Mostrar código-fonte de Crise russo-ucraniana (2021–2022)

[[Ficheiro:Russian forces near Ukraine, 2021-12-03 (crop).jpg|miniaturadaimagem|350px|Avaliação da inteligência dos EUA sobre o movimento de tropas russas perto da fronteira com a Ucrânia em 3 de dezembro de 2021. Estima-se que a Rússia tenha mobilizado cerca de 70 mil soldados, principalmente a uma distância de 100 a 200 km da fronteira ucraniana. Estima-se que o número pode aumentar para 175 mil.]]
{{Campanhainfo Guerra Russo-Ucraniana}}
A '''crise russo-ucraniana de 2021''' foi uma crise internacional entre a [[Rússia]] e a [[Ucrânia]] que começou em 3 de março de 2021 e culminou na [[Invasão da Ucrânia pela Rússia (2022–presente)|invasão russa do território ucraniano]].<ref name="reuters">{{citar web|url=https://www.reuters.com/world/europe/events-leading-up-russias-invasion-ukraine-2022-02-28/|título=Timeline: The events leading up to Russia's invasion of Ukraine|publicado=[[Reuters]]|acessodata=18 de agosto de 2023}}</ref> A Rússia reuniu cerca de cem mil soldados e equipamentos militares perto de sua fronteira com a Ucrânia, representando a maior mobilização de força desde a [[Anexação da Crimeia à Federação Russa|anexação da Crimeia]] pelo país em 2014. Isso precipitou uma [[crise diplomática]] e gerou preocupações sobre uma possível invasão até então. Imagens de satélite mostraram movimentos de armaduras, mísseis e outras armas pesadas. As tropas foram parcialmente removidas em junho.<ref>{{citar web |título=The Russian and Ukrainian Spring 2021 War Scare |url=https://www.csis.org/analysis/russian-and-ukrainian-spring-2021-war-scare |publicado=Center for Strategic and International Studies |acessodata=27-01-2022 |língua=en |data=21-09-2021 |arquivodata=25-11-2021 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20211125015039/https://www.csis.org/analysis/russian-and-ukrainian-spring-2021-war-scare}}</ref> A crise foi renovada em outubro e novembro de 2021, quando centenas de milhares de soldados russos foram novamente concentrados perto da [[Fronteira Rússia-Ucrânia|fronteira]] em dezembro.<ref>{{citar jornal|último=Troianovski|primeiro=Anton|autorlink=Anton Troianovski|último2=Sanger|primeiro2=David E.|data=2022-01-16|título=Russia Issues Subtle Threats More Far-Reaching Than a Ukraine Invasion|língua=en|obra=The New York Times|url=https://www.nytimes.com/2022/01/16/world/europe/russia-ukraine-invasion.html|acessodata=2022-01-27|issn=0362-4331}}</ref>

A crise decorreu da prolongada [[Guerra Russo-Ucraniana|intervenção russa na Ucrânia]] que começou no início de 2014. Em dezembro de 2021, a Rússia avançou dois projetos de tratados que continham solicitações do que chamou de "garantias de segurança", incluindo uma promessa juridicamente vinculativa de que a Ucrânia não se juntaria à [[Organização do Tratado do Atlântico Norte]] (OTAN), bem como uma redução nas tropas da OTAN e equipamentos militares estacionados na Europa Oriental e ameaçava uma resposta militar não especificada se essas demandas não fossem atendidas integralmente. Os Estados Unidos e outros membros da OTAN rejeitaram esses pedidos e alertaram a Rússia sobre o [[Sanções contra a Rússia|aumento das sanções econômicas]] caso ela invada ainda mais a Ucrânia. As negociações diplomáticas bilaterais EUA-Rússia foram realizadas em janeiro de 2022, mas não conseguiram desarmar a crise. A crise foi descrita como uma das mais intensas desde a [[Guerra Fria]].<ref name="reuters"/>

== Antecedentes ==
{{AP|Guerra Russo-Ucraniana|Guerra em Donbas|Expansão da OTAN}}
O agravamento das [[Relações entre Rússia e Ucrânia|relações russo-ucranianas]] ocorreu no final de outubro – início de novembro e foi provocado pelo primeiro uso de combate do [[veículo aéreo não tripulado]] (UAV) ucraniano Bayraktar TB2 contra as formações da [[República Popular de Donetsk]]. A mensagem sobre o uso de UAVs apareceu quase simultaneamente com as notícias sobre a ocupação do vilarejo de Staromarievka na linha de contato das partes, na qual viviam na época 37 cidadãos russos que receberam passaportes sob o programa simplificado.<ref name="kommersant">{{Citar web|url=https://www.kommersant.ru/doc/5051898|titulo=Донбасс становится беспилотной зоной – Газета Коммерсантъ № 197 (7159) от 28.10.2021|data=27 de outubro de 2021|website=kommersant.ru}}</ref><ref name="rbc">{{Citar web|url=https://www.rbc.ru/politics/26/10/2021/61785add9a794748d9d49a0f|titulo=Генштаб Украины показал первое применение дрона Bayraktar в Донбассе — РБК|website=rbc.ru}}</ref>

