Murilo - Aula Neuroanatomia e Neurociências 1 (Pós)

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NEUROANATOMIA E

NEUROCIÊNCIAS
Prof. Dr. Murilo Reis Camargo
ROTEIRO DA AULA

• A importância da neurociência para a pedagogia


• Termos anatômicos
• Divisão anatômica do sistema nervoso
• Anatomia e funções: Medula espinal
Tronco encefálico
Cerebelo
Cérebro (diencéfalo e
telencéfalo)
• Atividade sobre sulcos e giros do telencéfalo
• Conteúdo extra: meninges, sistema ventricular e líquor
NEUROCIÊNCIAS E PEDAGOGIA

• Importância da neurociência para a pedagogia:

 Porque estudar a anatomia e as funções do sistema nervoso é relevante para a prática


pedagógica?

 Existe uma inter-relação entre neurociências, psicologia e aprendizagem?

 Como conhecer tais conteúdos pode incrementar a nossa atuação em sala de aula?

 Qual o seu nível de conhecimento atual sobre a neurociência e como isso te auxilia
como educador(a) / no atendimento clínico?
TERMOS ANATÔMICOS: DIRECIONAIS

Antes de iniciar o estudo da anatomia do sistema nervoso, se torna


necessário compreender algumas nomenclaturas anatômicas...

Posição de uma parte do corpo em relação a qualquer outra.


- Superior (cranial)
- Inferior (caudal)
- Anterior (ventral)
- Posterior (dorsal) *Significado prático
- Medial (meio) *Algumas posições são opostas
- Lateral (lados)
- Proximal (perto)
- Distal (longe)
- Superficial (superfície)
- Profundo (interno)
TERMOS ANATÔMICOS: PLANOS OU CORTES

Dividem o corpo ou uma parte do corpo em duas porções.


Direita e esquerda

Anterior e posterior

Superior e inferior
DIVISÃO ANATÔMICA DO SISTEMA NERVOSO
DIVISÃO ANATÔMICA DO SISTEMA NERVOSO
DIVISÃO ANATÔMICA DO SISTEMA NERVOSO
TELENCÉFALO
TELENCÉFALO: LOBOS CEREBRAIS
DIENCÉFALO
TRONCO ENCEFÁLICO
CEREBELO
MEDULA ESPINAL
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO

• Nervos: 12 cranianos e 31 espinhais.


• Gânglios: autonômicos (SNA) e sensitivos.
ANATOMIA E FUNÇÕES DA MEDULA ESPINAL
ANATOMIA E FUNÇÕES DA MEDULA ESPINAL

• Transporte de informações

Motoras: centros superiores → membros e demais estruturas externas


móveis (músculos).
Sensoriais: regiões periféricas (receptores sensoriais) → centros
superiores.

• Reflexos motores

• Traumas (movimentos e sensação/percepção)


MEDULA ESPINAL: REFLEXO MOTOR
ANATOMIA DO TRONCO ENCEFÁLICO: BULBO
ANATOMIA DO TRONCO ENCEFÁLICO: BULBO

Vista Posterior
ANATOMIA DO TRONCO ENCEFÁLICO: BULBO

Vista Anterior
ANATOMIA DO TRONCO ENCEFÁLICO: BULBO

Vista Posterior
BULBO: FUNÇÕES

• Transporte da informação sensorial para os centros superiores do


cérebro (núcleos e tratos); conexão com a medula espinal; transporte de
informações motoras (vias piramidais).

• Transição ponte-bulbo: principal fonte de inervação noradrenérgica do


SNC (locus coeruleus); controle das emoções e participação no ciclo
sono-vigília.
ANATOMIA DO TRONCO ENCEFÁLICO: PONTE

Sulco basilar
Estrias transversais
PONTE: QUARTO VENTRÍCULO

Vista Posterior
ANATOMIA DO TRONCO ENCEFÁLICO:
MESENCÉFALO

Vista Anterior
MESENCÉFALO: PEDUNCÚLO CEREBRAL

*Substância negra: importância na Doença de Parkinson


ANATOMIA DO TRONCO ENCEFÁLICO:
MESENCÉFALO

Vista Posterior
MESENCÉFALO: FUNÇÕES

• Controle dos movimentos oculares e conexões com vias auditivas.

• Controle da atividade dos músculos esqueléticos (substância negra).

• Integração dos comportamentos de defesa e controle da dor (adaptação


em animais e humanos) – substância cinzenta periaquedutal (dorsal e
ventral, respectivamente).

• Formação reticular: níveis de atenção e alerta; ciclo sono-vigília.

• Parte do Sistema de Recompensa do Cérebro – Área Tegmentar Ventral


(alta concentração de dopamina).
TRONCO ENCEFÁLICO: FUNÇÕES GERAIS

Participa da regulação das seguintes atividades biológicas:

• Respiração

• Batimentos cardíacos

• Pressão arterial
ANATOMIA DO CEREBELO: LOCALIZAÇÃO

Ao contrário dos órgãos vistos até o momento, no


cerebelo, assim como no cérebro, a substância
cinzenta localiza-se por fora da substância branca e
forma uma camada fina, o córtex.
ANATOMIA DO CEREBELO: FISSURAS E
LÓBULOS
CEREBELO: FUNÇÕES

• Regulação dos movimentos finos e complexos; aprendizagem


motora.

