Instituto Superior Politécnico de Manica: Tema: Soja
Instituto Superior Politécnico de Manica: Tema: Soja
Instituto Superior Politécnico de Manica: Tema: Soja
manica
Tema: Soja
Introdução
A soja (Glycinemax (L.) Merrill) é uma das mais importantes culturas na
economia mundial. Seus grãos são muito usados pela agroindústria
(produção de óleo vegetal e rações para alimentação animal), indústria
química e de alimentos. Recentemente, vem crescendo também o uso
como fonte alternativa de biocombustível (COSTA NETO & ROSSI, 2000). A
soja apresenta como centro de origem e domesticação o nordeste da Ásia
(China e regiões adjacentes) (ver CHUNG & SINGH, 2008) e a sua
disseminação do Oriente para o Ocidente ocorreu através de navegações.
Entre as safras de 1987/1988 e 2009/2010, enquanto a área cultivada
cresceu 88,6%, a produção mundial foi ampliada em 150,7%. Nesse
período, a área passou de 54 milhões de hectares para aproximadamente
102 milhões de hectares na safra 2009/10, já a produção mundial que em
1987/88 foi de 103,67 milhões.
Aspestos gerais
Nativa da asia. Originaria na china, os países lideres na
produção de soja são: EUA, Brasil e China. Esses países
somados representam cerca de 70% da produção
mundial do grão e referencias mundial no que diz
respeito a cultura.
Morfologia
As folhas são cotiledóneas e compostas, o caule
e ramoso, vagem é levemente arqueada peludo,
formado por duas válvulas de um carpelo
simples. As sementes são lisas, ovais, globosas
ou elípticas. Podem também ser encontradas
nas cores amarelas, pretas ou verdes.
Variedades
a) Solitairea- produz ate 4 Ton/há
b) Soprano-Tambem produz ate 4 Ton/há, é
muito resistente as doenças.
c) Soma- Não é muito boa para a nossa região.
Estrutura e desenvolvimento da planta
A soja melhor se adapta a temperaturas do ar entre 20oC e 30oC; a temperatura ideal para
seu crescimento e desenvolvimento está em torno de 30oC.
A sementeira da soja não deve ser realizada quando a temperatura do solo estiver abaixo de
20oC porque prejudica a germinação e a emergência. A faixa de temperatura do solo
adequada para sementeira varia de 20oC a 30oC, sendo 25oC a temperatura ideal para uma
emergência rápida e uniforme.
O crescimento vegetativo da soja é pequeno ou nulo a temperaturas menores ou iguais a
10oC. Temperaturas acima de 40oC têm efeito adverso na taxa de crescimento, provocam
distúrbios na floração e diminuem a capacidade de retenção de vagens. Esses problemas se
acentuam com a ocorrência de déficits hídricos.
A floração da soja somente é induzida quando ocorrem temperaturas acima de 13oC. A
floração precoce ocorre, principalmente, em decorrência de temperaturas mais altas,
podendo acarretar diminuição na altura de planta. Esse problema pode se agravar se,
paralelamente, houver insuficiência hídrica e/ou fotoperiódica durante a fase de
crescimento. Diferenças de data de floração entre cultivares, numa mesma época de
sementeira e na mesma latitude, são devido, principalmente, à resposta diferencial das
culturas ao fotoperíodo.
Cont…
A maturação pode ser acelerada pela ocorrência de altas
temperaturas. Quando vêm associadas a períodos de alta
humidade, as altas temperaturas contribuem para diminuir a
qualidade da semente e, quando associadas a condições de
baixa humidade, predispõem a semente a danos mecânicos
durante a colheita. Temperaturas baixas na fase da colheita,
associadas a período chuvoso ou de alta humidade, podem
provocar atraso na data de colheita, bem como haste verde e
retenção foliar.
Adubação
Os solos principalmente de cerrado, são deficientes ou possuem valores muito baixos de
nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, enxofre e micronutrientes (GIANLUPPI
et al., 2009).
