Teoria Da História Iii 24junho

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TEORIA DA

HISTÓRIA
E
HISTORIOGRAFIA

UNIDADE III
•TÓPICO 1 – HISTORIOGRAFIA BRASILEIRA: DO IHGB
À GERAÇÃO DE 1930
•Durante o Período colonial foram escritos livros
sobre a História do Brasil, como os de Gandavo, Frei
Vicente do Salvador e Sebastião da Rocha Pita.
Obras que foram criticadas por abrir grande espaço
para a narração de eventos mágicos, como um
monstro que saiu do mar, na vila de São Vicente.
•No século XVIII existiu em Salvador a Academia
Brasílica dos Renascidos (Academia Brasílica dos
Esquecidos), sociedade literária buscava descrever a
história pátria dos primeiros séculos.
• Todavia, o principal livro escrito no século XVIII sobre o Brasil foi
História da América Portuguesa, de Sebastião da Rocha Pitta, um
dos primeiros historiadores nacionais.
 Após a Independência de Portugal, o Estado Brasileiro
criou , em 1838, ainda durante o período regencial, o
Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Instituto que
teria a função de escrever a história nacional, conforme os
interesses dos mandatários políticos do Brasil Império.
• Instituto Histórico teve como seus principais nomes os
historiadores Varnhagen, autor de História Geral do Brasil, e
Capistrano de Abreu, autor de A Viagem do Descobrimento,
onde apresentou que o primeiro navegador a apontar na
costa do Pau-Brasil foi o italiano Vicente Pinzón, aportou em
Cabo de Santo Agostinho (litoral pernambucano) no ano de
• Com isto, se desmentiu a visão portuguesa, que o Brasil
foi “descoberto” por Pedro Álvares Cabral em 1500.
• Rocha Pombo foi um dos principais historiadores
brasileiros da primeira metade do século XX. Tinha uma
escrita próxima aos historiadores metódicos do século
XIX europeu, como o alemão Hanke e o Francês Charles
Segnobois. Isto é, sua principal preocupação era a de
descrever os eventos ao invés de analisá-los.
• Afonso de Taunay a sua produção intelectual como
historiador se destacou na pesquisa sobre os
bandeirantes paulistas, porém, ao invés destes serem
apresentados como assassinos, eles foram tidos como
os heróis paulistas, que possibilitaram a expansão do
território da América Portuguesa.
• Pedro Calmon foi um dos principais destaques do IHGB
ao longo do século XX. Sua produção historiográfica se
caracterizou por uma narrativa mais positivista, ligada
em grande parte às questões políticas e da história do
Estado.
• Américo Jacobina Lacombe, historiador ligado ao
pensamento católico conservador, escreveu
importantes textos sobre a história da igreja no Brasil,
além de livros sobre questões culturais em geral.
 Nos anos 1930, como uma reação ao pensamento
conservador de Alberto Torres e Oliveira Vianna.
• Alberto Torres é classificado como pertencente a uma
linha intelectual conservadora, pois, alguns analistas
vinculam suas ideias a uma perspectiva autoritária da
• Oliveira Vianna se afirmou um seguidor dos ideais
propostos por Alberto Torres, e também foi um dos
mais importantes intelectuais do denominado
conservadorismo brasileiro.
• Em grande parte, o pensamento de Oliveira Vianna
era marcado por um forte e lastimável racismo. Para
ele, o Brasil Meridional era mais desenvolvido por
contar com maior carga de “elementos brancos”.
 Surgiram três grandes interpretes da realidade
nacional: Gilberto Freire, Caio Prado Júnior e Sérgio
Borque de Holanda.
• Gilberto Freire: foi um dos principais intelectuais
brasileiros do século XX. E, que se opôs de forma
radical ao racismo de Oliveira Vianna.
• Sua obra foi a primeira a criticar o pensamento
conservador brasileiro foi Casa-Grande e Senzala, na
qual apontava a miscigenação racial como uma das
principais contribuições da cultura brasileira aos
demais países do mundo, e aponta a cultura de
tolerância e convivência inter-racial no Brasil como
uma das características do povo brasileiro.
