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António Ferro: diferenças entre revisões

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|interesses = [[Modernismo português]]
|interesses = Modernismo português, Turismo, Arte Popular, Manifestações museológicas como as Grandes Exposições nacionais e Internacionais. Todas as formas de cultura.
|cargo = Director do [[Secretariado de Propaganda Nacional]] e do [[Secretariado Nacional de Informação]]. Editor da [[Revista Orpheu|revista ''Orpheu'']].
|cargo = Editor da revista Orpheu (1915); Jornalista /1918/1933); Director do SPN - Secretariado de Propaganda Nacional (1933/1944); Director do SNI - Secretariado Nacional de Informação, Cultura Popular e Turismo (1944/1950); Diplomata (1950/1956).
|filhos = [[António Quadros]], <br>Fernando Manuel de Quadros Ferro.
|filhos = António Gabriel de Quadros e Castro Ferro (António Quadros); Fernando Manuel de Castro e Quadros Ferro (Fernando de Castro Ferro).
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|cônjuge = [[Fernanda de Castro]]
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|nacionalidade = Português
|ocupação = Escritor, jornalista, político.
|ocupação = Escritor, jornalista, político, diplomata.
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'''António Joaquim Tavares Ferro''' <small>[[Ordem Militar de Cristo|OC]] • [[Ordem Militar de Cristo|GOC]] • [[Ordem Militar de Sant'Iago da Espada|ComSE]] • [[Ordem Militar de Sant'Iago da Espada|GOSE]]</small> ([[Lisboa]], [[17 de Agosto]] de [[1895 na literatura|1895]] [[11 de Novembro]] de [[1956 na literatura|1956]]), conhecido por '''António Ferro''', foi um [[escritor]], [[jornalismo|jornalista]] e [[político]] [[Portugueses|português]].
'''António Joaquim Tavares Ferro''' <small>[[Ordem Militar de Cristo|OC]] • [[Ordem Militar de Cristo|GOC]] • [[Ordem Militar de Sant'Iago da Espada|ComSE]] • [[Ordem Militar de Sant'Iago da Espada|GOSE]]</small> ([[Santa Justa (Lisboa)|Santa Justa]], [[Lisboa]], [[17 de Agosto]] de [[1895]] [[Socorro (Lisboa)|Socorro]], Lisboa, [[11 de Novembro]] de [[1956]]), conhecido por '''António Ferro''', foi um [[escritor]], [[jornalismo|jornalista]], [[político]] e [[Diplomacia|diplomata]] [[Portugueses|português]]. Casado com a poetisa [[Fernanda de Castro]]. Foi o grande dinamizador da política cultural do [[Estado Novo (Portugal)|Estado Novo]]<ref>Revista E n.º 2487 (27 de Junho de 2020). Eça, Ferro e Companhua, pág.42</ref>.


==Biografia==
==Biografia==
António Ferro nasceu a 17 de agosto de 1895 num terceiro andar do n.º 237 da [[Rua da Madalena]], em [[Lisboa]], no seio de uma família pequeno-burguesa. Foi batizado a 25 de dezembro de 1896 na igreja paroquial de [[Santa Justa (Lisboa)|Santa Justa]], [[Lisboa]]. O pai, António Joaquim Ferro, natural de Beja (freguesia de [[Baleizão]]), era comerciante, e a mãe, sua mulher, Helena Emília Tavares Afonso, natural de [[Tavira]], era doméstica. Um tio do lado materno, Pedro Tavares, oficial do [[Exército]], publicara alguns livros da sua lavra: ''Estudos Histórico-Militares'' (1892), e também romances, como ''Margarida'' (1900) ou ''Regenerada'' (1905).<ref name="Quadros">{{Citar web |url=http://www.fundacaoantonioquadros.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=29&Itemid=59&limit=1&limitstart=1 |título=Biografia |autor= |data= |publicado=Fundação António Quadros |acessodata=2016-06-23}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://digitarq.arquivos.pt/viewer?id=4817232|titulo=Livro de registo de batismos da paróquia de Santa Justa - Lisboa (1896)|acessodata=|website=digitarq.arquivos.pt|publicado=Arquivo Nacional da Torre do Tombo|pagina=37v, assento 103}}</ref>
António Ferro nasceu em 17 de Agosto de 1895 num terceiro andar do n.º 237 da [[Rua da Madalena]], em [[Lisboa]],<ref>Assento de baptismo nº 103, de 25/12/1896, Santa Justa, Lisboa.</ref> no seio de uma família pequeno-burguesa.


O prédio de sua casa ardeu integralmente no famoso «Fogo da Madalena», tinha António Ferro então 11 anos de idade. O jovem foi salvo por um bombeiro, tal como a restante família: a mãe, o pai, os irmãos Umbelina e Pedro, uma velha tia e ainda uma avó imobilizada<ref name="Quadros"/>.
O pai, António Joaquim Ferro, alentejano, era comerciante; a mãe, Maria Helena Tavares Afonso Ferro, algarvia, era doméstica. Um tio do lado materno, Pedro Tavares, oficial do [[Exército]], publicara alguns livros da sua lavra: ''Estudos Histórico-Militares'' (1892), e também romances, como ''Margarida'' (1900) ou ''Regenerada'' (1905)<ref name="Quadros"> {{Citar web |url=http://www.fundacaoantonioquadros.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=29&Itemid=59&limit=1&limitstart=1 |título=Biografia |autor= |data= |publicado=Fundação António Quadros |acessodata=2016-06-23}}</ref>.


Em 1911, estudante do [[Liceu Camões]], é, embora cinco anos mais novo, colega e amigo de [[Mário de Sá-Carneiro]]. O poeta confia-lhe dois dos seus primeiros poemas, ''Quadras para a Desconhecida'' e ''A Um Suicida'', ambos dedicados a [[Tomás Cabreira Júnior]], com quem escrevera a peça ''Amizade'' e que se suicidara com um tiro, nas escadas do liceu, aos 20 anos de idade<ref name="Quadros"/>.
O prédio de sua casa ardeu integralmente no famoso «Fogo da Madalena», tinha António Ferro então 11 anos de idade. O jovem foi salvo por um bombeiro, tal como a restante família: a mãe, o pai, os irmãos Umbelina e Pedro, uma velha tia e ainda uma avó imobilizada<ref name="Quadros"> {{Citar web |url=http://www.fundacaoantonioquadros.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=29&Itemid=59&limit=1&limitstart=1 |título=Biografia |autor= |data= |publicado=Fundação António Quadros |acessodata=2016-06-23}}</ref>.
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Em 1912, em colaboração com [[Augusto Cunha]], seu futuro cunhado, publica ''Missal de Trovas'', livro constituído por quadras ao gosto popular dedicadas a [[Augusto Gil]] e a [[Fausto Guedes Teixeira]], que, numa edição de 1914, seriam acompanhadas de apreciações afectuosas de [[Fernando Pessoa]], [[João de Barros (1881)|João de Barros]], [[Mário de Sá-Carneiro]], [[Afonso Lopes Vieira]] e [[Augusto Gil]]<ref name="Quadros"/>.
Em 1911, estudante do [[Liceu Camões]], é, embora cinco anos mais novo, colega e amigo de [[Mário de Sá-Carneiro]]. O poeta confia-lhe dois dos seus primeiros poemas, ''Quadras para a Desconhecida'' e ''A Um Suicida'', ambos dedicados a [[Tomás Cabreira Júnior]], com quem escrevera a peça ''Amizade'' e que se suicidara com um tiro, nas escadas do liceu, aos 16 anos de idade<ref name="Quadros"/>.


