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Garantia de Direitos e Atenção À Pessoa em Crise: Considerações Sobre o Cuidado em Liberdade

Este documento discute a atenção à pessoa em crise e o cuidado em liberdade na rede de saúde mental. Aborda a importância de entender a crise do usuário como analisador da rede, evitando protocolos rígidos. Defende a produção de sentido para a crise de forma conjunta e o suporte baseado no vínculo. Aponta direcionadores como território, responsabilização, garantia de direitos e o cuidado em liberdade como valorização da sabedoria do outro.

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João Vinícius
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Garantia de Direitos e Atenção À Pessoa em Crise: Considerações Sobre o Cuidado em Liberdade

Este documento discute a atenção à pessoa em crise e o cuidado em liberdade na rede de saúde mental. Aborda a importância de entender a crise do usuário como analisador da rede, evitando protocolos rígidos. Defende a produção de sentido para a crise de forma conjunta e o suporte baseado no vínculo. Aponta direcionadores como território, responsabilização, garantia de direitos e o cuidado em liberdade como valorização da sabedoria do outro.

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Garantia de Direitos e Atenção à

Pessoa em Crise: considerações


sobre o Cuidado em Liberdade
Dr.ª Katita Jardim
Doutora em Saúde Pública com ênfase em Saúde Mental pela ENSP/FIOCRUZ
Pesquisadora do Laboratórios de Estudos e Pesquisas em Saúde Mental e Atenção Psicossocial (LAPS/ENSP/FIOCRUZ)
Coordenadora de Saúde Mental de Itaguai-RJ
Por que Atenção à Pessoa em Crise e não
Urgência Psiquiátrica?
Crise do
Usuário

A crise do usuário como analisador da


Rede
Crise da Rede
uma rota torta

Protocolo Psiquiátrico
Sistema gráfico com caminho possíveis
derivados de respostas positivas ou
negativas.
Toda a diferença dos seres humanos cabe
num protocolo?
 Plasticidade do Campo da Saúde Mental
 Questões preliminares:
 Loucura não é doença
 A agressividade é uma das atribuições de animais acuados, não sendo intrínseca à loucura
 A crise não é uma entidade, para ser tratada como tal
 É um evento que necessita de contextualização
 Crise não tem um prognóstico fechado
 Não existem conhecimentos escondidos, em algum livro que ele ainda não foi acessado, que
possam ajuda-lo a decifrar aquele acontecimento. A grande fonte de conhecimento sobre
aquele momento específico é o próprio usuário.
Clínica da Narrativa

 Produção de sentido para o momento de crise deve ser conjunto, com


pactuações de 24h
 Crise como evento-dispositivo CRIADOR POTENCIAL DE
REALIDADES
 Isso depende muito de quem maneja a situação
 O suporte dado deve ter base no vínculo construído naquele momento
 Manutenção e aprofundamento de vínculo passa, necessariamente, por
NUNCA MENTIR PARA O USUÁRIO
 Ex. da Anita
O Farol: direcionadores da prática

 Território

 Responsabilização

 Cuidado em Liberdade

 Garantia de Direitos
Território
 Além de geográfico, subjetivo, como os usuários vivenciam o território que
habitam
 Mapeamento da Rede de dispositivos de Saúde
 RAPS como uma rede transversal
 Conexões intersetoriais
 Articulações e tecitura da Rede: tecer rede tem a ver com circular pela cidade,
conhecer as pessoas, os outros profissionais.
 Pensar rizomaticamente
 Articular profissionais, família, serviços e as ideias – cidades pequenas
 Leitos em HG estratégicos
Pensar rizomaticamente, buscando criar pontes ao invés de se contentar com os muros dos CAPS
Responsabilização
 Conceito italiano “presa in carico” que foi traduzido como responsabilização
 Toda demanda de saúde mental de um determinado território será de responsabilidade total do
serviço referenciado.
 A Responsabilização tem a finalidade de evitar o abandono e evitar que pessoas fiquem à
margem da Rede de cuidado.
 Técnico de Referência – profissional que desenvolve um vínculo maior com o usuário e pode
ser aquele que conduzirá as intervenções durante a crise de seu referenciado.
 Então, mesmo que a equipe necessite de intervenção de outros serviços para dar conta de uma
situação, precisa ficar claro que a responsabilidade total de suprir as necessidades de saúde
mental daquele sujeito é sim do serviço saúde mental referenciado.
Cuidado em Liberdade
 Cuidado como valorização da sabedoria prática do outro (Ayres, 2000)
 O cuidado deve estar profundamente enraizado no que o outro sabe e deseja para a
própria vida
 Convenção secular de que é preciso isolar para “cuidar”
 Ex. internações compulsórias
 Rotelli (2001) aponta que mais importante que fechar o manicômio é torna-lo
obsoleto.
 A liberdade é terapêutica.
 Mas, dá mais trabalho pra executar.
Garantia de Direitos

 Minha prática profissional tem garantido direito aos usuários?


 Direito à saúde
 Direito à liberdade – minority report e as internações compulsórias
 Conceito ampliado de Saúde
 Articulações intersetoriais
A afirmação de uma Luta

 Fechar os manicômios é importante, mas, pode se converter em


falso problema se continuarmos reproduzindo o manicômio aqui
fora
 Nova forma de funcionamento, de pensar, de estar no serviço e
no mundo
 Ainda é tempo de lutarmos por uma sociedade sem manicômios
E pra isso, é imprescindível fecharmos e demolirmos os nossos
manicômios mentais
As forças do mundo não cabem numa só pessoa,
teça-as, misture-as e as lutas serão sempre
diferentes. Desconfie do medo, a guerra também
é música, dance.

(Baptista,1999)

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