• Caio Prado Júnior é o autor do livro Formação do
Brasil Contemporâneo: foi o pioneiro pensador
marxista brasileiro a qual inaugurou a utilização do
materialismo histórico e dialético na historiografia
nacional. Teve uma importância destacada como um
ativo militante do PCB – o Partido Comunista
Brasileiro. Oriundo de uma das mais tradicionais
• Do ponto de vista teórico, a sua principal contribuição ao
debate foi pensar a história brasileira através das
diferenças sociais, utilizando a categoria de análise
classe. Pois, são as diferenças entre as classes que
possibilitam compreender as dinâmicas excludentes do
capitalismo.
• Sérgio Buarque de Holanda: estudou na Alemanha no
final dos anos 1920 e início da década de 1930, onde
teve contato com o pensamento de importantes
intelectuais germânicos. Em 1936, publicou um
importante livro para a compreensão da realidade
nacional: Raízes do Brasil, onde propõem uma
interpretação da realidade nacional pautada em
categorias de análise do sociólogo alemão Max Weber,
como o patrimonialismo, que consiste na falta de
•porém o mais debatido capítulo de Raízes do
Brasil é “O Homem Cordial”. Este capítulo afirma
ser o brasileiro extremamente passional, ligado às
relações pessoais de família e parentesco, e não a
racionalidade e impessoalidade. Assim, o brasileiro
não seria um homem pautado pela racionalidade
analisada por Max Weber na sociedade europeia
(racional), mas sim pela cordialidade ibérica
(emocional).
TÓPICO 2 – A HISTORIOGRAFIA BRASILEIRA
DURANTE A GUERRA FRIA
•A historiografia brasileira durante a guerra-fria
retratava as disputas políticas e sociais daquele
período.
• Além de Gilberto Freire, Caio Prado Júnior, o Brasil
possuiu outros Ensaístas da Realidade Nacional,
que podem ser divididos entre marxistas e não
marxistas.
• Os principais ensaístas marxistas foram: Nelson
Werneck Sodré, Leôncio Basbaum, Alberto Passos
Guimarães, Jacob Gorender e Darcy Ribeiro.
• Nelson Werneck Sodré foi um importante
intelectual marxista, autor de livros como
Formação Histórica do Brasil, História da Imprensa
no Brasil, História Militar do Brasil, além de dois
livros memorialísticos, e esteve relacionado a
vários dos debates historiográficos e políticos do
• Leôncio Bausbaun, membro do Partido Comunista
Brasileiro, teve como o seu principal livro A História
sincera da república.
• Alberto Passos Guimarães escreveu Quatros Séculos de
Latifúndio, texto no qual criticava a estrutura fundiária
brasileira.
• Estes autores estavam ligados a uma visão majoritária
do Partido Comunista Brasileiro, sobre a existência de
um “feudalismo colonial no Brasil”. Tese hoje refutada
(isto é, desmentida).
• Jacob Gorender foi um ativo militante do Partido
Comunista Brasileiro. Em seus escritos está presente
uma crítica ao Partido Comunista Brasileiro, do qual se
retirou, sendo posteriormente membro do Partido
• O livro Combate nas trevas apresenta uma revelação
polêmica. Os justiçamentos, isto é, os assassinatos
cometidos por membros dos grupos guerrilheiros, cuja
motivação era eliminar os que desejavam sair da luta
armada contra a ditadura.
• Darcy Ribeiro: Antropólogo de formação, que possuiu
alguns importantes ensaios com os quais influenciou a
historiografia. Na obra o Processo civilizador apontou uma
interpretação, com base no materialismo histórico e
dialético, sobre a história humana.
• Na visão de Darcy Ribeiro, o Brasil estaria em gestação uma
nova Roma. Assim como todos os caminhos do mundo
levavam à antiga Roma, os caminhos do mundo passavam
pelo Brasil, ao ter, em nosso país, representantes de quase
todas as etnias que existem ao redor do globo.
• Os principais ensaístas não marxistas foram:
Victor Nunes Leal, Raymundo Faoro, Vianna
Moong e José Honório Rodrigues.
