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Língua inglesa: diferenças entre revisões

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{{Mais notas|data=abril de 2021}}
{{Info/Língua
{{Info/Língua
|nome = Inglês
|nome = Inglês
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|corfamília = Indo-europeia
|corfamília = Indo-europeia
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|falantes = Primeira língua: 309–400 milhões <br />Segunda língua: 199–1,400 milhões<ref>cf: [http://www.ethnologue.com/show_language.asp?code=eng Ethnologue] (1984 estimate); [http://www.economist.com/world/europe/displayStory.cfm?Story_ID=883997 The Triumph of English], The Economist, Dec. 20, 2001; [http://www.ethnologue.com/show_language.asp?code=eng Ethnologue] (1999 estimate); {{cite web |url=http://www.oxfordseminars.com/Tesol/Pages/Teach/teach_20000jobs.php |title=20,000 Teaching Jobs |accessdate=2007-02-18 |publisher=Oxford Seminars |language=English }};</ref><ref name="wwenglish">{{cite web |url=http://www.ehistling-pub.meotod.de/01_lec06.php |title=Lecture 7: World-Wide English |accessdate=2007-03-26|publisher=<sub>E</sub>HistLing }}</ref><br />Total: 500 milhões<ref name="wwenglish"/><ref>[http://www.ethnologue.com/show_language.asp?code=eng Ethnologue] (1999 estimate);</ref>
|falantes = 500 milhões (língua nativa)<br /> 1,4 bilhão (segunda língua)<ref>[http://www.ethnologue.com/show_language.asp?code=eng Ethnologue] (1984 estimate); [http://www.economist.com/world/europe/displayStory.cfm?Story_ID=883997 The Triumph of English], The Economist, Dec. 20, 2001; [http://www.ethnologue.com/show_language.asp?code=eng Ethnologue] (1999 estimate); {{citar web |url=http://www.oxfordseminars.com/Tesol/Pages/Teach/teach_20000jobs.php |título=20,000 Teaching Jobs |acessodata=2007-02-18 |publicado=Oxford Seminars |língua=inglês |li=janeiro de 2019}}</ref><ref name="wwenglish">{{citar web|url=http://www.ehistling-pub.meotod.de/01_lec06.php|título=Lecture 7: World-Wide English|acessodata=2007-03-26|publicado=<sub>E</sub>HistLing|arquivourl=https://web.archive.org/web/20070401233529/http://www.ehistling-pub.meotod.de/01_lec06.php#|arquivodata=1 de abril de 2007|urlmorta=yes}}</ref>
|posição = 3<sup>a</sup> posição como língua nativa e 2<sup>a</sup> posição contando também os que a falam como segunda língua.
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|fam4 = [[Línguas anglo-frísias|Anglo-frísia]]<ref>{{citar livro|autor=Bunse, Heinrich Adam Wilhelm|título=Iniciação à filologia germânica|editora=Ed. da UFRGS|ano=1983|páginas=79|id=}}</ref>
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|fam5 = [[línguas ânglicas|Ânglica]]
|fam5 = [[línguas ânglicas|ânglica]]
|oficial = [[Anexo:Lista de países onde o inglês é a língua oficial|54 países]]<br />[[Nações Unidas]]<br />[[União Europeia]]<br />[[Comunidade das Nações]] <br /> [[Conselho da Europa]] <br />[[OTAN]] <br />[[Tratado Norte-Americano de Livre Comércio|NAFTA]] <br /> [[Organização dos Estados Americanos|OEA]] <br /> [[Organização da Conferência Islâmica|OCI]] <br /> [[UKUSA]]
|oficial = [[Lista de países onde o inglês é a língua oficial|53 países]]<br />[[Nações Unidas]]<br />[[União Europeia]]<br />[[Comunidade das Nações]]<br /> [[Conselho da Europa]]<br />[[OTAN]]<br />[[Tratado Norte-Americano de Livre Comércio|NAFTA]]<br /> [[Organização dos Estados Americanos|OEA]]<br /> [[Organização da Conferência Islâmica|OCI]]<br /> [[UKUSA]]
|regulador = ''Sem regulamentação oficial''
|regulador = ''sem regulamentação oficial''
|escrita = [[Alfabeto latino]]
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{{legenda|#0000ff|Países onde o inglês é a língua ''[[de facto]]'' em azul escuro (com exceção de [[Quebec]], que é uma [[Províncias do Canadá|província]] [[Língua francesa|francófona]] que pertence ao [[Canadá]])}}
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'''Inglês''' (''English'') é uma [[Línguas germânicas ocidentais|língua germânica ocidental]] que surgiu nos reinos [[Inglaterra anglo-saxã|anglo-saxônicos]] da [[Inglaterra]] e se espalhou para o que viria a tornar-se o sudeste da [[Escócia]], sob a influência do reino [[Anglos|anglo]] [[medieval]] da [[Reino da Nortúmbria|Nortúmbria]]. Após séculos de extensa influência da [[Reino da Grã-Bretanha|Grã-Bretanha]] e do [[Reino Unido]] desde o século XVIII, através do [[Império Britânico]], e dos [[Estados Unidos]] desde meados do século XX,<ref>[[#refAmmon2006|Ammon]], pp.&nbsp;2245–2247.</ref><ref>[[#refSchneider2007|Schneider]], p.&nbsp;1.</ref><ref>[[#refMazrui1998|Mazrui]], p.&nbsp;21.</ref><ref>[[#refHowatt2004|Howatt]], pp.&nbsp;127–133.</ref> o inglês tem sido [[Anglofonia|amplamente disperso]] em todo o planeta, tornando-se a [[Língua mundial|principal língua]] do discurso internacional e uma ''[[língua franca]]'' em muitas regiões.<ref>[[#refCrystal1997|Crystal]], pp.&nbsp;87–89.</ref><ref>[[#refWardhaugh2006|Wardhaugh]], p.&nbsp;60.</ref> O idioma é amplamente aprendido como uma [[segunda língua]] e usado como [[língua oficial]] da [[União Europeia]], das [[Nações Unidas]] e de muitos países da ''[[Commonwealth]]'', bem como de muitas outras [[Organização internacional|organizações mundiais]]. É o terceiro idioma mais falado em todo o mundo como primeira língua, depois do [[Língua mandarim|mandarim]] e do [[Língua espanhola|espanhol]].<ref name="ethnologue" />
'''Inglês''' (''English'') é uma [[Línguas indo-europeias|língua indo-europeia]] [[Línguas germânicas ocidentais|germânica ocidental]] que surgiu nos reinos [[Inglaterra anglo-saxã|anglo-saxônicos]] da [[Inglaterra]] e se espalhou para o que viria a tornar-se o sudeste da [[Escócia]], sob a influência do reino [[Anglos|anglo]] [[medieval]] da [[Reino da Nortúmbria|Nortúmbria]]. Após séculos de extensa influência da [[Reino da Grã-Bretanha|Grã-Bretanha]] e do [[Reino Unido]] desde o século XVIII, através do [[Império Britânico]], e dos [[Estados Unidos]] desde meados do século XX,<ref>[[#refAmmon2006|Ammon]], pp.&nbsp;2245–2247.</ref><ref>[[#refSchneider2007|Schneider]], p.&nbsp;1.</ref><ref>[[#refMazrui1998|Mazrui]], p.&nbsp;21.</ref><ref>[[#refHowatt2004|Howatt]], pp.&nbsp;127–133.</ref> o inglês tem sido [[Anglofonia|amplamente disperso]] em todo o planeta, tornando-se a [[Língua mundial|principal língua]] do discurso internacional, uma ''[[língua franca]]'' em muitas regiões e também é o segundo idioma de muitas pessoas em vários países pelo mundo.<ref>[[#refCrystal1997|Crystal]], pp.&nbsp;87–89.</ref><ref>[[#refWardhaugh2006|Wardhaugh]], p.&nbsp;60.</ref> O idioma é amplamente aprendido como uma [[segunda língua]] e usado como [[língua oficial]] da [[União Europeia]], das [[Nações Unidas]] e de muitos países da ''[[Commonwealth]]'', bem como de muitas outras [[Organização internacional|organizações mundiais]]. É o [[Lista de línguas por total de falantes|terceiro idioma mais falado em todo o mundo]] como primeira língua, depois do [[Língua mandarim|mandarim]] e do [[Língua espanhola|espanhol]].<ref name="ethnologue" />


Historicamente, o inglês originou-se da fusão de línguas e dialetos, agora coletivamente denominados ''[[inglês antigo]]'', que foram trazidos para a costa leste da [[Grã-Bretanha]] por [[povos germânicos]] ([[anglo-saxões]]) no século V, sendo a palavra ''english'' derivada do nome dos [[anglos]] e, finalmente, de sua região ancestral de Angeln (no que é agora [[Schleswig-Holstein]]).<ref>{{cite web|url=http://www.merriam-webster.com/dictionary/English |title=English&nbsp;– Definition from the Merriam-Webster Online Dictionary |publisher=Merriam-webster.com |date=25 de abril de 2007 |accessdate=2 de janeiro de 2010}}</ref> Um número significativo de palavras em inglês são construídos com base nas raízes do [[latim]], visto que esse idioma foi, de alguma forma, a língua franca da [[Igreja Cristã]] e da vida intelectual europeia.<ref name="Spiritus-temporis.com">{{cite web|url=http://www.spiritus-temporis.com/old-english-language/latin-influence.html |title=Old English language&nbsp;– Latin influence |publisher=Spiritus-temporis.com |date= |accessdate=2 de janeiro de 2010}}</ref> O inglês foi mais influenciado pela [[língua nórdica antiga]], devido a [[Danelaw|invasões vikings]] nos séculos VIII e IX.
Historicamente, o inglês originou-se da fusão de línguas e dialetos, agora coletivamente denominados ''[[inglês antigo]]'', que foram trazidos para a costa leste da [[Grã-Bretanha]] por [[povos germânicos]] ([[anglo-saxões]]) no século V, sendo a palavra ''english'' derivada do nome dos [[anglos]] e, finalmente, de sua região ancestral de Angeln (no que é agora [[Schleswig-Holstein]]).<ref>{{citar web|url=http://www.merriam-webster.com/dictionary/English |título=English&nbsp;– Definition from the Merriam-Webster Online Dictionary |publicado=Merriam-webster.com |data=25 de abril de 2007 |acessodata=2 de janeiro de 2010}}</ref> Um número significativo de palavras em inglês é construído com base nas raízes do [[latim]], visto que esse idioma foi, de alguma forma, a língua franca da [[Igreja Cristã]] e da vida intelectual europeia.<ref name="Spiritus-temporis.com">{{citar web |url=http://www.spiritus-temporis.com/old-english-language/latin-influence.html |título=Old English language&nbsp;– Latin influence |publicado=Spiritus-temporis.com |data= |acessodata=2 de janeiro de 2010 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110831001952/http://www.spiritus-temporis.com/old-english-language/latin-influence.html# |arquivodata=31 de agosto de 2011 |urlmorta=yes }}</ref> O inglês foi mais influenciado pela [[língua nórdica antiga]], devido a [[Danelaw|invasões viquingues]] nos séculos VIII e IX.


A [[conquista normanda da Inglaterra]] no século XI originou fortes [[Empréstimo (linguística)|empréstimos]] do [[Língua normanda|franco-normando]] e as convenções de vocabulário e ortografia começaram a dar a aparência superficial de uma estreita relação do inglês com as [[línguas românicas]],<ref>{{cite web |url=http://www.historyworld.net/wrldhis/PlainTextHistories.asp?historyid=ab13 |title=Words on the brain: from 1&nbsp;million years ago?
A [[conquista normanda da Inglaterra]] no século XI originou fortes [[Empréstimo (linguística)|empréstimos]] do [[Língua normanda|franco-normando]] e as convenções de vocabulário e ortografia começaram a dar a aparência superficial de uma estreita relação do inglês com as [[línguas românicas]],<ref>{{citar web|url=http://www.historyworld.net/wrldhis/PlainTextHistories.asp?historyid=ab13 |título=Words on the brain: from 1&nbsp;million years ago? |autor = |data= |obra=History of language |publicado= |acessodata=5 de setembro de 2010}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.orbilat.com/Influences_of_Romance/English/RIFL-English-Latin-The_Inflluences_on_Old_English.html |título=Latin Influences on Old English |autor =Albert C. Baugh & Thomas Cable |ano=1978 |obra=An excerpt from Foreign Influences on Old English |publicado= |acessodata=5 de setembro de 2010}}</ref> o que agora é chamado de [[inglês médio]]. A [[Grande Mudança Vocálica]], que começou no sul da Inglaterra no século XV é um dos eventos históricos que marcam o surgimento do [[inglês moderno]] a partir do inglês médio.
|author= |date= |work=History of language |publisher= |accessdate=5 de setembro de 2010}}</ref><ref>{{cite web |url=http://www.orbilat.com/Influences_of_Romance/English/RIFL-English-Latin-The_Inflluences_on_Old_English.html |title=Latin Influences on Old English |author=Albert C. Baugh & Thomas Cable |year=1978 |work=An excerpt from Foreign Influences on Old English |publisher= |accessdate=5 de setembro de 2010}}</ref> o que agora é chamado de [[inglês médio]]. A [[Grande Mudança Vocálica]], que começou no sul da Inglaterra no século XV é um dos eventos históricos que marcam o surgimento do [[inglês moderno]] a partir do inglês médio.