Falando em uma reunião relacionada à defesa em 2 de novembro, o [[Presidente da Rússia|presidente russo]] [[Vladimir Putin]] disse que a Rússia está monitorando de perto o uso de UAVs "perto das fronteiras da Rússia" e deve analisar cuidadosamente a situação a esse respeito. De acordo com observadores da [[Organização para a Segurança e Cooperação na Europa]] (OSCE), o regime de cessar-fogo começou a ser violado duas vezes mais do que em 2020 (durante o período da noite de 29 de outubro à noite de 31 de outubro, o regime de cessar-fogo na [[Oblast de Donetsk|região de Donetsk]] foi violado 988 vezes e em [[Luhansk]] — 471 vezes). Os observadores da Missão de Monitoramento Especial da OSCE para a Ucrânia relataram o movimento de equipamentos militares das [[Forças Armadas da Ucrânia]], bem como repetidas tentativas de abafar o sinal de seus UAVs, que são usados para monitorar o terreno. Ao mesmo tempo, surgiram publicações na mídia ocidental de que a Rússia estava novamente puxando tropas para a fronteira ucraniana. Fotos de satélite de veículos blindados russos foram citadas como evidência.<ref name="kommersant2">{{Citar web|url=https://www.kommersant.ru/doc/5062123|titulo=От беспилотников к беспредельникам – Мир – Коммерсантъ|data=2 de novembro de 2021|website=kommersant.ru}}</ref>

Nos dias 2 e 3 de novembro, o diretor da [[Central Intelligence Agency|Agência Central de Inteligência]] dos EUA (CIA), [[William Joseph Burns|William Burns]], reuniu-se com altos funcionários da inteligência russa em [[Moscou]]. Segundo a [[CNN]], o objetivo da viagem era transmitir ao [[Kremlin de Moscovo|Kremlin]] a preocupação do [[Presidente dos Estados Unidos]] [[Joe Biden]], com a situação na fronteira com a Ucrânia. Fontes do canal de TV informaram que após a viagem, Burns conversou por telefone com o [[Presidente da Ucrânia|presidente ucraniano]] [[Volodymyr Zelensky]] para aliviar as tensões entre Moscou e [[Kiev]]. Com o mesmo propósito, um alto funcionário do [[Departamento de Estado dos Estados Unidos]] foi enviado à Ucrânia em 4 de novembro.<ref name="gazeta">{{Citar web|url=https://www.gazeta.ru/politics/2021/11/06_a_14173627.shtml|titulo=CNN объяснил, зачем глава ЦРУ приезжал в&nbsp;Москву – Газета.Ru|website=gazeta.ru}}</ref>

Em 2 de novembro, Dmytro Yarosh, ex-líder da [[Setor Direito|organização Setor Direito]], foi nomeado conselheiro do Comandante-em-Chefe das Forças Armadas da Ucrânia Valery Zaluzhny. Em 4 de novembro, foi aprovado um novo ministro da Defesa – ex-vice-primeiro-ministro – Ministro da Reintegração dos Territórios Ocupados Temporariamente, Oleksii Reznikov, que participou das reuniões do [[Grupo de Contato Trilateral sobre a Ucrânia|Grupo de Contato Trilateral]] em nome da Ucrânia.<ref name="kommersant2"/>

Em novembro de 2021, o Ministério da Defesa da Rússia descreveu o envio de navios de guerra estadunidenses para o [[Mar Negro]] como uma “ameaça à segurança regional e à estabilidade estratégica”. O ministério disse em um comunicado: "O objetivo real por trás das atividades dos EUA na região do Mar Negro é explorar o teatro de operações no caso de Kiev tentar resolver o conflito no sudeste pela força".<ref>{{Citar jornal|url=https://apnews.com/article/ukraine-europe-russia-moscow-83ed7632b8a544ff733cdfbfbca56e77|titulo=Kremlin denies plans to invade Ukraine, alleges NATO threats|data=12-11-2021|website=Associated Press}}</ref>

