Este documento fornece orientações sobre como conduzir pesquisa qualitativa, incluindo como realizar observações, entrevistas, transcrição e análise de dados. Aborda tópicos como paradigmas de pesquisa, trabalho de campo, instrumentos de coleta de dados e referências teóricas.
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Atividade proposta
Descrever a aula de hoje
Considere que hoje é seu primeiro dia de trabalho de
campo e que, ao final da aula, você deverá tomar notas de todos os fatos observados. Por ser seu primeiro dia de campo, a descrição será mais longa, pois é preciso relatar também a constituição do espaço físico em que ocorreram as observações e caracterizar os sujeitos envolvidos. Caso sinta necessidade de um roteiro para organizar suas anotações, recorra aos apontamentos de Bogdan; Biklen (1994) e/ou Lüdke; André (1986). Para começo de conversa... O que é pesquisa? Uma pesquisa é sempre, de alguma forma, um relato de longa viagem empreendida por um sujeito cujo olhar vasculha lugares muitas vezes já visitados. Nada de absolutamente original, portanto, mas um modo diferente de olhar e pensar determinada realidade a partir de uma experiência e de uma apropriação do conhecimento que são, aí sim, bastante pessoais. Duarte, 2002, p. 140 O que torna uma pesquisa científica? Delimitação de tema, questões de pesquisa propostas, objetivos a serem alcançados, metodologias utilizados, referencial teórico adotado;
Originalidade;
Funcionalidade;
Fornecer elementos para a verificação
e a contestação das hipóteses apresentadas, e, portanto, para uma continuidade pública. Eco, 2005 O que é paradigma? Um paradigma consiste num conjunto aberto de asserções, conceitos ou proposições logicamente relacionados e que orientam o pensamento e a investigação. Quando nos referimos a “orientação teórica” ou a “perspectiva teórica”, estamos a falar de um modo de entendimento do mundo, das asserções que as pessoas têm sobre o que é importante e o que faz o mundo funcionar.
Bogdan; Biklen, 1994, p. 52
Contando uma história... http://www.youtube.com/watch?v=2sqsXESSIRQ O paradigma qualitativo A fonte dos dados da pesquisa provém do ambiente natural no qual estes são produzidos.
Os dados coletados ao longo da pesquisa são
predominantemente de caráter descritivo.
Os interesses do investigador se voltam prioritariamente para o
processo e não para os resultados e os produtos.
O significado que os sujeitos atribuem a objetos e/ou fenômenos
é de extrema importância na abordagem qualitativa.
A análise dos dados recolhidos tende a ocorrer de maneira
indutiva. Bogdan; Biklen, 1994 Uma boa pesquisa qualitativa
Granger (1982) citado por Minayo; Sanches (1993)
Trabalho de campo O “entrar” e o “estar” no campo de investigação Se, por um lado, o investigador entra no mundo do sujeito, por outro, continua a estar do lado de fora. Registra de forma não intrusiva o que vai acontecendo e recolhe, simultaneamente, outros dados descritivos. Tenta aprender algo através do sujeito, embora não tente ser necessariamente como ele. Pode participar nas suas actividades, embora de forma limitada e sem competir com o objectivo de obter prestígio ou estatuto. Aprende o modo de pensar do sujeito, mas não pensa do mesmo modo. É empático e, simultaneamente, reflexivo.
Bogdan; Biklen, 1994, p. 113
Seja discreto! Enquanto que muitos professores acham os observadores não perturbadores e um elemento adicional interessante para a sua aula, outros sugerem que pode ser desgastante ter constantemente alguém a observá-los. Se a sensação de estar dentro de um aquário pode ser difícil para alguns professores, então a sensação de se ser o tema de uma discussão universitária intensifica muito mais este desconforto. Os alunos que estão a fazer trabalho de campo com professores deverão ter constantemente presente esta preocupação. Bogdan; Biklen, 1994, p. 129 Seja discreto! As notas de campo que tira, com certeza, contêm informações inofensivas sobre aquilo que está a aprender. Mas, uma vez que também contêm citações de pessoas, para além das suas reflexões pessoais, é importante ter cuidado com este material.