Devido à assimilação das palavras de muitos outros idiomas ao longo da história moderna, o inglês contém um vocabulário muito grande. O inglês moderno não só assimilou palavras de outras [[Línguas da Europa|línguas europeias]], mas também de todo o mundo, incluindo palavras do [[Língua hindi|hindi]] e de origens africanas. O ''[[Oxford English Dictionary]]'' lista mais de 250.000 palavras distintas no idioma, não incluindo muitos termos técnicos, científicos ou [[gíria]]s.<ref>{{cite web |url=http://www.oxforddictionaries.com/page/howmanywords |title=How many words are there in the English Language? |author= |date= |work= |publisher=Oxforddictionaries.com |accessdate= }}</ref><ref>{{cite web|url=http://www.vistawide.com/languages/language_statistics.htm |title=Vista Worldwide Language Statistics |publisher=Vistawide.com |date= |accessdate=31 de outubro de 2010}}</ref>
Devido à assimilação das palavras de muitos outros idiomas ao longo da história moderna, o inglês contém um vocabulário muito grande. O inglês moderno não só assimilou palavras de outras [[Línguas da Europa|línguas europeias]], mas também de todo o mundo, incluindo palavras do [[Língua hindi|hindi]] e de origens [[Línguas africanas|africanas]]. O ''[[Oxford English Dictionary]]'' lista mais de {{Fmtn|250000}} palavras distintas no idioma, não incluindo muitos termos técnicos, científicos ou [[gíria]]s.<ref>{{citar web|url=http://www.oxforddictionaries.com/page/howmanywords |título=How many words are there in the English Language? |autor = |data= |obra= |publicado=Oxforddictionaries.com |acessodata= }}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.vistawide.com/languages/language_statistics.htm |título=Vista Worldwide Language Statistics |publicado=Vistawide.com |data= |acessodata=31 de outubro de 2010}}</ref>


== História ==
== História ==
{{Artigo principal|História da língua inglesa}}
{{Artigo principal|História da língua inglesa}}
{{Vertambém|Língua inglesa antiga|Inglês médio|Língua inglesa moderna}}
{{Vertambém|Inglês antigo|Inglês médio|Inglês moderno}}


[[Ficheiro:Beowulf.firstpage.jpeg|thumb|upright|esquerda|Primeira página do manuscrito ''[[Beowulf]]''.]]
[[Imagem:Beowulf.firstpage.jpeg|thumb|upright|esquerda|Primeira página do manuscrito ''[[Beowulf]]''.]]


O inglês é uma [[Línguas germânicas ocidentais|língua germânica ocidental]] que se originou a partir dos dialetos [[Línguas anglo-frísias|anglo-frísio]] e [[saxão antigo]] trazidos para a [[Grã-Bretanha]] por colonos [[germânicos]] de várias partes do que é hoje o noroeste da [[Alemanha]], [[Dinamarca]] e [[Países Baixos]].<ref>{{cite book |last1=Blench |first1=R.|last2=Spriggs |first2=Matthew |title=Archaeology and Language: Correlating Archaeological and Linguistic Hypotheses |pages=285–286 |year=1999 |publisher=Routledge |isbn=9780415117616 |url=http://books.google.com/?id=DWMHhfXxLaIC&pg=PA286 }}</ref> Até essa época, a população nativa da [[Britânia (província romana)|Bretanha Romana]] falava [[língua celta]] [[Língua britânica|britânica]] junto com a influência acroletal do [[latim]], desde a ocupação [[Império Romano|romana]] de 400 anos.<ref>[http://www.information-britain.co.uk/historydetails/article/2/ ''"The Roman epoch in Britain lasted for 367 years"''], Information Britain website</ref>
O inglês é uma [[Línguas germânicas ocidentais|língua germânica ocidental]] que se originou a partir dos dialetos [[Línguas anglo-frísias|anglo-frísio]] e [[saxão antigo]] trazidos para a [[Grã-Bretanha]] por colonos [[germânicos]] de várias partes do que é hoje o noroeste da [[Alemanha]], [[Dinamarca]] e [[Países Baixos]].<ref>{{citar livro|último1 =Blench |primeiro1 =R.|último2 =Spriggs |primeiro2 =Matthew |título=Archaeology and Language: Correlating Archaeological and Linguistic Hypotheses |páginas=285–286 |ano=1999 |publicado=Routledge |isbn=9780415117616 |url=http://books.google.com/?id=DWMHhfXxLaIC&pg=PA286 }}</ref> Até essa época, a população nativa da [[Britânia (província romana)|Bretanha Romana]] falava [[língua celta]] [[Língua britânica|britânica]] junto com a influência acroletal do [[latim]], desde a ocupação [[Império Romano|romana]] de 400 anos.<ref>[http://www.information-britain.co.uk/historydetails/article/2/ ''"The Roman epoch in Britain lasted for 367 years"''], Information Britain website</ref>


Uma das [[tribos germânicas]] que chegaram à [[Grã-Bretanha]] foram os [[anglos]],<ref>{{cite web|url=http://www.anglik.net/englishlanguagehistory.htm |title=Anglik English language resource |publisher=Anglik.net |date= |accessdate=21 de abril de 2010}}</ref> que [[Beda]] acreditava terem mudado completamente a Bretanha.<ref>{{cite web|url=http://www.ccel.org/ccel/bede/history.v.i.xiv.html |title=Bede's Ecclesiastical History of England &#124; Christian Classics Ethereal Library |publisher=Ccel.org |date=1 de junho de 2005 |accessdate=2 de janeiro de 2010}}</ref> Os nomes ''england'' (de ''Engla land''<ref>{{cite web|url=http://bosworth.ff.cuni.cz/009427|title=Engla land|work=[[An Anglo-Saxon Dictionary]] (Online) | author=Bosworth, Joseph | authorlink=Joseph Bosworth | coauthors=Toller, T. Northcote | location=Prague | publisher=[[Charles University]]}}</ref> ou "terra dos anglos") e ''english'' (do [[inglês antigo]] ''englisc''<ref>{{cite web|url=http://bosworth.ff.cuni.cz/009433|title=Englisc |work=[[An Anglo-Saxon Dictionary]] (Online) | author=Bosworth, Joseph | authorlink=Joseph Bosworth | coauthors=Toller, T. Northcote | location=Prague | publisher=[[Charles University]]}}</ref>) são derivados do nome dessa tribo; no entanto [[saxões]], [[jutos]] e uma variedade de povos germânicos a partir das costas da [[Frísia]], [[Baixa Saxônia]], [[Suécia]] e [[Jutlândia do Sul]] também se mudaram para a Grã-Bretanha nesta época.<ref>{{cite book|last=Collingwood|first=R. G.|authorlink=R. G. Collingwood|coauthors=et al|title=Roman Britain and English Settlements|publisher=Clarendon|location=Oxford, England|year=1936|pages=325 et&nbsp;sec|chapter=The English Settlements. The Sources for the period: Angles, Saxons, and Jutes on the Continent|isbn=0819611603}}</ref><ref>{{cite web|url=http://www.utexas.edu/cola/centers/lrc/eieol/engol-0-X.html |title=Linguistics Research Center Texas University |publisher=Utexas.edu |date=20 de fevereiro de 2009 |accessdate=21 de abril de 2010}}</ref><ref>{{cite web|url=http://www.ucalgary.ca/applied_history/tutor/firsteuro/invas.html |title=The Germanic Invasions of Western Europe, Calgary University |publisher=Ucalgary.ca |date= |accessdate=21 de abril de 2010}}</ref>
Uma das [[tribos germânicas]] que chegaram à [[Grã-Bretanha]] foram os [[anglos]],<ref>{{citar web|url=http://www.anglik.net/englishlanguagehistory.htm |título=Anglik English language resource |publicado=Anglik.net |data= |acessodata=21 de abril de 2010}}</ref> que [[Beda]] acreditava terem mudado completamente a Bretanha.<ref>{{citar web|url=http://www.ccel.org/ccel/bede/history.v.i.xiv.html |título=Bede's Ecclesiastical History of England &#124; Christian Classics Ethereal Library |publicado=Ccel.org |data=1 de junho de 2005 |acessodata=2 de janeiro de 2010}}</ref> Os nomes ''england'' (de ''Engla land''<ref>{{citar web|url=http://bosworth.ff.cuni.cz/009427|título=Engla land|obra=[[An Anglo-Saxon Dictionary]] (Online) |autor =Bosworth, Joseph |autorlink =Joseph Bosworth |coautor=Toller, T. Northcote |local=Prague |publicado=[[Charles University]]}}</ref> ou "terra dos anglos") e ''english'' (do [[inglês antigo]] ''englisc''<ref>{{citar web|url=http://bosworth.ff.cuni.cz/009433|título=Englisc |obra=[[An Anglo-Saxon Dictionary]] (Online) |autor =Bosworth, Joseph |autorlink =Joseph Bosworth |coautor=Toller, T. Northcote |local=Prague |publicado=[[Charles University]]}}</ref>) são derivados do nome dessa tribo; no entanto [[saxões]], [[jutos]] e uma variedade de povos germânicos a partir das costas da [[Frísia]], [[Baixa Saxônia]], [[Suécia]] e [[Jutlândia do Sul]] também se mudaram para a Grã-Bretanha nesta época.<ref>{{citar livro|último =Collingwood|primeiro =R. G.|autorlink =R. G. Collingwood|coautor=et al|título=Roman Britain and English Settlements|publicado=Clarendon|local=Oxford, England|ano=1936|páginas=325 et&nbsp;sec|capítulo=The English Settlements. The Sources for the period: Angles, Saxons, and Jutes on the Continent|isbn=0819611603}}</ref><ref>{{citar web |url=http://www.utexas.edu/cola/centers/lrc/eieol/engol-0-X.html |título=Linguistics Research Center Texas University |publicado=Utexas.edu |data=20 de fevereiro de 2009 |acessodata=21 de abril de 2010 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160220085927/http://www.utexas.edu/cola/centers/lrc/eieol/engol-0-X.html# |arquivodata=20 de fevereiro de 2016 |urlmorta=yes }}</ref><ref>{{citar web |url=http://www.ucalgary.ca/applied_history/tutor/firsteuro/invas.html |título=The Germanic Invasions of Western Europe, Calgary University |publicado=Ucalgary.ca |data= |acessodata=21 de abril de 2010 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20070523103249/http://www.ucalgary.ca/applied_history/tutor/firsteuro/invas.html# |arquivodata=23 de maio de 2007 |urlmorta=yes }}</ref>


Inicialmente, o [[inglês antigo]] era um grupo diverso de [[dialeto]]s, o que reflete as origens variadas dos [[Inglaterra anglo-saxã|reinos anglo-saxões da Grã-Bretanha]],<ref>David Graddol, Dick Leith, and Joan Swann, ''English: History, Diversity and Change'' (New York: Routledge, 1996), 101.</ref> mas um desses dialetos, o saxão ocidental, eventualmente passou a dominar e é neste que o poema ''[[Beowulf]]'' foi escrito.
Inicialmente, o [[inglês antigo]] era um grupo diverso de [[dialeto]]s, o que reflete as origens variadas dos [[Inglaterra anglo-saxã|reinos anglo-saxões da Grã-Bretanha]],<ref>David Graddol, Dick Leith, and Joan Swann, ''English: History, Diversity and Change'' (New York: Routledge, 1996), 101.</ref> mas um desses dialetos, o saxão ocidental, por fim passou a dominar e é neste que o poema ''[[Beowulf]]'' foi escrito.


O inglês antigo mais tarde foi transformado por duas ondas de invasões. O primeiro foi por falantes do ramo linguístico [[Línguas germânicas setentrionais|germânico setentrional]], quando [[Halfdan Ragnarsson]] e [[Ivar Ragnarsson]] começaram a conquista e a colonização do norte das [[Ilhas Britânicas]], nos séculos VIII e IX (ver ''[[Danelaw]]''). A segunda foi por falantes do normando antigo, uma [[língua românica]], no século XI com a [[conquista normanda da Inglaterra]]. O [[Língua normanda|normando]] desenvolveu-se para [[anglo-normando]] e depois para [[anglo-francês]], quando introduziu uma nova gama de palavras, especialmente através dos tribunais e do governo. Além do alargamento do [[léxico]] com palavras escandinavas e normandas, estes dois eventos também simplificaram a gramática e transformaram o inglês em uma linguagem de [[Empréstimo (linguística)|empréstimo]],mais aberta para aceitar novas palavras de outras línguas.
O inglês antigo mais tarde foi transformado por duas ondas de invasões. O primeiro foi por falantes do ramo linguístico [[Línguas germânicas setentrionais|germânico setentrional]], quando [[Haldano (filho de Ragnar)|Haldano]] e [[Ivar, o Desossado]] começaram a conquista e a colonização do norte das [[Ilhas Britânicas]], nos séculos VIII e IX (ver ''[[Danelaw]]''). A segunda foi por falantes do normando antigo, uma [[língua românica]], no século XI com a [[conquista normanda da Inglaterra]]. O [[Língua normanda|normando]] desenvolveu-se para [[Língua anglo-normanda|anglo-normando]] e depois para [[anglo-francês]], quando introduziu uma nova gama de palavras, especialmente através dos tribunais e do governo. Além do alargamento do [[léxico]] com palavras escandinavas e normandas, estes dois eventos também simplificaram a gramática e transformaram o inglês em uma linguagem de [[Empréstimo (linguística)|empréstimo]], mais aberta para aceitar novas palavras de outras línguas.


As mudanças linguísticas no inglês após a invasão normanda produziu o que é agora conhecido como [[inglês médio]], sendo ''[[The Canterbury Tales]]'', de [[Geoffrey Chaucer]], a obra mais conhecida.
As mudanças linguísticas no inglês após a invasão normanda produziu o que é agora conhecido como [[inglês médio]], sendo ''[[The Canterbury Tales]]'', de [[Geoffrey Chaucer]], a obra mais conhecida.
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Durante todo este período o [[latim]], de alguma forma, era a [[língua franca]] da vida intelectual europeia, em primeiro lugar o [[latim medieval]] da [[Igreja Cristã]], mas depois o latim [[humanista]] da [[Renascença]] e aqueles que escreveram ou copiaram textos em latim<ref name="Spiritus-temporis.com"/> comumente cunharam novos termos do idioma para se referir a coisas ou conceitos para os quais não havia nenhuma palavra nativa existente no inglês.
Durante todo este período o [[latim]], de alguma forma, era a [[língua franca]] da vida intelectual europeia, em primeiro lugar o [[latim medieval]] da [[Igreja Cristã]], mas depois o latim [[humanista]] da [[Renascença]] e aqueles que escreveram ou copiaram textos em latim<ref name="Spiritus-temporis.com"/> comumente cunharam novos termos do idioma para se referir a coisas ou conceitos para os quais não havia nenhuma palavra nativa existente no inglês.