Em 13 de novembro, o presidente ucraniano [[Volodymyr Zelensky]] anunciou que a Rússia reuniu novamente 100.000 soldados na área de fronteira.<ref>{{Citar web|url=https://www.timesofisrael.com/ukraines-president-says-100000-russian-troops-amassed-near-border|titulo=Ukraine's president says 100,000 Russian troops amassed near border|data=14 de novembro de 2021|publicado=Times of Israel}}</ref> No início de novembro, relatos de acúmulos militares russos levaram autoridades americanas a alertar a [[União Europeia]] de que a Rússia poderia estar planejando uma potencial invasão da Ucrânia.<ref>{{Citar web|url=https://www.cnbc.com/2021/11/17/the-world-is-worried-putin-is-about-to-invade-ukraine-heres-why.html|titulo=The world is worried Putin is about to invade Ukraine. Here's why|data=17 de novembro de 2021|publicado=CNBC.com}}</ref><ref>{{Citar jornal|url=https://www.bbc.com/news/world-europe-59415885|titulo=Russia-Ukraine border: Why Moscow is stoking tensions|data=27-11-2021|website=BBC News}}</ref> O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, negou as alegações de que a Rússia está se preparando para uma possível invasão.<ref>{{Citar jornal|url=https://www.dw.com/en/russia-slams-western-hysteria-over-ukraine/a-59894496|titulo=Russia slams Western 'hysteria' over Ukraine|data=21-11-2021|website=[[Deutsche Welle]]}}</ref> Ele acusou a Ucrânia de "planejar ações agressivas contra o [[Donbass]]".<ref>{{Citar jornal|url=https://www.themoscowtimes.com/2021/11/23/us-escalating-russia-ukraine-tensions-by-arming-kiev-kremlin-a75643|titulo=U.S. 'Escalating' Russia-Ukraine Tensions by Arming Kiev – Kremlin|data=23-11-2021|website=[[The Moscow Times]]}}</ref> Peskov pediu à Otan que pare de "concentrar um punho militar" perto das fronteiras da Rússia e pare de armar a Ucrânia com armamento moderno.<ref>{{Citar jornal|url=https://www.reuters.com/markets/rates-bonds/kremlin-accuses-west-artificially-whipping-up-ukraine-tensions-2021-11-21/|titulo=Kremlin accuses West of artificially whipping up Ukraine tensions|data=21-11-2021|website=Reuters}}</ref>

== Resposta diplomática ==
[[Ficheiro:Secretary Blinken Meets With Russian Foreign Minister Lavrov (51719522528).jpg|miniaturadaimagem|O Secretário de Estado americano [[Antony Blinken]] e o Ministro de Relações Exteriores da Rússia, [[Sergey Lavrov]], se encontram na Suécia para discutir a questão ucraniana.]]
Em 16 de novembro, o [[Secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte|secretário-geral da Otan]] [[Jens Stoltenberg]], pediu ao Ocidente que enviasse à Rússia "um sinal claro pedindo redução da tensão, evitando qualquer escalada dentro e ao redor da Ucrânia". Stoltenberg acrescentou que a aliança registra uma "concentração incomum" de forças russas perto da fronteira ucraniana. Em 15 de novembro, o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, [[Heiko Maas]] e o [[Ministério dos Negócios Estrangeiros (França)|ministro das Relações Exteriores da França]] Jean-Yves Le Drian, expressaram preocupação em um comunicado conjunto sobre "os movimentos das forças russas e equipamentos militares perto da Ucrânia", pedindo a ambos os lados que "mostrem moderação". Ao mesmo tempo, o secretário de imprensa do [[O Pentágono|Pentágono]], John Kirby, confirmou que os Estados Unidos continuam a observar "atividade militar incomum" da Federação Russa perto das fronteiras da Ucrânia, e o chefe do Departamento de Estado, [[Antony Blinken]], discutiu relatórios de "atividade militar russa". na área com Jean-Yves Le Drian. Foi relatado que os Estados Unidos estão discutindo sanções com aliados europeus em caso de nova invasão russa.<ref name="kommersant4">{{Citar web|url=https://www.kommersant.ru/doc/5078783|titulo=Россия и Запад концентрируют обвинения – Газета Коммерсантъ № 208 (7170) от 17.11.2021|data=16 de novembro de 2021|website=kommersant.ru}}</ref>

No início de novembro, a inteligência ucraniana afirmou que as informações sobre a transferência de tropas russas adicionais para as fronteiras ucranianas nada mais eram do que "um elemento de pressão psicológica". No entanto, uma semana depois, o Gabinete do [[Presidente da Ucrânia]] reconheceu que a Federação Russa estava fortalecendo "grupos específicos de tropas" perto da fronteira. O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, [[Dmytro Kuleba]], exortou os governos francês e alemão a se prepararem para um possível cenário militar de ações da Rússia na direção ucraniana.<ref name="kommersant4"/><ref>[https://www.kommersant.ru/doc/5078783 "Россия и Запад концентрируют обвинения – Газета Коммерсантъ № 208 (7170) от 17.11.2021"]. ''kommersant.ru''. 16 November 2021.</ref>

Neste contexto, a Ucrânia intensificou fortemente os esforços diplomáticos. Em 15 de novembro, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e o chefe do [[Conselho Europeu]] [[Charles Michel]], discutiram "a situação de segurança ao longo das fronteiras da Ucrânia". No mesmo dia, Dmytro Kuleba manteve conversações sobre as mesmas questões em [[Bruxelas]]. O novo chefe do Ministério da Defesa, Oleksii Reznikov, foi para [[Washington, D.C.|Washington DC]], onde em 18 de novembro se encontrou com o [[Secretário de Defesa dos Estados Unidos]] [[Lloyd Austin]]. Em 16 de novembro, o [[Secretário de Estado para a Defesa|secretário de Defesa britânico]], Ben Wallace, visitou Kiev. De acordo com o tabloide ''[[Daily Mirror]]'', uma unidade consolidada de resposta rápida de cerca de 600 combatentes foi formada no [[Reino Unido]] para transferência para a Ucrânia.<ref name="kommersant4"/>Em 17 de janeiro de 2022, o [[Secretário de Estado para a Defesa|secretário de Defesa britânico]] Ben Wallace, anunciou que os britânicos estavam fornecendo à Ucrânia mísseis antitanque de curto alcance.

