Unidade de Hemodialise

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HEMODIÁLISE

• CUIDADOS DE ENFERMAGEM DURANTE


ADMISSÃO
INTRODUÇÃO
• A equipa de enfermagem tem participação directa no
processo de hemodiálise, principalmente na solução
de possíveis complicações que podem ocorrer
durante o tratamento.
• A presença constante da equipa de enfermagem e a
observação atenta aos pacientes durante a sessão de
hemodiálise evitam as possíveis complicações e
ajudam a salvar vidas, na medida em que esses
profissionais realizam o diagnóstico precoce e preciso
de intercorrências.
• Nas suas funções o profissional de enfermagem, deve
se:
• Envolver directamente com o cuidar desses
pacientes,
• Pois deve buscar alternativas para a melhoria da
qualidade devida do paciente,
• Valendo-se da relevante construção do
conhecimento científico e da valorização do ser
humano.
• “Enfermeiro nefrologista tem de conhecer cada paciente
individualmente, independentemente do diagnóstico.
• Deve conhecer as limitações dos pacientes, da sua equipa e
do seu ambiente de trabalho, evitando, assim, o
agravamento de ocorrências que poderão surgir durante a
terapia”.
• A importância do enfermeiro na sessão de hemodiálise,
principalmente na orientação dos colaboradores de
enfermagem, do paciente e dos familiares envolvidos: “Isso
ajuda a manter a sobrevida do paciente com o máximo de
qualidade de vida possível, mediante as situações
passageiras ou permanentes”.
• Neste sentido, o papel do enfermeiro para melhor desempenhá-
lo, apropria-se da Sistematização da Assistência de Enfermagem
(SAE).
• A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é uma
metodologia desenvolvida a partir da prática do enfermeiro para
sustentar a gestão e o cuidado no processo de enfermagem.
• O método é organizado em cinco etapas, que ajudam a fortalecer
o julgamento e a tomada de decisão clínica assistencial do
profissional de enfermagem.
• 1. Colheita de dados de Enfermagem ou Histórico de
Enfermagem.
• 2. Diagnóstico (problemas) de Enfermagem
• 3. Planeamento de Enfermagem
• 4. Implementação
• 5. Avaliação de Enfermagem (Evolução)
1.
1. Colheita de dados de Enfermagem ou
Histórico de Enfermagem
• O primeiro passo para o atendimento de um paciente
é a busca por informações básicas que irão definir os
cuidados da equipa de enfermagem.
• A etapa faz parte de um processo deliberado,
sistemático e contínuo, na qual haverá a colheita de
dados.
• As informações podem ser passadas pelo próprio
paciente, pela família ou então, por outras pessoas
envolvidas.  
2. Diagnóstico (problemas) de
Enfermagem
• O diagnóstico de enfermagem é o processo de
interpretação e agrupamento dos dados colhidos.
• Essa etapa conduz a tomada de decisão sobre os
diagnósticos (problemas) de enfermagem, que irão
representar as acções e intervenções, para alcançar
os resultados esperados.
3. Planeamento de Enfermagem

• De acordo com a SAE, que organiza o trabalho profissional


quanto ao método, pessoal e instrumentos, a ideia é que os
enfermeiros possam actuar para prevenir, controlar ou
resolver os problemas de saúde.
• No planeamento de enfermagem, são determinados os
resultados esperados e quais acções serão necessárias. Isso
será realizado a partir dos dados colhidos e
diagnósticos/problemas de enfermagem com base dos
momentos de saúde do paciente e suas intervenções.
• No planeamento deve existir metas.
4. Implementação

• Em seguida, a partir das informações obtidas e


focadas na abordagem da SAE, a equipa realizará as
acções ou intervenções determinadas na etapa do
Planeamento de Enfermagem.
• São actividades que podem ir desde uma
administração de medicação até auxiliar ou realizar
cuidados específicos, como os de higiene pessoal
do paciente, ou mensurar sinais vitais específicos e
acrescentá-los no processo, por exemplo.
5. Avaliação de Enfermagem (Evolução)

