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Nymphicus hollandicus

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Como ler uma infocaixa de taxonomiaNymphicus hollandicus
Calopsita(pt-BR) ou Caturra(pt-PT?)
Macho
Macho
Fêmea
Fêmea
Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante (IUCN 3.1) [1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Psittaciformes
Família: Cacatuidae
Género: Nymphicus
Wagler, 1832
Espécie: N. hollandicus
Nome binomial
Nymphicus hollandicus
(Kerr, 1792)
Distribuição geográfica
Habitat natural
Habitat natural
Sinónimos
Psittacus hollandicus Kerr, 1792
Leptolophus hollandicus

A calopsita (português brasileiro) ou caturra (português europeu) (Nymphicus hollandicus) é uma ave que pertence à ordem Psittaciformes e à família Cacatuidae. Natural da Austrália, a espécie foi descrita pela primeira vez em 1792.

A calopsita é o único membro do gênero Nymphicus. Ele já foi considerado um papagaio de crista ou pequena cacatua;[2] no entanto, os estudos moleculares mais recentes têm atribuído a sua própria subfamília cacatua único Nymphicinae . É, portanto, agora classificado como o menor membro da família Cacatuidae. Calopsitas são nativas da Austrália,[3] e favorecem os pântanos australianos, cerrado e as Bushlands.

História

Em 1838 um ornitólogo inglês, John Gould, viajou para a Austrália com o objetivo de estudar a fauna e realizar desenhos de aves. Ele foi o responsável pela fama mundial das calopsitas pois ele foi o primeiro especialista a levar calopsitas para fora da Austrália. Em 1884, a fama das calopsitas cresceu, porém foi em 1950 que a popularidade aumentou de forma bastante considerável por causa do arlequim, calopsita surgida através da primeira mutação de cor. [4]

Características

As calopsitas são aves geralmente dóceis que podem ser conservadas como animal de estimação. São bastante ativas e emitem gritos, assobiam e muitas chegam até a imitar sons que ouvem com frequência (ex.: seu nome, ou alguma outra palavra que ouve constantemente). Geralmente apenas os machos conseguem falar ou cantar, há algumas exceções em que fêmeas cantam.

A plumagem pode variar de cor de acordo com as mutações, a maioria, com exceção das "Cara Branca" e "Prata", tendo em cada face, uma pinta laranja na área dos ouvidos. A crista no topo da cabeça também varia de cor e tem o comprimento médio de 3 cm.

São aves resistentes e suportam bem o clima, desde que convenientemente abrigadas contra ventos e frio extremos. Com uma alimentação balanceada e o cuidado adequado, podem viver até 25 anos. A alimentação é uma das questões mais importantes para o bem estar da ave e deve ser pensada tendo em conta o espaço que a ave tem para fazer exercício e em função do clima. Exceto por algumas restrições, tais como abacate, alface, tomate e caroços (de frutas) em geral, frutas e legumes podem entrar na dieta das aves, porém devem ser oferecidos com moderação, pois em exagero podem causar diarreia ou obesidade, verduras verde escuras são altamente indicadas e podem ser oferecidas constantemente.

Para aves que não tenham possibilidade de fazerem exercícios deve se evitar incluir na dieta alimentos com alto teor em gordura como a semente de girassol. Para este animal poder ingerir semente de girassol ou semente de linhaça, por exemplo, ele precisaria voar muitos quilômetros para gastar a energia contida.

Atualmente pode ser notado o crescimento da ave como animal de estimação, por sua característica carinhosa, mas deve-se haver a preocupação contínua com o cuidado da mesma, principalmente quando vivem soltas, já que, infelizmente, ainda não há um número expressivo de profissionais para cuidados da espécie.

Com este crescimento é possível perceber o aumento de PetShops que disponibilizam, ainda que em número pequeno, "playgrounds", brinquedinhos e outros utensílios para distrair a ave.

Representação

A calopsita tem a crista que expressa o seu estado emocional, ela pode ficar ereta quando a ave está assustada ou animada, levemente deitada em seu estado neutro ou relaxado,[5] e rente a cabeça quando o animal está com raiva ou defensiva. A crista também é plana, mas se arrepia para fora na parte de trás quando a ave está tentando parecer atraente ou sedutora. Em contraste com a maioria das aves da família Cacatuidae que tem as penas da cauda com cerca de 30 cm a 33 cm (12 a 13 ins), a calopsitas tem longas penas na cauda, chegando a aproximadamente metade do seu comprimento total, varia entre 30 cm a 60 cm (12-24 polegadas) de comprimento.

Distribuição e Habitat

Calopsitas são nativas da Austrália, e são encontradas em grande áreas de clima árido ou semiárido do país, sempre próximas à água. Em grande parte nômade, a espécie se move para onde tenha comida e água em abundância disponível.[6] Elas são tipicamente vistas em pares ou em pequenos bandos.[7] Às vezes, centenas se reúnem em torno de um único corpo d'água, para espanto de muitos agricultores, porque muitas vezes essas aves acabam comendo muitas das culturas cultivadas na região. Elas estão ausentes do sudoeste mais fértil e cantos sudeste mais profundos da Austrália Ocidental, desertos e a Península do Cabo York . Elas são as únicas aves da família Cacatuidae que podem se reproduzir após seu primeiro ano de vida.


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O dimorfismo sexual

No "Cinza-selvagem" ou "tipo selvagem" plumagem da calopsita é principalmente cinza com flashes brancos proeminentes nas bordas exteriores de cada asa. O rosto do macho geralmente é amarelo ou branco, enquanto a face da fêmea é principalmente cinza ou cinza claro, e ambos os sexos possuem uma área de laranja nas áreas dos ouvido,[8] muitas vezes referida como "bochechas cheddar". Esta coloração é geralmente laranja vibrante em machos adultos, e muitas vezes mais clara em fêmeas. O sexamento visual é muitas vezes possível com esta mutação da ave.

A maioria das calopsitas, todavia, apenas pode ter o sexo identificado com segurança através do exame de DNA.

Reprodução

Casal de calopsitas
Casal e seus ovos, repare na postura de defesa do macho, à direita, prestes a atacar em caso de ameaça à fêmea ou aos ovos.
Nymphicus hollandicus - MHNT

A reprodução poderá ser feita a partir de 12 meses e durante todo o ano, mas é aconselhável tirar apenas duas ou três ninhadas por ano para evitar a exaustão das aves. Uma postura tem geralmente de quatro a sete ovos com incubação de 17 a 22 dias. Os filhotes podem ser separados dos pais com oito semanas de vida.

De acordo com experiências mais atuais, constatou-se que em sua primeira postura, a fêmea acasalando com um macho de idade inferior a 12 meses, produziu quantidade inferior a 4 ovos.

O ninho pode ser horizontal ou vertical, mas geralmente são utilizados ninhos verticais de 30 cm de altura. O fundo do ninho deve ser coberto com turfa ou aparas de madeira. Ambos os sexos chocam, os machos principalmente de dia e as fêmeas de noite.

Na natureza, costuma se reproduzir nas épocas de chuvas, até porque os alimentos aparecem mais fartamente, em cativeiro a reprodução deve ser preferencialmente feita, na primavera e/ou verão. Na floresta essa ave geralmente procura um eucalipto que esteja próximo à água e faz seu ninho em algum buraco já existente na árvore.

Expectativa de vida

A expectativa de vida da calopsita em cativeiro é em torno de 16-25 anos,[9] embora às vezes é dado tão curto quanto 10-15 anos, e há relatos de calopsita que vivem até 32 anos, a mais velha espécime relatada tem 36 anos de idade.[10] Dieta e exercício são os principais fatores determinantes na vida da calopsita.

Mutações

No cativeiro foram surgindo mutações de cores variadas, algumas bastante diferentes das observadas na natureza. A partir de 1949 a espécie começou-se a difundir pelo mundo, com a criação do "silvestre", e em seguida "arlequim" mutação desenvolvida na Califórnia, nos Estados Unidos.

Existem muitas mutações de calopsitas com cores variadas, são elas: Silvestre, Arlequim, Lutino, Canela, Opalina (Pérola), Cara Branca, Lutina, Albino (há um padrão albino e não apenas mutações genéticas), Pastel, Prata Recessivo e Prata dominante.

Cara Branca
Cara Branca

Brasil

No Brasil, os primeiros exemplares importados de Calopsita desembarcaram no Brasil a partir de 1970 e hoje já existem muitos criadores, o que os tornam relativamente populares e baratos. O governo australiano instituiu uma grande proibição sobre a exportação desses pássaros em 1994, portanto, todas as calopsitas vendidas no Brasil devem ser criadas em cativeiro.[11]

Referências

  1. BirdLife International (2012). Nymphicus hollandicus (em inglês). IUCN 2014. Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN. 2014. Página visitada em 24 de julho de 2014..
  2. «cockatiel» 
  3. http://birdsinbackyards.net/species/Nymphicus-hollandicus  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  4. Paulline Carrilho. 2009. "Saiba Mais Sobre A Origem Das Calopsitas" Página visitada em 03/08/2012
  5. «Cockatiel» 
  6. «Fichas técnicas cockatiel». Consultado em 30 de agosto de 2008 
  7. «Ficha técnica cockatiel». Consultado em 30 de agosto de 2008 
  8. «Cockatiel» 
  9. [cockatielcottage.net «Histórico cockatiel»] Verifique valor |url= (ajuda) 
  10. [cockatielcottage.net «Cockatiel life»] Verifique valor |url= (ajuda). Cockatiel 
  11. «Calopsita». Casa dos Pássaros. Consultado em 24 de Julho de 2014