• Raymundo Faoro foi um destacado advogado
brasileiro com importante presença no processo
de redemocratização ao final da ditadura militar.
Em Os Donos do Poder, Faoro apresenta como
uma categoria social, que ele denominou (com
inspiração no sociólogo alemão Max Weber) como
“estamento patrimonial”, que acabou por se
transformar nos “donos do poder”.
• Victor Nunes Leal foi um importante intelectual
brasileiro, que escreveu um importante texto para a
compreensão da dinâmica eleitoral do período
republicano: Coronelismo Enxada e Voto.
• Em grande parte, Leal apresentou uma visão crítica
sobre as relações de poder e a corrupção que
permeava as eleições brasileiras.
• Viana Moong, na obra Bandeirantes e pioneiros,
apresentou uma comparação entre as formas de
colonização no Brasil e os Estados Unidos da América.
Enquanto nas colônias inglesas da América do Norte,
os pioneiros buscaram construir uma nova nação, na
América portuguesa, a ética da colonização era a do
enriquecimento a qualquer custo.
• Em São Paulo, a USP contou com a presença de uma
missão de professores universitários franceses, que
contribuíram para a formação de uma importante
geração de historiadores brasileiros. Entre os
professores franceses que estiveram trabalhando em
São Paulo, eram destaque Jean Gagé, Emille
Leonard, e, especialmente Fernand Braudel.
• As principais instituições a pesquisar a história
brasileira durante a segunda metade do século XX
foram a USP (Universidade de São Paulo), a CEPAL
(Comissão Econômica Para a América Latina), o ISEB
(Instituto Superior de Estudos Brasileiros, entidade
extinta com o Golpe de 1964) e a FGV (Fundação
Getúlio Vargas).
• Outra importante instituição que trabalhou (e
ainda trabalha) com questões ligadas à História
Brasileira é a FGV – Fundação Getúlio Vargas. O
CPDoc – Centro de Pesquisa e Documentação em
História Contemporânea do Brasil, contou com a
colaboração de grandes pesquisadores, como
Maria Celina de Araújo, Ângela de Castro Gomes,
Celso Castro, entre outros pesquisadores.
• Os principais debates acadêmicos foram sobre a
estrutura econômica do Brasil Colonial
(feudalismo, patrimonialismo, escravismo,
capitalismo) e sobre a Revolução de 1930 (Golpe
ou Revolução? Rearranjo entre as elites ou avanço
• Os brasilianistas, isto é, norte-americanos que
estudam a história brasileira, estiveram presentes no
Brasil em grande número, durante a Guerra-fria.
• Entre os principais nomes, se podem citar Thomas
Skidmore, autor de um importante texto sobre a
historiografia do Brasil Republicano o livro De
Getúlio a Castelo.
TÓPICO 3 – A HISTORIOGRAFIA BRASILEIRA
CONTEMPORÂNEA
• Ao partirmos da premissa do historiador francês
Marc Bloch que a história é filha do seu tempo, os
debates contemporâneos, em seu âmbito cultural,
social, político, econômico e religioso, possuem
• As transformações sociais globais com o fim da
Guerra-Fria estabeleceram novos paradigmas
teóricos aos historiadores brasileiros, não mais
vinculados ao marxismo ortodoxo.
• A maior parcela dos historiadores começou a se
interessar por outras temáticas, relacionadas à
denominada Escola dos Annales, como a Nova
História Cultural (PESAVENTO, 2003).
• Também podemos relacionar uma revisão das teses
marxistas, em especial a recusa aos determinismos
econômicos dos modos de produção, buscando
inspiração não mais no marxismo soviético, mas
sim, no marxismo inglês de Eric Hobsbawm e
Edward Thompson (FENELON, 2014).
• Uma das principais características da historiografia
brasileira nas últimas décadas foi um amplo
processo de profissionalização da ocupação de
historiador, ao mesmo tempo em que jornalistas
ganharam notoriedade publicando livros de
história que foram sucessos editoriais.