• Por fim, a equipa de enfermagem irá registar os


dados no Processo do Paciente de forma deliberada,
sistemática e contínua.
• Nele, deverá ser registado a evolução do paciente
para determinar se as acções ou intervenções de
enfermagem alcançaram o resultado esperado.
Acções da enfermagem
• Durante a sessão de hemodiálise, o enfermeiro
nefrologista deve:
• - Verificar o funcionamento dos equipamentos, como
limpeza calibração e condições de uso;
• - Verificar se todos os materiais estão dentro da data
de validade e se não estão violados, como filtro
dialisador set arterial e venoso isolador de pressão;
EPIs do paciente e dos profissionais (máscara, luva,
óculos de protecção); insumos, como seringas,
agulhas, fitas, esparadrapos, gazes e luvas estéreis e
de procedimento;
Acções da enfermagem
• - Orientar o paciente sobre o procedimento e
perguntar sobre eventuais ocorrências pré-
procedimento;
• - Supervisionar a equipa no momento da conexão do
acesso do paciente, auxiliando, se necessário, para
evitar acidentes e contaminações por manipulação
inadequada dos profissionais;
• - Conscientizar o paciente das limitações existentes
no momento dele;
Acções da enfermagem
• - Orientar o paciente sobre o procedimento e perguntar
sobre eventuais ocorrências pré-procedimento;
• - Supervisionar a equipa no momento da conexão do
acesso do paciente, auxiliando, se necessário, para
evitar acidentes e contaminações por manipulação
inadequada dos profissionais;
• - Conscientizar o paciente das limitações existentes no
momento dele;
• - Orientar sobre controlo da ingestão hídrica e
alimentar controlada e rigorosa;
Acções da enfermagem

• Orientar sobre a manutenção do acesso para terapia;


• - Manter o diálogo com o paciente e seus familiares, antes,
durante e depois da sessão de hemodiálise.
• A efectivação de um trabalho de orientação permite ao
enfermeiro a realização do diagnóstico prévio.
• “Assim, uma série de perguntas devem ser realizadas,
como o horário da refeição e o tipo de alimentação
realizada antes de cada sessão, como ele se sentiu durante
o dia, como se sentiu na última sessão e após o
procedimento”, afirma.
Acções da enfermagem
• Isso evita várias ocorrências durante a terapia,
como:
câimbras,
náuseas mais comuns,
hipotensão ou hipertensão ou hipoglicemia e
hiperglicemia mais sérias, que são as
principais causas de situações mais extremas,
como paragem cardiorrespiratória
Acções da enfermagem

• A admissão da pessoa com DRC ao tratamento deve ser


acompanhada de uma tomada de decisão, esclarecida e
informada, sobre a modalidade de tratamento que
melhor se adequa ao seu projecto de vida.
• No decurso do seu desempenho profissional, os
enfermeiros devem prestar cuidados de Enfermagem
«ao ser humano, são ou doente, ao longo do ciclo vital,
(…) de forma que mantenham, melhorem e recuperem
a saúde, ajudando-os a atingir a sua máxima
capacidade funcional tão rapidamente quanto
possível» , diligenciando junto destes para que adoptem
comportamentos que promovam o autocuidado.
Acções da enfermagem
• Para além das necessidades de ensino identificadas, os
programas de educação para a saúde devem contemplar os
seguintes tópicos:
• – Apresentação da equipa multidisciplinar com a descrição
resumida das suas atribuições;
• – Apresentação sobre a função renal e as principais causas de
doença renal;
• – Apresentação sumária das modalidades de tratamento de
substituição  da função renal (diálise peritoneal, hemodiálise,
transplante e   tratamento conservador);
• – Descrição e explicação dos diferentes meios complementares
de diagnóstico e tratamento realizados por rotina;
Acções da enfermagem
• – Descrição e explicação sumária da medicação
prescrita;
• – Descrição e explicação sumária da necessidade de
adequar o seu regime nutricional;
• – Descrição e explicação sumária das possíveis alterações
sociais relacionadas com a doença e o tratamento;
• _ Descrição e explicação da necessidade de manutenção
de actividade física regular;
• – Apresentação da técnica hemodialítica;
• – Descrição e explicação das alterações físicas e
emocionais nesta fase de mudança e adaptação nas suas
actividades de vida diárias.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM DURANTE A
SESSÃO
• Ao iniciar o programa regular de hemodiálise, a pessoa
possui já um acesso arteriovenoso ou cateter de
hemodiálise funcionante que permite realizar uma
sessão de hemodiálise.
• A sessão de tratamento de hemodiálise ocorre, em
regra, com uma frequência de três vezes por semana e
tem uma duração semanal de 12 horas.
Documentação para utentes

• a) É recomendável que a unidade de diálise disponha de


documentação para ser distribuída pelos utentes e que
contemple, pelo menos, as seguintes informações:
• Normas de funcionamento da unidade que abranjam os
utentes e seus familiares;
• Normas específicas para os utentes;
• Horários de funcionamento;
• Formas de contacto com a unidade, incluindo o contacto
urgente fora do horário normal de funcionamento;
• Identificação do director clínico e do enfermeiro-chefe;
• Serviços disponibilizados pela unidade;
Durante a sessão
Durante a sessão de hemodiálise a equipa deve estar atenta:
• Ao monitoramento dos sinais vitais,
• Anticoagulação,
• Funcionamento adequado das máquinas de diálise
(temperatura, fluxo de sangue, fluxo dialisado),
• Conforto do paciente,
• Intercorrências,
• Queixas e dúvidas dos pacientes,
• Solicitação do médico quando necessário,
• Deve realizar a supervisão dos auxiliares e técnicos da equipe
Controlo de sinais vitais do paciente na
hemodiálise
•  
• Início da diálise Verificar o peso do paciente Lavar
membro de FAV com água e sabão.
• Verificar PA pulso antes de entrar em diálise.
• Verificar Temperatura quando o paciente apresentar
queixas de tosse, gripe ou febre em casa.
• Calcular o peso final e peso inicial para estipular se há
necessidade de ultra filtração.
• Controlar fluxos das bombas de sangue.
• Orientar sobre capilares.
Controlo de sinais vitais do paciente na
hemodiálise
• Os sinais vitais são indicadores das funções
vitais e podem orientar o diagnóstico inicial e
o acompanhamento da evolução do quadro
clínico do paciente. São eles:
• Temperatura;
• Pressão arterial;
• Pulso;
• Respiração;
Temperatura
• Considera-se febre leve ou febrícula - até 37,5ºC -febre
moderada - de 37,5 a 38,5ºC -febre alta ou elevada – acima de
38,5ºC.
•  
• Terminologias
• Hipotermia: Temperatura abaixo de 35°C
• Afebril: 36,1°C a 37,2°C
• Febril: 37,3°C a 37,7°C
• Febre: 37,8°C a 38,9°C
• Pirexia: 39°C a 40°C
• Hiperpirexia: acima de 40°C
Temperatura
• Valor de referência para a temperatura
• Temperatura axilar: 35,8°C a 37°C
• Temperatura bucal: 36,3°C a 37,4°C
• Temperatura retal: 37°C a 38°C
Sintomatologia da febre

• O paciente com febre apresenta a seguinte sintomatologia:


• Inapetência (perda de apetite),
• Mal- estar,
• Pulso rápido,
• Sudorese,
• Temperatura acima de 40 graus Celsius,
• Respiração rápida,
• Hiperemia da pele,
• Calafrios,
• Cefaléia (dor de cabeça)
Respiração

• Na respiração, o oxigênio inspirado entra no sangue e o


dióxido de carbono (CO2) é expelido, com frequência
regular.
• A troca destes gases ocorre quando o ar chega aos
alvéolos pulmonares, que é a parte funcional do pulmão.
• É nesse processo que o sangue venoso se transforma em
sangue arterial.
• A frequência respiratória em geral é mensurada através
da observação da expansão torácica contando o número
de inspirações por um minuto.  
Terminologias

•  
• Eupneia: respiração normal
• Dispneia: é a respiração difícil, trabalhosa ou curta. É
sintoma comum de várias doenças pulmonares e
cardíacas; pode ser súbita ou lenta e gradativa.
• Ortopneia: é a incapacidade de respirar facilmente,
excepto na posição erecta.
• Taquipneia: respiração rápida, acima dos valores da
normalidade, frequentemente pouco profunda.
• Bradipneia: respiração lenta, abaixo da normalidade.
Terminologias
• Apneia: ausência da respiração
• Respiração de Cheyne-Stokes: respiração em ciclos, que
aumenta e diminui a profundidade, com períodos de apneia.
Quase sempre ocorre com a aproximação da morte
• Respiração de Kussmaul: inspiração profunda seguida de
apneia e expiração suspirante, característica de como diabético.
• Respiração de Biot: respirações superficiais durante 2 ou 3
ciclos, seguidos por período irregular de apneia.
• Respiração sibilante: sons que se assemelham a assobios
Valor de referência para respiração
• Adultos – 12 a 20 inspirações/ min;
• Crianças – 20 a 25 inspirações/ min;
Pulso