• Controle dos movimentos voluntários (coordenação motora).

• Funções não motoras (cognitivas), por meio de conexões com a


área pré-frontal do cérebro.

*Uso de ferramentas em humanos e outros animais.


*Na escola: movimentos realizados na escrita e no manuseio de
materiais escolares como um todo; atividades educativas que
envolvam movimentos (psicomotricidade).
CEREBELO: FUNÇÕES

• Determinação temporal e espacial durante os movimentos ou no


ajuste postural; equilíbrio.

• Controle do tônus muscular.

• Projeta-se reciprocamente para: córtex cerebral, sistema límbico,


tronco encefálico e medula espinhal.
CÉREBRO: DIENCÉFALO

• Diencéfalo: tálamo, hipotálamo, epitálamo e subtálamo.

• Quase todas estas partes (à exceção do subtálamo) têm relação


com o III ventrículo.

• Nesse sentido, é conveniente iniciar o estudo do diencéfalo por


uma descrição anatômica do III ventrículo.

• III ventrículo: é a cavidade do diencéfalo, constituída por uma


estreita fenda que se comunica com o IV ventrículo por meio do
aqueduto mesencefálico e com os ventrículos laterais pelos
forames interventriculares.
CÉREBRO: DIENCÉFALO

Ventrículo lateral

IV ventrículo

Aqueduto mesencefálico
CÉREBRO: DIENCÉFALO

(Glândula pineal)

Nervo óptico (par II)

Memória episódica
DIENCÉFALO: FUNÇÕES

• Tálamo: processamento das informações sensoriais provenientes


das regiões caudais do SN, e que se dirigem para o córtex.

• Epitálamo: secreção de melatonina pela glândula pineal (envolvida


no ritmo circadiano – sono), regulação de vias motoras e regulação
emocional.

• Subtálamo*: regulação da postura e movimento.

*Importância na Doença de Parkinson


DIENCÉFALO: FUNÇÕES (HIPOTÁLAMO)

Hipotálamo:

• Reações de estresse; ingestão de alimentos/água e demais funções


vitais; homeostase.

• Influencia nos sistemas endócrino, autônomo [simpático – respostas


ao estresse (prepara o organismo para a ação) e parassimpático –
conservação da energia e restauração da homeostase] e
motivacional (límbico).

• Hipófise: produção de hormônios reguladores; liberação desses


hormônios → hipotálamo.
CÉREBRO: TELENCÉFALO (HEMISFÉRIOS,
FISSURA LONGITUDINAL, CORPO CALOSO E
VENTRÍCULOS LATERAIS)
TELENCÉFALO: SULCOS E GIROS

• A superfície do cérebro possui depressões, os sulcos, que delimitam os giros (ou


circunvoluções cerebrais).

• Sulcos permitem um aumento considerável da superfície do cérebro sem grande aumento do


seu volume.

• 2/3 da área ocupada pelo córtex cerebral está “escondida” nos sulcos.

• Muitos sulcos são inconstantes e não recebem denominação.

• Outros, mais constantes, recebem nomes e ajudam a delimitar os lobos e as áreas cerebrais.

• Sulcos mais importantes (um por hemisfério): sulco lateral e sulco central.

• Existem diferenças individuais e inter-hemisféricas quanto ao padrão dos sulcos e dos giros
cerebrais (importância prática).
TELENCÉFALO: SULCOS E GIROS
TELENCÉFALO: SULCOS E GIROS (LOBOS)

• Sulcos cerebrais: ajudam a delimitar os lobos cerebrais.

• Lobos cerebrais: nomeados de acordo com os ossos do crânio com os quais se


relacionam.

• Assim, têm-se: lobos frontal, temporal, parietal e occipital.

• Além destes, existe a ínsula, situada profundamente no sulco lateral e que não tem
relação com os ossos do crânio.

• A divisão em lobos, embora de grande importância anatômica e clínica, não


corresponde a uma divisão funcional.

• Excetua-se, porém, o lobo occipital, que parece estar todo, direta ou indiretamente,
relacionado com a visão.
TELENCÉFALO: SULCOS E GIROS (LOBOS)
TELENCÉFALO: SULCOS E GIROS (LOBOS)
TELENCÉFALO: FACES (TIPOS DE ÂNGULOS DE
VISÃO)
TELENCÉFALO: FACE SÚPERO-LATERAL
TELENCÉFALO: FACE SÚPERO-LATERAL

• Giro frontal inferior do hemisfério esquerdo: Área de Broca (centro cortical da


palavra falada, ou da produção da fala – relação com a linguagem).
TELENCÉFALO: FACE SÚPERO-LATERAL

Córtex auditivo (ambos os lados)


TELENCÉFALO: FACE SÚPERO-LATERAL
TELENCÉFALO: FACE SÚPERO-LATERAL

• Afastando as bordas do sulco lateral, torna-se à mostra um ampla fossa, no fundo da qual
está situada a ínsula.
• A ínsula é um lobo cerebral que durante o desenvolvimento cresce menos que os demais
lobos, razão pela qual ela é aos poucos sendo recoberta pelos lobos vizinhos, o frontal, o
temporal e o parietal. Funções: empatia e nojo (anterior); paladar (posterior).