• Os jornalistas Eduardo Bueno, com seu livro A
viagem do descobrimento, e Laurentino Gomes,
com seu livro 1808, que retrata a vinda da família
real, são os principais exemplos. Ambos os livros,
não escritos por historiadores, mas por jornalistas,
foram úteis na divulgação de dados históricos.
• Por História Atlântica se pode compreender uma
abordagem analítica na qual se privilegia abordar a
formação territorial, cultural, política e econômica do
Brasil o relacionando as dinâmicas comerciais do
Atlântico Sul nos séculos da Idade Moderna.
• Os principais debates em História do Brasil Colonial se
referem à História Atlântica, no qual se destacaram os
estudos de Luis Felipe de Alencastro.
• Autor de O trato dos viventes: a formação do Brasil no
Atlântico Sul, aborda a importância do tráfico negreiro
para a compreensão da formação do Brasil.
• Bivar Marquese (USP) e Silvia Lara (UNICAMP). A
pesquisa sobre a questão da escravidão está hoje
envolta aos debates relativos às formas de legitimação
do poder metropolitano português sobre a sua colônia
• Os principais debates em relação ao Brasil Império se
relacionam aos estudos de dois importantes
historiadores: José Murilo de Carvalho e Sidney
Chalhoub.
• Os principais debates sobre a Guerra do Paraguai
expuseram dois historiadores com posições distintas. Júlio
José Chiavenato, que apontava a presença do
Imperialismo Inglês como principal motivador para a
guerra, e Francisco Doratioto, que apresenta as disputas
políticas dos países platinos como principal motivador
para a Guerra do Paraguai ter ocorrido.
 Entre as novas tendências historiográficas, podemos citar:
a nova história cultural, a história das mulheres e
relações de gênero, a nova história social, a história
indígena e a nova história ambiental.
• Outro autor ligado à Nova História Cultural no Brasil e
que merece especial destaque é Mary Del Priori, que
trabalhou com questões ligadas às sensibilidades e
mitos sociais. Alguns de seus livros ganharam grande
destaque na imprensa, ao relatar aspectos da vida
cotidiana e da intimidade de personagens famosos,
como D. Pedro II.
• Nicolau Svcenko autor de um clássico da historiografia
brasileira, tese defendida na universidade de São Paulo
e publicada com o nome de A literatura como missão,
no qual foi analisada a produção dos escritores durante
a primeira república (1889-1930).
• A micro-história italiana cujos principais teóricos são
Geonavi Levvi e Carlo Gizburg, também influenciaram os
• A influência de Foucault é muito grande, pois o autor
trabalhou com temas caros aos historiadores culturais,
como a história da loucura, a formação de espaços de
reclusão, como quartéis, e também a história da
sexualidade, importantes aos pesquisadores da história
das mulheres e das relações de gênero.
• História das mulheres e das relações de gênero,
destacamos artigos e obras das historiadoras Joan Scott
e Simone de Beavoir(Segundo Sexo)
• Entre as historiadoras que se destacaram nas pesquisas
relativas à história das mulheres e relações de gênero
no Brasil, temos a presença de Margareth Rago, da
Unicamp, Mary Del Priori, da USP, além de Cristina
Scheibe Wolf e Joana Maria Pedro, da Universidade
• Nova História Social Inglesa. Em especial, o livro A formação da
classe operária inglesa, do historiador social E. P. Thompson,
foi uma influência para estes historiadores, que pesquisam
temas relacionados à história dos trabalhadores brasileiros.
• Alguns temas como o dos trabalhadores das cidades, novas
visões sobre as greves e motins urbanos, assim como também
uma nova visão da realidade social dos operários fabris.
• Um conceito importante utilizado pelos marxistas
thompsonianos é o conceito de experiência operária. Abordar
a história nos movimentos de trabalhadores a partir das suas
vivências. Destacamos Cláudio Batalha, Marcelo Badaró Mattos
e Edgar de Deca.
• História Indígena a contribuição veio de John Manuel Monteiro
para a História dos Indígenas Brasileiros uma análise sobre a
historiografia produzida sobre os indígenas brasileiros.