== Negociações de segurança (janeiro de 2022) ==
[[Ficheiro:Volodymyr Zelenskyi and Jens Stoltenberg.jpg|miniaturadaimagem|O presidente Ucraniano [[Volodymyr Zelensky]] e o Secretário-geral da [[OTAN]], [[Jens Stoltenberg]], se encontrando em dezembro de 2021.]]
Em 28 de dezembro, Estados Unidos e Rússia anunciaram que negociações bilaterais ocorreriam em [[Genebra]] em 10 de janeiro de 2022, para discutir preocupações sobre suas respectivas atividades militares e enfrentar as crescentes tensões sobre a Ucrânia.<ref>{{Citar jornal|ultimo=Hunnicutt|primeiro=Trevor|ultimo2=Osborn|primeiro2=Andrew|url=https://www.reuters.com/world/us-russian-officials-set-security-talks-jan-10-us-official-2021-12-28/|titulo=U.S., Russia set for Jan 10 security talks amid Ukraine tensions|data=2021-12-28|acessodata=2022-01-02|website=Reuters|lingua=en}}</ref> As conversações (″reunião extraordinária do Diálogo de Estabilidade Estratégica"<ref name="shermanmeeting">{{Citar jornal|url=https://www.state.gov/deputy-secretary-shermans-meeting-with-russian-deputy-foreign-minister-ryabkov/|titulo=Deputy Secretary Sherman's Meeting with Russian Deputy Foreign Minister Ryabkov|data=2022-01-09|website=U.S. Department of State}}</ref><ref>[https://www.state.gov/briefing-with-deputy-secretary-wendy-r-sherman-on-the-u-s-russia-strategic-stability-dialogue/ Briefing with Deputy Secretary Wendy R. Sherman on the U.S.-Russia Strategic Stability Dialogue]</ref> ) foram lideradas pelo vice-chanceler russo, Sergei Ryabkov, e pela vice-secretária de Estado dos Estados Unidos, [[Wendy Sherman]].<ref name="shermanmeeting" />

A reunião de Genebra foi seguida por uma reunião do Conselho OTAN-Rússia em Bruxelas, em 12 de janeiro de 2022, que reuniu todos os 30 membros da OTAN e a Rússia para discutir, conforme o comunicado oficial emitido pela OTAN, "a situação dentro e ao redor da Ucrânia e as implicações para a segurança europeia";<ref>{{Citar jornal|url=https://www.nato.int/cps/en/natohq/news_190643.htm|titulo=NATO-Russia Council meets in Brussels|data=2022-01-12|website=NATO}}</ref> o comunicado do Ministério da Defesa russo após a reunião disse: "[a Rússia] trouxe avaliações russas do estado atual no campo da euro-segurança, e também deu explicações sobre os aspectos militares do projeto de acordo russo sobre garantias de segurança.<ref>{{Citar jornal|url=https://eng.mil.ru/en/news_page/country/more.htm?id=12403151@egNews|titulo=Deputy Minister of Defence of the Russian Federation Colonel-General Alexander Fomin at a meeting of the Russia –NATO Council brought Russian assessments of the current state in the field of euro-security|data=2022-01-12|website=Ministry of Defence of Russia}}</ref>

As negociações foram julgadas pela Rússia como infrutíferas.<ref>{{Citar jornal|url=https://www.aljazeera.com/news/2022/1/13/kremlin-says-us-nato-security-talks-unsuccessful-so-far|titulo=Russia says NATO talks 'unsuccessful' as Poland warns of war|data=2022-01-13|website=[[Al Jazeera English]]}}</ref>

