Módulo VI

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Direito do Trabalho

Prof. M.e Uerlei Magalhaes de Morais

[email protected]
(69) 98115-1614
MÓDULO VI

I – EMPREGADOR

Art. 2º, CLT. Considera-se empregador a empresa,


individual ou coletiva, que, assumindo o risco da atividade
econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal
de serviços.

Empresa: é a atividade econômica produtiva organizada.


Leva-se em consideração a atividade realizada (econômica
produtiva organizada) em detrimento a pessoa que a
explora (empresário), podendo ser PJ ou PF.
Empregador por Equiparação: art. 2º, §1º, CLT:

Art. 2º, §1º, CLT. Equipara-se ao empregador,


para os efeitos exclusivos da relação de
emprego, os profissionais liberais, as
instituições de beneficência, a associações
recreativas ou outras instituições sem fins
lucrativos, que admitirem trabalhadores como
empregados.
Responsabilidade Solidária e Subsidiária
entre Sócios e Sociedade

Responsabilidade entre Sociedade e Sócio:


Subsidiária (benefício de ordem art, 596,
CPC);

Responsabilidade entre os Sócios (após


insolvência da PJ): solidária.
Grupo Econômico – Art. 2º, §2º, CLT

Art. 2º, §2º, CLT. 2° Sempre que uma ou mais empresas, tendo,
embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria,
estiverem sob a direção, controle ou administração de outra,
ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia,
integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente
pelas obrigações decorrentes da relação de emprego.

O grupo econômico pode ser configurado de dois modos


alternativos:

1) quando as empresas envolvidas estão sob a direção, controle


ou administração de outra; ou

2) quando, mesmo guardando cada uma das empresas a sua


autonomia, integrem grupo econômico.
Grupo Econômico – Art. 2º, § 3º, CLT

Art. 2º, §3º, CLT. § 3o Não caracteriza grupo


econômico a mera identidade de sócios, sendo
necessárias, para a configuração do grupo, a
demonstração do interesse integrado, a efetiva
comunhão de interesses e a atuação conjunta das
empresas dele integrantes.

“a mera identidade de sócios não caracteriza o grupo


econômico, pois são necessários para a configuração do
grupo três requisitos, quais sejam: a demonstração do
interesse integrado, a efetiva comunhão de interesses e
a atuação conjunta das empresas dele integrantes”
Súmula 129 do TST: “Contrato de trabalho.
Grupo econômico. A prestação de serviços a
mais de uma empresa do mesmo grupo
econômico, durante a mesma jornada de
trabalho, não caracteriza a coexistência de
mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste
em contrário”.
SUCESSÃO DE EMPRESA

“É a transferência de titularidade da empresa, de forma


provisória ou definitiva, graciosa ou onerosa, desde que a
sucessora continue explorando a mesma atividade
econômica que explorava a sucedida, pouco importando a
continuidade da prestação dos serviços pelo empregado,
uma vez que o novo titular responde tanto pelas obrigações
trabalhistas dos contratos em curso como daqueles que se
extinguiram antes da transferência da titularidade da
empresa (art. 10 e 448, CLT)”.

Responsabilidade do Sucessor: responde pelos débitos


trabalhistas dos contratos em curso, por aqueles iniciados
após a sucessão, bem como por aqueles extintos antes da
sucessão, pois a sucessão se dá quanto ao ativo e passivo da
empresa. (OJ 261, SDI-1, TST).
Comprovada a Fraude, simulação, ou pacto de
responsabilidade assumido pelo Sucedido,
poderá este responder solidariamente pelas
dívidas trabalhistas oriundas de contratos
extintos antes da sucessão. Não havendo tais
requisitos, pode a Sucessora apenas se valer da
Ação de Regresso Cível para cobrar os valores.

Exceção: Concessionária de Serviços Públicos. A


sucessora Responde apenas pelos contratos ainda
existentes que venham a se extinguir apenas
após a sucessão. Os contratos extintos antes da
Sucessão são de inteira responsabilidade da
Empresa antecessora (OJ 225, SDI-1, TST).
Responsabilidade do Sucedido:

“Art. 10-A CLT. O sócio retirante responde subsidiariamente


pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período
em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até
dois anos depois de averbada a modificação do contrato,
observada a seguinte ordem de preferência:

I – a empresa devedora;

II – os sócios atuais;

III – os sócios retirantes.