• José Augusto Pádua, autor do livro Um sopro de
destruição, elaborou uma história das legislações
ambientais brasileiras ao longo do século XIX. Uma das
importantes contribuições foi de dar historicidade às
legislações ambientais.
• Um dos mais polêmicos debates acadêmicos atuais versa
sobre os significados da ditadura militar brasileira. Muitos
intelectuais foram perseguidos pela ditadura militar,
porém os historiadores buscam realizar uma reflexão não
coorporativa do golpe de Estado, intentando compreender
o mecanismo social e político que o possibilitaram.
• Entre os principais formuladores deste primeiro debate
sobre a ditadura militar estão os historiadores Hélio Silva,
Renê Armand Dreiffus, Alberto Moniz Bandeira, além do
jornalista Élio Gáspari.
• Hélio Silva foi autor do livro 1964 Golpe ou
contragolpe? Em grande parte, utilizando como fonte
as notícias jornalísticas veiculadas em jornais do eixo
Rio-São Paulo.
• Os trabalhos importantes para o entendimento do
golpe militar de 1964 foram os produzidos por
Alberto Moniz Bandeira e Rene Armand Draiffus.
• Alberto Moniz Bandeira escreveu o livro, O governo
João Goulart e as lutas sociais no Brasil, que
apresentou uma análise das reformas de base do
governo João Goulart.
• Renê Armand Dreiffus, em a Conquista do Estado
(1964), apresentou a existência de grupos, muitos
deles financiados pelo grande capital internacional, e
• Élio Gáspari fontes primárias documentais produzidas
pelos generais Couto e Silva e Geisel, escreveu quatro
importantes livros que apresentam uma análise da
ditadura pelos olhos de um grupo político de militares
liberais, denominados como os da linha moderada.
• Rodrigo de Pato Sá Motta, escreveu um importante
livro Em guarda contra o perigo vermelho (MOTTA,
2002), no qual aborda a construção do imaginário
anticomunista, fundamental para compreender o
golpe.
• Daniel Araão Reis aborda o regime como um golpe
civil militar. Isto porque grande parte dos políticos
civis e dos empresários nele se envolveram, tanto na
conspiração, quanto na legitimação do golpe.
Simulado
1. Os estudiosos da historiografia brasileira costumam descrever que as abordagens
historiográficas inovadoras de Gilberto Freyre e Sérgio Buarque de Holanda motivara a
construção de outros livros, que podem ser considerados como ensaísticos. O ensaísmo
foi muito presente no Brasil entre os anos 1940 até meados dos anos 1980. Nesse
contexto, temos a classificação de dois grandes blocos dos ensaios e textos de síntese
sobre a história brasileira. Num primeiro bloco, os autores ligados ao materialismo
histórico e dialético. Num segundo, autores que eram ligados ao pensamento liberal. A
esse respeito, analise as afirmativas a seguir:
I- Darcy Ribeiro foi classificado como ligado à compreensão teórica do materialismo
histórico e dialético.
II- Jacob Gorender foi classificado como ligado à compreensão teórica do materialismo
histórico e dialético.
III- Nelson Werneck Sodré não foi classificado como ligado à compreensão teórica do
materialismo histórico e dialético.
IV- Raymundo Faoro não foi classificado como ligado à compreensão teórica do
materialismo histórico e dialético.
Assinale a alternativa CORRETA:
A) As afirmativas II e III estão corretas.
B) As afirmativas III e IV estão corretas.
C) As afirmativas I, II e III estão corretas.
D) As afirmativas I, II e IV estão corretas.
2. Os brasilianistas foram os intelectuais estrangeiros que estudaram a história
brasileira a partir do século XIX, mas foram norte-americanos que estiveram
presentes no Brasil em grande número. Entre os anos de 1970 e 1980, existiu
uma “Colônia Brasilianista”, nas Universidades Brasileiras. A esse respeito,
classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
( ) Pode ser compreendida pelo interesse norte-americano de obter um
maior conhecimento sobre o maior país da América do Sul.
