Cuidados Do Corpo Pós Morte

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Professora Espec.

Gabriela de Amorim Ferreira


Antonio
A Morte

• É a morte do indivíduo. • É a parada de todos os


fenômenos vitais de modo
• É a somatória de vários
definitivo, total e permanente
eventos:
• A morte não é um instante, um
• Perda da consciência; momento, mas um verdadeiro
• Desaparecimento dos processo em que há um
movimentos e tônus muscular; progressivo desmantelamento
• Parada cardiorrespiratória; • Organismo – sistemas – órgãos
– tecidos até chegar ao nível
• Perda da ação reflexa dos celular
estímulos táteis e dolorosos;
• Perda das funções cerebrais.
Cuidado do Corpo Pós Morte

Conceito:
•Cuidados no corpo após o óbito, para mantê-lo íntegro, livre de
corpos estranhos, higienizado e identificado.
•Ocorre um resfriamento do corpo rápido nas primeiras horas, e segue
até a temperatura corporal se equilibrar de acordo com a temperatura
ambiente em até 24 horas.

•Algor Mortis – esfriamento do cadáver


•Rigor Mortis ou rigidez cadavérica – mudança bioquímica nos
músculos causando rigidez em horas
•Livor Mortis – mudança de coloração na pele, causada pelo acúmulo
de sangue estagnado.
Cuidado do Corpo Pós Morte

Objetivos:

•Evitar perda de secreções e excreções durante o funeral.

•Preservar a aparência natural do corpo.

•Posicionar o corpo para que não fique rígido em posição que


fira a dignidade do paciente.
Cuidado do Corpo Pós Morte

• Segundo a Classificação das Intervenções de Enfermagem – NIC, (2016)


são cuidados de Enfermagem realizados no corpo pós-morte: a
identificação do corpo, a limpeza e preservação da aparência natural do
corpo, retirada de sondas, cateteres, cânulas e equipamentos conectados ao corpo, alinhamento dos membros superiores e
inferiores, colocação de próteses dentárias (se houver), fechamento dos olhos, tamponamento dos orifícios naturais ou orifícios realizados

em decorrência da assistência multiprofissional para evitar a saída de gazes, odores e secreções, elevar a cabeceira da cama para evitar

avisar os departamentos e funcionários (conforme a


acúmulo de líquido na cabeça,

política da instituição de saúde), etiquetar os pertences do paciente e


colocá-los em local adequado, avisar o serviço religioso conforme
solicitação da família, facilitar e oferecer apoio à visão do corpo pela
família, oferecer privacidade e apoio aos familiares, responder às
perguntas sobre doação de órgãos e transferência do corpo para o
necrotério.
Cuidado do Corpo Pós Morte

• Solicite a presença de familiares até a unidade para comunicação


do óbito.
• Nunca comunicar o óbito pelo telefone.
• Certifique-se da anotação de óbito pelo médico no prontuário do
paciente.
• Recoloque a dentadura ou ponte móvel imediatamente após a
morte se houver.
• Retire todos os cateteres, sondas, drenos, se tiver, usando lâmina
de bisturi para retirar as fixações e a seringa para desinsuflar o
balão da sonda.
Cuidado do Corpo Pós Morte

• Faça os curativos nos locais de inserção de drenos e cateteres e em


outras soluções de continuidade da pele e das mucosas das quais
possam drenar substâncias orgânicas, comprimindo bem o local e
cobrindo com gaze, esparadrapo e atadura s/n (evitar vazamentos).
• Tampone oro e nasofaringe, ânus e vagina introduzindo algodão o
mais profundamente possível com auxílio de uma pinça Pean ou
Anatômica, de modo que vede a passagem de líquidos mas não fique
visível.
Cuidado do Corpo Pós Morte

• Feche a mandíbula, e usando ataduras de crepe de 10 a 20 cm,


amarre o queixo na cabeça, os pés juntos e as mãos juntas.
• Identifique o corpo com uma das vias de aviso de óbito e outra
identificação presa com uma fita no punho do cadáver.
• Faça registro de enfermagem, descrevendo o ocorrido no momento
do óbito, o horário e o nome do médico que constatou o óbito.
• Os objetos pessoais devem ser recolhidos, identificados e entregues
aos familiares.
NECRÓPSIA

• Após a confirmação do óbito pelo médico, proceda


imediatamente aos cuidados de preparo pós-morte. Caso o
médico peça necropsia, o corpo não deve ser tamponado.
• Para necropsia, é necessária autorização da família, a não ser nos
casos de envenenamento e acidentes, que vão diretamente para o
Instituto Médico Legal (IML).
Manejo de corpos no
contexto do novo
coronavírus
COVID-19
Disciplina: Semiotécnica
Fonte: apostila do Ministério da Saúde de março de 2020.
• A transmissão de doenças infecciosas também pode ocorrer por
meio do manejo de corpos, sobretudo em equipamentos de saúde.
Isso é agravado por uma situação de ausência ou uso inadequado
dos equipamentos de proteção individual (EPI).

• Nesse contexto, os profissionais envolvidos com os cuidados com o


corpo ficam expostos ao risco de infecção;
• Os velórios e funerais de pacientes confirmados/suspeitos da
COVID-19 NÃO são recomendados devido à aglomeração de
pessoas em ambientes fechados.