== Escalada militar ==
[[Ficheiro:Dover AFB supports US, Ukraine strategic partnership.jpg|miniaturadaimagem|Um militar americano preparando um carregamento de lançadores [[FGM-148 Javelin]] para a Ucrânia antes da invasão.]]
Em 21 de novembro, o chefe da Diretoria Principal de Inteligência do Ministério da Defesa da Ucrânia, Kyrylo Budanov, informou que a Rússia supostamente concentrou mais de 92 000 soldados e [[Míssil balístico de curto alcance|sistemas de mísseis balísticos de curto alcance]] [[9K720 Iskander|Iskander]] perto das fronteiras ucranianas. Budanov disse que a Rússia está por trás dos protestos contra a vacinação contra o COVID-19 em Kiev e outros protestos na Ucrânia – isso seria uma preparação para uma invasão militar em larga escala. Segundo Budanov, a Rússia precisa dos protestos para que a população ucraniana não resista durante a operação militar, acreditando que as autoridades ucranianas a traíram: "Eles querem organizar comícios e protestos para mostrar que as pessoas são contra o governo", declarou em entrevista ao ''Military Times''". Eles estão tentando provar que nosso governo está traindo o povo." Segundo o chefe da inteligência ucraniana, a Rússia está tentando fazer com que os próprios ucranianos mudem de poder e, se não der certo, "o exército intervirá".<ref name="kommersant5">{{Citar web|url=https://www.kommersant.ru/doc/5087714|titulo=Глава разведки Украины назвал протесты в Киеве подготовкой России к военному вторжению – Новости – Мир – Коммерсантъ|data=21 de novembro de 2021|website=kommersant.ru}}</ref> De acordo com Budanov, ações ativas devem ser esperadas no final de janeiro – início de fevereiro de 2022.<ref name="kommersant6">{{Citar web|url=https://www.kommersant.ru/doc/5090744|titulo=Ненормандское положение вещей – Газета Коммерсантъ № 215 (7177) от 26.11.2021|data=25 de novembro de 2021|website=kommersant.ru}}</ref><ref name="kommersant7">{{Citar web|url=https://www.kommersant.ru/doc/5088231|titulo=Украина заговорила о "вторжении" – Коммерсантъ FM – Коммерсантъ|data=22 de novembro de 2021|website=kommersant.ru}}</ref>

Moscou, por sua vez, acusa a Ucrânia de ações agressivas. A representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, [[Maria Zakharova]], disse em 25 de novembro que as autoridades ucranianas estão aumentando as tensões no Donbas e estão realizando ações ofensivas em algumas áreas: "Os exaltados do regime de Kiev, aparentemente sentindo total impunidade, defendem uma solução contundente para a crise interna ucraniana. A situação na zona de conflito está aumentando. Continuam a ser recebidas informações sobre o uso de armas proibidas pelo [[Protocolo de Minsk|Pacote de Medidas de Minsk]], que são fornecidas à Ucrânia pelos países da OTAN." Ela acredita que, ao fazê-lo, a liderança ucraniana está tentando "desviar a atenção da degradação da situação socioeconômica e política no país... e desviar esta atenção para algumas ameaças temporárias de fora".<ref name="kommersant6"/>

Declarações duras de Kiev e Moscou soam no contexto de um impasse em todas as plataformas de negociação existentes. Não há contatos dentro do formato da Normandia e não são esperados em nenhum nível: não haverá cúpula, os ministros das Relações Exteriores ainda não conseguiram coordenar uma reunião e os assessores políticos não se comunicam desde setembro. No [[Grupo de Contato Trilateral sobre a Ucrânia|Grupo de Contato Trilateral]], as negociações se reduzem a discutir se a Rússia é parte do conflito.<ref name="kommersant6"/> Em 15 de novembro, Vladimir Putin assinou um decreto sobre a prestação de apoio humanitário à população das Repúblicas Populares de [[República Popular de Donetsk|Donetsk]] e de [[República Popular de Lugansk|Luhansk]] da Ucrânia.<ref name="kommersant8">{{Citar web|url=https://www.kommersant.ru/doc/5117799|titulo=Саммит Украине! Героям саммит! – Мир – Коммерсантъ|data=7 de dezembro de 2021|website=kommersant.ru}}</ref>