O [[inglês moderno]], que inclui as obras de [[William Shakespeare]]<ref>See [[Fausto Cercignani|Cercignani, Fausto]], ''Shakespeare's Works and Elizabethan Pronunciation'', Oxford, Clarendon Press, 1981.</ref> e a [[Bíblia King James]], é geralmente datado de cerca de 1550, e quando o [[Reino Unido]] se tornou uma [[Impérios coloniais|potência colonial]], o idioma serviu como [[língua franca]] das colônias do [[Império Britânico]]. No período pós-colonial, algumas das nações recém-criadas que tinham várias línguas nativas optaram por continuar a empregar o inglês como língua franca para evitar as dificuldades políticas inerentes à promoção de qualquer língua própria acima das outras. Como resultado do crescimento do Império Britânico, o inglês foi adoptado na [[América do Norte]], [[Índia]], [[África]], [[Austrália]] e em muitas outras regiões, uma tendência alargada com o surgimento dos [[Estados Unidos]] como uma [[superpotência]] em meados do [[século XX]], nomeadamente após a [[Segunda Guerra Mundial]].
O [[inglês moderno]], que inclui as obras de [[William Shakespeare]]<ref>See [[Fausto Cercignani|Cercignani, Fausto]], ''Shakespeare's Works and Elizabethan Pronunciation'', Oxford, Clarendon Press, 1981.</ref> e a [[Bíblia King James]], é geralmente datado de cerca de 1550, e quando o [[Reino Unido]] se tornou uma [[Impérios coloniais|potência colonial]], o idioma serviu como [[língua franca]] das colônias do [[Império Britânico]]. No período pós-colonial, algumas das nações recém-criadas que tinham várias línguas nativas optaram por continuar a empregar o inglês como língua franca para evitar as dificuldades políticas inerentes à promoção de qualquer língua própria acima das outras. Como resultado do crescimento do Império Britânico, o inglês foi adoptado na [[América Anglo-Saxônica]], [[Índia]], [[África]], [[Austrália]] e em muitas outras regiões, uma tendência alargada com o surgimento dos [[Estados Unidos]] como uma [[superpotência]] em meados do [[século XX]], nomeadamente após a [[Segunda Guerra Mundial]].


== Distribuição geográfica ==
== Distribuição geográfica ==
{{Artigo principal|Anglofonia|América Anglo-Saxônica}}
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}}
Cerca de 375 milhões de pessoas falam inglês como sua primeira língua.<ref>Curtis, Andy. ''Color, Race, And English Language Teaching: Shades of Meaning''. 2006, page 192.</ref> O inglês hoje é provavelmente a terceira maior língua em número de falantes nativos, depois do [[Língua mandarim|chinês mandarim]] e do [[língua espanhola|espanhol]].<ref name="ethnologue">{{Citar web |url=http://www.sil.org/ethnologue/top100.html# |titulo=Ethnologue, 1999 |acessodata=14 de novembro de 2018 |arquivourl=https://web.archive.org/web/19990429232804/http://www.sil.org/ethnologue/top100.html# |arquivodata=29 de abril de 1999 |urlmorta=no }}</ref><ref name = "CIA World Factbook">[https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/fields/2098.html CIA World Factbook], Field Listing&nbsp;— Languages (World).</ref> No entanto, quando se combina nativos e não nativos é provavelmente a língua mais falada no mundo, embora eventualmente a segunda, ficando atrás de uma combinação dos [[Língua chinesa|idiomas chineses]] (dependendo ou não das distinções esses idiomas são classificados como "línguas" ou "dialetos").<ref name="Languages of the World">[http://www2.ignatius.edu/faculty/turner/languages.htm Languages of the World (Charts)] {{Wayback|url=http://www2.ignatius.edu/faculty/turner/languages.htm# |date=20110927062910 }}, Comrie (1998), Weber (1997), e o Summer Institute for Linguistics (SIL) 1999 Ethnologue Survey. Disponível em [http://www2.ignatius.edu/faculty/turner/languages.htm The World's Most Widely Spoken Languages] {{Wayback|url=http://www2.ignatius.edu/faculty/turner/languages.htm# |date=20110927062910 }}</ref><ref name=Mair>{{citar periódico|url=http://sino-platonic.org/complete/spp029_chinese_dialect.pdf|formato=PDF|periódico=Sino-Platonic Papers|último =Mair|primeiro =Victor H.|autorlink =Victor H. Mair|título=What Is a Chinese "Dialect/Topolect"? Reflections on Some Key Sino-English Linguistic Terms|ano=1991}}</ref>


As estimativas que incluem falantes do inglês como [[segunda língua]] variam entre 470 milhões a mais de um bilhão, dependendo de como a alfabetização ou o domínio é definido e medido.<ref>{{citar web|url=http://columbia.tfd.com/English+language |título=English language |acessodata=2007-03-26 |ano=2005 |publicado=Columbia University Press }}</ref><ref>[http://www.oxfordseminars.com/Tesol/Pages/Teach/teach_20000jobs.php 20,000 Teaching ]{{ligação inativa|data=janeiro de 2019}}</ref> O professor de Linguística [[David Crystal]] calcula que os não-falantes já superam o número de falantes nativos em uma proporção de 3-1.{{sfn|Crystal|2003a}}
[[Ficheiro:English dialects1997 modified.svg|thumb|Inglês como primeiro idioma por país (Crystal 1997).]]


Os países com maior população de falantes nativos de Inglês são, em ordem decrescente: Estados Unidos (215 milhões),<ref name="US speakers">{{citar web|url=http://www.census.gov/prod/2005pubs/06statab/pop.pdf|título=U.S. Census Bureau, Statistical Abstract of the United States: 2003, Section 1 Population|formato=PDF|publicado=U.S. Census Bureau|páginas=59 pages}} Tabela 47 apresenta o valor de 214.809.000 para as pessoas a partir dos cinco anos de idade que falam exclusivamente inglês em casa. Com base na American Community Survey, esses resultados excluem aqueles que vivem em comunidades (tais como dormitórios universitários, instituições e casas do grupo), e por definição exclui falantes nativos de inglês que falam mais de uma língua em casa.</ref> Reino Unido (61 milhões),<ref name="Crystal">[http://www.cambridge.org/catalogue/catalogue.asp?isbn=0521530334 The Cambridge Encyclopedia of the English Language, Second Edition, Crystal, David; Cambridge, UK: Cambridge University Press, [1995&#93; (2003-08-03).]</ref> Canadá (18,2 milhões),<ref name="Canada speakers">[http://www12.statcan.ca/english/census06/data/highlights/language/Table401.cfm Population by mother tongue and age groups, 2006 counts, for Canada, provinces and territories–20% sample data], Census 2006, Statistics Canada.</ref> Austrália (15,5 milhões),<ref name="Australia speakers">[http://www.censusdata.abs.gov.au/ABSNavigation/prenav/ViewData?action=404&documentproductno=0&documenttype=Details&order=1&tabname=Details&areacode=0&issue=2006&producttype=Census%20Tables&javascript=true&textversion=false&navmapdisplayed=true&breadcrumb=TLPD&&collection=Census&period=2006&productlabel=Language%20Spoken%20at%20Home%20by%20Sex%20-%20Time%20Series%20Statistics%20(1996,%202001,%202006%20Census%20Years)&producttype=Census%20Tables&method=Place%20of%20Usual%20Residence&topic=Language& Census Data from Australian Bureau of Statistics] Língua principal falada em casa. A figura é o número de pessoas que somente falam inglês em casa.</ref> Nigéria (4 milhões),<ref>Figuras são os falantes do [[língua naijá|naijá]], um ''[[pidgin]]'' ou [[Línguas crioulas|crioulo]] baseado no inglês. Ihemere dá um intervalo de cerca de 3 a 5 milhões de falantes nativos, o ponto médio do intervalo é usado na tabela. Ihemere, Kelechukwu Uchechukwu. 2006. "[http://www.njas.helsinki.fi/pdf-files/vol15num3/ihemere.pdf A Basic Description and Analytic Treatment of Noun Clauses in Nigerian Pidgin.]" ''Nordic Journal of African Studies'' 15(3): 296–313.</ref> Irlanda (3,8 milhões),<ref name="Crystal" /> África do Sul (3,7 milhões),<ref name="SA speakers">[http://www.statssa.gov.za/publications/CinBrief/CinBrief2001.pdf Census in Brief] {{Wayback|url=http://www.statssa.gov.za/publications/CinBrief/CinBrief2001.pdf# |date=20070809034210 }}, page 15 (Table 2.5), 2001 Census, Statistics South Africa</ref> e Nova Zelândia (3,6 milhões), conforme censo de 2006.<ref>{{citar web |título=About people, Language spoken |url=http://www.stats.govt.nz/Census/2006-census-data/classification-counts-tables/about-people/language-spoken.aspx |publicado=Statistics New Zealand. 2006 census |data=2006 |acessodata=2009-09-28 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20091015063211/http://www.stats.govt.nz/Census/2006-census-data/classification-counts-tables/about-people/language-spoken.aspx# |arquivodata=15 de outubro de 2009 |urlmorta=yes }} (links to Microsoft Excel files)</ref> Entretanto, apesar de os Estados Unidos ser o país com o maior número de nativos que falam esta língua, o inglês não é o idioma oficial do país, que não têm, em sua [[Constituição dos Estados Unidos da América|Constituição]], a designação de um idioma oficial, ao contrário do [[Brasil]], por exemplo, que define o português como sua língua constitucional.<ref>{{citar web|url=http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10640315/artigo-13-da-constituicao-federal-de-1988|título=Art. 13 da Constituição Federal de 88|publicado=JusBrasil|acessodata=18 de agosto de 2015}}</ref> É possível, inclusive, que cada estado norte-americano adote a língua que quiser como a sua oficial, bastando para isso criar um artigo em sua legislação estadual.<ref>{{citar web|url=http://noticias.terra.com.br/educacao/voce-sabia/voce-sabia-que-os-estados-unidos-nao-tem-uma-lingua-oficial,a518859fd53ea310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html|título=Você sabia que os Estados Unidos não têm uma língua oficial?|publicado=Terra Educação|acessodata=18 de agosto de 2015}}</ref>
Cerca de 375 milhões de pessoas falam inglês como sua primeira língua.<ref>Curtis, Andy. ''Color, Race, And English Language Teaching: Shades of Meaning''. 2006, page 192.</ref> O inglês hoje é provavelmente a terceira maior língua em número de falantes nativos, depois do [[Língua mandarim|chinês mandarim]] e do [[língua espanhola|espanhol]].<ref name = "ethnologue">[http://web.archive.org/web/19990429232804/www.sil.org/ethnologue/top100.html Ethnologue, 1999]</ref><ref name = "CIA World Factbook">[https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/fields/2098.html CIA World Factbook], Field Listing&nbsp;— Languages (World).</ref> No entanto, quando se combina nativos e não nativos é provavelmente a língua mais falada no mundo, embora eventualmente a segunda, ficando atrás de uma combinação dos [[Língua chinesa|idiomas chineses]] (dependendo ou não das distinções esses idiomas são classificados como "línguas" ou "dialetos").<ref name = "Languages of the World">[http://www2.ignatius.edu/faculty/turner/languages.htm Languages of the World (Charts)], Comrie (1998), Weber (1997), e o Summer Institute for Linguistics (SIL) 1999 Ethnologue Survey. Disponível em [http://www2.ignatius.edu/faculty/turner/languages.htm The World's Most Widely Spoken Languages]</ref><ref name=Mair>{{cite journal|url=http://sino-platonic.org/complete/spp029_chinese_dialect.pdf|format=PDF|journal=Sino-Platonic Papers|last=Mair|first=Victor H.|authorlink=Victor H. Mair|title=What Is a Chinese "Dialect/Topolect"? Reflections on Some Key Sino-English Linguistic Terms|year=1991}}</ref>


Países como as [[Filipinas]], [[Jamaica]] e [[Nigéria]] também têm milhões de falantes nativos de dialetos contínuos que vão do [[crioulo de base inglesa]] à versão mais padrão do inglês. Dessas nações onde o inglês é falado como [[segunda língua]], a [[Índia]] tem o maior número de falantes (''[[inglês indiano]]''). Crystal afirma que, combinando os falantes nativos e não nativos, a Índia agora tem mais pessoas que falam ou entendem o inglês do que qualquer outro país do mundo.<ref>[http://education.guardian.co.uk/tefl/story/0,,1355064,00.html Subcontinent Raises Its Voice], Crystal, David; Guardian Weekly: Friday 19 November 2004.</ref><ref>Yong Zhao; Keith P. Campbell (1995). "English in China". World Englishes 14 (3): 377–390. Hong Kong contributes an additional 2.5&nbsp;million speakers (1996 by-census).</ref>
As estimativas que incluem falantes do inglês como [[segunda língua]] variam entre 470 milhões a mais de um bilhão, dependendo de como a alfabetização ou o domínio é definido e medido.<ref>{{cite web |url=http://columbia.tfd.com/English+language |title=English language |accessdate=2007-03-26 |year=2005 |publisher=Columbia University Press }}</ref><ref>[http://www.oxfordseminars.com/Tesol/Pages/Teach/teach_20000jobs.php 20,000 Teaching ]</ref> O professor de Linguística [[David Crystal]] calcula que os não-falantes já superam o número de falantes nativos em uma proporção de 3-1.<ref>{{Cite book | last = Crystal | first = David | author-link = David Crystal | title = English as a Global Language | edition = 2nd | place = | publisher = Cambridge University Press | page = 69 | year = 2003 | url = http://books.google.com/books?id=d6jPAKxTHRYC | isbn = 9780521530323}}, citado em {{Cite journal | last = Power | first = Carla | title = Not the Queen's English | journal = Newsweek | date = 7 March 2005 | year = 2005 | url = http://www.newsweek.com/id/49022}}</ref>


