MARIA,

ARQUICONFRARIA DO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA

CONVIDA-NOS

A SANTIDADE!
SEM. ODAIR BEZERRA - 2º ANO DE TEOLOGIA
DIOCESE DE OEIRAS
 Estrutura
 Humildade;  Pureza;
 Caridade para com Deus;  Pobreza;
 Caridade para com o próximo;  Obediencia;
 Fé;  Paciência;
 Esperança;  Oração.
 Introdução
• O chamado à santidade está presente desde as primeiras páginas da
Bíblia; A Abraão, O Senhor disse-lhe “anda na minha presença e sê
íntegro.” (Gn 17,1);
• “sede santo, porque eu sou Santo (Lv 11,45. cf 1Pd 1,16).
 Para ser santo não é necessário:
• Ser bispo
• Sacerdote
• Religioso

• É um risco achar que a santidade seja apenas para os que se afastam das
ocupações do dia a dia;
• Todos somos chamados a ser santos, vivendo com amor e oferecendo o
próprio testemunho nas ocupações de cada dia. (GE, Nº14)
- Trabalho Família Nas Obrigações
Deixe que a graça do Batismo frutifique em uma caminhada de santidade = opte
por Deus;
Não desanimes, porque tens a força do Espírito Santo para tornar possível a
santidade;
Quando sentires a tentação de te enredares na tua fragilidade, levanta os olhos
para o crucificado e diz-lhe: “Senhor, sou um miserável! Mas vós podeis
realizar o milagre de me tornar um pouco melhor.(GE, Nº 15)
 Introdução
 Segundo um afamado provérbio “Quem ama, se assemelha
ou procura assemelhar-se à pessoa amada.”
 Os Evangelistas chamando-a “cheia de graças” nos fazem
saber, bem claramente, que teve todas as virtudes em grau
heroico.
 Diz São Tomás de Aquino, enquanto os demais santos
sobressaíam, cada um em alguma virtude particular, foi a
Bem-aventurada Virgem extraordinária em todas, e de todas
nos foi dada como modelo.
 Humildade de Maria

“Minha alma proclama a grandeza do Senhor, meu espírito se alegra em Deus, meu salvador,
porque olhou para a humilhação de sua serva
(Lc 1,46-48
Sem humildade, não há virtude que possa existir numa alma.
Possua embora todas as virtudes, fugiriam todas ao lhe fugir a
humildade. Pelo contrário, Deus tão amante é da humildade, que
se apressa em correr onde a vê, escreve S. Francisco de Sales
a S. Joana de Chanta.
1. O primeiro traço da humildade é o modesto conceito de
si mesmo
• Vemo-la em Maria, conforme fala a supracitada revelação.
Embora se visse mais enriquecida de graças que os outros
todos, nunca ela se julgou acima de quem quer que fosse;
• Não podia, é claro, a Santíssima Virgem julgar-se uma pecadora.
Pois, na frase de S. Teresa, a humildade é a verdade, e Maria
tinha consciência de nunca haver ofendido a Deus.
• Quanto mais enriquecida se via, mais se humilhava.
Lembrava-se, sem cessar, de que tudo aquilo era dom de
Deus;
O humilde recusa os louvores referindo-os todos a Deus

