Mostrar código-fonte de Frederica de Baden

{{Info/Nobre
| nome                       = Frederica
| titulo                     = 
| imagem                     = Franz Seraph Stirnbrand Porträt Friederike Dorothea von Baden 1824.jpg
| imgw                       = 255px
| legenda                    = <small>Retrato por Franz Seraph Stirnbrand, 1824 </small>
| sucessão                   = [[Lista de consortes reais da Suécia|Rainha Consorte da Suécia]]
| reinado                    = {{dtlink|31|10|1797}}<br/>a {{dtlink|29|3|1809}}
| predecessor                = [[Sofia Madalena da Dinamarca]]
| tipo-pre                   = Predecessora
| sucessor                   = [[Edviges de Holsácia-Gottorp]]
| tipo-suc                   = Sucessora
| cônjuge                    = [[Gustavo IV Adolfo da Suécia]]
| tipo-cônjuge               = Marido
| descendência               = [[Gustavo, Príncipe de Vasa]]<br/>[[Sofia da Suécia]]<br/>[[Amália da Suécia]]<br/>[[Cecília da Suécia]]
| nome completo              = {{lang-de|Friederike Dorothea Wilhelmine von Baden}}
| casa                       = [[Casa de Zähringen|Zähringen]] {{small|(por nascimento)}}<br/>[[Casa de Holsácia-Gottorp|Holsácia-Gottorp]] {{small|(por casamento)}}
| tipo-casa                  = Casas
| pai                        = [[Carlos Luís, Príncipe Herdeiro de Baden]]
| mãe                        = [[Amália de Hesse-Darmstadt]]
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| local de nascimento        = [[Karlsruhe]], [[Marca de Bade|Baden]]
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| local da morte             = [[Lausana]], [[Suíça]]
| local de enterro           = [[Pforzheim]], [[Alemanha]]
}}
'''Frederica Guilhermina Doroteia''' ([[Karlsruhe]], {{dtlink|12|3|1781}} – [[Lausana]], {{dtlink|25|9|1826}}) foi a esposa do rei [[Gustavo IV Adolfo da Suécia|Gustavo IV Adolfo]] e [[Lista de consortes reais da Suécia|rainha consorte]] da [[Suécia]] de 1797 até 1809. Era filha de [[Carlos Luís, Príncipe Herdeiro de Baden]], e sua esposa [[Amália de Hesse-Darmstadt]].

== Biografia ==
[[Ficheiro:Gustav IV Adolf of Sweden and Frederica of Baden.png|thumb|left|200px|Frederica com o marido, o rei Gustavo IV Adolfo da Suécia.]]

Frederica nasceu em Karlsruhe. No dia [[31 de Outubro]] de [[1797]], casou-se em [[Estocolmo]] com o rei [[Gustavo IV Adolfo da Suécia]] e tornou-se rainha. Foi o seu próprio marido a fazer os planos de casamento, uma vez que Frederica era irmã da Imperatriz russa, o que tornaria uma espécie de aliança com a Rússia possível, mesmo depois de ele se ter recusado a casar com a [[Alexandra Pavlovna da Rússia|Grã-duquesa Alexandra Pavlovna]], mas, acima de tudo, porque queria uma consorte bonita. Em [[1795]], Gustavo tinha já recusado um casamento com a [[Luísa Carlota de Mecklemburgo-Schwerin|Princesa Luísa Carlota de Mecklenburgo-Schwerin]] porque tinha ouvido rumores de que ela não era bonita.

Frederica tinha recebido uma educação básica da parte de uma governanta franco-suíça. Foi tratada com bondade pela sua sogra, a Princesa [[Sofia Madalena da Dinamarca]], que ainda se lembrava como ela própria tinha sido mal tratada pela sua sogra. Era descrita como severa, tímida, hostil e bonita. Nos primeiros anos teve muita dificuldade para adaptar-se à etiqueta severa da corte e refugiava-se dela através de jogos infantis com as suas damas-de-companhia.

