Treinamento de Sinalização de Segurança

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TREINAMENTO DE SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA

SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA
TREINAMENTO DE SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA

SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA
OBJETIVOS DA NR-26

Orientações:
A norma NR 26, cujo título é Sinalização de Segurança, estabelece a padronização das cores a serem utilizadas como sinalização de
segurança nos ambientes de trabalho, visando à prevenção da saúde e da integridade física dos trabalhadores.
Esta norma tem por objetivo fixar as cores que devem ser usadas nos locais de trabalho para prevenção de acidentes, identificando os
equipamentos de segurança, delimitando áreas, identificando as canalizações empregadas nas indústrias para a condução de líquidos e
gases, e advertindo contra riscos. O objetivo fim é promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho.
 
Por que usar as cores?
O uso de cores permite uma reação automática do observador, evitando que a pessoa tenha que se deter diante do sinal, ler, analisar e,
só então, atuar de acordo com sua finalidade.
A utilização de cores não dispensa o emprego de outras formas de sinalização e prevenção de acidentes.
 
Quais os cuidados no uso das cores para sinalização do ambiente de trabalho?
Embora seja este um aspecto subjetivo, deve ser usado o bom senso para que o uso de cores seja feito de forma equilibrada, a fim de não
ocasionar distração, confusão e fadiga ao trabalhador.
FUNÇÃO DA SINALIZAÇÃO
Orientações:
A sinalização de segurança tem a função de orientar funcionários e demais pessoas que transitem em um determinado ambiente, quanto aos
riscos existentes. COSTA (2006) descreve que esta sinalização tem por objetivo chamar a atenção, de forma rápida e inteligível, para objetos
ou situações que comportem riscos ou possam estar na origem de perigos. Estes sinais podem ser classificados como:
- Sinais de Obrigação – indicam comportamentos ou ações específicas e a obrigação de utilizar equipamento de proteção individual (EPI).
- Sinais de Perigo – indicam situações de atenção, precaução, verificação ou atividades perigosas.
- Sinais de Aviso – indicam atitudes proibidas ou perigosas para o local.
- Sinais de Emergência – indicam direções de fuga, saídas de emergência ou localização de equipamento de segurança.
Ainda segundo COSTA (2006), utiliza-se normalmente sinalização permanente para: proibições; avisos; obrigações; meios de salvamento ou de
socorro; equipamento de combate a incêndios; assinalar recipientes e tubulações; riscos de choque ou queda; vias de circulação; etc.
No campo da sinalização como ferramenta para prevenção contra acidentes, CAVALCANTI (2003) descreve a linguagem visual, podendo
ocorrer através de mensagens verbais (caracteres alfanuméricos) e/ou mensagens pictóricas (ilustrações), comunicam seu significado pela
própria maneira como se apresentam e se oferecem ao uso tornando-se o principal meio de transmissão de conhecimento. Em função disto,
podem ser utilizadas para comunicar e/ou solicitar procedimentos no ambiente industrial, a partir de alguns critérios responsáveis por ações que
visem garantir a segurança e uma maior produtividade do sistema.
A ergonomia informacional, segundo JIMDO (2014), é a disciplina envolvida na análise e design da informação de forma que possa ser usada
de maneira eficaz e eficiente pelos usuários, tendo como consequência a sua satisfação e respeitando a sua diversidade em termos de
habilidades e limitações. Sob este enfoque, as informações transmitidas pelos pictogramas e mapas de riscos são elaboradas na tentativa de
eliminar as falhas que surgem no seu entendimento.
A legislação brasileira referente ao tema, a NR 26 – Sinalização de Segurança, determina que devam ser adotadas cores para segurança em
estabelecimentos a fim de indicar e advertir acerca dos riscos existentes. A norma teve sua primeira divulgação em 1978 e sofreu poucas
alterações desde então. A última atualização foi emitida pela Portaria SIT n.º 229, de 24 de maio de 2011.
Na aplicação do item 26.1.2, as cores utilizadas nos locais de trabalho para identificar os equipamentos de segurança, delimitar áreas,
identificar tubulações empregadas para a condução de líquidos e gases e advertir contra riscos, devem atender ao disposto nas normas
técnicas oficiais. A NR 26 não determina especificamente a utilização de nenhuma cor e, portanto, entende-se que o não atendimento, mesmo
que parcial, das normas técnicas resultam automaticamente no não atendimento ao item 26.1.2.
CORES USADAS COMO REFERÊNCIA PARA A NR-26
Orientações:
As cores aqui adotadas na norma NR-26 são: vermelha, amarela, branca, preta, azul, verde, laranja, púrpura, lilás, cinza, alumínio e marrom.
Somente o uso das cores atende aos requisitos da NR 26?
Não, a comunicação básica de segurança e saúde ocupacional requer a necessidade de utilização de diversas formas de comunicação para que as pessoas entendam a mensagem que
se quer passar.
Para questões de segurança e saúde ocupacional, destacam-se três formas de comunicação: escrita, números e cores.
A indicação em cor, sempre que necessária, especialmente quando em área de trânsito para pessoas estranhas ao trabalho, será acompanhada dos sinais convencionais ou da
identificação por palavras.
As cores e suas principais utilizações:
Vermelho: Para distinguir e indicar equipamentos e aparelhos de proteção e combate a incêndio. Usada excepcionalmente com sentido de advertência de perigo nas luzes a serem
colocadas em barricadas, tapumes de construções e quaisquer outras obstruções temporárias; em botões interruptores de circuitos elétricos para paradas de emergência. Não deve ser
usado na indústria para assinalar perigo, por ser de pouca visibilidade em comparação com o amarelo (de alta visibilidade) e o alaranjado (que significa alerta).
Amarelo: O amarelo deverá ser empregado para indicar cuidado. Usado para sinalizar locais onde as pessoas possam bater contra, tropeçar, etc. ou ainda em equipamentos que se
desloquem como os veículos industriais. Em canalizações, deve-se utilizar o amarelo para identificar gases não liquefeitos. Listras (verticais ou inclinadas) e quadrados pretos serão
usados sobre o amarelo quando houver necessidade de melhorar a visibilidade da sinalização.
Branco: Passarelas e corredores de circulação, por meio de faixas, direção e circulação, localização e coletores de resíduos; localização de bebedouros; áreas em torno dos
equipamentos de socorro de urgência, de combate a incêndio ou outros equipamentos de emergência; áreas destinadas à armazenagem e zonas de segurança.
Preto: O preto será empregado para indicar as canalizações de inflamáveis e combustíveis de alta viscosidade (ex: óleo lubrificante, asfalto, óleo combustível, alcatrão, piche, etc.).
Verde: O verde é a cor da segurança e deve ser utilizado para canalizações de água; caixas de equipamento de socorro de urgência; caixas contendo máscaras contra gases; chuveiros
de segurança; macas; lava-olhos; dispositivos de segurança; mangueiras de oxigênio (solda oxiacetilênica), etc.
Laranja: Deve ser empregado para canalizações contendo ácidos; partes móveis de máquinas e equipamentos; partes internas das guardas de máquinas que possam ser removidas ou
abertas; faces internas de caixas protetoras de dispositivos elétricos; faces externas de polias e engrenagens; botões de arranque de segurança; dispositivos de corte, borda de serras e
prensas.
Púrpura: Usada para indicar os perigos provenientes das radiações eletromagnéticas penetrantes de partículas nucleares.
Cinza: Cinza claro – usado para identificar canalizações em vácuo; Cinza escuro – usado para identificar eletrodutos.