Parágrafo único. O sócio retirante responderá solidariamente


com os demais quando ficar comprovada fraude na alteração
societária decorrente da modificação do contrato.
TERCEIRIZAÇÃO – Sumula 331, TST –
Lei n. 6.019/74 – Art. 455, CLT

“É a subcontratação, intermediação de
mão-de-obra, relação trilateral
formada entre trabalhador,
intermediador e o tomador de
serviço”.
Casos de Terceirizações mais comuns:

1. Sumula 331, III, TST:

Vigilância e Limpeza: a terceirização é lícita, não gera vinculo


empregatício;

Atividade meio e fim (STF): não gera vinculo empregatício, desde


que não esteja presente a pessoalidade e a subordinação
direta.

2. Administração Pública: Art. 37, II, CF e Sumula 331, TST

Terceirização: mediante concessão e permissão (processo


licitatório) em decorrência da descentralização dos serviços;

Contratação Ilegal: não acarreta formação de vinculo com a


administração pública. Sumula 363 e Inciso II da Sumula 331, TST.
Súmula nº 331 do TST
CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE (nova redação do item IV e inseridos os itens V e VI
à redação) - Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011

I - A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se o vínculo diretamente com o
tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho temporário (Lei nº 6.019, de 03.01.1974).

II - A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera vínculo de emprego com
os órgãos da Administração Pública direta, indireta ou fundacional (art. 37, II, da CF/1988).

III - Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços de vigilância (Lei nº 7.102, de
20.06.1983) e de conservação e limpeza, bem como a de serviços especializados ligados à atividade-meio
do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a subordinação direta.

IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade


subsidiária do tomador dos serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da relação
processual e conste também do título executivo judicial.

V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta respondem subsidiariamente, nas mesmas
condições do item IV, caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da Lei n.º
8.666, de 21.06.1993, especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da
prestadora de serviço como empregadora. A aludida responsabilidade não decorre de mero inadimplemento
das obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente contratada.

VI – A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange todas as verbas decorrentes da


condenação referentes ao período da prestação laboral.
3. Art. 455 da CLT: caso de contratação de sub empreitada:

Dono da Obra: não responde juntamente com o empreiteiro se não for


construtora ou incorporadora (OJ 191, SDI-1, TST).

4. Lei 6.019/74: autoriza a intermediação de mão de obra para atender


necessidades transitórias de substituição de pessoal regular e permanente do
tomador de serviços, bem como em caso de acréscimo extraordinário de serviço.

Contrato: deve ser escrito entre empregador e trabalhador (CLT) e entre a


prestadora de serviço e a tomadora (civil), devendo este ultimo apontar os
motivos da contratação;

Duração: de até 180 dias + 90 dias = total 270 dias;

Responsabilidade: A empresa temporária é responsável pelas obrigações


trabalhistas dos trabalhadores temporários, porém, em caso de falência desta, a
tomadora dos serviços responderá solidariamente pelo período que o trabalhador
esteve sob suas ordens.
Atividade Fim ou Atividade meio:

a terceirização de serviços
vinculados a atividade meio é a
regra, sendo a terceirização da
atividade fim a exceção nos
termos da lei 6.019/74.
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
 Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento da
ADPF 324, de relatoria do in. Roberto Barroso, fixou a seguinte
tese:
 “1. É lícita a terceirização de toda e qualquer atividade, meio
ou fim, não se configurando relação de emprego entre a
contratante e o empregado da contratada.
 2. Na terceirização, compete à contratante:
i) verificar a idoneidade e a capacidade econômica da
terceirizada; e
ii) responder subsidiariamente pelo descumprimento das
normas trabalhistas, bem como por obrigações
previdenciárias, na forma do art. 31 da Lei 8.212/1993”
Responsabilidade:

Terceirização Regular: Subsidiária;

Irregular: Solidária;

Administração Pública: Sempre subsidiária,


quando comprovada a culpa in vigilando (ADC
16).

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