O casamento é frequentemente visto como tendo sido feliz, mas o rei interessava-se muito mais por sexo do que a rainha. Muitas vezes o rei chegava horas atrasado aos seus compromissos depois de "ter entrado nos aposentos da rainha" de manhã, tanto que os membros do parlamento tinham de interromper e pedir-lhe que "poupasse a saúde da rainha". Ela queixava-se da exaustão que estas actividades lhe causavam. Contudo, na presença de outras pessoas, o rei comportava-se muito formalmente com ela. Frederica chocava-se com a liberdade sexual da corte sueca e escrevia à família que "toda a gente tinha um amante" e também com os rumores sobre a possível bissexualidade da Duquesa [[Edviges de Holsácia-Gottorp]]; escreveu à sua mãe que se dizia que a Duquesa tinha amantes masculinos e femininos e que ela era provavelmente a única mulher na corte que não tinha três ou quatro amantes. O seu marido queria preservar a ignorância sexual da rainha. Quando uma trupe de teatro francesa apresentou uma peça frívola na Opera, o rei chegou mesmo a fechar oficialmente a Opera Real Sueca em [[1806]], alegando que o reino não conseguia aguentar os seus custos. Assim permaneceu até [[1809]].

Após o nascimento do seu filho em [[1799]], Frederica ficou mais confortável com a sua posição de rainha. Em [[1800]] foi coroada oficialmente em [[Norrköping]] e, em [[1801]], recebeu uma visita dos seus pais. Durante uma viagem à [[Finlândia]] em [[1802]], atravessou a fronteira russa para visitar as suas irmãs [[Isabel Alexeievna (Luísa de Baden)|Isabel]] e Catarina Amália. Em [[1803]] e [[1805]] ela e o marido visitaram a [[Alemanha]], passando pela terra natal dela o que melhorou muito o casamento. Entre [[1806]] e [[1807]], Frederica recebeu Maria de Baden, a sua irmã exilada, na Suécia. Tinha também muito talento para o [[clavicórdio]] e tocava-o muitas vezes para o marido. Na Suécia, a família real preferia o [[Palácio de Haga]] como residência oficial. 

Frederica interveio em questões políticas durante as Guerras Napoleónicas em 1807. A sua irmã, a Imperatriz Russa, enviou-lhe uma carta através da mãe das duas pedindo-lhe que aconselhasse o rei a negociar a paz com a França e que fazer outra coisa seria um erro. Frederica tentou, mas o rei viu isto como uma forma de o influenciar a seguir uma política mais amigável para [[Napoleão Bonaparte|Napoleão]], o que causou um mal estar entre marido e mulher. <ref>Cecilia af Klercker (1939) (in Swedish). Hedvig Elisabeth Charlottas dagbok IX 1807-1811 (The diaries of Hedvig Elizabeth Charlotte IX 1807-1811). P.A. Norstedt & Söners förlag. ISBN 412070.</ref>

Frederica e o marido foram depostos em [[1809]]. Primeiro ela e os filhos foram mantidos em [[Haia]]. O casal foi depois separado quando se suspeitou que ela estaria a planear um golpe de estado.<ref>Cecilia af Klercker (1939) (in Swedish). Hedvig Elisabeth Charlottas dagbok IX 1807-1811 (The diaries of Hedvig Elizabeth Charlotte IX 1807-1811). P.A. Norstedt & Söners förlag. p. 359. ISBN 412070.</ref> Durante a sua prisão domiciliária, Frederica recebeu mais respeito por parte dos seus súbditos do que no resto do seu reinado pelo comportamento digno que mostrou. Era muitas vezes visitada pela nova rainha, Edviges, que sentia compaixão por ela e tinha o desejo de preservar o trono para o seu filho Gustavo. Frederica disse-lhe que estava disposta a desistir do filho <ref>Cecilia af Klercker (1939) (in Swedish). Hedvig Elisabeth Charlottas dagbok IX 1807-1811 (The diaries of Hedvig Elizabeth Charlotte IX 1807-1811). P.A. Norstedt & Söners förlag. p. 360. ISBN 412070.</ref> e pediu para ser levada para junto do marido, o que foi concedido graças à intervenção de Hedwig.<ref>Cecilia af Klercker (1939) (in Swedish). Hedvig Elisabeth Charlottas dagbok IX 1807-1811 (The diaries of Hedvig Elizabeth Charlotte IX 1807-1811). P.A. Norstedt & Söners förlag. p. 377. ISBN 412070.</ref> O casal voltou a ver-se depois da coroação do novo rei. 

