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Luís Cília é um cantor de [[música de intervenção|intervenção]] que no exílio, em [[França]], denunciou a [[guerra colonial]] e a falta de liberdade em [[Portugal]]. Uma das suas músicas desse período mais conhecidas, [[Avante camarada]], tornou-se uma espécie de segundo hino do [[Partido Comunista Português]].<ref>{{citar web|título=A Internacional e Avante! Camarada|url=http://www.pcp.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=182&Itemid=195}}</ref> |
Luís Cília é um cantor de [[música de intervenção|intervenção]] que no exílio, em [[França]], denunciou a [[guerra colonial]] e a falta de liberdade em [[Portugal]]. Uma das suas músicas desse período mais conhecidas, [[Avante camarada|''Avante camarada'']], tornou-se uma espécie de segundo hino do [[Partido Comunista Português]].<ref>{{citar web|título=A Internacional e Avante! Camarada|url=http://www.pcp.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=182&Itemid=195}}</ref><ref>{{Citar web|ultimo=Pereira|primeiro=Andreia Marques|url=https://www.publico.pt/2020/04/25/fugas/noticia/geografias-liberdade-cinco-cancoes-1913221|titulo=Geografias da (nossa) liberdade em 5 canções (+1)|data=2020-04-24|acessodata=2024-11-07|website=PÚBLICO|lingua=pt}}</ref> |
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Veio de Angola para [[Portugal]] em [[1959]], para prosseguir os seus estudos. Em [[1962]] conheceu o poeta Daniel Filipe que o incentivou a musicar [[poesia]]. Datam desse ano as suas primeiras experiências nesse campo ("Meu país", " O menino negro não entrou na roda", entre outras), mais tarde incluídos no seu primeiro disco, gravado em [[França]], para a editora Chant du Monde. Em Abril de [[1964]] partiu para [[Paris]], onde viveu até [[1974]]. Em França estudou [[guitarra clássica]] com António Membrado e composição com Michel Puig. Entre 1964 e 1974 realizou recitais em quase todos os países da [[Europa]]. |
Veio de Angola para [[Portugal]] em [[1959]], para prosseguir os seus estudos. Em [[1962]] conheceu o poeta Daniel Filipe que o incentivou a musicar [[poesia]]. Datam desse ano as suas primeiras experiências nesse campo ("Meu país", " O menino negro não entrou na roda", entre outras), mais tarde incluídos no seu primeiro disco, gravado em [[França]], para a editora Chant du Monde. Em Abril de [[1964]] partiu para [[Paris]], onde viveu até [[1974]]. Em França estudou [[guitarra clássica]] com António Membrado e composição com Michel Puig. Entre 1964 e 1974 realizou recitais em quase todos os países da [[Europa]]. |
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Depois do seu regresso a Portugal continuou a gravar discos, como compositor e intérprete e a realizar recitais. Como intérprete, gravou dezoito discos, alguns dos quais dedicados a poetas, tais como [[Eugénio de Andrade]] ("O peso da sombra"), [[Jorge de Sena]] ("Sinais de Sena") ou [[David Mourão Ferreira]] ("Penumbra"). |
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Nos últimos anos tem-se dedicado apenas à composição, nomeadamente para [[Teatro]], [[Bailado]] e [[Cinema]]. <ref>{{Citar web|url=https://cinemaportuguesmemoriale.pt/Pessoas/id/8130/t/luis-cilia|titulo=Pessoas do Cinema Português: Luis Cília|acessodata=2024-11-07|website=cinemaportuguesmemoriale.pt}}</ref> |
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A 9 de junho de 1994, foi agraciado com o grau de Oficial da [[Ordem da Liberdade]].<ref>{{citar web |url=http://www.ordens.presidencia.pt/?idc=153 |título=Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas|autor=|data=|publicado=Presidência da República Portuguesa|acessodata=2015-04-15 |notas=Resultado da busca de "Luís Cília".}}</ref> |
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A sua canção ''A Mafia Lusitana'', é uma das 150 canções, que constam na antologia, ''As Palavras das Canções'', organizada por João Calixto, editada com o apoio da [[Sociedade Portuguesa de Autores]]. <ref>{{Citar web|url=https://www.spautores.pt/antologia-as-palavras-das-cancoes-em-fase-de-distribuicao-homenageia-dezenas-de-autores/|titulo=Antologia "AS PALAVRAS DAS CANÇÕES", em fase de distribuição, homenageia dezenas de autores -|acessodata=2024-11-07|website=https://www.spautores.pt/|lingua=pt-PT}}</ref><ref>{{citar livro|título=Antologia: As palavras das canções|ultimo=Calixto|primeiro=João|editora=Guerra e Paz e Sociedade Portuguesa de Autores|ano=2024|local=Lisboa|páginas=108-109|isbn=978-989-702-970-7}}</ref> |
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== Discografia == |
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Revisão das 15h38min de 7 de novembro de 2024
Luís Cília | |
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Informações gerais | |
Nome completo | Luís Fernando Castelo Branco Cília |
Nascimento | 1 de fevereiro de 1943 (81 anos) |
Origem | Nova Lisboa, Angola colonial |
País | Portugal |
Gênero(s) | Música de intervenção |
Instrumento(s) | vocal, guitarra acústica |
Período em atividade | 1962–atualmente |
Página oficial | LuísCília.com |
Luís Fernando Castelo Branco Cília[1] OL (Nova Lisboa, Angola, 1 de fevereiro de 1943) é um compositor e intérprete musical português.