Em 1 de dezembro, a Rússia acusou a Ucrânia de enviar metade de seu exército – cerca de 125 000 soldados – em Donbass para enfrentar separatistas pró-Rússia.<ref>{{Citar jornal|url=https://www.reuters.com/world/europe/russia-says-ukraine-has-deployed-half-its-army-donbass-conflict-zone-2021-12-01/|titulo=Russia says Ukraine has deployed half its army to Donbass conflict zone|data=1 de dezembro de 2021|website=Reuters}}</ref> Em 3 de dezembro, o presidente Putin criticou a Ucrânia por usar um drone Bayraktar TB2 fabricado na [[Turquia]] contra separatistas pró-russos em Donbas, dizendo que a medida violava os [[Protocolo de Minsk|acordos de paz de Minsk]] .<ref>{{Citar jornal|url=https://www.bloomberg.com/news/articles/2021-12-03/ukraine-buys-more-armed-drones-from-turkey-than-disclosed-and-angers-russia|titulo=Ukraine Angers Russia by Buying Turkish Drones and Wants To Get Its Hands On More|data=3 de dezembro de 2021|website=Bloomberg}}</ref> Em 3 de dezembro, o ministro da Defesa da Ucrânia, Oleksii Reznikov, falando aos deputados da [[Conselho Supremo da Ucrânia|Verkhovna Rada]], disse: "Existe a possibilidade de uma escalada em larga escala por parte da Rússia. O momento mais provável para alcançar a prontidão para a escalada será o final de janeiro."<ref name="kommersant9">{{Citar web|url=https://www.kommersant.ru/doc/5113557|titulo=За нашу соседскую родину – Газета Коммерсантъ № 221 (7183) от 04.12.2021|data=3 de dezembro de 2021|website=kommersant.ru}}</ref> Em dezembro, a análise de Janes concluiu que os principais elementos russos do 41.º Exército (com quartel-general em [[Novosibirsk]] na Rússia central) e do 1.º Exército Blindado da Guarda (normalmente implantado em torno de [[Moscou]]) foram reposicionados para o oeste, reforçando os exércitos russos da 20.º Guardas e da 8.º Guardas já posicionados mais perto da fronteira ucraniana. Forças russas adicionais teriam se movido para a [[Crimeia]], reforçando [[Frota do Mar Negro|as unidades navais e terrestres russas]] já implantadas lá.<ref>{{Citar web|url=https://www.politico.com/f/?id=0000017d-a0bd-dca7-a1fd-b1bd6cb10000|titulo=Russia builds up forces on Ukrainian border|data=Dezembro de 2021|website=[[Politico]]}}</ref>
[[Ficheiro:War tanks of pro-Russian separatists on February 23, 2022 heading for the Donbass-Ukraine border.png|800px|miniaturadaimagem|centro|Tanques de guerra russos se preparando para a invasão, em 23 de fevereiro de 2022.]]
Em 9 de dezembro, a Rússia acusou a Ucrânia de mover [[Artilharia|artilharia pesada]] em direção à linha de frente, onde os separatistas estão lutando com as forças ucranianas.<ref>{{Citar jornal|url=https://www.euronews.com/2021/12/10/us-ukraine-crisis-russia-artillery|titulo=Russia accuses Ukraine of mobilising artillery, feigning negotiations|data=10 de dezembro de 2021|website=Euronews}}</ref> O chefe do Estado-Maior russo, [[Valeri Gerassimov|Valery Gerasimov]], afirmou que "as entregas [pela OTAN] de [[helicóptero]]s, [[Veículo aéreo não tripulado|veículos aéreos não tripulados]] e aviões para a Ucrânia estão pressionando as autoridades ucranianas a tomar medidas bruscas e perigosas. Quaisquer provocações das autoridades ucranianas por meio de uma solução forçada dos problemas do Donbass serão suprimidas".<ref>{{Citar jornal|url=https://finance.yahoo.com/news/1-russia-accuses-ukraine-mobilising-134852229.html|titulo=UPDATE 1-Russia accuses Ukraine of mobilising artillery, feigning negotiations|data=9 de dezembro de 2021|agência=Reuters}}</ref> Em 31 de dezembro de 2021, após um telefonema entre o presidente estadunidense Biden e o presidente russo Putin, o governante russo declarou que se os EUA os sancionassem, seria "um erro fatal".<ref>{{Citar web|ultimo=Лару|primeiro=Дмитрий|url=https://iz.ru/1272137/dmitrii-laru/vechernii-zvonok-o-chem-dogovorilis-putin-i-baiden|titulo=Вечерний звонок: о чем договорились Путин и Байден|data=31 de dezembro de 2021|website=Известия}}</ref>

Em 10 de janeiro de 2022, o governo ucraniano anunciou que havia prendido um suposto agente de inteligência militar russo que estava tentando recrutar outros para realizar ataques na cidade ucraniana de [[Odessa]].<ref>{{Citar web|url=https://www.msn.com/en-us/news/world/ukraine-says-arrests-russian-agent-planning-attacks-in-odessa/ar-AASCZjU?ocid=entnewsntp|titulo=Ukraine says arrests Russian agent planning attacks in Odessa|website=www.msn.com}}</ref> Mais tarde, em 14 de janeiro, a Ucrânia foi atingida por um ataque cibernético cujos autores eram suspeitos de serem hackers russos.<ref>{{Citar jornal|ultimo=Harding|primeiro=Luke|url=https://www.theguardian.com/world/2022/jan/14/ukraine-massive-cyber-attack-government-websites-suspected-russian-hackers|titulo=Ukraine hit by 'massive' cyber-attack on government websites|data=14 de janeiro de 2022|website=[[The Guardian]]}}</ref> No mesmo dia, a inteligência militar ucraniana disse que os serviços especiais da Rússia estavam preparando "provocações" contra soldados russos estacionados na [[Transnístria]], um estado separatista não reconhecido internacionalmente considerado parte da [[Moldávia]], para criar um pretexto para uma invasão russa da Ucrânia.<ref>{{Citar jornal|url=https://www.aljazeera.com/news/2022/1/14/russia-is-preparing-a-pretext-for-invading-ukraine-us-official|titulo=Russia is preparing a pretext for invading Ukraine: US official|data=14 de janeiro de 2022|website=Al Jazeera English}}</ref>