De 1913 a 1918 frequenta o curso de [[Direito]] na [[Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa|Faculdade de Direito]] da [[Universidade de Lisboa]], que acabará por não concluir. Nessa altura, António Ferro, de aparência sossegada, pesada e pachorrenta, já demonstra o fôlego e a energia que o acompanharão toda a vida. Mobilizador de vontades e aglutinador de grupos, é voz activa e estimulante em tudo o que implique acção e organização<ref name="Quadros"/>.
Em 1912, em colaboração com Augusto Cunha, seu futuro cunhado, publica ''Missal de Trovas'', livro constituído por quadras ao gosto popular dedicadas a [[Augusto Gil]] e a [[Fausto Guedes Teixeira]], que, numa edição de 1914, seriam acompanhadas de apreciações afectuosas de [[Fernando Pessoa]], [[João de Barros (1881)|João de Barros]], [[Mário de Sá-Carneiro]], [[Afonso Lopes Vieira]] e [[Augusto Gil]]<ref name="Quadros"/>.

De 1913 a 1918 frequenta o curso de [[Direito]] na [[Universidade de Lisboa]], que acabará por não concluir. Nessa altura, António Ferro, de aparência sossegada, pesada e pachorrenta, já demonstra o fôlego e a energia que o acompanharão toda a vida. Mobilizador de vontades e aglutinador de grupos, é voz activa e estimulante em tudo o que implique acção e organização<ref name="Quadros"/>.


Em 1914, com apenas 19 anos, António Ferro surge como editor oficial da [[Revista Orpheu|Revista ''Orpheu'']], para o que foi escolhido pelo seu amigo [[Mário de Sá Carneiro]], precisamente por ser ainda menor<ref name="Quadros"/>.
Em 1914, com apenas 19 anos, António Ferro surge como editor oficial da [[Revista Orpheu|Revista ''Orpheu'']], para o que foi escolhido pelo seu amigo [[Mário de Sá Carneiro]], precisamente por ser ainda menor<ref name="Quadros"/>.
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Enveredando pela carreira de jornalista, foi redator-principal do diário ''O Jornal'' 1919 (órgão do Partido Republicano Conservador), jornalista de ''[[O Século (Portugal)|O Século]]'' e do ''[[Diário de Lisboa]]'', director durante alguns meses da revista '' [[Ilustração Portuguesa|Illustração Portugueza]]'' e repórter internacional do ''[[Diário de Notícias (Portugal)|Diário de Notícias]]'', para o qual entrevistou numerosas celebridades nacionais e estrangeiras.
Enveredando pela carreira de jornalista, foi redator-principal do diário ''O Jornal'' 1919 (órgão do Partido Republicano Conservador), jornalista de ''[[O Século (Portugal)|O Século]]'' e do ''[[Diário de Lisboa]]'', director durante alguns meses da revista '' [[Ilustração Portuguesa|Illustração Portugueza]]'' e repórter internacional do ''[[Diário de Notícias (Portugal)|Diário de Notícias]]'', para o qual entrevistou numerosas celebridades nacionais e estrangeiras.


Teve colaboração, em prosa e em verso, na II série da revista ''[[Alma Nova (revista)|Alma nova]]'' <ref >{{Citar web |autor=Rita Correia |data=19 de julho de 2011 |título=Ficha histórica:Alma nova: revista ilustrada (II Série) (1915-1918) |url= http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/FichasHistoricas/AlmaNovaIIserie.pdf|publicado=[[Hemeroteca Municipal de Lisboa]] |acessodata=13 de março de 2015}}</ref> (1915-1918), ''Exílio'' (1915) e na segunda série de ''Contemporânea'' (1922-1924). Em 1921 publicou o manifesto modernista ''Nós''. Em livro, publicou conferências, reportagens, entrevistas, contos, o livro de aforismos e paradoxos ''Teoria da Indiferença'' (1920) e o "romance fragmentário" ''Leviana'' (1921). Também se encontra colaboração da sua autoria na revista [[Ilustração (revista)|Ilustração]] <ref >{{Citar web |autor=Rita Correia |data=16 de Junho de 2009 |título=Ficha histórica: Ilustração (1926-)|url= http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/FichasHistoricas/Ilustracao.pdf|formato=pdf |publicado=[[Hemeroteca Municipal de Lisboa]] |acessodata=6 de Novembro de 2014}}</ref> iniciada em 1926.
Teve colaboração, em prosa e em verso, na II série da revista ''[[Alma Nova (revista)|Alma nova]]'' <ref>{{Citar web |autor=Rita Correia |data=19 de julho de 2011 |título=Ficha histórica:Alma nova: revista ilustrada (II Série) (1915-1918) |url= http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/FichasHistoricas/AlmaNovaIIserie.pdf|publicado=[[Hemeroteca Municipal de Lisboa]] |acessodata=13 de março de 2015}}</ref> (1915-1918), ''Exílio'' (1915) e na segunda série de ''Contemporânea'' (1922-1924). Em 1921 publicou o manifesto modernista ''Nós''. Em livro, publicou conferências, reportagens, entrevistas, contos, o livro de aforismos e paradoxos ''Teoria da Indiferença'' (1920) e o "romance fragmentário" ''Leviana'' (1921). Também se encontra colaboração da sua autoria na revista [[Ilustração (revista)|Ilustração]] <ref>{{Citar web |autor=Rita Correia |data=16 de Junho de 2009 |título=Ficha histórica: Ilustração (1926-)|url= http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/FichasHistoricas/Ilustracao.pdf|formato=pdf |publicado=[[Hemeroteca Municipal de Lisboa]] |acessodata=6 de Novembro de 2014}}</ref> iniciada em 1926.


