João Pessoa
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Município do Brasil | |||
Do topo, em sentido horário: Bairro de Manaíra á noite; picãozinho na Praia de Tambaú; Fachada da Sede do Tribunal de Justiça da Paraíba; Estação Cabo Branco; Visão da orla marítima de João Pessoa; Centro Cultural São Francisco no Centro Histórico de João Pessoa; Praia do Cabo Branco, com visão para o Bairro do Altiplano. | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Lema | Intrepida ab origine "Intrépida desde a origem" | ||
Gentílico | pessoense | ||
Localização | |||
Localização de João Pessoa na Paraíba | |||
Localização de João Pessoa no Brasil | |||
Mapa de João Pessoa | |||
Coordenadas | 7° 05′ 00″ S, 34° 50′ 00″ O | ||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Paraíba | ||
Região metropolitana | João Pessoa | ||
Municípios limítrofes | Cabedelo (N), Conde (S), Bayeux e Santa Rita (O). | ||
Distância até a capital | 2 230 km[1] | ||
História | |||
Fundação | 5 de agosto de 1585 (439 anos) | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Luciano Cartaxo (PV, 2017–2020) | ||
Características geográficas | |||
Área total [2] | 211,475 km² | ||
População total (estatísticas IBGE/2018[3]) | 800 323 hab. | ||
• Posição | PB: 1° | ||
Densidade | 3 784,5 hab./km² | ||
Clima | tropical (As') | ||
Altitude | 40 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2010[4]) | 0,763 — alto | ||
• Posição | PB: 1º | ||
PIB (IBGE/2016[5]) | R$ 18 716 855,39 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2016[5]) | R$ 23 345,93 | ||
Sítio | www.joaopessoa.pb.gov.br (Prefeitura) www.cmjp.pb.gov.br (Câmara) |
João Pessoa é um município brasileiro, capital e principal centro financeiro e econômico do estado da Paraíba. Com população, estimada em 2018, de 800 323 habitantes, a capital paraibana é a oitava cidade mais populosa da Região Nordeste e a 23ª do Brasil, sendo, no seu estado, o município mais populoso. Pertence à Região Geográfica Imediata de João Pessoa e à Região Geográfica Intermediária de João Pessoa.[6] A Região Metropolitana de João Pessoa, formada por João Pessoa e mais onze municípios, tem uma população estimada em 2018 de 1 099 360 pessoas, a 23.ª mais populosa do Brasil.[7]
Fundada em 1585 com o nome de "Cidade Real de Nossa Senhora das Neves", João Pessoa é a terceira capital de estado mais antiga do Brasil, tendo já sido fundada com título de cidade.[8] Anteriormente chamada Frederikstad, foi uma das duas principais cidades da Nova Holanda, junto com Mauritsstadt (a atual Recife), na segunda metade do século XVII. Possui antigo e vasto patrimônio histórico, similar ao de Olinda.[9]
É conhecida como "Porta do Sol", devido ao fato de, no município, estar localizada a Ponta do Seixas, que é o ponto mais oriental das Américas, o que faz a cidade ser conhecida como o lugar "onde o sol nasce primeiro no continente americano".[10] Durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, João Pessoa recebeu o título de "segunda capital mais verde do mundo", ficando atrás apenas de Paris, na França.[11] É ainda a cidade mais verde do Brasil, muito por conta do Jardim Botânico Benjamim Maranhão, localizado na área central da cidade com 515 hectares de mata atlântica preservada, constituindo a maior floresta semiequatorial nativa plana densamente cercada por área urbana do mundo.[12] Foi considerada pela organização International Living como uma das melhores cidades do mundo para se desfrutar a aposentadoria. No ranking feito pela organização, a capital paraibana surge ao lado de Fortaleza como as únicas cidades brasileiras citadas na lista.[13] Dados de 2000 mostram João Pessoa como a capital menos desigual do Nordeste, segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, com o coeficiente de gini de 0,630, embora tal índice seja considerado "muito alto" de acordo com a ONU.[14] É, portanto, uma das capitais de melhor qualidade de vida do Nordeste.[15]
A cidade capital teve o seu centro histórico tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 2007.[16][17] Inscrito nos seguintes Livros do Tombo: Histórico e Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico. Seu tombamento foi em circunstância de ser uma das primeiras cidades fundadas no Brasil. Entre as construções que estão presentes, no centro histórico da capital paraibana, destacam-se vários prédios de diferentes períodos da história, como o estilo maneirista da Igreja da Misericórdia;[18] o art-nouveau e o art-déco, do século XX, predominantes na Praça Anthenor Navarro, e Hotel Globo, o barroco da Igreja da Ordem Terceira de São Francisco;[19] a arquitetura colonial e eclética do casario civil, e o rococó da Igreja de Nossa Senhora do Carmo;[20] destaca-se também no centro histórico a Basilica de Nossa Senhora das Neves;[21] o Mosteiro de São Bento,[22] cuja construção do mosteiro data do século XVII, e da igreja, do século XVIII, sendo um dos mais importantes do país, no seu estilo e de sua época; a Igreja de São Frei Pedro Gonçalves,[23] valendo acentuar que durante a restauração feita na igreja em 2000, foi encontrado muralhas em pedras calcárias, possivelmente do forte do varadouro construído no século XVI, e o mesmo foi preservado porque está soterrado;[24] e o Teatro Santa Roza,[25] o terceiro mais antigo do Brasil.
Recebeu em 2017 o título de cidade criativa pela Unesco,[26] colocando João Pessoa como "Cidade Brasileira do Artesanato". O reconhecimento de João Pessoa a coloca na rota turística brasileira por sua arte popular. Esse reconhecimento teve grande contribuição e influência, devido ao projeto sereias da Penha;[27] onde mulheres artesãs realizam o trabalho manual, dialogando com o design, moda, economia criativa, destacando a arte com escamas de peixe em fios de cobre.
