Aula 3 Psicofarmacologia

Fazer download em pptx, pdf ou txt
Fazer download em pptx, pdf ou txt
Você está na página 1de 24

Farmacocinética e

Farmacodinâmica
Prof. Dr. Marcelo do Nascimento Gomes
FARMACOLOGIA

ESTUDO

PHARMACON

“Estudo dos efeitos dos fármacos no funcionamento de sistemas vivos.”


(Rang & Dale, 2016)
Relação Farmacocinética x Farmacodinâmica

FARMACOCINÉTICA FARMACODINÂMICA

FARMACOCINÉTICA FARMACODINÂMICA

•Vias de administração •Local de ação


•Absorção •Mecanismo de ação
•Distribuição •Efeitos
•Biotransformação
•Eliminação

Concentração no local do receptor


Farmacocinética (propriedades ADME)
 Absorção
 Absorção oral
Circulação
sistêmica

Circulação
hepática

Suco gástrico Circulação porta

Esvaziamento Duodeno
gástrico
Farmacocinética (propriedades ADME)
 Absorção
 Dependência da composição alimentar
 Absorção oral Ex: leite aumenta a absorção de chumbo (Pb)

 Presença de alimentos
Porção ionizada
pH
ácido benzoico (pka = 4) Anilina (pka = 5)
2 99,0 0,1
3 90,0 1,0
5 10,0 50,0
7 0,1 99,0
Farmacocinética (propriedades ADME)

 Absorção dérmica

 Maior órgão do corpo


humano

 Relativamente permeável

Circulação
sistêmica
Farmacocinética (propriedades ADME)
Circulação
sistêmica
 Absorção via respiratória

Capacidade respiratória
400 L de ar/dia
Farmacocinética (propriedades ADME)
 Metabolismo • Principal mecanismo para metabolização de
produtos;

CITOCROMO P450 • Importante fonte de variabilidade inter-


individual no metabolismo de fármacos;

• Relacionado a efeitos tóxicos de determinados


fármacos;

• Envolvido no mecanismo de interação entre


fármacos.
Farmacocinética (propriedades ADME)
 Metabolismo • Principal mecanismo para metabolização de
produtos;

CITOCROMO P450 • Importante fonte de variabilidade inter-


individual no metabolismo de fármacos;

• Relacionado a efeitos tóxicos de determinados


fármacos;

• Envolvido no mecanismo de interação entre


fármacos.
Farmacocinética (propriedades ADME)
 Metabolismo
• Fatores que afetam o metabolismo:

• Genéticos: farmacogenômica: DNA interfere na expressão


das enzimas

• Fisiológicos: idade, sexo, massa corporal, disfunção orgânica.

• Toxicológicos: INTERAÇÕES XENOBIÓTICAS.


Farmacocinética (propriedades ADME)
 Biodisponibilidade
Fração do xenobiótico inalterado que chega à circulação sistêmica após
administração por determinada via.
• Medida comparada com injeção venosa.
Farmacocinética (propriedades ADME)
 Excreção Renal
Filtração • Fluxo sanguíneo renal;
glomerular

• Ligação à proteínas e tamanho da


Secreção
tubular
molécula;

• Lipossolubilidade, ionização;

• pH urinário (4,5 - 8,0).


Farmacocinética (propriedades ADME)
 Excreção não-renal

Excreção biliar Excreção pulmonar Glândula salivar Glândula mamária


Farmacodinâmica (Receptores)
Farmacodinâmica (Receptores)
ALVOS MOLECULARES DE AÇÃO DOS FÁRMACOS

RECEPTORES Acoplados a proteína G; ligados a canais iônicos;


ligados a tirosina quinase; nucleares
CANAIS IÔNICOS Cálcio, sódio, cloreto
ENZIMAS Acetilcolinesterase, ECA, ciclooxigenase
CARREADORES Recaptador de serotonina
Farmacodinâmica (Receptores)
Para que os fármacos possam influenciar em processos biológicos, a molécula precisa interagir com
áreas alvos específicas, os receptores.

Ação biológica depende essencialmente de sua estrutura química. Se ligam aos receptores formando
um complexo → alteração da função celular.
Pequenas variações na estrutura química podem resultar em alterações na atividade farmacológica.