• Pulso é a onda provocada pela pressão do sangue contra a


parede arterial cada vez que o ventrículo esquerdo se
contrai.
• Em locais onde as artérias de grosso calibre se encontram
próximas à superfície cutânea, pode ser sentido à palpação.
• Cada onda de pulso sentida é um reflexo do débito cardíaco,
pois a frequência de pulso equivale à frequência cardíaca.
• Débito cardíaco é o volume de sangue bombeado por cada
um dos lados do coração em um minuto.
• É a onda de expansão e contracção das artérias, resultante
dos batimentos cardíacos
Pulso
• Na palpação do pulso, verifica-se frequência,
ritmo e tensão.
• O número de pulsações normais no adulto é
de aproximadamente 60 a 80 batimentos por
minuto.
• As artérias mais comumente utilizadas para
verificar o pulso: radial, carótida, temporal,
femoral, poplítea, pediosa.
Termologia básica:

• - Taquicardia ou taquisfigmia: pulso acima da faixa normal


(acelerado).
• - Bradicardia ou bradisfigmia: pulso abaixo da faixa normal
(frequência cardíaca baixa).
• - Pulso filiforme, fraco, débil: termos que indicam redução da força
ou volume do pulso periférico.
• - Pulso irregular: os intervalos entre os batimentos são desiguais.
• - Pulso dicrótico: dá a impressão de 2 batimentos.
• - Não usar o polegar para verificar o pulso, pois a própria pulsação
pode ser confundida com a pulsação do paciente;
• - Em caso de dúvida, repetir a contagem;
• - Não fazer pressão forte sobre a artéria, pois isso pode impedir de
sentir os batimentos do pulso.
Pressão arterial

• Esse sinal vital é a medida da pressão exercida pelo sangue nas


paredes das artérias.
• Terminologias
• Hipertensão: PA acima da média
• Hipotensão: PA inferior à média
• Convergente: a sistólica e a diastólica se aproximam
• Divergente: a sistólica e a diastólica se afastam
Valor de referência para pressão arterial
• Hipotensão – inferior a 100 x 60 mmHg
• Normotensão – 120 x 80 mmHg
• Hipertensão limite – 135 x 89 mmHg
• Hipertensão moderada – 160 x 100 mmHg
• Hipertensão grave – superior a 180 x 110 mmHg
Pressão arterial
• A hipertensão arterial ou "pressão alta" pode causar lesões em
diferentes órgãos do corpo humano, tais como:
• Cérebro,
• Coração,
• Rins
• Olhos.
• Complicações mais frequentes decorrentes da hipertensão arterial:
• -No coração - O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), a miocardiopatia e
a insuficiência cardíaca - Cardiopatia.
• -No cérebro - o Acidente vascular cerebral (AVC).
• -Nos rins - insuficiência renal.
• -Nos olhos - diminuição da visão e problemas na retina. Retinopatia.
Período intradialítico

• A estratégia dialítica deverá ser revista após conexão do circuito


extracorporal do doente, ajustando os parâmetros desde o início do
tratamento.
• Deverá ser dada especial atenção à estratégia de anticoagulação
estabelecida.
• Recomendações para o período intradialítico:
• – Deve ser assegurada a existência de toda a medicação para o
tratamento (rotulada e identificada);
• – Durante o tratamento devem ser monitorizados os parâmetros vitais
da pessoa doente, de acordo com a sua condição de saúde, iniciando
medidas autónomas que previnam complicações daí decorrentes;
• – De igual forma, o enfermeiro deve vigiar regularmente os
parâmetros da sessão dialítica;
Período intradialítico