História
Por volta do ano 1000, os índios tapuias que habitavam a região foram expulsos para o interior do continente devido à chegada de povos tupis procedentes da Amazônia. No século XVI, quando chegaram os primeiros europeus,esta região constituía a fronteira entre os territórios das tribos tupis dos potiguaras (que se localizavam ao norte) e dos tabajaras (que se localizavam ao sul).[28] Estes últimos se aliaram aos colonizadores portugueses, enquanto que os primeiros se tornaram ferrenhos adversários destes.[29]
No dia 5 de agosto de 1585, os colonizadores portugueses fundaram a "Cidade Real de Nossa Senhora das Neves" numa colina às margens do rio Sanhauá, um afluente do rio Paraíba, 18 quilômetros acima da foz deste último.[30] Em 1588, a cidade adquiriu o nome de "Filipeia de Nossa Senhora das Neves", em homenagem ao rei Filipe, que, na época, acumulava os tronos da Espanha e de Portugal.[31]
Logo após a sua conquista pelos Países Baixos, a cidade passou a se chamar Frederikstad, a partir de 1634.[31] Depois do declínio da Nova Holanda e com a saída dos neerlandeses, a cidade adquiriu o nome de "Cidade da Parahyba" em 1654.[31]
Sua denominação atual, "João Pessoa", é uma homenagem ao político paraibano João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque, assassinado em 1930 na cidade do Recife, quando era presidente do estado e concorria, como candidato a vice-presidente da República, na chapa de Getúlio Vargas. O fato causou grande comoção popular, sendo o estopim da Revolução de 1930, embora se discuta se realmente houve motivação política no ato, que foi executado por João Duarte Dantas, advogado cujo escritório fora invadido por tropas governamentais, tendo sido suas cartas à professora Anayde Beiriz trazidas a público.
A Assembleia Legislativa Estadual aprovou a mudança do nome da capital em 4 de setembro de 1930. Há algum tempo, cidadãos pessoenses discutem a possibilidade de rever a homenagem e substituir o nome de João Pessoa por outro, entre os quais figuram "Paraíba", "Filipeia" e "Cabo Branco",[32] sendo que alguns movimentos até manifestam apoio à ideia de um plebiscito para tal nomenclatura ou uma consulta popular, como faz atualmente o "Coletivo Cultural Anayde Beiriz", projeto em andamento do Movimento Paraíba Capital Parahyba;[32][33] entre outros argumentos, alega-se que a mudança de nome (assim como a alteração da bandeira estadual), em 1930, foi realizada em um momento de comoção e de instabilidade social, quando vários adversários políticos do grupo de João Pessoa foram presos e mortos. Acrescenta-se ainda que não há consenso sobre as virtudes de Pessoa e de gestor público as quais confeririam o mérito ao ex-presidente da Paraíba (na época, denominação para o cargo de governador) para tal homenagem. De outra parte, os defensores da manutenção do nome argumentam que João Pessoa foi político exemplar e que combateu o coronelismo e as oligarquias.
A cidade de João Pessoa nasceu nas margens do rio Sanhauá, a partir de onde subiu as ladeiras em direção ao que hoje é o Centro. A expansão urbana ocupou a antiga área rural. A partir da segunda metade dos anos 1960, com a ocupação da orla marítima, a economia da área perdeu um pouco de sua importância de outrora. No que diz respeito à arquitetura, os bairros do Centro comportam a maior parte das áreas que são objeto de tombamento pelos órgãos de proteção ao patrimônio: dentre elas, o Centro Histórico, Rua das Trincheiras e as proximidades da Rua Odon Bezerra, no bairro de Tambiá.
Geografia
A cidade localiza-se na porção mais oriental das Américas e do Brasil, com longitude oeste de 34º47'30" e latitude sul de 7º09'28. O local é conhecido como a Ponta do Seixas. A altitude média em relação ao nível do mar é de 37 metros, com altitude máxima de 74 metros nas proximidades do rio Mumbaba, predominando em seu sítio urbano terrenos planos com cotas da ordem de 10 metros, na área inicialmente urbanizada.
De acordo com a divisão regional vigente desde 2017, instituída pelo IBGE,[34] o município pertence às Regiões Geográficas Intermediária e Imediata de João Pessoa.[35] Até então, com a vigência das divisões em microrregiões e mesorregiões, fazia parte da microrregião de João Pessoa, que por sua vez estava incluída na mesorregião da Mata Paraibana.[36]
Hidrografia
Em João Pessoa, existem cerca de doze rios. O Rio Jaguaribe nasce no conjunto Esplanada, cruza o Jardim Botânico Benjamim Maranhão, no meio da Mata do Buraquinho, e desemboca no Oceano Atlântico na divisa com o município de Cabedelo. A água para abastecimento das casas é retirada do sistema Gramame-Mumbaba, da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba. Nesse sistema, esses dois rios se revezam no fornecimento de água para a cidade. Entretanto, o rio mais importante historicamente é o Rio Sanhauá, pois foi nas suas margens que nasceu a cidade e onde foram construídas as primeiras casas.[37] Também há a Lagoa do Parque Sólon de Lucena no Centro da Cidade. A lagoa foi o principal ponto turístico da cidade durante a época em que a maior parte da cidade se encontrava longe das praias. No fim de 2010, nas comemorações do natal, a lagoa foi revitalizada e ganhou artifícios como música ambiente.
A capital paraibana conta com um litoral de cerca de 24 quilômetros de extensão, nove praias só no município, fora as praias da Região Metropolitana, a exemplo da cidade de Cabedelo, da cidade de Lucena e do distrito de Jacumã no município do Conde, onde se localiza a Praia Naturista de Tambaba. As praias urbanas têm, como características, praias de areias brancas e águas cristalinas. Muitas têm Mata Atlântica preservada, além de serem ótimas para banho graças a uma barreira natural a cerca de 6 quilômetros da costa que protege grande parte do litoral pessoense e de Cabedelo, permitindo que crianças brinquem na água tranquilas. Existe o Projeto Tartarugas Urbanas, que atua nas praias do Bessa e Intermares, área onde ocorre a desova da tartaruga-de-pente, cenário de preservação ambiental. Na cidade, também há prática de surfe.
Dentre as principais praias, pode-se citar a Praia de Tambaú, que tem cerca de 8 quilômetros de extensão, sendo composta de areia batida e fina, com águas de cor verde-azulada, e também a Praia de Manaíra, uma praia totalmente urbana, formada por recifes, o que torna as suas ondas fracas, e por águas claras no verão. É ponto de vários quiosques e bares, contando com quadras de esportes na sua orla.