O cálcio e o magnésio são supridos pela calagem, enquanto os micronutrientes são
adicionados ao solo através da correção e/ou do uso de adubos que contenham esses
nutrientes Já o enxofre é liberado pela matéria orgânica, pelo gesso ou adicionado pela
adubação, enquanto o fósforo e o potássio são repostos pela correção e/ou adubação do
solo. É importante ressaltar que a dose recomendada de adubação é feita com base na
análise do solo e da necessidade da cultura 7.1
Adubação Nitrogenada
As plantas da soja formam simbiose com bactérias do gênero Bradyrhizobium que
fixam o nitrogênio do ar de para atender a exigência da cultura, porém, em condições
especiais, pode-se lançar mão de uma pequena quantidade de nitrogênio na adubação
(não superior a 20 kg ha-1 de N) para áreas recentemente preparadas com o material
vegetal incorporado ainda em processo de decomposição, especialmente quando se trata
de variedades precoces (GIANLUPPI et al., 2009).
Doenças da soja
Antracnose (Colletotrichumtruncatum)
Sintomas
Pode causar morte de plântulas e manchas negras nas nervuras das folhas, hastes e vagens. Pode
haver queda total das vagens ou deteriora- ção das sementes quando há atraso na colheita. As
vagens infectadas nos estádios R3-R4 adquirem coloração castanho-escura a negra e ficam re-
torcidas; nas vagens em granação, as lesões iniciam-se por estrias de anasarca e evoluem para
manchas negras. As partes infectadas geral- mente apresentam várias pontuações negras que são
as frutificações do fungo (acérvulos).
Condições de desenvolvimento
A antracnose é uma doença que afeta a fase inicial de formação das vagens e ocorre com maior
frequência na região dos Cerrados, por causa da elevada precipitação e das altas tem- peraturas.
Em anos chuvosos, pode causar perda total da produção, mas, com maior frequência, causa
redução do número de vagens, induzindo a planta à retenção foliar e à haste ver- de. Uso de
sementes infectadas e de- ficiências nutricionais, principalmente de potássio, também contribuem
para maior ocorrência da doença. Sementes oriundas de lavouras que sofreram atraso de colheita,
por causa de chuvas, podem apresentar índices mais elevados de infecção.
Doenças de soja
Cont…
Controlo
Recomenda-se o uso de
semente sadia, tratamento de
semente, rotação de culturas,
espaçamento entre fileiras e
estande que permitam bom
arejamento da lavoura e
manejo ade- quado do solo,
principalmente com relação
à adubação potássica.
Cont…
Cancro da haste [Diaportheaspalathi (sin. Diaporthephaseolorum var.
meridionalis) e Diaporthecaulivora (sin. D. phaseolorum var. caulivora)]
Sintomas
Os sintomas iniciais, visíveis aos 15-20 dias após a infecção, são
pequenos pontos negros que evoluem para manchas alongadas a elípticas
e mudam da coloração negra para a castanho-avermelhada. No estádio
final, as manchas adquirem coloração castanho-clara, com bordas
castanho-avermelhadas, geral- mente de um lado da haste. Infecções
severas causam quebra da haste e acamamento. As lesões são profundas e
a coloração da medula necrosada varia de castanho-avermelhada, em
planta ainda verde, a castanho-clara a arroxeada, em haste seca. Uma das
indicações de planta em fase adiantada de infecção
Cont…
Condições de desenvolvimento
Dependendo das condições climáticas da região, os restos
culturais podem manter o fungo viável. Sob condições
prolongadas de alta umidade, peritécios podem ser
produzidos nos cancros de plantas ainda verdes. A evolução
da doença é lenta, pois as infecções ocorridas logo após a
emergência formam os cancros entre a floração e o
enchimento das vagens. As plantas adultas adquirem
resistência à doença. Normalmente, o nível de infecção na
semente é baixo.
Cont…
Controlo
A forma mais econômica e eficiente de
controlo da doença é pelo uso de cultivares
resistentes. As seguintes medidas de
controlo também podem ser utilizadas:
tratamento de semente, rotação da cultura
com algodão, arroz, girassol, milho,
pastagem ou sorgo e sucessão com aveia
branca, aveia preta, Mileto; sementeira com
maior espaçamento entre as linhas e entre
as plantas, de modo a evitar estiolamento e
acamamento; adubação e calagem
equilibradas. O tratamento de semente com
fungicidas sistêmicos (benzimidazóis) +
fungicidas de contato é a maneira mais
segura de se prevenir a reintrodução do
fungo.
Colheita