Audio 1
Audio 1
2019/1
Audiologia
Audição
A audição é a percepção dos sons que os indivíduos têm, através do
mecanismo da orelha. Os estímulos sonoros atingem a orelha e, no cérebro a
área correspondente interpreta esses estímulos, os quais se tornam conscientes
pela percepção.
Transmissão Sonora
A orelha capta as ondas sonoras, que se propagam pelo ar, e as encaminha ao canal auditivo.
Após entrarem pelo orifício da orelha, as ondas sonoras percorrem os 2,5 cm do canal
auditivo, também conhecido como meato. Lá, elas se intensificam à medida que a passagem
se estreita.
No final do canal auditivo, o som se choca contra uma membrana de apenas 1/10 de
milímetro de espessura, o tímpano, que vibra.
Do outro lado do tímpano há três ossinhos: martelo, cujo cabo fica encostado no tímpano,
bigorna e estribo, cuja extremidade está ligada ao interior da cóclea pela janela oval.
O nervo auditivo encaminha as mensagens sonoras rumo ao córtex auditivo do cérebro, onde
são decodificadas.
Medida da Audição
“Medir a audição é algo mais que saber se o sujeito ouve ou não “ - D’Elia e Queirós, 1973
GSI 61
AD 28
AC 40
MÉTODOS INFORMAIS
DIAPASÃO, BRINQUEDOS
Objetivos da Medidas de Audição
Objetivos da Audiologia
Anamnese
Objetivo:
* É um teste que tem por objetivo medir o limiar mínimo de audição de um indivíduo.
Definição : medida de limiar - o menor nível de um tom puro para o qual o paciente responde
adequadamente 50% das vezes.
* Técnica de Testagem
* Freqüências testadas
* Intensidade Inicial
**** Cuidados:
Marcação :
Presença de resposta
< >
Ausência de resposta
< >
Cálculo da Média – VA
Ex:
500Hz = 10dB
1000Hz = 10 dB
2000Hz = 10 dB
10 + 10 + 10 = 30 = 10dB
3 3
Perdas auditivas quanto ao grau
Normal - 0 a 25 dB
Leve - 26 a 40 dB
Moderada - 41 a 55 dB
Mod. Severa - 56 a 70 dB
Severa - 71 a 90 dB
Profunda - > 91 dB
Normal - 0 a 15 dB
Discreta/mínima - 16 a 25 dB
Leve - 26 a 40 dB
Moderada - 41 a 55 dB
Mod. Severa - 56 a 70 dB
Severa - 71 a 90 dB
Profunda - > 91 dB
Audiometria Tonal por Via Óssea
500 Hz
1000 Hz
2000 Hz
3000 Hz
4000 Hz
-Normalidade :15 dB
- Intensidade Inicial
- Instrução
- Cuidados:
Colocação do Vibrador
Via Aérea e Via Óssea
Perdas auditivas quanto ao tipo
• Qualquer problema na orelha externa e/ou média que impeça que o som seja
conduzido de forma adequada é conhecido como uma perda auditiva condutiva.
COMPROMETIDA
NORMAL
Gap aéreo-ósseo: 15 a 60 dB
Compreensão da fala: preservada, considerando que apenas a transmissão
está prejudicada, a recepção (OI) está íntegra, assim como as vias nervosas
centrais. Em outras palavras,
Gap aéreo-ósseo: 0 a 10 dB
Compreensão da fala: Compatível com o prejuízo na recepção do som
decorrente de lesão de OI (células ciliadas do órgão de Corti). Em outras
palavras, o indivíduo recebe menor número de sons (Cóclea), mas compreende
os sons que recebe, caso estes sejam apresentados em intensidades fortes o
suficiente.
RETRO-COCLEAR :
Gap aéreo-ósseo: 0 a 10 dB
Compreensão da fala: Incompatível com o prejuízo na recepção do som
decorrente de lesão de OI (células ciliadas do órgão de Corti). Em outras
palavras, o indivíduo recebe menor número de sons (Cóclea + Nervo auditivo),
mas não compreende os sons que recebe, mesmo que estes sejam apresentados
em intensidades fortes o suficiente.
Mista: lesão simultaneamente nas orelhas externa e/ou média e na
cóclea e/ou VIII par craniano
OBS.: A condução do som por via aérea e por via óssea encontram-se
normais, considerando que tais vias não estão lesadas, pois compõem as
chamadas vias auditivas periféricas, e a lesão está nas vias auditivas
centrais.
Compreensão da fala: Incompatível com os achados de vias auditivas periféricas
(via aérea e via óssea). Em outras palavras, o indivíduo recebe todos os sons
(Cóclea e nervo auditivo), entretanto, tem grande dificuldade em compreendê-
los, pois a decodificação da mensagem (“tradução do som realizada pelas vias
auditivas centrais”) está prejudicada em decorrência de lesões de estruturas do
tronco cerebral e/ou córtex auditivo.