Clima
Recordes mensais de precipitação em 24 horas registrados em João Pessoa por meses (INMET)[38][39][40] | |||||
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Mês | Acumulado | Data | Mês | Acumulado | Data |
Janeiro | 118,2 mm | 24/01/2012 | Julho | 177,6 mm | 07/07/2023 |
Fevereiro | 152,6 mm | 27/02/2021 | Agosto | 191 mm | 11/08/1970 |
Março | 158,4 mm | 17/03/1939 | Setembro | 189,6 mm | 04/09/2013 |
Abril | 187 mm | 23/04/1972 | Outubro | 113 mm | 15/10/1971 |
Maio | 189 mm | 14/05/2021 | Novembro | 49,6 mm | 14/11/2009 |
Junho | 194 mm | 18/06/1986 | Dezembro | 87,4 mm | 29/12/2015 |
Período: 1931-presente |
O clima de João Pessoa é tropical úmido (tipo Am na classificação climática de Köppen-Geiger),[41] com índices relativamente elevados de umidade do ar, e temperaturas médias anuais em torno dos 27 °C. O índice pluviométrico anual é superior a 1 900 mm, concentrados entre os meses de abril e julho.[42]
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período de 1961 a 1970, 1973 a 1979, 1981 a 1983 e a partir de 1986, a menor temperatura registrada em João Pessoa foi de 15 °C em 13 de agosto de 1969,[43] e a maior atingiu 34,8 °C em 26 de abril do mesmo ano.[44] O maior acumulado de precipitação registrado em 24 horas foi de 194 mm em 18 de junho de 1986. Alguns outros grandes acumulados foram 191 mm em 11 de agosto de 1970, 186,2 mm em 8 de abril de 1964, 186 mm em 30 de maio de 1996, 168,2 mm em 26 de junho de 2000, 165 mm em 20 de maio de 2011, 159,2 mm em 4 de setembro de 2013, 151,6 mm em 28 de junho de 2012, 150,1 mm em 5 de julho de 1963 e 150 mm em 25 de abril de 1969.[45]
Dados climatológicos para João Pessoa | |||||||||||||
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Mês | Jan | Fev | Mar | Abr | Mai | Jun | Jul | Ago | Set | Out | Nov | Dez | Ano |
Temperatura máxima recorde (°C) | 34,9 | 34,5 | 34,3 | 34,3 | 34,1 | 32,8 | 33 | 31,8 | 32,4 | 33,3 | 34,3 | 33,7 | 34,9 |
Temperatura máxima média (°C) | 30,9 | 31,1 | 31,2 | 30,8 | 30,3 | 29,2 | 28,7 | 28,9 | 29,4 | 30,1 | 30,6 | 30,9 | 30,2 |
Temperatura média compensada (°C) | 27,9 | 28,1 | 28,1 | 27,6 | 26,9 | 25,7 | 25,2 | 25,4 | 26,3 | 27,1 | 27,6 | 27,9 | 27 |
Temperatura mínima média (°C) | 25,1 | 25 | 24,8 | 24,1 | 23,4 | 22,3 | 21,9 | 21,9 | 23,1 | 24,4 | 25,1 | 25,2 | 23,9 |
Temperatura mínima recorde (°C) | 19 | 18,8 | 19 | 19 | 17 | 17 | 16,2 | 17,2 | 17,9 | 18,5 | 17,8 | 18,7 | 16,2 |
Precipitação (mm) | 86,4 | 106,2 | 171,5 | 235,7 | 287,7 | 368,7 | 284,9 | 133,7 | 73,9 | 31 | 21,1 | 36,6 | 1 837,4 |
Dias com precipitação (≥ 1 mm) | 9 | 9 | 12 | 16 | 17 | 20 | 20 | 16 | 10 | 6 | 5 | 5 | 145 |
Umidade relativa compensada (%) | 74,2 | 74,2 | 75,4 | 78 | 79,9 | 82,1 | 81 | 77,4 | 74,2 | 72,4 | 72,5 | 73,1 | 76,2 |
Insolação (h) | 241,1 | 215,7 | 226,5 | 201 | 198,6 | 165 | 180,3 | 224 | 232,3 | 266,1 | 263,6 | 258,8 | 2 673 |
Fonte: INMET (normal climatológica de 1991-2020;[46] recordes de temperatura: 1931-presente)[38][39][40] |
Meio ambiente
João Pessoa foi considerada a "segunda capital mais verde do mundo", com mais de 7 m² de floresta por habitante, perdendo somente para Paris, França.[11] Esse título de distinção lhe foi dado em 1992, durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, 1992.[carece de fontes] O município possui duas grandes reservas de Mata Atlântica, que funcionam como verdadeiros "pulmões", além de mitigar o avanço da poluição. A primeira delas fica no bairro central do Róger e denomina-se Parque Arruda Câmara (ou "Bica", como é popularmente conhecida, devido à presença da Fonte Tambiá no local). Um misto de jardim zoológico e reserva florestal, a Bica possui exemplares da fauna e flora brasileiras, assim como animais de outros continentes.
A outra reserva florestal importante é a Mata do Buraquinho, da qual uma parte foi recentemente transformada em Jardim Botânico. Com cerca de 515 hectares de mata virgem, cortada por riachos e fontes naturais, fica situada num dos maiores reservatórios que abasteciam a cidade. A reserva umidifica o clima de João Pessoa e mantém sua temperatura mais estável e branda, mesmo no verão. A mata é preservada e cercada com intuito de proteção contra depredação, servindo como local de estudo para pesquisadores que se preocupam com a preservação da qualidade do meio ambiente. No entanto, são visíveis invasões às margens da reserva Mata do Buraquinho. Podem ser constatados casos de invasão de território de preservação e desmatamento (favela Paulo Afonso), além da criação de comércios clandestinos, como a conhecida "Sucata do Italiano", no bairro de Jaguaribe.
Demografia
Etnias
Pelo censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística referente a 2000, a maior parte dos pessoenses são pardos, com 285 334 pessoas (47,72%), seguidos de brancos, com 281 400 pessoas (47,06%), pretos, com 23 706 pessoas (3,96%), indígenas, com 1 789 pessoas (0,30%) e amarelos, com 752 pessoas (0,13%). 4 954 pessoas (0,83%) não se declararam.[47]
Religião
Em relação à religiosidade, a cidade, assim como o país, é dominada majoritariamente por católicos. Porém, há pequenas mudanças na religiosidade do pessoense. Em 1970, 94% dos cidadãos se consideravam da religião católica, contra 74% registrados em 2000. Enquanto que 5% da população pertenciam à religião evangélica em 1970, em 1991 esse número cresceu e chegou a 6,6% e alcançou 16% em 2000. 1,10% são espíritas e 7,41% não tem religião. Outras religiões têm pouca representatividade e não alcançam ao menos 1% cada uma.[48] De acordo com os dados do Novo Mapa das Religiões, feito pela Fundação Getúlio Vargas com dados de 2009 da Pesquisa de Orçamento Familiar do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 67,33% da população pessoense se identifica como católica, 11,01% são evangélicos pentecostais, 11,03% são outros evangélicos, sem religião (podendo ser ateus, agnósticos, deístas) são 6,86%, espíritas são 0,71%, religiões afro-brasileiras são 0,12% e outras são 2,94%.
População e domicílios
Crescimento populacional | |||
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Censo | Pop. | %± | |
1872 | 24 714 | ||
1890 | 18 645 | −24,6% | |
1900 | 28 793 | 54,4% | |
1920 | 52 990 | 84,0% | |
1940 | 94 333 | 78,0% | |
1950 | 119 326 | 26,5% | |
1960 | 155 117 | 30,0% | |
1970 | 228 418 | 47,3% | |
1980 | 338 629 | 48,2% | |
1991 | 497 306 | 46,9% | |
2000 | 595 429 | 19,7% | |
2010 | 723 515 | 21,5% | |
2022 | 833 932 | 15,3% | |
Fonte: IBGE[49] |
Na cidade, há pouco mais de 170 000 famílias, numa média de 3,48 pessoas por domicílio, o que reflete a diminuição de pessoas na família média pessoense. Segundo censos, a redução no tamanho da família pessoense deve-se a função do rápido e intenso processo de diminuição da fecundidade nas últimas duas décadas e no aumento na parcela de domicílios que são mantidos financeiramente por mulheres. Na década de 1970, a família pessoense média tinha pouco mais de 5 membros. Hoje em dia, a composição tradicional da família é pai, mãe e filho.
A cidade revela um aprofundamento de algumas tendências e o afloramento de alguns novos padrões de distribuição espacial da população. No censo de 2000, o número de pessoas não naturais do município alcançou 28 500. Dez anos depois, a população da capital aumentou em quase 100 000 pessoas, sendo que boa parte delas é de filhos de pessoas naturais de outras cidades do estado, de outros estados do Brasil (cerca de 10% de sua população)[15] ou de outros países. Ainda segundo o censo de 2000, o número de estrangeiros na cidade é crescente, sendo que a maioria é de origem portuguesa (16,5%), peruana (10%), chilena (8%), seguidos de alemães, italianos, argentinos e bolivianos. 75,4% dos pessoenses residem em domicílios próprios, 18,3%, em imóveis alugados e outros 6,3%, em locais cedidos. Apesar de muitas famílias pessoenses terem seus domicílios próprios, muitas se encontram em domicílios muito pequenos com famílias numerosas e domicílios bem maiores com poucos moradores. Outro dado domiciliar relevante é a crescente verticalização: boa parte da cidade é alvo de verticalização excessiva. É crescente o número de pessoas residindo em apartamentos, por causa do enorme crescimento do número de unidades habitacionais deste tipo ao longo da década de 1970.
João Pessoa também é uma das 3 capitais que proporcionalmente possuem o maior número de famílias da classe A no Nordeste segundo a pesquisa da FGV com dados do Censo de 2010, assim como Recife e Aracaju.
Região metropolitana
A Lei Complementar Estadual 59, de 2003, criou o Condiam e a Região Metropolitana de João Pessoa, constituída pelos municípios de Bayeux, Cabedelo, Conde, Cruz do Espírito Santo, João Pessoa, Lucena, Alhandra, Pitimbu, Caaporã, Mamanguape, Rio Tinto e Santa Rita. A região abriga atualmente uma população de 1 146 461 habitantes. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística/2009.
Política
Atualmente o prefeito da cidade é Luciano Cartaxo, eleito em 2012 e reeleito em 2016. Durante seu mandato Cartaxo mudou de partido duas vezes, a primeira saindo do Partido dos Trabalhadores para o Partido Social Democrático[50] e a segunda saindo do Partido Social Democrático para o Partido Verde.[51] Seu antecessor foi Luciano Agra.
Relações Internacionais
A capital João Pessoa possui consulados da Espanha, de Portugal e da Itália.
Cidades Irmãs
A Capital Paraibana possui, como uma de suas cidades irmãs, Ushuaia[55], cidade argentina. Enquanto a capital paraibana é a cidade mais oriental das américas, a cidade argentina é a mais austral do planeta[56]. Outras cidades irmãs são, nos Estados Unidos, Hartford, Boca Raton e Pompano Beach; e Ovar em Portugal.
- Hartford[57], Estados Unidos.
- Boca Raton[58], Estados Unidos.
- Pompano Beach[59], Estados Unidos.
- Ovar[60], Portugal.
- Ushuaia, Argentina.
Subdivisões
João Pessoa possui oficialmente 65 bairros, sendo o bairro de Mangabeira o maior deles, com uma população de aproximadamente 80 mil habitantes.[61] Outros bairros são:
- Zona Norte
Centro, Varadouro, Róger, Torre, Tambiá, Jardim 13 de Maio, Padre Zé, Bairro dos Estados, Bairro dos Ipês, Mandacaru, Alto do Céu, Jardim Esther, Jardim Mangueira e Conjunto Pedro Gondim.
- Zona Sul
Castelo Branco, Conjunto Cehap I, Bancários, Jardim São Paulo, Anatólia, Jardim Cidade Universitária, Água Fria, Ernesto Geisel, Valentina Figueiredo, Paratibe, Praia do Sol, Conjunto Boa Esperança, José Américo, Cidade dos Colibris, Costa e Silva, Mangabeira(I a VIII), Cidade Verde, Esplanada, Ernany Sátiro, Funcionários (II a IV), Grotão, João Paulo II, Distrito Industrial, Bairro das Indústrias, Gramame (Novo Geisel, Conj. Res. Gervásio Maia, Colinas do Sul I e II, Conj. Irmã Dulce), Conjunto Presidente Médici.