=== Reforços da OTAN ===
Os governos [[Política dos Países Baixos|holandês]] e [[Política da Espanha|espanhol]] também enviaram forças para a região em apoio à OTAN.<ref name="Cheng">{{citar web|último=Amy|primeiro=Cheng|data=22-01-2022|título=Military trainers, missiles and over 200,000 pounds of lethal aid: What NATO members have sent Ukraine so far|url=https://www.washingtonpost.com/world/2022/01/22/ukraine-russia-military-weapons-nato-biden/|acessodata=12-02-2022|website=The Washington Post|língua=en}}</ref> Em 20 de janeiro de 2022, a [[Ministério da Defesa (Espanha)|ministra de Defesa espanhola]], [[Margarita Robles]], anunciou que a [[Armada Espanhola]] estava sendo enviada para o [[Mar Negro]].<ref name=":0">{{citar jornal|último=Reuters|data=20-01-2022|título=Spain sends warships to Black Sea, considers sending warplanes|língua=en|obra=Reuters|url=https://www.reuters.com/world/spain-sends-warships-black-sea-considers-sending-warplanes-2022-01-20/|acessodata=12-02-2022|arquivodata=22-01-2022|arquivourl=https://web.archive.org/web/20220122113343/https://www.reuters.com/world/spain-sends-warships-black-sea-considers-sending-warplanes-2022-01-20/}}</ref> Um navio atuando como [[Navio de guerra de minas|caça-minas]] estava a caminho e a [[fragata]] ''Blas de Lezo'' partiu em 22 de janeiro.<ref>{{citar web|último=EFE|data=22-01-2022|título=La fragata española Blas de Lezo ya está rumbo al mar Negro para participar en las maniobras de la OTAN|títulotrad=The Spanish frigate ''Blas de Lezo'' is already heading to the Black Sea to participate in NATO maneuvers|url=https://cadenaser.com/ser/2022/01/22/internacional/1642847834_274119.html|arquivourl=https://web.archive.org/web/20220122114749/https://cadenaser.com/ser/2022/01/22/internacional/1642847834_274119.html|arquivodata=22-01-2022|acessodata=12-02-2022|website=[[Cadena SER]]|língua=es}}</ref> Ela também anunciou que o governo espanhol estava considerando o envio da [[Força Aérea Espanhola]] (SAF) para a [[Bulgária]].<ref name=":0" />

Em 5 de fevereiro de 2022, 2 mil soldados americanos foram à Europa com destino para a Alemanha e Polônia, como parte da tentativa dos Estados Unidos reforçarem o acesso leste da OTAN à medida que a Rússia destaca mais forças ao longo das fronteiras da Ucrânia.<ref>{{citar jornal|último1=Sullivan |primeiro1=Becky |título=Newly deployed U.S. troops arrive in Europe as Russia bolsters its own forces |url=https://www.npr.org/2022/02/05/1078499097/ukraine-russia-us-troops-arrive |acessodata=12-02-2022 |obra=NPR |agência=NPR |publicado=NPR |data=05-02-2022}}</ref> Em 7 de fevereiro de 2022, Johnson disse que a Grã-Bretanha não iria "vacilar" enquanto se preparava para enviar [[Royal Marines|fuzileiros navais reais]], aeronaves da [[Força Aérea Real]] (RAF) e [[Marinha Real Britânica]] para a Europa Oriental.<ref name=20220207times>{{citar jornal|título=Britain will not flinch over Ukraine, says Boris Johnson |url=https://www.thetimes.co.uk/article/britain-will-not-flinch-over-ukraine-says-boris-johnson-nvc97m2g0 |editor-sobrenome1=Swinford |editor-nome1=Steven |editor-sobrenome2=Brown |editor-nome2=Larisa |obra=The Times |data=07-02-2022 |língua=en}}</ref> Em 11 de fevereiro, o Exército dos EUA se estabeleceu na Europa para a Operação Saber Strike, que realiza anualmente em fevereiro na Europa Oriental.<ref>{{citar web |título=Nato-Manöver in Osteuropa - US-Militärkonvois rollen durch Sachsen |url=https://www.mdr.de/nachrichten/sachsen/us-militaer-konvoi-100.html |website=mdr.de |língua=de}}</ref> Quatro [[Eurofighter Typhoon]] foram enviados em 12 de fevereiro de 2022.<ref>{{citar jornal|último=Reuters|data=2022-02-09|título=Spain will send four fighter jets and 130 troops to Bulgaria|língua=en|obra=Reuters|url=https://www.reuters.com/world/europe/spain-will-send-four-fighter-jets-130-troops-bulgaria-2022-02-09/|acessodata=2022-02-12}}</ref> A Holanda alegou que também enviaria dois [[Lockheed Martin F-35 Lightning II|F-35]] para a Bulgária como parte da missão expandida de vigilância aérea da OTAN.<ref>{{citar web|url=https://www.novinite.com/articles/213379/The+Netherlands+will+Send+two+F-35+Fighters+to+Bulgaria|título=The Netherlands will Send two F-35 Fighters to Bulgaria |website=[[Novinite]]|data=22-01-2022|arquivodata=23-01-2022|arquivourl=https://web.archive.org/web/20220123133122/https://www.novinite.com/articles/213379/The+Netherlands+will+Send+two+F-35+Fighters+to+Bulgaria}}</ref><ref>{{citar web|data=21-01-2022|título=F-35 to make NATO Southern Air Policing debut|url=https://www.janes.com/defence-news/news-detail/f-35-to-make-nato-southern-air-policing-debut|arquivourl=https://web.archive.org/web/20220124021340/https://www.janes.com/defence-news/news-detail/f-35-to-make-nato-southern-air-policing-debut|arquivodata=24-01-2022|acessodata=12-02-2022|website=[[Janes Information Services]]}}</ref> A 24 de fevereiro, Portugal anunciou que o Conselho Superior de Defesa Nacional aprovou por unanimidade a mobilização das [[Forças Armadas de Portugal|Forças Armadas]], no quadro da OTAN, em resposta à invasão da Ucrânia pela Rússia. No total, os meios militares portugueses à disposição da NATO são: 1521 efetivos, sete aeronaves, três navios e 198 viaturas táticas.<ref>{{citar web|url=https://www.publico.pt/2022/02/24/politica/noticia/conselho-superior-defesa-nacional-aprova-mobilizacao-1500-militares-portugueses-1996655|título=Conselho Superior de Defesa Nacional aprova mobilização de 1500 militares portugueses |website=[[Público (jornal)|Público]]|data=24-02-2022}}</ref>