=== Idioma global ===
Os países com maior população de falantes nativos de Inglês são, em ordem decrescente: Estados Unidos (215 milhões),<ref name="US speakers">{{cite web|url=http://www.census.gov/prod/2005pubs/06statab/pop.pdf|title=U.S. Census Bureau, Statistical Abstract of the United States: 2003, Section 1 Population|format=PDF|publisher=U.S. Census Bureau|pages=59 pages}} Tabela 47 apresenta o valor de 214.809.000 para as pessoas a partir dos cinco anos de idade que falam exclusivamente inglês em casa. Com base na American Community Survey, esses resultados excluem aqueles que vivem em comunidades (tais como dormitórios universitários, instituições e casas do grupo), e por definição exclui falantes nativos de inglês que falam mais de uma língua em casa.</ref> Reino Unido (61 milhões),<ref name="Crystal">[http://www.cambridge.org/catalogue/catalogue.asp?isbn=0521530334 The Cambridge Encyclopedia of the English Language, Second Edition, Crystal, David; Cambridge, UK: Cambridge University Press, [1995&#93; (2003-08-03).]</ref> Canadá (18,2 milhões),<ref name="Canada speakers">[http://www12.statcan.ca/english/census06/data/highlights/language/Table401.cfm Population by mother tongue and age groups, 2006 counts, for Canada, provinces and territories–20% sample data], Census 2006, Statistics Canada.</ref> Austrália (15,5 milhões),<ref name="Australia speakers">[http://www.censusdata.abs.gov.au/ABSNavigation/prenav/ViewData?action=404&documentproductno=0&documenttype=Details&order=1&tabname=Details&areacode=0&issue=2006&producttype=Census%20Tables&javascript=true&textversion=false&navmapdisplayed=true&breadcrumb=TLPD&&collection=Census&period=2006&productlabel=Language%20Spoken%20at%20Home%20by%20Sex%20-%20Time%20Series%20Statistics%20(1996,%202001,%202006%20Census%20Years)&producttype=Census%20Tables&method=Place%20of%20Usual%20Residence&topic=Language& Census Data from Australian Bureau of Statistics] Língua principal falada em casa. A figura é o número de pessoas que somente falam inglês em casa.</ref> Nigéria (4 milhões),<ref>Figuras são os falantes do [[pidgin nigeriano]], um pidgin ou [[Línguas crioulas|crioulo]] baseado no inglês. Ihemere dá um intervalo de cerca de 3 a 5 milhões de falantes nativos, o ponto médio do intervalo é usado na tabela. Ihemere, Kelechukwu Uchechukwu. 2006. "[http://www.njas.helsinki.fi/pdf-files/vol15num3/ihemere.pdf A Basic Description and Analytic Treatment of Noun Clauses in Nigerian Pidgin.]" ''Nordic Journal of African Studies'' 15(3): 296–313.</ref> Irlanda (3,8 milhões),<ref name="Crystal" /> África do Sul (3,7 milhões),<ref name="SA speakers">[http://www.statssa.gov.za/publications/CinBrief/CinBrief2001.pdf Census in Brief], page 15 (Table 2.5), 2001 Census, Statistics South Africa</ref> e Nova Zelândia (3,6 milhões), conforme censo de 2006.<ref>{{cite web |title=About people, Language spoken |url=http://www.stats.govt.nz/Census/2006-census-data/classification-counts-tables/about-people/language-spoken.aspx |publisher=Statistics New Zealand |date=2006 census |accessdate=2009-09-28}} (links to Microsoft Excel files)</ref>
{{Vertambém|Inglês como língua franca|inglês internacional}}
O inglês deixou de ser uma "linguagem inglesa", no sentido de pertencer apenas às pessoas que são [[Ingleses|etnicamente inglesas]].{{sfn|Romaine|1999|p=5}}{{sfn|Svartvik|Leech|2006|p=1}} O uso do idioma está crescendo ao redor do mundo para a comunicação internacional. A maioria das pessoas aprendem inglês por razões práticas, em vez de ideológicas.{{sfn|Kachru|2006|p=195}} Muitos falantes do inglês na África tornaram-se parte de uma comunidade linguística "afro-saxã" que une [[africanos]] de diferentes países.{{sfn|Mazrui|Mazrui|1998}}


O inglês moderno, por vezes descrito como a primeira [[língua franca]] global,{{sfn|Graddol|2006}}{{sfn|Meierkord|2006|p=165}} também é considerado como a primeira [[língua mundial]].{{sfn|Brutt-Griffler|2006|p=690–91}}{{sfn|Northrup|2013}} O idioma é o mais usado do mundo em publicações de jornais e livros, nas telecomunicações internacionais, na publicação científica, no comércio internacional, no entretenimento de massa e na diplomacia.{{sfn|Northrup|2013}} O inglês é, por um tratado internacional, a base para as [[Língua natural controlada|línguas naturais controladas]].{{sfn|Wojcik|2006|p=139}} Seaspeak e Airspeak são utilizadas como [[Língua auxiliar|línguas internacionais auxiliares]] de navegações marítimas{{sfn|International Maritime Organization|2011}} e da aviação.{{sfn|International Civil Aviation Organization|2011}} O inglês substituiu o [[Língua alemã|alemão]] como língua dominante na pesquisa científica{{sfn|Gordin|2015}} e atingiu paridade com o [[Língua francesa|francês]] como uma língua diplomática após as negociações do [[Tratado de Versalhes (1919)|Tratado de Versalhes]] em 1919.{{sfn|Phillipson|2004|p=47}}
Países como as [[Filipinas]], [[Jamaica]] e [[Nigéria]] também têm milhões de falantes nativos de dialetos contínuos que vão do [[crioulo de base inglesa]] a versão mais padrão do inglês. Dessas nações onde o inglês é falado como [[segunda língua]], a [[Índia]] tem o maior número de falantes (''[[inglês indiano]]''). Crystal afirma que, combinando os falantes nativos e não nativos, a Índia agora tem mais pessoas que falam ou entendem o inglês do que qualquer outro país do mundo.<ref>[http://education.guardian.co.uk/tefl/story/0,,1355064,00.html Subcontinent Raises Its Voice], Crystal, David; Guardian Weekly: Friday 19 November 2004.</ref><ref>Yong Zhao; Keith P. Campbell (1995). "English in China". World Englishes 14 (3): 377–390. Hong Kong contributes an additional 2.5&nbsp;million speakers (1996 by-census).</ref>


Na época da fundação da [[Organização das Nações Unidas]] no fim da [[Segunda Guerra Mundial]], o inglês tornou-se proeminente{{sfn|ConradRubal-Lopez|1996|p=261}} e é agora a principal língua em todo o mundo das [[relações internacionais]],{{sfn|Richter|2012|p=29}} além de ser uma das seis línguas oficiais das Nações Unidas.{{sfn|United Nations|2008}} Muitas outras [[organizações internacionais]] em todo o mundo, como o [[Comitê Olímpico Internacional]] e a [[União Europeia]], especificam o inglês como sua língua de trabalho ou oficial. Apesar de na maioria dos países o inglês não ser uma [[língua oficial]], é atualmente a língua mais frequentemente ensinada como língua estrangeira.{{sfn|Graddol|2006}}{{sfn|Crystal|2003a}}
[[Ficheiro:English-as-Official-Language.png|thumb|700px|centro|Mapa de nações que utilizam o inglês como língua oficial ou como a língua predominante,]]


== Alfabeto inglês ==
== Alfabeto inglês ==
{{Artigo principal|Alfabeto inglês}}
{{Artigo principal|Alfabeto inglês}}


O inglês é escrito no [[alfabeto latino]], sem nenhum carácter especial. Há aparentes exceções em palavras que mantém a grafia estrangeira, como ''naïve'', ''Noël'' e fête. Os nomes das letras são os seguintes:
O inglês é escrito no [[alfabeto latino]], sem nenhum carácter especial. Há aparentes exceções em palavras que mantém a grafia estrangeira, como ''naïve'', ''Noël'' e fête. Os nomes das letras são os seguintes:
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| ||'''A''' ||'''B''' ||'''C''' ||'''D''' ||'''E''' ||'''F''' ||'''G''' ||'''H''' ||'''I''' ||'''J''' ||'''K''' ||'''L''' ||'''M'''
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|pronúncia (IPA)||/ˈeɪ/||/ˈbiː/||/ˈsiː/ ||/ˈdiː/||/ˈiː/||/ˈεf/||/ˈdʒiː/ ||/ˈeɪtʃ/ || /ˈaɪ/|| /ˈdʒeɪ/ ||/ˈkeɪ/ ||/ˈεɫ/ ||/ˈεm/
|pronúncia (IPA)||/ˈeɪ/||/ˈbiː/||/ˈsiː/ ||/ˈdiː/||/ˈiː/||/ˈεf/||/ˈdʒiː/ ||/ˈeɪtʃ/ || /ˈaɪ/|| /ˈdʒeɪ/ ||/ˈkeɪ/ ||/ˈεɫ/ ||/ˈεm/
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| ||'''N''' ||'''O'''||'''P'''|| '''Q'''|| '''R'''|| '''S'''|| '''T'''|| '''U'''|| '''V'''|| '''W'''|| '''X'''|| '''Y'''|| '''Z'''
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|nome ||''en'' ||''o''||''pee'' ||''cue'' ||''ar'' ||''ess'' || ''tee''|| ''u''||''vee'' ||''double-u'' ||''ex'' || ''wye''||''zee'' (EUA) ou ''zed'' (R.U.)
|nome ||''en'' ||''o''||''pee'' ||''cue'' ||''ar'' ||''ess'' || ''tee''|| ''u''||''vee'' ||''double-u'' ||''ex'' || ''wye''||''zee'' (EUA) ou ''zed'' (R.U.)
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|pronúncia (IPA) ||/ˈɛn/||/ˈoʊ/||/ˈpiː/||/ˈkjuː/||/ˈɑr/||/ˈɛs/||/ˈtiː/||/ˈjuː/||/ˈviː/||/ˈdʌbəɫjuː/|||/ˈɛks/||/ˈwaɪ/||/ˈziː/ ou /ˈzed/
|pronúncia (IPA) ||/ˈɛn/||/ˈoʊ/||/ˈpiː/||/ˈkjuː/||/ˈɑr/||/ˈɛs/||/ˈtiː/||/ˈjuː/||/ˈviː/||/ˈdʌbəɫjuː/|||/ˈɛks/||/ˈwaɪ/||/ˈziː/ ou /ˈzed/
|}
|}


== Fonologia ==
== Fonologia ==
{{Vertambém|Grande Mudança Vocálica|Received Pronunciation}}