Depois de ter sido simpatizante do [[Partido Republicano Português|Partido Republicano]], António Ferro evoluiu para [[Sidónio Pais|sidonista]], republicano conservador (próximo de [[Filomeno da Câmara de Melo Cabral|Filomeno da Câmara]]).
Depois de ter sido simpatizante do [[Partido Republicano Português|Partido Republicano]], António Ferro evoluiu para [[Sidónio Pais|sidonista]], republicano conservador (próximo de [[Filomeno da Câmara de Melo Cabral|Filomeno da Câmara]]).
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Sob o [[Estado Novo (Portugal)|Estado Novo]], António Ferro abraçou a carreira política, tendo dirigido o [[Secretariado da Propaganda Nacional]] (SPN), sob a tutela da presidência do Conselho de Ministros. Foi ele quem sugeriu a Salazar em 1932 a criação de um organismo que fizesse propaganda aos feitos do regime e foi dele, também, a formulação doutrinária, a partir desse ano, da chamada [[Política do Espírito]], nome que teve em Portugal a política de fomento cultural subordinada aos fins políticos do regime. Depois de em Dezembro de 1932 ter publicado no ''Diário de Notícias'' uma série de entrevistas com o Presidente do Conselho de Ministros, reunidas em livro em 1933 (''Salazar, o Homem e a Obra''), Ferro foi chamado a assumir, como director do SPN, criado em Outubro de 1933, as funções simultâneas de chefe da propaganda e de responsável pela política cultural do Estado Novo. O organismo manteve o nome até final da [[II Guerra Mundial]], quando passou a designar-se [[Secretariado Nacional de Informação]] (SNI). Ferro foi o seu director até 1949, quando partiu para a legação portuguesa em [[Berna]].
Sob o [[Estado Novo (Portugal)|Estado Novo]], António Ferro abraçou a carreira política, tendo dirigido o [[Secretariado da Propaganda Nacional]] (SPN), sob a tutela da presidência do Conselho de Ministros. Foi ele quem sugeriu a Salazar em 1932 a criação de um organismo que fizesse propaganda aos feitos do regime e foi dele, também, a formulação doutrinária, a partir desse ano, da chamada [[Política do Espírito]], nome que teve em Portugal a política de fomento cultural subordinada aos fins políticos do regime. Depois de em Dezembro de 1932 ter publicado no ''Diário de Notícias'' uma série de entrevistas com o Presidente do Conselho de Ministros, reunidas em livro em 1933 (''Salazar, o Homem e a Obra''), Ferro foi chamado a assumir, como director do SPN, criado em Outubro de 1933, as funções simultâneas de chefe da propaganda e de responsável pela política cultural do Estado Novo. O organismo manteve o nome até final da [[II Guerra Mundial]], quando passou a designar-se [[Secretariado Nacional de Informação]] (SNI). Ferro foi o seu director até 1949, quando partiu para a legação portuguesa em [[Berna]].


Desenvolveu grande actividade nas áreas da propaganda interna e externa, edição, radiodifusão, cinema, teatro, bailado, jornalismo, turismo e actividades culturais em geral. Foi comissário-geral das exposições internacionais de Paris (1937) e de Nova Iorque (1939), teve um papel determinante na grande realização do [[Estado Novo (Portugal)|Estado Novo]] que foi a [[Exposição do Mundo Português]] (1940), tendo dirigido a ''[[Revista dos Centenários]]'' <ref >{{Citar web |autor=Helena Bruto da Costa |título=Ficha histórica:Revista dos Centenários (1939-1940) |url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/FichasHistoricas/RevistadosCentenarios.pdf |publicado=[[Hemeroteca Municipal de Lisboa]] |acessodata=29 de Maio de 2015}}</ref>, órgão de propaganda da mesma. Foi fundador do [[Museu de Arte Popular]], da [[Companhia Portuguesa de Bailado Verde Gaio]] (1940) e presidente da [[Emissora Nacional]] (1941). No plano do turismo, foi por sua iniciativa que foram criadas as [[Pousadas de Portugal|Pousadas]] a partir de 1941-1942. Foi também fundador, em 1941, da revista de arte e turismo ''[[Panorama (revista portuguesa de arte e turismo)|Panorama]]''.
Desenvolveu grande actividade nas áreas da propaganda interna e externa, edição, radiodifusão, cinema, teatro, bailado, jornalismo, turismo e actividades culturais em geral. Foi comissário-geral das exposições internacionais de Paris (1937) e de Nova Iorque (1939), teve um papel determinante na grande realização do [[Estado Novo (Portugal)|Estado Novo]] que foi a [[Exposição do Mundo Português]] (1940), tendo dirigido a ''[[Revista dos Centenários]]'' <ref>{{Citar web |autor=Helena Bruto da Costa |título=Ficha histórica:Revista dos Centenários (1939-1940) |url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/FichasHistoricas/RevistadosCentenarios.pdf |publicado=[[Hemeroteca Municipal de Lisboa]] |acessodata=29 de Maio de 2015}}</ref>, órgão de propaganda da mesma. Foi fundador do [[Museu de Arte Popular (Portugal)|Museu de Arte Popular]], da [[Companhia Portuguesa de Bailado Verde Gaio]] (1940) e presidente da [[Emissora Nacional]] (1941). No plano do turismo, foi por sua iniciativa que foram criadas as [[Pousadas de Portugal|Pousadas]] a partir de 1941-1942. Foi também fundador, em 1941, da revista de arte e turismo ''[[Panorama (revista portuguesa de arte e turismo)|Panorama]]'' e dirigiu em parceria com [[Lourival Fontes]] a revista luso-brasileira ''[[Atlântico: revista luso-brasileira|Atlântico]]'' <ref>{{Citar web |autor=Helena Roldão|data=12 de Outubro de 2012 |título=Ficha histórica:Atlântico: revista luso-brasileira (1942-1950)|url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/FichasHistoricas/Atlantico.pdf |formato=pdf |publicado=[[Hemeroteca Municipal de Lisboa]] |acessodata=25 de Novembro de 2019}}</ref>.


{{Carece de fontes2|data=abril de 2017|Como homem de cultura desde sempre muito ligado aos meios artísticos, Ferro serviu-se do organismo que dirigiu para defender e divulgar alguns dos artistas mais arrojados do seu tempo. Travou lutas com os conservadores do regime em defesa da [[arte moderna]], mas pessoalmente renegou o "modernismo" literário da sua juventude.}}
{{Carece de fontes2|data=abril de 2017|Como homem de cultura desde sempre muito ligado aos meios artísticos, Ferro serviu-se do organismo que dirigiu para defender e divulgar alguns dos artistas mais arrojados do seu tempo. Travou lutas com os conservadores do regime em defesa da [[arte moderna]], mas pessoalmente renegou o "modernismo" literário da sua juventude.}}


De 1949 a 1954 foi Ministro Plenipotenciário de Portugal na legação em Berna<ref>{{citar web|URL=https://idi.mne.pt/pt/titulares/673-representacao-na-suica-titulares.html|título=Suíça (Confederação Helvética) - Titulares|autor=Ministério dos Negócios Estrangeiros|data=|publicado=|acessodata=14-1-2018|arquivourl=https://web.archive.org/web/20180115001540/https://idi.mne.pt/pt/titulares/673-representacao-na-suica-titulares.html|arquivodata=2018-01-15|urlmorta=yes}}</ref> e de 1954 a 1956 em Roma.<ref>{{citar web|URL=https://idi.mne.pt/pt/titulares/666-italia.html|título=Itália - Titulares|autor=Ministério dos Negócios Estrangeiros|data=|publicado=|acessodata=14-1-2018|arquivourl=https://web.archive.org/web/20180115001521/https://idi.mne.pt/pt/titulares/666-italia.html|arquivodata=2018-01-15|urlmorta=yes}}</ref>
António Ferro foi casado com a poetisa [[Fernanda de Castro]], pai do escritor [[António Quadros]] e avô da escritora [[Rita Ferro]].