- Zona Leste
Cabo Branco, Tambaú, Tambauzinho, Expedicionários, Bessa, Jardim Oceania, Aeroclube, Manaíra, Altiplano, Miramar, Jardim Luna, João Agripino, São José, e Brisamar.
- Zona Oeste
Cruz das Armas, Jaguaribe, Oitizeiro, Rangel, Cristo Redentor, Bairros dos Novais, Alto do Mateus, Ilha do Bispo e Jardim Veneza.
Economia
João Pessoa é cidade com maior economia do Estado da Paraíba, representando 30,7% das riquezas produzidas na Paraíba e tendo um produto interno bruto duas vezes maior que Campina Grande, a 2ª cidade mais populosa do estado. Com dois distritos industriais em desenvolvimento, um na BR-101 Sul e outro no bairro de Mangabeira.
O turismo é um grande produtor de renda e gerador de empregos, além do comércio, que também possui grande participação econômica na cidade.
Parque industrial
Há um parque industrial complexo, formado por diversos segmentos: alimentos, automobilístico (bugres), bebidas, bentonita, cimento, concreto, couro, metalúrgico, móveis, ótica, papel, pisos cerâmicos, química, têxtil, tecnologia da informática, dentre outros. João Pessoa possui o maior parque industrial do estado da Paraíba, destacando-se algumas indústrias de renome internacional, como a AmBev, Coca-Cola, Suggar Eletrodomésticos, Euroflex, Vijai Elétrica, Coteminas, a British American Tobacco e a Paraí.
Infraestrutura
João Pessoa demanda de uma razoável infraestrutura em relação às demais capitais nordestinas, sendo a 1ª capital mais saneada na região Nordeste, com aproximadamente 87% da cidade saneada, 100% das residências atendidas pela energia elétrica e 100% ligados ao abastecimento de água.
Saúde
- Mortalidade infantil: 12,7 por mil nascidos vivos. JP tem um dos menores índices em mortalidade infantil
- Esperança de vida ao nascer: 71,3 anos. (IBGE — Censo 2000)
Mercado imobiliário
João Pessoa passa por uma intensa expansão imobiliária. A cidade é um verdadeiro canteiro de obras com destaque ao grande número de empreendimentos do segmento empresarial e residencial sendo erguidos. Há prédios e arranha-céus de altíssimo luxo sendo construídos, João Pessoa já é considerada a capital do Nordeste com o maior número de arranha-céus e a quarta capital mais verticalizada do Brasil, sendo proporcionalmente a mais verticalizada (tem mais arranha-céus que várias metrópoles regionais que estão entre as maiores do mainland, mesmo sendo uma metrópole proto-regional, no entanto a que mais cresce no Nordeste Oriental e Setentrional no último Censo). 5 dos 6 maiores edifícios do Nordeste atualmente estão localizados em João Pessoa. O Tour Geneve (um dos maiores arranha-céus do Brasil em construção) é um dos diversos empreendimentos sendo construídos. A alta demanda e o fato de muitos estrangeiros (principalmente europeus) estarem adquirindo imóveis causou uma altíssima especulação imobiliária e comercial. A cidade é uma das capitais mais caras do Norte-Nordeste em termos de aquisição de moradia. O Altiplano possui o skyline mais alto, visível a dezenas de quilômetros, o bairro de Manaíra possui a maior densidade e o Bessa a maior expansão em área verticalizada. Vale ressaltar que prédios acima de 3 andares andares em toda a orla da cidade são proibidos por lei estadual, conhecida popularmente como "Lei do Espigão".
Educação
- Instituições públicas de ensino superior
- Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
- Instituto Federal da Paraíba (IFPB)
- Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)
- Instituições privadas de ensino superior
- Centro Universitário de João Pessoa (UNIPÊ)
- Faculdade de Ensino Superior da Paraíba (FESP)
- Faculdade Maurício de Nassau
- Faculdade Brasileira de Ensino, Pesquisa e Extensão (FABEX)
- Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba (FCM-PB)
- Faculdade FBV Wyden (FBV/Wyden JP)
- Faculdade de Enfermagem Nova Esperança (FACENE)
- Faculdade de Medicina Nova Esperança (FAMENE)
- Faculdades Asper
- Faculdade Santa Emília de Rodat
- Faculdade Internacional da Paraíba (FPB)
- Faculdade de Tecnologia (da Paraíba) (FATEC-PB)
- Instituto Paraíba de Educação e Cultura (IPEC)
- Instituto de Educação Superior da Paraíba (IESP)
- Instituto Paraibano de Ensino Renovado (INPER) (FPPD)
- UNAVIDA Universidade Aberta Vida (UNAVIDA)
- Universidade Estácio de Sá
- Faculdade Joaquim Nabuco
- Faculdade Pitágoras
- UNOPAR
- UNIP
Comunicação
João Pessoa conta com diversas revistas e jornais impressos diários, são eles: Correio da Paraíba, Jornal A União, Diário da Justiça, O Norte, Jornal da Paraíba, Diário da Paraíba, Revista Nordeste, Jornal Contraponto, Revista Philipeia, Revista Cenário Cultural, Revista Conexão Tambiá, Revista Viagem Classe A, Revista O Lojista (CDL).
O município também conta com diversas emissoras de rádios, entre elas estão: 98 Correio FM,, Cabo Branco FM, Arapuan FM, Jovem Pan FM, CBN, 89 Rádio Pop, Rádio Tabajara, Mix FM, BandNews FM, Rádio Correio e entre outras.
Quanto à telefonia fixa, seis companhias telefônicas atuam no município, são elas Oi Fixo, TIM Fixo, Vivo Fixo, Claro Fixo, Net Fone (via Embratel) e GVT. Já na telefonia móvel, Oi, TIM, Vivo e Claro mantêm cobertura na região.
Transportes
A frota de veículos de João Pessoa cresce quatro vezes mais que a população da cidade, conforme declaração do superintendente de Transportes e Trânsito da Prefeitura municipal, Nilton Pereira de Andrade. As estimativas foram baseadas em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, que apontam taxa de crescimento da população da capital de 2% ao ano, enquanto a frota de veículos aumenta no ritmo de 8%.[63]
João Pessoa também é a capital com a frota de veículos mais nova do país.
Hoje em dia, com o crescente número de veículos, a cidade convive com diversos problemas no trânsito, com isso foi lançado o pacote para melhorar o trânsito na capital, dentre as mudanças, prevê-se a construção de faixas e semáforos exclusivos para ônibus bi-articulados BRT, construção de novas ciclovias além das várias alterações no sistema viário.
Transporte Público
O transporte público na cidade de João Pessoa é feito, em grande parte, por linhas de ônibus, sendo uma das capitais com a maior frota de ônibus do Nordeste. Pesquisas feitas pelo Projeto "Despoluir" apontam que a frota de ônibus de João Pessoa tem média de aprovação superior à nacional, sendo de 92,5%, enquanto que a média nacional é 89%.[64] A maior parte da frota possui equipamentos de acessibilidade. A média de idade dos veículos na capital da Paraíba é inferior à do País. Segundo as empresas de ônibus, há um esforço para superar meta acordada com a prefeitura.
É possível se ir para qualquer lugar da cidade pagando-se apenas uma passagem. As conexões podem ser feitas através do Terminal de Integração do Varadouro onde o passageiro pode descer e pegar um novo ônibus sem precisar pagar uma nova passagem e de um Sistema de Integração Temporal. Há também o Sistema de Bilhetagem Eletrônica por meio do cartão “Passe-Legal”. João Pessoa foi a primeira cidade da região a implantar este sistema, além disso, toda a frota de ônibus da cidade é rastreada por satélite. Quatro outros Terminais de Integração (Oitizeiro, Pedro II, Rangel e Praias) estão em planejamento com previsão de início das obras para o segundo semestre de 2013.
As principais empresas de ônibus coletivo que atuam na Cidade são: Unitrans (Transnacional e Reunidas) e a Consórcio navegantes.
Trem Urbano
Existe também uma linha de trem da Companhia Brasileira de Trens Urbanos, de circulação diária, que cobre a maior parte da Região Metropolitana, com extensão de 30 km. Conta com doze estações de passageiros (Santa Rita, Várzea Nova, Bayeux, Alto do Mateus, Ilha do Bispo, João Pessoa, Mandacaru, Renascer, Jacaré, Poço, Jardim Manguinhos e Cabedelo)[65] e interliga as cidades de João Pessoa, Santa Rita, Bayeux e Cabedelo. Transporta aproximadamente de 13 000 passageiros em 25 viagens diárias.
- Veículo Leve sobre Trilhos (VLT)
A cidade é dotada de veículo leve sobre trilhos (VLT - pequeno trem urbano, geralmente movido a eletricidade, uma espécie de "bonde" moderno tornando-se alternativa em cidades de médio porte). O projeto foi do Governo Federal e pretendeu modernizar as estações do trem urbano, além de possibilitar a expansão da rede com a construção de mais estações.
Aeroporto
A cidade é servida pelo Aeroporto Internacional Presidente Castro Pinto,[66] localizado na cidade limítrofe de Bayeux, dentro da região metropolitana e distante 13 km do centro. O aeroporto tem atualmente 19 voos de rotas nacional e internacional, diários e fluxo médio de 2,3 milhões de passageiros por ano, incluindo os voos extras da alta estação.[67][68] Operam no aeroporto as companhias aéreas Avianca, Azul, Gol e TAM.[69]
Para voos de menor escala, a cidade conta com um Aeroclube, no bairro do Bessa, na Capital. O mesmo opera com aviões e jatinhos particulares e conta com pista de pouso sinalizada.
Porto
O porto fica no Município de Cabedelo, na região metropolitana de João Pessoa, sendo utilizado para transporte de mercadorias. Também é um terminal de passageiros, onde atracam navios de médio porte, cruzeiros e vários outros tipos de embarcações.
Balsa
Na Região Metropolitana de João Pessoa, em Cabedelo, existe um transporte de balsa que faz a travessia do Estuário do Rio Paraíba, permitindo a ligação com o município de Lucena. Há também as chamadas "ônibus-lancha", que fazem a mesma rota.
Rodoviário
A rodoviária, para transporte intermunicipal, localiza-se no bairro do Varadouro e permite a conexão de ônibus com outras cidades do estado e do Brasil. A rodoviária é bem movimentada, principalmente em finais de semana e feriados.
Sistema de Bicicletas Públicas
João Pessoa é a primeira capital do Nordeste e a terceira cidade do País a ter um sistema de bicicletas públicas.
O Pedala João Pessoa, um sistema de locação de bicicletas, possui quatro estações distribuídas inicialmente na orla da capital, com o objetivo de oferecer um meio de transporte mais saudável e ecológico aos pessoenses e turistas. o projeto já foi implantado, com sucesso, no Rio de Janeiro e em Blumenau, no Estado de Santa Catarina. Nas bicicletas, estão instalados dispositivos eletromecânicos de travamento e liberação, lâmpadas de sinalização e um chip de identificação.
Na cidade, encontram-se várias ciclovias, inclusive na orla onde está localizada a base do sistema de bicicletas públicas.
Projetos futuros
- Bus Rapid Transit (BRT)
Com o anúncio da reforma viária da cidade, uma das medidas a ser tomada é a implantação do sistema de BRT inicialmente nas principais avenidas da cidade, as obras de alargamento das ruas e adequação do sistema viário começaram em 2011 e o projeto de deve ser concluído no futuro, sendo similar ao da cidade de Curitiba. O projeto integrará o atual TIV aos quatro novos terminais a serem construídos (Oitizeiro, Pedro II, Rangel e Praias) através de ônibus biarticulados climatizados, com capacidade para transportar até 250 passageiros. O projeto também contempla a construção de estações de embarque climatizadas no canteiro central das principais avenidas e um com sistema Vilhenas e o eletrônico que informará aos passageiros o tempo de espera para a chegada do próximo ônibus.
Tecnologia
- Jampa Digital
Além de ser uma das capitais de polo tecnológico no Brasil, João Pessoa tecnicamente dispõe do "Jampa Digital", um serviço que traz cobertura Wi-Fi gratuita a vários pontos da cidade, inclusive na orla. A cidade seria a primeira no Nordeste, e uma das primeiras no Brasil a contar com esse serviço, caso ele funcionasse, de fato.[70] Nesta primeira etapa do projeto, cerca de 35% da cidade vai estar coberta pelo serviço. Serão mais de cem pontos de assinante digital, que interliga a administração em uma rede de praças, escolas, estações digitais e a orla, abrangendo do Busto de Tamandaré à Feirinha de Tambaú. Nesta etapa do projeto, a expectativa é que 100 pessoas usem simultaneamente cada ponto disponibilizado. O planejamento da equipe da Secitec é que até o mês de dezembro sejam colocadas dez estações, o que vai permitir que 85% do território de João Pessoa esteja inserido no projeto. A meta é que toda a população da cidade, ou mais de 702 000 habitantes, sejam beneficiados. Até agora, a Prefeitura da capital e o Ministério da Ciência e Tecnologia já investiram 6 000 000 de reais na compra de equipamentos, que vão dar a infraestrutura física de tráfego de sinal, e nos aplicativos e conteúdo, dando, com isso, a estrutura necessária de conectividade e acessibilidade.
- Robótica
Em agosto de 2012, João Pessoa sediou a VI edição da Olimpíada Brasileira de Robótica (Etapa Regional). O evento contou com uma forte participação das escolas da rede pública dos estado. No mesmo período, João Pessoa foi escolhida para sediar a copa do mundo de robótica, um dos mais importantes eventos no ramo da tecnologia no mundo, realizada no ano de 2014 no Centro de Convenções da cidade. A cidade concorreu com diversas candidatas, inclusive com cidades asiáticas de destaque mundial. A procura por recursos que viabilizassem a Copa foi determinante, por isso, o oferecimento de um espaço próprio para o evento e a utilização da robótica no ensino fizeram da capital paraibana a escolhida. Compareceram à abertura RoboCup 2014 cerca de 8000 visitantes e foram inscritos nas competições 4000 participantes de 45 países. [71]
Cultura
Pontos turísticos
João Pessoa é uma das capitais que emerge como um forte destino turístico do Nordeste brasileiro. A conquista de um espaço no disputado ranking turístico está fazendo com que o Governo Municipal invista principalmente na qualidade de vida como um dos principais atrativos do lugar. Várias campanhas se espalham pela cidade. Numa garantia de cidadania e bem estar para todos os habitantes de João Pessoa e seus visitantes.[72]
- Localidades históricas
- Casa da Pólvora
- Casarão 34
- Casarão dos Azulejos
- Fonte do Tambiá (localizada no Parque Arruda Câmara)
- Fonte de Santo Antônio (localizada no Conjunto São Francisco)
- Fábrica de Vinho de Caju Tito Silva & Cia (tombada pelo Iphan)
- Hotel Globo (Centro Histórico)
- Palácio da Redenção
- Porto do Capim
- Palácio Episcopal (Arquidiocese da Paraíba)
- Imóveis da Praça São Pedro Gonçalves
- Coreto da Praça Venâncio Neiva
- Coreto da Praça da Independência
- Balaustrada da Praça Aristides Lobo
- Balaustrada da Avenida João da Mata
- Igrejas históricas
- Igreja da Ordem Terceira de São Francisco (tombada pelo IPHAN)
- Igreja de Santo Antônio
- Igreja São Frei Pedro Gonçalves
- Igreja do Carmo (tombada pelo IPHAN)
- Igreja da Misericórdia (tombada pelo IPHAN)
- Catedral Basílica de Nossa Senhora das Neves (tombada pelo IPHAN)
- Igreja de São Bento (Tombada pelo IPHAN)
- Igreja Santa Tereza de Jesus (Tombada pelo IPHAN)
- Capela do Engenho da Graça (Tombada pelo IPHAN)
- Igreja de Nossa Senhora de Lourdes
- Igreja Nossa Senhora do Rosário
- Parques
- Parque Sólon de Lucena (Lagoa)
- Parque Arruda Câmara (Parque Zoobotânico e Orquidário)
- Jardim Botânico Benjamim Maranhão
- Parque Parahyba
- Complexo Natural da Ilha da Restinga
- Monumentos
- Farol do Cabo Branco
- Praça dos Três Poderes
- Obelisco da Praça da Independência
- Ponto de Cem Réis[nota 1]
- A Pedra do Reino
- Monumento Augusto dos Anjos
- Monumento Livardo Alves (Ponto de Cem Réis)
- Monumento Busto de Tamandaré
- Centros de Educação e Cultura
- Biblioteca Pública do Estado da Paraíba (Espaço Cultural)
- Biblioteca Pública Augusto dos Anjos
- Espaço Cultural José Lins do Rêgo
- Espaço e Centro de Cultura Zarinha
- Espaço Cultural UNIPÊ
- Estação Cabo Branco de Ciência, Cultura e Arte
- Casa de Musicultura
- Imaginária Criativa
- Centro Cultural de Mangabeira
- Centro de Convenções Cidade Viva
- Centro de Convenções Poeta Ronaldo Cunha Lima
- Sala de Concertos Maestro José Siqueira - Espaço Cultural
- Sala de Concertos Maestro Radegundis Feitosa - UFPB
- Planetário do Espaço Cultural José Lins do Rêgo
- Museus
- Memorial João Pessoa - Jardins do Palácio da Redenção
- Arquivo dos Governadores
- Museu Cultural do Centro de São Francisco
- Museu Fotográfico Walfrêdo Rodrigues
- Museu José Lins do Rego
- Casa do Artista Popular
- Espaço Energisa
- Museu Da Terra e do Homem - UNIPÊ
- Memorial Augusto dos Anjos
- Museu e Cripta do Presidente Epitácio Pessoa - Subsolo do Palácio da Justiça
- Pinacoteca da UFPB
- Museu da Estação Ciência