=== Vogais ===
=== Vogais ===
{| border="1" cellspacing="0" cellpadding="4" class="wikitable"
{| border="1" cellspacing="0" cellpadding="4" class="wikitable"
Linha 100: Linha 130:
| {{IPA |æ}} || média baixa, anterior, não-arredondada || b{{fontcolor|red|a}}d
| {{IPA |æ}} || média baixa, anterior, não-arredondada || b{{fontcolor|red|a}}d
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| {{IPA |ɒ}} || baixa, posterior, arredondada || b{{fontcolor|red|o}}x<ref group="cm">O inglês norte-americano não tem este som; palavras com este som são pronunciadas com {{IPA |/ɑ/}} ou {{IPA |/ɔ/}}</ref>
| {{IPA |ɒ}} || baixa, posterior, arredondada || b{{fontcolor|red|o}}x{{nota de rodapé|O inglês norte-americano não tem este som; palavras com este som são pronunciadas com {{IPA |/ɑ/}} ou {{IPA |/ɔ/}}.}}
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| {{IPA |ɔ/ɑ}} || média baixa, posterior, arredondada || p{{fontcolor|red|aw}}ed{{Nota de rodapé|Alguns dialetos norte americanos não têm esta vogal.}}
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| {{IPA |ɑ/ɑː}} || baixa, posterior, não-arredondada || br{{fontcolor|red|a}}
Linha 108: Linha 138:
| {{IPA |ʊ}} || média alta, central posterior || g{{fontcolor|red|oo}}d
| {{IPA |ʊ}} || média alta, central posterior || g{{fontcolor|red|oo}}d
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| {{IPA |u/uː}} || alta, posterior, arredondada || b{{fontcolor|red|oo}}ed<ref group="cm">A letra ''U'' pode representar tanto {{IPA|/u/}} quanto {{IPA|/ju/}}. Na pronúncia inglesa, se {{IPA|/ju/}} ocorrem após {{IPA|/t/}}, {{IPA|/d/}}, {{IPA|/s/}} ou {{IPA|/z/}}, isso normalmente provoca palatização e tais consoantes tornam-se, respectivamente, {{IPA|/ʨ/}}, {{IPA|/ʥ/}}, {{IPA|/ɕ/}} e {{IPA|/ʑ/}}, como em ''tune'', ''during'', ''sugar'', e ''azure''. No inglês norte-americano, a palatização não acontece normalmente, a não se que {{IPA|/ju/}} seja seguido de ''r'', resultando que {{IPA|/(t, d,s, z) jur/}} tornem-se, respectivamente, {{IPA|/tʃɚ/}}, {{IPA|/dʒɚ/}}, {{IPA|/ʃɚ/}} and {{IPA|/ʒɚ/}}, como em ''nature'', ''verdure'', ''sure'', e ''treasure''</ref>
| {{IPA |u/uː}} || alta, posterior, arredondada || b{{fontcolor|red|oo}}ed{{Nota de rodapé|A letra ''U'' pode representar tanto {{IPA|/u/}} quanto {{IPA|/ju/}}. Na pronúncia inglesa, se {{IPA|/ju/}} ocorrem após {{IPA|/t/}}, {{IPA|/d/}}, {{IPA|/s/}} ou {{IPA|/z/}}, isso normalmente provoca palatização e tais consoantes tornam-se, respectivamente, {{IPA|/ʨ/}}, {{IPA|/ʥ/}}, {{IPA|/ɕ/}} e {{IPA|/ʑ/}}, como em ''tune'', ''during'', ''sugar'', e ''azure''. No inglês norte-americano, a palatização não acontece normalmente, a não se que {{IPA|/ju/}} seja seguido de ''r'', resultando que {{IPA|/(t, d,s, z) jur/}} tornem-se, respectivamente, {{IPA|/tʃɚ/}}, {{IPA|/dʒɚ/}}, {{IPA|/ʃɚ/}} and {{IPA|/ʒɚ/}}, como em ''nature'', ''verdure'', ''sure'', e ''treasure''.}}
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| {{IPA |ʌ/ɐ/ɘ}} || média baixa, posterior, não-arredondada; média baixa, central || b{{fontcolor|red|u}}d
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| {{IPA |ɜː}} ou<br />{{IPA |ɝ}}|| média baixa, central, não-arredondada ou<br /> retroflexa|| b{{fontcolor|red|ir}}d<ref group="cm">A variante norte-americana deste som é uma vogal matizada de r</ref>
| {{IPA |ɜː}} ou<br />{{IPA |ɝ}}|| média baixa, central, não-arredondada ou<br /> retroflexa|| b{{fontcolor|red|ir}}d{{Nota de rodapé|A variante norte-americana deste som é uma vogal matizada de r.}}
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| {{IPA |ə}} || média baixa, posterior, não-arredondada || Ros{{fontcolor|red|a}}'s<ref group="cm">Muitos falantes do inglês norte-americano não distinguem entre estas duas vogais átonas. Pronunciam ''roses'' e ''Rosa's'' do mesmo jeito e o símbolo usado é este: {{IPA |/ə/}}</ref>
| {{IPA |ə}} || média baixa, posterior, não-arredondada || Ros{{fontcolor|red|a}}'s{{Nota de rodapé|Muitos falantes do inglês norte-americano não distinguem entre estas duas vogais átonas. Pronunciam ''roses'' e ''Rosa's'' do mesmo jeito e o símbolo usado é este: {{IPA |/ə/}}.}}
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| {{IPA |ɨ}} || alta, central, não-arredondada || ros{{fontcolor|red|e}}s<ref group="cm">Este som é comumente transcrito {{IPA |/i/}} ou {{IPA |/ɪ/}}</ref>
| {{IPA |ɨ}} || alta, central, não-arredondada || ros{{fontcolor|red|e}}s{{Nota de rodapé|cm">Este som é comumente transcrito {{IPA |/i/}} ou {{IPA |/ɪ/}}.}}
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| {{IPA |e(ɪ)/eɪ}} || média alta, anterior, não-arredondada<br /> alta, anterior não-arredondada || b{{fontcolor|red|ay}}ed<ref group="cm" name="eiou">Os ditongos {{IPA |/eɪ/}} e {{IPA |/oʊ/}} são monotongalizados por muitos falantes do inglês padrão norte-americano, respectivamente, em: {{IPA |/eː/}} e {{IPA |/oː/}}</ref>
| {{IPA |e(ɪ)/eɪ}} || média alta, anterior, não-arredondada<br /> alta, anterior não-arredondada || b{{fontcolor|red|ay}}ed<ref group="nota" name="eiou">Os ditongos {{IPA |/eɪ/}} e {{IPA |/oʊ/}} são monotongalizados por muitos falantes do inglês padrão norte-americano, respectivamente, em: {{IPA |/eː/}} e {{IPA |/oː/}}</ref>
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| {{IPA |o(ʊ)/əʊ}} || média alta, posterior, arredondada<br /> média alta, central posterior || b{{fontcolor|red|o}}de<ref group="nota" name="eiou" />
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| {{IPA |aɪ}} || baixa, anterior, não-arredondada<br /> média alta, central anterior, não-arredondada || cr{{fontcolor|red|y}}
| {{IPA |aɪ}} || baixa, anterior, não-arredondada<br /> média alta, central anterior, não-arredondada || cr{{fontcolor|red|y}}
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| {{IPA |ɔɪ}} || média baixa, posterior, arredondada<br /> alta, anterior, não-arredondada || b{{fontcolor|red|oy}}
| {{IPA |ɔɪ}} || média baixa, posterior, arredondada<br /> alta, anterior, não-arredondada || b{{fontcolor|red|oy}}
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| {{IPA |ʊɚ/ʊə}} || média alta, central posterior<br /> média baixa, posterior, não arredondada || b{{fontcolor|red|oor}}<ref group="cm">Este som apenas aparece em sotaques em que não há vogais matizadas de r. Em alguns sotaques, este som seria {{IPA|/ʊə/}}, {{IPA|/ɔ:/}}</ref>
| {{IPA |ʊɚ/ʊə}} || média alta, central posterior<br /> média baixa, posterior, não arredondada || b{{fontcolor|red|oor}}{{Nota de rodapé|Este som apenas aparece em sotaques em que não há vogais matizadas de r. Em alguns sotaques, este som seria {{IPA|/ʊə/}}, {{IPA|/ɔ:/}}.}}
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| {{IPA |ɛɚ/ɛə/eɚ}} || média baixa, anterior, não-arredondada<br /> média baixa, posterior, não arredondada || f{{fontcolor|red|air}}<ref group="cm">Este som apenas aparece em sotaques em que não há vogais matizadas de r. Em alguns sotaques, o {{IPA|/ə/}} é suprimido, ficando uma vogal longa {{IPA|/ɛ:/}}</ref>
| {{IPA |ɛɚ/ɛə/eɚ}} || média baixa, anterior, não-arredondada<br /> média baixa, posterior, não arredondada || f{{fontcolor|red|air}}{{Nota de rodapé|Este som apenas aparece em sotaques em que não há vogais matizadas de r. Em alguns sotaques, o {{IPA|/ə/}} é suprimido, ficando uma vogal longa {{IPA|/ɛ:/}}.}}
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;Notas
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=== Consoantes ===
=== Consoantes ===
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| style="text-align:center;"|{{IPA |ŋ}}<ref group="cn" name="c1">A [[nasal velar]] {{IPA |[ŋ]}} é um alofone de /n/ em alguns sotaques do norte da Grã-bretanha, aparecendo apenas antes de /k/ e /g/. Em todos os outros dialetos, é um fonema separado, embora apareça apenas em [[Coda (silábica)|fim de sílaba]].</ref>
| style="text-align:center;"|{{IPA |ŋ}}<ref group="nota" name="c1">A [[nasal velar]] {{IPA |[ŋ]}} é um alofone de /n/ em alguns sotaques do norte da Grã-bretanha, aparecendo apenas antes de /k/ e /g/. Em todos os outros dialetos, é um fonema separado, embora apareça apenas em [[Coda (silábica)|fim de sílaba]].</ref>
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| style="text-align:center;" |{{IPA |tʃ&nbsp;&nbsp;dʒ}}<ref group="cn" name="c4">Os sons {{IPA |/ʃ/, /ʒ/, e /ɹ/}} são labializados em alguns dialetos. A labialização nunca é contrastiva na posição inicial e, consequentemente, não é transcrita. A maioria dos falantes do [[inglês estadunidense]] e [[inglês canadense|canadense]] pronuncia "r" (sempre rotizado) como {{IPA|/ɻ/}}, enquanto que o mesmo é pronunciado no [[inglês escocês]] e outros dialetos como [[vibrante múltipla alveolar]].</ref>
| style="text-align:center;" |{{IPA |tʃ&nbsp;&nbsp;dʒ}}<ref group="nota" name="c4">Os sons {{IPA|/ʃ/, /ʒ/, e /ɹ/}} são labializados em alguns dialetos. A labialização nunca é contrastiva na posição inicial e, consequentemente, não é transcrita. A maioria dos falantes do [[inglês estadunidense]] e [[Inglês canadense|canadense]] pronuncia "r" (sempre rotizado) como {{IPA|/ɻ/}}, enquanto que o mesmo é pronunciado no [[inglês escocês]] e outros dialetos como [[vibrante múltipla alveolar]].</ref>
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| style="text-align:center;"|{{IPA |f&nbsp;&nbsp;v}}
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| style="text-align:center;"|{{IPA |θ&nbsp;&nbsp;ð}}<ref group="cn" name="c3">Em alguns dialetos, como o [[cockney]], as interdentais /θ/ e /ð/ são usualmente misturadas com /f/ e /v/, e em outros, como o [[inglês vernáculo afro-americano]], /ð/ é misturado com a dental /d/. Em algumas variedades irlandesas, /θ/ e /ð/ tornam-se as plosivas dentais correspondentes, que então contrastam com as plosivas alveolares.</ref>
| style="text-align:center;"|{{IPA |θ&nbsp;&nbsp;ð}}<ref group="nota" name="c3">Em alguns dialetos, como o [[cockney]], as interdentais /θ/ e /ð/ são usualmente misturadas com /f/ e /v/, e em outros, como o [[inglês vernáculo afro-americano]], /ð/ é misturado com a dental /d/. Em algumas variedades irlandesas, /θ/ e /ð/ tornam-se as plosivas dentais correspondentes, que então contrastam com as plosivas alveolares.</ref>
| style="text-align:center;"|{{IPA |s&nbsp;&nbsp;z}}
| style="text-align:center;"|{{IPA |s&nbsp;&nbsp;z}}
| style="text-align:center;"|{{IPA |ʃ&nbsp;&nbsp;ʒ}}<ref group="cn" name="c4"/>
| style="text-align:center;"|{{IPA |ʃ&nbsp;&nbsp;ʒ}}<ref group="nota" name="c4"/>
| style="text-align:center;"|{{IPA |ç}}<ref group="cn" name="c5">A [[fricativa palatal surda]] /ç/ é, na maioria dos sotaques, apenas um [[Alofonia|alofone]] de /h/ antes de /j/; por exemplo ''human'' /çjuːmən/. Contudo, em alguns sotaques (veja [[História fonológica dos grupos consonantais da língua inglesa|isto]]), o /j/ desaparece, mas a consoante inicial é a mesma.</ref>
| style="text-align:center;"|{{IPA |ç}}<ref group="nota" name="c5">A [[fricativa palatal surda]] /ç/ é, na maioria dos sotaques, apenas um [[Alofonia|alofone]] de /h/ antes de /j/; por exemplo ''human'' /çjuːmən/. Contudo, em alguns sotaques (veja [[História fonológica dos grupos consonantais da língua inglesa|isto]]), o /j/ desaparece, mas a consoante inicial é a mesma.</ref>
| style="text-align:center;"|{{IPA |x}}<ref group="cn" name="c6">A [[fricativa velar surda]] /x/ é usada por falantes escoceses e galeses em palavras como ''loch'' {{IPA |/lɒx/}} ou por alguns falantes em palavras emprestadas do alemão ou hebraico, como ''Bach'' {{IPA|/bax/}} ou ''Chanukah'' /xanuka/. /x/ também ocorre no [[inglês sul-africano]]. Em alguns dialetos como o [[scouse]] (de [[Liverpool]]) tanto {{IPA|[x]}} quanto a [[consoante africada|africada]] {{IPA|[kx]}} podem ser usadas como [[Alofonia|alofones]] de /k/ em palavras como ''docker'' {{IPA |[dɒkxə]}}. A maioria dos falantes nativos tem grande dificuldade para pronunciar esse fonema corretamente quando aprendem outras línguas. A maioria usa os sons [k] e [h] no lugar.</ref>
| style="text-align:center;"|{{IPA |x}}<ref group="nota" name="c6">A [[fricativa velar surda]] /x/ é usada por falantes escoceses e galeses em palavras como ''loch'' {{IPA|/lɒx/}} ou por alguns falantes em palavras emprestadas do alemão ou hebraico, como ''Bach'' {{IPA|/bax/}} ou ''Chanukah'' /xanuka/. /x/ também ocorre no [[inglês sul-africano]]. Em alguns dialetos como o [[scouse]] (de [[Liverpool]]) tanto {{IPA|[x]}} quanto a [[Consoante africada|africada]] {{IPA|[kx]}} podem ser usadas como [[Alofonia|alofones]] de /k/ em palavras como ''docker'' {{IPA|[dɒkxə]}}. A maioria dos falantes nativos tem grande dificuldade para pronunciar esse fonema corretamente quando aprendem outras línguas. A maioria usa os sons [k] e [h] no lugar.</ref>
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| style="text-align:center;" |{{IPA |ɾ}}{{#tag:ref|A [[vibrante simples alveolar]] {{IPA |[ɾ]}} é um alofone de /t/ e /d/ em sílabas átonas no [[inglês estadunidense]], no [[inglês canadense|canadense]] e no [[inglês australiano|australiano]].<ref>{{cite journal|last=Cox |first=Felicity |year=2006 |title=Australian English Pronunciation into the 21st century |url=http://www.shlrc.mq.edu.au/~felicity/Papers/Prospect_Erratum_v1.pdf |format=PDF|accessdate=2007-07-22 |journal=Prospect |volume=21 |pages=3–21}}</ref> Esse é o som das letras ''tt'' e ''dd'' nas palavras ''latter'' e ''ladder'', que são [[Homofonia|homófonas]] para muitos falantes do inglês na América do Norte. Em alguns sotaques, como o [[inglês escocês]] e o [[inglês indiano|indiano]], ele substitui {{IPA|/ɹ/}}. É o mesmo som representado por um ''r'' simples do português.|group=cn|name=c2}}
| style="text-align:center;" |{{IPA |ɾ}}{{nota de rodapé|A [[vibrante simples alveolar]] {{IPA |[ɾ]}} é um alofone de /t/ e /d/ em sílabas átonas no [[inglês estadunidense]], no [[inglês canadense|canadense]] e no [[inglês australiano|australiano]].<ref>{{citar periódico |último=Cox |primeiro=Felicity |ano=2006 |título=Australian English Pronunciation into the 21st century |url=http://www.shlrc.mq.edu.au/~felicity/Papers/Prospect_Erratum_v1.pdf |formato=PDF |acessodata=2007-07-22 |periódico=Prospect |volume=21 |páginas=3–21 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20070724185054/http://www.shlrc.mq.edu.au/~felicity/Papers/Prospect_Erratum_v1.pdf# |arquivodata=24 de julho de 2007 |urlmorta=yes }}</ref> Esse é o som das letras ''tt'' e ''dd'' nas palavras ''latter'' e ''ladder'', que são [[Homofonia|homófonas]] para muitos falantes do inglês na América do Norte. Em alguns sotaques, como o [[inglês escocês]] e o [[inglês indiano|indiano]], ele substitui {{IPA|/ɹ/}}. É o mesmo som representado por um ''r'' simples do português.|name=c2}}
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| style="text-align:center;"|{{IPA |ʍ&nbsp;&nbsp;w}}<ref group="cn" name="c7">O w surdo {{IPA |[ʍ]}} é encontrado no inglês da Escócia e da Irlanda e em algumas variedades da Nova Zelândia, dos Estados Unidos e da Inglaterra. Na maioria dos outros dialetos, ele é misturado com /w/, e, em alguns dialetos escoceses, com /f/.</ref>
| style="text-align:center;"|{{IPA |ʍ&nbsp;&nbsp;w}}<ref group="nota" name="c7">O w surdo {{IPA |[ʍ]}} é encontrado no inglês da Escócia e da Irlanda e em algumas variedades da Nova Zelândia, dos Estados Unidos e da Inglaterra. Na maioria dos outros dialetos, ele é misturado com /w/, e, em alguns dialetos escoceses, com /f/.</ref>
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;Notas
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== Gramática ==
== Gramática ==
{{Vertambém|Phrasal Verb|Tag question|Verbos auxiliares e contrações do inglês|Reforma ortográfica da língua inglesa|Simple past}}
A língua inglesa possui um sistema de inflexão muito simples, se comparado com a maioria das [[línguas indo-europeias]]. Não tem [[gênero gramatical]], pois os adjetivos são invariáveis. Há entretanto, resquícios de flexão casual (o [[genitivo|genitivo saxônico]] e [[Pronome oblíquo átono|pronomes oblíquos]]).
A língua inglesa possui um sistema de inflexão muito simples, se comparado com a maioria das [[línguas indo-europeias]]. Não tem [[gênero gramatical]], pois os adjetivos são invariáveis. Há entretanto, resquícios de flexão casual (o [[genitivo|genitivo saxônico]] e [[Pronome oblíquo átono|pronomes oblíquos]]).{{Carece de fontes|data=julho de 2022}}


