05 - Capacidade
05 - Capacidade
05 - Capacidade
O volume de produção depende do mix de atividades nas quais a empresa está envolvida.
Suponhamos que uma fábrica de aparelhos de ar-condicionado fabrique três modelos diferentes, o de
luxo, o padrão e o econômico. O modelo de luxo pode ser montado em 1,5 hora, o padrão em 1 hora e
o econômico em 0,75 hora. A área de montagem da fábrica tem disponibilidade de 800 horas de
pessoal de montagem por semana.
Se a demanda para os modelos de luxo, padrão e econômico estiver na proporção 2:3:2, o tempo
necessário para montar 2+3+2= 7 unidades será:
(2 X 1,5) + (3X1) + (2X0,75) = 7,5 horas
O número de unidades por semana será:
800 / 7,5 * 7 = 746,7
CAPACIDADE INSTALADA
um turno: um turno diário, com oito horas de duração, cinco dias por semana. Neste
caso, a capacidade disponível será de 8 x 5 x 4 = 160 horas mensais;
dois turnos: dois turnos diários, com oito horas de duração cada um, cinco dias por
semana. Neste caso, a capacidade disponível será de 2 x (8 x 5 x 4) = 320 horas
mensais;
três turnos: três turnos diários, com oito horas de duração cada um, cinco dias por
semana. Neste caso, a capacidade disponível será de 3 x (8 x 5 x 4) = 480 horas
mensais;
AUMENTO DA CAPACIDADE
Capacidade instalada: volume total produzido caso a empresa trabalhe 24 horas por
dia, máximo de produção possível.
Capacidade disponível: volume total produzido durante a jornada de trabalho normal
escolhida pela empresa.
Capacidade efetiva: capacidade disponível menos as perdas de capacidade previstas,
geradas por esperas, paradas para manutenção, etc.
Capacidade realizada: capacidade efetiva menos as perdas de capacidade não
esperadas.
CAPACIDADE EFETIVA
Capacidade efetiva
Grau de utilização =
Capacidade disponível
ÍNDICE DE EFICIÊNCIA
Capacidade realizada
Índice de eficiência =
Capacidade efetiva
EXEMPLO
Resolução
Capaciade instalada: 7 dias por semana x 24 horas por dia = 168 horas por semana ou 168 x 300 = 50.400 quilos
de tecido tingido por semana.
Capacidade disponível: 16 horas por dia x 5 dias por semana = 80 horas por semana ou 80 x 300 = 24.000 quilos
de tecido tingido por semana.
Capacidade efetiva: perdas planejadas (ocorrências: 1,2,4,6 e 7) 14,33 horas, portanto a capacidade efetiva será :
80 -14,33 = 65,67 horas ou 65,67 x 300 = 19.700 quilos de tecido tingido por semana.
Capacidade realizada: perdas não planejadas (ocorrências: 3,5,8,9 e 10) = 9,23 horas, portanto a capacidade
realizada foi d 65,67 – 9,23 = 56,44 horas ou 56,44 x 300 = 16.932 quilos tingidos por semana.
EXEMPLO
Resolução
Capacidade efetiva 19.700
Grau de utilização = = = 82,08 %
Capacidade disponível 24.000
Produtividade = valor das saídas úteis dividido pelos custos totais para obtenção das
saídas.
Ou outras palavras, divide-se o valor da receita total pelo custo total.
Assim: Produtividade = saídas/ entradas
Produtividade dos funcionários: Produção por funcionário / horas trabalhadas
Por mais simples e óbvio que possa parecer, com exceção das grandes organizações industriais,
não é raro encontrar empresas brasileiras onde o planejamento de produção praticamente inexiste
ou acontece com sérias deficiências.
A área comercial tende a realizar a previsão de vendas considerando a quantidade de produtos que
pretende vender, sem se importar muito com o mix a ser vendido.
Quando a previsão não menciona com bom grau de confiança o mix que pretende vender, a área
de produção pode ficar à mercê da área comercial. Para resolver ou minimizar esta dificuldade
comum às empresas brasileiras, é fundamental que o planejamento comercial seja realizado
rotineiramente e leve em conta as restrições e limitações de programação da área produtiva.
PLANEJAMENTO COMERCIAL
O produto de um bom trabalho de planejamento comercial é uma previsão de vendas que a área de produção
entende como plenamente possível de ser realizada, com o grau de desagregação dos produtos no nível necessário
e com o qual a área de produção se compromete.
COMO DEVERIA SER UM BOM
VENDEDOR ?
É obvio que a produção não pode controlar o mercado, quem dita suas regras é o
consumidor final. Mas isto não pode ser desculpa para a falta de controle e
planejamento da área de vendas quando busca atingir sua meta de faturamento, em
detrimento do resultado final da empresa, em outras palavras, um bom vendedor não
é aquele que vende qualquer coisa, é aquele que vende o que disse que ia vender e
para o que a empresa se preparou, ou seja, o que foi planejado e produzido.
