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Adolfo Aizen: diferenças entre revisões

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Introdução
Introdução
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Aizen, que é tido por muitos como o "pai dos quadrinhos no Brasil", foi um dos principais responsáveis pela introdução no Brasil das [[Banda Desenhada|histórias em quadrinhos]] norte-americanas, como ''[[Mandrake]]'', ''[[Tarzan]]'', ''[[Dick Tracy]]'', ''[[Príncipe Valente]]'' e ''[[Flash Gordon]]''.
Aizen, que é tido por muitos como o "pai dos quadrinhos no Brasil", foi um dos principais responsáveis pela introdução no Brasil das [[Banda Desenhada|histórias em quadrinhos]] norte-americanas, como ''[[Mandrake]]'', ''[[Tarzan]]'', ''[[Dick Tracy]]'', ''[[Príncipe Valente]]'' e ''[[Flash Gordon]]''.


Sempre acreditou-se que Aizen nasceu em [[Juazeiro (Bahia)|Juazeiro]], na [[Bahia]]. Mas o escritor [[Gonçalo Junior]] afirma em seu livro ''A Guerra dos Gibis'', de 2004, que Adolfo Aizen era um [[judeu]] [[Russos|russo]] nascido em [[Ekaterinoslav]], atual Dnipro na [[Ucrânia]], e não baiano (embora tenha morado na [[Salvador (Bahia)|Salvador]] e nunca esteve em Juazeiro). Esse fato tem grande importância porque naquela época um estrangeiro não podia ser proprietário de uma empresa de comunicação no Brasil.<ref name="Guerra"/>
Sempre acreditou-se que Aizen nasceu em [[Juazeiro (Bahia)|Juazeiro]], na [[Bahia]]. Mas o escritor [[Gonçalo Junior]] afirma em seu livro ''A Guerra dos Gibis'', de 2004, que Adolfo Aizen era um [[judeu]] [[Russos|russo]] nascido em [[Ekaterinoslav]], atual Dnipro na [[Ucrânia]], e não baiano (embora tenha morado em [[Salvador (Bahia)|Salvador]] e nunca esteve em Juazeiro). Esse fato tem grande importância porque naquela época um estrangeiro não podia ser proprietário de uma empresa de comunicação no Brasil.<ref name="Guerra"/>


Aos 15 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro. Em 1933, começa a trabalhar na editora "[[O Malho]]", responsável pela revista [[O Tico-Tico]].<ref name="Guerra">{{Citar livro|autor=[[Gonçalo Junior]]|título=[[A Guerra dos Gibis - a formação do mercado editorial brasileiro e a censura aos quadrinhos, 1933-1964]]|editor=[[Editora Companhia das Letras]] |data=2004 |isbn=9788535905823}}</ref> Em 1934 lança o histórico "[[Suplemento Juvenil]]", com histórias de personagens dos quadrinhos americanos cujos direitos autorais pertenciam a ''[[King Features Syndicate]]''<ref>{{citar web|url=http://www.universohq.com/reviews/flash-gordon-planeta-mongo/|titulo=Flash Gordon no Planeta Mongo (Ebal)|autor=Toni Rodrigues|data=19/12/2008|publicado=[[Universo HQ]]}}</ref>. Era suplemento, porque acompanhava um jornal (no caso, o jornal [[A Nação]]), da forma como faziam os [[Pranchas dominicais|jornais]] de [[Nova Iorque]], com grande êxito.<ref name="Guerra"/> Com as ótimas vendas, o suplemento passou a circular pela editora "Grande Consórcio de Suplementos Nacionais", fundada por Aizen.<ref name="Guerra"/> O dono do jornal [[O Globo]] ([[Roberto Marinho]]) havia recusado a ideia de Aizen, mas quando viu o sucesso da concorrência, resolveu lançar também um suplemento infantil, que chamou de "[[O Globo Juvenil]]".
Aos 15 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro. Em 1933, começa a trabalhar na editora "[[O Malho]]", responsável pela revista [[O Tico-Tico]].<ref name="Guerra">{{Citar livro|autor=[[Gonçalo Junior]]|título=[[A Guerra dos Gibis - a formação do mercado editorial brasileiro e a censura aos quadrinhos, 1933-1964]]|editor=[[Editora Companhia das Letras]] |data=2004 |isbn=9788535905823}}</ref> Em 1934 lança o histórico "[[Suplemento Juvenil]]", com histórias de personagens dos quadrinhos americanos cujos direitos autorais pertenciam a ''[[King Features Syndicate]]''<ref>{{citar web|url=http://www.universohq.com/reviews/flash-gordon-planeta-mongo/|titulo=Flash Gordon no Planeta Mongo (Ebal)|autor=Toni Rodrigues|data=19/12/2008|publicado=[[Universo HQ]]}}</ref>. Era suplemento, porque acompanhava um jornal (no caso, o jornal [[A Nação]]), da forma como faziam os [[Pranchas dominicais|jornais]] de [[Nova Iorque]], com grande êxito.<ref name="Guerra"/> Com as ótimas vendas, o suplemento passou a circular pela editora "Grande Consórcio de Suplementos Nacionais", fundada por Aizen.<ref name="Guerra"/> O dono do jornal [[O Globo]] ([[Roberto Marinho]]) havia recusado a ideia de Aizen, mas quando viu o sucesso da concorrência, resolveu lançar também um suplemento infantil, que chamou de "[[O Globo Juvenil]]".

Revisão das 13h55min de 23 de outubro de 2017

Adolfo Aizen
Адолф Аизен
Nascimento 10 de junho de 1907
Ekaterinoslav,  Ucrânia
Morte 10 de maio de 1991 (83 anos)
Rio de Janeiro,  Brasil
Filho(a)(s) Paulo Adolfo Aizen
Naumin Aizen
Ocupação jornalista e editor

Adolfo Aizen (em russo: Адолф Аизен; Ekaterinoslav, 10 de junho de 1907Rio de Janeiro, 10 de maio de 1991) foi um jornalista e editor russo, naturalizado brasileiro.

Aizen, que é tido por muitos como o "pai dos quadrinhos no Brasil", foi um dos principais responsáveis pela introdução no Brasil das histórias em quadrinhos norte-americanas, como Mandrake, Tarzan, Dick Tracy, Príncipe Valente e Flash Gordon.

Sempre acreditou-se que Aizen nasceu em Juazeiro, na Bahia. Mas o escritor Gonçalo Junior afirma em seu livro A Guerra dos Gibis, de 2004, que Adolfo Aizen era um judeu russo nascido em Ekaterinoslav, atual Dnipro na Ucrânia, e não baiano (embora tenha morado em Salvador e nunca esteve em Juazeiro). Esse fato tem grande importância porque naquela época um estrangeiro não podia ser proprietário de uma empresa de comunicação no Brasil.[1]

Aos 15 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro. Em 1933, começa a trabalhar na editora "O Malho", responsável pela revista O Tico-Tico.[1] Em 1934 lança o histórico "Suplemento Juvenil", com histórias de personagens dos quadrinhos americanos cujos direitos autorais pertenciam a King Features Syndicate[2]. Era suplemento, porque acompanhava um jornal (no caso, o jornal A Nação), da forma como faziam os jornais de Nova Iorque, com grande êxito.[1] Com as ótimas vendas, o suplemento passou a circular pela editora "Grande Consórcio de Suplementos Nacionais", fundada por Aizen.[1] O dono do jornal O Globo (Roberto Marinho) havia recusado a ideia de Aizen, mas quando viu o sucesso da concorrência, resolveu lançar também um suplemento infantil, que chamou de "O Globo Juvenil".

Aizen não gostou que a palavra "juvenil" tivesse sido usada e lançou uma revista no formato Standard chamada "O Lobinho", para evitar que seu concorrente utilizasse Globinho, segundo conta-se[1]. A revista "O Gibi" também foi lançada (1939) para competir com a revista Mirim, de Aizen (primeira revista usar o formato "comic book" no Brasil, lançada em 1937).[1]

Em 1945, Aizen funda a editora de revistas infantis Editora Brasil-América Limitada (EBAL), pioneira na introdução de temas e heróis brasileiros nas histórias em quadrinhos.

Em 1947 a Ebal inicia a publicação da revista em quadrinhos "O Heroi" (sem acento). No primeiro número havia quadrinhos das revista americana "Rangers Comics" (Sky Rangers ou "Patrulheiros do Ar", "Amazona dos Cabelos de Fogo" e "Glória (do original "Glory) Forbes") e da Movie Comics ("John Danger", detetive de Hollywood), ambas da editora Fiction House, além das primeiras tiras (reformatadas) da King Features Tommy of the Big Top (lançada como "Fred e Nancy no circo") [3]. Em novembro de 1947 lançou "Superman", o título mais duradouro da editora.

Teve três filhos, dois dos quais trabalharam com ele, como diretores, na EBAL: Paulo Adolfo Aizen (como diretor-gerente) e Naumin Aizen (como diretor-editorial).

Referências

Ligações externas