Havia planos para um golpe militar liderado pelo General Vegesack para libertar Frederica e os filhos da prisão e pronunciá-la regente para o seu filho menor de idade. Estes planos foram-lhe apresentados, mas ela recusou: ''"A rainha mostrou nobreza nos seus sentimentos, o que a torna merecedora de uma coroa de honra e a coloca acima da realeza ridícula da terra. Ela não deu ouvidos às propostas secretas que lhe foram feitas por parte de alguém que desejava preservar os direitos de sucessão do príncipe-herdeiro e gostava que ela permanecesse na Suécia para se tornar regente durante a menor idade do seu filho... explicou com firmeza que o seu dever como esposa e mãe lhe dizia para partilhar o exílio com o marido e os filhos."''<ref>Cecilia af Klercker (1939) (in Swedish). Hedvig Elisabeth Charlottas dagbok IX 1807-1811 (The diaries of Hedvig Elizabeth Charlotte IX 1807-1811). P.A. Norstedt & Söners förlag. p. 389. ISBN 412070.</ref>

A família foi escoltada para fora do país em três carruagens; a primeira com os adultos, a segunda com o antigo príncipe-herdeiro e a terceira com as crianças mais pequenas.

== Exílio ==
[[Ficheiro:Frederica of Sweden c 1826 by Joseph Karl Stieler.jpg|thumb|left|200px|Frederica em pintura de [[Joseph Karl Stieler]], em 1826.]]

A família passou a viver em [[Baden]], mas o seu marido estava desassossegado e não queria ficar. Ela recusou mais relações sexuais com ele, uma vez que ''"não queria dar à luz em exílio."'' Também preferia uma vida mais luxuosa, ao estilo de uma rainha, enquanto o marido gostava mais de uma vida familiar simples. Separaram-se em [[1810]] e o processo de divórcio começou em [[1811]], sendo concluído no ano seguinte. Frederica continuou a sustentá-lo em segredo depois da separação. Após o divórcio o czar da Rússia passou a ser o tutor formal dos filhos.

Frederica manteve correspondência com a sua antiga sogra, Sofia Madalena e com a rainha Edviges a quem tinha entregue os seus investimentos económicos na Suécia. Segundo as suas damas-de-companhia, ela recusou propostas de casamento do seu cunhado Frederico Guilherme de Braunschweig-Oels e do rei [[Frederico Guilherme III da Prússia]].<ref name="Não_nomeado-xsEM-1">Fredrika Dorothea Wilhelmina, urn:sbl:14445, Svenskt biografiskt lexikon (art av Sten Carlsson), hämtad 2016-03-26.</ref> Havia rumores de que se tinha casado secretamente com o tutor do filho, o franco-suíço J.N.G de Polier-Vernland.<ref name="Não_nomeado-xsEM-1"/> Viajou muito usando o nome falso de Condessa Itterburg. Morreu em Lausana devido a uma doença do coração. Foi enterrada em Schloss e Stiftskirche em Pforzheim, na Alemanha.

== Descendência ==

# Príncipe [[Gustavo, Príncipe de Vasa|Gustavo]], depois de [[1809]] conhecido por Gustavo Gustafsson de Vasa ([[9 de Novembro]] de [[1799]]–[[1877]]), casado com a Princesa [[Luísa Amélia de Baden]]
# [[Sofia da Suécia|Princesa Sofia Guilhermina]] ([[21 de Maio]] de [[1801]]–[[1865]]), casada com o [[Leopoldo I de Baden|Grão-duque Leopoldo I de Baden]]
# Príncipe Carlos Gustavo, Grão-duque da Finlândia ([[Drottningholm]], [[2 de Dezembro]] de [[1802]] – [[Haia]], [[10 de Setembro]] de [[1805]])
# Princesa [[Amália da Suécia|Amália]] ([[Estocolmo]], [[22 de Fevereiro]] de [[1805]] – [[Viena]], [[31 de Agosto]] de [[1853]]), morreu solteira
# Princesa [[Cecília da Suécia|Cecília]] ([[22 de Junho]] de [[1807]]–[[1844]]), casada com o grão-duque [[Augusto de Oldemburgo]].

[[Gustavo, Príncipe de Vasa|Gustavo]] foi oficial dos [[Casa de Habsburgo|Hasburgos]] na [[Áustria]], mas teve apenas uma filha, [[Carolina de Vasa|Carlota]], que se casou com o rei [[Alberto da Saxônia|Alberto I da Saxónia]], mas morreu sem filhos.

