ressonância nuclear magnética é um
exame com maior sensibilidade para detecção de hematomas pequenos, chegando a 97% em comparação com
cerca de 70% da tomografia.
• A decisão de tratamento cirúrgico leva em conta Glasgow, tamanho do hematoma e presença de lesão cerebral
associada, sinais de hipertensão intracraniana, deterioração clínica, se é agudo, comorbidade e idade. Em
geral, pacientes estáveis clinicamente, com hematoma de espessura < 10mm, sem sinais de herniação (desvio
de linha média < 5mm) ou hipertensão intracraniana, ficam com conduta conservadora.
REFERÊNCIAS
• Victor M, Ropper A. Craniocerebral trauma. In: Adams and Victor's Principles of Neurology, 7th ed, Victor M, Ropper A.
(Eds), McGraw-Hill, New York 2001. p.925.
• Ropper A. Introduction to critical care in neurology and neurosurgery. In: Neurological and Neurosurgical Intensive
Care, Ropper A, Kennedy S, Zervas N. (Eds), University Park Press, Baltimore 1983. p.1.
• Mayer S, Rowland L. Head injury. In: Merritt's Neurology, Rowland L. (Ed), Lippincott Williams & Wilkins,
Philadelphia 2000. p.401.
• “Instituto Novo Ser.” Www.novoser.org.br, www.novoser.org.br/espacao_informacao_tc.html#:~:text=A%20les
%C3%A3o%20focal%2C%20por%20contus%C3%A3o.
• www.nucleoipe.com.br, Núcleo IPÊ |. “Contusão Cerebral.” Minuto Enfermagem, 8 Aug. 2016,
www.minutoenfermagem.com.br/postagens/2016/08/08/contusao-cerebral/.
• “Traumatismo Craniano: O Que é, Sintomas, Tratamento E Sequelas.” Tua Saúde,
www.tuasaude.com/traumatismo-craniano/.
• “Tudo O Que Você Precisa Saber Sobre a Atualização No Diagnóstico de Morte Encefálica | Colunistas - Sanar
Medicina.” Sanar | Medicina, www.sanarmed.com/tudo-o-que-voce-precisa-saber-sobre-a-atualizacao-no-diagnostico-
de-morte-encefalica-colunistas.
• “Entenda O Que é Ressonância Magnética E Quais Os Tipos Mais Comuns.” Alta,
altadiagnosticos.com.br/saude/ressonancia-magnetica.
• admin. “TRAUMATISMO CRÂNIO-ENCEFÁLICO (TCE).” Dr. Leonardo Furtado, 1 Nov. 2019,
drleonardofurtado.com.br/traumatismo-cranio-encefalico-tce/.
• “MedicinaNET.” Assinantes.medicinanet.com.br, assinantes.medicinanet.com.br/m/conteudos/casos/6185/caso_clinico_
%E2%80%93_o_que_tem_nessa_ressonancia_de_encefalo.htm.

Você também pode gostar