AJUSTES NO PLANEJAMENTO
Vamos supor que uma determinada empresa da área metalúrgica estampe quatro tipos de
peças diferentes (peça A, B, C e D) em uma única prensa hidráulica. Suponha que a demanda
do cliente seja mil peças de cada tipo por mês, a produção destas mil peças demanda cinco
dias de produção e a empresa trabalhe 20 dias por mês (cinco dias por semana). Bem a
empresa pode produzir um único lote de mil peças A na primeira semana, seguido de um
único lote de mil peças B na segunda semana, seguidos de mil peças C na terceira semana e
finalmente um único lote d mil peças D na última semana. Desta forma serão feitos apenas
quatro set-ups (se cada set-up demorar meia hora serão consumidas duas horas de set-ups).
O QUE É LOTE MÍNIMO DE FABRICAÇÃO ?
Bem, o problema é que o cliente pode precisar da peça D na primeira semana do mês, ou
ainda precisar dos quatro tipos de peças todos os dias. Desta forma, a empresa vai precisar
reduzir o lote de fabricação de mil peças para um lote menor de forma que as mil peças serão
feitas em vários lotes menores ( cinco lotes de 200 peças cada, por exemplo), porém serão
feitos mais set-ups que vão consumir mais tempo.
O número de ciclos representa a quantidade de vezes que uma “rodada” de peças é feita no
período (mensal neste caso), por exemplo, se forem produzidos lotes de 200 peças cada,
teremos cinco ciclos, ou seja, cinco “rodadas” de fabricação: 200 peças A, seguidas de 200
peças B, seguidas de 200 peças C, seguidas de 200 peças D, isto tudo cinco vezes no mês.
CÁLCULO DO LOTE MÍNIMO DE FABRICAÇÃO
Di
LMi = sendo:
Nº de ciclos
Resolução:
Carga = (4.000 x 0,56) + (6.000 x 0,38) + (5.000 x 0,60) + (4.500 x 0,58) = 168,33
horas no mês.
Tempo para realização de set-ups = 186,24 – 168,83 = 17,41 horas livres não utilizadas
para produção que podem, e devem, serem utilizadas para set-ups.
EXEMPLO
Da 4.000
LMa= = = 498 peças
Número de ciclos 8,03
Db 6.000
LMb= = = 744 peças
Número de ciclos 8,03
Dc 5.000
LMc= = = 620 peças
Número de ciclos 8,03
Dd 4.500
LMd= = = 558 peças
Número de ciclos 8,03
Isto significa que a Injebrás pode dividir a demanda mensal de cada peça, e, ao invés de
produzir todas as 4.000 peças A, por exemplo, de uma vez, a empresa fará oito lotes de
498 peças A em cada lote.
NÍVEIS DE PLANEJAMENTO
Ano Faturamento bruto anual Produção anual (*) Produção mensal (*) (unidades) Produção diária
(milhões de R$) (unidades)
O mix de produtos oferecidos pela maioria das organizações é bastante alto e se eleva a cada dia. É
praticamente impossível prever a demanda de cada um dos produtos individuais a serem vendidos. Um
fabricante de produtos de linha branca, que atua com uma única linha de produtos, como fogões, por
exemplo, pode produzir inúmeros modelos, cada qual com suas variações: fogões com quatro bocas ou
seis bocas; com visor ou não na porta do forno; com acendimento automático ou acendimento manual;
com tampa de vidro ou tampa de aço; com forno autolimpante ou tradicional; em quatro ou cinco cores
distintas e assim por diante. Um fabricante de refrigeradores por sua vez, pode oferecer um grande mix
de modelos apenas com a variação do volume interno do aparelho, tensão elétrica e cor.
Desta forma, mesmo que a empresa atue com apenas uma linha de produtos, ela pode produzir dezenas
ou até centenas de combinações de modelos.
DEMANDA AGREGADA
Os inúmeros produtos que compõem o mix de produção são agrupados em diversas famílias, de acordo com as
suas exigências e características de produção. Por exemplo, para o planejamento a longo e médio prazo, detalhes
como a cor ou a tensão elétrica de uma geladeira não influenciam na tomada de decisão sobre a capacidade de
produção. Para este fim, a demanda dos produtos pode ser agrupada, independentemente dos detalhes de cada
produto, voltando ao exemplo dos fogões, é importante para o planejamento agregar a demanda dos fogões de seis
bocas e fogões de quatro bocas, pois ambos tem características bastantes distintas. Em outras palavras, para se
avaliar a capacidade de produção, tanto faz produzir mil fogões do modelo quatro bocas na cor marrom ou branco.
No entanto, não ´possível produzir mil fogões do modelo sei s bocas no lugar de mil fogões do modelo quatro
bocas, já que os tempos de produção envolvidos são diferentes para os dois modelos. Os critérios de agregação de
demanda podem ser muito particulares de cada empresa, em função dos processos produtivos por ela adotados,
sendo impossível elaborar uma metodologia que possa englobar ampla faixa de empresas e produtos.
PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO
110.000
100.000
90.000
80.000
70.000
Demanda
60.000
Demanda
50.000
40.000
30.000
20.000
10.000
0
n v r r ai n ul o t t v z
Ja Fe Ma Ab M Ju J Ag Se Ou No De
Mês
PLANEJAMENTO AGREGADO
O planejamento agregado tem por finalidade definir de antemão o que será feito para
atender a demanda de característica sazonal com uma produção de característica
contínua. Em outras palavras, é o processo de balanceamento da produção com a
demanda, ao menor custo possível. O planejamento agregado envolve a tomada de
decisões a respeito de questões como, por exemplo: