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Paulo Arantes: diferenças entre revisões

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Antes de estudar Filosofia, Paulo Arantes estudou Física durante um ano. Em seguida, foi militante da JUC ([[Juventude Universitária Católica]]) por algum tempo, chegando a integrar a diretoria nacional em 1963. <ref>[http://www.faje.edu.br/periodicos/index.php/Sintese/article/download/338/633 Um depoimento sobre o Padre Vaz], por Paulo Eduardo Arantes. ''Síntese'', Belo Horizonte, v. 32, nº 102, 2005.</ref> Posteriormente decidiu cursar [[Filosofia]], graduando-se pela [[Universidade de São Paulo]] ([[1967]]). Obteve seu doutorado de '' Troisième Cycle'' pela [[Universidade de Paris|Universidade de Paris X - Nanterre]] em [[1973]], apresentando uma tese sobre Hegel, segundo o ponto de vista do jovem [[Marx]].
Antes de estudar Filosofia, Paulo Arantes estudou Física durante um ano. Em seguida, foi militante da JUC ([[Juventude Universitária Católica]]) por algum tempo, chegando a integrar a diretoria nacional em 1963. <ref>[http://www.faje.edu.br/periodicos/index.php/Sintese/article/download/338/633 Um depoimento sobre o Padre Vaz], por Paulo Eduardo Arantes. ''Síntese'', Belo Horizonte, v. 32, nº 102, 2005.</ref> Posteriormente decidiu cursar [[Filosofia]], graduando-se pela [[Universidade de São Paulo]] ([[1967]]). Obteve seu doutorado de '' Troisième Cycle'' pela [[Universidade de Paris|Universidade de Paris X - Nanterre]] em [[1973]], apresentando uma tese sobre Hegel, segundo o ponto de vista do jovem [[Marx]].


Foi Coordenador de Programa de Pós-Graduação do Departamento de Filosofia da USP (1984-1988). Especialista em [[História da Filosofia]], [[Filosofia Política]], [[Filosofia moderna|Moderna]] (particularmente a [[Filosofia alemã]]), Filosofia francesa [[Filosofia contemporânea|contemporânea]] e [[Teoria Crítica]]), é professor aposentado do Departamento de Filosofia da [[FFLCH-USP]].
Foi Coordenador de Programa de Pós-Graduação do Departamento de Filosofia da USP (1984-1988). Especialista em [[História da Filosofia]], [[Filosofia Política]], [[Filosofia moderna|Moderna]] (particularmente a [[Filosofia alemã]]), Filosofia francesa [[Filosofia contemporânea|contemporânea]] e [[Teoria Crítica]], é professor aposentado do Departamento de Filosofia da [[FFLCH-USP]].


Foi editor da revista ''Discurso'', órgão oficial do Departamento de Filosofia da USP<ref>[http://www.fflch.usp.br/df/site/publicacoes/discurso.php Site da revista ''Discurso'']</ref> (1976-1991). Dirigiu, com Iná Camargo Costa, a coleção ''Zero à Esquerda'' da [[Editora Vozes]] e atualmente coordena a Coleção ''Estado de Sítio'' da [[Boitempo]]. É autor de uma respeitável obra que associa o rigor da filosofia [[hegel]]iana e [[marxismo|marxista]] com análises [[Sociologia|sociológicas]] e [[Antropologia Cultural|antropológicas]] da realidade cultural do Brasil.
Foi editor da revista ''Discurso'', órgão oficial do Departamento de Filosofia da USP<ref>[http://www.fflch.usp.br/df/site/publicacoes/discurso.php Site da revista ''Discurso'']</ref> (1976-1991). Dirigiu, com Iná Camargo Costa, a coleção ''Zero à Esquerda'' da [[Editora Vozes]] e atualmente coordena a Coleção ''Estado de Sítio'' da [[Boitempo]]. É autor de uma respeitável obra que associa o rigor da filosofia [[hegel]]iana e [[marxismo|marxista]] com análises [[Sociologia|sociológicas]] e [[Antropologia Cultural|antropológicas]] da realidade cultural do Brasil.

Revisão das 05h03min de 10 de outubro de 2013

Paulo Eduardo Arantes (São Paulo, 1942) é um filósofo e importante pensador marxista brasileiro.

Antes de estudar Filosofia, Paulo Arantes estudou Física durante um ano. Em seguida, foi militante da JUC (Juventude Universitária Católica) por algum tempo, chegando a integrar a diretoria nacional em 1963. [1] Posteriormente decidiu cursar Filosofia, graduando-se pela Universidade de São Paulo (1967). Obteve seu doutorado de Troisième Cycle pela Universidade de Paris X - Nanterre em 1973, apresentando uma tese sobre Hegel, segundo o ponto de vista do jovem Marx.

Foi Coordenador de Programa de Pós-Graduação do Departamento de Filosofia da USP (1984-1988). Especialista em História da Filosofia, Filosofia Política, Moderna (particularmente a Filosofia alemã), Filosofia francesa contemporânea e Teoria Crítica, é professor aposentado do Departamento de Filosofia da FFLCH-USP.

Foi editor da revista Discurso, órgão oficial do Departamento de Filosofia da USP[2] (1976-1991). Dirigiu, com Iná Camargo Costa, a coleção Zero à Esquerda da Editora Vozes e atualmente coordena a Coleção Estado de Sítio da Boitempo. É autor de uma respeitável obra que associa o rigor da filosofia hegeliana e marxista com análises sociológicas e antropológicas da realidade cultural do Brasil.

Atualmente é pesquisador do Centro de Estudos dos Direitos da Cidadania, CENEDIC, um centro interdepartamental de pesquisa vinculado à Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP.

A partir dos anos 1990, segundo o filósofo Ruy Fausto, Arantes envereda por um discurso anti-filosófico e reducionista.[3][4]

Politicamente ativo, descreve-se como "um intelectual destrutivo". Atacou a intelligentsia brasileira em 2001, com o ensaio "Apagão", publicado na Folha de S.Paulo, no qual criticava a adesão dos intelectuais brasileiros ao governo Fernando Henrique Cardoso. Em 2003, num outro artigo, "Beijando a cruz", arrasou os adesistas à ortodoxia econômica do governo Lula. Finalmente, participou da criação do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). [5]

É casado com a filósofa Otília Beatriz Fiori Arantes e é pai do arquiteto Pedro Fiori Arantes.

Publicações

Paulo Arantes é autor de inúmeros capítulos de livros e artigos. Publicou os seguintes livros:

  • 1981 - Hegel: a ordem do tempo
  • 1992 - Um ponto cego no projeto moderno de Jürgen Habermas (com Otília Arantes)
  • 1992 - Sentimento da dialética
  • 1994 - Um departamento francês de ultramar
  • 1996 - Ressentimento da dialética
  • 1996 - O fio da meada
  • 1997 - Sentido da formação (com Otília Arantes)
  • 1997 - Diccionario de bolso do almanaque philosophico zero à esquerda
  • 2000 - Hegel: l'ordre du temps (publicação do original francês de sua tese de doutoramento)
  • 2004 - Zero à esquerda
  • 2007 - Extinção

Referências

  1. Um depoimento sobre o Padre Vaz, por Paulo Eduardo Arantes. Síntese, Belo Horizonte, v. 32, nº 102, 2005.
  2. Site da revista Discurso
  3. Marx: Lógica e Política, vol. 3. São Paulo: Editora 34, 2002.
  4. Entre Adorno e Lukács (dois livros de Paulo Arantes), por Ruy Fausto.
  5. Entrevista concedida a Márcia Tiburi (originalmente publicada pela revista Cult, 10 de janeiro de 2007).

Ligações externas