Configuração Audiométrica
(Silman,Silverman, 1997; Carhart, 1945: Lloyd e Kaplan,1978)
• Perda Condutiva:
• Sinais e sintomas:
• Sinais e sintomas:
• Sinais e sintomas:
1. OD = PA condutiva leve
2. OD = PA sensorioneural severa
OE = PA mista moderada
- Microfones
GSI 61 PACIENTE
AD 28
- Medidor de volume (VU METER)
Exemplo:
No caso de crianças de 0 a 6 anos, pode ser composto por figuras, objetos e uma lista de
ordens simples (Russo e Santos, 1993).
Índice de Reconhecimento de Fala (IRF)
O.D. O.E.
Mono. Dis. % Mono. Dis.
1. pá poste 96 pé pato
2. tom toca 92 teu tela
3. cor cola 88 cal cama
4. bom bota 84 bar bola
5. dar dama 80 dom data
6. gás gola 76 gás gota
7. fio fita 72 fiz fonte
8. chá chuva 68 chá cheio
9. sim cento 64 sol santo
10. vão vento 60 voz valsa
11. zás zona 56 zás zebra
12. já gelo 52 giz gema
13. mal mata 48 mão mala
14. não ninho 44 nó nariz
15. nhô minha 40 nhá manhã
16. ler logo 36 lar lago
17. lhe malha 32 lha calha
18. réu farol 28 rir caro
19. três preto 24 brim cravo
20. grau grama 20 grão grito
21. tia bloco 16 por placa
22. cal classe 12 dor vidro
23. dia drama 8 pão branco
24. pau plano 4 bem blusa
25. tal trava 0 cão flauta
Interpretação dos Resultados
Guia geral de avaliação dos resultados do IRF elaborado por Jerger et al. (1968),
fornece, em função da porcentagem, uma análise global da dificuldade do indivíduo:
OBJETIVO: confirmar os limiares tonais de via aérea em indivíduos que não apresentam
linguagem oral e/ou tenham dificuldade de compreender a fala.
** SÓ FAZEMOS ESTE TESTE QUANDO É IMPOSSÍVEL REALIZAR LRF E
IRF.
Ou seja,
É o ato de aplicar um sinal (geralmente um ruído) à orelha não testada, para que esta não
interfira ou influencie nas respostas da orelha que está sendo testada.
Audição sem mascaramento
Audição com mascaramento
Por que o mascaramento é necessário???
COM MASCARAMENTO
ONT OT
Atenuação Interaural
Curva audiométrica obtida numa orelha com a mesma configuração da orelha melhor, mas
com diferença de 40 a 80dB entre as orelhas, em decorrência da lateralização do estímulo
sonoro.
Ruídos Mascarantes
Quando Mascarar???
Diferença entre VA da OT (orelha testada ) e VO da ONT (orelha não testada) for ≥ que a AI
para aquela frequência.
Audição com mascaramento - Ruído na OD e tom puro na OE
Quanto ???
Supermascaramento: VOOT + 40
PROCEDIMENTOS
• Cada vez que o paciente responder para o tom puro apresentado na OT, utilizar a
Técnica de Hood;
DE
VIA ÓSSEA
Atenuação para Via Óssea: AI = 0dB
O som apresentado pelo vibrador ósseo será escutado pelas duas
orelhas ou pela melhor cóclea.
Exemplo:
Mascaramento por Via Óssea
Quando Mascarar???
EXCEÇÕES:
- É uma melhora artificial nas respostas da via óssea (VO) quando um fone é
colocado na ONT para se apresentar o ruído mascarante.
- Ocorre quando se oclui uma orelha com audição normal ou com perda
auditiva sensorioneural.
Efeito de oclusão:
Supermascaramento: VOOT + 40
Exercícios
1º:
VO
OE VA 30 35 40 45 50 50 60 70
VO 00 00 00 00 00
2º:
250 500 1000 2000 3000 4000 6000 8000Hz
OD VA 55 65 60 75 80 85 95 70
VO 30 35 45 50 60
OE VA 30 35 40 50 55 65 65 45
VO 30 35 45 50 60
Mascaramento
na
Logoaudiometria
Limiar de Recepção de Fala (L.R.F.)
do ?
Quando ?
Quanto ?
Quanto ????
Quando ?
Quanto ?
Quanto ????
Objetivos:
• Objetivo:
• Técnica:
• Resultados:
A percepção do som mais forte por via aérea indica que não há presença de componente
condutivo (o paciente apresenta limiares auditivos normais ou perda auditiva
sensorioneural). O resultado é Rinne positivo (+) (FROTA, 2003).
A percepção do som mais forte por via óssea indica que existe componente condutivo (perda
auditiva condutiva ou sensorioneural). O resultado é Rinne negativo (-).
Pode ocorrer também a presença do falso Rinne negativo, quando o paciente apresenta perda
auditiva severa ou profunda ou anacusia unilateral (FROTA, 2003).
WEBER
• Objetivo:
• Técnica:
Resultados:
• Objetivo:
• Técnica:
Resultados:
• Técnica:
• Resultados:
• Bing positivo – ouve melhor o som com o C.A.E. ocluído (normal ou SN)
• Bing negativo – não apresenta diferença com a oclusão do C.A.E. (condutiva)