Bogdan; Biklen, 1994, p. 129
Instrumentos para recolha de dados Observação O que cada pessoa seleciona para “ver” depende muito de sua história pessoal e principalmente de sua bagagem cultural. Assim, o tipo de formação de cada pessoa, o grupo social a que pertence, suas aptidões e predileções fazem com que sua atenção se concentre em determinados aspectos da realidade, desviando-se de outros. Lüdke; André, 1986, p. 25 Observação (...) o observador pode recorrer aos conhecimentos e experiências pessoais como auxiliares no processo de compreensão e interpretação do fenômeno estudado. A introspecção e a reflexão pessoal têm papel importante na pesquisa naturalística.
Lüdke; André, 1986, p. 26
Observação Na medida em que o observador acompanha in loco as experiências diárias dos sujeitos, pode tentar apreender a sua visão de mundo, isto é, o significado que eles atribuem à realidade que os cerca e às suas próprias ações.
Lüdke; André, 1986, p. 26
Observação Descrição (Notas de Campo) Cada pesquisador tem seu sistema organizacional e seu estilo literário, porém suas notas de campo deverão contemplar uma parte descritiva e outra reflexiva. Descrição (Notas de Campo) Descrição (Notas de Campo) Entrevista Em investigação qualitativa, as entrevistas podem ser utilizadas de duas formas. Podem constituir a estratégia dominante para a recolha de dados ou podem ser utilizadas em conjunto com a observação participante, análise de documentos e outras técnicas. Em todas as situações, a entrevista é utilizada para recolher dados descritivos na linguagem do próprio sujeito, permitindo ao investigador desenvolver intuitivamente uma ideia sobre a maneira como os sujeitos interpretam aspectos do mundo Bogdan; Biklen, 1994, p. 134 Entrevista As entrevistas qualitativas variam quanto ao grau de estruturação. Algumas, embora relativamente abertas, centram-se em tópicos determinados ou podem ser guiadas por questões gerais. Mesmo quando se utiliza um guião, as entrevistas qualitativas oferecem ao entrevistador uma amplitude de temas considerável, que lhe permite levantar uma série de tópicos (...) No outro extremo do contínuo estruturada / não-estruturada situa- se a entrevista muito aberta. Neste caso, o entrevistador encoraja o sujeito a falar sobre uma área de interesse e, em seguida, explora-a mais aprofundadamente, retomando os tópicos e os temas que o respondente iniciou. Bogdan; Biklen, 1994, p. 135 Transcrição É a partir do texto (materialmente falando) que nos é possibilitado encontrar situações significativas passíveis de análises, verificar ocorrência de padrões ao longo da aplicação da sequência didática (já pensando em Projeto Temático V) e comparar os achados da entrevista com as notas dos diários de campo, fotografias, etc Transcrição Os gravadores podem criar a ilusão de que a pesquisa se faz sem esforço. Para além das curtas notas de campo descrevendo o meio e o sujeito, o entrevistador usualmente não tem que se preocupar com escrever extensamente após a sessão (de entrevista). Por causa disto, o investigador pode pensar que a máquina faz o trabalho todo. Como já avisamos na nossa discussão acerca do registro das notas de campo, acumular fitas de entrevistas sem um sistema adequado para as transcrever pode determinar o falhanço do projecto. Antes de ganhar alguma prática, é difícil estimar quanto é que demora uma transcrição. É fácil deixar as sessões de gravação alongaram-se, fornecendo-lhe mais diálogo em fita do que aquele que pode possivelmente transcrever Bogdan; Biklen, 1994, p. 173 Transcrição Transcrição Transcrever não significa apenas deitar no papel as palavras ditas, mas passar para o papel a maneira como as palavras foram ditas. Pausas, hesitações, respirações, gestos, dentre outros, revelam os modos como o sujeito compreende (ou não) determinado fenômeno ou como se relaciona (ou não) com uma dada situação e/ou outros indivíduos. Transcrição Não, espere! / Não espere!
Aceito, obrigado. / Aceito obrigado.
Não queremos saber! / Não, queremos saber!
Do campo aos dados Referências BOGDAN, R.; BIKLEN, S. Investigação qualitativa em educação: uma introdução à teoria e aos métodos. Porto: Porto Editora, 1994. DUARTE, R. Pesquisa qualitativa: reflexões sobre o trabalho de campo. Cadernos de Pesquisa, n. 115, p. 139-154, 2002. ECO, U. Como se faz uma tese. 19 ed. São Paulo: Perspectiva, 2005. LÜDKE, M; ANDRÉ, M. E. D. A. A pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986. MINAYO, M. C. S.; SANCHES, O. Qualitativo-quantitativo: oposição ou complementaridade? Cad. Saúde Pública, v. 9, n. 3, p. 239-262, 1993.