Tal foi o procedimento de Maria, ao perturbar-se diante dos

louvores que lhe dirigia o arcanjo S. Gabriel;
E foi outro talvez seu procedimento, quando Isabel a chamou de
bendita entre todas as mulheres e de Mãe do Senhor?
Imediatamente Maria atribui toda a glória a Deus, respondendo no
seu humilde cântico: Minha alma engrandece ao Senhor;
 Caridade para com Deus
• Maria, sendo sumamente humilde e vazia de si, foi cheia do
divino amor;
• Tanto o abrasou o amor divino, que nada de terreno lhe
prendia as inclinações. Ardia, completa e totalmente, no amor
divino e dele estava inebriado;
• Viveu o amor a Deus, cumprindo perfeitamente o primeiro
mandamento. Fez sempre a Vontade Divina e por amor a Deus
aceitou também amar incondicionalmente os filhos que recebeu
na cruz.
 Oração (S. Francisco de Sales)
Ó Maria, Rainha do amor, a mais amável, a mais amada e a mais
amante de todas as criaturas, ah! Minha Mãe! Vós ardestes
sempre no amor de Deus, dignai-vos, pois, conceder-me ao menos
uma centelha desse amor. Vós pedistes a vosso Filho por aqueles
esposos, a quem faltava o vinho. E não pedireis por nós, a quem
falta o amor de Deus, que somos tão obrigados a ter? Dizei a
Jesus: Eles não têm amor. E só o que vos pedimos. Ó minha Mãe,
pelo amor que tendes a Jesus, atendei-nos, rogai por nós. Amém.
Caridade para com o próximo
• Era cheia da virtude da caridade, amou sempre seu
próximo, como quando visitou Isabel, sua prima, para a
ajudar, ou nas bodas de Caná, preocupada porque não
tinham mais vinho;
• O amor para com Deus e para com o próximo nos é imposto
pelo mesmo preceito: “E nós temos de Deus este mandamento
que o que ama a Deus ame também o seu irmão” (1Jo 4,21);
• S. Tomás dá-nos a razão: Quem ama a Deus ama todas as
coisas amadas por ele.
• Maria passou uma vida tão cheia de caridade que socorria aos
necessitados, ainda quando não lhe pediam solícito
auxílio. Assim o fez, por exemplo, nas bodas de Caná. Com as
palavras “Eles não têm vinho”, rogou ao Filho que livrasse
milagrosamente os esposos do inevitável vexame. (Jo 2,1-11);
• Movida pelo dever de caridade, foi assistir Isabel, diz o
Evangelho que então “teve pressa em passar pelas montanhas”.
(Lc 1,39-45.56)
• O amor é doação, assim como Maria doou sua vida e
como Jesus se doou no cruz para nos salvar, também
devemos nos doar ao próximo, por essa razão o amor é a
essência do cristianismo e a marca de todo católico.
• “Por ora subsistem a fé, a esperança e o amor – estes três.
Porém, o maior deles é o amor.” (1 Cor 13,13).
 Oração
Ó Mãe de misericórdia, sois cheia de caridade para com todos:
não vos esqueçais das minhas misérias. Vós bem as vedes.
Encomendai-me àquele Deus que nada vos recusa. Obtende-me
a graça de poder imitar-vos na santa caridade para com Deus e
para com o próximo. Amém!
 A Fé de Maria
• A bem-aventurada Virgem, assim como é Mãe do amor
e da esperança, também é Mãe da fé. “Eu sou a Mãe do
belo amor, do temor e do conhecimento e da santa esperança”
(Eclo 24,24);
• Santo Ireneu a chama a assim, pois o dano que Eva com sua
incredulidade causou, Maria o reparou com sua fé;
• Tertuliano confirma, dizendo: Eva deu crédito à serpente,
em oposição à palavra de Deus, e com isso trouxe a morte;
nossa Rainha, ao invés, crendo na palavra do anjo,
segundo a qual devia ser Mãe do Senhor e permanecer virgem,
gerou ao mundo a salvação.
S. Agostinho “Dando Maria seu consentimento à Encarnação do
Verbo, abriu aos. homens o paraíso por sua fé.”
• Mas imitá-la como? A fé ao mesmo tempo é dom e virtude;
- É dom de Deus, enquanto é uma luz na alma. (Pedir como os
Apóstolos, {Lc 17,5-10})
- É virtude, enquanto ao exercício que dela faz a alma;
• S. Agostinho “Tu me dizes: eu creio; procede então segundo
essa palavra e de fato estás crendo.”
• “O meu justo vive da fé” (Hb 10,38). Assim foi a vida da
Bem-aventurada Virgem, bem diferente da de muitos que
vivem de modo oposto ao que creem.
• “Porque assim como sem o espírito o corpo está morto, morta
é a fé, sem as obras” (Tg 2,26);
• Santa Teresa dizia que todos os pecados nascem da
falta de fé;
• Peçamos, pois, à Santíssima Virgem que, pelos merecimentos
de sua fé, nos alcance (junto a seu divino Filho) uma fé viva.
Senhora, aumentai a nossa fé!
• Por causa desta fé, proclamou-a Isabel bem-aventurada: “E
bem-aventurada tu, que creste, porque se cumprirão as coisas
que da parte do Senhor te foram ditas” (Lc 1,45);
 A Esperança de Maria
• Da fé nasce a esperança. Pois Deus nos ilumina com a fé, fazendo-nos conhecer
sua bondade e suas promessas, para que nos elevemos pela esperança ao desejo
de possuí-lo;