• Nesse caso, o risco de transmissão também está associado ao


contato entre familiares e amigos.

• Essa recomendação deverá ser observada durante os períodos


com indicação de isolamento social e quarentena;

• A autópsia NÃO deve ser realizada e é desnecessária em caso de


confirmação ante-mortem da COVID-19;
Os EPIs recomendados para toda a equipe que
maneja os corpos nessa etapa são:

• Gorro;

• Óculos de proteção ou protetor facial;


Os EPIs recomendados para toda a equipe que
maneja os corpos nessa etapa são:

• Avental impermeável de manga comprida


Os EPIs recomendados para toda a equipe que
maneja os corpos nessa etapa são:
• Máscara cirúrgica
• Se for necessário realizar procedimentos que geram aerossol, como
extubação ou coleta de amostras respiratórias, usar N95, PFF2 ou
equivalente.
Os EPIs recomendados para toda a equipe que maneja os
corpos nessa etapa são:

• LUVAS
• Usar luvas nitrílicas para o manuseio durante todo o procedimento.
• Luvas Nitrílicas são desenvolvidas com borracha sintética.
• Este material é muito resistente, até mesmo comparado ao látex
natural. 
• É um EPI com ótimo custo-benefício, pois possui alta resistência aos
rasgos, desgastes ou situações mais abrasivas.
Os EPIs recomendados para toda a equipe que maneja os
corpos nessa etapa são:

• Botas impermeáveis
Técnica

• Remover os tubos, drenos e cateteres do corpo com cuidado, devido


a possibilidade de contato com os fluidos corporais.

• O descarte de todo o material e rouparia deve ser feito


imediatamente e em local adequado;
Técnica

• Higienizar e tapar/bloquear os orifícios de drenagem de feridas e


punção de cateter com cobertura impermeável;

• Limpar as secreções nos orifícios orais e nasais com compressas;

• Tapar/bloquear orifícios naturais (boca, nariz, ouvido, ânus) para


evitar extravasamento de fluidos corporais;
Limitar o reconhecimento do corpo a um
único familiar/responsável

• Sugere-se que não haja contato direto entre o familiar/responsável e o


corpo, mantendo uma distância de dois metros entre eles;

• Quando houver necessidade de aproximação, o familiar/responsável deverá


fazer uso de máscara cirúrgica, luvas e aventais de proteção;

• Sugere-se, ainda, que, a depender da estrutura existente, o reconhecimento


do corpo possa ser por meio de fotografias, evitando contato ou exposição.
Preferencialmente, identificar o corpo com:

• nome,

• número do prontuário,

• número do Cartão Nacional de Saúde (CNS),

• data de nascimento,

• nome da mãe,

• CPF,

• utilizando esparadrapo, com letras legíveis, fixado na região torácica;


Quando possível, a embalagem do corpo deve
seguir três camadas:

• 1ª: enrolar o corpo com lençóis;

• 2ª: colocar o corpo em saco impermeável próprio (esse deve impedir


que haja vazamento de fluidos corpóreos);

• 3ª: colocar o corpo em um segundo saco (externo) e desinfetar com


álcool a 70%, solução clorada 0,5% a 1% ou outro saneante
regularizado pela Anvisa, compatível com o material do saco.
Identificação e transporte

• Identificar o saco externo de transporte com informação relativa ao risco


biológico: COVID-19, agente biológico classe de risco 3;

• Recomenda-se usar a maca de transporte do corpo apenas para esse fim.

• Em caso de reutilização de maca, deve-se desinfetá-la com álcool a 70%,


solução clorada 0,5% a 1% ou outro saneante regularizado pela Anvisa.
Identificação e transporte

• O corpo deve ser acomodado em urna a ser lacrada antes da entrega


aos familiares/ responsáveis;
• Após lacrada, a urna não deverá ser aberta;

• Após a manipulação do corpo, retirar e descartar luvas, máscara,


avental (se descartável) em lixo infectante;

• Não é necessário veículo especial para transporte do corpo;

• Não há necessidade de uso de EPI por parte dos motoristas dos


veículos que transportarão o caixão com o corpo. O mesmo se aplica
aos familiares que acompanharão o traslado, considerando que eles
não manusearão o corpo.
IMPORTANTE!!!!

• As autópsias em cadáveres de pessoas que morrem com doenças


causadas por patógenos das categorias de risco biológicos 2 ou 3
expõem a equipe a riscos adicionais.

• Por isso, devem ser evitadas.

• Os falecidos devido à COVID-19 podem ser enterrados ou cremados.


Referências
• Manejo de corpos no contexto da doença causada pelo coronavírus Sars-CoV-2 Covid-19.
Nov 2020. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/media/pdf/2020/dezembro/15-
1/af_manejo-corpos-covid_2ed_27nov20_isbn.pdf
• Parecer Coren DF 01/2019:
https://www.coren-df.gov.br/site/wp-content/uploads/2019/03/cuidados_de_enfermagem
_no_pos_morte.pdf

• https://www.youtube.com/watch?v=WPM9Je-Kxks
• Covid: https://youtu.be/fKZlLIWr-h8

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