- Arquivo Histórico do Estado da Paraíba
- Museu Casa José Américo de Almeida
- Teatros
- Teatro Santa Rosa
- Teatro Pedra do Reino (Centro de Convenções)
- Teatro Paulo Pontes (Espaço Cultural)
- Teatro de Arena (Espaço Cultural)
- Teatro Lima Penante
- Teatro Ednaldo do Egypto
- Teatro Celso Furtado (Tribunal de Contas)
- Teatro Ariano Suassuna (Colégio Marista Pio X)
- Sala de Cultura (Shopping Sul)
- Teatro da Estação Ciência
- Teatro TV Master
- Teatro do SESI
- Teatro Piollin
- Teatro Cidade Vida
- Shopping Centers e Centro de Compras
- Manaíra Shopping
- Mangabeira Shopping
- Mag Shopping
- Tambiá Shopping
- Lagoa Shopping
- Shopping Pátio Intermares (Em construção)
- Pátio Altiplano Shopping
- Shopping Sul
- Shopping Moriah
- Shopping Sebrae
- Shopping Cidade
- Mercado de Artesanato Paraibano
- Feirinha Turística de Tambaú
- Paraíba Palace Shopping
- Cinemas
- Cinépolis Manaira - 11 salas, com salas 3D
- Cinépolis Mangabeira - 5 salas, com salas 3D
- Cinesercla Tambiá 6 - 6 salas, com salas 3D
- Cine Bangüê (Espaço Cultural)
- Cinespaço - 4 salas, sendo uma 3D
- Estacine (Estação Ciência)
- Cine Aruanda (UFPB)
- Galerias de Arte
- Galeria Gamela
- Estação das Artes
- Núcleo de Arte Contemporânea (NAC)
- Galeria Usina Cultural Energisa
- Centro Cultural São Francisco
- Galeria Archidy Picado (Espaço Cultural)
- Louro e Canela Arte Contemporânea
- Galeria de Arte (Zarinha Centro de Cultura)
Praias
- Praia do Bessa
- Praia do Cabo Branco
- Praia do Seixas
- Praia da Penha
- Praia do Sol
- Praias da Barra de Gramame Norte e Barra de Gramame Sul
- Praia de Jacarapé
- Praia de Manaíra
- Praia de Tambaú
Esporte
- Estádios
O maior e mais importante estádio da cidade é o Estádio José Américo de Almeida Filho (Almeidão),[74] localizado no bairro do Cristo Redentor, sendo a casa do Botafogo Futebol Clube e do Auto Esporte Clube. Outros estádios importantes são o Estádio Leonardo Vinagre da Silveira (Estádio da Graça) em Cruz das Armas, Estádio Evandro Lélis (Mangabeirão) em Mangabeira, e o Centro de Treinamento Ivan Tomaz (Tomazão) no Valentina Figueredo.[75][76][77][78] Há ainda um campo de futebol na Vila Olímpica Parahyba, no local do antigo Estádio Olímpico José Américo de Almeida.[79][80]
- Clubes de futebol
- Botafogo Futebol Clube: Fundado em 28 de setembro de 1931. É o maior vencedor do Campeonato Paraibano com 27 títulos e único campeão brasileiro no estado (Série D de 2013). Conhecido como "Belo" pelos seus torcedores, tem como mascote um xerife. Suas cores são o preto e branco. Atualmente está na Série C do Campeonato Brasileiro.
- Auto Esporte Clube: Fundado em 7 de setembro de 1936. É detentor de seis títulos estaduais. Conhecido como o "Clube do Povo", suas cores são o branco e vermelho, e seu mascote é o Macaco. Disputa a Primeira Divisão do Campeonato Paraibano.
- Centro Sportivo Paraibano (CSP): Tem como cores azul e branco. Possui o tigre como seu mascote e tem um título da Segunda Divisão Paraibana, em 2010. Atualmente disputa a Primeira Divisão do Campeonato Paraibano.
- Femar Futebol Clube: Fundado em 2008. As cores da "Águia Pessoense" são azul-celeste, preto e vermelho. Eventualmente disputa a Segunda Divisão do Campeonato Paraibano.
- Spartax João Pessoa Futebol Clube: Fundado em 2011. Os "Guerreiros Valentes" vestem as cores branco, vermelho e amarelo-ouro. Eventualmente disputa a Segunda Divisão do paraibano.
- Esporte Clube Cabo Branco: Fundado em 1915. Tradicional clube pessoense, encerrou suas atividades no futebol profissional na década de 1940. Suas cores eram o vermelho e branco. É detentor de 10 títulos do Campeonato Paraibano.
- Clube Astrea: Tradicional clube pessoense, encerrou suas atividades no futebol profissional também na década de 1940. Suas cores eram o azul e branco. É detentor de 2 títulos do Campeonato Paraibano.
- Estrela do Mar Esporte Clube: Fundado em 1953. Encerrou suas atividades no futebol profissional na década de 1960, mas continuou existindo como clube recreativo até o ano 2000. Suas cores eram o azul e branco. É detentor de 1 título do Campeonato Paraibano.
- Clubes recreativos de esporte e lazer
- Esporte Clube Cabo Branco
- Clube dos Oficiais da Polícia e Bombeiro Militar do Estado da Paraíba (COPMBM-PB)
- Vila Olímpica Parahyba
- Vila Olímpica Ivan Tomaz
- Associação do Pessoal da Caixa Econômica Federal (APCEF-PB)
- Centro Hípico da Paraíba
- Centro de Turismo e Lazer SESC Cabo Branco
- Aeroclube da Paraíba
- SESC Gravatá
- Equipe de Futebol Americano
O João Pessoa Espectros, fundado em 2007, é uma potência do futebol americano no Nordeste, sendo heptacampeão nordestino. Ganhou prestígio nacional após ter conquistado o campeonato brasileiro em 2015 e disputado as finais nos dois anos anteriores.
- Ginásios poliesportivos
- Ginásio Poliesportivo Ronaldo Cunha Lima (Ronaldão)
- Vila Olímpica Parahyba
- UFPB
- Unipê
- Marista Pio X
- Hermes Taurino
- Ginásio Poliesportivo Odilon Ribeiro Coutinho[81][82]
Ver também
- Estádio José Américo de Almeida Filho
- Turismo na cidade de João Pessoa
- Região Metropolitana de João Pessoa
- Paraibanos naturais de João Pessoa
Notas
Referências
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Ligações externas