Carapapaques: diferenças entre revisões
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O Carapapaquistão foi assentado pela primeira vez por oguzes nos anos 1000, e nos anos 1480 grupos quipechaques e azeris também se instalaram ali. Estes grupos gradualmente desenvolveram uma identidade separada dos grupos vizinhos. Em 1555, a região ficou sob controle do [[Império Safávida]] do Irã, e entre 1604 e 1755 surgiu o {{ilc|Sultanato de Borchali||Sultanato de Borçali}} que existiu sob governo nominal persa. Em 1762, boa parte da região caiu sob domínio do nascente [[Reino de Cártlia-Caquécia]]. Muitos carapapaques fugiram ao [[Império Otomano]] após a expansão russa para o [[Cáucaso]] em 1813-1828. Os conflitos russo-turcos subsequentes terminaram com a anexação russa de vários territórios carapapaques.<ref name=Mi203 /> |
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No censo soviético de 1926, foram contabilizados separadamente, mas não foram mencionados nos censos subsequentes. Durante a [[Segunda Guerra Mundial]], muitos foram deportados à [[Ásia Central]] e nos anos 50 sua assimilação na cultura azeri se tornou uma política oficial soviética. Com o [[Colapso da União Soviética]] em 1991, grupos carapapaques da Geórgia reivindicaram sua autonomia, e por volta dos anos 2000 ativistas exigiram a unificação de todos os carapapaques num Estado unificado de nome Carapapaquistão ou República de Borchali (''Borçali Cuhmuriyeti''). Desde 2011, a maior associação nacionalista deste grupo adotou a bandeira do extinto [[Governo Interino do Sudoeste do Cáucaso]] que existiu entre 1918 e 1919.<ref name=Mi203 /> |
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Revisão das 04h51min de 4 de outubro de 2021
Carapapaque | ||||||||||||
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Grupo de cavaleiros carapapaques do Império Otomano (1901) | ||||||||||||
População total | ||||||||||||
300 000-700 000 (2015)[1] | ||||||||||||
Regiões com população significativa | ||||||||||||
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Línguas | ||||||||||||
Carapapaque dili[1] | ||||||||||||
Religiões | ||||||||||||
xiismo duodecimano[1] |
Os carapapaques (em azeri: Qarapapaqlar, Tərəkəmələr; em turco: Karapapaklar) são um grupo subétnico turco de origens mistas oguzes, quipechaques e azeris que habitam o Carapapaquistão, uma região do norte do Cáucaso dividida entre a região da Ibéria Inferior na Geórgia, parte dos distritos de Agstafa e Cazaque no Azerbaijão, dos distritos setentrionais de Tavuxe e Lorri na Armênia e as províncias de Ardaã, Cars e Agri na Turquia.[1]
O Carapapaquistão foi assentado pela primeira vez por oguzes nos anos 1000, e nos anos 1480 grupos quipechaques e azeris também se instalaram ali. Estes grupos gradualmente desenvolveram uma identidade separada dos grupos vizinhos. Em 1555, a região ficou sob controle do Império Safávida do Irã, e entre 1604 e 1755 surgiu o Sultanato de Borchali que existiu sob governo nominal persa. Em 1762, boa parte da região caiu sob domínio do nascente Reino de Cártlia-Caquécia. Muitos carapapaques fugiram ao Império Otomano após a expansão russa para o Cáucaso em 1813-1828. Os conflitos russo-turcos subsequentes terminaram com a anexação russa de vários territórios carapapaques.[1]
No censo soviético de 1926, foram contabilizados separadamente, mas não foram mencionados nos censos subsequentes. Durante a Segunda Guerra Mundial, muitos foram deportados à Ásia Central e nos anos 50 sua assimilação na cultura azeri se tornou uma política oficial soviética. Com o Colapso da União Soviética em 1991, grupos carapapaques da Geórgia reivindicaram sua autonomia, e por volta dos anos 2000 ativistas exigiram a unificação de todos os carapapaques num Estado unificado de nome Carapapaquistão ou República de Borchali (Borçali Cuhmuriyeti). Desde 2011, a maior associação nacionalista deste grupo adotou a bandeira do extinto Governo Interino do Sudoeste do Cáucaso que existiu entre 1918 e 1919.[1]
Referências
Bibliografia
- Minahan, James. Encyclopedia of Stateless Nations: Ethnic and National Groups Around the World 2.ª ed. Santa Bárbara, Califórnia: ABC-CLIO