Testosterona Estradiol
Farmacodinâmica (Receptores)
Farmacodinâmica (Receptores)
Farmacodinâmica (Receptores)
Caso clínico de abertura
Martha P é uma mulher de 66 anos de idade com história de 4 anos de doença de Parkinson, que vem agravando-se. A
doença de Parkinson é um distúrbio neurológico que resulta da degeneração progressiva dos neurônios nigroestriatais
que utilizam a dopamina como neurotransmissor. A doença provoca tremor em repouso, rigidez, dificuldade em iniciar o
movimento e instabilidade postural. Durante a consulta de acompanhamento farmacoterapêutico, a Sra. P registra uma
queixa incomum: “Parece que o Sinemet não funciona muito bem quando tomo o remédio durante as refeições.” A Sra.
P explica que, recentemente, começou uma nova dieta “pobre em carboidratos”, aumentando a ingestão de proteínas
em lugar dos alimentos ricos em carboidratos. Preocupada, a Sra. P pergunta: “Essa dieta poderia estar relacionada com
isso?” O farmacêutico explica que a levodopa, um componente do Sinemet, ajuda a repor uma substância química no
cérebro que é produzida em quantidades insuficientes, devido à perda de certos neurônios nessa doença. Embora
muitos fatores possam levar a uma diminuição da eficiência de sua medicação, o farmacêutico da Sra. P confirma a sua
suspeita de que a dieta rica em proteínas pode, com efeito, interferir na capacidade do fármaco de alcançar o cérebro.
Ele recomenda que ela reduza a ingestão de proteínas e, se necessário, tome uma dose mais alta de Sinemet após uma
refeição rica em proteína. Em sua visita de retorno ao médico, a Sra. P está feliz ao anunciar que a sua medicação agora
está mais efetiva, pois está ingerindo menos proteína. 21
Questões

QUESTÕES
n 1. Onde está localizado o trato nigroestriatal? Como a degeneração de um grupo específico de neurônios resulta
em sintomas específicos como aqueles observados na doença de Parkinson?
n 2. Por que a levodopa é utilizada no tratamento da doença de
Parkinson, e qual a relação desse composto com a dopamina?
n 3. Por que o consumo de proteína interfere na ação da levodopa? E que tipo de interação farmacológica é essa?

22
Caso clínico

O Sr. W, de 66 anos de idade, é um consultor de tecnologia que viaja freqüentemente para fora do país como parte de
seu trabalho na indústria de telecomunicações. O único problema clínico que apresenta consiste em fibrilação atrial
crônica, e o Sr. W toma varfarina como única medicação. O Sr. W viaja para a Turquia para prestar uma consultoria. Na
última noite de sua estada, comparece a um grande jantar onde são servidos shish kebabs e outros alimentos que não
costuma comer com freqüência. No dia seguinte apresenta diarréia aquosa, fétida e profusa. O médico estabelece o
diagnóstico de diarréia do viajante e prescreve sulfametoxazoltrimetoprim durante 7 dias. O Sr. W já está totalmente
restabelecido dentro de 2 dias após o início dos antibióticos e, 4 dias depois (enquanto ainda está tomando os
antibióticos), ele recebe alguns clientes em outro jantar com mesa farta.
Caso clínico

O Sr. W e seus convidados ficam embriagados durante o jantar, e, ao sair do restaurante, o Sr. W tropeça e cai no meio-
fio da calçada. No dia seguinte, o joelho direito do Sr. W está muito inchado, exigindo uma avaliação na sala de
emergência. O exame físico e os estudos de imagem são compatíveis com hemartrose do joelho direito de tamanho
moderado, e os exames laboratoriais revelam uma acentuada elevação da relação normalizada internacional (INR), que
é uma medida padronizada do tempo de protrombina e, nesse contexto clínico, um marcador substituto para os níveis
plasmáticos de varfarina. O médico de plantão alerta o Sr. W de que seu nível de varfarina encontra-se na faixa
supraterapêutica (tóxica), e que esse efeito deve-se, provavelmente, a interações medicamentosas adversas
envolvendo a varfarina, os antibióticos utilizados e o seu recente consumo excessivo de álcool

QUESTÕES
n 1. Como um paciente com níveis terapêuticos bem estabelecidos de um medicamento de uso crônico subitamente
desenvolve manifestações clínicas de toxicidade farmacológica?

n 2. Essa situação poderia ter sido evitada? Se a resposta for afirmativa, como?

Você também pode gostar