=== Reconhecimento de independência de Donetsk e Luhansk pela Rússia ===
{{AP|Invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022}}
[[Ficheiro:Putin - DNR, LNR (2022-02-21) 02.jpg|miniaturadaimagem|O presidente [[Vladimir Putin]] assinando o reconhecimento das repúblicas separatistas de Lugansk e Donetsk e tratados de amizade e assistência mútua, na noite de 21 de fevereiro de 2022.]]
Em 21 de fevereiro de 2022, o presidente da Rússia [[Vladimir Putin]] assinou um documento reconhecendo a independência da [[República Popular de Lugansk]] e da [[República Popular de Donetsk]], no leste da Ucrânia ([[Bacia do Donets|Região de Donbass]]). O evento, foi televisionado para vários países no mundo. Estas áreas são dominadas por separatistas aliados à Rússia desde o início da [[Guerra Civil no Leste da Ucrânia]] em 2014.<ref>https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/putin-faz-discurso-sobre-situacao-na-ucrania/</ref> Horas depois do anúncio, vários países do Ocidente, (entre eles os Estados Unidos) repudiaram a atitude de Putin e prometeram promover sanções políticas e económicas contra o país. Por conta de tais retaliações, o governo Russo informou que enviará tropas para as áreas separatistas como uma "força de paz". Tal atitude também foi criticada por países ocidentais.<ref>https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/putin-ordena-envio-de-forcas-de-paz-russas-para-regioes-separatistas-da-ucrania/</ref>
[[Ficheiro:Possible routes of alleged Russian invasion of Ukraine (January 2022).png|miniaturadaimagem|Um mapa mostrando dois supostos planos russos publicados separadamente pelo jornal ''[[Bild]]'' e pelo Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS).]]

No dia 24 de fevereiro de 2022, a Rússia lançou uma invasão em larga escala da Ucrânia após meses de tensão.<ref>{{citar web|url=https://www.aljazeera.com/news/2022/2/24/putin-orders-military-operations-in-eastern-ukraine-as-un-meets|título=Russian forces launch full-scale invasion of Ukraine|publicado=Al Jazeera|data=24 de fevereiro de 2022|acessodata=18 de agosto de 2023}}</ref>

== Ver também ==
* [[Invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022]]
* [[Relações entre Rússia e Ucrânia]]
* [[Intervenção militar da Rússia na Ucrânia (2014–presente)]]
* [[Incidente do estreito de Querche]]
* [[Protestos pró-russos na Ucrânia em 2014]]
* [[Anexação da Crimeia à Federação Russa]]
* [[Disputa comercial pelo gás natural entre Rússia e Ucrânia em 2009]]
* [[República Popular de Lugansk]]
* [[República Popular de Donetsk]]
* [[Referendos em Donetsk e Lugansk de 2014]]

{{Referências}}

== Ligações externas ==
* Projetos de tratados russos:
** [https://mid.ru/ru/foreign_policy/rso/nato/1790803/?lang=en Acordo sobre medidas para garantir a segurança da Federação Russa e dos Estados membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte], 17 de dezembro de 2021, {{Webarchive|url=https://archive.today/e4NRx|data=2022-01-08}}
** [https://mid.ru/ru/foreign_policy/rso/nato/1790818/?lang=en Tratado entre os Estados Unidos da América e a Federação Russa sobre garantias de segurança], 17 de dezembro de 2021, {{Webarchive|url=https://archive.today/SwVAn|data=2021-12-18}}
*[http://en.kremlin.ru/events/president/news/67828 Discurso do Presidente da Federação Russa por ocasião do reconhecimento da independência das Repúblicas Populares de  Donetsk e Lugansk], proferido em 21/02/2022, texto em inglês.
*[https://www.youtube.com/watch?v=lGqVwFaLBJg Vídeo do dircurso no qual Putin justifica reconhecimento de Donetsk e Lugansk] (dublado em português).

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