Higiene Hospitalar 2

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• Aula II – Higiene Hospitalar

- Métodos de Assépsia
- Infecção Hospitalar

UC: Perfusão Cardiovascular


Luanda, 2024 Docente: Nataniel Alberto
Objetivos

• Geral:
Destacar a importância e necessidade de Higiene
Hospitalar

• Específico:
Descrever as técnicas de Assépsia
Vancomicina

Cefoxitina

Ceftazidima

Objectivos: Antibiotico
profilaxia cirúrgica
Higiene Hospitalar
A Higiene Hospitalar compreende um conjunto de
medidas fundamentais a adotar visando a prevenção de
contaminação por graves doenças e outras infecções no seio
hospitalar.
Através da higienização, proporciona-se aos Pacientes
um ambiente limpo e esteticamente organizado,visando o
controlo e regulação de factores pessoais e ambientais que
possam actuar negativamente na saúde e bem estar.
Destacam-se 3 medidas em Higiene Hospitalar:

1. Limpeza Hospitalar - É a remoção de todo material


estranho ( sujeira, matéria orgânica ) de objectos ou
superfícies.
2. Desinfecção - Processo que elimina microrganismos
patogênicos em objectos inanimados com a excepção de
esporos bacterianos.
3. Esterilização – Refere-se ao processo de destruição de
todas as formas de vida microbiana.

Quando adotadas, estas medidas reduzem a


probabilidade de Infecção Hospitalar.
Infecção Hospitalar – É qualquer infecção
adquirida ( 48-72 horas) após admissão do doente num
hospital ou após sua alta, quando essa infecção estiver
directamente relacionada com a internação ou
procedimento hospitalar.
Principais causas de Infecção Hospitalar
Veículos de Infecções Hospitalares

Os mecanismos para as infecções Hospitalares


podem ser:
• Contacto (direto, indireto, gotículas orais/nasais);
• Veículos comuns (mãos, objetos contaminados e
fomites)
• Mecanismos aéreos (núcleos de gotículas e poeiras
contaminadas)
• Vectores da cadeia epidemiológica
Tipos de infecção

Infecção Endógena – Auto infecção

Infecção
Infecção Ambiental

Infecção
Exógena

Infecção cruzada
Auto infecção - O microorganismo em causa não é
patogénico em condições normais, bastando certos gestos
inadequados, ou simplesmente uma terapia antibiótica, para
permitir a sua multiplicação disseminação e implantação num
local onde poderá provocar uma infecção.

Infecção ambiental – É causada pela exposição a


agentes químicos ou físicos no ambiente, no local de trabalho
ou em ambientes pessoais .

Infecção cruzada - O microorganismo é transmitido


por:
• Contacto directo entre os doentes;
• Ar (poeiras dos tecidos, transportando a flora de um doente
Na Infecção cruzada, o microorganismo é transmitido por
objectos:
– Contaminados pelo próprio doente
– Contaminados pelas mãos do pessoal hospitalar
– Contaminados pelas visitas
INFECÇÕES MAIS FREQUENTES
1. Pneumonia hospitalar
Causas:
1. Entubação da via aérea - A incidência de Pneumonia
é 4 vezes maior em doentes entubados quando
comparado aos pacientes não entubados;
2. Irritação mecânica e injúria vascular causada pelo
tubo endotraqueal;
3. Reintubação;
4. Alcalinização do pH gástrico com o uso de anti-
ácidos;
2. Infecção do Tracto Urinário

Causas:
– Idade avançada;
– Sexo feminino;
– Doenças subjacentes graves;
– Colonização do meato uretral;
– Uso indiscriminado de antimicrobianos;
– Manipulações frequentes do tracto genito-urinário;
– Uso prolongado de cateter vesical
3. Infecção relacionada com o catéter vascular
Causas:
– Cateterização prolongada;
– Localização do cateter: Cateterização nos membros
inferiores apresentam maior risco em relação aos
membros superiores;
– Manipulação sem técnica asséptica;
– Função do cateter: catéteres utilizados para nutrição
parenteral apresentam maior risco de desenvolvimento
de infecção.
Outras causas a infecção por catéter vascular

– Técnica de Inserção: Os cateteres inseridos por via


percutânea apresentam um risco de infecção de 5%
enquanto que os inseridos por dissecção venosa
apresentam risco de 6,5%.