Biografia
Luís Cília é um cantor de intervenção que no exílio, em França, denunciou a guerra colonial e a falta de liberdade em Portugal. Uma das suas músicas desse período mais conhecidas, Avante camarada, tornou-se uma espécie de segundo hino do Partido Comunista Português.[2][3]
Veio de Angola para Portugal em 1959, para prosseguir os seus estudos. Em 1962 conheceu o poeta Daniel Filipe que o incentivou a musicar poesia. Datam desse ano as suas primeiras experiências nesse campo ("Meu país", " O menino negro não entrou na roda", entre outras), mais tarde incluídos no seu primeiro disco, gravado em França, para a editora Chant du Monde. Em Abril de 1964 partiu para Paris, onde viveu até 1974. Em França estudou guitarra clássica com António Membrado e composição com Michel Puig. Entre 1964 e 1974 realizou recitais em quase todos os países da Europa.
Depois do seu regresso a Portugal continuou a gravar discos, como compositor e intérprete e a realizar recitais. Como intérprete, gravou dezoito discos, alguns dos quais dedicados a poetas, tais como Eugénio de Andrade ("O peso da sombra"), Jorge de Sena ("Sinais de Sena") ou David Mourão Ferreira ("Penumbra").
Nos últimos anos tem-se dedicado apenas à composição, nomeadamente para Teatro, Bailado e Cinema. [4]
Reconhecimento
A 9 de junho de 1994, foi agraciado com o grau de Oficial da Ordem da Liberdade.[5]
A sua canção A Mafia Lusitana, é uma das 150 canções, que constam na antologia, As Palavras das Canções, organizada por João Calixto, editada com o apoio da Sociedade Portuguesa de Autores. [6][7]
Discografia
- 1964: Portugal-Angola: Chants de Lutte (Le Chant Du Monde)
- 1965: Portugal Resiste (Ep, Cercle du Disque Socialiste)
- 1967: La Poésie Portugaise de nos jours et de toujours 1 (Moshé Naim)
- 1967: O Salto (Single, UAF)
- 1969: La Poésie Portugaise de nos jours et de toujours 2(Moshé Naim)
- 1971: La Poésie Portugaise de nos jours et de toujours 3(Moshé Naim)
- 1973: Contra a ideia da violência a violência da ideia (Le Chant Du Monde)
- 1974: O guerrilheiro (Orfeu)
- 1974: O povo unido jamais será vencido/Uma Palavra antiga (Single, Orfeu)
- 1975: Resposta (LP, EMI)
- 1975: Canção Em Coro/Resposta (Single, EMI)
- 1976: Novembro/A Festa Nunca Acaba (Single, Guilda da Música)
- 1976: Memória (LP, Diapasão)
- 1978: Transparências (LP, Guilda da Música)
- 1980: O peso da sombra - A poesia de Eugénio de Andrade (LP, Diapasão)
- 1981: Marginal (LP, Diapasão)
- 1983: Contradições (LP, Diapasão)
- 1985: Sinais de Sena - A poesia de Jorge de Sena (LP, Diapasão)
- 1987: Penumbra - A poesia de David Mourão Ferreira(LP, Tejo/Transmédia)
- 1988: A Regra do Fogo - Música para bailados (CD, Tejo/Transmédia)
- 1995: Bailados - Música para bailados (CD, Strauss)
- Reedições
- 1973: Meu País (reedição ampliada de Portugal, Angola - Chants de Lutte).
- 1982: Cancioneiro (reedição deO guerrilheiro)(Diapasão/Sassetti)
- 1996: La Poésie Portugaise de nos jours et de toujours (compilação lançada na França dos LP's de 1967, 1969 e 1971).
Referências
- ↑ Biografia de Luís Cília
- ↑ «A Internacional e Avante! Camarada»
- ↑ Pereira, Andreia Marques (24 de abril de 2020). «Geografias da (nossa) liberdade em 5 canções (+1)». PÚBLICO. Consultado em 7 de novembro de 2024
- ↑ «Pessoas do Cinema Português: Luis Cília». cinemaportuguesmemoriale.pt. Consultado em 7 de novembro de 2024
- ↑ «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Luís Cília". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 15 de abril de 2015
- ↑ «Antologia "AS PALAVRAS DAS CANÇÕES", em fase de distribuição, homenageia dezenas de autores -». https://www.spautores.pt/. Consultado em 7 de novembro de 2024
- ↑ Calixto, João (2024). Antologia: As palavras das canções. Lisboa: Guerra e Paz e Sociedade Portuguesa de Autores. pp. 108–109. ISBN 978-989-702-970-7
Ligações externas
- «Página oficial». Visitado em 3/05/2009