SULCOS E GIROS DO LOBO DA ÍNSULA


TELENCÉFALO: FACE MEDIAL

 Face medial: corte sagital mediano, expondo o diencéfalo e algumas estruturas inter-
hemisféricas.

• Corpo caloso: maior das comissuras inter-hemisféricas (une e comunica os


hemisférios cerebrais*).

*Importância na esquizofrenia: falha na comunicação, fazendo com que a pessoa


interprete que as informações vindas do hemisfério direito sejam do mundo externo
(alucinações e delírios).

• Fórnix: situado abaixo do corpo caloso, reforça a união dos hemisférios cerebrais e
representa o limite entre o diencéfalo e o telencéfalo.

• Área septal: separa os ventrículos laterais. Também possui função emocional, ligada
ao “amansamento” (lesões intensificam as situações de raiva e agressividade).
TELENCÉFALO: FACE MEDIAL (CORPO CALOSO,
FÓRNIX E ÁREA SEPTAL)

Septo

Hipocampo: consolidação da memória e orientação espacial


TELENCÉFALO: FACE MEDIAL

Sulco (ou ramo) paracentral


LOBOS FRONTAL, PARIETAL E OCCIPITAL Continuação do sulco central

Sulco do cíngulo Sulco (ou ramo) marginal

Sulco do corpo caloso


*
* Sulco parieto-occipital

*
Sulco calcarino

*
TELENCÉFALO: FACE INFERIOR

LOBOS TEMPORAL E OCCIPITAL


TELENCÉFALO: FACE INFERIOR

Sulco olfatório
LOBO FRONTAL

Nervo olfatório (par I)


TELENCÉFALO: FUNÇÕES GERAIS

 Área motora primária: giro pré-central.


 Área somestésica (sensitiva) primária: giro pós-central.

 Áreas corticais de associação:

• Pré-frontal: funções executivas.


• Parieto-têmporo-occipital: funções sensoriais superiores e linguagem.
• Límbica: emoções, memória e motivação.
TELENCÉFALO: FUNÇÕES GERAIS
TELENCÉFALO: FUNÇÕES GERAIS
ATIVIDADE SOBRE SULCOS E GIROS DO
TELENCÉFALO

Atividade teórico-prática: Faces do Telencéfalo...


MENINGES, SISTEMA VENTRICULAR E LÍQUOR

 Meninges: membranas de tecido conjuntivo que envolvem o sistema


nervoso central (SNC); são três: dura-máter*, aracnoide e pia-máter.

- Função: proteção dos centros nervosos.


- Importância clínica: frequentemente são acometidas por infecções
(meningites) ou tumores (meningiomas); acesso cirúrgico ao SNC envolve
contato com as meninges.

*O encéfalo não possui terminações nervosas sensitivas, ou seja, a


sensibilidade intracraniana se localiza na dura-máter (responsável pelas
“dores de cabeça”).
MENINGES, SISTEMA VENTRICULAR E LÍQUOR
MENINGES, SISTEMA VENTRICULAR E LÍQUOR

• Espaços meníngeos*: entre a dura-máter e a aracnoide existe o espaço subdural


(apenas para lubrificação entre as duas); entre a aracnoide e a pia-máter existe o
espaço subaracnóideo, que contém o líquor.

• Líquor (ou líquido encéfalo-espinhal): fluido aquoso e incolor que ocupa o espaço
subaracnóideo e as cavidades ventriculares do encéfalo (sistema ventricular).

• Funções do líquor: proteção mecânica do SNC, amortecendo os impactos entre o


tecido nervoso e o crânio/coluna vertebral; comunicação química entre as diferentes
partes do SNC.

• Importância clínica do líquor: coleta para realização de exames do tecido nervoso;


aplicação de anestesias (raquidiana).

*Na porção medular existe também o espaço epidural, entre a dura-máter e as vértebras.
MENINGES, SISTEMA VENTRICULAR E LÍQUOR

Ciclo do líquor: produção, circulação e absorção pelo sangue (nas granulações aracnoideas).

Hidrocefalia: ocorrência anormal do ciclo


do líquor no sistema ventricular.
- Tipos gerais: Comunicante e Não
comunicante.

Em ambos os casos, tem-se como


consequência o aumento da quantidade
e da pressão do líquor, levando à
dilatação dos ventrículos e à compressão
do tecido nervoso no crânio.
*Aumento do tamanho da cabeça: ocorre
durante a formação do feto, quando os
ossos do crânio ainda não estão
soldados.
- Prejuízos da dilatação dos ventrículos e
da compressão do tecido nervoso: danos
cognitivos e motores.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Livro Neuroanatomia Funcional, 3 ed.; Autores: Angelo


Machado & Lucia M. Haertel

Livro As bases Biológicas do Comportamento –


Introdução à Neurociência; Autor: Marcus Brandão
faculdadefractal.edu.br faculdadefractal

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