– Material do catéter: A aderência bacteriana é maior nos


catéteres de polietileno quando comparados aos de
teflon; além disso, as mais baixas taxas de infecção
(<0,2%) têm sido relatadas com o uso de agulhas de aço.
A transmissão de infecções faz-se acima de tudo pelo
Homem, pelo papel que ocupa na cadeia e transmissão. Por
esta razão, a prevenção das infecções, passa por:
1.Redução das transmissões de pessoa para pessoa (ex:
lavagem comum das mãos;  antibioterapia; nº de pessoas
que tratam o mesmo doente)
2. Supressão de contágio através dos materiais e
equipamentos (ex: desinfecção e esterilização de
materiais)
3. Assepsia regular e sistemática do meio ambiente
O Bloco Operatório (BO)
Bolo Operatório – é uma unidade orgânico – funcional
no qual é efectuada a prestação de tratamento anestésico,
cirúrgico e perfusão.
Centro Cirúrgico é um lugar especial dentro do hospital,
convenientemente preparado segundo um conjunto de
requisitos que o tornam apto à prática da cirurgia
Deve dispor das seguintes dependências:

• Vestiários Masculinos e Femininos

• Enfermaria

• Copa

• Sala de Estar
• Área de estocagem de material esterilizado. Esta poderá,
eventualmente, contar com uma autoclave de
esterilização rápida, para emergências.
• Sala de Expurga
• Bloco Operatório
• Sala de equipamentos- área usada para guardar aparelhos
como os de anestesia, bisturi elétrico, aspiradores, focos
portáteis, suportes de soro, mesas auxiliares e materiais
que, eventualmente, não estejam em uso. O aparelho de
raio X móvel poderá também ser guardado nessa sala,
caso não haja local específico para ele.
Lavabo – Útil para a assépsia
das mãos

Limpeza na UCI
Vestuário
• Fatos próprios
• Toucas cirúrgicas
• Barretes cirúrgicos
• Máscaras e Protecções oculares
• Calçado e Luvas
• Outras barreiras protectoras (ex: batas, propés)

O uso deste vestuário especial tem por objectivo:

-Prevenir a contaminação dos doentes e dos profissionais


expostos aos microorganismos ;
-Controlar a contaminação do ambiente cirúrgico;
-Promover um elevado nível de higiene e limpeza.
Limpeza das mãos
1. Manter as unhas curtas, limpas e sem adornos;
2. Abrir as torneiras com os cotovelos, molhando as mãos;
3. Enxaboar bem as mãos insistindo nos espaços
interdigitais e unhas, usando, se necessário, escovas de
unhas, durante cerca de 3 minutos;
4. Deixar correr água com abundância para arrastar todo o
sabão, fechar a água com o cotovelo;
5. Secar as mãos com toalha de papel absorvente que será
deitada fora após o uso.
Desinfecção das mãos
A desinfecção das mãos não substitui a necessidade de
utilização de luvas esterilizadas.

Esta tem por objectivos:

– Remover partículas e microorganismos transitórios das


unhas, mãos e antebraços

– Reduzir ao mínimo o nº de microorganismos resistentes na


pele

– Prevenir a proliferação de microorganismos


Indicações para a desinfecção das mãos:
– Antes de usar material estéril;
– Antes da colocação de catéteres urinários ou colheita de
hemoculturas, punções lombares;
– Antes de fazer pensos a queimados ou tratamentos a doentes
com baixo índice de imunidade;
– Antes de intervenções cirúrgicas;
– Antes e depois de manusear doentes infecciosos;
– Depois de fazer pensos sépticos
– Antes da prestação de qualquer cuidado que requeirá alto
grau de assépsia.
Tipos de Desinfecção das mãos
1. ACÇÃO MECÂNICA - remoção da sujidade e de
alguns microorganismos residentes.
2. ACÇÃO QUÍMICA - inibição da proliferação da flora
residente.

O anti-séptico deve:
Reduzir significativamente os microorganismos da pele
sã.
Conter compostos antimicrobianos não irritantes
Ser de largo espectro de acção
Ter uma acção rápida e efeito residual
Métodos de desinfecção
1. Métodos Físicos
• Calor húmido (vapor de água saturado; ebulição da água)
• Radiações UV (pouco eficaz)

2. Métodos Químicos
• Desinfectantes
• Antissépticos
Antissepticos

Propriedades desejáveis:
1. Elevada actividade germicida
2. Amplo espectro de acção antimicrobiana
3. Acção rápida e prolongada (efeito residual cumulativo)
4. Baixa tensão superficial
5. Actividade germicida em presença de matéria orgânica
6. Toxicidade mínima
7. Sem poder corrosivo (baixa causticidade)
8. Odor agradável ou ausente
9. Aplicação simples
10. Baixo custo
Antissepticos de Eleição:

• Clorohexidina - pH neutro; solúvel na água; inodoro;


apresentado sob a forma de sabão antisséptico com uma
concentração de clorohexidina de 4%
• Iodopovidona - 1% solução dérmica, solúvel em água;
solução tópica anti-séptica
“Quem é Humilde sente que é pequeno e
tenta aprender cada vez mais para se
tornar grande

Quem é arrogante sente que é grande e


tenta rebaixar outros só para se sentir
grande”
VIVA A PERFUSÃO!!!

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