( ) Pode ser compreendida pelo desejo da Ditadura Militar em ampliar o
sistema universitário brasileiro, que estava com uma defasagem de mão de
obra.
( ) Pode ser compreendida a recepção de novas ideias e tendências
historiográficas, ligados a uma abordagem mais antropológica que econômica
para o Brasil.
( ) Pode ser compreendida pelo interesse do governo militar, nos anos 1970,
ampliar a Pós-graduação no Brasil.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
A) V - F - V - F.
B) F - V - V - F.
C) F - V - V - V.
3. Durante a Guerra Fria, a historiografia brasileira viu-se também dividida
em dois grandes blocos: aqueles historiadores que se valiam do método
do materialismo histórico e dialético de um lado, e aqueles ligados ao
pensamento liberal de outro. Os dois lados produziram grande ensaios
nos quais procuravam realizar sínteses acerca da história brasileira e do
caráter nacional. Muitas vezes, a compreensão da realidade brasileira teve
uma interpretação antagônica por parte desses historiadores de uma e
outra escola de pensamento. A partir das principais obras do período,
classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas: ( ) Os
historiadores liberais defendiam a ideia de um "feudalismo colonial" no
Brasil. ( ) Os historiadores marxistas defendiam a ideia de um domínio
estamental no Brasil. ( ) Historiadores liberais denunciaram o
justiçamento entre os guerrilheiros de esquerda. ( ) Intérpretes marxistas
da história do Brasil louvavam a miscigenação de nosso país.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
A) F - V - V - V.
B) V - F - V - F.
C) F - F - F - V.
4. Augusto Comte propunha uma síntese das disciplinas científicas que, com a
adoção de uma política positiva, desse conta da análise dos conflitos e
contradições da sociedade para a proposição de soluções, pela via da reforma.
Com tal objetivo Comte volta-se para a Filosofia da História, pretendendo
caracterizar os grandes estágios de evolução do pensamento humano. Assim,
esse pensador reconstitui a História em um grande esquema que ficou
conhecido como "a lei dos três estados".
Quanto ao pensamento de Comte e a lei dos três estados, analise as seguintes
sentenças:
I- Para Comte, a religião, base espiritual do homem, perdurará para
sempre.
II- Para Comte, a propriedade privada deveria ter uma função social.
III- Para Comte, a história é imprevisível e fruto do acaso.
IV- Para Comte, no Estado Teológico o sobrenatural explica os fenômenos.
Assinale a alternativa CORRETA:
A) As sentenças III e IV estão corretas.
B) Somente a sentença I está correta.
C) As sentenças II e IV estão corretas.
D) As sentenças I e III estão corretas.
5. A produção ensaística acerca da História Brasileira, que marcou o
período da produção intelectual nessa área entre as décadas de 1940
e 1980 no Brasil, teve entre os intelectuais marxistas seus mais
profícuos autores. Aqueles que lançavam mão do método
materialista-dialético na produção de textos sínteses sobre nossa
história deram suas contribuições ao entendimento de nossa nação.
Inaugurada por Caio Prado Júnior, a perspectiva marxista de análise
da realidade nacional produziu ensaios interpretativos e também
pesquisas acadêmicas. Sobre as obras dos autores marxistas no
período referido, assinale a alternativa CORRETA:
A) Sodré criticou a perspectiva de que teria havido uma fase feudal
no Brasil.
B) Ribeiro via na nossa diversidade étnica os motivos da indolência e
da malandragem do povo brasileiro.
C) Gorender defendia a ideia de que o Brasil conheceu um
feudalismo colonial.
D) Passos Guimarães escreveu trabalhos críticos à estrutura
6. Nos últimos anos, assistimos à incorporação na produção
historiográfica brasileira de uma temática relativa ao segmento mais
excluído da população brasileira, os povos indígenas. Esse tema foi
negligenciado amplamente durante a maior parte do fazer histórico
em nosso país, a partir da perspectiva preconceituosa de que não era
possível fazer uma história indígena, apenas uma etnografia desses.