António Ferro foi casado com a poetisa [[Fernanda de Castro]], pai de António Gabriel de Quadros e Castro Ferro (o escritor António Quadros); Fernando Manuel de Castro e Quadros Ferro (o editor e tradutor Fernando de Castro Ferro).
{{Carece de fontes2|data=abril de 2017|António Ferro morreu a 11 de Novembro de 1956 em Lisboa.}}


António Ferro morreu a 11 de novembro de 1956, aos 61 anos, vítima de colecistite (perfuração coberta da vesícula biliar), no [[Hospital de São José]], freguesia do [[Socorro (Lisboa)|Socorro]], em Lisboa.
== Obras ==
<ref>http://fabricadesites.fcsh.unl.pt/ghispanicas/2019/05/08/antonio-ferro/</ref><ref>{{Citar web|url=https://digitarq.arquivos.pt/viewer?id=7666286|titulo=Livro de registo de óbitos da 8.ª Conservatória do Registo Civil de Lisboa - Hospital de São José (12-10-1956 a 16-11-1956)|acessodata=|website=digitarq.arquivos.pt|publicado=Arquivo Nacional da Torre do Tombo|pagina=1743v, assento 3484}}</ref>
[[Ficheiro:Book cover of Teoria da Indiferença by António Ferro, 1920.JPG|thumb|Capa do livro ''Teoria da Indiferença'', 1920]]

* ''Missal de Trovas" (1912) - de colaboração com Augusto Cunha
==Obra publicada e inédita==
* ''As Grandes Trágicas do Silêncio'' (1917)

* ''O Ritmo da Paisagem" (1918)
1912: ''Missal de Trovas'', em colaboração com Augusto Cunha. Prefácios de João de Barros, Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro, Afonso Lopes Vieira, João Lúcio, Júlio Dantas, Alberto Osório de Castro, Augusto Gil. Capa: Rodríguez Castañé. Lisboa: Livraria Ferreira, 1912.
* ''Árvore de Natal'' (1920)

* ''Teoria da Indiferença (1920)
1917: ''As Grandes Trágicas do Silêncio''. Capa: Armando Basto. Lisboa: edição do autor, 1917.
* ''Árvore de Natal'' (1920)

* ''Leviana'' (1921)
1918: ''O Ritmo da Paisagem''.
* ''Gabriele d'Annunzio e Eu'' (1922)
Lisboa: edição do autor, 1918.
* ''A Idade do Jazz-Band'' (1923)

* ''Batalha de Flores'' (1923)
1920: ''Teoria da Indiferença''.
* ''A Amadora dos Fenómenos'' (1925)
Capa: Armando Basto.
* ''Viagem à Volta das Ditaduras'' (1927)
Lisboa: Portugália Editora, 1920. ''Árvore de Natal''.
* ''Salazar, o Homem e a Obra'' (1933)
Capa: Jorge Barradas.
* ''Homens e Multidões'' (1941)
Lisboa: Portugália Editora, 1920.
* ''D. Manuel II, o Desventurado'' (1954).

* ''Saudades de Mim'' (editado postumamente, em 1957)
1921: ''Teoria da Indiferença''.
Capa: Armando Basto.
Lisboa: Portugália Editora, 1921. ''Colette, Willy, Colette''.
Capa: António Soares.
Lisboa/Rio de Janeiro: H. Antunes-Editor, 1921. ''Leviana. Novela em fragmentos''.
Capa e ilustrações: António Soares.
Lisboa/Rio de Janeiro: H. Antunes & Cª Editores, 1921. ''Nós''.
Lisboa: edição do autor, [1921].

1922: ''Gabriel d’Annunzio e Eu''.
Capa: Bernardo Marques.
Lisboa: Portugália Editora, 1922.

1923: ''A Arte de Bem Morrer''.
Prefácio de Menotti del Picchia.
Capa: Almada Negreiros.
Rio de Janeiro: H. Antunes & Cª Editores, 1923. ''A Idade do Jazz-Band''.
Prefácios de Carlos Malheiro Dias, Guilherme de Almeida, Ronald de Carvalho.
Rio de Janeiro: H. Antunes & Cª Editores, 1923. ''Batalha de Flores''.
Capa: António Soares.
Rio de Janeiro: H. Antunes & Cª Editores, 1923.
''Leviana. Novela em fragmentos''.
Capa e ilustrações: António Soares.
Lisboa: Roger Delraux, 1923.

1924: ''Mar Alto''.
Lisboa: Portugália Editora, 1924.

1925: ''A Amadora dos Fenómenos''.
Capa: Bernardo Marques.
Porto: Livraria Civilização, 1925.

1927: ''Viagem à Volta das Ditaduras''.
Prefácio de Filomeno da Câmara.
Capa: Bernardo Marques.
Lisboa: Empresa «Diário de Notícias», 1927.

1929: ''Praça da Concórdia''.
Prefácio do autor.
Capa: Bernardo Marques.
Lisboa: Empresa Nacional de Publicidade, 1929.
''Leviana. Novela em fragmentos''.
Capa e ilustrações: António Soares.
Lisboa: Roger Delraux, 1929.

1930: ''Novo Mundo, Mundo Novo''.
Capa: Bernardo Marques.
Lisboa: Portugal/Brasil, 1930.

1931: ''Hollywood, Capital das Imagens''.
Prólogo do autor.
Capa: Bernardo Marques.
Lisboa: Portugal/Brasil, 1931.

1933: ''Salazar: O Homem e a sua Obra''.
Prefácio de Oliveira Salazar.
Lisboa: Empresa Nacional de Publicidade, 1933.
[com edições publicadas posteriormente em francês, inglês, italiano, espanhol, polaco e concani].
Prefácio da República Espanhola.
Prefácio do autor.
Lisboa: Empresa Nacional de Publicidade, 1933.

1934: ''Salazar: Le Portugal et son Chef''.
Prefácio de Oliveira Salazar.
Paris : Éditions Bernard Grasset, 1934.

1935: ''Salazar y su Jefe''.
Prefácio de Oliveira Salazar.
Santiago de Chile: Biblioteca Ercilla, 1935.

1936: ''Dyktator Wspolczesnej Portugalji Salazar''.
Prefácio de Oliveira Salazar.
Warszawa, Bibljoteka Polska, 1936.

1939: ''Salazar; Portugal and her Leader''.
Prefácio de Oliveira Salazar.
London: Faber and Faber Limited, 1939.

1941: ''Homens e Multidões''.
Prólogo do autor.
Lisboa: Bertrand, 1941.

1943: ''Dez Anos de Política do Espírito 1933 1943''.
Lisboa: Edições SNI, 1943.

1949: ''Apontamentos para uma Exposição''.
Colecção “Politica do Espírito”.
Lisboa: Edições SNI, 1949.
''Arte Moderna''.
Colecção “Politica do Espírito”.
Lisboa: Edições SNI, 1949.
''Artes Decorativas''.
Colecção “Politica do Espírito”.
Lisboa: Edições SNI, 1949.
''Eça de Queiroz e o Centenário do seu Nascimento''.
Colecção “Politica do Espírito”.
Lisboa: Edições SNI, 1949.
''Estados Unidos da Saudade''.
Colecção “Política de Espírito”.
Lisboa: Edições SNI, 1949.
''Imprensa Estrangeira''.
Colecção “Politica do Espírito”.
Lisboa: Edições SNI, 1949.
''Jogos Florais''.
Colecção “Politica do Espírito”.
Lisboa: Emissora Nacional, 1949.
''Museu de Arte Popular''.
Colecção “Politica do Espírito”.
Lisboa: Edições SNI, 1949.
''Panorama dos Centenários 1140-1640''.
Colecção “Politica do Espírito”.
Lisboa: Edições SNI, 1949.
''Turismo Fonte de Riqueza e de Poesia''.
Colecção “Politica do Espírito”.
Lisboa: Edições SNI, 1949.

1950: ''Prémios Literários 1934 1947''.
Colecção “Politica do Espírito”.
Lisboa: Edições SNI, 1950.
''Problemas da Rádio''.
Colecção “Politica do Espírito”.
Lisboa: Edições SNI, 1950.
''Sociedades de Recreio''.
Colecção “Politica do Espírito”.
Lisboa: Edições SNI, 1950.
''Teatro e Cinema 1936-1949''.
Colecção “Politica do Espírito”.
Lisboa: Edições SNI, 1950.

1954: ''D. Manuel II, o Desventurado''.
Lisboa: Livraria Bertrand, 1954.

1957: ''Saudades de Mim''.
Prefácio de António Quadros.
Lisboa: Livraria Bertrand, 1957.

1978: ''Salazar: o homem e a sua obra''.
Prefácio de Oliveira Salazar.
Lisboa: Edições do Tempo, 1978.

1979: ''Leviana. Novela em fragmentos''.
Capa e ilustrações: António Soares.
Lisboa: Roger Delraux, 1979.
''Teoria da Indiferença''.
Capa: Armando Basto.
Lisboa: Portugália Editora, 1979.

1982: ''Salazar: o homem e a sua obra''.
Prefácio de Oliveira Salazar.
Lisboa: Edições Fernando Pereira, 1982.

1989: ''Batalha de Flores''.
Prefácio de António Quadros.
Capa: António Soares.
Lisboa: Europress, 1989.

1996: ''Leviana''.
Capa: Francisco Providência.
Colecção “Brevíssima Portuguesa”, n.º 13.
Lisboa: Contexto Editora, 1996.

2003: ''Entrevistas de António Ferro a Salazar''.
Prefácio de Fernando Rosas.
Lisboa: Parceria A. M. Pereira, 2003.

2007: ''Entrevistas a Salazar''.
Prefácio de Fernando Rosas.
Lisboa: Parceria A. M. Pereira, 2007.

2016: ''Novo Mundo, Mundo Novo'' (fac-simile).
Capa: Bernardo Marques.
Lisboa: A Bela e Monstro, Editores/Jornal Público, 2016.

2018: ''Algumas Memórias do Bom Jesus do Monte''
Coautoria: Camilo Castelo Branco, Raul Brandão, António Ferro, António Manuel Couto Viana.
Coordenação: Eduardo Jorge Madureira Lopes.
Braga: Fundação Bracara Augusta, 2018.

Inéditos: ''A suspeita'' (episódio dramático em um acto e dois quadros, assinado com o pseudónimo «João Simples», terminado a 4 de Setembro de 1912).
''Confissão Pública'' (diário).
''Eu não sei dançar'' (peça em 3 actos).
''O Estandarte'' (peça em 3 actos).<ref name=":0">{{Citar web|url=http://www.fundacaoantonioquadros.pt/|titulo=Fundação António Quadros - EDITORIAL, por Mafalda Ferro|acessodata=2020-12-19|website=www.fundacaoantonioquadros.pt}}</ref>


==Homenagens==
==Homenagens==
* A 5 de Outubro de 1930 foi feito Oficial da [[Ordem Militar de Cristo]]<ref name="OHn"/>
* A 5 de Outubro de 1930 foi feito Oficial da [[Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo]]<ref name="OHn"/>
* A 23 de Setembro de 1931 foi feito Comendador da [[Ordem Militar de Sant'Iago da Espada]]<ref name="OHn"/>
* A 23 de Setembro de 1931 foi feito Comendador da [[Antiga, Nobilíssima e Esclarecida Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, do Mérito Científico, Literário e Artístico]]<ref name="OHn"/>
* A 4 de Março de 1941 foi elevado a Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada<ref name="OHn"/>
* A 4 de Março de 1941 foi elevado a Grande-Oficial da Antiga, Nobilíssima e Esclarecida Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, do Mérito Científico, Literário e Artístico<ref name="OHn"/>
* A 4 de Novembro de 1941 recebeu a Grande Gruz da Ordem da Coroa da Roménia (Mare Cruce)<ref>http://www.fundacaoantonioquadros.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=233&Itemid=329</ref>
* A 4 de Novembro de 1941 recebeu a Grã-Cruz da [[Ordem da Coroa da Roménia|Ordem da Coroa]] da [[Reino da Roménia|Roménia]] <ref>http://www.fundacaoantonioquadros.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=233&Itemid=329</ref>
* A 29 de Outubro de 1943 foi elevado a Grande-Oficial da Ordem Militar de Cristo.<ref name="OHn">{{citar web |url=http://www.ordens.presidencia.pt/?idc=153 |título=Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas|autor=|data=|publicado=Presidência da República Portuguesa|acessodata=2015-09-11 |notas=Resultado da busca de "António Joaquim Tavares Ferro".}}</ref>
* A 29 de Outubro de 1943 foi elevado a Grande-Oficial da Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo.<ref name="OHn">{{citar web |url=http://www.ordens.presidencia.pt/?idc=153 |título=Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas|autor=|data=|publicado=Presidência da República Portuguesa|acessodata=2015-09-11 |notas=Resultado da busca de "António Joaquim Tavares Ferro".}}</ref>


==Ver também==
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== Bibliografia ==
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* {{Citar livro |último1=Ferro |primeiro1=Mafalda |último2=Ferro |primeiro2=Rita |autorlink2=Rita Ferro |título=Retrato de uma família: Fernanda de Castro, António Ferro, António Quadros |local=Lisboa |editora=Círculo de Leitores |ano=1999 |ISBN=972-42-1910-0}}
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== Ligações externas ==
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* {{Link||2=http://acultura.no.sapo.pt/page8Matriz.html |3=Política :A Matriz |4= por Carlos Fontes. |datali=janeiro de 2019}} [https://archive.today/20121209121318/http://acultura.no.sapo.pt/page8Matriz.html Arquivo de 2012-12-09]
* [https://www.academia.edu/23490107/O_turismo_e_a_proje%C3%A7%C3%A3o_da_vida_nacional_por_Ant%C3%B3nio_Ferro_o_papel_dos_concursos O turismo e a projeção da vida nacional por António Ferro: o papel dos concursos, por Carla Ribeiro]
* [http://www.dn.pt/edicao-do-dia/30-abr-2020/agitada-e-sensacional-entrevista-com-adolfo-hitler-chefe-dos-nacionais-socialistas-9717743.html Entrevista de António Ferro ao líder nazi, em 1930 ]


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Edição atual tal como às 22h14min de 3 de julho de 2024

António Ferro
António Ferro
Nascimento 17 de agosto de 1895
Santa Justa, Lisboa, Portugal
Morte 11 de novembro de 1956 (61 anos)
Socorro, Lisboa, Portugal
Nacionalidade Português
Cônjuge Fernanda de Castro
Filho(a)(s) António Gabriel de Quadros e Castro Ferro (António Quadros); Fernando Manuel de Castro e Quadros Ferro (Fernando de Castro Ferro).
Ocupação Escritor, jornalista, político, diplomata.
Cargo Editor da revista Orpheu (1915); Jornalista /1918/1933); Director do SPN - Secretariado de Propaganda Nacional (1933/1944); Director do SNI - Secretariado Nacional de Informação, Cultura Popular e Turismo (1944/1950); Diplomata (1950/1956).
Magnum opus Novo Mundo, Mundo Novo
Principais interesses Modernismo português, Turismo, Arte Popular, Manifestações museológicas como as Grandes Exposições nacionais e Internacionais. Todas as formas de cultura.

António Joaquim Tavares Ferro OCGOCComSEGOSE (Santa Justa, Lisboa, 17 de Agosto de 1895Socorro, Lisboa, 11 de Novembro de 1956), conhecido por António Ferro, foi um escritor, jornalista, político e diplomata português. Casado com a poetisa Fernanda de Castro. Foi o grande dinamizador da política cultural do Estado Novo[1].

António Ferro nasceu a 17 de agosto de 1895 num terceiro andar do n.º 237 da Rua da Madalena, em Lisboa, no seio de uma família pequeno-burguesa. Foi batizado a 25 de dezembro de 1896 na igreja paroquial de Santa Justa, Lisboa. O pai, António Joaquim Ferro, natural de Beja (freguesia de Baleizão), era comerciante, e a mãe, sua mulher, Helena Emília Tavares Afonso, natural de Tavira, era doméstica. Um tio do lado materno, Pedro Tavares, oficial do Exército, publicara alguns livros da sua lavra: Estudos Histórico-Militares (1892), e também romances, como Margarida (1900) ou Regenerada (1905).[2][3]

O prédio de sua casa ardeu integralmente no famoso «Fogo da Madalena», tinha António Ferro então 11 anos de idade. O jovem foi salvo por um bombeiro, tal como a restante família: a mãe, o pai, os irmãos Umbelina e Pedro, uma velha tia e ainda uma avó imobilizada[2].

Em 1911, estudante do Liceu Camões, é, embora cinco anos mais novo, colega e amigo de Mário de Sá-Carneiro. O poeta confia-lhe dois dos seus primeiros poemas, Quadras para a Desconhecida e A Um Suicida, ambos dedicados a Tomás Cabreira Júnior, com quem escrevera a peça Amizade e que se suicidara com um tiro, nas escadas do liceu, aos 20 anos de idade[2].

Em 1912, em colaboração com Augusto Cunha, seu futuro cunhado, publica Missal de Trovas, livro constituído por quadras ao gosto popular dedicadas a Augusto Gil e a Fausto Guedes Teixeira, que, numa edição de 1914, seriam acompanhadas de apreciações afectuosas de Fernando Pessoa, João de Barros, Mário de Sá-Carneiro, Afonso Lopes Vieira e Augusto Gil[2].

De 1913 a 1918 frequenta o curso de Direito na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, que acabará por não concluir. Nessa altura, António Ferro, de aparência sossegada, pesada e pachorrenta, já demonstra o fôlego e a energia que o acompanharão toda a vida. Mobilizador de vontades e aglutinador de grupos, é voz activa e estimulante em tudo o que implique acção e organização[2].

Em 1914, com apenas 19 anos, António Ferro surge como editor oficial da Revista Orpheu, para o que foi escolhido pelo seu amigo Mário de Sá Carneiro, precisamente por ser ainda menor[2].

Enveredando pela carreira de jornalista, foi redator-principal do diário O Jornal 1919 (órgão do Partido Republicano Conservador), jornalista de O Século e do Diário de Lisboa, director durante alguns meses da revista Illustração Portugueza e repórter internacional do Diário de Notícias, para o qual entrevistou numerosas celebridades nacionais e estrangeiras.

Teve colaboração, em prosa e em verso, na II série da revista Alma nova [4] (1915-1918), Exílio (1915) e na segunda série de Contemporânea (1922-1924). Em 1921 publicou o manifesto modernista Nós. Em livro, publicou conferências, reportagens, entrevistas, contos, o livro de aforismos e paradoxos Teoria da Indiferença (1920) e o "romance fragmentário" Leviana (1921). Também se encontra colaboração da sua autoria na revista Ilustração [5] iniciada em 1926.

Depois de ter sido simpatizante do Partido Republicano, António Ferro evoluiu para sidonista, republicano conservador (próximo de Filomeno da Câmara).

