Direito Administrativo
Direito Administrativo
Direito Administrativo
ADMINISTRATIVO
O QUE É DIREITO
ADMINISTRATIVO?
O Direito Administrativo é o ramo do Direito que estuda as funções e atividades
administrativas do Estado. Ele engloba a legislação brasileira que dispõe sobre os
órgãos e agentes que compõem os aparelhos estatais na prestação de serviços
públicos e princípios.
A Constituição da República traça o perfil de Administração Pública, ditando os seus
princípios básicos, regula a forma de acesso aos cargos, empregos e funções
públicas, estabelece as acumulações vedadas, a obrigatoriedade de licitação, a
possibilidade de constituição de empresas estatais, a prestação de serviços públicos,
dentre outras tantas normas aplicáveis à Administração Pública direta e indireta.
O PROFESSOR MIGUEL REALE (2006) TAMBÉM NOS PRESENTEIA COM SUA DEFINIÇÃO:
A atividade do Estado pode ser de várias espécies: ora é legislativa, para a edição de normas legais
de organização e de conduta; ora é jurisdicional, como quando o juiz toma conhecimento de uma
demanda e profere a sua decisão; ora é de cunho administrativo, para consecução de objetivos da
comunidade que o Estado executa como próprios. Essa terceira forma de atividade, muito embora
deva conter-se nos limites da lei, não tem por fim realizá-la, como pretendem os adeptos da
concepção do Direito Administrativo em termos técnico-jurídicos.
OBJETIVO
Seu objetivo é traçar os limites dos poderes delegados aos
órgãos da administração pública, conferindo as atribuições e
vantagens a seus componentes e lhes indicando a maneira por
que devem realizar os atos administrativos e executar todos os
negócios pertinentes à administração e aos interesses de ordem
coletiva, inclusos em seu âmbito.
O Direito administrativo, no desempenho de sua precípua finalidade, triparte-se em
aspectos diferentes, dos quais surgem: o Direito Administrativo, propriamente dito, o
Direito Financeiro e o Direito Tributário, que, embora estreitamente entrelaçados no
cumprimento de seu objetivo, apresentam-se definidos pela soma de regras que se
fazem fundamentais a cada uma destas subdivisões.
É importante mencionar o que são princípios para a concepção jurídica. Diferente da definição que
encontramos no dicionário (Princípio = razão, começo, início), vejamos a definição de Miguel
Reale (2006):
Isso não significa que o Estado possa violar direitos assegurados aos particulares.
Um bom exemplo disso é o caso da desapropriação. Nessa situação o Poder
Público pode, diante da necessidade pública, desapropriar o bem de uma pessoa
(para construir um metrô ou aumentar uma rodovia, por exemplo), mas a pessoa
que tiver seu bem desapropriado sempre terá direito a uma indenização pelo Poder
Público
PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE DO
INTERESSE PÚBLICO
Já vimos no item acima que ao atuar, a Administração Pública deve sempre ter em vista o
interesse público, de acordo com as normas legais. No entanto, não é dada ao administrador
liberdade para realizar atividades sem que uma norma preveja tal atividade.
Ou seja, a própria administração deve se pautar e obedecer a limites impostos pelo
ordenamento jurídico vigente.
O administrador deve sempre buscar o interesse público, sem, no entanto, poder dispor de
bens, direitos e interesses públicos. O poder de dispor, ou seja, alienação de bens, renúncia
de direitos ou transação com o interesse público, sempre depende de lei que o permita.
A vontade do agente público deve ser a vontade da lei, e não a própria. Nesse caso, o
concurso público também seria um bom exemplo, mas pelo motivo de que, para nomear
alguém a um cargo efetivo, o administrador deve seguir as regras do interesse público.
INTERESSES PÚBLICOS PRIMÁRIOS E
INTERESSES PÚBLICOS SECUNDÁRIOS
São exemplos de empresa pública: Caixa Econômica Federal, Empresa Brasileira de Correios e
Telégrafos, INFRAERO, BNDES, entre outros. São exemplos de sociedade de economia mista:
Banco do Brasil, Petrobrás, SABESP, entre outras.
Por fim, as Fundações são entidades dotadas de personalidade jurídica, criadas por lei específica,
para o desenvolvimento de atividades de interesse coletivo, de natureza assistencial, educacional,
pesquisa, etc. São exemplos: FUNAI, IBGE, Universidade de Brasília (UnB).
A lei somente autoriza a criação de um ente fundacional, nos termos do art. 37, XIX, da CF.
Conforme este artigo, lei complementar deverá definir as áreas em que poderá atuar a fundação.
PODERES ADMINISTRATIVOS
Os poderes administrativos são dispositivos legais que a Administração tem para
impor obrigações e garantir deveres aos cidadãos que estão sob sua tutela.
Veja o que diz Hely Lopes Meirelles (2003):
Os Poderes Administrativos nascem com a Administração e se apresentam
diversificados segundo as exigências do serviço público, o interesse da coletividade
e os objetivos a que se dirigem.
Dentro dessa diversidade, são classificados, consoante a liberdade da Administração
para a prática de seus atos, em poder vinculado e poder discricionário; segundo
visem ao ordenamento da Administração ou à punição dos que a ela se vinculam,
em poder hierárquico e poder disciplinar; diante da finalidade normativa,
em poder regulamentar; e, tendo em vista seus objetivos de contenção dos direitos
individuais, em poder de polícia.
Poder Vinculado: Modalidade de poder em que não há margem de escolha para o
agente público. Ou seja, ele deve seguir exatamente as determinações e trâmites
previstos em lei.
Competência: A capacidade que o agente público possui para produzir o ato. Poder legal no
desempenho de suas funções.
Finalidade: O ato deve sempre ser praticado com uma finalidade pública. O agente público jamais
pode desviar-se de tal finalidade, e seu desvio leva à invalidação do ato.
Forma: A formação do ato deve seguir as formalidades legais. Trata-se da maneira de
exteriorização do ato, que pode ser por meio de editais, licitações, portarias e etc.
Motivo: Situação de fato que demanda a necessidade de propositura do ato, ou seja, que levou o
agente a editar o ato.
Objeto: O conteúdo do ato, as modificações que o mesmo busca alcançar. Constitui o efeito que o
ato deve produzir – por exemplo, conferir um direito, extinguir uma relação. O objeto deve ser
lícito, possível, certo e moral.
São atributos de um Ato Administrativo, ou seja, as particularidades que
o diferenciam dos demais atos jurídicos: