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Biologia especulativa

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A biologia especulativa[1] é um gênero de ficção especulativa e um movimento artístico focado em cenários hipotéticos na evolução da vida, além de uma forma significativa de biologia ficcional. É também conhecida como evolução especulativa[2] e referida como zoologia especulativa[3] em relação a animais hipotéticos.[2]Trabalhos que incorporam evolução especulativa podem ter espécies inteiramente conceituais que evoluam em um planeta que não seja a Terra, ou podem ser uma história alternativa focada em uma evolução alternativa da vida terrestre. A evolução especulativa é frequentemente considerada com ficção científica hard por causa de sua forte conexão e base na ciência, particularmente na biologia.

A biologia especulativa esteve relacionada, por muito tempo, com a ficção científica. O romance "A Máquina do Tempo" de H. G. Wells, de 1895, é geralmente reconhecido como o começo da evolução especulativa, pois apresentava várias criaturas imaginárias futuras.[3] Embora faunas especulativas em pequena escala tenham sido uma marca registrada da ficção científica ao longo do século XX, as idéias raramente foram bem desenvolvidas, com algumas exceções como Barsoom, uma versão fictícia de Marte e seu ecossistema criados por Edgar Rice Burroughs publicados em romances de 1912 a 1941,[3] e Rhinogradentia, uma ordem fictícia de mamíferos criada em 1957 criada por Gerolf Steiner.[4]

Geralmente, concorda-se que o moderno movimento evolutivo especulativo tenha começado com a publicação do livro "After Man" de Dougal Dixon, em 1981, que explorava uma futura Terra plenamente realizada, com vários ecossistemas e mais de cem animais hipotéticos. O trabalho de Dixon, como a maioria dos trabalhos semelhantes que vieram depois deles, foi criado com princípios biológicos reais em mente e visava explorar processos da vida real, como evolução e mudança climática, através do uso de exemplos ficcionais.[3]

O possível uso da biologia especulativa como ferramenta educacional e científica foi observado e discutido ao longo das décadas que se seguiram à publicação de "After Man". A biologia especulativa pode ser útil na exploração e apresentação de padrões presentes no presente e no passado. Extrapolando as tendências passadas para o futuro, os cientistas podem pesquisar e prever os cenários mais prováveis de como certos organismos e linhagens podem responder a mudanças ecológicas.[5] Em alguns casos, as criaturas foram primeiramente idealizadas pela biologia especulativa para depois serem descobertas, como um anomalocaridídeos imaginário que se alimentaria pela filtragem da água, ilustrado pelo artista John Meszaros no livro All Yesterdays de 2012 de John Conway, CM Kosemen e Darren Naish, sendo comprovado que realmente existiu por meio de fosseis, esse anomalocaridídeo pertence ao gênero tamisiocaris e foi descoberto em 2014.[6]

História

Trabalhos iniciais

Explorar mundos hipotéticos com formas de vida alienígenas, alternativas ou do futuro são um elemento recorrente nos trabalhos de ficção científica. Um dos primeiros livros geralmente tratados como um representante da biologia especulativa é o romance de ficção científica de H. G. Wells, A Máquina do Tempo, publicado em 1895. A Máquina do Tempo, situada a mais de oitocentos mil anos no futuro, mostra os descendentes dos humanos na forma dos eloi, fracos e inteligentes, e dos morlocks, brutais e com hábitos subterrâneos. Mais adiante, o protagonista do livro encontra monstros-caranguejos grandes e borboletas enormes. Outros autores, após Wells, de ficção científica frequentemente usavam criaturas fictícias na mesma veia, mas a maioria dessas faunas imaginárias eram pouco desenvolvidas.


Ver também

Referências

  1. Lydon, Susannah (30 de maio de 2018). «Speculative biology: understanding the past and predicting our future». The Guardian (em inglês). ISSN 0261-3077 
  2. a b Naish, Darren. «Speculative Zoology at Tet Zoo, The Story So Far». Scientific American Blog Network (em inglês). Consultado em 1 de junho de 2020 
  3. a b c d Naish, Darren. «Speculative Zoology, a Discussion». Scientific American Blog Network (em inglês). Consultado em 1 de junho de 2020 
  4. «Escapando de la Caverna / La asombrosa historia de los Rhinogrades» (em espanhol). Consultado em 3 de junho de 2020 
  5. «Education». The FUTURE is WILD (em inglês). 21 de janeiro de 2014. Consultado em 21 de julho de 2020 
  6. Daily (26 de março de 2014). «The 520-million-year-old gentle giant». Mail Online. Consultado em 21 de julho de 2020 

Ligações externas