Interessou-se e aprofundou conhecimentos sobre o fascismo e os regimes autoritários da época, como ficou patente na sua colectânea de entrevistas Viagem à Volta das Ditaduras (1927). Entrevistou Benito Mussolini três vezes, em Roma (na última entrevista, Mussolini ofereceu a Ferro dois retratos seus com dedicatória, um deles destinado a Salazar, que o colocou emoldurado sobre a sua secretária). Também Hitler concedeu uma breve entrevista a Ferro (que não se chegou a concretizar, segundo a sua neta Rita Ferro), bem como o ditador espanhol Primo de Rivera.

Sob o Estado Novo, António Ferro abraçou a carreira política, tendo dirigido o Secretariado da Propaganda Nacional (SPN), sob a tutela da presidência do Conselho de Ministros. Foi ele quem sugeriu a Salazar em 1932 a criação de um organismo que fizesse propaganda aos feitos do regime e foi dele, também, a formulação doutrinária, a partir desse ano, da chamada Política do Espírito, nome que teve em Portugal a política de fomento cultural subordinada aos fins políticos do regime. Depois de em Dezembro de 1932 ter publicado no Diário de Notícias uma série de entrevistas com o Presidente do Conselho de Ministros, reunidas em livro em 1933 (Salazar, o Homem e a Obra), Ferro foi chamado a assumir, como director do SPN, criado em Outubro de 1933, as funções simultâneas de chefe da propaganda e de responsável pela política cultural do Estado Novo. O organismo manteve o nome até final da II Guerra Mundial, quando passou a designar-se Secretariado Nacional de Informação (SNI). Ferro foi o seu director até 1949, quando partiu para a legação portuguesa em Berna.

Desenvolveu grande actividade nas áreas da propaganda interna e externa, edição, radiodifusão, cinema, teatro, bailado, jornalismo, turismo e actividades culturais em geral. Foi comissário-geral das exposições internacionais de Paris (1937) e de Nova Iorque (1939), teve um papel determinante na grande realização do Estado Novo que foi a Exposição do Mundo Português (1940), tendo dirigido a Revista dos Centenários [6], órgão de propaganda da mesma. Foi fundador do Museu de Arte Popular, da Companhia Portuguesa de Bailado Verde Gaio (1940) e presidente da Emissora Nacional (1941). No plano do turismo, foi por sua iniciativa que foram criadas as Pousadas a partir de 1941-1942. Foi também fundador, em 1941, da revista de arte e turismo Panorama e dirigiu em parceria com Lourival Fontes a revista luso-brasileira Atlântico [7].

[carece de fontes?]

De 1949 a 1954 foi Ministro Plenipotenciário de Portugal na legação em Berna[8] e de 1954 a 1956 em Roma.[9]

António Ferro foi casado com a poetisa Fernanda de Castro, pai de António Gabriel de Quadros e Castro Ferro (o escritor António Quadros); Fernando Manuel de Castro e Quadros Ferro (o editor e tradutor Fernando de Castro Ferro).

António Ferro morreu a 11 de novembro de 1956, aos 61 anos, vítima de colecistite (perfuração coberta da vesícula biliar), no Hospital de São José, freguesia do Socorro, em Lisboa. [10][11]

Obra publicada e inédita

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1912: Missal de Trovas, em colaboração com Augusto Cunha. Prefácios de João de Barros, Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro, Afonso Lopes Vieira, João Lúcio, Júlio Dantas, Alberto Osório de Castro, Augusto Gil. Capa: Rodríguez Castañé. Lisboa: Livraria Ferreira, 1912.

1917: As Grandes Trágicas do Silêncio. Capa: Armando Basto. Lisboa: edição do autor, 1917.

1918: O Ritmo da Paisagem. Lisboa: edição do autor, 1918.

1920: Teoria da Indiferença. Capa: Armando Basto. Lisboa: Portugália Editora, 1920. Árvore de Natal. Capa: Jorge Barradas. Lisboa: Portugália Editora, 1920.

1921: Teoria da Indiferença. Capa: Armando Basto. Lisboa: Portugália Editora, 1921. Colette, Willy, Colette. Capa: António Soares. Lisboa/Rio de Janeiro: H. Antunes-Editor, 1921. Leviana. Novela em fragmentos. Capa e ilustrações: António Soares. Lisboa/Rio de Janeiro: H. Antunes & Cª Editores, 1921. Nós. Lisboa: edição do autor, [1921].

1922: Gabriel d’Annunzio e Eu. Capa: Bernardo Marques. Lisboa: Portugália Editora, 1922.

1923: A Arte de Bem Morrer. Prefácio de Menotti del Picchia. Capa: Almada Negreiros. Rio de Janeiro: H. Antunes & Cª Editores, 1923. A Idade do Jazz-Band. Prefácios de Carlos Malheiro Dias, Guilherme de Almeida, Ronald de Carvalho. Rio de Janeiro: H. Antunes & Cª Editores, 1923. Batalha de Flores. Capa: António Soares. Rio de Janeiro: H. Antunes & Cª Editores, 1923. Leviana. Novela em fragmentos. Capa e ilustrações: António Soares. Lisboa: Roger Delraux, 1923.

1924: Mar Alto. Lisboa: Portugália Editora, 1924.

1925: A Amadora dos Fenómenos. Capa: Bernardo Marques. Porto: Livraria Civilização, 1925.

1927: Viagem à Volta das Ditaduras. Prefácio de Filomeno da Câmara. Capa: Bernardo Marques. Lisboa: Empresa «Diário de Notícias», 1927.

1929: Praça da Concórdia. Prefácio do autor. Capa: Bernardo Marques. Lisboa: Empresa Nacional de Publicidade, 1929. Leviana. Novela em fragmentos. Capa e ilustrações: António Soares. Lisboa: Roger Delraux, 1929.

1930: Novo Mundo, Mundo Novo. Capa: Bernardo Marques. Lisboa: Portugal/Brasil, 1930.

1931: Hollywood, Capital das Imagens. Prólogo do autor. Capa: Bernardo Marques. Lisboa: Portugal/Brasil, 1931.

1933: Salazar: O Homem e a sua Obra. Prefácio de Oliveira Salazar. Lisboa: Empresa Nacional de Publicidade, 1933. [com edições publicadas posteriormente em francês, inglês, italiano, espanhol, polaco e concani]. Prefácio da República Espanhola. Prefácio do autor. Lisboa: Empresa Nacional de Publicidade, 1933.

1934: Salazar: Le Portugal et son Chef. Prefácio de Oliveira Salazar. Paris : Éditions Bernard Grasset, 1934.

1935: Salazar y su Jefe. Prefácio de Oliveira Salazar. Santiago de Chile: Biblioteca Ercilla, 1935.

1936: Dyktator Wspolczesnej Portugalji Salazar. Prefácio de Oliveira Salazar. Warszawa, Bibljoteka Polska, 1936.

1939: Salazar; Portugal and her Leader. Prefácio de Oliveira Salazar. London: Faber and Faber Limited, 1939.