• – O enfermeiro deve orientar e relembrar a pessoa


doente dos possíveis eventos adversos durante o
tratamento;
• – A unidade deve possuir protocolos que tipifiquem
os eventos adversos mais frequentes e as
intervenções autónomas e interdependentes a
desenvolver em cada situação.
• Nas primeiras sessões de tratamento, deve ser
reforçado o ensino sobre estes eventos;
• – Todas as intervenções de Enfermagem durante o
tratamento devem ser documentadas;
Período intradialítico

• – A sessão de hemodiálise deve ser bem tolerada,


para que o impacto na qualidade de vida do doente
seja minimizado.
• Nesse sentido, o enfermeiro procede à monitorização
e vigilância dos parâmetros da sessão, intervindo
para resolver e minimizar os incidentes interdialíticos
e os impactos sobre a estabilidade hemodinâmica
durante a diálise.
Período intradialítico

• Alguns destes incidentes, apesar de frequentes, são


habitualmente pouco graves e de fácil e rápida resolução,
sendo os mais frequentes:
– Náuseas;
• – Vómitos;
• – Cefaleias;
• – Hipotensão arterial;
• – Cãibras;
• – Hematomas;
– Pequenas perdas sanguíneas (por exemplo, perda de
sangue pelos locais de punção).
Período intradialítico
• Existem ainda outros incidentes que, apesar de serem pouco frequentes,
apresentam maior severidade, podendo colocar em risco a vida do
doente, tais como:
– Hipotensão arterial severa;
• – Disritmias;
• – Pré-cordialgia;
• – Embolia gasosa;
• – Acidentes cerebrovasculares;
• – Reacções anafiláticas.

É responsabilidade das unidades elaborar, difundir e rever normas de


actuação que fundamentem a actuação dos enfermeiros face às
complicações interdialíticas.
Intercorrências

 Rotina de urgências em hemodiálise  


• Urgências Relacionadas a Complicações Decorrentes da
Insuficiência Renal

• Edema Agudo de Pulmão


 Causas: - Sobrecarga hídrica (por administração inadequada
ou ingestão excessiva de líquido). - Crise Hipertensiva.
 Sintomas - Dispnéia grave - Hemoptise - Estertores
pulmonares.
Assistência de Enfermagem

• Preparar máquina com capilar de alta ultrafiltração, conforme


orientação médica.
• Instalar o paciente desprezando o prime.
• Verificar a pressão arterial.
• Administrar medicação prescrita.
• Manter o paciente com tórax elevado e membros inferiores para
baixo. Instalar oxigênio se necessário. Aspirar vias aéreas
superiores se necessário.
• Deixar próximo o carro de parada.
• Aguardar o desaparecimento dos sintomas.
• Restabelecer o fluxo de diálise e dar continuidade ao procedimento
Hipercalemia ou Excesso de Potássio

• Causas:
• - Acidose metabólica.
• - Destruição celular ampla (pós-operatórios,
traumatismos, infecções ou hemólise maciça).
• Sintomas
• - Bradicardia
• - Hipotensão
• - Fraqueza generalizada
• - Fibrilação ventricular
• - Paragem cardíaca
Hipercalemia ou Excesso de Potássio
• Tratamento Conservador
• - Gluconato de cálcio: efeito imediato (monitorizar o
paciente).
• - Solução polarizante (SG5% 200ml + SG50% 50 ml + Insulina
Regular 10U: reduz rapidamente o potássio plasmático
depositando-o nas células musculares e hepáticas. Seu efeito
é obtido 30 a 60 minutos após administração.
• - Bicarbonato de sódio: corrige acidose devolvendo o
potássio para o interior das células em troca com hidrogênio.
Seu efeito ocorre em poucos minutos, porém limitado pela
administração de sódio.
• - Resina de troca: promove a troca de sódio ou cálcio pelo
potássio plasmático, actuação mais lenta, de 1 a 2 horas. 
Hipercalemia ou Excesso de Potássio
• Tratamento de Urgência
• - Hemodiálise: de efeito imediato, é utilizada quando os
métodos conservadores são ineficazes.
• Assistência de Enfermagem
• Instalar o paciente e verificar os sinais vitais.
• Manter fluxo de sangue o mais alto possível (250 a 350 ml/min),
conforme orientação médica Monitorizar o paciente através do
monitor ou eletrocardiógrafo, conforme orientação médica
Administrar medicação prescrita, conforme prescrição médica
• Deixar próximo o carro de parada.
• Registar as intercorrências.
Pericardite Urêmica / Hemopericárdio