[[Sofia da Suécia|Sofia Guilhermina]] casou-se com [[Leopoldo, Grão-Duque de Baden|Leopoldo I de Baden]] e a sua neta, a [[Vitória de Baden|Princesa Vitória de Baden]], acabaria por se casar com o rei [[Gustavo V da Suécia]], unindo assim a [[Casa de Bernadotte]] com as antigas dinastias suecas.

== Ancestrais ==
{{ahnentafel top|width=100%|Ancestrais de Frederica de Baden<ref>[https://books.google.com.br/books?id=AINPAAAAcAAJ&pg=PA38&redir_esc=y ''Genealogie ascendante jusqu'au quatrieme degre inclusivement de tous les Rois et Princes de maisons souveraines de l'Europe actuellement vivans''] [''Genealogy up to the fourth degree inclusive of all the Kings and Princes of sovereign houses of Europe currently living''] (em francês). Bourdeaux: Frederic Guillaume Birnstiel. 1768. pp. 38 (pai), 69 (mãe).</ref> }}
<center>{{ahnentafel-compact5
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|1= '''Frederica de Baden'''
|2= [[Carlos Luís de Baden|Carlos Luís, Príncipe Hereditário de Baden]]
|3= [[Amália de Hesse-Darmstadt]]
|4= [[Carlos Frederico de Baden|Carlos Frederico, Grão-Duque de Baden]]
|5= [[Carolina Luísa de Hesse-Darmstadt]]
|6= [[Luís IX de Hesse-Darmstadt|Luís IX, Conde de Hesse-Darmstadt]]
|7= [[Carolina do Palatinado-Zweibrücken]]
|8= [[Frederico de Baden-Durlach|Frederico, Príncipe Hereditário de Baden-Durlach]]
|9= [[Amália de Nassau-Dietz (1710-1777)|Amália de Nassau-Dietz]]
|10= [[Luís VIII de Hesse-Darmstadt|Luís VIII, Conde de Hesse-Darmstadt]]
|11= [[Carlota de Hanau-Lichtenberg]]
|12= [[Luís VIII de Hesse-Darmstadt|Luís VIII, Conde de Hesse-Darmstadt]]
|13= [[Carlota de Hanau-Lichtenberg]]
|14= Cristiano III, Conde Palatino de Zweibrücken
|15= Carolina de Nassau-Saarbrücken
|16= [[Carlos III Guilherme de Baden-Durlach|Carlos III Guilherme, Marquês de Baden-Durlach]]
|17= [[Madalena Guilhermina de Württemberg]]
|18= [[João Guilherme Friso, Príncipe de Orange]]
|19= [[Maria Luísa de Hesse-Cassel (1688-1765)|Maria Luísa de Hesse-Cassel]]
|20= [[Ernesto Luís de Hesse-Darmstadt|Ernesto Luís, Conde de Hesse-Darmstadt]]
|21= [[Doroteia Carlota de Brandemburgo-Ansbach]]
|22= João Ricardo III, Conde de Hanau-Lichtenberg
|23= Doroteia Frederica de Brandemburgo-Ansbach
|24= [[Ernesto Luís de Hesse-Darmstadt|Ernesto Luís, Conde de Hesse-Darmstadt]]
|25= [[Doroteia Carlota de Brandemburgo-Ansbach]]
|26= João Ricardo III, Conde de Hanau-Lichtenberg
|27= Doroteia Frederica de Brandemburgo-Ansbach
|28= Cristiano II, Conde Palatino de Zweibrücken
|29= Catarina Ágata de Rappoltstein
|30= Luís Crato, Conde de Nassau-Saarbrücken
|31= Filipina Henriqueta de Hohenlohe-Langenburg
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{{Referências|col=2}}
{{Tradução/ref|en|Frederica of Baden|oldid=935625858}}


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|-
! colspan="3" style="background: #FBEC5D;" | Frederica de Baden<br/>[[Casa de Zähringen]]<br/>12 de março de 1781 – 25 de setembro de 1826
|- style="text-align:center;"
|width="30%" align="center"| Precedida por<br/>'''[[Sofia Madalena da Dinamarca]]'''
|width="40%" style="text-align: center;"|[[Ficheiro:Armoiries de la Reine Frédérique de Suède et Finlande (1797-1809).svg|110px]]<br/>'''[[Lista de consortes reais da Suécia|Rainha Consorte da Suécia]]'''<br/>31 de outubro de 1797 – 29 de março de 1809
|width="30%" align="center"| Sucedida por<br/>'''[[Edviges de Holsácia-Gottorp]]'''
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