1941: Homens e Multidões. Prólogo do autor. Lisboa: Bertrand, 1941.

1943: Dez Anos de Política do Espírito 1933 1943. Lisboa: Edições SNI, 1943.

1949: Apontamentos para uma Exposição. Colecção “Politica do Espírito”. Lisboa: Edições SNI, 1949. Arte Moderna. Colecção “Politica do Espírito”. Lisboa: Edições SNI, 1949. Artes Decorativas. Colecção “Politica do Espírito”. Lisboa: Edições SNI, 1949. Eça de Queiroz e o Centenário do seu Nascimento. Colecção “Politica do Espírito”. Lisboa: Edições SNI, 1949. Estados Unidos da Saudade. Colecção “Política de Espírito”. Lisboa: Edições SNI, 1949. Imprensa Estrangeira. Colecção “Politica do Espírito”. Lisboa: Edições SNI, 1949. Jogos Florais. Colecção “Politica do Espírito”. Lisboa: Emissora Nacional, 1949. Museu de Arte Popular. Colecção “Politica do Espírito”. Lisboa: Edições SNI, 1949. Panorama dos Centenários 1140-1640. Colecção “Politica do Espírito”. Lisboa: Edições SNI, 1949. Turismo Fonte de Riqueza e de Poesia. Colecção “Politica do Espírito”. Lisboa: Edições SNI, 1949.

1950: Prémios Literários 1934 1947. Colecção “Politica do Espírito”. Lisboa: Edições SNI, 1950. Problemas da Rádio. Colecção “Politica do Espírito”. Lisboa: Edições SNI, 1950. Sociedades de Recreio. Colecção “Politica do Espírito”. Lisboa: Edições SNI, 1950. Teatro e Cinema 1936-1949. Colecção “Politica do Espírito”. Lisboa: Edições SNI, 1950.

1954: D. Manuel II, o Desventurado. Lisboa: Livraria Bertrand, 1954.

1957: Saudades de Mim. Prefácio de António Quadros. Lisboa: Livraria Bertrand, 1957.

1978: Salazar: o homem e a sua obra. Prefácio de Oliveira Salazar. Lisboa: Edições do Tempo, 1978.

1979: Leviana. Novela em fragmentos. Capa e ilustrações: António Soares. Lisboa: Roger Delraux, 1979. Teoria da Indiferença. Capa: Armando Basto. Lisboa: Portugália Editora, 1979.

1982: Salazar: o homem e a sua obra. Prefácio de Oliveira Salazar. Lisboa: Edições Fernando Pereira, 1982.

1989: Batalha de Flores. Prefácio de António Quadros. Capa: António Soares. Lisboa: Europress, 1989.

1996: Leviana. Capa: Francisco Providência. Colecção “Brevíssima Portuguesa”, n.º 13. Lisboa: Contexto Editora, 1996.

2003: Entrevistas de António Ferro a Salazar. Prefácio de Fernando Rosas. Lisboa: Parceria A. M. Pereira, 2003.

2007: Entrevistas a Salazar. Prefácio de Fernando Rosas. Lisboa: Parceria A. M. Pereira, 2007.

2016: Novo Mundo, Mundo Novo (fac-simile). Capa: Bernardo Marques. Lisboa: A Bela e Monstro, Editores/Jornal Público, 2016.

2018: Algumas Memórias do Bom Jesus do Monte Coautoria: Camilo Castelo Branco, Raul Brandão, António Ferro, António Manuel Couto Viana. Coordenação: Eduardo Jorge Madureira Lopes. Braga: Fundação Bracara Augusta, 2018.

Inéditos: A suspeita (episódio dramático em um acto e dois quadros, assinado com o pseudónimo «João Simples», terminado a 4 de Setembro de 1912). Confissão Pública (diário). Eu não sei dançar (peça em 3 actos). O Estandarte (peça em 3 actos).[12]

Referências

  1. Revista E n.º 2487 (27 de Junho de 2020). Eça, Ferro e Companhua, pág.42
  2. a b c d e f «Biografia». Fundação António Quadros. Consultado em 23 de junho de 2016 
  3. «Livro de registo de batismos da paróquia de Santa Justa - Lisboa (1896)». digitarq.arquivos.pt. Arquivo Nacional da Torre do Tombo. p. 37v, assento 103 
  4. Rita Correia (19 de julho de 2011). «Ficha histórica:Alma nova: revista ilustrada (II Série) (1915-1918)» (PDF). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 13 de março de 2015 
  5. Rita Correia (16 de Junho de 2009). «Ficha histórica: Ilustração (1926-)» (pdf). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 6 de Novembro de 2014 
  6. Helena Bruto da Costa. «Ficha histórica:Revista dos Centenários (1939-1940)» (PDF). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 29 de Maio de 2015 
  7. Helena Roldão (12 de Outubro de 2012). «Ficha histórica:Atlântico: revista luso-brasileira (1942-1950)» (pdf). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 25 de Novembro de 2019 
  8. Ministério dos Negócios Estrangeiros. «Suíça (Confederação Helvética) - Titulares». Consultado em 14 de janeiro de 2018. Arquivado do original em 15 de janeiro de 2018 
  9. Ministério dos Negócios Estrangeiros. «Itália - Titulares». Consultado em 14 de janeiro de 2018. Arquivado do original em 15 de janeiro de 2018 
  10. http://fabricadesites.fcsh.unl.pt/ghispanicas/2019/05/08/antonio-ferro/
  11. «Livro de registo de óbitos da 8.ª Conservatória do Registo Civil de Lisboa - Hospital de São José (12-10-1956 a 16-11-1956)». digitarq.arquivos.pt. Arquivo Nacional da Torre do Tombo. p. 1743v, assento 3484 
  12. «Fundação António Quadros - EDITORIAL, por Mafalda Ferro». www.fundacaoantonioquadros.pt. Consultado em 19 de dezembro de 2020 
  13. a b c d «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "António Joaquim Tavares Ferro". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 11 de setembro de 2015 
  14. http://www.fundacaoantonioquadros.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=233&Itemid=329
  • Ferro, Mafalda; Ferro, Rita (1999). Retrato de uma família: Fernanda de Castro, António Ferro, António Quadros. Lisboa: Círculo de Leitores. ISBN 972-42-1910-0 
  • Guedes, Fernando (1997). António Ferro e a sua Política do Espírito. Inclui antologia de textos de António Ferro. Lisboa: Academia Portuguesa da História. ISBN 978-972-624-111-9 
  • Henriques, Raquel Pereira (1990). António Ferro: estudo e antologia. Lisboa: Publicações Alfa 
  • Leal, Ernesto Castro (1994). António Ferro; Espaço Político e Imaginário Social: (1918-32). Lisboa: Edições Cosmos. ISBN 978-972-8081-33-2 Verifique |isbn= (ajuda) 

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