Enfim, o uso das cores é essencial por permitir a rápida identificação de determinados produtos químicos em tubulações possibilitando assim reações em tempo hábil diante de
emergências. Igualmente, a sua utilização é uma forma bastante eficaz de trabalhar com grupos de trabalhadores com dificuldades para leitura – sendo a identificação e compreensão da
situação quase que imediata nestes casos.

Usar cores como meio para prevenção deve ser algo criterioso. O uso sem critérios pode criar mais confusão do que prevenção. Além disso, deve haver preocupação e cuidados com as
questões da fadiga visual ou outras situações que causem desconforto ou confusão aos trabalhadores.
APLICAÇÃO DO DIAMANTE OU DIAGRAMA DE
HOMMEL
Orientações:
As cores também são utilizadas para identificar o potencial de risco das substâncias químicas através do Diamante de Hommel, segundo a NFPA 704 - Standard for the identification of
the fire hazards of materials for emergency response. Uma simbologia bastante aplicada em vários países, no entanto sem obrigatoriedade, o método do Diamante de Hommel,
diferentemente das placas de identificação, não informa qual é a substância química, mas indica todos os riscos envolvendo o produto químico em questão.
O Diamante de Hommel quantifica e qualifica em uma mesma identificação as propriedades do produto químico com relação à saúde, inflamabilidade e reatividade.
O quadro possui quatro cores básicas (azul, vermelha, amarela e branca) sendo preenchido por números de 0 a 4 para determinar a gradação do risco. As cores indicam:
· Vermelha: inflamabilidade;
· Azul: riscos à saúde;
· Amarela: reatividade;
· Branca: riscos especiais.
 
