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Viana do Castelo: diferenças entre revisões

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A ocupação humana da região de Viana remonta ao [[Mesolítico]], conforme o testemunham inúmeros achados arqueológicos (anteriores à cidadela pré-romana) no Monte de Santa Luzia.
A ocupação humana da região de Viana remonta ao [[Mesolítico]], conforme o testemunham inúmeros achados arqueológicos (anteriores à cidadela pré-romana) no Monte de Santa Luzia.


A povoação de Viana recebera [[Carta de Foral]] de [[Afonso III de Portugal]] em [[18 de julho]] de [[1258]], tendo passado a chamar-se Viana da Foz do [[Rio Lima|Lima]]. Devido à prosperidade desde então adquirida, Viana tornou-se um importante entreposto comercial, vindo a ser edificada uma torre defensiva (a [[Forte de Santiago da Barra|Torre da Roqueta]]) com a função de repelir piratas oriundos da [[Galiza]] e do [[Norte de África]], os quais procuravam por este porto.<ref>In [http://pt.scribd.com/pjcaldeira Paulo Caldeira]</ref> O nome não está relacionada nem com Ana nem com raio que o parta.
A povoação de Viana recebera [[Carta de Foral]] de [[Afonso III de Portugal]] em [[18 de julho]] de [[1258]], tendo passado a chamar-se Viana da Foz do [[Rio Lima|Lima]]. Devido à prosperidade desde então adquirida, Viana tornou-se um importante entreposto comercial, vindo a ser edificada uma torre defensiva (a [[Forte de Santiago da Barra|Torre da Roqueta]]) com a função de repelir piratas oriundos da [[Galiza]] e do [[Norte de África]], os quais procuravam por este porto.<ref>In [http://pt.scribd.com/pjcaldeira Paulo Caldeira]</ref>


O próspero comércio marítimo com o norte da Europa envolvia a exportação de [[vinho]]s, frutas e [[sal]], e a importação de [[talher]]es, [[tecido]]s, [[tapeçaria]]s e [[vidro]]. O espírito comercial de Viana alcançou tais proporções que a rainha [[Maria II de Portugal]] concedera alvará à extinta Associação Comercial de Viana do Castelo em [[1852]]. A mesma soberana - para recompensar a lealdade da população de Viana, que não se rendera às forças do [[Francisco Xavier da Silva Pereira|conde das Antas]] ([[1847]]) - decidira elevar a vila à categoria de cidade com o nome de Viana do Castelo ([[20 de janeiro]] de [[1848]]). No século XX, tornou-se num dos principais portos portugueses da pesca do bacalhau <ref> SILVA, A. J. M. (2015), The fable of the cod and the promised sea. About portuguese traditions of bacalhau, in BARATA, F. T- and ROCHA, J. M. (eds.), Heritages and Memories from the Sea, Proceedings of the 1st International Conference of the UNESCO Chair in Intangible Heritage and Traditional Know-How: Linking Heritage, 14-16 January 2015. University of Evora, Évora, pp. 130-143. [https://www.academia.edu/15680102/The_fable_of_the_cod_and_the_promised_sea._About_portuguese_traditions_of_bacalhau PDF version]</ref>.[[Ficheiro:Igreja Matriz de Viana do Castelo, Portugal (3522465982).jpg|thumb|277x277px|A Sé de Viana do Castelo]]
O próspero comércio marítimo com o norte da Europa envolvia a exportação de [[vinho]]s, frutas e [[sal]], e a importação de [[talher]]es, [[tecido]]s, [[tapeçaria]]s e [[vidro]]. O espírito comercial de Viana alcançou tais proporções que a rainha [[Maria II de Portugal]] concedera alvará à extinta Associação Comercial de Viana do Castelo em [[1852]]. A mesma soberana - para recompensar a lealdade da população de Viana, que não se rendera às forças do [[Francisco Xavier da Silva Pereira|conde das Antas]] ([[1847]]) - decidira elevar a vila à categoria de cidade com o nome de Viana do Castelo ([[20 de janeiro]] de [[1848]]). No século XX, tornou-se num dos principais portos portugueses da pesca do bacalhau <ref> SILVA, A. J. M. (2015), The fable of the cod and the promised sea. About portuguese traditions of bacalhau, in BARATA, F. T- and ROCHA, J. M. (eds.), Heritages and Memories from the Sea, Proceedings of the 1st International Conference of the UNESCO Chair in Intangible Heritage and Traditional Know-How: Linking Heritage, 14-16 January 2015. University of Evora, Évora, pp. 130-143. [https://www.academia.edu/15680102/The_fable_of_the_cod_and_the_promised_sea._About_portuguese_traditions_of_bacalhau PDF version]</ref>.[[Ficheiro:Igreja Matriz de Viana do Castelo, Portugal (3522465982).jpg|thumb|277x277px|A Sé de Viana do Castelo]]

Revisão das 15h07min de 22 de novembro de 2016

Viana do Castelo

O porto de Viana do Castelo foi um dos mais importantes do país durante séculos.

Brasão de Viana do Castelo Bandeira de Viana do Castelo

Localização de Viana do Castelo

Gentílico Vianense, Vianês
Área 319,02 km²
População 88 725 hab. (2011)
Densidade populacional 278,1  hab./km²
N.º de freguesias 27
Presidente da
câmara municipal
José Maria Costa (PS)
Mandato 2013-2017
Fundação do município
(ou foral)
1258
Região (NUTS II) Norte
Sub-região (NUTS III) Alto Minho
Distrito Viana do Castelo
Província Minho
Orago Nossa Senhora da Agonia
Feriado municipal 20 de Agosto (Nossa Senhora da Agonia)
Código postal 4900 Viana do Castelo
Sítio oficial www.cm-viana-castelo.pt
Município de Portugal

Viana do Castelo é uma cidade portuguesa - com 38 045 habitantes[1] - situada no Distrito de Viana do Castelo, na Região Norte, e integrada na sub-região NUT III do Minho-Lima. A cidade é atualmente constituída pela União de Freguesias de Santa Maria Maior, Monserrate e Meadela, e os seus subúrbios estendem-se até às freguesias de Areosa e Darque.

É sede de um município - com 319,02 km² de área[2] e 88 725 habitantes (2011[3]) - subdividido em vinte e sete freguesias.[4] O concelho é limitado a norte pelo município de Caminha, a leste por Ponte de Lima, a sul por Barcelos e Esposende, e a oeste pelo Oceano Atlântico.

Pertence à rede das Cidades Cittaslow.

Até à sua elevação a cidade em 20 de janeiro de 1848, a atual Viana do Castelo chamava-se simplesmente "Viana" (também referida como "Viana da Foz do Lima" e "Viana do Minho", para diferenciá-la de Viana do Alentejo). Em 1977, fora elevada a sede de diocese católica.

História

Foi durante o reinado da D. Maria II que se mandou edificar a Linha do Minho que trouxe o comboio a Viana do Castelo.

A ocupação humana da região de Viana remonta ao Mesolítico, conforme o testemunham inúmeros achados arqueológicos (anteriores à cidadela pré-romana) no Monte de Santa Luzia.

A povoação de Viana recebera Carta de Foral de Afonso III de Portugal em 18 de julho de 1258, tendo passado a chamar-se Viana da Foz do Lima. Devido à prosperidade desde então adquirida, Viana tornou-se um importante entreposto comercial, vindo a ser edificada uma torre defensiva (a Torre da Roqueta) com a função de repelir piratas oriundos da Galiza e do Norte de África, os quais procuravam por este porto.[5]

O próspero comércio marítimo com o norte da Europa envolvia a exportação de vinhos, frutas e sal, e a importação de talheres, tecidos, tapeçarias e vidro. O espírito comercial de Viana alcançou tais proporções que a rainha Maria II de Portugal concedera alvará à extinta Associação Comercial de Viana do Castelo em 1852. A mesma soberana - para recompensar a lealdade da população de Viana, que não se rendera às forças do conde das Antas (1847) - decidira elevar a vila à categoria de cidade com o nome de Viana do Castelo (20 de janeiro de 1848). No século XX, tornou-se num dos principais portos portugueses da pesca do bacalhau [6].

A Sé de Viana do Castelo

População

Número de habitantes [7]
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
42 526 43 033 46 259 47 311 51 466 52 858 53 380 62 856 70 331 75 320 70 455 81 009 83 095 88 631 88 725

(Obs.: Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste concelho à data em que os censos se realizaram.)

Número de habitantes por Grupo Etário [8]
1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
0-14 Anos 14 848 16 534 16 768 18 066 20 876 22 013 24 675 22 125 22 106 17 712 14 062 12 496
15-24 Anos 8 411 8 860 9 318 10 448 11 281 13 048 12 707 11 990 14 897 13 859 13 350 9 573
25-64 Anos 19 127 20 486 21 197 22 798 25 631 28 484 31 470 29 510 34 676 40 404 46 921 49 321
= ou > 65 Anos 3 264 3 903 3 911 4 267 4 679 5 446 6 468 6 830 9 330 11 120 14 298 17 335
> Id. desconh 118 107 107 129 151

(Obs: De 1900 a 1950 os dados referem-se à população "de facto", ou seja, que estava presente no concelho à data em que os censos se realizaram. Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente)

Património

Na cidade - que cresceu ao longo do rio Lima - podem ser observados os estilos renascentista, manuelino, barroco e Art Déco. Na malha urbana destaca-se o centro histórico, que forma um circulo delimitado pelos vestígios das antigas muralhas. Aqui cruzam-se becos com artérias maiores viradas para o rio Lima, e destacam-se a antiga Igreja Matriz (catedral desde 1977), que remonta ao século XV, a Capela da Misericórdia (século XVI), a Capela das Almas, e o edifício da antiga Câmara Municipal, na Praça da Monarquia (antiga Praça da Rainha), com uma fonte em granito - com uma bacia de casal e tanque - construída por Inês Lopes, a Velha e terminada pelo seu filho João Lopes, Filho em 1559.

Fora do centro da cidade - em posição dominante no alto do Monte de Santa Luzia - destaca-se a Basílica do Sagrado Coração de Jesus ou de Santa Luzia, cuja construção fora iniciada em 1903 e inspirada na Basílica de Sacré Cœur em Paris, de onde se descortina uma ampla vista sobre a cidade, o estuário do rio Lima e o mar.

Eis alguns dos elementos patrimoniais de maior destaque de Viana do Castelo:

Cultura

O ciclo de festas no município começa no mês de maio, com a "Festa das Rosas de Vila Franca do Lima". Entretanto, o seu ponto alto é a tradicional "Romaria de Nossa Senhora da Agonia" (Senhora d'Agonia) no mês de agosto. A procissão ao mar e as ruas da Ribeira (enfeitadas com tapetes florais) são testemunhos da profunda devoção religiosa do povo vianense.

A etnografia tem o seu espaço no desfile e na "Festa do Traje Etnográfico", onde podem ser admirados os antigos trajes femininos ricamente adornados com as típicas filigranas da Póvoa de Lanhoso, autênticas obras de arte em ouro, que tomaram em Viana do Castelo a sua montra principal através dos peitos das lindas mulheres vianenses.

Desporto

Os principais clubes desportivos de Viana do Castelo são: o Sport Clube Vianense mais vocacionado para o futebol, a Associação Juventude de Viana dedicada ao Hóquei em patins, a Escola Desportiva de Viana que promove a Natação, canoagem, o hóquei em patins entre outros desportos.

Para além do futebol, Viana do Castelo tem equipas e associações de outras modalidades como o hóquei, basquetebol, andebol, atletismo, entre outros.

Política

Eleições autárquicas

Câmara Municipal

Partido % M % M % M % M % M % M % M % M % M % M % M
1976 1979 1982 1985 1989 1993 1997 2001 2005 2009 2013
PPD/PSD 31,7 3 36,0 4 41,4 5 34,9 3 31,0 3 31,0 3 26,6 3
PS 21,5 2 19,9 2 30,4 3 12,2 1 30,9 3 35,5 4 49,0 5 51,2 5 49,0 6 50,2 5 47,7 5
CDS-PP 17,4 1 12,5 1 7,3 13,9 1 8,4 1 4,6 4,3
FEPU/APU/CDU 17,2 1 21,5 2 18,8 2 16,7 1 12,1 1 11,0 1 7,5 9,8 1 5,5 6,6 10,6 1
AD 53,9 5 44,4 3
PRD 17,8 2 3,5
PSD-CDS 34,1 3 35,1 4

Freguesias

Freguesias do concelho de Viana do Castelo.

O concelho de Viana do Castelo está dividido em vinte e sete freguesias:

Acordos de geminação

Viana do Castelo tem acordos de geminação com: [9]

Referências

  1. INE - Censos 2011
  2. Instituto Geográfico Português, Carta Administrativa Oficial de Portugal (CAOP), versão 2013 (ficheiro Excel zipado). Acedido a 28/11/2013.
  3. INE (2012) – "Censos 2011 (Dados Definitivos)", "Quadros de apuramento por freguesia" (tabelas anexas ao documento: separador "Q101_NORTE"). Acedido a 27/07/2013.
  4. Diário da República, Reorganização administrativa do território das freguesias, Lei n.º 11-A/2013, de 28 de janeiro, Anexo I. Acedido a 19/07/2013.
  5. In Paulo Caldeira
  6. SILVA, A. J. M. (2015), The fable of the cod and the promised sea. About portuguese traditions of bacalhau, in BARATA, F. T- and ROCHA, J. M. (eds.), Heritages and Memories from the Sea, Proceedings of the 1st International Conference of the UNESCO Chair in Intangible Heritage and Traditional Know-How: Linking Heritage, 14-16 January 2015. University of Evora, Évora, pp. 130-143. PDF version
  7. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
  8. INE - http://censos.ine.pt/xportal/xmain?xpid=CENSOS&xpgid=censos_quadros
  9. In Associação Nacional de Municípios Portugueses

SILVA, A. J. M. (2015), The fable of the cod and the promised sea. About portuguese traditions of bacalhau, in BARATA, F. T- and ROCHA, J. M. (eds.), Heritages and Memories from the Sea, Proceedings of the 1st International Conference of the UNESCO Chair in Intangible Heritage and Traditional Know-How: Linking Heritage, 14-16 January 2015. University of Evora, Évora, pp. 130-143. PDF version

Ligações externas

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