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O termo '''Terror'''{{Nota de rodapé|Em francês: ''Terreur''. Também são utilizados os termos '''Período do Terror'''; '''Reinado do Terror'''; '''Terror Jacobino''', entre outros}} na historiografia da Revolução Francesa é geralmente utilizado para denominar o período e os atos de violência política ocorridos durante o governo de aliança entre [[Jacobinismo|jacobinos]] e ''[[Sans-culottes|sans-cullotes]],'' isso é: entre a queda dos [[Girondino|girondinos]] e a [[Reação termidoriana|Reação Termidoriana]]: ou seja, mais ou menos entre meados de [[1793]] (ou ano I do calendário revolucionário) e [[27 de julho]] de [[1794]] (ou 9 de Termidor do ano II). |
O termo '''Terror'''{{Nota de rodapé|Em francês: ''Terreur''. Também são utilizados os termos '''Período do Terror'''; '''Reinado do Terror'''; '''Terror Jacobino''', entre outros}} na historiografia da Revolução Francesa é geralmente utilizado para denominar o período e os atos de violência política ocorridos durante o governo de aliança entre [[Jacobinismo|jacobinos]] e ''[[Sans-culottes|sans-cullotes]],'' isso é: entre a queda dos [[Girondino|girondinos]] e a [[Reação termidoriana|Reação Termidoriana]]: ou seja, mais ou menos entre meados de [[1793]] (ou ano I do calendário revolucionário) e [[27 de julho]] de [[1794]] (ou 9 de Termidor do ano II). |
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Terror | |||
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c. 1793 – 27 de julho de 1794 | |||
Jornada de 16 de outubro de 1793, gravura de Isidore Stanislas Helman (1794) representando a execução de Maria Antonieta pela guilhotina | |||
Localização | Primeira República Francesa | ||
Duração | c. 1 ano | ||
Cronologia
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O termo Terror[nota 1] na historiografia da Revolução Francesa é geralmente utilizado para denominar o período e os atos de violência política ocorridos durante o governo de aliança entre jacobinos e sans-cullotes, isso é: entre a queda dos girondinos e a Reação Termidoriana: ou seja, mais ou menos entre meados de 1793 (ou ano I do calendário revolucionário) e 27 de julho de 1794 (ou 9 de Termidor do ano II).
Os jacobinos chegaram ao poder em junho de 1793 e apresentaram, pouco tempo após à sua ascensão, o texto de uma nova constituição para a França, que, aprovada por 1,8 milhão de votos em um plebiscito, foi imediatamente suspensa pela Convenção Nacional sob o argumento de que a sua aplicação antes da derrota dos contrarrevolucionários poria em risco a própria revolução.[1] Nesse meio tempo, o Comitê de Salvação Pública, associado ao Comitê de Segurança Geral e aos diversos Comitês de Vigilância que atuavam regionalmente, assumiu a tarefa de defender a revolução contra os seus inimigos internos e externos.[2][3]
O período foi marcado por uma grande mobilização social e econômica da França no esforço de guerra, que passou a contar com o maior exército da sua história até então (750 mil homens), ao mesmo tempo em que se cedia a algumas das demandas das alas mais radicais dos sans-cullotes, que exigiam um combate mais radical contra os contrarrevolucionários. Em setembro de 1793, a constituição foi formalmente suspensa e se instaurou o estado de exceção "até a paz".[4] Nessa esteira foram aprovadas, também, a Lei dos Suspeitos e a Lei dos Estrangeiros. Entre junho de 1793 e julho de 1794, 16 594 pessoas foram executadas e, se somadas às pessoas que morreram sumariamente ou enquanto estavam detidas, estima-se que o número de mortos durante esse período chegue a 40 mil pessoas.[5][6][7]
Historiografia do "Terror"
Antes da tomada do poder pelos termidorianos, a palavra "terror" era utilizada de formas variadas, podendo significar coisas como pavor, maravilhamento ou, até, violência.[8] O uso do termo "Terror" para se referir ao período de governo jacobino data de pouco após a tomada de poder pelos termidorianos. Segundo essa interpretação, os jacobinos e, principalmente, o seu "líder", Maximilien de Robespierre, teriam instituído uma política de Estado voltada à institucionalização do Terror. Nessa toada, no século XIX, historiadores mais críticos da Revolução Francesa passaram a defender que o "Terror" caracterizou todo o movimento desde 1789, enquanto que, no século XX, pensadores como Hannah Arendt passaram a defender que o Terror, assim como os regimes fascistas, se inseria na chave do totalitarismo.[9]
Atualmente, essas visões que tratam o Terror como um projeto de Estado estão sendo questionadas pela historiografia. O historiador Jean-Clement Martin, por exemplo, defende que, durante o governo jacobino, os atos empregados contra os ditos "inimigos" da Revolução não constituíam uma diretiva oficial do governo revolucionário no sentido da institucionalização da violência, mas sim um fenômeno mais descentralizado inserido no contexto da guerra civil e da miséria daquele momento.[10][8]
Referências
- ↑ Bluche, Rials & Tulard 2009, pp. 107-110.
- ↑ Carvalho 2022, pp. 125 - 127.
- ↑ Bluche, Rials & Tulard 2009, pp. 116-117.
- ↑ Bluche, Rials & Tulard 2009, pp. 117.
- ↑ Carvalho 2022, p. 134.
- ↑ «Reign of Terror | History, Significance, & Facts». Encyclopedia Britannica (em inglês). Consultado em 21 de agosto de 2020
- ↑ Linton, Marisa. «The Terror in the French Revolution» (PDF). Kingston University. Consultado em 28 de fevereiro de 2019. Arquivado do original (PDF) em 17 de janeiro de 2012
- ↑ a b Carvalho, Daniel Gomes de. «O pensamento radical de Thomas Paine (1793-1797): artífice e obra da Revolução Francesa». Consultado em 3 de outubro de 2022
- ↑ Carvalho 2022, pp. 136; 138.
- ↑ Carvalho 2022, p. 137.
Notas
- ↑ Em francês: Terreur. Também são utilizados os termos Período do Terror; Reinado do Terror; Terror Jacobino, entre outros
Bibliografia
- Bluche, Frédéric; Rials, Stéphane; Tulard, Jean (2009). Revolução Francesa. Traduzido por Rejane Janowitzer. Porto Alegre: L&PM
- Carvalho, Daniel Gomes de (2022). Revolução Francesa. São Paulo: Contexto
- Carvalho, Daniel Gomes de (2022). Revolução Francesa. Col: Temas Fundamentais. São Paulo: Contexto
- Vovelle, Michel (2012). A Revolução Francesa. Traduzido por Mariana Echalar. São Paulo: Editora Unesp