• Possuindo Maria a virtude da fé por excelência, teve também, por

excelência, a virtude da esperança;

• Bem podia dizer com Davi: Para mim a felicidade é apegar-me a Deus, pôr no
Senhor Deus a minha esperança (Sl 22,28).
• Quando, próxima ao parto, se viu em Belém, expulsa até da
hospedaria dos pobres, e reduzida a dar à luz numa estrebaria.
“E o reclinou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles
na estalagem” (Lc 2,7). Nem a menor queixa lhe escapou dos
lábios;
• Abandonou-se, pelo contrário, completamente nas mãos de Deus;
• Também confiou na Providência, quando partiu para a longa e
penosa viagem a um país desconhecido, sem dinheiro “E
levantando-se, José tomou consigo, ainda noite, o Menino e sua
Mãe e retirou-se para o Egito” (Mt 2,14).
 Pureza divina
• Senhora da castidade, sempre virgem, mãe puríssima, sem
apego algum as coisas do mundo, Deus era o primeiro em seu
coração, sempre teve o corpo, a alma, os sentidos, o coração,
centrados no Senhor;
• O dogma de fé na Virgindade Perpétua na alma e no corpo de
Maria Santíssima, envolve a concepção Virginal de Jesus por
obra do Espírito Santo, assim como sua maternidade virginal.
Para resgatar o mundo, Cristo tomou o corpo isento do
pecado original, portanto imaculado, de Maria de
Nazaré.
• Para Santo Agostinho: Os olhos são os espelhos da alma;
• Três são esses meios para se viver a castidade, dizem com
Belarmino os mestres da vida espiritual: o jejum, a fugida
das ocasiões e a oração.
• (castidade dos solteiros, dos casados, dos clérigos, dos
consagrados)
 SUA POBREZA

• O nosso divino e amoroso Redentor, para nos ensinar a

desprezar os bens mundanos, quis ser pobre neste mundo (Fl
2,6-11);
• Maria Santíssima, a sua discípula mais perfeita, seguiu
exatamente o exemplo de seu divino Filho;
• Maria é um exemplo esvaziamento de si, para ser rica de Deus;
• “Quem anda atrás das coisas perdidas, também se perde” (S.
Teresa)
• A virtude da pobreza é um bem que encerra todos os outros bens.
Eu digo a virtude da pobreza, porque esta, segundo S. Bernardo,
não consiste somente em ser pobre, mas em amar a pobreza.
• Por isso Jesus Cristo exclamou: Bem-aventurados os pobres de
espírito, porque deles é o reino dos céus (Mt 5,3). Bem-
aventurado porque em Deus encontra todos os bens,
quem só a ele quer;
• Frase do venerável F. Sheen: “era muito fácil, condenar a
riqueza, o mundo está cheio daqueles que fazem isso, não porque
amam a ´pobreza, mas porque invejam a riqueza.”
 Oração
Ó Senhora minha, desapegai-me do mundo, e atraí-me para vós,
a fim de que eu ame esse Bem único, que merece ser amado
unicamente.
 Obediência de Maria
• Obedeceu sempre e em tudo à divina vontade, completamente
despida de toda vontade própria;
• “Então disse Maria: Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim
segundo a tua palavra.” (Luc 1, 38)
• Por sua obediência, reparou Maria o dano causado pela
desobediência de Eva, afirma S. Irineu. “Como a desobediência
de Eva causou a morte ao gênero humano, assim pela obediência
foi a Virgem, para si e para a humanidade, a causa da salvação.”
• Mostrou-se igualmente pronta ao receber o aviso de S. José,
pondo-se imediatamente a caminho, na mesma noite, para a
viagem rumo ao Egito. (fugindo de Herodes)
Maria disse seu “sim” a Deus e ao projeto da salvação,
livremente, por obediência a vontade suprema de Deus. Um
“sim” amoroso, numa obediência perfeita, sem negar nada, sem
reservas, sem impor condições
• O Catecismo da Igreja Católica indica que a obediência é a livre
submissão à palavra escutada, cuja verdade está garantida por
Deus, que é a Verdade em si mesma.
• Obedecer dói:
• Esforcemo-nos para obedecer a requisitos ou a proibições. A
subordinação da vontade a uma autoridade, o acatamento de uma
instrução, o cumprimento de um pedido ou a abstenção de algo
que é proibido, nos faz crescer.
• Rezar pelos superiores. Obedecer sempre a Deus em primeiro
lugar e depois aos superiores.
 Oração:

Ó amável Rainha e Mãe, rogai a Jesus que nos conceda, pelos

méritos de vossa obediência, a graça de seguir fielmente as
ordens de Deus e as disposições de nossos diretores espirituais.
Amém.
 SUA PACIÊNCIA
• Deu-nos ele a Virgem Maria para exemplo de todas as virtudes,
mas principalmente para modelo de paciência;
• Só a compaixão com as penas do Redentor foi bastante
para torná-la mártir de paciência;
• Se, pois, desejamos ser filhos de Maria, é necessário que nos
esforcemos por imitá-la na paciência. E qual dos meios o
melhor para aumentar os cabedais de nossos méritos nesta vida
e de glória na outra, senão o sofrer os trabalhos com paciência?
• Nós não sabemos sofrer!?
 Oração
Minha Mãe, esta graça hoje vos peço; fazei, não que eu seja livre
das cruzes, mas que as suporte com paciência. Rogo-vos, pelo
amor de Jesus, que me alcanceis de Deus esta graça; de vós a
espero!
 SEU ESPÍRITO DE ORAÇÃO

• Nossa Senhora era silenciosa, estava sempre num espírito

perfeito de oração;
• Tinha a vida mergulhada em Deus, tudo fazia em Sua
presença;
• Em sua vida a oração era contínua e perseverante, meditando
a Palavra de Deus em seu coração, louvando a Deus no
Magnificat, pedindo em Caná, oferecendo as dores
tremendas que sentiu na crucificação de Jesus, etc.
• Vida e Oração (justaposição);
• Não nos limitarmos somente as orações ao levar, ao deitar e
nas refeições, estender a oração para a vida, no
trabalho, nos caminhos, em fim, em todas as situações,
buscando a vontade de Deus em nossas vidas.
• “Tudo quanto fizerdes, por palavra ou por obra, fazei-o em
nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai”. (Cl
3,17).
 Rezar com a vida
“Não vos inquieteis com nada! Em todas as circunstâncias
apresentai a Deus as vossas preocupações, mediante a oração,
as súplicas e a acção de graças. E a paz de Deus, que excede
toda a inteligência, haverá de guardar vossos corações e vossos
pensamentos, em Cristo Jesus.”(Fil 6,6-7).
 oração
Virgem Santíssima, impetrai-nos o amor ao retiro e à oração,
para que, desapegados do amor às criaturas, possamos
aspirar só a Deus e ao paraíso, onde vos esperamos ver um
dia, para louvar-vos e amar-vos sempre, juntamente com
vosso Filho Jesus Cristo, por todos os séculos dos séculos.
Amém.
 Referências
https://pt.aleteia.org/2020/10/25/8-virtudes-de-maria-e-como-viv
er-cada-uma-delas/

https://www.a12.com/santuario/noticias/que-virtudes-de-nossa-s
enhora-podem-nos-inspirar-hoje

LIGÓRIO, Santo Afonso Maria de. Glórias de Maria. Santuário,

Aparecida-SP, 2018