• A lesão inicial é um processo inflamatório asséptico com


formação de fibrina, podendo ser mais severo com focos
extensivos à camada visceral e parietal do pericárdio e áreas
de hemorragias e adesões fibrinosas entre ambas as
camadas do pericárdio.
• Em pacientes no início do tratamento normalmente a causa
pericardite é pela uremia.
• Em pacientes estabilizados em diálise regular tem sido
sugerido causas de origem infecciosas, imunológicas ou sem
causa aparente.
• Hemodiálises frequentes sem heparina ou com
heparinização baixa dose para pericardite em derrame.
Pericardite Urêmica / Hemopericárdio
 
• Sintomas
• - Dificuldade respiratória
• - Hipotensão
• - Febre
• - Atrito pericárdico
• - Sintomas de hipervolemia
 Tratamento para o Tamponamento Cardíaco
• - Pericardiocentese
• - Drenagem pericárdica através de janela para a pleura ou
peritônio ou através de dreno subxifóide.
Pericardite Urêmica / Hemopericárdio

• Assistência de Enfermagem
• Executar com segurança a diálise sem heparina ou com
baixa dose de heparina, conforme orientação médica.
• Iniciar a diálise ajustando o fluxo da bomba de sangue
para fluxo máximo (300 a 350 ml/min), conforme
orientação médica.
• Colocar ultrafiltração conforme orientação médica.
• Controlar e registar a medicação prescrita.
• Registar qualquer intercorrência
Urgências Relacionadas a Falhas Técnicas no Procedimento

 Embolia Gasosa
• Causa morte pela oclusão de uma artéria cerebral ou
coronariana.
• Locais de vazamento no circuito extracorpóreo e entrada de
ar:
• - Pela ruptura das linhas.
Locais de vazamento no circuito extracorpóreo e entrada de ar:

Pela junção da
extremidade da
linha arterial com
a agulha da FAV
ou ramo do
cateter.
Locais de vazamento no circuito extracorpóreo e entrada de ar:

- Pela linha de administração e


reposição de líquidos (solução
salina, concentrado de hemácias,
etc) quando o frasco
inadvertidamente se esvazia.
Locais de vazamento no circuito extracorpóreo e entrada de ar:

- Pelo baixo
Local de
nível de sangue
administração
no catabolhas
de
venoso.
medicamento.
Embolia Gasosa
• Sintomas
• Dependem da posição em que se encontra o paciente Se
ele estiver sentado o ar atingem o sistema venoso cerebral
e predominam sintomas neurológicos como:
• _ Convulsões
• _ Perda da consciência
• _ Óbito
 Se ele estiver deitado predominam os sintomas
respiratórios como:
• _ Tosse
• _ Dispnéia aguda
• _ Pressão no peito
• _ Agitação
Assistência de Enfermagem

• Interromper a hemodiálise e comunicar imediatamente o


médico Instalar o oxigênio e verificar sinais vitais
• Colocar o paciente em posição de Trendelemburg e
decúbito lateral esquerdo
• Trocar o capilar caso o ar tenha ocupado todo o prime
do mesmo
• Deixar o carro de parada próximo do paciente
• Reiniciar a hemodiálise o mais rapidamente possível
• Registar qualquer intercorrência
• Monitorizar todo o procedimento
Hiponatremia / Hemólise

•  
• A hiponatremia é geralmente definida quando os níveis
séricos de sódio são inferiores a 136 mEq/L. Sintomas
graves normalmente só ocorrem quando os níveis estão
abaixo de 125 mEq/L. O distúrbio é classificado a partir das
causas e de acordo com o volume corporal total do
paciente.

