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A '''London Eye''' (cujo nome oficial é '''British Airways London Eye'''), também conhecida como '''Millennium Wheel''' (''Roda do Milênio''), é um tipo de "[[roda-gigante]] de observação". É situada na cidade de [[Londres]], capital do [[Reino Unido]]. Foi inaugurada no ano de [[1999]] e é um dos pontos turísticos mais disputados da cidade, além de ser a maior roda-gigante do mundo.
A '''London Eye''' (cujo nome oficial é '''British Airways London Eye'''), também conhecida como '''Millennium Wheel''' (''Roda do Milênio''), é um tipo de "[[roda-gigante]] de observação". É situada na cidade de [[Londres]], capital do [[Reino Unido]]. Foi inaugurada no ano de [[1999]] e é um dos pontos turísticos mais disputados da cidade. Atualmente recebe o título de segunda maior roda-gigante do mundo, ficando atrás apenas da "Estrela de Nanchang", inaugurada em 2006 na cidade de Nanchang, na China.
[[Image:London Eye Jan 2006.jpg|thumb|315px|right|A London Eye vista da ponte de Westminster]]
[[Image:London Eye Jan 2006.jpg|thumb|315px|right|A London Eye vista da ponte de Westminster]]



Revisão das 22h57min de 23 de setembro de 2006

A London Eye (cujo nome oficial é British Airways London Eye), também conhecida como Millennium Wheel (Roda do Milênio), é um tipo de "roda-gigante de observação". É situada na cidade de Londres, capital do Reino Unido. Foi inaugurada no ano de 1999 e é um dos pontos turísticos mais disputados da cidade. Atualmente recebe o título de segunda maior roda-gigante do mundo, ficando atrás apenas da "Estrela de Nanchang", inaugurada em 2006 na cidade de Nanchang, na China.

A London Eye vista da ponte de Westminster

História

A London Eye é considerada como um ponto turístico singular em Londres. Isso não apenas pela ousadia de seu projeto, mas também pelas dificuldades que a acompanharam desde quando foi concebida até sua inauguração.

A idéia

A idéia por trás da London Eye remonta ao início da década de 90. Nessa época, tendo em vista o novo milênio que se aproximava, vários projetos foram apresentados para marcar essa passagem. Em Londres, o jornal The Sunday Times, em conjunto com a Architecture Foundation, decidiu dar início a uma competição onde se escolheria um projeto para uma nova estrutura na cidade.

Os arquitetos David Marks e Julia Barfield tiveram a idéia de criar uma grande roda-gigante. Mas não seria uma roda-gigante comum; ela possibilitaria uma vista de toda a Londres. Em vez de simples gôndolas, como nas rodas-gigantes convencionais, haveria grandes cabines fixadas à roda, dotadas de amplas janelas de vidro. As cabines se movimentariam de acordo com a rotação, sempre deixando o visitante numa posição ereta. De fato era um projeto muito inovador, diferente de tudo que já tinha sido construído na cidade desde então.

Mas será que era realmente necessário ter uma estrutura enorme bem no meio de Londres? Será que todos se importavam tanto com o novo milênio que era necessário até criar um novo ponto turístico? Independente dessas idéias, o Sunday Times ignorou as sugestões enviadas e acabou com a competição.

British Airways entra em cena

Mas David e Julia não abandonaram sua idéia. Decidiram criar a empresa Marks Barfield, levando em frente o projeto com seu próprio dinheiro. Até o tablóide londrino Evening Standard resolveu dar um impulso, fazendo publicidade em busca de parceiros para custear o plano.

Quando todos já achavam que nada ia dar certo, que todo o trabalho tinha sido em vão, a British Airways aparece. Numa parceria com a Marks Barfield, eles decidem pagar pela construçao da então batizada British Airways London Eye.

Ficheiro:Eye and parliament small.jpg
A London Eye à noite, vista do Bankside

A construção

O aval já tinha sido dado, e o lugar escolhido para a London Eye seria a margem sul do Tâmisa, bem próximo ao Parlamento. O distrito de Lambeth permitiu que ela ficasse, com a condição de ser desmontada cinco anos depois. Mas o problema era como ela chegaria ali.