Inflamabilidade (Vermelho)
0 – Não irá pegar fogo. (Ex. Água, Hélio)
1 – Precisa ser aquecido sob confinamento antes que alguma ignição possa ocorrer. Ponto de fulgor por volta de 93°C (200°F) (Ex. Óleo Mineral, Sacarose)
2 – Precisa ser moderadamente aquecido ou exposto a uma temperatura ambiente relativamente alta antes que alguma ignição possa ocorrer. Ponto de fulgor entre 38°C (100°F) e
93°C (200°F) (Ex. Diesel, Nafitalina)
3 – Líquidos e sólidos que podem inflamar-se sob praticamente todas as condições de temperatura ambiente. Ponto de fulgor abaixo de 23°C (73°F) e com ponto de ebulição por volta
ou acima de 38°C (100°F) ou com ponto de fulgor entre 23°C (73°F) e 38°C (100°F) (Ex. Etanol, Benzeno)
4 – Irá rapidamente vaporizar-se sob condições normais de pressão e temperatura, ou quando disperso no ar irá inflamar-se instantaneamente. Ponto de fulgor abaixo de 23°C (73°F)
(Ex. Éter etílico, Cianeto de Hidrogênio)
 
Risco à Saúde (Azul)
0 – Não apresenta riscos à saúde, não são necessárias precauções. (Ex. Água, Propilenoglicol)
1 – Exposição pode causar irritação, mas apenas danos residuais leves. (Ex. Acetona, Cloreto de Sódio)
2 – Exposição prolongada ou persistente, mas não crônica, pode causar incapacidade temporária com possíveis danos residuais. (Ex. Éter etílico, Clorofórmio)
3 – Exposição curta pode causar sérios danos residuais, temporários ou permanentes. (Ex. Amônia, Ácido sulfúrico)
4 – Exposição muito curta pode causar morte ou sérios danos residuais. (Ex. Cianeto de hidrogênio, Fosgênio)
 
Instabilidade/Reatividade (Amarelo)
0 – Normalmente estável, mesmo sob condições de exposição ao fogo, e não é reativo com água. (Ex. Água, Hélio)
1 – Normalmente estável, mas pode tornar-se instável sob temperaturas e/ou pressões elevadas, ou reagir com água de maneira incomum, sem risco de explosões (Ex. Propano, Cal)
2 – Sofre alteração química violenta sob temperaturas e pressões elevadas, reage violentamente com água, ou pode formar misturas explosivas com água. (Ex. Sódio, Ácido sulfúrico)
3 – Capaz de detonar-se ou decompor-se de forma explosiva mas requer uma forte fonte de ignição, deve ser aquecido sob confinamento, reage de forma explosiva com água, ou irá
explodir sob impacto. (Ex. Nitrato de amônio, Nitrometano)
4 – Instantaneamente capaz de detonar-se ou decompor-se de forma explosiva sob condições normais de temperatura e pressão. (Ex. Nitroglicerina, Trinitrotolueno) 
 
Aplicação do Diamante ou Diagrama de Hommel
Risco Específico (Branco)
OXY – Oxidante (Ex. Perclorato de potássio, Fósforo Branco)
ACID / ALK  – Ácido ou alcalino, para ser mais específico
COR – Corrosivo ; ácido ou base forte (por exemplo , ácido sulfúrico , hidróxido de potássio )
W – Reage com água de maneira incomum ou perigosa. (Ex. Sódio, Potássio)
RAD – Radioativo (por exemplo , plutônio , cobalto-60 , carbono-14 )
 
Qual a importância do Diamante de Hommel na rotulagem de produtos químicos?
O Diamante de Hommel é de grande importância na rotulagem de produtos químicos, pois, em uma rápida visualização se tem ideia sobre o risco representado pela
substância presente.
 
A utilização do Diamante de Hommel é obrigatória?
No Brasil, não há normas legais que exigem a utilização do Diamante de Hommel. Ainda assim os rótulos dos produtos químicos devem atender a norma
regulamentadora (NR) 26 e o decreto federal 2.657/98, que possuem obrigações específicas.
 
O que determina a NR 26?
A NR 26 determina que a rotulagem preventiva dos produtos químicos classificados como perigosos à segurança bem como a saúde dos usuários deve utilizar
procedimentos definidos pelo Sistema Globalmente Harmonizados de classificação e rotulagem de produtos químicos.
Uma observação muito importante a ser colocada quanto à utilização do Diamante de Hommel é que o mesmo não indica qual é a substância química em questão,
mas apenas os riscos envolvidos; ou seja, quando considerado apenas o Diamante de Hommel sem outras formas de identificação este método de classificação não
é completo.
 
Numa explicação em cores podemos observar da seguinte maneira:
O que as cores de cada losango, que compõem o Diamante de Hommel, representam?
O que representa a escala de 0 a 4 do Diamante de Hommel? A escala de 0 a 4, representa o ZERO (sem riscos) e o Quatro (risco sério/grave).
  
     
Sob o mesmo ponto de vista as quatro divisões são codificadas pelas cores: vermelho no topo indicando inflamabilidade, azul à esquerda
indicando nível de risco à saúde, amarelo à direita para reatividade química e branco contendo códigos para riscos especiais.

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