Os [[verbo]]s regulares têm apenas 6 formas distintas, duas das quais não se usam mais.
Os [[verbo]]s regulares têm apenas 6 formas distintas, duas das quais não se usam mais.
:Ex: ''love'' (forma básica), ''lovest'' (2ª pessoa singular do presente do indicativo ativo - obsoleta), ''loves'' ou ''loveth'' (3ª pessoa singular do presente do indicativo ativo - a segunda é obsoleta), ''loved'' (particípio passado e todas as pessoas menos a segunda singular do pretérito simples ativo), ''lovedst'' (2ª pessoa singular do pretérito simples ativo - obsoleta) e ''loving'' (particípio presente e gerúndio).
:Ex: ''love'' (forma básica), ''lovest'' (2ª pessoa singular do presente do indicativo ativo obsoleta), ''loves'' ou ''loveth'' (3ª pessoa singular do presente do indicativo ativo a segunda é obsoleta), ''loved'' (particípio passado e todas as pessoas menos a segunda singular do pretérito simples ativo), ''lovedst'' (2.ª pessoa singular do pretérito simples ativo obsoleta) e ''loving'' (particípio presente e gerúndio).{{Carece de fontes|data=julho de 2022}}
Não há formas passivas sintéticas, mas apenas três [[Modos verbais|modos]]: [[modo indicativo|indicativo]], [[modo imperativo|imperativo]] e [[modo subjuntivo|subjuntivo]], este raramente usado.


Não há formas passivas sintéticas, mas apenas três [[Modos verbais|modos]]: [[modo indicativo|indicativo]], [[modo imperativo|imperativo]] e [[modo subjuntivo|subjuntivo]], este raramente usado.{{Carece de fontes|data=julho de 2022}}
=== Outros artigos sobre gramática da língua inglesa ===
* [[Phrasal Verb]]s
* [[Verbo preposicional|Verbos preposicionais]]
* [[Caso genitivo]]


== Influência da língua francesa ==
== Vocabulário ==
[[Imagem:Origins of English PieChart 2D.svg|thumb|Influências no vocabulário inglês]]Devido à afluência das palavras de origem francesa a partir da invasão normanda em [[1066]], há em inglês pares de palavras usadas em contextos específicos e que correspondem a uma só nas línguas faladas em áreas próximas da [[Inglaterra]]. Notadamente, há, em inglês, uma palavra para designar o animal vivo (normalmente de origem [[Inglês antigo|anglo-saxã]]) e uma para a carne dele (normalmente, de origem [[língua francesa|francesa]]). Exemplo: ''ox'' (do anglo-saxão ''oxa''), para designar o boi, e ''beef'' (do francês ''boef'' ou ''buef''), para a carne de boi. Um outro exemplo é para festa de casamento e a instituição. A festa tem o nome de wedding, enquanto a instituição, marriage, que vem do francês ''marriage''.{{Carece de fontes|data=Dezembro de 2008}}
[[Ficheiro:Origins of English PieChart 2D.svg|thumb|Influências no vocabulário inglês.]]
=== Cores (Colors / Colours) ===
* preto - ''black''
* branco - ''white''
* cinza / cinzento - ''gray'' / ''grey''
* vermelho - ''red''
* verde - ''green''
* azul - ''blue''
* amarelo - ''yellow''
* laranja - ''orange''
* marrom / castanho - ''brown''
* bege - ''beige''
* lilás - ''lilac''
* roxo / púrpura - ''purple''
* cor-de-rosa - ''pink''


Outros exemplos de palavras de origem francesa:
=== Numerais em inglês ===
{|Border=1
|-----
|Português ||'''zero''' ||'''um''' ||'''dois''' ||'''três''' ||'''quatro''' ||'''cinco''' ||'''seis''' ||'''sete''' ||'''oito''' ||'''nove'''||'''dez'''
|-----
|Inglês ||''zero''||''one''||''two''||''three'' ||''four'' ||''five'' ||''six'' ||''seven'' ||''eight'' ||''nine'' || ''ten''
|-----
|pronúncia (IPA)||/ziːroʊ/||/wʌn/ ||/tuː/||/θriː/||/fɔr/||/faɪv/||/sɪks/||/sɛvən/||/eɪt/||/naɪn/||/tɛn/
|}


* résumé — curriculum vitae
De 11 a 20:
* royal — referente à realeza
* hors d'oeuvres — aperitivos
* arrive — do francês ariver, chegar
* sublime — do francês sublime
* challenge — do antigo francês chalengier, desafiar
* toilet — do francês toilette, banheiro
* fiancé/fiancée — noivo/noiva
* language — do antigo francês langage
* café — o estabelecimento, não a bebida


== Ver também ==
* onze - ''eleven''
* [[Literatura inglesa]]
* doze - ''twelve''
* [[Anglicização]]
* treze - ''thirteen''
* [[Anglicismo]]
* quatorze - ''fourteen''
* [[Inglês básico]]
* quinze - ''fifteen''
* [[Inglês simples]]
* dezesseis - ''sixteen''
* [[Língua ânglica escocesa]]
* dezessete - ''seventeen''
* [[Línguas ânglicas]]
* dezoito - ''eighteen''
* [[Língua inglesa sul-africana]]
* dezenove - ''nineteen''
* [[Lista de línguas por total de falantes]]
* vinte - ''twenty''
* [[Índice de Proficiência em Inglês da EF]]
* [[Uso das formas verbais em inglês]]


{{Notas}}
As dezenas são sempre terminadas com "ty" (Exemplo: '''twenty''' (20), '''thirty''' (30), '''forty''' (40), '''fifty''' (50), etc). As centenas são escritas na forma "''NÚMERO'' hundred". Por exemplo:


{{Referências|col=2}}
* cem - ''one hundred''
* duzentos - ''two hundred''
* trezentos - ''three hundred''


== Bibliografia ==
Os milhares funcionam do mesmo modo que as centenas, apenas trocando "hundred" por "thousand". Por exemplo:
{{InícioRef}}
*{{citar livro|último =Algeo |primeiro =John |capítulo=Chapter 2:Vocabulary |título=Cambridge History of the English Language |volume=IV: 1776–1997 |editor-sobrenome =Romaine |editor-nome =Suzanne |páginas=57–91 |publicado=Cambridge University Press |data=1999 |isbn=978-0-521-26477-8 |doi=10.1017/CHOL9780521264778.003 |ref=harv}}
*{{citar livro|último1 =Svartvik |primeiro1 =Jan |último2 =Leech |primeiro2 =Geoffrey |título=English – One Tongue, Many Voices |data=12 de dezembro de 2006 |publicado=Palgrave Macmillan |isbn=978-1-4039-1830-7 |url=https://books.google.com/books?id=UqZsQgAACAAJ |acessodata=5 de março de 2015 |laysummary=http://linguistlist.org/pubs/reviews/get-review.cfm?SubID=116884 |laydate=16 de março de 2015 |ref=harv}}
*{{citar enciclopédia|último =Kachru |primeiro =B. |título=English: World Englishes |enciclopédia=Encyclopedia of language & linguistics |editor-sobrenome1 =Brown |editor-nome1 =Keith |data=2006 |publicado=Elsevier |isbn=978-0-08-044299-0 |url=http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/B0080448542006453 |acessodata=6 de fevereiro de 2015 |doi=10.1016/B0-08-044854-2/00645-3 |páginas=195–202 |laysummary=http://www.elsevier.com/books/encyclopedia-of-language-and-linguistics-14-volume-set/brown/978-0-08-044854-1 |laydate=6 de fevereiro de 2015 |ref=harv}}
*{{citar livro|último1 =Mazrui |primeiro1 =Ali A. |último2 =Mazrui |primeiro2 =Alamin |título=The Power of Babel: Language and Governance in the African Experience |data=3 de agosto de 1998 |publicado=University of Chicago Press |isbn=978-0-226-51429-1 |url=https://books.google.com/books?id=6lQTPxdYx8kC |acessodata=15 de fevereiro de 2015 |laysummary=http://www.press.uchicago.edu/ucp/books/book/chicago/P/bo3618917.html |laydate=15 de fevereiro de 2015 |ref=harv}}
*{{citar livro |último=Graddol |primeiro=David |título=English Next: Why global English may mean the end of 'English as a Foreign Language' |autorlink=David Graddol |url=http://englishagenda.britishcouncil.org/sites/ec/files/books-english-next.pdf |acessodata=7 de fevereiro de 2015 |data=2006 |publicado=The British Council |laysummary=http://eltj.oxfordjournals.org/content/61/1/81.extract |laysource=ELT Journal |laydate=7 de fevereiro de 2015 |ref=harv |arquivourl=https://web.archive.org/web/20150212042939/http://englishagenda.britishcouncil.org/sites/ec/files/books-english-next.pdf# |arquivodata=12 de fevereiro de 2015 |urlmorta=yes }}
*{{citar enciclopédia|último =Meierkord |primeiro =C. |título=Lingua Francas as Second Languages |enciclopédia=Encyclopedia of language & linguistics |editor-sobrenome1 =Brown |editor-nome1 =Keith |data=2006 |publicado=Elsevier |isbn=978-0-08-044299-0 |url=http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/B0080448542006416 |acessodata=6 de fevereiro de 2015 |doi=10.1016/B0-08-044854-2/00641-6 |páginas=163–171 |laysummary=http://www.elsevier.com/books/encyclopedia-of-language-and-linguistics-14-volume-set/brown/978-0-08-044854-1 |laydate=6 de fevereiro de 2015 |ref=harv}}
*{{citar enciclopédia|último =Brutt-Griffler |primeiro =J. |título=Languages of Wider Communication |enciclopédia=Encyclopedia of language & linguistics |editor-sobrenome1 =Brown |editor-nome1 =Keith |data=2006 |publicado=Elsevier |isbn=978-0-08-044299-0 |url=http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/B0080448542006441 |acessodata=6 de fevereiro de 2015 |doi=10.1016/B0-08-044854-2/00644-1 |páginas=690–697 |laysummary=http://www.elsevier.com/books/encyclopedia-of-language-and-linguistics-14-volume-set/brown/978-0-08-044854-1 |laydate=6 de fevereiro de 2015 |ref=harv}}
*{{citar livro|último =Northrup |primeiro =David |título=How English Became the Global Language |data=20 de março de 2013 |publicado=Palgrave Macmillan |isbn=978-1-137-30306-6 |url=https://books.google.com/books?id=YPAlPeB6IvQC |acessodata=25 de março de 2015 |laysummary=http://www.palgrave.com/page/detail/how-english-became-the-global-language-david-northrup/?K=9781137303066 |laydate=25 de março de 2015 |ref=harv}}
*{{citar enciclopédia|último =Wojcik |primeiro =R. H. |título=Controlled Languages |enciclopédia=Encyclopedia of language & linguistics |editor-sobrenome1 =Brown |editor-nome1 =Keith |data=2006 |publicado=Elsevier |isbn=978-0-08-044299-0 |url=http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/B0080448542050811 |acessodata=6 de fevereiro de 2015 |doi=10.1016/B0-08-044854-2/05081-1 |páginas=139–142 |laysummary=http://www.elsevier.com/books/encyclopedia-of-language-and-linguistics-14-volume-set/brown/978-0-08-044854-1 |laydate=6 de fevereiro de 2015 |ref=harv}}
*{{citar web|autor =International Civil Aviation Organization |título=Personnel Licensing FAQ |url=http://www.icao.int/safety/airnavigation/pages/peltrgfaq.aspx#anchor14 |acessodata=16 de dezembro de 2014 |publicado=International Civil Aviation Organization – Air Navigation Bureau |data=2011 |em=In which languages does a licence holder need to demonstrate proficiency? |citação=Controllers working on stations serving designated airports and routes used by international air services shall demonstrate language proficiency in English as well as in any other language(s) used by the station on the ground. |ref=harv}}
*{{citar web|autor =International Maritime Organization |título=IMO Standard Marine Communication Phrases |data=2011 |url=http://www.imo.org/OurWork/Safety/Navigation/Pages/StandardMarineCommunicationPhrases.aspx |acessodata=16 de dezembro de 2014 |ref=harv}}
*{{citar web|último =Gordin |primeiro =Michael D. |título=Absolute English |url=http://aeon.co/magazine/science/how-did-science-come-to-speak-only-english/ |acessodata=16 de fevereiro de 2015 |obra=[[Aeon (digital magazine)|Aeon]] |data=4 de fevereiro de 2015 |ref=harv}}
*{{citar livro|último =Phillipson |primeiro =Robert |título=English-Only Europe?: Challenging Language Policy |data=28 de abril de 2004 |publicado=Routledge |isbn=978-1-134-44349-9 |url=https://books.google.com/books?id=9HiCAgAAQBAJ&pg=PA47 |acessodata=15 de fevereiro de 2015 |ref=harv}}
*{{citar livro|último1 =Conrad |primeiro1 =Andrew W. |último2 =Rubal-Lopez |primeiro2 =Alma |título=Post-Imperial English: Status Change in Former British and American Colonies, 1940–1990 |data=1 de janeiro de 1996 |publicado=de Gruyter |isbn=978-3-11-087218-7 |url=http://www.degruyter.com/viewbooktoc/product/143492 |acessodata=2 de abril de 2015 |página=261 |via=[[De Gruyter]] |subscrição=yes |ref=harv}}
*{{citar livro|último =Richter |primeiro =Ingo |capítulo=Introduction |editor-sobrenome1 =Richter |editor-nome1 =Dagmar |editor-sobrenome2 =Richter |editor-nome2 =Ingo |editor-sobrenome3 =Toivanen |editor-nome3 =Reeta |display-editors = 3 |editor-sobrenome4 =Ulasiuk |editor-nome4 =Iryna |título=Language Rights Revisited: The challenge of global migration and communication |data=1 de janeiro de 2012 |publicado=BWV Verlag |isbn=978-3-8305-2809-8 |url=https://books.google.com/books?id=3u9kBAAAQBAJ&pg=PA29 |acessodata=2 de abril de 2015 |ref=harv}}
*{{citar livro|último =Crystal |primeiro =David |título=English as a Global Language |autorlink =David Crystal |edição=2nd |publicado=Cambridge University Press |página=69 |data=2003a |url=https://books.google.com/books?id=d6jPAKxTHRYC |acessodata=4 de fevereiro de 2015 |isbn=978-0-521-53032-3 |laysummary=http://catdir.loc.gov/catdir/samples/cam041/2003282119.pdf |laysource=Library of Congress (sample) |laydate=4 de fevereiro de 2015 |ref=harv}}
*{{citar web|autor =United Nations |título=Everything You Always Wanted to Know About the United Nations |data=2008 |url=http://www.un.org/wcm/webdav/site/visitors/shared/documents/pdfs/Pub_United%20Nations_Everything%20U%20Always%20wanted%20to%20know.pdf |acessodata=4 de abril de 2015 |citação=The working languages at the UN Secretariat are English and French. |ref=harv}}
{{-fim}}