• A hipo-osmolaridade severa causa hemólise de imediato,


com hipercalemia transitória absorção maciça de água do
banho e edema cerebral.
Hiponatremia / Hemólise
Sintomas
• - Dor lombar • - Cefaléia
• - Dor abdominal • - Náuseas e vômitos
• - Sangue escuro “cor de• - Confusão mental
vinho” nas linhas de HD • - Espasmos musculares
• - Calafrios • - Torpor
• - Dispnéia • - Convulsão
• - Cianose peri-labial e de• - Coma e morte
extremidades
• - Mal estar
Hiponatremia / Hemólise
Causas:
• - Baixa concentração de solução no banho de diálise,
• - Falha na mensuração da condutividade do banho
pré-diálise,
• - Defeito na condutividade - Banho hipertérmico.
• - Resíduos de hipoclorito nas linhas.
Assistência de Enfermagem

• - Interromper imediatamente a hemodiálise e comunicar o


médico.
• - Instalar o oxigênio.
• - Verificar os sinais vitais.
• - Verificar a condutividade do banho de diálise e corrigi-lo.
• - Retirar todo o sangue do capilar e linhas com soro
fisiológico, caso não sair todo o sangue trocar todo o sistema
• - Reiniciar a diálise imediatamente.
• - Administrar a medicação prescrita.
• - Deixar próximo o carrinho de parada.
• - Colher sangue para conferir hematócrito e transfundir de
acordo com a prescrição médica.
Reacção ao Formol / Hipoclorito

 
• Causa:
• - Presença de resíduos de formol no sistema,
ocorrendo devido à lavagem insuficiente do capilar e
linhas ou quando a passagem de banho pelas fibras é
impedida (fluxo de diálise desligado ou em BY-PASS)
Reacção ao Formol / Hipoclorito
Sintomas

• - Pressão no peito • - Sialorréia


• - Rubor facial • - Vômito
• - Dor e queimação no • - Bronco-espasmo
local da FAV • - Convulsão
• - Edema de face (Peri - • - Edema de glote
orbital e labial) • - Parada cárdio-
• - Parestesia de respiratória
extremidade • - Morte
• - Cefaléia
• - Hipotensão
Assistência de Enfermagem

• - Interromper imediatamente a hemodiálise


• - Instalar oxigênio
• - Administrar a medicação prescrita (anti-histamínico e
corticóide)
• - Controlar SSVV
• - Recircular o sangue por 20 minutos
• - Deixar próximo o carrinho de parada
• - Aguardar o desaparecimento dos sintomas
• - Reiniciar a hemodiálise
• - Registar a intercorrência, com os sinais e sintomas
apresentados
Reacções Pirogênicas

• Causas:
• Endotoxinas bacterianas presentes na água ou no
dialisador ou por contaminação do sistema geralmente
por preparo ou reutilização inadequada.
• OBS: A infecção é a segunda causa de morte em diálise.
• Sintomas
• - Calafrios
• - Febre
• - Hipotensão
• - Choque séptico
• - Óbito
Assistência de Enfermagem

• - Colher sangue para hemocultura e antibiograma,


conforme orientação médica
• - Administrar medicação prescrita, conforme
prescrição médica
• - Interromper a hemodiálise
• - Trocar todo o sistema, caso os sintomas não
desapareçam
• - Verificar sinais vitais
• - Reiniciar o procedimento
• - Se os sintomas se estenderam a mais de um paciente
durante o turno de diálise colher o banho para cultura.
Hipertensão Arterial:

• A hipertensão arterial, como intercorrência na HD, é


causada por hipernatremia (nível alto de sódio no
organismo) que causa grande ganho de peso entre as
sessões.
São sinais e sintomas:
- Aumento da pressão arterial;
- Visão turva; e
- Cefaleia.
A conduta diante desse quadro é:
- Desprezar o priming ao instalar o paciente;
- Solicitar ao médico que prescreva um medicamento
específico para casos de pico hipertensivo; e
- Verificar a pressão arterial mais vezes durante a sessão.
Hipotensão Arterial

• A hipotensão arterial é a complicação mais comum em HD e


a queda dos níveis de pressão arterial pode ser causada pela
retirada muito rápida de líquidos do sangue do paciente
através de ultrafiltração mais alta que o suportado pelo
paciente.
• Outros factores desencadeantes desse agravo são:
• a dosagem inadequada de medicamentos para hipertensão
arterial,
• dialisador com grande área,
• hematócrito baixo, alta resistência venosa, tamponamento
cardíaco e hemorragia.
Hipotensão Arterial

• Seus sinais e sintomas A conduta frente ao quadro


incluem: de hipotensão arterial é:

- Vômitos; - Reduzir a ultrafiltração;