Embora o desenvolvimento de uma historiografia indígena brasileira
tenha tido um atraso em nosso país, hoje já contamos com
importantes obras sobre o tema. Com relação à história indígena,
analise as seguintes sentenças: I- Privilegia-se a análise das relações
indígenas X Estado. II- Somente historiadores tem feito o resgate dessa
História. III- Usam-se como fontes os códices indígenas achados. IV-
Aparecem cursos de licenciatura em História para indígenas. Assinale a
alternativa CORRETA:
A) As sentenças I e IV estão corretas.
B) As sentenças II, III e IV estão corretas.
C) As sentenças I e III estão corretas.
D) Somente a sentença I está correta.
7. No início do século XVIII, destaca-se na produção historiográfica
um pensador original que se contrapôs tanto à tradição
historiográfica medieval, como àquela da modernidade, que estava
sendo forjada. Giambattista Vico desenvolveu uma teoria única da
História, compreendendo a caminhada humana como cíclica e
caracterizada por fases distintas e constantes. Quanto à divisão por
fases da História e sua caracterização por Vico, classifique V para as
sentenças verdadeiras e F para as falsas: ( ) Na fase dos deuses, a
forma de governo predominante é teocrática. ( ) Na fase dos heróis, o
pensamento é esotérico e de caráter cifrado. ( ) Na fase dos homens,
aparecem as condições para surgir a filosofia. ( ) Na fase dos heróis, a
distinção social é demarcada pelo trabalho. Assinale a alternativa que
apresenta a sequência CORRETA:
A) F - F - V - V.
B) V - F - V - F.
C) F - V - V - F.
D) V - F - F - V.
8. Entre as mudanças que aconteceram na historiografia do século XX,
cabe destacar as transformações teóricas e metodológicas decorrentes
do surgimento da Escola dos Annales. A tradição dos Annales iniciada por
Marc Bloch e Lucien Febvre abriu a possibilidade interdisciplinar entre as
Ciências sociais e a História. Sobre a história dos Annales, classifique V
para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
( ) Focava suas análises em grandes personagens em aspectos de suas
personalidades e seus grandes feitos.
( ) Buscava evidenciar uma história centrada nos acontecimentos
políticos e heróis.
( ) Defendia um posicionamento neutro e impessoal do historiador. ( )
Criticava o foco na história política e numa busca incessante de um
retorno às origens. Assinale a alternativa que apresenta a sequência
CORRETA:
A) F - F - F - V.
B) V - V - F - F.
C) F - V - V - V.
9. Na segunda metade do século XX, uma nova metodologia se
propagou nos estudos históricos: a micro-história. Tornou-se
mundialmente conhecida através da produção intelectual do
historiador italiano Carlo Ginzburg após a publicação da bra intitulada
"O queijo e os vermes". Sobre as características da micro-história,
analise as sentenças a seguir:
I- Enfatiza os indíviduos, suas expectativas, frustações, alegrias,
sofrimentos e os meandros do cotidiano.
II- É marcada por um procedimento analítico que reduz a escala do
objeto analisado.
III- A micro-história não fomenta nenhum subsídio para entender a
sociedade numa escala mais global.
Assinale a alternativa CORRETA:
A) As sentenças II e III estão corretas.
B) As sentenças I e II estão corretas.
C) Somente a sentença I está correta.
D) As sentenças I e III estão corretas.
10. A historiografia brasileira no período Pré-IHGB pode ser
descrita como um tempo no qual a História do Brasil foi incluída
dentre a História do império ultramarino português. Muitos
foram os escritos que passavam a construir um relato sobre as
ações portuguesas na construção da colônia. Tivemos a primeira
História brasileira escrita em 1576, de nome História da Província
de Santa Cruz.
Quais foram os principais agentes sociais a descreverem a
organização dos primeiros relatos da vida brasileira dos primeiros
séculos?
A) Foram escritas por padres, como os jesuítas José de Anchieta.
B) Foi escrita por juristas, como Francisco Adolfo de Varnhagen.
C) Foi formulada por sociólogos, como Gylberto Freire e Sergio
Buarque de Holanda.
D) Foi formulada por historiadores, como Capistrano de Abreu.

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