== Ligações externas ==
* mil - ''one thousand''
* dois mil - ''two thousand''
* três mil - ''three thousand''

Para escrever a casa dos milhões, devemos utilizar a palavra "million":

* 1 milhão - ''one million''
* 2 milhões - ''two million''
* 3 milhões - ''three million''
Diferentemente do português, o inglês pode utilizar simples multiplicações para se referir à algum número, assim como entendemos facilmente que "cinco dúzias" equivalem à sessenta, no inglês o número "mil e novecentos" (1900) pode assumir duas formas: "''one thousand nine hundred"; "nineteen hundred". Seria basicamente "dezenove centenas".''
=== Origem. ===
==== Palavras de origem francesa ====
Devido à afluência das palavras de origem francesa a partir da invasão normanda em [[1066]], há em inglês pares de palavras usadas em contextos específicos e que correspondem a uma só nas línguas faladas em áreas próximas da [[Inglaterra]]. Notadamente, há, em inglês, uma palavra para designar o animal vivo (normalmente de origem [[anglo-saxão|anglo-saxã]]) e uma para a carne dele (normalmente, de origem [[língua francesa|francesa]]). Exemplo: ''ox'' (do anglo-saxão ''oxa''), para designar o boi, e ''beef'' (do francês ''boef'' ou ''buef''), para a carne de boi. Um outro exemplo é para festa de casamento e a instituição. A festa tem o nome de wedding, enquanto a instituição, marriage, que vem do francês ''marriage''.{{Carece de fontes|data=Dezembro de 2008}}

Outros exemplos de palavras de origem francesa:

* résumé - curriculum vitae
* royal - referente à realeza
* hors d'oeuvres - aperitivos
* arrive - do francês ariver, chegar
* sublime - do francês sublime
* challenge - do antigo francês chalengier, desafiar
* toilet - do francês toilette, banheiro
* fiancé/fiancée - noivo/noiva
* language - do antigo francês langage
* café - o estabelecimento, não a bebida

{{Referências|col=2}}

== {{Ver também}} ==
{{Portal-linguística}}
{{InterWiki|cod=en}}
{{InterWiki|cod=en}}
* [[História da língua inglesa]]
* [[Literatura inglesa]]
* [[Língua inglesa antiga]]
* [[Língua inglesa média]]
* [[Língua inglesa sul-africana]]

== {{Ligações externas}} ==
{{Correlatos
{{Correlatos
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}}
* {{Link|pt|2=http://www.sk.com.br/sk-enhis.html|3=História da língua inglesa}}
* {{ícone|wkt}} [[wikt:Portal:Inglês|Portal da língua inglesa]] no Wikcionário em português
* {{Link|en|2=http://www.produlz.co.uk/english-british-voiceover-professional-voice-over-actor.shtml|3=Exemplos de locução em inglês britânico}}
* {{Link|en|2=http://www.lel.ed.ac.uk/research/gsound/Eng/Database/Phonetics/Englishes/Home/HomeMainFrameHolder.htm|3=Variantes da língua inglesa pelo mundo (Universidade de Edimburgo)}}


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Edição atual tal como às 14h34min de 14 de agosto de 2024

Inglês

English

Pronúncia:/ˈɪŋglɪʃ/
Falado(a) em: (ver abaixo)
Total de falantes: ≅ 500 milhões (língua nativa)
≅ 1,4 bilhão (segunda língua)[1][2]
Posição: 1.ª (não nativa) e 4.ª (nativa)
Família: Indo-europeia
 germânica
  germânica ocidental
   anglo-frísia[3]
    ânglica
     Inglês
Escrita: alfabeto latino
Estatuto oficial
Língua oficial de: 53 países
Nações Unidas
União Europeia
Comunidade das Nações
Conselho da Europa
OTAN
NAFTA
OEA
OCI
UKUSA
Regulado por: sem regulamentação oficial
Códigos de língua
ISO 639-1: en
ISO 639-2: eng
ISO 639-3: eng
  Países onde o inglês é a língua de facto em azul escuro
  Países onde o inglês é a língua oficial, mas não é a língua de facto

Inglês (English) é uma língua indo-europeia germânica ocidental que surgiu nos reinos anglo-saxônicos da Inglaterra e se espalhou para o que viria a tornar-se o sudeste da Escócia, sob a influência do reino anglo medieval da Nortúmbria. Após séculos de extensa influência da Grã-Bretanha e do Reino Unido desde o século XVIII, através do Império Britânico, e dos Estados Unidos desde meados do século XX,[4][5][6][7] o inglês tem sido amplamente disperso em todo o planeta, tornando-se a principal língua do discurso internacional, uma língua franca em muitas regiões e também é o segundo idioma de muitas pessoas em vários países pelo mundo.[8][9] O idioma é amplamente aprendido como uma segunda língua e usado como língua oficial da União Europeia, das Nações Unidas e de muitos países da Commonwealth, bem como de muitas outras organizações mundiais. É o terceiro idioma mais falado em todo o mundo como primeira língua, depois do mandarim e do espanhol.[10]

Historicamente, o inglês originou-se da fusão de línguas e dialetos, agora coletivamente denominados inglês antigo, que foram trazidos para a costa leste da Grã-Bretanha por povos germânicos (anglo-saxões) no século V, sendo a palavra english derivada do nome dos anglos e, finalmente, de sua região ancestral de Angeln (no que é agora Schleswig-Holstein).[11] Um número significativo de palavras em inglês é construído com base nas raízes do latim, visto que esse idioma foi, de alguma forma, a língua franca da Igreja Cristã e da vida intelectual europeia.[12] O inglês foi mais influenciado pela língua nórdica antiga, devido a invasões viquingues nos séculos VIII e IX.

A conquista normanda da Inglaterra no século XI originou fortes empréstimos do franco-normando e as convenções de vocabulário e ortografia começaram a dar a aparência superficial de uma estreita relação do inglês com as línguas românicas,[13][14] o que agora é chamado de inglês médio. A Grande Mudança Vocálica, que começou no sul da Inglaterra no século XV é um dos eventos históricos que marcam o surgimento do inglês moderno a partir do inglês médio.

Devido à assimilação das palavras de muitos outros idiomas ao longo da história moderna, o inglês contém um vocabulário muito grande. O inglês moderno não só assimilou palavras de outras línguas europeias, mas também de todo o mundo, incluindo palavras do hindi e de origens africanas. O Oxford English Dictionary lista mais de 250 000 palavras distintas no idioma, não incluindo muitos termos técnicos, científicos ou gírias.[15][16]

Ver artigo principal: História da língua inglesa
Primeira página do manuscrito Beowulf.

O inglês é uma língua germânica ocidental que se originou a partir dos dialetos anglo-frísio e saxão antigo trazidos para a Grã-Bretanha por colonos germânicos de várias partes do que é hoje o noroeste da Alemanha, Dinamarca e Países Baixos.[17] Até essa época, a população nativa da Bretanha Romana falava língua celta britânica junto com a influência acroletal do latim, desde a ocupação romana de 400 anos.[18]

Uma das tribos germânicas que chegaram à Grã-Bretanha foram os anglos,[19] que Beda acreditava terem mudado completamente a Bretanha.[20] Os nomes england (de Engla land[21] ou "terra dos anglos") e english (do inglês antigo englisc[22]) são derivados do nome dessa tribo; no entanto saxões, jutos e uma variedade de povos germânicos a partir das costas da Frísia, Baixa Saxônia, Suécia e Jutlândia do Sul também se mudaram para a Grã-Bretanha nesta época.[23][24][25]

Inicialmente, o inglês antigo era um grupo diverso de dialetos, o que reflete as origens variadas dos reinos anglo-saxões da Grã-Bretanha,[26] mas um desses dialetos, o saxão ocidental, por fim passou a dominar e é neste que o poema Beowulf foi escrito.

O inglês antigo mais tarde foi transformado por duas ondas de invasões. O primeiro foi por falantes do ramo linguístico germânico setentrional, quando Haldano e Ivar, o Desossado começaram a conquista e a colonização do norte das Ilhas Britânicas, nos séculos VIII e IX (ver Danelaw). A segunda foi por falantes do normando antigo, uma língua românica, no século XI com a conquista normanda da Inglaterra. O normando desenvolveu-se para anglo-normando e depois para anglo-francês, quando introduziu uma nova gama de palavras, especialmente através dos tribunais e do governo. Além do alargamento do léxico com palavras escandinavas e normandas, estes dois eventos também simplificaram a gramática e transformaram o inglês em uma linguagem de empréstimo, mais aberta para aceitar novas palavras de outras línguas.

As mudanças linguísticas no inglês após a invasão normanda produziu o que é agora conhecido como inglês médio, sendo The Canterbury Tales, de Geoffrey Chaucer, a obra mais conhecida.

Durante todo este período o latim, de alguma forma, era a língua franca da vida intelectual europeia, em primeiro lugar o latim medieval da Igreja Cristã, mas depois o latim humanista da Renascença e aqueles que escreveram ou copiaram textos em latim[12] comumente cunharam novos termos do idioma para se referir a coisas ou conceitos para os quais não havia nenhuma palavra nativa existente no inglês.

O inglês moderno, que inclui as obras de William Shakespeare[27] e a Bíblia King James, é geralmente datado de cerca de 1550, e quando o Reino Unido se tornou uma potência colonial, o idioma serviu como língua franca das colônias do Império Britânico. No período pós-colonial, algumas das nações recém-criadas que tinham várias línguas nativas optaram por continuar a empregar o inglês como língua franca para evitar as dificuldades políticas inerentes à promoção de qualquer língua própria acima das outras. Como resultado do crescimento do Império Britânico, o inglês foi adoptado na América Anglo-Saxônica, Índia, África, Austrália e em muitas outras regiões, uma tendência alargada com o surgimento dos Estados Unidos como uma superpotência em meados do século XX, nomeadamente após a Segunda Guerra Mundial.