- Mal estar; - Administrar soro fisiológico
- Confusão mental; a 0,9%;
- Taquicardia; - Aferir a pressão arterial
- Palidez cutânea; com maior periodicidade, se
- Apatia; e possível, instalar monitor de
- Convulsões. PA não invasivo;
- Solicitar avaliação médica.
Posicionamento na hipotensão
Cãimbras musculares

• As cãibras musculares durante a hemodiálise acontecem quando


os líquidos e electrólitos deixam rapidamente o espaço
extracelular.
• Os factores predisponentes mais importantes são: hipovolemia e
hipotensão.
• Geralmente as cãimbras ocorrem juntamente com a hipotensão,
embora possam persistir após o restabelecimento da pressão
arterial.
• No paciente abaixo do peso seco, as cãibras intensas e
persistentes podem ocorrer quando o mesmo é desidratado até
níveis inferiores ao seu peso seco.
• O uso de solução dialítica pobre em sódio também tem sido
associado a uma alta incidência de cãibras musculares.
Cãimbras musculares
• Como geralmente as cãimbras musculares ocorrem concomitan-temente
com a hipotensão, a administração de solução de glicose ou soro
fisiológico hipertônico é muito eficaz no tratamento agudo das cãimbras
musculares, podendo também ser utilizado gluconato de cálcio.
• Essas soluções também agem transferindo água osmoticamente em
direcção ao compartimento sanguíneo, auxiliando a manter o volume
sanguíneo.
• A administração de glicose hipertônica é preferida para o tratamento de
cãimbras em pacientes não-diabéticos.
• A prevenção dos episódios hipotensivos eliminaria a maior parte dos
episódios de cãimbras.
• A elevação do nível de sódio do banho da diálise também pode ajudar a
evitar os episódios de cãimbras musculares durante e após o tratamento.
Cefaléia

• A causa da cefaléia é em grande parte desconhecida,


podendo ser uma manifestação da síndrome do
desequilíbrio ou relacionada à hipertensão arterial.
• Em geral a diálise pode induzir a cefaléia severa em
consequência de uma quantidade grande de
deslocamento da água e do electrólito.
• O tratamento é realizado com o uso de analgésicos
por via oral ou parenteral.
• Como para náuseas e vômitos, uma redução na
velocidade de fluxo sanguíneo durante a parte inicial
da diálise pode ser tentada.
Dor torácica e dor lombar

• A dor torácica está frequentemente associada à dor


lombar ocorrendo em 1-4% dos tratamentos de
diálise.
• A causa é desconhecida.
• Não existe tratamento específico nem estratégia de
prevenção.
• A ocorrência de angina durante a diálise é comum, e
esta, assim como as outras causas potenciais de dor
torácica, por exemplo, a hemólise, que deve ser
considerada no diagnóstico diferencial.
Prurido

• O prurido (coceira) é o sintoma de pele mais importante


nos pacientes urêmicos. Em uma pesquisa, 80% dos
pacientes submetidos à hemodiálise de manutenção
apresentaram coceira em algum momento.
• No geral, o prurido foi frequentemente mais grave durante
ou após uma sessão de hemodiálise.
• O prurido, além de ser uma complicação durante a sessão
de hoemodiálise, também é a manifestação mais comum
nos portadores de IRC, e tem sido atribuído ao efeito
tóxico da uremia na pele.
Febre e calafrios

• O paciente renal crônico é imunodeprimido e,


consequentemente, tem uma susceptibilidade aumentada
para infecções.
• Febre de baixa intensidade durante a hemodiálise pode
estar relacionada a pirogênios presentes na solução dialítica
e não a uma infecção verdadeira.
• O tempo de evolução da febre pode ser útil para a distinção
entre reacção pirogênica e infecção.
• Os pacientes com febre relacionada ao pirogênio são afebris
antes da diálise, mas tornam-se febris durante a diálise; a
febre desaparece espontaneamente após o término da
diálise.
Febre e calafrios

• Os pacientes com septicemia relacionada ao local de acesso


frequentemente são febris antes da instituição da diálise, e, na
ausência do tratamento, a febre persiste durante e após a diálise.
• Nos pacientes que apresentam picos febris durante a hemodiálise
deve-se:
 verificar a temperatura do paciente e da máquina de
hemodiálise,
colher amostras de cultura,
o uso de medicamentos como antitérmicos e antibióticos a
critério médico
 e colher cultura da água para hemodiálise.

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