Considerando que as ruas de Londres são demasiado estreitas e que seria impossível mover uma roda-gigante de 135 metros de diâmetro rio acima, foi decidido que ela seria construída no próprio Tâmisa, sendo suspendida depois. Todo o material usado viria por balsas. Apesar de ser um ícone londrino, muito pouco da London Eye é de fato inglês. As partes da roda foram fabricadas na Holanda, as cabines são dos Alpes Franceses, e as janelas foram produzidas em Veneza.

Todo o material subiu o rio até chegar ao lugar onde iria ser montada a roda. Em setembro de 1999, ela já estava pronta, e então iria começar o trabalho de 16 horas até suspender as 1.700 toneladas da London Eye. Mas, contra todas as expectativas, um cabo se rompeu. O novo milênio se aproximava e a mídia já chamava o projeto de Wheel of Misfortune (Roda do Infortúnio). Levou mais um mês e 10 dias até que ela estivesse "em pé". As cabines chegaram logo depois, e após 16 meses de trabalho, a inauguração estava marcada para o dia 31 de dezembro de 1999

A inauguração

Tudo já estava preparado. A abertura da London Eye se daria na passagem do ano, com a presença do Primeiro Ministro Tony Blair.

Mas ninguém poderia adivinhar que uma das cabines não iria ser aprovada num teste de segurança. Levaria mais um mês até que o público pudesse desfrutar do "vôo", como a British Airways chama o passeio.

Mas isso não impediu que a roda girasse sem passageiros. Nos últimos minutos de 1999, Tony Blair apertou um botão, um Concorde voou sobre o céu de Londres e os fogos foram lançados. O novo milênio já tinha chegado, e com ele a London Eye.

No primeiro dia de fevereiro de 2000, o público finalmente teve a chance de entrar na London Eye. O tempo estava essencialmente britânico, com muita neblina, mas isso não impediu os londrinos de experimentar seu novo ponto turístico. A mais nova roda-gigante de Londres provou ser um sucesso imediato.

Ironicamente, um outro projeto para o novo milênio que tinha sido amplamente apoiado pelo governo, o Millennium Dome, não fez sucesso algum, estando hoje fechado ao público.

Turistas numa cabine da London Eye

A London Eye hoje

As 32 cabines podem comportar 15.000 visitantes por dia e a volta completa dura um pouco menos de 30 minutos. Hoje em dia há diversos pacotes oferecidos pela British Airways aos visitantes da London Eye. Desde reservas para casais com direito a champagne até guias em diversas línguas que, além de ajudar os turistas a divisar alguns prédios na cidade, também contam a história da construção da "Eye", como é popularmente chamada pelos londrinos.

Havia, como foi dito, uma restrição de cinco anos para a London Eye. Os críticos já tinham dado o apelido de Eyeful Tower, numa referência à Torre Eiffel, que também fora concebida para ser desmontada no futuro. Mas em 2002 o distrito de Lambeth concedeu à British Airways uma licença permanente.

O terreno onde se encontra a London Eye é de propriedade do South Bank Centre, que possui vários outros prédios nos arredores. Em 2005 foi divulgado na mídia o conteúdo de uma carta que supostamente teria vindo da diretoria do SBC, afirmando que o aluguel passaria dos atuais £65,000 para £2,5 milhões, o que a British Airways considerou inviável. Nessa época houve boatos que a London Eye seria então movida para o Hyde Park, ou até mesmo para Paris. O South Bank Centre negou o conteúdo da carta.

Em 2006, depois de um conflito jurídico sobre o valor do aluguel, a British Airways e o South Bank Centre fizeram um acordo onde a London Eye deveria repassar pelo menos £500,000 por ano ao SBC, num contrato válido por 25 anos.

A London Eye entrou para o Guinness, como a maior roda-gigante do mundo. Mas em breve esse título deverá ser revogado, haja vista que há planos para construir uma roda-gigante de 170m de altura em Las Vegas e outra de 200m em Shanghai.

As estações do metrô mais próximas são Waterloo e Westminster.

Veja também

Panorama da vista da London Eye

Referências

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