Distribuição geográfica

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Ver artigos principais: Anglofonia e América Anglo-Saxônica


  Estados Unidos (66%)
  Reino Unido (16.7%)
  Canadá (5.3%)
  Austrália (4.7%)
  África do Sul (1.3%)
  Irlanda (1.1%)
  Nova Zelândia (0.2%)
  Outro (4.7%)

Cerca de 375 milhões de pessoas falam inglês como sua primeira língua.[28] O inglês hoje é provavelmente a terceira maior língua em número de falantes nativos, depois do chinês mandarim e do espanhol.[10][29] No entanto, quando se combina nativos e não nativos é provavelmente a língua mais falada no mundo, embora eventualmente a segunda, ficando atrás de uma combinação dos idiomas chineses (dependendo ou não das distinções esses idiomas são classificados como "línguas" ou "dialetos").[30][31]

As estimativas que incluem falantes do inglês como segunda língua variam entre 470 milhões a mais de um bilhão, dependendo de como a alfabetização ou o domínio é definido e medido.[32][33] O professor de Linguística David Crystal calcula que os não-falantes já superam o número de falantes nativos em uma proporção de 3-1.[34]

Os países com maior população de falantes nativos de Inglês são, em ordem decrescente: Estados Unidos (215 milhões),[35] Reino Unido (61 milhões),[36] Canadá (18,2 milhões),[37] Austrália (15,5 milhões),[38] Nigéria (4 milhões),[39] Irlanda (3,8 milhões),[36] África do Sul (3,7 milhões),[40] e Nova Zelândia (3,6 milhões), conforme censo de 2006.[41] Entretanto, apesar de os Estados Unidos ser o país com o maior número de nativos que falam esta língua, o inglês não é o idioma oficial do país, que não têm, em sua Constituição, a designação de um idioma oficial, ao contrário do Brasil, por exemplo, que define o português como sua língua constitucional.[42] É possível, inclusive, que cada estado norte-americano adote a língua que quiser como a sua oficial, bastando para isso criar um artigo em sua legislação estadual.[43]

Países como as Filipinas, Jamaica e Nigéria também têm milhões de falantes nativos de dialetos contínuos que vão do crioulo de base inglesa à versão mais padrão do inglês. Dessas nações onde o inglês é falado como segunda língua, a Índia tem o maior número de falantes (inglês indiano). Crystal afirma que, combinando os falantes nativos e não nativos, a Índia agora tem mais pessoas que falam ou entendem o inglês do que qualquer outro país do mundo.[44][45]

Idioma global

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O inglês deixou de ser uma "linguagem inglesa", no sentido de pertencer apenas às pessoas que são etnicamente inglesas.[46][47] O uso do idioma está crescendo ao redor do mundo para a comunicação internacional. A maioria das pessoas aprendem inglês por razões práticas, em vez de ideológicas.[48] Muitos falantes do inglês na África tornaram-se parte de uma comunidade linguística "afro-saxã" que une africanos de diferentes países.[49]

O inglês moderno, por vezes descrito como a primeira língua franca global,[50][51] também é considerado como a primeira língua mundial.[52][53] O idioma é o mais usado do mundo em publicações de jornais e livros, nas telecomunicações internacionais, na publicação científica, no comércio internacional, no entretenimento de massa e na diplomacia.[53] O inglês é, por um tratado internacional, a base para as línguas naturais controladas.[54] Seaspeak e Airspeak são utilizadas como línguas internacionais auxiliares de navegações marítimas[55] e da aviação.[56] O inglês substituiu o alemão como língua dominante na pesquisa científica[57] e atingiu paridade com o francês como uma língua diplomática após as negociações do Tratado de Versalhes em 1919.[58]

Na época da fundação da Organização das Nações Unidas no fim da Segunda Guerra Mundial, o inglês tornou-se proeminente[59] e é agora a principal língua em todo o mundo das relações internacionais,[60] além de ser uma das seis línguas oficiais das Nações Unidas.[61] Muitas outras organizações internacionais em todo o mundo, como o Comitê Olímpico Internacional e a União Europeia, especificam o inglês como sua língua de trabalho ou oficial. Apesar de na maioria dos países o inglês não ser uma língua oficial, é atualmente a língua mais frequentemente ensinada como língua estrangeira.[50][34]

Alfabeto inglês

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Ver artigo principal: Alfabeto inglês

O inglês é escrito no alfabeto latino, sem nenhum carácter especial. Há aparentes exceções em palavras que mantém a grafia estrangeira, como naïve, Noël e fête. Os nomes das letras são os seguintes:

A B C D E F G H I J K L M
nome a bee cee dee e ef gee aitch i jay kay el em
pronúncia (IPA) /ˈeɪ/ /ˈbiː/ /ˈsiː/ /ˈdiː/ /ˈiː/ /ˈεf/ /ˈdʒiː/ /ˈeɪtʃ/ /ˈaɪ/ /ˈdʒeɪ/ /ˈkeɪ/ /ˈεɫ/ /ˈεm/
N O P Q R S T U V W X Y Z
nome en o pee cue ar ess tee u vee double-u ex wye zee (EUA) ou zed (R.U.)
pronúncia (IPA) /ˈɛn/ /ˈoʊ/ /ˈpiː/ /ˈkjuː/ /ˈɑr/ /ˈɛs/ /ˈtiː/ /ˈjuː/ /ˈviː/ /ˈdʌbəɫjuː/ /ˈɛks/ /ˈwaɪ/ /ˈziː/ ou /ˈzed/
AFI Descrição exemplo
monotongos
i/iː alta, anterior, não-arredondada bead
ɪ média alta, central anterior, não-arredondada bid
ɛ média baixa, anterior, não-arredondada bed
æ média baixa, anterior, não-arredondada bad
ɒ baixa, posterior, arredondada box[nota 1]
ɔ/ɑ média baixa, posterior, arredondada pawed[nota 2]
ɑ/ɑː baixa, posterior, não-arredondada bra
ʊ média alta, central posterior good
u/uː alta, posterior, arredondada booed[nota 3]
ʌ/ɐ/ɘ média baixa, posterior, não-arredondada; média baixa, central bud
ɜː ou
ɝ
média baixa, central, não-arredondada ou
retroflexa
bird[nota 4]
ə média baixa, posterior, não-arredondada Rosa's[nota 5]
ɨ alta, central, não-arredondada roses[nota 6]
Ditongos
e(ɪ)/eɪ média alta, anterior, não-arredondada
alta, anterior não-arredondada
bayed[nota 7]
o(ʊ)/əʊ média alta, posterior, arredondada
média alta, central posterior
bode[nota 7]
baixa, anterior, não-arredondada
média alta, central anterior, não-arredondada
cry
baixa, anterior, não-arredondada
média alta, central posterior
bough
ɔɪ média baixa, posterior, arredondada
alta, anterior, não-arredondada
boy
ʊɚ/ʊə média alta, central posterior
média baixa, posterior, não arredondada
boor[nota 8]
ɛɚ/ɛə/eɚ média baixa, anterior, não-arredondada
média baixa, posterior, não arredondada
fair[nota 9]

Este é o sistema de consoantes da língua inglesa, transcritos com os símbolos do Alfabeto Fonético Internacional (AFI).

  Bilabiais Labio-
dentais
Dentais Alveolares Palato-
alveolares
Palatais Velares Labio-
velares
Glotal
Nasais m     n     ŋ[nota 10]  
Plosivas p  b     t  d     k  ɡ  
Africadas         tʃ  dʒ[nota 11]      
Fricativas   f  v θ  ð[nota 12] s  z ʃ  ʒ[nota 11] ç[nota 13] x[nota 14] h
Vibrante simples       ɾ[nota 15]        
Aproximantes       ɹ[nota 11]   j   ʍ  w[nota 16]  
Lateral       l        

A língua inglesa possui um sistema de inflexão muito simples, se comparado com a maioria das línguas indo-europeias. Não tem gênero gramatical, pois os adjetivos são invariáveis. Há entretanto, resquícios de flexão casual (o genitivo saxônico e pronomes oblíquos).[carece de fontes?]

Os verbos regulares têm apenas 6 formas distintas, duas das quais não se usam mais.

Ex: love (forma básica), lovest (2ª pessoa singular do presente do indicativo ativo — obsoleta), loves ou loveth (3ª pessoa singular do presente do indicativo ativo — a segunda é obsoleta), loved (particípio passado e todas as pessoas menos a segunda singular do pretérito simples ativo), lovedst (2.ª pessoa singular do pretérito simples ativo — obsoleta) e loving (particípio presente e gerúndio).[carece de fontes?]

Não há formas passivas sintéticas, mas apenas três modos: indicativo, imperativo e subjuntivo, este raramente usado.[carece de fontes?]

Influência da língua francesa

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Influências no vocabulário inglês

Devido à afluência das palavras de origem francesa a partir da invasão normanda em 1066, há em inglês pares de palavras usadas em contextos específicos e que correspondem a uma só nas línguas faladas em áreas próximas da Inglaterra. Notadamente, há, em inglês, uma palavra para designar o animal vivo (normalmente de origem anglo-saxã) e uma para a carne dele (normalmente, de origem francesa). Exemplo: ox (do anglo-saxão oxa), para designar o boi, e beef (do francês boef ou buef), para a carne de boi. Um outro exemplo é para festa de casamento e a instituição. A festa tem o nome de wedding, enquanto a instituição, marriage, que vem do francês marriage.[carece de fontes?]

Outros exemplos de palavras de origem francesa:

  • résumé — curriculum vitae
  • royal — referente à realeza
  • hors d'oeuvres — aperitivos
  • arrive — do francês ariver, chegar
  • sublime — do francês sublime
  • challenge — do antigo francês chalengier, desafiar
  • toilet — do francês toilette, banheiro
  • fiancé/fiancée — noivo/noiva
  • language — do antigo francês langage
  • café — o estabelecimento, não a bebida

Notas

  1. O inglês norte-americano não tem este som; palavras com este som são pronunciadas com /ɑ/ ou /ɔ/.
  2. Alguns dialetos norte americanos não têm esta vogal.
  3. A letra U pode representar tanto /u/ quanto /ju/. Na pronúncia inglesa, se /ju/ ocorrem após /t/, /d/, /s/ ou /z/, isso normalmente provoca palatização e tais consoantes tornam-se, respectivamente, /ʨ/, /ʥ/, /ɕ/ e /ʑ/, como em tune, during, sugar, e azure. No inglês norte-americano, a palatização não acontece normalmente, a não se que /ju/ seja seguido de r, resultando que /(t, d,s, z) jur/ tornem-se, respectivamente, /tʃɚ/, /dʒɚ/, /ʃɚ/ and /ʒɚ/, como em nature, verdure, sure, e treasure.
  4. A variante norte-americana deste som é uma vogal matizada de r.
  5. Muitos falantes do inglês norte-americano não distinguem entre estas duas vogais átonas. Pronunciam roses e Rosa's do mesmo jeito e o símbolo usado é este: /ə/.
  6. cm">Este som é comumente transcrito /i/ ou /ɪ/.
  7. a b Os ditongos /eɪ/ e /oʊ/ são monotongalizados por muitos falantes do inglês padrão norte-americano, respectivamente, em: /eː/ e /oː/
  8. Este som apenas aparece em sotaques em que não há vogais matizadas de r. Em alguns sotaques, este som seria /ʊə/, /ɔ:/.
  9. Este som apenas aparece em sotaques em que não há vogais matizadas de r. Em alguns sotaques, o /ə/ é suprimido, ficando uma vogal longa /ɛ:/.
  10. A nasal velar [ŋ] é um alofone de /n/ em alguns sotaques do norte da Grã-bretanha, aparecendo apenas antes de /k/ e /g/. Em todos os outros dialetos, é um fonema separado, embora apareça apenas em fim de sílaba.
  11. a b c Os sons /ʃ/, /ʒ/, e /ɹ/ são labializados em alguns dialetos. A labialização nunca é contrastiva na posição inicial e, consequentemente, não é transcrita. A maioria dos falantes do inglês estadunidense e canadense pronuncia "r" (sempre rotizado) como /ɻ/, enquanto que o mesmo é pronunciado no inglês escocês e outros dialetos como vibrante múltipla alveolar.
  12. Em alguns dialetos, como o cockney, as interdentais /θ/ e /ð/ são usualmente misturadas com /f/ e /v/, e em outros, como o inglês vernáculo afro-americano, /ð/ é misturado com a dental /d/. Em algumas variedades irlandesas, /θ/ e /ð/ tornam-se as plosivas dentais correspondentes, que então contrastam com as plosivas alveolares.
  13. A fricativa palatal surda /ç/ é, na maioria dos sotaques, apenas um alofone de /h/ antes de /j/; por exemplo human /çjuːmən/. Contudo, em alguns sotaques (veja isto), o /j/ desaparece, mas a consoante inicial é a mesma.
  14. A fricativa velar surda /x/ é usada por falantes escoceses e galeses em palavras como loch /lɒx/ ou por alguns falantes em palavras emprestadas do alemão ou hebraico, como Bach /bax/ ou Chanukah /xanuka/. /x/ também ocorre no inglês sul-africano. Em alguns dialetos como o scouse (de Liverpool) tanto [x] quanto a africada [kx] podem ser usadas como alofones de /k/ em palavras como docker [dɒkxə]. A maioria dos falantes nativos tem grande dificuldade para pronunciar esse fonema corretamente quando aprendem outras línguas. A maioria usa os sons [k] e [h] no lugar.
  15. A vibrante simples alveolar [ɾ] é um alofone de /t/ e /d/ em sílabas átonas no inglês estadunidense, no canadense e no australiano.[62] Esse é o som das letras tt e dd nas palavras latter e ladder, que são homófonas para muitos falantes do inglês na América do Norte. Em alguns sotaques, como o inglês escocês e o indiano, ele substitui /ɹ/. É o mesmo som representado por um r simples do português.
  16. O w surdo [ʍ] é encontrado no inglês da Escócia e da Irlanda e em algumas variedades da Nova Zelândia, dos Estados Unidos e da Inglaterra. Na maioria dos outros dialetos, ele é misturado com /w/, e, em alguns dialetos escoceses, com /f/.

Referências

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Ligações externas

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